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FERBASA (FESA4)

RELATÓRIO 06/12/2019

A recomendação em Ferbasa (FESA3, FESA4)


Em tempos de mercados em alta, entendemos que Ferbasa seja uma das
ações mais baratas (ou a mais barata) dentre os ativos que
acompanhamos. Apesar de acompanharmos a empresa há muito anos,
começamos a monitorá-la, com maior atenção, no início de 2019.
Queríamos entender, profundamente, o negócio da empresa e porque
ela operava tão descontada.
Para quem nunca ouviu falar na Ferbasa, ela é uma produtora de
ferrocromo que é usado, por exemplo, na fabricação de aço inox. Além
disso, a Ferbasa possui aproximadamente 95% das reservas de cromita
do Brasil (matéria-prima do ferrocromo). Vale ressaltar que a empresa
tem suas receitas em dólar, o que pode trazer um ‘’hedge’’ em dólar
para a carteira de ações.
Mas se a empresa é tão boa porque as ações não sobem desde 2018?
O principal motivo que pressiona as ações da Ferbasa nos últimos dois
anos é que justamente o preço do seu principal produto, o ferrocromo,
é o mais baixo nos últimos anos – em termos reais, é o menor em dez
anos. Ou seja, quando falamos em ciclo (não devemos esquecer que a
empresa trabalha com uma commodity), esse é o momento de ‘’baixa’’
para Ferbasa.
Se isso afasta os investidores que procuram as ‘’empresas da moda’’,
para nós é motivo de colocar Ferbasa em carteira e aproveitar que as
ações estão muito baratas. Atualmente as ações são negociadas com um
P/L de 7,11 x e um P/VP de 0,93 x (isso mesmo, abaixo as ações operam
abaixo do valor patrimonial). Além disso, o Dividend Yield é de quase 7%,
o que deixa FESA4 ainda mais atrativa.
Se não bastasse tudo isso, a África do Sul, maior exportador de
ferrocromo do mundo, está com graves problemas de energia e a
Glencore (maior empresa do mundo no setor), já sente o impacto dessa
alta de energia e vem cortando a produção. Ou seja, quando a demanda
voltar a crescer, deveremos ver o preço do ferrocromo subir novamente.
FESA4 dificilmente será um dos destaques de alta nos próximos meses,
mas poderá recompensar quem tiver um pouco de paciência no longo
prazo. Dessa forma, passamos a recomendar a compra das ações da
empresa desde setembro de 2019.
Além disso, Ferbasa é uma excelente forma de se posicionar em uma
empresa de comodities, aproveitando as vantagens competitivas do
ferrocromo brasileiro, mas sem incorrer em riscos como o Vale, que
possui o melhor minério do mundo, mas que teve dois casos de
rompimento de barragens em pouco espaço de tempo. Somente como
comparativo, seguem os desempenhos das ações da Vale (VALE3),
Ferbasa (FESA4) e do Ibovespa desde 2000:

Enquanto o Ibovespa teve alta de 571%, as ações da Vale subiram


3.194% e as da Ferbasa 8.227%.
Abaixo, segue o relatório da empresa falando dos números
apresentados nos últimos trimestres e fundamentando nossa tese de
investimento na Ferbasa.
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Boa leitura.

Destaques Financeiros
A total da produção de ferroligas no terceiro trimestre foi de 48.578
toneladas, representando uma redução de 25,3% em relação ao mesmo
período do ano anterior. Este resultado é uma combinação da elevação
de 8,8% em ligas de silício e retração de 39,3% em ligas de cromo, sendo
que a utilização da capacidade instalada da metalúrgica caiu de 76,3%
para 56,1% na base de comparação.
O volume de vendas ficou praticamente estável, chegando a 56.696
toneladas e com grande contribuição do desempenho no mercado
externo. Em contrapartida, as vendas de ligas de cromo e silício
diminuíram consideravelmente no mercado interno devido ao cenário
mais desafiador para a empresa. Vale ressaltar a queda de preços dos
produtos a nível global e a renegociação de condições comerciais com
clientes e fornecedores.
A receita líquida apresentada totalizou R$ 317,6 milhões, com retração
de 19,2% na comparação com o terceiro trimestre de 2018. O resultado
contou com impacto da redução no volume de vendas no mercado
interno e do preço dos produtos no mercado internacional, sendo
parcialmente compensados pela valorização do dólar médio e aumento
das exportações.
O custo de produtos vendidos saltou 29,1%, chegando a R$ 299,2
milhões e consumindo 94,2% (+35,2 p.p.) da receita líquida. A variação
é reflexo do reajuste tarifário de energia elétrica, efeitos de escala com
a queda da produção, elevação do preço do coque e exaustão de ativo
biológico. As despesas operacionais atingiram R$ 44,8 milhões,
representando um acréscimo de 8,2% e com contribuição do maior
esforço de venda relacionado a exportação de minério de cromo. As
despesas administrativas também subiram devido a gastos com serviços
de consultoria, salários, benefícios, encargos sociais e honorários da
administração.
O Ebitda apresentado foi de R$ 129,2 milhões, com retração de 42,3% e
efeito da redução no volume de vendas, menor margem bruta e maiores
gastos operacionais. O resultado financeiro passou de despesa líquida
de R$ 15,8 milhões para receita líquida de R$ 83,3 milhões, influenciado
pelo reconhecimento de R$ 81 milhões devido a decisão judicial
favorável referente a exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS e
Cofins.
A companhia registrou lucro líquido de R$ 144,7 milhões, representando
uma diminuição de 3,1% e com margem de 45,6%. O resultado foi
amenizado por eventos não recorrentes, tais como o crédito fiscal
mencionado e o efeito positivo do hedge cambial.
Desde o terceiro trimestre de 2018, a dívida líquida ficou praticamente
inalterada, totalizando R$ 192,1 milhões na última apuração. Devido à
queda no resultado operacional, a relação dívida líquida/Ebitda subiu de
0,4x para 0,6x. Os principais aportes do capex foram direcionados para
compra de novos equipamentos e abertura de novas galerias nas
atividades de mineração.
Consideramos o resultado negativo, pois a companhia continua
enfrentando desafios no mercado interno e preços menos competitivos
a nível interacional. A expectativa é de valores mais elevados para as
ferroligas no médio prazo, com projeção de ajuste na oferta dos
produtos e aumento da demanda na China.

Indicadores (milhões) 3T19 3T18 Variação %


Receita Líquida R$ 317,6 R$ 393,0 -19,2%
Ebitda R$ 129,2 R$ 223,8 -42,3%
Margem Ebitda 40,7% 56,9% -16,3 p.p.
Lucro Líquido R$ 144,7 R$ 149,2 -3,0%
Margem Líquida 45,6% 38,0% 7,6 p.p.
ROE 13,0% 20,1% -7,1 p.p.
Dívida Líquida/Ebitda 0,6x 0,4x 0,2x

COMUNICADOS RECENTES

Em 26 de novembro, o conselho de administração aprovou a distribuição


de juros sobre capital próprio no valor de R$ 35,8 milhões. O montante
será imputado ao dividendo mínimo obrigatório referente ao exercício
social de 2019 e o crédito terá como base a posição acionária do dia 6
de dezembro do mesmo ano. O pagamento será realizado a partir de 20
de dezembro de 2019, sendo que o valor bruto por ação ordinária é de
R$ 0,39462, e de R$ 0,43408 para cada ação preferencial.
Em 30 de setembro de 2019, a companhia informou que liquidou
antecipadamente o saldo devedor de R$ 137 milhões referente ao preço
de aquisição do Complexo Eólico BW Guirapá, junto aos respectivos
vendedores, Santander Corretora de Seguros e Brazil Wind, o qual seria
pago em duas parcelas anuais entre 2020 e 2021, a um custo financeiro
de CDI +1% a.a. Em contrapartida, a empresa assumiu uma nova dívida,
de mesmo valor, com o Banco Bradesco, que será paga em cinco
parcelas anuais entre 2020 a 2024, a um custo financeiro de CDI +0,7%
a.a.
Em 25 de setembro, foi informado que a partir do trânsito em julgado da
decisão que determinou a exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS e
da Cofins, referente ao período compreendido entre maio de 1997 e
julho de 2019, a consultoria especializada contratada pela companhia
apresentou o valor parcial dos respectivos créditos tributários apurados,
no montante de R$ 196,1 milhões, o qual foi reconhecido no resultado
do terceiro trimestre de 2019.
Segundo dados da World Steel Association, a produção de aço bruto
cresceu 2,6% no terceiro trimestre de 2019, em relação ao mesmo
período do ano anterior. Na Ásia, a variação positiva foi de 6,2%, sendo
que a China representou 55,2% da produção mundial. Na América do
Sul, o volume produzido caiu 14,9%, e no Brasil regrediu 17,9% na
mesma base de comparação.
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NOSSO POSICIONAMENTO

A estratégia de investimento nas ações da Ferbasa (FESA4) está centrada


na oportunidade de ganhos de capital com a recuperação dos resultados
em um ambiente interno mais favorável, embora a projeção de
retomada seja para o médio prazo. A empresa possui verticalização
moderada em suas operações, com reservas de cromita, produção de
insumos básicos, complexo eólico próprio e planta metalúrgica,
permitindo sinergias relacionadas ao planejamento dentro da cadeia de
produção. Mesmo possuindo parque gerador, a energia produzida só
ficará disponível para uso interno após o término do contrato de venda
firmado por meio de leilão em 2011.
O ambiente de negócio tem demonstrado retração no segmento de ligas
de cromo e silício no mercado interno e preços mais baixos no mercado
internacional. Em contrapartida, as exportações estão sendo
favorecidas pela desvalorização do real frente ao dólar e a dívida em
moeda estrangeira está protegida por operações de hedge cambial. A
tendência é que o ambiente no Brasil continue desafiador no curto
prazo, mas acreditamos que o momento é adequado para entrada no
ativo, visando investimento para longo prazo. Os principais fatores de
risco são a característica cíclica do setor de atuação, alto consumo de
energia elétrica e variação dos preços dos produtos a nível global.
Estamos recomendando compra nas ações preferenciais da Ferbasa, que
fabrica ferroligas no Brasil, sendo a única produtora integrada de
ferrocromo das Américas, exercendo as atividades de mineração,
reflorestamento e metalurgia. Consideramos a verticalização das
atividades e a alta participação no mercado de atuação importantes
diferenciais. De acordo com nosso modelo de fluxo de caixa descontado,
o valor justo é de R$ 24,90.

Indicadores de Mercado 04/12/2019 31/12/2018 31/12/2017 31/12/2016


P/L 6,97 5,64 6,46 9,48
EV/EBITDA 5,25 3,54 3,65 5,13
P / VPA 0,91 1,00 1,15 0,49
Dividend Yield 6,84% 6,97% 4,91% 10,27%
Valor de Mercado (mil) R$ 1.688.319 R$ 1.740.228 R$ 1.741.929 R$ 660.350

A EMPRESA

A Ferbasa foi fundada em 1961, com atividades de mineração para


produzir minério de cromo, no município de Campo Formoso, na Bahia.
Dois anos depois, foi instaurado o parque metalúrgico na cidade de
Pojuca (BA), visando a produção de ferrocromo para abastecer a
indústria siderúrgica, servindo como matéria-prima na fabricação de
aços especiais e inoxidáveis. Na década seguinte, foram iniciadas as
atividades na mina de Ipuera, situada em Andorinha, na região Centro-
Norte do mesmo estado. Em 1994, foi constituída uma joint venture com
empresas japonesas para produzir liga de alta pureza utilizada em aço
eletromagnético.
Atualmente, a companhia atua com mineração, metalurgia, geração de
energia elétrica e produção florestal. É considerada uma das maiores
produtoras de ferrocromo das Américas, detendo 95% das reservas
brasileiras de cromita em dois grupamentos mineiros, utilizando lavra a
céu aberto e subterrânea. No parque industrial, existem 14 fornos
elétricos e os principais produtos ofertados são as ligas de ferrocromo
alto carbono, ferrocromo baixo carbono, ferrossilício e ferrossilício
cromo.
A linha de ferrosilício oferece soluções para o processo produtivo de
núcleos de grandes transformadores e geradores, além dos demais
produtos de aços especiais empregados na fabricação de motores
elétricos para carros híbridos e linha branca. Além dos ativos
mencionados, a empresa conta com uma planta destinada à produção
de cal virgem e quatro minas de quartzo, produtos utilizados nas
atividades de metalurgia.
O processo produtivo utiliza forno trifásico de fundição, visando obter a
redução do minério e pôr fim a liga. As atividades para a formação de
ferroligas são eletrointensivas, com elevada participação da energia
elétrica no aquecimento da carga dos fornos, visando obter temperatura
suficiente para que as reações químicas possam ocorrer.
A área florestal tem aproximadamente 64 mil hectares, com 25 mil
hectares de eucaliptos plantados, destinados à produção de
biorredutor. Este insumo é utilizado no processo de transformação das
ferroligas, atingindo uma capacidade de 138 mil toneladas por ano. Nos
últimos cinco anos, com a aquisição de maquinário e a consequente
evolução no processo de colheita e na tecnologia utilizada, a
produtividade triplicou e o custo do biorredutor regrediu em torno de
15%.
Em 2018, foi adquirido o Complexo Eólico BW Guairapá, cuja geração de
energia elétrica é totalmente destinada ao Ambiente de Contratação
Regulado. O contrato de venda de energia foi firmado em 2011 e se
encerra em 2034, sendo que o reajuste da tarifa é realizado em julho de
cada ano e a reavaliação da garantia física ocorre a cada quatro anos.
Após reconciliação do contrato, a garantia física do segundo quadriênio
foi reduzida de 80,9 MW para 78,8 MW.
A Fundação José Carvalho detém 98,8% das ações ordinárias e 26,2% das
ações preferenciais, formando uma participação total de 50,4%. Outros
acionistas relevantes são a Dimensional Funds (2,4%) e o Market Vectors
Minor Metals ETF (1,2%). O free float das ações preferenciais chega a
68%.
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Composição acionária (ações PN)

26,18%
Fundação José Carvalho
Dimensional Funds
Alfa FI Ações
3,58% Market Vectors Minor Metals ETF
1,53% Norges Bank

1,87% Outros
65,81%

1,03%

VANTAGENS COMPETITIVAS

Estrutura verticalizada: a empresa conta com ativos de mineração,


florestal, metalurgia e geração de energia elétrica. A produção dos
principais insumos - bem como cal virgem, quartzo, minério de cromo e
biorredutor - é realizada internamente e no mesmo estado onde estão
localizados o escritório corporativo, o complexo eólico e a fábrica
metalúrgica. Dessa forma, é possível planejar a linha de produção com
maior facilidade, garantindo segurança e qualidade no desenvolvimento
das atividades. As reservas correspondem a grande parte da cromita em
território nacional, permitindo um posicionamento de destaque como
fornecedora para empresas siderúrgicas nacionais e internacionais.
Produtividade: existem projetos sendo implementados para permitir
maior competitividade, reduzindo os custos de ferrocromo e
possibilitando a exportação de excedentes de minério. No processo
serão utilizados separadores por sensor para incrementar o volume total
de cromo e aumentar a vida útil das minas, possibilitando maior
proporção do produto bruto nas vendas para o mercado internacional e
garantindo maior diversificação no portfólio. Além disso, estão em
andamento projetos de automação dos equipamentos estacionários
para reduzir o consumo de energia elétrica. O processo de colheita está
sedo otimizado desde 2013 a partir da utilização de maquinário pesado
em derrubada, desgalhamento, traçamento e baldeio.
Situação financeira: a Ferbasa conta com situação financeira adequada,
mesmo após novos investimentos em ativos fixos de mineração e a
aquisição dos parques eólicos. As disponibilidades, em conjunto com o
fluxo de caixa operacional acumulado em 12 meses, são mais do que
suficientes para cobrir o total de obrigações com aquisição,
empréstimos e financiamentos. Com a estrutura de capital equilibrada,
a empresa não corre o risco de ficar inadimplente, permitindo a
manutenção da política de distribuição de dividendos e a
implementação de projetos para incrementar a produtividade.
FATORES DE RISCO

Atividades de mineração: a companhia possui uma mina subterrânea e


cinco barragens de rejeitos, estando sujeita a normas rigorosas ou a
ocorrência de acidentes que afetem o meio ambiente, podendo resultar
em sansões como multas, indenizações e desembolsos financeiros para
reparos. Na prospecção de novas reservas de minério, os custos e os
investimentos para contenção de riscos podem superar as expectativas
iniciais.
Governança: quase a totalidade das ações com direito a voto estão com
o acionista controlador, podendo ocasionar em conflitos de interesse
com minoritários. As ações preferenciais têm direito a dividendos 10%
superiores aos atribuídos às ações ordinárias e prioridade no reembolso
de capital. A Fundação José Carvalho pode eleger a grande maioria dos
membros do conselho de administração e controlar as principais
decisões que necessitem de aprovação dos acionistas.
Consumo de energia: o processo produtivo exige alto consumo de
energia elétrica e o suprimento é realizado pela Companhia Hidrelétrica
do Vale de São Francisco, sendo que o contrato foi prorrogado
recentemente até 2037. A energia gerada pela subsidiária BW Guirapá
só estará disponível para utilização interna quando vencer o contrato de
leilão de venda de energia em 2034.

RESULTADOS ANTERIORES

A Ferbasa registrou receita líquida de R$ 1,381 bilhão em 2018,


representando um crescimento de 24,6% frente ao ano anterior.
Destaque para o incremento de 6,8% no volume de vendas, valorização
de 12,8% do dólar médio e melhores preços dos produtos no mercado
internacional. Ponto negativo para a retração no volume vendido de
ligas de silício no Brasil e na exportação de ligas de cromo devido a
preços menos atrativos.
O Ebitda ajustado foi de R$ 425,9 milhões, com evolução de 32,6% e
margem de 30,8% (+1,8 p.p.). Além do aumento da receita, houve efeito
positivo da redução em despesas com vendas, melhora na margem
bruta e reconhecimento de ganho com compra vantajosa oriundo da
aquisição da BW Guirapá, sendo parcialmente compensados por
maiores gastos administrativos com salários, consultorias e participação
nos lucros.
O lucro líquido cresceu 14,4%, totalizando R$ 309,2 milhões e formando
uma margem de 22,4% (-2 p.p.). Além de itens comentados, o resultado
foi influenciado pelo efeito negativo do ajuste do ativo biológico,
reconhecimento de obsolescência de estoques e reversão do resultado
financeiro de receita para despesa líquida devido ao desembolso para a
aquisição de parques eólicos.
A empresa finalizou o ano com dívida líquida de R$ 208,2 milhões, contra
uma situação de caixa líquido de R$ 473,7 milhões do ano anterior. Esta
variação está relacionada a novos financiamentos junto ao BNDES
destinados à aquisição da BW Guirapá, sendo que ainda foram
aportados R$ 91,2 milhões em capex.

Indicadores (milhões) 2018 2017 2016


Receita Líquida R$ 1.381 R$ 1.109 R$ 1.096
Ebitda R$ 425,9 R$ 321,3 R$ 70,0
Margem Ebitda 30,8% 29,0% 6,4%
Lucro Líquido R$ 309,2 R$ 270,3 R$ 70,2
Margem Líquida 22,4% 24,4% 6,4%
ROE 17,7% 17,8% 5,2%

Em 2018, foram deliberados R$ 96,6 milhões de proventos,


representando um crescimento de 7,2% em relação ao ano anterior e
R$ 1,1724 por ação preferencial. O índice Payout foi de 31,2% e o
Dividend Yield, considerando o preço de fechamento das ações, atingiu
7%.
As ações negociadas na B3 apresentam, no longo prazo um desempenho
fantástico. Desde 2000, FESA4 sobe aproximadamente 8.048%,
enquanto o Ibovespa, pouco mais de 565%. O beta histórico do papel da
Ferbasa (FESA4), que mede a sensibilidade do ativo em relação ao
Ibovespa, é de 0,68, sendo considerado um ativo com característica
conservadora, que acompanha o sobe e desce do mercado com menor
intensidade.
Fontes: Quantum Axis e RI das empresas
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Analistas Responsáveis

Daniel Karpouzas Barcellos, CNPI EM-1855


Danillo Sinigaglia Xavier Fratta, CNPI-T EM-1795

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Glossário

Beta: indicador do comportamento do valor da ação em relação a um


índice de referência. Se for superior à unidade é considerado de perfil
agressivo e se for inferior é considerado conservador.
Dívida Bruta: endividamento total, considerando empréstimos e
financiamentos. Não entra no cálculo o passivo operacional e não
oneroso.
Dívida Líquida: dívida bruta subtraída de caixa e aplicações financeiras
de alta liquidez. Considera apenas a parte do endividamento não
coberto pelas disponibilidades.
Dívida Líquida/EBITDA: proporção do endividamento líquido sobre o
resultado operacional da empresa. Considera quantas vezes a parte da
dívida que não é coberta pelas disponibilidades supera a geração de
caixa bruta.
Dividend Yield: índice de dividendos pagos por ação, considerando o
valor de mercado dos ativos negociados em bolsa. Divisão entre o lucro
distribuído por ação pelo preço da ação.
EBITDA: indicador de geração de caixa operacional bruta. Considera os
ganhos antes de depreciação, amortização, despesas financeiras e
imposto de renda.
Estrutura de Capital: proporção entre capital próprio e capital de
terceiros. Relaciona o endividamento total com o patrimônio líquido,
caracterizando a fonte de recursos para financiamento das operações.
EV/EBITDA: múltiplo que relaciona o valor da firma, incluindo a dívida
líquida, com o resultado operacional que representa a capacidade de
geração de caixa da empresa.
Índice de Liquidez Corrente: quociente entre o ativo circulante e o
passivo circulante, contas relacionadas ao exercício social subsequente
ao fechamento do balanço.
Lucro Bruto: resultado após descontar do faturamento impostos sobre
vendas, abatimentos, devoluções, descontos incondicionais e custos de
produtos ou serviços vendidos.
Lucro Operacional Líquido: lucro antes de juros e imposto de renda,
descontando apenas o ganho fiscal com as despesas financeiras.
EBIT*(1-alíquota de imposto de renda).
P/L: índice de preço da ação no mercado em relação ao lucro líquido por
ação acumulado nos últimos doze meses. Divisão do valor de mercado
da empresa pelo lucro líquido divulgado.
P/VPA: índice de preço da ação no mercado em relação ao valor
patrimonial da ação. Divisão do valor de mercado da empresa pelo
patrimônio líquido.
Payout: índice de dividendos pagos em relação ao lucro do período.
Divisão entre o montante distribuído aos acionistas e o resultado líquido
auferido pela empresa.
Resultado Líquido: última linha da demonstração de resultado da
empresa, após somadas todas as receitas e descontadas todas as
despesas. Pode ser lucro caso seja positivo e prejuízo caso seja negativo.
ROA (Return On Assets): índice de retorno sobre os ativos. Divisão do
lucro líquido divulgado pela totalidade dos ativos da empresa,
resultando no percentual de retorno sobre todo capital empregado.
ROE (Return On Equity): índice de retorno sobre o patrimônio líquido.
Divisão do lucro líquido divulgado pela parte residual dos ativos da
empresa, resultando no percentual de retorno ao acionista.
ROI (Return On Investment): índice de retorno sobre o capital próprio e
de terceiros. Divisão do lucro operacional líquido pela soma da dívida
bruta com o patrimônio líquido, resultando no percentual de retorno
aos fornecedores de capital.
Valor da Firma: resultado da soma do valor de mercado das ações com
a dívida líquida.
Valor de Mercado: valor total das ações negociadas no mercado.

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reproduzido ou distribuído para qualquer pessoa, ou todo, ou em
parte, qualquer que seja o propósito, sem prévia autorização.
2) Este relatório tem como objetivo fornecer informações que possam
auxiliar o investidor a tomar sua própria decisão de investimento, não
constituindo qualquer tipo de oferta ou solicitação de compra e/ou
venda de qualquer produto. As informações contidas neste relatório
são consideradas válidas na data de sua divulgação e foram obtidas
de fontes públicas. A Capitalizo Consultoria Financeira não se
responsabiliza por qualquer decisão tomada pelo cliente com base no
presente relatório.
3) O analista responsável pelo conteúdo está indicado acima, é
credenciado junto a APIMEC e está obrigado ao cumprimento de
todas as regras previstas no Código de Conduta da APIMEC para o
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nº 598/18.
4) O analista deste relatório declara que as recomendações refletem
única e exclusivamente suas análises e opiniões pessoais, que foram
produzidas de forma independente, inclusive em relação à Capitalizo
Consultoria Financeira e que estão sujeitas a modificações sem aviso
prévio em decorrência de alterações nas condições de mercado.
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não garante sobre a integridade, confiabilidade, exatidão das
informações.
6) As rentabilidades dos instrumentos financeiros podem apresentar
variações e seu preço ou valor. Os desempenhos anteriores não são
necessariamente indicativos de resultados futuros. A rentabilidade
divulgada não é líquida de impostos e taxas. As informações presentes
neste material são baseadas em simulações e os resultados reais
poderão ser significativamente diferentes. O analista se exime da
responsabilidade de qualquer prejuízo, direto ou indireto, que
venham a ocorrer da utilização deste relatório ou conteúdo.
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moderado e agressivo. Operações alavancadas, em mercados de
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opções e mercados futuros (Índice, Dólar, Boi Gordo, Milho, etc).
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