1) Fazer imagens de Deus é tentar controlá-Lo, quando o contrário é verdade - Deus controla o homem. Rituais pagãos com imagens não farão Deus agir como se deseja.
2) Imagens não capturam a majestade de Deus, que falou de entre nuvens e trevas no Monte Sinai. Curvar-se a imagens feitas por mãos humanas é ridículo comparado à grandeza de Deus.
3) Israel não precisa de imagens porque Deus estabeleceu um pacto de fidelidade com Seu povo
1) Fazer imagens de Deus é tentar controlá-Lo, quando o contrário é verdade - Deus controla o homem. Rituais pagãos com imagens não farão Deus agir como se deseja.
2) Imagens não capturam a majestade de Deus, que falou de entre nuvens e trevas no Monte Sinai. Curvar-se a imagens feitas por mãos humanas é ridículo comparado à grandeza de Deus.
3) Israel não precisa de imagens porque Deus estabeleceu um pacto de fidelidade com Seu povo
1) Fazer imagens de Deus é tentar controlá-Lo, quando o contrário é verdade - Deus controla o homem. Rituais pagãos com imagens não farão Deus agir como se deseja.
2) Imagens não capturam a majestade de Deus, que falou de entre nuvens e trevas no Monte Sinai. Curvar-se a imagens feitas por mãos humanas é ridículo comparado à grandeza de Deus.
3) Israel não precisa de imagens porque Deus estabeleceu um pacto de fidelidade com Seu povo
de uma deidade, podemos facilmente responder à questão de por que o Senhor proibiu o fazer imagens. Gostaríamos de destacar três aspectos:
1. Fazer uma imagem de Yahweh é não entender
sua Liberdade. Uma imagem tenta fazer compreensível aquele que é incompreensível. Mas, dessa forma, o artesão está tentando controlar Deus, quando o contrário é verdade: Yahweh controla o homem e não permite que ele mesmo seja controlado. Alguém pode usar um ritual bem elaborado diante de uma imagem para conseguir que Yahweh faça o que se deseja, mas isso jamais será bem sucedido.
Um exemplo claro disso é encontrado na narrativa
de 1 Samuel 4. Os israelitas haviam sofrido uma grande derrota nas mãos dos filisteus. A fim de resgatá-los de sua miséria, trouxeram a arca da Aliança para o campo. Yahweh estava entronizado entre os querubins, e somente se ele estivesse próximo, a vitória estaria garantida. A arca chegou, juntamente com os sacerdotes, os quais podiam dar as instruções necessárias para o cuidado com a arca.
As pessoas receberam a chegada da arca com
gritos de alegria tão entusiásticos que a terra tremeu. Os filisteus ficaram com medo: "Os deuses vieram ao arraial. E diziam mais: Ai de nós!" (15m 4.3-8). Mas, em vez de conseguir a vitória, Israel sofreu sua segunda derrota e, até mesmo, a arca foi levada como saque pelos filisteus. A própria arca, feita sob a ordem de Yahweh, tornou-se não mais do que uma caixa de madeira, tão logo o Senhor não quis mais estar associado a ela. Ele se assenta entronizado entre os querubins dessa arca quando lhe apraz (cf. Ez 1 e 10).
Se Israel havia pecado e se recusado a se
converter como Yahweh havia prescrito, então é certo que a tentativa de torná-lo propício por meio de manipulações pagas não iria funcionar. Agora, se isso se aplica à arca, feita sob a ordem de Deus, certamente será verdadeiro a respeito de qualquer imagem que as pessoas possam erigir para seu próprio culto a Yahweh. Uma imagem é simplesmente uma maneira de tentar controlar Deus com uma coleira: "Faze-nos deuses que vão adiante de nós", disse o povo a Arão. E, assim, Yahweh tornou-se um embaixador em cadeias, uma imagem em grilhões. Entretanto, a Escritura inteira mostra claramente que o processo é precisamente o oposto.
O Senhor escolheu livremente a seu povo (Dt
7.7-8; Am 9.7) e determinou a maneira que seu povo deveria andar. Ele pode até mesmo colocar em risco o futuro de Israel, quando este se afasta do caminho fazendo imagens esculpidas (Ex 32.8-10; Dt 9.12-14).
O Senhor se recusa a viver dessa forma com
Israel. Ele é diferente de todos os outros deuses, e isso deve ficar claro no relacionamento que ele estabeleceu entre si mesmo e seu povo.
2. Fazer uma imagem de Yahweh é não entender
sua Majestade. Quando fez seu pacto conhecido a Israel, o Senhor falou do monte Sinai enquanto este ardia em fogo "até ao meio dos céus, e havia trevas, e nuvens, e escu ridão". Israel não viu forma nenhuma de Yahweh; havia somente uma voz (Dt 4.11,12).
Em contraste com tal majestade está o fazer
imagens como "obra de mãos de homens, madeira e pedra, que não veem, nem ouvem, nem comem, nem cheiram" (Dt 4.28). Uma imagem é a criação de um artesão, mas não é um deus (Os 8.6; 13.2, 14.4). As pessoas se curvam diante daquilo que seus próprios dedos fizeram. Embora feitas de ouro e prata, no dia do juízo os homens lançarão suas imagens às toupeiras e aos morcegos, enquanto estes fogem pelas pedras e pelos rochedos em face do terror de Yahweh e ante o som de sua majestade (Is 2.20-21).
Além disso, o culto a uma imagem evoca ridículo e
sarcasmo. "Com quem comparareis a Deus? Ou que coisa semelhante confrontareis com ele?" Certamente, é ridículo quando um artesão é contratado imagens, pregando-as a uma base para que não caiam! (Is 40.18; 41.7). Parte para fazer daquilo que os homens retiram da floresta é usado para alimentar o fogo a fim de cozinhar ou se aquecer, e o resto eles usam para fazer imagens para adorar e fazer petições: "Livra-me, porque tu és o meu deus!" (Is 44.15 20). Em contraste com esses deuses feitos de blocos de madeira, Yahweh se apresenta em sua majestade como Criador do mundo (Is 40.12-17). Ninguém se compara a ele. "[...] antes de mim deus nenhum se formou, e depois de mim nenhum haverá" (Is 43.10-11).
Na Escritura, essa majestade de Deus é
demonstrada pela metáfora da escuridão na qual ele se encontra (Dt 4.11; 5.23; 1Rs 8.12), ou da luz inacessível na qual ele habita (1Tm 6.16). Escuridão e luz são completamente opostas, mas expressam a mesma ideia: Deus é tão majestoso que não pode ser alcançado pelo entendimento humano. Como poderia Israel jamais pensar em fazer uma imagem dele? As trevas ao redor de Yahweh são tão impenetráveis quanto a luz divina é ofuscante para os olhos humanos.
Todo ser humano está descoberto e nu aos seus
olhos (Hb 4.13), mas o contrário não é verdadeiro: Deus não está descoberto e nu ante os olhos humanos. Por isso, Israel estava zombando da majestade de Deus quando fez uma imagem de Yahweh e ousou declarar sobre ela: "Este é teu deus que te tirou da terra do Egito".
3. Fazer uma imagem de Yahweh é não entender
seu Pacto. Não se pode fazer imagens por causa da Liberdade de Yahweh, não se pode fazer imagens por causa da Majestade de Yahweh, e não se pode fazer imagens por causa do Pacto que Yahweh fez com Israel. A ligação entre Yahweh e seu povo não precisa ser estabelecida por meio de imagens, pois ela já está estabelecida pelo pacto. A liberdade e a majestade de Yahweh não significam que ele é inacessível e que age caprichosamente - algo que Israel então teria de "neutralizar" por meio do controle do poder divino mediante uma imagem de Yahweh.
Yahweh fez um pacto consigo mesmo de
fidelidade a Israel. Não precisamos olhar muito longe para saber o que ele faz. O mandamento não está no céu ou além do mar para que Israel possa dizer: "Porque este mandamento que, hoje, te ordeno não é demasiado difícil, nem está longe de ti. Não está nos céus, para dizeres: Quem subirá por nós aos céus, que no-lo traga e no-lo faça ouvir [...] Nem está além do mar, para dizeres: Quem passará por nós além do mar que no-lo traga e no-lo faça ouvir [...] Pois esta palavra está mui perto de ti, na tua boca e no teu coração, para a cumprires" (Dt 30.11-14; cf. Rm 10.6-9)
Yahweh não é tangível para Israel, como são os
ídolos aos quais se devotam os pagãos, mas, por outro lado, não há Deus tão próximo ao seu povo como Yahweh é próximo de Israel." Eles não veem uma forma, mas ouvem a sua voz. Ele fez conhecido o seu pacto, e eles puderam saber que seus mandamentos - recebidos em obediência - trariam prosperidade a Israel (Dt 4.12-14; 5.29; 6.24). Assim, não é apenas sua majestade, mas também sua intimidade com Israel que torna o fazer imagens tão reprovável. Por isso, o Senhor também “vingará a si mesmo" se o pacto entre ele e seu povo for quebrado pelo culto a imagens.
O texto do segundo mandamento coloca as
palavras desta maneira: "Eu sou o Deus que vindica a si mesmo". Em vez da tradução "que vindica a si mesmo" (el qanna"), algumas versões traduzem essa expressão por "Deus zeloso" [ou ciúme]. Certamente, o elemento do "ciúme" está presente; mas essa tradução é muito limitada porque, considerando o que se segue no texto, Yahweh é também el qanna' em relação àqueles que guardam seus mandamentos. Ele é zeloso quando pune e quando demonstra seu favor. Em ambos os casos, ele vindica a si mesmo como o Deus do pacto. Ele é zeloso no sentido de "ciúme❞ de uma pessoa que fere seu amor fazendo imagens dele.
Elas verão isto: o pecado dos pais é visitado nos
filhos, netos e bisnetos. Mas Yahweh é também zeloso quando somos fiéis a ele. E, nesse caso, ele vindica a si mesmo demonstrando seu favor por um tempo inimaginável às futuras gerações daqueles que amam e guardam seus mandamentos.
A religião "autodeterminada" pelo homem
desperta o sentimento de "ciúme" em Yahweh, tanto quanto o ciúme é despertado no marido que vê sua esposa amar outro homem (Nm 5.14). O amor que Yahweh dedica é desprezado. Em vez de receber vida como um dom pactual, os homens buscam segurança para a vida por meio de culto às imagens. Fé e obediência no âmbito do pacto são opostas a toda atitude pagã que sempre luta ferozmente nos rituais com imagens para permanecer no controle.