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Publicado em 18.10.

2019
09.11.2020



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▪ A Suzano apresentou uma Receita Líquida de R$ 7,4 bilhões no 3T20,
uma alta de 13,2% frente ao registrado no 3T19. Esse resultado
ocorreu, principalmente, devido à desvalorização do Real frete ao
Dólar no período.

▪ O custo caixa de produção de celulose foi de R$ 600/t, uma redução


de R$ 54/t frente ao registrado no 3T19. A Suzano permanece como
uma das operações de celulose mais competitivas do mundo.

▪ O EBITDA da Suzano atingiu R$ 3,8 bilhões no 3T20, um crescimento


de 58%. Esse resultado ocorreu em função da desvalorização cambial
no período e da redução do CPV base caixa.

▪ A relação Dívida Líquida/EBITDA ajustado foi de 5,1x em reais, contra


5,6x registrada no 2T20.

▪ A gestão permanece cautelosamente confiante com a trajetória da


companhia em 2021. Espera-se uma relação Dívida Líquida/EBITDA
entre 2x e 3x até o final do ano que vem.

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▪ Permanecemos com a nossa recomendação de compra de Suzano
até o preço-teto de R$ 45,00.

▪ A Vale, presente em nossa carteira através da Bradespar, apresentou


bons resultados no terceiro trimestre de 2020. A mineradora
brasileira foi duplamente beneficiada pela desvalorização cambial e
pela alta do preço do minério de ferro no período.

▪ Com relação ao desastre de Brumadinho/MG, a Vale segue com o


seu cronograma de obras e indenizações.

▪ Temos a certeza de que melhorar as condições de trabalho e


segurança é essencial para a companhia e seus colaboradores, bem
como para a percepção de risco perante o mercado.

▪ Em relação aos resultados, a Vale apresentou um EBITDA ajustado


proforma de R$ 33,5 bilhões (14,2 bilhões acima do registrado no
2T20). Já o Lucro Líquido foi de R$ 15,6 bilhões (R$ 10,3 bilhões
acima do registrado no 2T20).

▪ O endividamento líquido expandido da Vale foi de US$ 14,6 bilhões,


redução de US$ 844 milhões em relação ao trimestre imediatamente
anterior. A relação Dívida Líquida/EBITDA foi de 0,3x, patamar muito
baixo dada a atual geração de caixa da companhia.

▪ A Iochpe-Maxion terminou o 3T20 entregando um prejuízo líquido


de R$ 18,8 milhões, contra um Lucro Líquido de R$ 124,8 milhões
registrado no mesmo período de 2019.

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▪ Segundo a companhia, o resultado foi afetado pelo aumento do
custo, desaceleração global da demanda, gastos adicionais com
reestruturações e baixa contábil.

▪ A empresa vem reestruturando suas operações visando a melhoria


da produtividade operacional e readequação da capacidade
instalada em virtude da demanda de curto e médio prazo. Desse
modo, decidiu fechar a fábrica de rodas de aço para veículos
comerciais em Akron, Ohio (EUA).

▪ A receita da companhia apresentou uma queda de apenas 1%, na


comparação anual, totalizando R$ 2,51 bilhões.

▪ A empresa vem observando uma retomada da demanda em diversas


geografias onde atua. A região que vem tendo uma retomada mais
gradual é a do Brasil.

▪ A relação Dívida Líquida/EBITDA ajustado da companhia terminou o


trimestre em 7x. Patamar muito alto, porém, prejudicado por um
EBITDA desfavorecido em função da pandemia.

▪ Estamos recomendando a compra das ações da Iguatemi, um dos


principais players do segmento de shopping centers do Brasil. A
companhia hoje possui participação relevante em 14 shoppings, dois
outlets e três torres comerciais, totalizando 711 mil m² de ABL total.

▪ Como é de conhecimento público, o setor de shopping centers tem


sido um dos mais afetados pela pandemia, tendo em vista que foi
um dos últimos a retornar após as restrições de abertura do
comércio e ainda sofre com limitações de horário de funcionamento.

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▪ Na bolsa, não tem sido diferente. Temos observado um movimento
semelhante, com uma queda de 15% do índice IBOV contra baixas
superiores a 40% das principais empresas do setor ainda em 2020.

▪ Para recomendarmos Iguatemi, usaremos os 2,5% restantes em


Renda Fixa da nossa carteira Suno Valor.

▪ Nos preços atuais, a Iguatemi negocia a uma relação P/FFO de 2022


de apenas 12,7 vezes, um dos menores múltiplos dos últimos anos e
que representa um desconto de aproximadamente 20% em relação
à Multiplan, uma das suas principais concorrentes.

▪ A empresa está negociando, inclusive, abaixo de BRML3, o que não


faz sentido em nossa visão, já que a Iguatemi tem maiores vendas
por m² do que a BR Malls e mais rentabilidade (ROE) que ambas.

▪ Nas próximas semanas, traremos um relatório completo sobre o


case da Iguatemi.

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Informações coletadas no dia 06.11.2020 / Fonte: Status Invest (https://www.statusinvest.com.br/acoes/suzb3/)

A Suzano divulgou os seus resultados do terceiro trimestre de 2020 com


um ótimo desempenho e forte geração de caixa operacional, fatores muito
importantes para a companhia continuar com a sua trajetória de
desalavancagem financeira.

Nesse trimestre, observamos um volume de vendas flat maior em relação


ao mesmo trimestre do ano passado, totalizando 2.527 toneladas.

O preço líquido médio da celulose vendida pela Suzano foi de R$ 2.441/ton.


(US$ 454/ton.) no 3T20, uma redução de 3% em relação ao 2T20, mas
aumento de 17% em relação ao 3T19, devido à desvalorização da moeda
brasileira no período.

O custo caixa (sem paradas) foi de R$ 600/ton. no 3T20, o que representa


uma redução de R$ 54/ton. em relação ao 3T19, devido ao menor custo
com colheita em função de uma melhor performance operacional.

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O custo caixa da Suzano é o mais competitivo do mundo. Apenas a título de
comparação, o custo caixa da Klabin (com paradas) no 3T20 foi de R$ 761/t
(vs. R$ 641/t da Suzano).

Isso demonstra o elevado grau de competitividade da companhia em


relação às demais empresas do setor.

Fonte: Suzano / adaptação Suno Research

No quadro abaixo, podemos ver que a companhia reportou uma Receita


Líquida de R$ 7,4 bilhões, sendo 82% oriundo do mercado externo.

Fonte: Suzano / adaptação Suno Research

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Em relação ao 3T19, a Receita Líquida da companhia teve um aumento de
13%, devido ao crescimento de 16% da Receita Líquida da venda de
celulose, que foi puxada pela desvalorização do Real em relação ao Dólar.

O segmento de Papel apresentou um pequeno crescimento de 3% na


comparação anual, devido às restrições causadas pela pandemia. Porém, o
impacto foi limitado no resultado consolidado da companhia, uma vez que
este segmento representa cerca 17% da Receita Líquida da empresa.

A Suzano apresentou um crescimento expressivo de 58% no EBITDA


ajustado do 3T20, totalizando R$ 3,8 bilhões, que pode ser explicado por
uma valorização média do Dólar em relação ao Real e um menor CPV base
caixa, devido ao menor custo de produção de celulose.

No resultado financeiro do trimestre, observamos maiores despesas


financeiras, que totalizaram R$ 1,3 bilhão (aumento de 29% em relação ao
registrado no 3T19).

Esse crescimento ocorreu em função das despesas de juros em moeda


estrangeira, resultado das despesas relacionadas à recompra das Senior
Notes emitidas pelas subsidiárias estrangeiras da Suzano.

Além disso, na rubrica de variações cambiais e monetárias, houve uma


atenuação do impacto contábil devido à menor apreciação do USD vs. BRL
em relação ao que foi visto no trimestre passado.

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Vale destacar que essa despesa tem efeito caixa apenas nos respectivos
vencimentos da dívida.

Por fim, o resultado das operações com derivativos foi negativo em R$ 1,2
bilhões devido à desvalorização cambial observada no trimestre.

Fonte: Suzano / adaptação Suno Research

Mais uma vez, vale destacar que a Suzano afirma que pratica suas
operações com derivativos apenas com a finalidade de minimizar a
volatilidade da sua geração de caixa frente as suas despesas.

Um ponto positivo para a empesa foi a geração operacional de caixa do


3T20, que totalizou R$ 2,8 bilhões (crescimento de 88% frente ao 3T19).

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A Suzano terminou o trimestre com uma Dívida Bruta de R$ 78,5 bilhões,
sendo que 94% dessa dívida tem vencimento no longo prazo. Isso dá muita
folga para a gradual amortização do endividamento por parte da empresa.

O atual posicionamento de caixa e equivalentes é capaz de cobrir o


vencimento da dívida da companhia até o final de 2022. Em relação ao
endividamento bruto registrado no final do 2T20, a companhia realizou
amortizações, reduzindo mais de R$ 2 bilhões de sua dívida.

Fonte: Suzano / adaptação Suno Research

Já o endividamento líquido da Suzano no final do trimestre foi de R$ 68,7


bilhões e a relação Dívida Líquida/EBITDA ajustado em reais foi de 5,1x,
contra 5,6x no 2T20.

Em relação ao começo do ano, a companhia tem conseguido reduzir a sua


alavancagem de forma consistente.

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Fonte: Suzano / adaptação Suno Research

A Suzano apresentou um resultado bastante forte no 3T20, gerando caixa e


reduzindo o endividamento com consistência. Esperamos a continuidade
da recuperação da demanda por celulose, algo confirmado pela
companhia, que está “cautelosamente otimista” sobre as perspectivas
globais de celulose em 2021.

A companhia ressaltou que vem tendo sucesso com o novo reajuste de


preço sobre a celulose vendida (acréscimo de US$ 20,00, totalizando um
preço final de US$ 470,00), o que a deixa mais confiante para 2021. Além
disso, a gestão reforçou o compromisso da empresa para reduzir a sua
alavancagem a níveis mais adequados (entre duas a três vezes o EBITDA).

Com a trajetória atual de reajustes de preços e a forte geração de caixa, a


companhia acredita que conseguirá atingir esse range até o fim de 2021.
Portanto, enxergamos uma melhora substancial da percepção de risco sob
a companhia, o que pode favorecer o seu valor de mercado. Desse modo,
reiteramos a nossa recomendação para Suzano ao preço-teto de R$ 45,00.

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Informações coletadas no dia 06.11.2020 / Fonte: Suno Analítica (https://www.sunoresearch.com.br/acoes/vale3/)

A Vale, empresa presente em nossa carteira através da holding Bradespar


(BRAP4), divulgou resultados bastante sólidos no terceiro trimestre, com
crescimento do lucro, geração de caixa e manutenção do endividamento
em patamares baixos.

Nesse trimestre, a mineradora brasileira foi fortemente beneficiada por um


minério de ferro mais apreciado devido ao forte consumo da commodity
por parte da China. Na reparação de Brumadinho/MG, a companhia segue
com o cronograma de obras e indenizações. Em 2020, a Vale já concluiu a
construção de estruturas de contenção de rejeitos no Rio Paraopeba, além
de realizar investimentos que somaram R$ 11,6 bilhões na reparação dos
danos causados pelo desastre.

Além disso, a Vale vem seguindo com o plano de descaracterização de suas


barragens, que compreende 29 estruturas, investimentos essenciais para a
segurança dos seus colaboradores e moradores adjacentes às suas minas,
além de promover uma melhor percepção de risco sobre a companhia,
fechando o gap de valuation em relação aos seus principais pares.

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No que tange ao nível de produção, o Sistema Norte da Vale bateu mais um
recorde trimestral, produzindo 56,9 Mt, enquanto os sistemas Sul e
Sudeste melhoraram o desempenho de todas as unidades operacionais.

Desse modo, a Vale divulgou uma Receita Líquida de R$ 57,9 bilhões, um


crescimento de 42% sobre o registrado no 3T20.

O EBITDA ajustado proforma totalizou R$ 33,5 bilhões (R$ 14,2 bilhões


acima do registrado no 2T20). Esse resultado se deve à operação de
minerais ferrosos, principalmente devido ao preço realizado, que totalizou
US$ 112/t, um aumento de US$ 23,2/t quando comparado com o 2T20.

Fonte: Vale

Em relação ao cenário para o minério de ferro, a Vale divulgou que a


produção de aço da China atingiu 92,5Mt, um recorde quando observamos
no acumulado dos nove primeiros meses desse ano. Essa elevação da
demanda em plena pandemia ocorreu em função dos estímulos à
infraestrutura praticados pelo governo chinês.

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Além disso, ocorreram distúrbios na cadeia de fornecimento da
commodity, criando longas filas de navios carregados de minério de ferro
ao longo da costa da China, o que obviamente afetou a oferta do minério e
contribuiu para forte alta nos preços (+ 27% em relação ao 2T20).

O custo C1 de minério de ferro diminuiu US$ 2,2/t, totalizando US$ 14,9/t


no 3T20. O menor custo C1 se deu pela maior diluição dos custos fixos
devido aos maiores volumes e à normalização dos custos de demurrage.

O Lucro Líquido da Vale foi de R$ 15,6 bilhões no 3T20 (R$ 10,3 bilhões
acima do registrado no 2T20). Como vimos, esse resultado se deu
principalmente em função do maior EBITDA no trimestre, além de uma
maior desvalorização cambial da moeda brasileira.

Os investimentos realizados no 3T20 totalizaram US$ 895 milhões:

▪ US$ 110 milhões em execução de projetos


▪ US$ 785 milhões em manutenção das operações

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Segundo a Vale, os investimentos no trimestre foram 7,4% inferiores
aos registrados no 2T20. De maneira geral, sabemos que a Vale não
possui grandes volumes de CAPEX a serem alocados em novos projetos,
o que tenderá a fazer com que essa companhia distribua parte significativa
da sua geração de caixa aos acionistas.

O Fluxo de Caixa Operacional do 3T20 foi de US$ 3,7 bilhões, ficando


US$ 3,4 bilhões acima do registrado no 2T20. Em setembro, a Vale repagou
US$ 5 bilhões de suas linhas de crédito rotativo que foram desembolsadas
em março deste ano devido às incertezas com o início da pandemia.

A Dívida Líquida expandida (que inclui compromissos relevantes) foi de


US$ 14,6 bilhões no trimestre, uma redução de US$ 844 milhões. O prazo
médio da dívida ficou bastante estendido, aumentando para 8,6 anos
(contra 7,1 anos no 2T20).

Segundo a Vale, 77% do vencimento da sua dívida ficou para após 2024, o
que dá bastante conforto para o caixa da companhia nos próximos três
anos. Assim, no 3T20, a Vale apresentou a relação Dívida Líquida/EBITDA
de 0,3x, patamar muito baixo dada a atual geração de caixa da companhia.

Sem dúvida, a Vale entregou resultados consistentes, materializados


através de um FCL CAPEX (Fluxo de Caixa Operacional mais as despesas

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com intangíveis e imobilizados) de quase R$ 31 bilhões nos últimos 12
meses, representando um yield de 9% no preço de negociação atual.

Nesse trimestre, uma das grandes contribuições positivas para os


resultados da Vale foi a alta do minério, puxado pela forte demanda
chinesa, a qual poderá arrefecer nos próximos trimestres. No entanto,
mesmo com a diminuição da cotação atual, a Vale planeja acrescentar mais
80 milhões de toneladas de minério de ferro à oferta mundial até 2023.

Portanto, o investimento em Vale (preferencialmente através de BRAP4) é


uma opção bastante atrativa nesse momento. A companhia segue um
plano muito bem delimitado e direcionado para a retomada da sua
credibilidade perante a sociedade e o mercado.

Assim, continuamos com a nossa recomendação de compra para BRAP4, ao


preço-teto de R$ 52,00. Vale ressaltar que a Bradespar anunciou, no final
de outubro, que pretende destinar cerca de R$ 1,87 por ação (já líquido de
IR) entre dividendos e JCP aos seus acionistas, seguindo com a política de
repassar os dividendos recebidos da Vale aos investidores.

Caso seja aprovada em assembleia, a empresa deve fazer o pagamento


desses proventos em 19/11/2020 (data “ex” prevista para 12/11/2020).

Esses proventos representam, por si só, aproximadamente 3,82% sobre a


cotação atual da empresa, o que é um Yield bastante atrativo para apenas
uma distribuição.

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Informações coletadas no dia 06.11.2020 / Fonte: Status Invest (https://www.statusinvest.com.br/acoes/mypk3/)

O terceiro trimestre de 2020 foi de forte recuperação do mercado


automotivo após uma queda de mais de 60% (ex. China) no 2T20 na
comparação anual. Quando observamos o 3T20, a queda está em apenas
10,4% em relação ao 3T19. Portanto, é nesse cenário adverso, mas com
tendência de recuperação, que está a Iochpe-Maxion.

Em relação à produção, a companhia observou que o Brasil foi a região que


apresentou as quedas mais expressivas na demanda, além de ser a região
que vem apresentando uma retomada mais gradual.

Na América do Norte, a companhia vem observando uma recuperação mais


rápida no segmento de veículos comerciais.

No trimestre, a Iochpe-Maxion entregou uma Receita Líquida de R$ 2,5


bilhões, uma queda de apenas 1,1% frente ao 3T19, o qual foi fortemente
influenciado pela desvalorização cambial, que aumentou a receita da
companhia em R$ 527 milhões no 3T20.

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O EBITDA foi de R$ 207 milhões no 3T20 (redução de 37,8% em relação ao
3T19). Esse resultado foi fortemente impactado por alguns fatores:

▪ Queda na produção mundial de veículos.


▪ Aumento nos custos dos produtos vendidos que aumentaram 1,8%
em relação ao 3T19 (matéria prima dolarizada).
▪ Gastos com reestruturações e impairments no valor de R$ 33,3
milhões nesse trimestre.

Caso desconsiderássemos os gastos com reestruturações e impairments, o


EBITDA teria sido de R$ 241 milhões, com margem de 9,6%. Com relação às
reestruturações, a companhia alegou que constantemente faz reavaliações
em seu parque fabril, de modo a atender, de maneira rentável, a demanda
de cada região onde atua.

Assim como em 2020, a companhia viu uma repentina e drástica redução


da demanda, além de uma expectativa de recuperação gradual no decorrer
de 2021. Então, a Iochpe achou necessário fazer ações de reestruturações,
principalmente nos EUA, com o fechamento da fábrica de rodas de aço
para veículos comerciais em Akron, Ohio, até o final do ano.

Desse modo, a produção de rodas de aço permanecerá em San Luis Potosi,


no México, e em Sedalia, também nos EUA. Vale ressaltar que este
movimento já estava previsto no planejamento estratégico da companhia,
na busca de um aumento da produtividade, e que somente foi acelerado
com a recente desaceleração global.

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A empresa reportou um resultado financeiro negativo em R$ 42,6 milhões
no 3T20, uma alta de 75,2% na comparação anual. Essa piora do resultado
financeiro foi fruto de um aumento das despesas financeiras decorrente de
novas captações de dívidas realizadas no primeiro semestre de 2020.

Por fim, a Iochpe-Maxion reportou um prejuízo líquido de R$ 18,9 milhões


no trimestre. Caso desconsiderássemos os efeitos de impairments e
reestruturações, o resultado seria de um Lucro Líquido de 14,4 milhões.

Em relação aos investimentos, a companhia decidiu economizar e reter


caixa, realizando investimentos na ordem de R$ 69 milhões no 3T20, uma
redução de 54,8% na comparação com o 3T19.

Até o final do 3T20, o endividamento bruto da companhia consistia em um


montante de R$ 5,8 bilhões, com R$ 2,3 bilhões (43,4%) registrados no
passivo circulante e R$ 3,0 bilhões no passivo não circulante.

Em teleconferência de resultados, o CFO da empresa esclareceu que a


Iochpe-Maxion vem trabalhando para alongar o prazo de vencimento da
sua dívida. Apenas no quarto trimestre, a companhia já alongou quase a
totalidade dos R$ 800 milhões a vencer nesse período.

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Desse modo, vimos uma piora do índice de liquidez da Iochpe-Maxion a
partir do primeiro trimestre de 2020. Essa piora está muito relacionada ao
aumento da Dívida Bruta em função da variação cambial.

Como podemos ver na imagem, a relação Dívida Líquida/EBITDA ajustado


ficou extremamente elevada, terminando o trimestre em 7x. É importante
frisar que o EBITDA da companhia foi demasiadamente comprometido
devido à paralisação de toda a cadeia automotiva neste ano.

Fonte: Iochpe-Maxion

A Iochpe-Maxion vem recuperando os seus resultados e, apesar de ter


reportado prejuízo nesse trimestre, esperamos que os resultados retomem
ao patamar positivo no 4T20, uma vez que a companhia vem apresentando
uma retomada da demanda acima das expectativas iniciais.

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Como a empresa está sendo negociada a aproximadamente metade do seu
patrimônio líquido, enxergamos uma boa oportunidade de aquisição.

Porém, salientamos aportes moderados neste papel, tendo em vista uma


possível desaceleração da indústria automotiva na Europa, devido às
paralizações ocasionadas pela segunda onda da COVID-19 observada na
região nas últimas semanas, que poderá ser atenuada por uma campanha
de vacinação em massa esperada para 2021.

As ações da Iochpe-Maxion seguem negociando a patamares muito


atrativos, com uma relação P/VPA de 0,54 vezes, bem abaixo das médias
históricas, e com um múltiplo EV/EBITDA de apenas 5,1 vezes para 2022.

Lembramos que, em nosso modelo de valution, nosso preço justo para as


ações da Iochpe-Maxion está em R$ 26,46, representando um potencial
upside de quase 100% sobre os preços atuais.

Mesmo estressando o cenário e as premissas, ainda chegamos a preços


muito superiores do que os atuais. Então, em nossa visão, existe uma
enorme margem de segurança nos preços atuais.

Para 2021 e 2022, esperamos resultados robustos para a Iochpe-Maxion,


que deve se traduzir em uma boa recuperação nos preços dos papéis.

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Informações coletadas no dia 06.11.2020 / Fonte: Status Invest (https://www.statusinvest.com.br/acoes/igta3/)

Estamos recomendando a compra das ações da Iguatemi, um dos principais


players do segmento de shopping centers do Brasil. A companhia tem hoje
participação relevante em 14 shoppings, dois outlets e três torres
comerciais, totalizando 711 mil m² de ABL (Área Bruta Locável) total.

De maneira geral, os centros comerciais da Iguatemi são voltados para as


classes A e B. Entre os seus principais shoppings, estão:

▪ Iguatemi São Paulo


▪ JK Iguatemi
▪ Pátio Higienópolis
▪ Iguatemi Campinas
▪ Iguatemi Porto Alegre

Como é de conhecimento público, o setor de shopping centers tem sido


um dos mais afetados pela pandemia, tendo em vista que foi um dos
últimos a retornar depois das restrições de abertura do comercio e ainda
sofre com algumas limitações de horário de funcionamento.

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Na bolsa, isso não tem sido diferente. Temos observado um movimento
semelhante, com uma queda de 15% do índice IBOV contra baixas
superiores a 40% das principais empresas deste setor ainda em 2020.

Em nossa visão, essa desvalorização não faz sentido e nos deixa confiantes
para recomendar a compra da Iguatemi, tanto pela qualidade ímpar dos
seus ativos quanto pelo preço descontado em que esse papel se encontra.

Acreditamos que, no Brasil, o setor de shopping centers ainda possui um


bom caminho de consolidação, tendo em vista o seu foco em lazer,
entretenimento e serviço, o que naturalmente tende a ser muito mais
difícil de ser substituído pelo e-commerce.

Além disso, a maioria dos shoppings centers da Iguatemi estão localizados


estrategicamente em regiões bem consolidadas e de elevado tráfego, o
que tende a atrair ainda mais clientes.

Fonte: BrMalls RI

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Nos números, podemos ver que a Iguatemi vinha com um histórico de
resultados decadentes ou estáveis, mas crescendo com consistência.

Fonte: apresentação institucional da Iguatemi

Além disso, acreditamos que a gestão da Iguatemi é de alto nível, pois a


companhia alcança um dos melhores níveis de rentabilidade e margens
operacionais do setor, além da promoção de mudanças significativas, como
a implantação de um modelo omnichannel e adoção de um modelo de
shoppings como um complexo multiuso.

Para recomendarmos IGTA3, usaremos os 2,5% restantes em Renda Fixa


da nossa carteira Suno Valor. O preço-teto será de R$ 35,00.

Nos preços atuais, a Iguatemi negocia a uma relação P/FFO de 2022 de


apenas 12,7 vezes, um dos menores múltiplos dos últimos anos e valor que
representa um desconto de aproximadamente 20% em relação à
Multiplan, uma das suas principais concorrentes.

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A companhia está negociando, inclusive, abaixo de BR Malls (BRML3), o
que não faz sentido em nossa visão, uma vez que a Iguatemi tem maiores
vendas por m² do que a BR Malls e mais rentabilidade (ROE) do que ambas
(BR Malls e Multiplan).

Nas próximas semanas, traremos um relatório completo sobre o case da


Iguatemi aos nossos assinantes.

Plantão de Dúvidas
Envie suas dúvidas referentes a este relatório. Elas serão respondidas em uma live especial!
Acesse: https://sunoresearch.typeform.com/to/o490bk

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CARTEIRA RECOMENDADA VALOR

Ranking Preço de entrada


Ticker Início Alocação Preço atual Preço-teto Recomendação Variação
Suno ajustado*

1 ALUP11 05/01/2018 5% R$ 24,33 R$ 31,00 R$ 16,55 Comprar 47,01%

2 BRAP4 10/01/2020 7,5% R$ 49,59 R$ 52,00 R$ 38,29 Comprar 29,51%

3 ITSA4 18/08/2017 10% R$ 9,83 R$ 12,00 R$ 7,14 Comprar 37,68%

4 MYPK3 11/10/2019 7,5% R$ 13,75 R$ 21,00 R$ 17,74 Comprar - 22,49%

5 MDIA3 07/06/2019 5% R$ 36,32 R$ 40,00 R$ 37,27 Comprar - 2,55%

6 RLOG3 26/07/2019 5% R$ 17,59 R$ 23,00 R$ 18,65 Comprar - 5,68%

7 EQTL3 19/06/2020 5% R$ 22,19 R$ 24,00 R$ 21,86 Comprar 1,51%

8 PNVL3 09/10/2020 5% R$ 21,22 R$ 27,00 R$ 21,99 Comprar - 3,50%

9 TFCO4 23/10/2020 2,5% R$ 11,05 R$ 13,35 R$ 9,25 Comprar 19,46%

10 SULA11 18/08/2017 10% R$ 42,20 R$ 48,00 R$ 16,04 Comprar 163,09%

11 IGTA3 09/11/2020 2,5% R$ 33,98 R$ 35,00 R$ 33,98 Comprar -

12 GEPA4 18/08/2017 7,5% R$ 45,58 R$ 50,00 R$ 31,15 Comprar 46,32%

13 CVCB3 22/11/2019 5% R$ 13,57 R$ 30,00 R$ 39,04 Comprar - 65,24%

14 CGRA4 18/08/2017 5% R$ 29,29 R$ 28,00 R$ 21,50 Aguardar 36,23%

15 PETZ3 11/09/2020 2,5% R$ 18,15 R$ 13,75 R$ 13,75 Aguardar 32,00%

16 BPAC11 06/03/2020 7,5% R$ 80,15 R$ 75,00 R$ 57,23 Aguardar 40,05%

17 SUZB3 11/01/2019 5% R$ 49,90 R$ 45,00 R$ 38,43 Aguardar 29,85%

18 RENT3 03/04/2020 2,5% R$ 68,00 R$ 42,00 R$ 23,26 Aguardar 192,35%

19 Renda Fixa 0%

* Informações atualizadas no dia 09.11.2020 às 07h00. Para ver a carteira completa e atualizada, acesse: https://membros.sunoresearch.com.br/carteira-recomendada-valor/

Rentabilidade acumulada até setembro de 2020. Fonte: Suno Research / Economatica

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RECOMENDAÇÕES ENCERRADAS *

Ativo Início Preço de entrada** Final Preço de saída Desempenho

WSON33 18/08/2017 R$ 31,65 21/12/2018 R$ 39,95 26,2%

SQIA3 20/10/2017 R$ 27,01 10/05/2019 R$ 40,30 49,2%

SMLS3 18/08/2017 R$ 57,52 13/12/2019 R$ 38,50 -33,07

ECOR3 23/02/2018 R$ 9,40 30/08/2019 R$ 12,40 32,0%

HAPV3 18/05/2018 R$ 29,16 10/01/2020 R$ 62,04 112,76%

COCE5 18/08/2017 R$ 46,19 19/06/2020 R$ 57,80 25,13%

B3SA3 01/06/2018 R$ 20,71 29/06/2020 R$ 53,45 158,09%

KLBN11 23/05/2019 R$ 14,69 31/08/2020 R$ 26,17 78,06%

WATCHLIST **

Ticker Empresa Setor Preço atual (R$) Preço para possível entrada*

CSAN3 Cosan Diversificado R$ 72,91 Abaixo de R$ 55,00

FLRY3 Fleury Saúde R$ 28,38 Abaixo de R$ 22,50

GGBR4 Gerdau Metalúrgica R$ 22,51 Abaixo de R$ 16,00

RAPT4 Randon Bens Industriais R$ 14,87 Abaixo de R$ 9,00

SLCE3 SLC Agrícola Agricultura R$ 27,20 Abaixo de R$ 18,00

VIVA3 Vivara Bens de consumo R$ 23,74 Abaixo de R$ 17,50

*Os preços indicados não representam uma obrigação de recomendação ou indicação de compra, tendo em vista que as variáveis e as premissas podem ser modificadas.

27

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