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Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC

Centro de Ciência e Informação – FAED


Disciplina: Leitura e Formação de Leitores

Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC


Centro de Ciência e Informação – FAED
Disciplina: Leitura e Formação de Leitores
Professora: Andreia Sousa da Silva
Aluna: Renata Vieira Bento
Relatório Crítico

“A cor da Cultura”
“Cor da cultura surge por uma iniciativa dos movimentos sociais, que é um
projeto tentando reverter o quadro quase crônico de desigualdade e exclusão
das crianças por conta dos racismos nas escolas. ”
Começa com a professora questionando os alunos sobre a existência dos avós
deles e se deixaram ou não alguma brincadeira ou história contada para os
netos. Ela incentiva as crianças a deixarem uma carta escrita ou desenhada
para os futuros netos e enterrar no quintal. Em seguida, conta a história de
Bruna e a galinha d’Angola, escrita por Gercilga de Almeida que descobriu o
tesouro perdido da avó dela.
É uma narrativa que ilustra uma garota de uma aldeia que ganha de presente
uma galinha d’Angola. Gosta tanto da galinha que fez as outras amigas e
pessoas da aldeia se apaixonarem também, galinha de nome “Conquém”. Além
disso, assim como a autora, a garota acha um tesouro antigo da avó. Este
tesouro continha linha e botões de tecido para costurar. Posteriormente as
meninas aprendem a pintar e vender tecidos coloridos com desenho da
galinha. A professora instrui as crianças a pintarem tecidos, desfile de moda,
faz com que a narrativa do livro tome vida. Isso é importante para a memória
das crianças que não irão esquecer o livro e nem o momento juntas; assim
como também é feito brinquedos com materiais recicláveis.
Isso conduz a história “Berimbau” de Raquel Coelho. É a história de um menino
chamado Leo que sem querer, acaba encontrando um lugar abandonado:
casas velhas, ruas de terra batida. Lá, sozinho, encontra um homem
completamente desconhecido. Esse homem o instrui, com a ponta de cima do
berimbau, a olhar para cima (céu) e ver seu futuro como homem. Na ponta
debaixo do berimbau vê o passado, seus avós brincando, as fazendas que
fugiram. No meio do berimbau, apontando diretamente para a barriga do
garoto, vê-se o meio, ou seja, o presente atual como um garoto.
Fora da história as crianças brincam com o tema do livro: na argila, moldam o
que veem no céu. Nuvens, lua, estrelas e até borboleta. Essa atividade os leva
a pendurar as molduras em uma árvore para servir de lembrança e demonstrar
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Disciplina: Leitura e Formação de Leitores
o empenho que tiveram com a proposta. É uma forma muito singela de
demonstrar o aprendizado, a educação e a atenção ao escutar uma história.
Pequenos momentos como esses são os que formam uma geração de leitores;
fazendo, sem muito esforço, as crianças se apaixonarem pela leitura. É ter na
cabeça a história que foi contada, saber explicar, saber pensar além do tema
proposto. É com a ajuda de outros contos, como por exemplo o do “Filho do
Vento”, “Menino Inesperado” e “Bibi, a rainha das escolhas” que as crianças
podem se sentir representadas ou se espelharem no que o autor escreveu.
Porque as narrações não são completamente fantasiosas, elas ilustram a
escravidão, medos, desejos que qualquer criança pode ter. A curiosidade é o
traço em comum que a maioria das histórias representou, o que iguala o
despertar de uma criança.
Livros servem para isso; demonstrar e despertar curiosidade, o leitor desejar
ser curioso e sentir a necessidade de ir atrás de pesquisas, coisas, assuntos.
O ponto importante é que após ler um livro, o leitor não necessariamente
precisa trabalhar com o único tema proposto, mas entender que a concepção
de um tema pode se abranger ainda mais. Por exemplo, o livro 3 retrata o
medo, mas a professora faz atividades que envolvam outros sentimentos como
alegria, raiva, coragem.
É possível concluir da seguinte forma: além das instruções que as crianças
seguem para estarem mais inclusivas e ativas na leitura, formação de opinião e
a própria criatividade fazendo-as pensar mais, faz-se importante pontuar
também que ao ler é perceptível os focos da integração do racismo durante a
história do brasil, a afro descendência na cultura brasileira e principalmente o
atingir do pensamento descolonial ao comparar o passado com o presente. Os
contos não reprimem os fatos históricos, eles apresentam e a professora faz
sua parte de também expressar como eram, porque isso não deve ser apagado
do histórico do Brasil.

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