Mil e um desejos proibidos
Era uma vez, uma Tribo severa. Onde todos preservavam seus costumes e
a sua terra. Subindo até a Grande Casa, há uma linda donzela, D’alara, esse
era o nome dela. Uma garota indecisa, robusta e impulsiva. Todos sabiam
quem ela era, mas não conheciam nem sequer metade dela. Do modo que
cresceu até os dias atuais, aprendeu a ser sempre quieta, e, mesmo se
fosse agitada, seus pais eram piores do que duas feras. Aisuna, sua mãe, e
mãe de todos. E seu pai Ione, comandavam toda a Tribo Ro’Rodri que foi
passando a liderança entre sua família por gerações.
À quase 1 lua ao nordeste da Tribo Ro’Rodri, há a Tribo Altos. Esta, localiza-
se no topo da Grande Árvore Lu’rra. Nesta Tribo, existe apenas uma
governanta, a Matriarca Enailris. O chefe guerreiro, também comandante,
morreu em batalha para proteger a honra de sua família que estava sendo
assolada por um mal-entendido entre os Ro’Rodri a mais de 100 anos
atrás. Enailris e o chefe guerreiro D’onel, deram à luz a um filho, seu nome
era Dan’oes.
A 100 anos atrás, comandantes da Tribo Altos faziam sacrifícios ao deus
dos deuses. Quando de repente, uma quantidade enorme de chuva de
pedras incandescentes golpeia a todos e em grande escala o caule da
Grande Árvore Lu’rra. Um grande atentado contra a honra dos Altos, e um
gesto de guerra para com eles... A Tribo Altos, garante que por uma
transação malsucedida entre os Ro’Rodri, enfureceram-se e assim
tomaram a decisão de atacarem demonstrando sua força para intimidar os
Altos.
Todos os continentes existentes naquele globo terrestre, tinham não por
escolha, mas benção divina, conceder um instinto primordial cósmico (diz
a lenda, que 5 diferentes deuses que regem toda a criação do mundo,
depositou um pó celestial invisível aos olhos humanos. Portanto em todos
os planetas estão divididos 5 instintos perfeitamente em cada área).
Curiosamente a terra d’onde as Tribos em conflito vivem, são
minimamente divididas por dois Instintos Primordiais. Os Altos tinham o
poder de fazer nascer vida terrena e controlá-las como bem entendem se
entrarem em harmonia. Já a Tribo Ro’Rodri, tinham a habilidade de mover
e moldar a terra e formas desprovidas de vida, além do poder destrutivo
do ar quente que saía de seus pulmões, produzindo a chama.
1 Dia antes do início dessa guerra.
A Tribo Ro’Rodri estava num período de seca extrema. Seus poderes
concedidos pela terra abençoada não lhes favoreciam de maneira eficaz,
todavia, Os Altos tinham a dádiva da vida e por isso trocavam especiarias
por água. Porém, a cada 100 anos, é comemorado o nascimento da grande
árvore cujo crescimento excessivo se levou graças aos sacrifícios em
sangue de bravos guerreiros por garantirem a expansão territorial dos
Altos. Seus corpos eram de grande serventia para adubar a raiz da Grande
Árvore Lu’rra. Desta forma, os esforços dos guerreiros em batalhas eram
bem recompensados ao servir o deus dos deuses. Nesta época de
comemoração, é feita uma estrutura grande, onde é jogada uma enorme
quantidade de água perfumada com as flores e folhas da floresta criada
pelos Altos. assim Banhando a Grande Árvore. Assim seria no dia seguinte,
por esse motivo, não sobraria água para saciar escassez de água dos
Ro’Rodri.
Naquela lua muito tarde da noite...

O pai de D’onel, o lendário guerreiro da lança curvada, estava em busca de
comida em uma caçada. Com aquela floresta densa coberta por árvores
onde quase não se via o céu lá do chão. Minutos depois adentrar a selva
ouve-se um estalo, um após o outro. Dava a impressão que cada vez
chegava mais e mais perto, seguidos de um choque suave que veio do céu,
e ecoou por toda a floresta. O pai de D’onel olha para cima e vê resquícios
brilhantes no céu que somem em entre as grandes folhas das palmeiras e
se perdem em meio as estrelas. Ao término de sua caçada, O lendário
guerreiro confuso retorna para sua casa. Poucos segundos antes de entrar,
ele sente uma pedrinha caindo em seu ombro, olha para cima e vê várias
nuvens com pequenos furos que se estendem para muito longe, como se
algo às tivessem atravessado... Curioso como estava, decidiu esperar mais
um pouco e então subiu em uma árvore longe de sua casa para observar
sem que as folhas atrapalhassem. Agora ele consegue ver nitidamente
mais furos, e atravessando estes furos há também a presença de um
brilho. O Lendário Guerreiro olhou tão atentamente para os buracos nas
nuvens que sentiu uma premonição de algo que ruim estaria por vir,
porém, antes mesmo que ele pudesse compartilhar este sentimento de
desespero, uma pedra 4 vezes maior que o seu tamanho cai sobre ele e de
cima das árvores ele desaba ainda debaixo da pedra esmagando-o por
completo. A única parte que não esmagou no impacto foi seu braço
direito, que em seu último suspiro apontou para o céu, de onde vinha a
futura destruição.
Iniciou-se a queda das grandes pedras, tão grandes quanto aquela que
esmagou o Lendário guerreiro, estas pedras vieram do choque entre dois
cometas que passavam em direções opostas e se colidiram, ocasionando
na queda de várias pedras de todos os tamanhos. Foi uma noite de terror e
sofrimento, a única preocupação era manter o que não havia se perdido.
Pela manhã, todos desesperados para salvar suas casas e seus filhos, a
Grande Árvore foi o principal alvo dos cometas. As maiores pedras ainda
quentes com a entrada na atmosfera caíram sobre a base da Grande
Árvore, fazendo com que se inclinasse quase arrancando suas raízes do
solo. Mas graças aos soldados que ali foram enterrados, fortaleceram as
raízes com suas almas para que não saíssem da terra. O espírito a partir
dali encheu praticamente toda a floresta apenas para impedir a queda de
Lu’rra...
Ao término de todo este alvoroço, o sentimento de angústia era
indescritível para pôr em palavras. Casas destruídas, entes queridos
mortos... Todas as pessoas que sofreram agressivamente adquiriram um
ódio seja lá por quem tivesse feito isso. Fizeram uma busca de
sobreviventes por toda a Tribo, encontraram O lendário Guerreiro com sua
lança do lado. E o que era mais estranho, seu dedo não apontava mais
diretamente para cima, mas sim na direção da vila dos Ro’Rodri, dando a
impressão de que ele em suas últimas forças, queria mostrar o motivo do
causo. Com esta simples suposição e ódio em seus corações não tinham
mais dúvidas. Os Ro’Rodri não ficaram satisfeitos com o acordo
malsucedido então decidiram revidar, foi o que toda a Tribo Altos pensou,
iniciando assim uma Guerra que dura Mais de 100 anos...
Nos dias atuais...
Daqui a 5 Luas, nós faremos a grande comemoração do nascimento da
Grande Árvore, disse Dan’oes para sua mãe.
É Véspera de comemoração ao nascimento de Lu’rra. Apesar de toda essa
confusão entre Tribos, alguns comerciantes deixam esta rivalidade de lado
pois acreditam que por não terem participado, nem perdido nenhum ente
querido de suas famílias no dia do grande atentado, não teriam motivos
para não comercializar com os Ro’Rodri. Dan’oes, já era homem guerreiro
ágil, assim como seu pai era. É também um explorador de nascença e
adorava se aventurar por lugares desconhecidos, porém não tinha nenhum
senso de direção e apenas seguia algo que ele chamava de “Intuição
Primordial”.
Diferente do Instinto primordial, neste ele apenas seguia algo que o
chamava. Curiosamente em seu nascimento, Dan’oes ao chorar mostrando
para o mundo a sua chegada, a Grande árvore ecoou um som agradável
aos ouvidos e carregado de energias positivas, e a paz se fez presente por
um breve momento por toda a floresta chegando até as tribos próximas.
PRIMEIRA LUA
D’alara, acorde, hoje é dia de ir com a caravana para a Tribo vizinha
Centur, se apresse! É seu dever aprender a guiar o povo, você é a futura
herdeira da liderança desta Tribo. – Disse seu Pai...
Para Dan’oes, o dia nasceu ensolarado e com boas energias. Algo estava
lhe dizendo para ir com os comerciantes para a próxima transação que
também seria na Tribo Centur. Aparentemente iria haver algum evento de
feira com muitas especiarias exóticas. No início daquela tarde todos saíram
para a tal Feira. Chegando lá, à primeira vista estava repleto de itens e
comidas em abundância para troca e consumo dos visitantes. D’alara
chega em seguida em cima de uma carroça com cobertura contra o sol, ao
descer é auxiliada cuidadosamente pelos que estavam com ela. Todos
ficaram maravilhados com sua beleza exuberante. Dan, vendo aquela
garota de rosto coberto por um véu, sente uma presença familiar. Como se
já tivesse estado no mesmo ambiente que ela, porém nunca à tinha visto
antes. Ele ignorou este fato e continuou a admirar as mercadorias da Feira.
Minutos depois, ele encontra uma joia que caberia perfeitamente em um
objeto que tinha em sua casa. Pôs as mãos em seus bolsos retirando uns
objetos arredondados feitos de ouro e prata. Deu para o senhor que
estava com a joia em mãos e no mesmo momento em que ele iria realizar
a troca, duas crianças sapecas passam correndo rapidamente e o derruba
no chão fazendo aquele objeto redondo sair rolando. Dan’oes corre atrás
do objeto quando de repente ele simplesmente encosta seu braço
esquerdo em D’alara. Neste momento, os dois sentem uma onda de
choque indolor que aumenta seus batimentos cardíacos levemente, e Dan
assustando-se com o choque, cambaleou e espatifou-se mais uma vez no
chão, mas dessa vez ficou encarando a moça inclinando a cabeça para o
lado e para o outro lentamente, ela retribui da mesma forma e retorna
para sua carroça.
Dan’oes, retorna para o velho com o objeto em mãos e realiza a troca pela
joia. Após isso, ele se aproxima da carroça em que a D’alara está e
pergunta.
Você também sentiu?
(Ei você, pare de incomodar a senhorita D’alara – Disse os auxiliadores
dela)
Me diga, por favor. Eu senti algo que nunca senti antes, e quando olho
para você, sinto que já te conheci em algum lugar. Se não quiser responder
está tudo b... – Disse Dan
Antes mesmo que Dan terminasse de falar, D’alara diz – Eu também tive
essa mesma sensação assim que cheguei aqui...
Nesse instante, nuvens cinzas cercam todo o céu rapidamente indicando
uma grande chuva, Dan se retira, e diz que irá retornar. Passando frente ao
velho que fez a troca, em pensamento ele diz, “Por que será que aquele
jovem caiu de repente no chão? ele falou de crianças, porém não vi
nenhuma passar ou algo acontecer para que ele perdesse o controle
daquela forma. Achei que ele fosse me passar a perna, aiai esses jovens,
estão precisando de ajuda”.
A chuva começa a cair. Os dois jovens inquietos pela dúvida, faziam a si
mesmos a mesma pergunta, “Quem será aquela(e) garota(o)?”. Então
tiveram a ideia de se encontrar para sugerir algo. Com o cessar da chuva,
ambos saem para procurar um ao outro e quando encontram não dão
brecha para o outro falar primeiro apenas dizem “me encontre na clareira
a meia noite.” Estavam espantados com tamanha coincidência, mas não
podiam ficarem expostos na multidão por muito tempo.
No cair da noite, uma neblina inunda o ambiente, como se o próprio
destino indicasse que este encontro às escuras estava já escrito. A
ansiedade de encontrar alguém especial é contagiante. Todos os nervos à
flor da pele e os sentidos mais aguçados pelo receio de alguém verem os
dois juntos. Seria um problema visto que a garota era filha do Chefe da
Tribo Ro’Rodri, e Dan’oes, filho da Matriarca dos Altos. Neste encontro na
clareira, estava uma noite bela de lua cheia. D’alara chega primeiro
procurando-o, se senta frente a água que refletia o luar e repousa seus pés
nus nela. Minutos depois Dan chega e pergunta.
Se por um acaso eu entrar nessa água, vamos morrer eletrocutados pelo
choque de mais cedo?
D’alara ri do trocadilho de Dan, e começam a conversar sobre o motivo de
estarem ali. Dan assume que neste dia ele acordara com um
pressentimento de que deveria ter vindo com os comerciantes da tribo.
Você sabe a história terrível que assola nossas tribos, não sabe Dan? – Diz
D’alara.
Dan responde dizendo – Sim sei, mas esta história parece meio mal
contada, tem tão pouco a se falar, os motivos bestas para se iniciar uma
guerra, e por que havia várias nuvens furadas no céu naquele dia? Por que
não havia nenhum sinal de vida de vocês Ro’Rodri além das pedras
chamuscadas? Há muitas perguntas sem respostas você não acha...?
D’alara não sabe o que dizer...
Você é diferente – Disse Dan.
D’alara confusa diz que em seu nascimento não foi muito normal.
- Minha mãe disse que quando eu nasci, comecei a levitar, e uma
montanha gigante que havia bem perto da nossa tribo virou pó
instantaneamente quando eu chorei...
Uaaau, que incrível! – Disse dan
- Você acha mesmo? Há-há. Retrucou D’alara.
Dan respondeu dizendo – Meu nascimento também não foi normal sabe,
na verdade...
(E assim a conversa se prolongou durante a noite inteira)
Na despedida, se reverenciaram e decidiram apertar as mãos, mas neste
momento, o mesmo choque de mais cedo aconteceu com maior
intensidade, com o susto D’alara cai na água que apesar de parecer rasa,
há um buraco profundo. Dan, mergulha atrás para resgatá-la e nada até a
superfície. Ao olhar para trás, está o pôr do sol, os dois juntos na clareira
em um clima abafado. Tão próximos como estavam, não restava dúvida
sobre o que queriam um do outro... O primeiro desejo nasce e floresce
dentro de seus corações.
vozes se aproximam...
(D’ALARA ONDE ESTÁ VOCÊ!)
Rápido, prenda a respiração! – Afunda a cabeça de Dan para baixo e
responde
- Eu estou aqui!...
(Ahh... ainda bem, o que está fazendo aí?)
Eu... Vim ver o pôr do sol, mas vamos indo auxiliares.
D’alara sai da água e volta para a Feira, segundos depois Dan volta para a
superfície.
Foi por um triz, mas felizmente a história estava traçada. Os dois se
olhavam discretamente para ninguém perceber. Com gestos e sinais,
definiam onde o próximo encontro iria ser, então decidiram que sempre a
meia noite era o horário fixo. Havia naquela feira 5 lugares discretos que
poderiam se encontrar. A clareira, a praia nublada, altar de pedras
chamuscadas, a velha casa que acabaram descobrindo ao se olhar do alto
nas pedras chamuscadas e por fim, a ponte esquecida. Da clareira se via a
água cristalina que refletia a luz do luar. Na praia nublada, ninguém
conseguiria os achar. No altar de pedras, ali sim frio era. Mas as estrelas
pareciam estar sempre ao lado de tão alto. Nem as nuvens cobriam dali o
brilho da lua. E na ponte esquecida que é formada pelo arco de arvores
curvadas, em baixo a ponte quase inundada, mas que ainda dava para se
andar por cima. Animais do outro lado da floresta quase inalcançável, ali
sim era um verdadeiro safari. E por fim na casa onde se veriam pela última
vez naquela ocasião.
Em cada um desses quatro cantos feitos pela natureza, que mais pareciam
ter sido feitos para que suas almas se entrelaçarem. Desejos se formaram
durante esses rápidos quatro dias de encontro as escuras. Os desejos
proibidos apenas aumentaram. No fim do quarto dia de encontro, já se
conheciam com a palma da mão, e em cada despedida, ambos diziam
então:
Oh quão bela és, desejo a ti desde o primeiro dia mais de 100 desejos –
Dizia Dan’oes em toda despedida.
D’alara respondia – Com mais 100 desejos meus, meu amado Dan. Nunca
confiei a ninguém meus dotes como confio a você. Pois em ti sinto minha
alma respirar vívida...
Assim foi durante 4 dias, no dia seguinte iriam ter que voltar para suas
Tribos pois a feira terminaria. Após dizer mais uma vez o papel de devoção
de Dan para D’alara dizendo que mais de 100 desejos o consumia.
D’alara disse – Pois então, se esta noite será nossa última, junto todos os
meus quatrocentos desejos desde o primeiro dia, e me faça sua com mais
desejos teus até chegarmos em MIL E UM DESEJOS PROIBIDOS meu amor.
E na transição da quarta lua para a quinta lua, que seria o término da feira,
o momento da despedida estava logo ali. Juraram se encontrar
novamente, Dan’oes iria vê-la assim que terminasse o Ritual da Grande
Árvore Lu’rra.
Algo mudou para ambos. O vazio que sentiam se preencheu, agora sorriam
para o vento como dois bobos apaixonados lembrando do que viveram. 5
Dias se tornaram 5 meses. Não só isso, mas como a forma de ver as coisas
ao seu redor mudaram. Os dois passaram enxergar o invisível. As histórias
contadas quando pequenos viraram realidade, os espíritos realmente
existem no outro plano. Dan finalmente viu as duas crianças sapecas que o
derrubou na transação com o velho da joia, elas o perseguiam porque
queriam sua atenção, mas não conseguiam pelo bloqueio espiritual que foi
aberto quando encontrou D’alara. E agora D’alara enxergava a angústia
dos entes queridos mortos na guerra contra a Tribo Altos por vingança a
destruição da grande árvore, que não tinham culpa alguma do que
aconteceu.
Na história dos instintos primordiais, se ouvia dizer da existência de um
quinto instinto primordial dado apenas a aqueles que tem um verdadeiro
propósito além de ajudar como todos faziam. Que dava a dádiva da visão
divina, nela é possível enxergar mortos, falar, ouvir e sentir suas presenças,
como uma ponte que ligava os dois lados da vida. Dessa forma, Dan’oes
guardou para si pois isso chocaria a todos e um tumulto acabaria
acontecendo.
No fim da tarde, estando todos reunidos para derramar a água sobre a
Grande Árvore, se ouve alguém chorar em pranto, apenas Dan consegue
ouvir e então ele vai a procura desta alma que está em desespero...
Quando o encontra, é ninguém menos que o seu avô “O Lendário guerreiro
da lança curvada”. Perplexo, o Lendário guerreiro se espanta, (é no mínimo
curioso um fantasma se assustar) e questiona o jovem sobre sua origem e
o que ele estava fazendo lá. Dan’oes explica quem ele é e depois de uma
breve conversa, descobre que é seu avô que morreu a mais de 100 anos no
dia em que a chuva de pedras aconteceu.
Eu sabia que esta história estava mal contada! – Disse Dan Indignado com passaram e finalmente, a Matriarca Enailris convoca a Mãe de todos
tamanho mal-entendido. Aisuna para esclarecer todo este conflito de 100 anos.
Após a descrição completa do ocorrido, o Lendário Guerreiro diz o motivo Após anular as feridas e sará-las, em forma de respeito, os Ro’rodri fizeram
do seu choro em pranto. É a guerra que ainda está acontecendo e ele uma estátua de pedra com sua forma. E os Altos, subiram até a grande
infelizmente não conseguiu avisar a Tribo a tempo, pois foi morto por uma árvore para realizar o casamento de Dan’oes e D’alara e decidiram que
pedra gigante que o esmagou. ambos seriam a representação do laço que foi restaurado entre as Tribos.
Oineh nunca concordou com tal ato, porém, ele não poderia decidir este
Dan’oes, compreendendo toda a situação, começa a procurar formas de
acontecimento. Começando uma Nova Era e uma nova Tribo, os Altos’dri.
resolver todo esse mal-entendido colocando D’alara em seus objetivos.
Uma geração onde todos poderiam se conectar com o plano espiritual,
Após se acostumarem com seus instintos, perceberam que uma espécie de uma geração que prosperará em Carne E Espírito.
linha conectava os dois e mesmo numa longa distância podiam comunicar-
Então D’alara e Dan’oes viveram Felizes para Sempre dizendo que todos os
se através do plano espiritual. Dessa forma, fizeram planos para se
Mil desejos agora não são mais proibidos.
encontrarem futuramente, ao passo que tentavam convencer as pessoas
de suas tribos que conseguiam se comunicar com os espíritos. Não foi uma
tarefa fácil, já que nunca houve alguém que pudesse fazer isso.
Começaram pelos mais próximos e a história se espalhou. Para mostrar-se
verdade o que diziam, conversavam com entes queridos mortos das
famílias, até que acreditaram fielmente em Dan’oes e neste momento,
todos já convencidos, Dan chamou a todos para lhes contar o que havia
acontecido com seu avô O Lendário Guerreiro. Arrependidos ficaram pelo
erro gigantesco que cometeram, mas amargurados por tantas vidas
perdidas em vão...
O trabalho de Dan estava feito, agora restava D’alara convencer a todos de
seu instinto primordial. Ela começou contando para seus pais sobre o que
aconteceu durante a expedição de 5 luas atrás, pois ela praticamente não
tinha nenhuma relação com quaisquer pessoas de sua Tribo. A aceitação
foi dura, principalmente para seu Pai. Oineh, tinha um preconceito muito
grande com quem não tinha sangue da família correndo nas veias,
introduzir alguém como Dan’oes que pertence a tribo “adversária” seria
um considerado por ele quase uma forma de traição. Passando-se este
período persuadindo o seus Pais e ao povo de sua habilidade, 4 meses se