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3.
→ As origens do Direito situam-se na “pré-história”
→ poucas informações (conhecimento)
→ prudência nas conclusões
4. Diversos povos conheceram uma longa evolução da sua vida social e jurídica sem terem atingido
o estado cultural da escrita. E.g.: Maias e Incas
7. CARACTERÍSTICAS:
• Direitos não escritos (limitada possibilidade de abstração)
• Direitos numerosos (cada comunidade tem o seu próprio costume – isolamento entre
comunidades)
• Direitos relativamente diversificados (diferenças por vezes mínimas de um costume para
outro )
• Forte influência religiosa (dificuldade para distinguir entre regra religiosa e regra jurídica)
• Direito embrionário: dificuldade em apresentar a diferenças entre o que é e o que não é
jurídico.
ANTIGUIDADE
II – Egito
Não deixaram livros de direito ou compilações de leis.
Conhecimento baseado quase exclusivamente nos atos da prática: contratos, testamentos, decisões
judiciárias, atos administrativos etc.
Encontram-se “instruções” e “sabedorias”, que contêm elementos de teoria jurídica.
MAÂT – é o objetivo a prosseguir pelos reis, ao sabor das circunstâncias. Tem por essência ser o
equilíbrio. (Maât – pode ser trad. por verdade e ordem; por justiça propriamente dita)
Códigos Cuneiformes:
Constituem os primeiros esforços da humanidade para formular regras de direito.
O mais antigo código conhecido é o de “Ur-Nammu” (fundador da 3ª dinastia de Ur, 2040
a.C.).
Esnunna (1930 a.C.) .
Lipit-Istar, rei de Isin (1880 a.C.) – destinado a estabelecer o direito nas regiões da Suméria e
da Acádia.
Código de Hammurabi, rei da Babilônia (1728-1686 a.C.).
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1. A sociedade da Babilônia
→Os awilum: homem livre, com todos os direitos de cidadão.
→Os muskênum: são uma camada intermediária entre os awilum e os escravos. Funcionários públicos,
com direitos e deveres.
→Os escravos: eram a minoria da população, geralmente prisioneiros de guerras.
2. A pena de Talião:
A primeira forma que as sociedades encontraram para estabelecer as penas para seus delitos.
“Olho por olho, dente por dente”: mesmo sofrimento que impôs ao cometer o crime.
“Se um awilum destruiu o olho de um outro awilum, destruirão seu olho.” §196
“Se um construtor edificou sua casa, mas não reforçou seu trabalho, e a casa, que construiu, caiu
e causou a morte do dono da casa, esse construtor será morto.” § 229.
“Se causou a morte do filho do dono da casa, matarão o filho desse construtor.” §230
3.Falso Testemunho:
“Se um awilum apresentou-se em um processo com testemunho falso e não pode comprovar o
que disse: se esse processo é um processo capital, esse awilum será morto.” §03
“Se apresentou-se com um testemunho (falso em causa) de cevada ou prata, ele carregará a
pena desse processo.” § 04
4.Defesa do Consumidor:
Na Babilônia já havia leis que protegiam os cidadãos do mau prestador de serviços em alguns casos.
“Se um pedreiro construiu uma casa para um awilum e não executou o trabalho adequadamente
e o muro ameaça cair, esse pedreiro deverá reforçar o muro às suas custas.” § 233
5.Roubo e Receptação:
O Código penaliza tanto o que roubou ou furtou quanto o que recebeu a mercadoria roubada.
“Se um awilum cometeu um assalto e foi preso: esse awilum será morto”. § 22
“Se um awilum roubou um bem de propriedade de um deus ou do palácio: esse awilum será
morto; e aquele que recebeu de sua mão o objeto roubado será morto.” § 06
6. Família:
Sistema familiar era patriarcal e o casamento, monogâmico, embora fosse admitido o concubinato.
Isso era resolvido pelo fato de uma concubina jamais ter o “status” de esposa. O casamento legítimo era
somente válido se houvesse contrato.
“Se um awilum tomou uma esposa e não redigiu o seu contrato, essa mulher não é esposa.” § 128
7. Adultério:
Somente a mulher cometia adultério. O homem era, no máximo, cúmplice. Se um homem saísse com uma
mulher casada, ela seria acusada de adultério e ele de cúmplice de adultério e se a mulher fosse solteira, não
comprometida, não havia crime nem cumplicidade, porque esse povo admitia o concubinato.
8. Adoção (§185s):
Se uma criança fosse adotada logo após seu nascimento, não poderia mais ser reclamada.
Se a criança fosse adotada para aprender um ofício e o ensinamento estivesse sendo feito, ela não poderia ser
reclamada. Caso esse ensino não estivesse sendo feito, o adotado deveria voltar à casa paterna.
Se a criança, ao ser adotada, já tivesse mais idade e reclamasse por seus pais, tinha que ser devolvida.
V – O DIREITO HEBREU
(Direito eminentemente religioso)
1.Hebreus são Semitas que viviam em tribos nômades.
→Atravessam a Palestina na época de Hamurabi, penetram no Egito, retornam à Palestina e instalam-se entre
os Hititas e os Egípcios, provavelmente no século XII.
→Apogeu do reino de Israel situa-se
2. Características:
Direito religioso - Religião monoteísta (que, através do cristianismo, exerceu grande influência no
ocidente)
O direito é “dado” por Deus ao seu povo.
O direito é imutável (só Deus o pode modificar)
Pode ser adaptado à evolução social (interpretes – especialmente rabinos)
3. PENTATEUCO (torah) = lei escrita, revelada por Deus(Leis de Moisés ou Cinco Livros de Moises)
Gênese
Êxodo
Levítico
Números
Deuteronômio
7 – Justiça:
“Ao mesmo tempo, ordenei a vossos juízes: Ouvireis vossos irmãos para fazerdes justiça entre um
homem e seu irmão, ou o estrangeiro que mora com ele. Não façais acepção de pessoa no julgamento:
ouvireis de igual modo o pequeno e o grande (...)” Dt. 1, 16-17
“Estabelecerás juízes e escribas em cada uma das cidades que Iahweh teu Deus vai dar para as tuas
tribos. Eles julgarão o povo com sentenças justas. Não perverterás o direito, não farás acepção de
pessoas no julgamento e nem aceitarás suborno, pois o suborno cega os olhos dos sábios e falseia a
causa dos justos.” Dt. 16, 18-19