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Delimitação sobre os limites do mar e suas classificações.

DECRETO Nº 99.165, DE 12 DE MARÇO DE 1990

Águas interiores ARTIGO 8-

São as águas de mar aberto, soberania limitada, não há o direito de passagem


inocente. A interioridade é ficcção juridica. Além da linha da base territorial, as baias, portos
e acoradouros.

Significa o leito do mar, os fundos marinhos, e o seu subsolo além dos limites da
jurisdição nacional. A soberania do Estado costeiro estende-se além do seu território e das
suas águas interiores. Esta soberania estende-se ao espaço aéreo sobrejacente ao mar
territorial, bem como ao leito e ao subsolo deste mar.

Fixa-se a largura do seu mar territorial até um limite que não ultrapasse 12 milhas
marítimas, medidas a partir de linhas de base, que é a linha de baixa-mar ao longo da costa.
Ademais, A água de maré baixa que distingue o território de cada país.

As águas situadas no interior da linha de base do mar territorial fazem parte das águas
interiores do Estado. Mar territorial - Total soberania do país. 12 milhas marítimas, ao leito
do mar, solo e subsolo. Tem passagem inocente em favor dos návios mercantes ou de guerra,
que deve ser continua e rápida, o Estado não pode proibi-la ou discrimina-la.

ARTIGO 9 - Foz de um rio: Se um rio deságua diretamente no mar, a linha de base é


uma reta traçada através da foz do rio entre os pontos limites da linha de baixa-mar das suas
margens.

Zona contígua ARTIGO 33-


Fiscalização em defesa de seu território, alfândega, imigração, saúde, disciplina,
regulamento dos portos e trânsito. Possui o limite de 24 milhas marítimas, contadas a partir
das linhas de base que servem para medir a largura do mar territorial.

“a) evitar as infrações às leis e regulamentos aduaneiros, fiscais, de imigração ou


sanitários no seu território ou no seu mar territorial; b) reprimir as infrações às leis e
regulamentos no seu território ou no seu mar territorial.”

Zona exclusiva economica - É a zona de exploração de recursos fo mar, só o país


daquela parte pode usufruir, como pescar. Não há soberania, só exploração econômica. Possui
o limite de 200 milhas. Rotas de alto mar ou rotas que atravessem uma zona econômica
exclusiva, através de estreitos utilizados para a navegação internacional

Alto mar- ARTIGO 86, 87, 88 e 89.

São todas as partes do mar não inclusas na zona econômica exclusiva, no mar
territorial ou nas águas interiores de um Estado, nem nas águas arquipélagicas de um Estado
arquipélago. O alto mar está aberto a todos os Estados, costeiros ou não.

a) liberdade de navegação; b) liberdade de sobrevôo; c) liberdade de colocar cabos e


dutos submarinos; d) liberdade de construir ilhas artificiais e outras instalações permitidas
pelo direito internacional; e) Liberdade de pesca; f) liberdade de investigação científica.

O alto mar será utilizado para fins pacíficos e nenhum Estado pode pretender
submeter qualquer parte do alto mar para a sua soberania.

Plataforma continental ARTIGO 76, 77 e 81

Direitos soberanos de exploração de recursos naturais, coincide com o limite de 200


milhas do território de zona exclusiva economica. O bordo será o limite da plataforma, desde
que não ultrapasse 350 milhas. Compreende o leito e o subsolo das áreas submarinas que se
estendem além do seu mar territorial, até ao bordo da margem continental, ou até 200 milhas
marítimas das linhas de base.

A margem continental compreende a continuição do submerso terrestre do Estado


costeiro e é o leito e subsolo da plataforma, pelo talude e pela elevação continental. Todavia,
compreende nem os grandes fundos oceânicos, com as suas cristas oceânicas, nem o seu
subsolo.

Os pontos fixos que constituem a linha dos limites exteriores da plataforma


continental no leito do mar, não deve exceder 350 milhas marítimas da linha de base a partir
da qual se mede a largura do mar territorial ou a uma distância que não exceda 100 milhas
marítimas da isóbata de 2500 metros, que é uma linha que une profundidades de 2500 metros.
Não irá se aplicar a elevações submarinas naturais da margem continental, como os planaltos,
elevações continentais, topes, bancos e esporões.

O Estado costeiro exerce seu poder soberano sobre a plataforma continental para
exploração e aproveitamento dos seus recursos naturais, exclusivamente. Nenhum outro
Estado pode sem expresso consentimento do soberano.

O Estado costeiro terá o direito exclusivo de autorizar e regulamentar as perfurações


na plataforma continental, quaisquer que sejam os fins. O Estado costeiro deve efetuar
contribuições em espécie ao aproveitamento dos recursos não vivos da plataforma continental
além de 200 milhas marítimas das linhas de base, a partir das quais se mede a largura do mar
territorial.

Estreitos e canais - ARTIGO 34

Estreitos são corredores cujas águas integram o mar territorial de um ou mais estados,
assegura a comunicação entre espaços de alto mar ou zona economica exclusiva. É direito de
passagem em transito a navios e aeronaeves, civil ou militares, de qualquer bandeira.

Nenhuma das disposições da presente Parte afeta:

“a) qualquer área das águas interiores situadas num estreito, exceto quando o
traçado de uma linha da base reta, de conformidade com o método estabelecido no artigo 7,
tiver o efeito de englobar nas águas interiores áreas que anteriormente não eram
consideradas como tais; b) o regime jurídico das águas situadas além do mar territorial dos
Estados ribeirinhos de um estreito como zonas econômicas exclusivas ou alto mar; ou c) o
regime jurídico dos estreitos em que a passagem esteja regulamentada, total ou
parcialmente, por convenções internacionais de longa data em vigor que a eles se refiram
especificamente.”
Já os canais não são obras da natureza, mas faciltam o trânsito maritmo também. É
uma prestação de serviços, todos podem passar, é ditado por aquele soberano que o fez.

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