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Osmar Pereira Oliva 192
RESUMO
1
Professor de literaturas de língua portuguesa na Universidade Estadual de Montes Claros – Unimontes. Pós-
doutor em Literatura Brasileira. Pesquisador do CNPq e da FAPEMIG. Coordenador do Grupo de Pesquisa em
Estudos Literários da Unimontes – G.E.L.
RESUMO: O livro Insubmissas lágrimas de mulheres (2011), de Conceição Evaristo, reúne treze
narrativas protagonizadas por mulheres negras, as quais narram histórias de diversos tipos de
violência de que foram vítimas. No entanto, essas mulheres encontram um meio de resistir ao
sofrimento e superar as adversidades. Este trabalho privilegiará a análise do quinto conto,
protagonizado por Maria do Rosário Imaculada dos Santos, a qual, no presente da narrativa, já idosa,
rememora o seu rapto, na infância, e como foi construindo a sua identidade, na diáspora. O seu
comportamento mnemônico ultrapassa os limites de uma biografia individual e se aproxima do relato
de uma coletividade, já que, em vários aspectos, o sequestro da personagem negra dialoga com a
história do degredo africano no Brasil.
PALAVRAS-CHAVE: Conceição Evaristo; identidade; alteridade; violência.
ABSTRACT: The book Insubmissas lágrimas de mulheres (2011), by Conceição Evaristo, brings
together narratives whose protagonists are black women, who narrate various types of violence of
which they were victims. Nevertheless, those women found a way to resist suffering and overcome
adversities. This paper will privilege the analysis of the fifth tale, the story of Maria do Rosário
Imaculada dos Santos, an old lady at the present of the narrative, who rememorates her kidnapping in
childhood, and how she constructed her identity in the diaspora. Her mnemonic behavior goes beyond
the limits of a personal biography, and gets closer to the report of a community, since the kidnapping
of the black character, in many aspects, dialogues with the history of the exiled African in Brazil.
KEYWORDS: Conceição Evaristo; identity; alterity; violence.
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Doutor em Estudos Literários pela Universidade Federal de Minas Gerais - Brasil. Professor Titular
da Universidade Estadual de Montes Claros - Brasil.
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Mestranda em Letras - Estudos Literários na Universidade Estadual de Montes Claros - Brasil.
mas que vem conquistando seu espaço na sociedade e no meio artístico. Desde a
década de 90, Evaristo iniciou a carreira literária nos Cadernos Negros, e vem se
destacando, cada vez mais, no cenário acadêmico, na área de estudos literários.
Formou-se em Letras, no Rio de Janeiro, com mestrado e doutorado nessa área,
passando a atuar não só como escritora mas também como professora e pesquisadora.
Desde Ponciá Vicêncio (2003), sua produção tem chamado a atenção dos estudiosos
do Brasil e do exterior, onde já começam a despontar traduções dos seus livros.
É inegável que a sua literatura carrega uma forte marca das tradições orais de
origem africana, alguns de seus mitos, ritos e o sincretismo religioso. É também
importante a construção de personagens e narradoras que refletem sobre a condição
da mulher negra, pobre, mestiça, no contexto da sociedade brasileira e nas relações
conflituosas com o masculino. No entanto, é difícil dizer que há, em suas narrativas,
aquele tom vitimizado da mulher negra, ou sua passividade diante das adversidades.
Ao contrário, mesmo diante das diversas faces da violência sofrida, do preconceito
e da discriminação, as mulheres de Conceição Evaristo não se curvam, não se
silenciam. Elas têm muito a falar. E quando não falam, fica evidente que não aceitam
2011, p. 39), conta do rapto e de como sua vida foi se construindo, apartada dos seus
familiares, até seu retorno definitivo, já adulta, para casa. Numa extensão de sentido,
o comportamento mnemônico dessa mulher transcende os limites de uma biografia
individual e se configura no relato de uma coletividade já que, em vários aspectos, é
nítido o diálogo com a história do degredo africano no Brasil. No presente do relato,
a personagem, no início do conto, dá mostras de não gostar do próprio nome.
Ela ressalta ainda que, de Imaculada, não tem nada. Pode-se inferir que o que estava
sendo refutado não era apenas o nome em si, nem o sentido literal do termo, mas sim
toda uma tradição que, por séculos a fio, subordinou os negros, vassalos, ao homem
branco e ao Deus cristão. Conforme Sérgio Sezino Douets Vasconcelos,
parecia uma
a escravização de negros africanos são reforçadas ao longo da narrativa, pois foram
da maioria dos escravos trazidos para o Brasil, para a lavoura da cana de açúcar, do
café e de outras produções agrícolas, por meio do trabalho forçado. Em se tratando
dos negros trazidos da África para o trabalho escravo no Brasil, Batista e Carvalho
(2009) apud Gonzaga (2011) dão conta de que:
O jipe pode bem ser uma metáfora do porão do navio negreiro. Tal qual seus
antepassados, a menina foi afastada de sua aldeia, de seu universo, e obrigada a
vários dias e noites de viagem, por caminhos desconhecidos, até aportar em uma
nova terra. Sem justificativas nem explicações, foi privada de sua família e posta em
marcha, em extensa jornada, ignorando o seu destino e sem deixar rastros que lhe
pudessem orientar o retorno.
uma vila e assenhorar-se de uma pessoa, vista como mero objeto a ser manipulado
para satisfação de uma necessidade. Segundo Nina Rodrigues,
contrataram uma moça para educá-la. Nunca lhe perguntaram nada sobre seu
passado, ignorando, completamente, que houvesse algo digno de ser contado. Não é
demais notarmos a ironia na referência católica. Em nome de uma religião, muitos
atos bárbaros e violentos foram legitimados, principalmente no tempo da
escravização.
de meus pais, de minha família, de minha vida e nunca pude. (...) Todas as noites,
antes do sono me pegar, eu mesma contava as minhas histórias, as histórias de minha
Para não se esquecer dos seus, a personagem conta, para si mesma, sua
história. Para Paul Ricoeur (1981-1982), a identidade pode ser presumida no ato
narrativo, uma vez que definir-se é narrar. Um indivíduo ou coletividade, ao
historiar-se, alimentando-se de sua memória e história, destila a essência daquilo que
vai distingui-lo e significá-lo. Zilá Bernd (2003) acrescenta que a construção da
identidade está, assim, intimamente atrelada à narrativa. Por meio dessas estratégias,
a personagem, vivenciando um momento de crise, empreende uma busca identitária.
Em seu processo de identificação, assimila, seletivamente, novos entendimentos,
sem perder de vista, no entanto, marcas trazidas da casa da sua infância. Ao afirmar
que o casal a havia roubado, evidencia o fato de saber-se vítima de um crime,
demonstrando que seu silêncio exterior não significava em ignorância nem tampouco
Assim, embora na história oficial predominem relatos que dão conta da passividade
dos negros perante o escravocrata, há registros que comprovam que houve sim uma
resistência às condições desumanas a que eram submetidos. Se, até por falta de
respaldo legal, não lhe cabia reivindicar, como ser humano, direitos fundamentais, o
escravo lançava mão de outros métodos para resgatar e resguardar sua dignidade e
edificar, tanto quanto possível, uma forma própria de estabelecer e porejar sua
individualidade e suas concepções.
passar e
(EVARISTO, 2011, p. 44). Aqui, o conto também dialoga com a História, se
considerarmos o fato de que, depois de capturados, havia a preocupação de dar aos
cativos uma melhor aparência, para que se convertessem em mercadoria mais valiosa
(VASCONCELOS, 2005, p. 36). Anos depois do rapto, já adolescente, alfabetizada,
emoções, Maria Imaculada havia sido lapidada. Séculos depois, é como se tivesse se
Anos depois, a personagem conta que não teve mais notícias do casal de
raptores. Relata também que, num dado ponto de sua vida, ganhou autonomia para
dirigir os próprios passos. A História novamente reverbera, se estabelecermos uma
ponte com o período imediatamente posterior à libertação dos escravos, quando a
abolição foi decretada sem que o país dispusesse de meios para lidar com o novo
ordenamento social que adviria. A Lei não continha nenhum dispositivo que
conferisse aos negros algum direito ou garantia que lhes permitissem exercer, de fato,
essa liberdade, e muitos permaneceram em condições servis, por não se apresentar a
eles outra opção.
REFERÊNCIAS
ALVES, Castro. O navio negreiro. Disponível em: <
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000068.pdf>. Acesso em: 01
jan. 2017.
ABSTRACT: This essay discusses the composition of samba "Black Mother" by Caco
Velho (Mateus Nunes) and Piratini (António Amábile), played as Portuguese fado by
Amalia Rodrigues, from poem by David Mourão-Ferreira, in the film “Les amants du
Tâge”. Method: The discussions were based on the studies by por Carlos Sandroni
(2001), Nei Lopes (2003), Maurício Barros de Castro e Alexandre Felipe about the
origins of samba. This is a comparative study between authorship and composition
in Brazilian music and Portuguese fado. Results and conclusions of the work: The
Salazar dictatorship prevented interpretations of Brazilian music with the theme of
slavery, contributing to the forgetfulness of the original lyrics.
Keywords: samba, fado, "Black Mother".
Resumo: Não são recentes os estudos literários que apontaram para a presença
da tradição judaica na obra de Jorge Luis Borges. No entanto, poucos se
dedicaram aos poemas organizados em 1969 sob o título Elogio da sombra. Nessa
coletânea, vários desses textos poéticos dialogam com passagens bíblicas e com
o imaginário em torno de Israel. Este artigo tem como principal objetivo discutir
os conceitos de judaísmo e de identidade judaica e analisar os poemas
intitulados “Israel” e os demais que trazem referências bíblicas a fim de ratificar
a crítica já produzida que identificou a admiração e a afinidade de Borges para
com os judeus e para com a cultura judaica.
Abstract: The literary studies, which have indicated Jewish influences in the
fictional production of Jorge Luis Borges, are not recent. However, few have
devoted themselves to the poems organized in 1969 in the book entitled Praise of
the Shadow, in which there are poems that dialogue with biblical passages and
with the imaginary around Israel. This article aims to discuss the concepts of
Judaism and of Jewish identity and to analyze the poems entitled Israel and the
others which convey some biblical references, in order to ratify the already
produced criticism which identified the admiration and the affinity of Borges
towards the Jews and towards Jewish culture.
*
Professor na Universidade Estadual de Montes Claros e Doutor em Letras:
Literatura Comparada pela Universidade Federal de Minas Gerais.
1
Arquivo Maaravi: Revista Digital de Estudos Judaicos da UFMG. Belo Horizonte, v. 12, n. 23, nov. 2018. ISSN: 1982-3053.
Eixo Roda, Belo Horizonte, v. 27, n. 3, p. 249-266, 2018
Abstract: This study reads the novel Grande Sertão: Veredas and the influences of the
pictorial art in the composition of its narrative. From the author’s records, found in the
material filed in the Instituto de Estudos Brasileiros (Institute of Brazilian Studies) and
in Guimarães Rosa’s appreciation for painting, we present the relations between first-
person narrative and color variations in the novel. Those plays on light and shadows
helped us to read the intricate dubiousness that rules the life, violence and sexuality
of Riobaldo.
Keywords: Grande Sertão: Veredas; light and shadow; painting; doubt.
eISSN: 2358-9787
DOI: 10.17851/2358-9787.27.3.249-266
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TEE – revista eletrônica
ISSN 1807-8591
Mestrado em Letras: Linguagem, Cultura e Discurso / UNINCOR
V. 14 - N.º 2 (julho-dezembro - 2017)
_____________________________
RESUMO: As narrativas criadas por Cyro dos Anjos caracterizam-se pela estrutura diarística ou pelos
relatos de memórias, contendo reflexões sobre a passagem do tempo e sobre experiências de vida dos
narradores. Em muitos aspectos, o espaço e os relatos descritos se aproximam da biografia desse autor.
Este artigo discute o romance O Amanuense Belmiro, de Cyro dos Anjos, a partir dos conceitos de
tempo, memória, ritornelo e melancolia. Esses operadores conceituais nos servirão para refletir que,
em sua narrativa memorialística, Belmiro Borba evoca geografias de sua terra natal e outras
personagens melancólicas e memorialistas de sua eleição: Bentinho e Brás Cubas, criadas por
Machado de Assis.
PALAVRAS-CHAVE: tempo, memória, ritornelo, melancolia.
ABSTRACT: The narratives created by Cyro dos Anjos are characterized by the diaristic structure or
the reports of memories, containing reflections about the passage of time and about the life
experiences of the narrators. In many respects, the space and stories described are close to the author's
biography. This work discusses the novel O amanuense Belmiro, by Cyro dos Anjos, from the
concepts of time, memory, ritornello and melancholy. These conceptual operators serve to reflect that,
in his narrative memoirs, Belmiro Borba evokes geographies of their homeland and others melancholy
characters of his election: Bentinho and Brás Cubas, by Machado de Assis.
KEYWORDS: time, memory, ritornello, melancholy.
Tenho sobre a mesa o alentado volume em que Trismegisto relata por miúdo
os acontecimentos desenrolados nesse período que a minha memória tão
dificilmente atinge, mas decidi não mais abri-lo. O culto da exatidão
atrapalha-me. Afinal, o que importa é a cronologia do sentimento, e não a do
calendário. Torno a contemplar dentro de mim o vasto mural, ou melhor, o
grande políptico onde cada compartimento me apresenta uma cena.
(ANJOS, 1994, p. 63)
Cyro Versiani dos Anjos nasceu em Montes Claros – MG, em 5 de outubro de 1906.
Formando em humanidades e Direito, atuou como advogado e professor universitário. Em
1952, foi regente da cadeira de Estudos Brasileiros, na Universidade do México e, em 1954,
desempenhou a mesma função na Universidade de Lisboa. No Brasil, atuou como professor
nos cursos de Letras da Universidade de Brasília e da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Publicou O amanuense Belmiro (1937), Abdias (1945), Criação literária (1954), Montanha
(1956), Explorações no tempo (1963), Poemas coronários (1964) e A menina do sobrado
(1979). Esses livros, com exceção do ensaístico A criação literária, caracterizam-se pelo
cunho diarístico ou pelos relatos de memórias, unidos pelas reflexões sobre a passagem do
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Doutor. Universidade Estadual de Montes Claros – Unimontes. E-mail: osmar.oliva@unimontes.br
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Osmar Pereira Oliva193
Andréa Mendes de Almeida Pereira194
RESUMO: O livro Insubmissas lágrimas de mulheres (2011), de Conceição Evaristo, reúne treze
narrativas protagonizadas por mulheres negras, as quais narram histórias de diversos tipos de
violência de que foram vítimas. No entanto, essas mulheres encontram um meio de resistir ao
sofrimento e superar as adversidades. Este trabalho privilegiará a análise do quinto conto,
protagonizado por Maria do Rosário Imaculada dos Santos, a qual, no presente da narrativa, já idosa,
rememora o seu rapto, na infância, e como foi construindo a sua identidade, na diáspora. O seu
comportamento mnemônico ultrapassa os limites de uma biografia individual e se aproxima do relato
de uma coletividade, já que, em vários aspectos, o sequestro da personagem negra dialoga com a
história do degredo africano no Brasil.
PALAVRAS-CHAVE: Conceição Evaristo; identidade; alteridade; violência.
ABSTRACT: The book Insubmissas lágrimas de mulheres (2011), by Conceição Evaristo, brings
together narratives whose protagonists are black women, who narrate various types of violence of
which they were victims. Nevertheless, those women found a way to resist suffering and overcome
adversities. This paper will privilege the analysis of the fifth tale, the story of Maria do Rosário
Imaculada dos Santos, an old lady at the present of the narrative, who rememorates her kidnapping in
childhood, and how she constructed her identity in the diaspora. Her mnemonic behavior goes beyond
the limits of a personal biography, and gets closer to the report of a community, since the kidnapping
of the black character, in many aspects, dialogues with the history of the exiled African in Brazil.
KEYWORDS: Conceição Evaristo; identity; alterity; violence.
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Doutor em Estudos Literários pela Universidade Federal de Minas Gerais - Brasil. Professor Titular
da Universidade Estadual de Montes Claros - Brasil.
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Mestranda em Letras - Estudos Literários na Universidade Estadual de Montes Claros - Brasil.
Literatura infantil e ensino –
considerações sobre a dramaturgia
de Oscar Von Pfuhl
Resumo: Oscar von Pfuhl escreveu peças teatrais voltadas para o público infantil,
valorizando o imaginário da criança e as maravilhas do seu mundo de
sonhos. Em sua poética, há o jogo com as palavras, o uso de recursos
lúdicos diversos, mas há, também, um recorrente apelo à
conscientização e moralização do seu leitor e espectador. Esse
problema motivou essa pesquisa: como o autor articulou aspectos
estéticos a reflexões políticas e sociais.Nossos estudos comprovaram
quea composição do teatro de Pfuhl, com característica das fábulas,
desencadeia também alguma moral, algum ensinamento para o leitor
infantil, assumindo, portanto, uma tendência conscientizadora, sem
deixar de valorizar a fantasia, o lúdico e os jogos com as palavras.
Title: Children literature and teaching – some remarks on Oscar Von Pfuhl’s
dramaturgy
Abstract: Oscar von Pfuhl wrote plays for children, valuing their imagination and
the wonders of their world of dreams. In his poetry, there is the game
with words, the use of many recreational resources, but there is also a
recurring call to the reader´s and viewer’s conciousness and
LEITURA, LITERATURA E LINGUAGENS
Erika Karla Barros da Costa da Silva
(Organizadora)
Todos os direitos garantidos. Qualquer parte desta obra pode ser reproduzida, transmitida
ou arquivada desde que levados em conta os direitos das autoras e dos autores.
ISBN 978-65-80476-08-4
CDD – 028
Editora Inovar
www.editorainovar.com.br
79002-401 Campo Grande – MS
SUMÁRIO
Capítulo 1
A AMAZÔNIA NAS CRÔNICAS DOS VIAJANTES: IMAGENS, REPRESENTAÇÕES, DISCURSOS E IMAGINÁRIOS
NO CONTATO COM O “OUTRO” E SEU AMBIENTE........................................................................................... 10
Tayson Ribeiro Teles
Capítulo 2
A RESISTÊNCIA NO COMPORTAMENTO FEMININO DO SÉCULO XIX, ANÁLISE DA OBRA “UM
APÓLOGO”.......................................................................................................................................................... 25
Merivalda Quaresma Jorge
Graciele Nogueira dos Prazeres
Capítulo 3
ANÁLISE DE ASPECTOS MORFOLÓGICOS DA LÍNGUA NOS GÊNEROS TEXTUAIS TIRINHAS E CHARGE...... 40
José Gomes Braga
Raimundo Francisco Gomes
Capítulo 4
AS PERIPÉCIAS FABULARES DE MONTEIRO LOBATO...................................................................................... 56
Michele Saionara Aparecida Lopes de Lima Rocha
Capítulo 5
AS PRÁTICAS DE LEITURA E A SUA IMPORTÂNCIA PARA A APRENDIZAGEM NOS ANOS INICIAIS DO
ENSINO FUNDAMENTAL.................................................................................................................................... 69
Erika Karla Barros da Costa
Capítulo 6
COMPARAÇÃO AXIOLÓGICA DAS OBRAS LUCÍOLA E O DOCE VENENO DO ESCORPIÃO: VISÕES DA
SOCIEDADE SOBRE A PROSTITUIÇÃO............................................................................................................... 82
Reris Adacioni de Campos dos Santos
Raylene Lisboa Santos
Raquel Batista Silva
Capítulo 7
ENTRELAÇOS, ARTEFATOS E LOBATO: NAS TRILHAS DA DESLITERATURIZAÇÃO INFANTIL NA AMÉRICA
HISPANO-HABLANTE.......................................................................................................................................... 98
Michele Saionara Aparecida Lopes de Lima Rocha
João Pedro Pezzato
Capítulo 8
IDENTIDADE, ALTERIDADE E DIFERENÇA NA LITERATURA INDÍGENA.......................................................... 112
Rita de Cássia Dias Verdi Fumagalli
Ernani Cesar de Freitas
Capítulo 9
LITERATURA INFANTIL E TOMADA DE POSIÇÃO:
TEMPOS, ESPAÇOS E IDENTIDADES ENTRE OS LUGARES DE PASSAGEM .................................................. . 128
Simone dos S. Pereira
Maíra L. Silva
Juliana S. Siqueira
Capítulo 10
MASCULINIDADE EM CONFLITO E HOMOFOBIA: UMA LEITURA DE UM LUGAR AO SOL, DE ERICO
VERISSIMO......................................................................................................................................................... 145
Osmar Pereira Oliva
Heidy Cristina Boaventura Siqueira
Capítulo 11
O DIÁRIO DE ANNE FRANK, DO LIVRO AO DESENHO ANIMADO: UMA REFLEXÃO SOBRE O GÊNERO
AUTOBIOGRÁFICO NO PROCESSO DE FORMAÇÃO DE LEITORES................................................................ 160
Izabel Cristina Barbosa de Oliveira
Capítulo 12
O PROCESSO DE AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM NA EDUCAÇÃO INFANTIL: DIFICULDADES DE ARTICULAÇÃO
E OS PROCESSOS FONOLÓGICOS...................................................................................................................... 171
Priscila Ogliari
Robert Reiziger de Melo Rodrigues
Kleber Eckert
Capítulo 13
OS PERFIS FEMININOS NA OBRA DE JOSÉ DE ALENCAR: UMA ANÁLISE A LUZ DA LITERATURA.............. 181
Antonio Lourenço da Costa Neto
Capítulo 14
(RE)PENSANDO AS BIBLIOTECAS E O SÉCULO XXI: OLHARES DE UMA PERSPECTIVA CIDADÃ, APLICADA,
CRÍTICA E INDISCIPLINAR DE DIREITO À LEITURA.......................................................................................... 190
Eduardo Henriques (UFPE)
LEITURA LITERATURA LINGUAGENS
MASCULINIDADE EM CONFLITO E HOMOFOBIA: UMA LEITURA DE UM LUGAR AO SOL,
DE ERICO VERISSIMO.
RESUMO: O texto literário é fruto do imaginário. Mas este, por sua vez, é uma amálgama de
memórias e experiências pessoais e coletivas, que são transportadas àquele em decorrência da
vivência sociocultural do seu enunciante, ainda que de forma inconsciente. Deste modo, a obra
poderia ser interpretada como representação mimética e artística da sociedade e da sua cultura.
Erico Verissimo, escritor gaúcho, reconheceu que seu projeto literário era desnudar a
engrenagem social, trazendo à lúmen sua hipocrisia e denunciando todo tipo de violência contra
o ser humano que ela oculta. Acredita-se que Um lugar ao sol, publicado por Verissimo em 1936,
através das vozes polifônicas dos seus personagens, oculta uma estrutura narrativa complexa,
que passa despercebida por leitores incautos. No referido romance, o personagem Amaro Terra
demostra aversão gratuita à Temístocles, filho de sua amásia (de quem se tornou escravo
sexual), pelo simples fato do jovem ter comportamento homossexual. Deste modo, em
consonância com a teoria da filósofa francesa Elisabeth Bandinter, para a qual, ver um homem
efeminado desperta enorme angústia em muitos homens, pois desencadeia neles uma tomada
de consciência de suas próprias características femininas, como a passividade, que consideram
um sinal de fraqueza; este trabalho pretende discutir os personagens Amaro Terra e Temístocles
como uma metáfora de uma sociedade homofóbica, que se utiliza da agressividade contra os
homossexuais como estratégia para evitar o reconhecimento de uma parte inaceitável de si. Não
obstante a obra esteja contextualizada na década de 1930, época em que a homossexualidade
era entendida como uma “inversão congênita” durante o nascimento ou desenvolvimento do
indivíduo, a mesma permite uma análise da atual sociedade brasileira.
O texto literário é fruto do imaginário. Mas este, por sua vez, é uma
amálgama de memórias e experiências pessoais e coletivas, que são transportadas
àquele em decorrência da vivência sociocultural do seu enunciante, ainda que de forma
inconsciente. Deste modo, a obra poderia ser interpretada como representação mimética
e artística da sociedade e da sua cultura.
Benjamin Abdala Júnior reforça que as significações são transportadas ao
texto em decorrência da vivência sociocultural do seu emissor:
*1
Graduado em Letras Português/Francês (1993); Pós-Graduado lato sensu em Língua Portuguesa e Linguística (1995) e
em Filosofia, pela Universidade Estadual de Montes Claros – UNIMONTES; Mestre em Literatura Brasileira (1999) e
Doutor em Literatura Comparada (2002), ambos pela Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG; Pós-doutor em
Literatura Brasileira (2007), pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ. Professor na Universidade Estadual
de Montes Claros – UNIMONTES. <osmar.oliva@unimontes.br>.
* 2
Graduada em Direito (2007); Pós-Graduada lato sensu em Direito Processual (2009); Pós-Graduanda stricto sensu -
Mestrado em Letras/Estudos Literários pela Universidade Estadual de Montes Claros - UNIMONTES. Advogada.
Servidora Pública Efetiva do Município de Montes Claros/MG. <heidycristina@adv.oabmg.org.br>.
145
LEITURA LITERATURA LINGUAGENS
Cada escritor, cada artista está, queira ou não, inserido no seu “tempo”
e no seu “espaço”. Eis por que me parece impossível escrever-se um
romance de nossos dias que não reflita os problemas de natureza
econômica, política, social e existencial que nos perturbam. Claro, no
caso dos alienados mentais a situação é diferente... (VERISSIMO, In:
BORDINI, 1990, p. 68).
147
LEITURA LITERATURA LINGUAGENS
A técnica utilizada em Um lugar ao sol além de evidenciar os diferentes
núcleos sociais, destacando o contraste entre riqueza e pobreza, caracteriza a vida social
como reificada.
A um leitor incauto podem passar desapercebidas algumas reflexões
importantes que ocorrem na narrativa, visto que uma leitura superficial pode ater-se
apenas ao aspecto evidente das dificuldades financeiras enfrentadas pela maioria das
personagens e que são a causa de análise que permeiam o romance, mas que não
encerram todas as discussões.
Mikhail Mikhailovich Bakhtin, em seu livro Questões de literatura e de estética:
a teoria do romance, destaca o leitor atento como fundamental para a compreensão e
construção do discurso. Para o referido autor, somente por meio de uma leitura ativa, o
leitor torna-se capaz de fornecer respostas e trazer algo de novo para o discurso. E
acrescenta:
150
LEITURA LITERATURA LINGUAGENS
constantemente reconstruída e estando em constante transformação através da história
(BADINTER, 1993, p. 29).
Neste diapasão, cabe ressaltar ainda a obra de Pierre Bourdieu (BOURDIEU,
2018) que, ao analisar a sociedade Cabila, teorizou sobre a dominação masculina,
argumentando que esta fixa-se nos modos de pensar, comportar, sentir, falar etc.,
fazendo com que a reprodução da ordem social seja mantida e legitimada, de forma
“natural”.
Para Sócrates Alvares Nolasco, em O mito da masculinidade, a partir do
nascimento, com a observação e diferenciação dos genitais, a sociedade já impõe
expectativas de comportamentos distintos para homens e mulheres, que “desenharão
os contornos das subjetividades dos indivíduos”. Homens e mulheres sofrem forte
controle pedagógico durante a vida, seja da família, da escola ou das relações sociais.
Qualquer desvio, segundo Nolasco, é classificado como problema de ordem médica,
psíquica ou moral (NOLASCO, 1993, p. 41-42).
Raramente ouve-se a ordem “seja mulher”, enquanto tal exortação é dirigida
aos meninos, adolescentes e adultos do sexo masculino na maioria das sociedades. Com
o intuito de engendrar um homem viril, corajoso, esperto, conquistador, e imune a
fragilidades e inseguranças, com frequência, admoesta-se o sexo masculino: “Isto é
brinquedo de menina!” “Homem não chora!” “Homens não vestem rosa!” “Menino não
abraça nem beija outro menino, só os maricas!” “Você transou com ela? Não? É um
bobo!” “Você é um medroso, parece mulher!”
Desse modo, os meninos crescem acreditando que serão aceitos em razão do
que conquistarem (neste caso, a mulher é vista como objeto) e não pelo que realmente
são. Nolasco afirma:
151
LEITURA LITERATURA LINGUAGENS
identidades, o que, sobreposto, à virilidade, segundo Nolasco, produz os “machões”
(NOLASCO, 1993, p. 76).
Ainda que se saiba que a sexualidade não determina o gênero, a maioria das
sociedades patriarcais identifica masculinidade e heterossexualidade. Segundo Badinter,
a masculinidade heterossexual tem um conceito formado mais por exclusões do que por
inclusões. Desse modo, “ser homem significa não ser feminino; não ser homossexual;
não ser dócil, dependente ou submisso; não ser efeminado na aparência física ou nos
gestos; não ter relações sexuais nem relações muito íntimas com outros homens; não ser
impotente com as mulheres” (BADINTER, 1993, p. 117).
Destarte, para Badinter, a homofobia é parte integrante da masculinidade
heterossexual e desempenha o papel psicológico de reforçar as características de quem
está dentro do padrão da heterossexualidade, além de se constituir como um mecanismo
de defesa psíquica para evitar o reconhecimento de características próprias que se seja
incapaz de aceitar:
Durante toda a narrativa fica perceptível que Docelina é quem tem iniciativa
da conquista e que detém o poder nas relações sexuais. Dentro do padrão de
masculinidade patriarcal, e diante da inércia e falta de virilidade de Amaro, é Docelina
quem exerce o papel destinado ao homem na relação.
Criado por uma tia carola, Manuela, e sob a vigilância incansável e opinião
imutável sobre sexualidade desta, Amaro cresce associando sexo a pecado, o que lhe
acarreta graves problemas de ordem psicológica e sexual, como salienta o narrador de
Um lugar ao sol:
153
LEITURA LITERATURA LINGUAGENS
Era suja mas boa a gaiola que Doce lhe armara. [...]. Se ao menos ele
fosse colorido e cantador como o canário belga! Se ao menos pudesse
aproveitar aquela miséria moral para compor um grande poema
sinfônico que mais tarde lhe desse nome... Mas qual! Ele ouvia uma
harmonia interior maravilhosa. Quando ia dar-lhe forma gráfica, ela
fugia. Era inútil. (VERISSIMO, 1995, p. 404).
*3
A homossexualidade passou a ser vista como patologia por volta do fim do século XX. Em 1886, o psiquiatra alemão
Richard von Krafft-Ebing definiu-a como “inversão congênita” (SIMIÃO, 2015). Apenas em 17 de maio de 1990, a
Organização Mundial da Saúde (OMS) retirou a homossexualidade da Classificação Internacional de Doenças (CID).
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LEITURA LITERATURA LINGUAGENS
Não punir a discriminação pela orientação sexual, como se faz com a
discriminação religiosa e racial, é hierarquizar, de forma inconcebível dentro do
ordenamento jurídico, as violações de direitos fundamentais.
Ressalta-se que a discriminação pela identidade ou orientação sexual não se
resume a atitudes preconceituosas que resultam, tão somente, em danos psicológicos;
mas sim, em condutas que impedem ou limitam a participação do individuo destinatário
da violência, na vida social.
Percebe-se que o modelo de masculinidade heteronormativa impera sobre o
Congresso Nacional que, temendo a responsabilização por parte dos seus eleitores por
suas ações, prefere quedar-se inerte, omitindo-se quanto ao reconhecimento da
comunidade LGBTI+ (gays, lésbicas, bissexuais, travestis, transsexuais e intersexuais) ao
direito de proteção contra a violência, assédio, descriminalização, exclusão,
estigmatização, preconceito, ou seja, direito ao reconhecimento jurídico.
Em plenário, o Supremo Tribunal Federal (STF) julgou a Ação Direta de
Inconstitucionalidade por Omissão (ADO) 26, de relatoria do ministro Celso de Mello, e o
Mandado de Injunção (MI) 4733, relatado pelo ministro Edson Fachin, e entendeu, em
sua maioria, que houve omissão inconstitucional do Congresso Nacional por não editar lei
que criminalize atos de homofobia e de transfobia; e decidiu aplicar, até que o Congresso
Nacional venha a legislar a respeito, a Lei nº 7.716/89 a fim de estender a tipificação
prevista para os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia,
religião ou procedência nacional à discriminação por orientação sexual ou identidade de
gênero.
Desse modo, segundo o STF, até que sobrevenha lei do Congresso Nacional
destinada a implementar a criminalização dos dispositivos definidos nos incisos XLI e XLII
do artigo 5º da CRFB/1988, “as condutas homofóbicas e transfóbicas, reais ou supostas,
que envolvem aversão odiosa à orientação sexual ou à identidade de gênero de alguém,
por traduzirem expressões de racismo, compreendido este em sua dimensão social",
conformam-se aos preceitos de incriminação definidos na Lei nº. 7.716/1989. As referidas
condutas constituirão, também, circunstância qualificante na hipótese de homicídio
doloso, por configurar motivo torpe, nos termos do Código Penal, artigo 121, §2º, I, “in
fine”.
Ao afirmar que as condutas homofóbicas e transfóbicas subsume-se ao tipo
penal do racismo, o STF compreende este último em sua dimensão social:
156
LEITURA LITERATURA LINGUAGENS
REFERÊNCIAS
BADINTER, Elisabeth. XY: sobre a identidade masculina. Tradução Maria Ignez Duque
Estrada. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1993.
BORDINI, Maria da Glória. Caminhos cruzados e a crítica. In: Travessia, n. 11, jul./dez. 1985,
p. 22-35. Disponível em:
<https://periodicos.ufsc.br/index.php/travessia/article/view/17550/16124>. Acesso em
21/03/2019, às 15h50.
______ (Org). Erico Verissimo: o escritor no tempo. Porto Alegre: Editora Sulina, 1990.
157
LEITURA LITERATURA LINGUAGENS
BOURDIEU, Pierre. A dominação masculina. Tradução Maria Helena Kühner. 6. ed. Rio de
Janeiro: BestBolso, 2018.
______. O poder simbólico. Tradução Fernando Tomaz. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil,
2000.
BUENO, Luís. Uma história do romance de 30. São Paulo: Edusp; Campinas: Editora da
UNICAMP, 2006.
CAMPOS, Beatriz Badim de. Caminhos cruzados e Um lugar ao sol: o projeto literário de
Erico Verissimo. São Paulo: EDUC, 2017.
MICELI, Sergio. Intelectuais à brasileira. São Paulo: Companhia das Letras, 2001.
SÍTIO ELETRÔNICO
158
Osmar Pereira Oliva
Endereço para acessar este CV: http://lattes.cnpq.br/0323031003211214
ID Lattes: 0323031003211214
Última atualização do currículo em 29/11/2021
Possui graduação em Letras Português/Francês (1993), especialização (Lato Sensu) em Língua Portuguesa e Linguística (1995) e especialização (Lato Sensu) em
Filosofia, pela Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes); mestrado em Literatura Brasileira (1999) e doutorado em Literatura Comparada (2002), ambos
pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG); pós-doutorado em Literatura Brasileira, pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), em 2007.
Atualmente, é professor na Universidade Estadual de Montes Claros. Tem experiência no ensino e na pesquisa na área de Letras, com ênfase nas Literaturas de
Língua Portuguesa, atuando principalmente na investigação dos seguintes autores e temas: Eça de Queirós, Machado de Assis, Rachel de Queiroz, Clarice Lispector,
Autran Dourado e Milton Hatoum, orientalismo, fantástico, corpo, gênero, literatura de Minas Gerais, literatura do século XIX. (Texto informado pelo autor)
Identificação
Nome Osmar Pereira Oliva
Endereço
Endereço Profissional Universidade Estadual de Montes Claros, Universidade Estadual de Montes Claros.
Vila Mauricéia
Ramal: 8080
Formação acadêmica/titulação
2000 - 2002 Doutorado em Estudos Literários (Conceito CAPES 7).
Pós-doutorado
2018 Pós-Doutorado.
Formação Complementar
2006 - 2006 Desvendando os caminhos da África. (Carga horária: 44h).
Atuação Profissional
2016 - Atual Vínculo: Servidor Público, Enquadramento Funcional: Coordenador do Programa de Pós-graduação, Carga horária: 20, Regime:
Dedicação exclusiva.
Vínculo institucional
1998 - Atual Vínculo: Servidor Público, Enquadramento Funcional: Professor titular, Carga horária: 40, Regime: Dedicação exclusiva.
Atividades
Cargo ou função
Pró-reitor de Pós-graduação.
02/2013 - 07/2013 Ensino, Letras/Estudos Literários, Nível: Pós-Graduação
Disciplinas ministradas
Seminário do teatro brasileiro
02/2013 - 07/2013 Ensino, Letras/Português, Nível: Graduação
Disciplinas ministradas
Orientação de projeto de monografia
08/2012 - 12/2012 Ensino, Letras/Português, Nível: Graduação
Disciplinas ministradas
Literatura Brasileira - simbolismo e tendências modernistas
08/2012 - 12/2012 Ensino, Letras/Estudos Literários, Nível: Pós-Graduação
Disciplinas ministradas
Crítica literária brasileira
02/2012 - 07/2012 Ensino, Letras/Português, Nível: Graduação
Disciplinas ministradas
Literatura Brasileira - simbolismo e tendências modernistas
08/2011 - 12/2011 Ensino, Letras/Português, Nível: Graduação
Disciplinas ministradas
Literatura Brasileira - simbolismo e tendências modernistas
02/2011 - 07/2011 Ensino, Letras/Português, Nível: Graduação
Disciplinas ministradas
Literatura Brasileira - simbolismo e tendências modernistas
08/2010 - 12/2010 Ensino, Letras/Português, Nível: Graduação
Disciplinas ministradas
Literatura Brasileira - simbolismo e tendências modernistas
02/2010 - 07/2010 Ensino, Letras/Português, Nível: Graduação
Disciplinas ministradas
Literatura Brasileira - simbolismo e tendências modernistas
08/2009 - 12/2009 Ensino, Letras/Português, Nível: Graduação
Disciplinas ministradas
Literatura Brasileira - Simbolismo e tendências modernistas
02/2009 - 07/2009 Ensino, Letras/Português, Nível: Graduação
Disciplinas ministradas
Seminário de tópico variável
02/2009 - 07/2009 Ensino, Letras/Português, Nível: Graduação
Disciplinas ministradas
Orientação de projeto de monografia
02/2009 - 07/2009 Ensino, Letras/Português, Nível: Graduação
Disciplinas ministradas
Literatura e outros sistemas semióticos
08/2008 - 12/2008 Ensino, Letras/Português, Nível: Graduação
Disciplinas ministradas
Crítica Literária Brasileira
08/2008 - 12/2008 Ensino, Letras/Português, Nível: Graduação
Disciplinas ministradas
Seminário de tópico variável
02/2008 - 07/2008 Ensino, Letras/Inglês, Nível: Graduação
Disciplinas ministradas
Orientação de monografia
2/2008 - 07/2008 Ensino, Letras/Português, Nível: Graduação
Disciplinas ministradas
Crítica LLiterária Brasileira
02/2008 - 07/2008 Ensino, Letras/Português, Nível: Graduação
Disciplinas ministradas
Orientação de projeto de monografia
08/2007 - 12/2007 Ensino, Letras/Português, Nível: Graduação
Disciplinas ministradas
Literatura Brasileira - Das origens ao arcadismo
08/2006 - 12/2006 Ensino, Letras/Português, Nível: Graduação
Disciplinas ministradas
Literatura Portuguesa - do Arcadismo ao Realismo
Seminário de Tópico Variável - A dimensão fantástica e orientalista em Eça e Machado
08/2006 - 08/2006 Ensino, Letras/Português, Nível: Graduação
Disciplinas ministradas
Teoria da Literatura
01/2006 - 06/2006 Ensino, Letras/Português, Nível: Graduação
Disciplinas ministradas
Literatura Portuguesa - Do Arcadismo ao Realismo
Seminário de Tópico Variável - O Gótico na Literatura
01/2002 - 03/2006 Conselhos, Comissões e Consultoria, Universidade Estadual de Montes Claros.
Cargo ou função
COTEC- Comissão Técnica de Concursos - Coordenação do Programa de Avaliação Seriada para Acesso ao Ensino Superior - PAES.
01/2001 - 03/2006 Direção e administração, .
Cargo ou função
Coordenador de Programa.
01/1997 - 03/2006 Serviços técnicos especializados , Comissão Técnica de Concursos - COTEC.
Serviço realizado
Elaboração e correção de provas dos processos seletivos da Unimontes.
01/2005 - 01/2006 Pesquisa e desenvolvimento, Centro de Ciências Humanas da Universidade Estadual de Montes Claros.
Linhas de pesquisa
Tradição e Modernidade
07/2005 - 12/2005 Ensino, Letras/Português, Nível: Graduação
Disciplinas ministradas
Literatura Portuguesa - Do Simbolismo às tendências contemporâneas
01/2005 - 12/2005 Ensino, Letras/Português, Nível: Graduação
Disciplinas ministradas
Introdução à Teoria da Literatura
Literatura Brasileira
Literatura Comparada
Literatura Portuguesa
01/2005 - 06/2005 Ensino, Letras/Português, Nível: Graduação
Disciplinas ministradas
Literatura Comparada
01/2005 - 06/2005 Ensino, Pós-graduação em literatura luso-brasileira, Nível: Especialização
Disciplinas ministradas
Literatura Comparada de língua portuguesa
08/2004 - 12/2004 Ensino, Letras/Português, Nível: Graduação
Disciplinas ministradas
Literatura Brasileira III
01/2004 - 07/2004 Ensino, Letras/Português, Nível: Graduação
Disciplinas ministradas
Literatura Portuguesa III e Literatura Brasileira IV
08/2003 - 12/2003 Ensino, Letras/Português, Nível: Graduação
Disciplinas ministradas
Literatura Brasileira III e Literatura Brasileira IV
01/2003 - 12/2003 Pesquisa e desenvolvimento, Centro de Ciências Humanas da Universidade Estadual de Montes Claros.
Linhas de pesquisa
Literatura de Minas Gerais
02/2003 - 07/2003 Ensino, Letras/Inglês, Nível: Graduação
Disciplinas ministradas
Literatura Brasileira I e Literatura Brasileira IV
08/2002 - 12/2002 Ensino, Letras/Português, Nível: Graduação
Disciplinas ministradas
Literatura Brasileira I e IV
01/2002 - 07/2002 Ensino, Letras/Inglês, Nível: Graduação
Disciplinas ministradas
Literatura Brasileira I
07/2001 - 01/2002 Ensino, pós-graduação em Língua portuguesa e Lingüística, Nível: Especialização
Disciplinas ministradas
Literatura Brasileira
07/2001 - 01/2002 Ensino, pós-graduação em Língua portuguesa e Lingüística, Nível: Especialização
Disciplinas ministradas
Literatura Brasileira
01/2001 - 12/2001 Ensino, Letras/Português, Nível: Graduação
Disciplinas ministradas
Literatura Brasileira I e Literatura Brasileira III
08/2000 - 12/2000 Ensino, Letras/Português, Nível: Graduação
Disciplinas ministradas
Literatura Brasileira II e Literatura Brasileira IV
03/2000 - 12/2000 Ensino, pós-graduação em Língua portuguesa e Lingüística, Nível: Especialização
Disciplinas ministradas
Literatura Brasileira
01/2000 - 07/2000 Ensino, Letras/Português, Nível: Graduação
Disciplinas ministradas
Literatura Brasileira II
07/1999 - 01/2000 Ensino, pós-graduação em Língua portuguesa e Lingüística, Nível: Especialização
Disciplinas ministradas
Literatura Brasileira
08/1999 - 12/1999 Ensino, Letras/Português, Nível: Graduação
Disciplinas ministradas
Literatura Brasileira II
01/1999 - 07/1999 Ensino, LETRAS, Nível: Graduação
Disciplinas ministradas
Literatura Brasileira
02/1998 - 12/1998 Ensino, LETRAS, Nível: Graduação
Disciplinas ministradas
Literatura Brasileira
1993 - 1998 Vínculo: Servidor Público, Enquadramento Funcional: designado para regente de aulas (português), Carga horária: 18
Outras informações Regência de aulas - Português
Linhas de pesquisa
1. Tradição e Modernidade
Objetivo: Estudo da Literatura Brasileira e de suas relações com a tradição e a modernidade; o conceito de tradição e de ruptura;
teorias do arquivo, da tradução, da desconstrução e da pós-modernidade..
Grande área: Lingüística, Letras e Artes
Grande Área: Lingüística, Letras e Artes / Área: Letras / Subárea: Literatura Comparada.
Grande Área: Lingüística, Letras e Artes / Área: Letras / Subárea: Literatura Portuguesa.
Palavras-chave: imaginário; dialogismo; literatura comparada; tradição; modernidade; ruptura.
2. Literatura de Minas Gerais
Objetivo: Estudo da Literatura produzida em Minas Gerais e suas relações com outras literaturas. Análise das representações
identitárias, das relações da literatura mineira com a história, a cultura e a sociedade..
Palavras-chave: imaginário; literatura mineira; memória; sertão; tradição; modernidade.
Projetos de pesquisa
2017 - Atual Amizades literárias - a crítica literária modernista em Minas Gerais
Descrição: Este projeto de pesquisa tem como objetivo geral investigar a produção crítica literária modernista produzida por
intelectuais mineiros, de forma mais específica a de Autran Dourado, Francisco Iglésias, Fábio Lucas, dentre outros. A pesquisa, de
cunho bibliográfico, será embasada em teorias sobre as relações entre literatura, história e sociedade, com ênfase nas discussões
sobre o Modernismo em Minas Gerais. O projeto terá início com o levantamento da produção crítica literária desses autores,
publicada nos jornais e revistas da época ou em livros, organizados em datas posteriores. Mas também se voltará para pesquisas
nas bibliotecas particulares e acervos desses autores, a fim de investigar em que medida as correspondências trocadas entre eles e
os livros que constam em suas bibliotecas contribuíram para o Modernismo no Brasil..
Situação: Em andamento; Natureza: Pesquisa.
Alunos envolvidos: Graduação: (2) / Mestrado acadêmico: (3) .
Integrantes: Osmar Pereira Oliva - Coordenador / Alba Valéria Niza Silva - Integrante / Daniela Rodrigues Soares - Integrante /
Fernanda Figueiredo - Integrante / Daniela Azevedo - Integrante.
2016 - 2017 Nos labirintos das correspondências de Autran Dourado
Descrição: Estudo das correspondências trocadas entre Autran Dourado e escritores modernistas mineiros e entre seus leitores,
editores e tradutores. Análise das discussões teóricas e críticas sobre a produção literária autraniana..
Situação: Concluído; Natureza: Pesquisa.
Alunos envolvidos: Graduação: (1) / Mestrado acadêmico: (1) .
Integrantes: Osmar Pereira Oliva - Coordenador / Leonardo Macedo Freire - Integrante / Fernanda Figueiredo - Integrante.
2016 - Atual À procura da voz - Edição e crítica da obra completa de José Ricardo Pires de Almeida
Descrição: Este projeto de pesquisa pretende investigar, nos acervos de obras raras e dos manuscritos da Biblioteca Nacional, no
Rio de Janeiro, e de outros acervos e bibliotecas brasileiras, a obra completa, com ênfase nas peças de teatro, de José Ricardo
Pires de Almeida. O projeto será desenvolvido em duas fases: a) coleta de dados (cópia das peças existentes) e b) estudo,
organização e edição crítica da obra completa desse escritor..
Situação: Em andamento; Natureza: Pesquisa.
Alunos envolvidos: Graduação: (2) / Mestrado acadêmico: (1) .
Integrantes: Osmar Pereira Oliva - Coordenador / Elizabeth Marli Martins Pereira - Integrante / Jéssica Tairine Santos - Integrante.
2010 - 2012 Masculinidade e decadência nas Minas de Autran Dourado
Descrição: Estudo da trilogia "Lucas procópio", "Um cavalheiro de antigamente" e "Ópera dos mortos", de Autran Dourado, a partir
das relações paternas, das representações da masculinidade e das concepções teóricas de memória, melancolia e paternidade..
Situação: Concluído; Natureza: Pesquisa.
Alunos envolvidos: Graduação: (2) / Mestrado acadêmico: (2) .
Integrantes: Osmar Pereira Oliva - Coordenador / Maria Generosa Ferreira Souto - Integrante / Telma Borges da Silva - Integrante /
Anelito Pereira de Oliveira - Integrante / Rodrigo Guimarães Silva - Integrante.
Financiador(es): Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais - Auxílio
financeiro.
2008 - 2010 Vozes do Gênero - feminino e feminismo na ficção de Rachel de Queiroz
Descrição: Esta pesquisa objetiva analisar as representações do feminino na ficção de Rachel de Queiroz. Procura refletir, também,
sobre as ressonâncias feministas e socialistas presentes na ficção dessa autora, ainda que Rachel tenha negado a sua filiação ao
femininismo e tenha permanecido pouco tempo filiada ao Partido Socialista Brasileiro. E mais, este projeto de pesquisa pretende
analisar a evolução da escrita de Rachel de Queiroz, do romance de tendência regionalista (O Quinze, João Miguel) ao romance
urbano, de feição psicologizante (As três Marias, O galo de ouro, Döra, Doralina)..
Situação: Concluído; Natureza: Pesquisa.
Alunos envolvidos: Graduação: (2) .
Integrantes: Osmar Pereira Oliva - Coordenador / Maria Generosa Ferreira Souto - Integrante / Ilca Vieira de Oliveira - Integrante /
Rita de Cássia Silva Dionísio - Integrante / Telma Borges da Silva - Integrante / Élcio Lucas de Oliveira - Integrante / Anelito Pereira
de Oliveira - Integrante / Dorival Souza Barreto Júnior - Integrante / Franscino Oliveira Silva - Integrante / Renato da Silva Dias -
Integrante.
Financiador(es): Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - Auxílio
financeiro / Fundação de Amparo à
Pesquisa do Estado de Minas Gerais - Auxílio
financeiro.
2007 - 2008 Literatura montesclarense oitocentista: escrita, memórias e leituras
Descrição: Este projeto pretende fazer compilação, edição e estudos críticos de textos literários publicados de 1884 a 1892 no
jornal ?Correio do Norte?, de Montes Claros - MG. Objetiva, também, levantar informações referentes às leituras realizadas pelos
escritores nortemineiros que contribuíram para esse jornal, influenciados pela literatura francesa, inglesa e alemã..
Situação: Concluído; Natureza: Pesquisa.
Alunos envolvidos: Graduação: (2) .
Integrantes: Osmar Pereira Oliva - Coordenador / Andréia de Souza Oliveira - Integrante / Gabriele Bicheri Andrade - Integrante.
Integrantes: Osmar Pereira Oliva - Coordenador / Edwirgens Aparecida Ribeiro Lopes de Almeida - Integrante.
Projetos de extensão
2015 - 2016 Literatura Brasileira e processos criativos
Revisor de periódico
2000 - 2002 Periódico: Vínculo
Áreas de atuação
1. Grande área: Lingüística, Letras e Artes / Área: Letras / Subárea: Literatura Brasileira.
2. Grande área: Lingüística, Letras e Artes / Área: Letras / Subárea: Crítica Literária.
Idiomas
Espanhol Compreende Bem, Fala Pouco, Lê Bem, Escreve Pouco.
Prêmios e títulos
2000 Cidadão Honorário de Mirabela, Câmara Municipal de Mirabela.
Produções
Produções
Produção bibliográfica
Ordenar por
Ordem Cronológica
1. OLIVA, O. P.. Galo de Ouro e Memorial de Maria Moura: Rachel de Queiroz e as contradições do feminino - entre a independência e a conformação. REVISTA CRIAÇÃO & CRÍTICA,
2021.
3. OLIVA, O. P.. Leituras de Jerusalém e da China em duas narrativas de Eça de Queirós. Interdisciplinar, v. 33, p. 155-171, 2020.
4. AZEVEDO, D. ; OLIVA, O. P. . A tradução cultural em Uma vida em segredo. CALEIDOSCOPIO, v. 4, p. 32-50, 2020.
5. DIAS, G. A. S. ; OLIVA, O. P. . Rachel Queiróz e Conceição de O Quinze: Mulheres que buscam refundar a tradição por meio da insubordinação feminina. Cadernos de Literatura
7. OLIVA, O. P.; SIQUEIRA, H. C. B. . Poética feminista e violência: uma leitura do conto 'Água', de Ana Paula Pacheco. IPOTESI (JUIZ DE FORA. ONLINE) , v. 23, p. 65-76,
2019.
8. OLIVA, O. P.; AZEVEDO, D. . Os espaços transitáveis e de memória de Biela em Uma vida em segredo. MIGUILIM - REVISTA ELETRÔNICA DO NETLLI, v. 8, p. 1-16, 2019.
9. OLIVA, O. P.. A marginalidade ficcional de Lúcia Miguel Pereira. REVISTA ELETRÔNICA ARATICUM, v. 19, p. 115-130, 2019.
10. OLIVA, O. P.. O corpo artístico - Homoerotismo em Morte em Veneza. REVISTA ELETRÔNICA ARATICUM, v. 17, p. 69-80o, 2018.
11. OLIVA, OSMAR PEREIRA. Judaísmo, Israel e as referências bíblicas em Elogio da sombra, de Jorge Luis Borges. Arquivo Maaravi , v. 12, p. 105-121, 2018.
12. REBELLO, IVANA FERRANTE ; OLIVA, OSMAR PEREIRA . Grande sertão: veredas em luz e sombra. O EIXO E A RODA (UFMG) , v. 27, p. 249-266, 2018.
13. OLIVA, O. P.; SOUTO, C. A. . Literatura infantil e ensino ? considerações sobre a dramaturgia de Oscar Von Pfuhl. Linguagem & Ensino (UCPel), v. 20, p. 241-262, 2017.
14. OLIVA, O. P.. Tempo e memória em O amanuense Belmiro, de Cyro dos Anjos. RECORTE (UNINCOR), v. 14, p. 1-15, 2017.
15. OLIVA, OSMAR PEREIRA. AMIZADE MASCULINA E HOMOEROTISMO EM DOM CASMURRO, DE MACHADO DE ASSIS. MACHADO DE ASSIS EM LINHA, v. 10, p. 74-93,
2017.
16. OLIVA, OSMAR PEREIRA. Do conceito de amizade em Platão, Aristóteles e Cícero. ContraPonto, v. 7, p. 192-200, 2017.
17. OLIVA, O. P.; PEREIRA, A. M. de A. . Identidade e alteridade no conto Maria Imaculada Rosário dos Santos, de Conceição Evaristo. REVELL ? REVISTA DE ESTUDOS LITERÁRIOS
19. OLIVA, O. P.; PEREIRA, Elizabeth Marli M. . Personagens como metáforas - Um estudo de Ópera dos Mortos, de Autran Dourado. Revista Fórum Identidades, v. 19, p. 247-266,
2015.
20. OLIVA, O. P.. Aforismos e ironia em A mão e a luva, de Machado de Assis. Araticum (Online), v. 12, p. 85-97, 2015.
21. OLIVA, O. P.. Procedimentos carnavalizantes em «A Brasileira de Prazins'. Colóquio. Letras , v. 186, p. 114-124, 2014.
22. OLIVA, O. P.. Rachel de Queiroz e o romance de 30: ressonâncias do feminismo e do socialismo. Cadernos Pagu (UNICAMP. Impresso), v. 43, p. 385-415, 2014.
23. SILVA, P. L. ; OLIVA, O. P. . Carmem e Beatriz: estilhaços de amor e ódio. Revista Fórum Identidades, v. 15, p. 159-169, 2014.
24. OLIVA, O. P.; RIBEIRO, Ana Gabriela G. . A gênese do romance O risco do bordado, de Autran Dourado. Darandina Revisteletrônica, v. 6, p. 1-20, 2013.
25. OLIVA, O. P.. Feminino, misticismo e liturgia na poética de Cruz e Souza. O Eixo e a Roda (UFMG) , v. 22, p. 75-85, 2013.
26. OLIVA, O. P.; PEREIRA, Elizabeth Marli M. . A poética barroca em Ópera dos mortos, de Autran Dourado. Recorte (UninCor), v. 10, p. 1-14, 2013.
27. OLIVEIRA, J. dos Santos. ; OLIVA, O. P. . A (DES) CONSTRUÇÃO DO DEFUNTO ESTRAMBÓTICO DE MACHADO : DA NARRAÇÃO AO VOICE - OVER. Revista Litteris, v. 1, p. 181-
202, 2013.
28. SILVA, P. L. ; OLIVA, O. P. . A via crúcis do corpo - caminhos percorridos pela crítica. Revista Memento, v. 4, p. 102-111, 2013.
29. OLIVA, O. P.. Da inocência à consciência - amor e crítica social e Romão e Julinha, de Oscar Von Pfhul. Revista Fórum Identidades, v. 12, p. 193-201, 2012.
30.
OLIVA, O. P.. Machado de Assis historiador? Memórias da escravidão, da República e de Canudos nas crônicas de 'A semana'. Matraga (Rio de Janeiro) , v. 19, p. 265-283,
2012.
31. OLIVA, O. P.. Linguagem e mundo: Wittgenstein e Manoel de Barros. Crítica Cultural , v. 6, p. 77-83, 2011.
32. OLIVA, O. P.. Nós confessamos - As viúvas de Machado de Assis e de Guimarães Rosa. Glauks (UFV), v. 11, p. 109-121, 2011.
33. VIEIRA, J. C. ; OLIVA, O. P. . Crime e libertação - um estudo de A maçã no escuro, de Clarice Lispector. Revista de Letras (UNESP. Online) , v. 51, p. 171-190, 2011.
34. CAMPOS, A. S. L. ; OLIVA, O. P. . Todas as cores do sertão: Machado de Assis, leitor de Coelho Neto. Linguasagem (São Paulo), v. 1, p. 1-7, 2010.
35. OLIVA, O. P.. Dôra, Doralina - o eterno feminino ou um louvado para o amor. Diadorim (Rio de Janeiro), v. 7, p. 145-158, 2010.
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Citações: 1
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26. SANTOS, Jéssica Tairine. ; OLIVA, O. P. . RELAÇÕES DE PATERNIDADE EM UM CAVALHEIRO DE ANTIGAMENTE, DE AUTRAN DOURADO. In: IV Seminário de Literatura Brasileira -
Minas e o Modernismo, 2012, Montes Claros - MG. Anais do VI Seminário de Literatura Brasileira - Minas e o Modernismo. Montes Claros - MG: Editora Unimontes, 2012. v. 1. p. 1-
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27. OLIVEIRA, J. dos Santos. ; OLIVA, O. P. . A volubilidade do defunto autor: o movimento dos movimentos. In: VI Seminário de Literatura Brasileira - Minas e o Modernismo, 2012,
Montes Claros - MG. Anais do VI Seminário de Literatura Brasileira - Minas e o Modernismo. Montes Claros - MG: Editora Unimontes, 2012. v. 1. p. 1-14.
28. OLIVA, O. P.. Carta ao dr. Cincinato ou carta ao meu pai? uma perspectiva psicanalítica em Autran Dourado. In: VI Seminário de Literatura Brasileira - Minas e o Modernismo,
2012, Montes Claros - MG. Anais do VI Seminário de Literatura Brasileira - Minas e o Modernismo. Montes Claros - MG: Editora Unimontes, 2012. v. 1. p. 1-12.
29. LOPES, Patrícia. ; OLIVA, O. P. . A voz do corpo em A Via Crucis do corpo. In: VI Seminário de Literatura Brasileira - Minas e o Modernismo, 2012, Montes Claros - MG. Anais do VI
Seminário de Literatura Brasileira - Minas e o Modernismo. Montes Claros - MG: Editora Unimontes, 2012. v. 1. p. 1-8.
30. MOTA, Sandra Renata Fonseca. ; OLIVA, O. P. . Mona grammoniana: a nacionalização da pintura de Leonardo Da Vinci em Fuga em espelhos, de Guiomar de Grammont. In: VI
Seminário de Literatura Brasileira - Minas e o Modernismo, 2012, Montes Claros - MG. Anais do VI Seminário de Literatura Brasileira - Minas e o Modernismo. Montes Claros - MG:
Editora Unimontes, 2012. v. 1. p. 1-14.
31. SILVA, P. L. ; OLIVA, O. P. . Aparência e essência: o duplo em 'Ele me bebeu'.. In: Seminário internacional fazendo gênero 10, 2012, Florianópolis - SC. Anais do Seminário
Vozes do Gênero - autoria e representação, 2011, Montes Claros - MG. ANAIS DO V Seminário de Literatura Brasileira - Vozes do Gênero - autoria e representação. Montes Claros -
MG: Editora da Unimontes, 2011. v. 1. p. 1-11.
33. BUXTON, Ângela Heloiza B. ; OLIVA, O. P. . A fatalidade em Ópera dos mortos de Autran Dourado. In: V Seminário de Literatura Brasileira - Vozes do Gênero - autoria e
representação, 2011, Montes Claros - MG. Anais do V Seminário de Literatura Brasileira - Vozes do Gênero - autoria e representação. Montes Claros - MG: Editora da Unimontes,
2011. v. 1. p. 1-7.
34. OLIVA, O. P.. A escrita em mosaico: Machado de Assis e as crônicas de A Semana. In: IX Congresso da Associação Internacional de Lusitanistas - Lusofonia - Tempo de
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35. OLIVA, O. P.. Alexandre Herculano de Machado de Assis. In: Congresso Internacional da Associação Brasileira de Professores de Literatura Portuguesa, 2011, Salvador. Anais do
XXII Congresso Internacional da Associação Brasileira de Professores de Literatura Portuguesa. Salvador - BA: Editora da UFBA, 2009. v. 1. p. 931-942.
36. OLIVA, O. P.. A cidade e as serras e a afinação do mundo. In: XXIII Congresso Internacional da Associação Brasileira de Professores de Literatura Portuguesa ? ABRAPLIP, 2011,
São Luís - MA. Anais do XXIII Congresso Internacional da Associação Brasileira de Professores de Literatura Portuguesa ? ABRAPLIP. São Luís - MA: Editora da UFMA, 2011. v. 1. p.
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37. OLIVA, O. P.. As mulheres de Tijucopapo e a altissonante voz do feminino. In: II Seminário Nacional Literatura e Cultura - SENALIC, 2010, Aracaju - SE. Anais do II Seminário
Simpósio de Estudos de Língua Portuguesa: A língua portuguesa - ultrapassar fronteiras, juntar culturas. Évora - Portugal: editora da Universidade de Évora, 2009. v. 1. p. 115-127.
40. OLIVA, O. P.. A escrita dilacerada - corpo e sexualidade em Sudário, de Guiomar de Grammont. In: 1º CIELLI - Colóquio internacional de estudos linguísticos e literários. 4º CIELLI
- Colóquio de estudos linguísticos e literários, 2010, Maringá - PR. Colóquio Internacional de Estudos Linguísticos e Literários - CIELLI / Colóquio de Estudos Linguísticos e Literários
- CELLI. Maringá - Paraná: Editora da UEM, 2010. p. 1-9.
41. VIEIRA, J. C. ; OLIVA, O. P. . Nascidos com maus antecedentes: leitura da representação dos imigrantes nordestinos em "A hora da estrela", de Clarice Lispector. In: III Seminário
de Literatura Brasileira: Os nortes e os sertões literários do Brasil, 2009, Montes Claros - MG. ANAIS do III Seminário de Literatura Brasileira: Os nortes e os sertões literários do
Brasil. Montes Claros - MG: Editora Unimontes, 2009. p. 1-9.
42. Gonçalves, Marina Leite. ; OLIVA, O. P. . Machado por Hatoum: do texto à crítica - reescrituras do masculino. In: III Seminário de Literatura Brasileira: Os nortes e os sertões
literários do Brasil, 2009, Montes Claros - MG. ANAIS III Seminário de Literatura Brasileira: Os nortes e os sertões literários do Brasil. Montes Claros - MG: Editora Unimontes, 2009.
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43. OLIVA, O. P.. Senhoras e moças - viuvas machadianas entre o recato e o desejo. In: 5º Fórum de biotemas na educação básica: saberes transdisciplinares - veredas da vida,
2009, Montes Claros - MG. Anais do 5º Fórum de biotemas na educação básica: saberes transdisciplinares - veredas da vida. Montes Claros: Editora Unimontes, 2009. v. 3. p. 61-
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44. Gonçalves, Marina Leite. ; OLIVA, O. P. . ?OS ÓCULOS DE PEDRO ANTÃO?: CONFLUÊNCIAS NA POÉTICA DE POE E MACHADO DE ASSIS. In: Congresso Internacional Para
Sempre Poe, 2009, Belo Horizonte. Anais do Congresso Internacional Para Sempre Poe. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2009. p. 234-241.
45. OLIVA, O. P.. Rachel de Queiroz e o romance de 30: ressonâncias socialistas e feministas. In: II seminário internacional enfoques feministas e o século XXI: feminismo e
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Anais do II seminário internacional enfoques feministas e o século XXI: feminismo e universidade na América Latina; VI Encontro da rede brasileira de estudos e pesquisas
feministas - REDEFEM; II Encontro internacional política e feminismo. Belo Horizonte: Artenova, 2008. p. 1-21.
46.
OLIVA, O. P.. Orientalismo e romantismo: operadores conceituais e filosóficos para a criação literária em crônicas de "A Semana". In: I Seminário Machado de Assis: Novas
perspectivas sobre a obra e o autor, no centenário de sua morte, 2008, Rio de Janeiro. Anais doI Seminário Machado de Assis: Novas perspectivas sobre a obra e o autor, no
centenário de sua morte. Rio de Janeiro: Editora da UERJ/UFF/EFRJ, 2008. p. 1-12.
47. CAMPOS, A. S. L. ; OLIVA, O. P. . A paixão segundo o bruxo: Machado de Assis e as (co)memorações de semana santa. In: II Seminário de Literatura Brasileira MACHADO DE
ASSIS E AS SUAS MÚLTIPLAS VOZES: ECOS E, 2008, Montes Claros - MG. Anais do II Seminário de Literatura Brasileira MACHADO DE ASSIS E AS SUAS MÚLTIPLAS VOZES: ECOS
E. Montes Claros - MG: Editora da Unimontes, 2008. p. 1-11.
48. ALVES, J. H. ; OLIVA, O. P. . Entre a terra e o céu: a política na religião em Machado de Assis. In: II Seminário de Literatura Brasileira Machado de Assis e as suas múltiplas vozes:
ecos e Ressonâncias, 2008, Montes Claros - MG. Anais do II Seminário de Literatura Brasileira Machado de Assis e as suas múltiplas vozes: ecos e Ressonâncias. Montes Claros -
MG: Editora da Unimontes, 2008. p. 1-8.
49. OLIVA, O. P.. O corpo, a casa, a alma - Representações do masculino em D. Casmurro, de Machado de Assis. In: I Congresso de Letras Memória, Literatura e Linguagem, 2007,
Juiz de Fora. I Congresso de Letras do CES/Juiz de Fora - Memória, Literatura e Linguagem. Juiz de Fora: CES Juiz de Fora, 2007. p. 01-11.
50. OLIVA, O. P.. Arcade - Uma revista de sustentação da escrita feminina e o último tabu. In: VII Congresso Internacional da ABECAN, 2006, Gramado. Anais do VIII Congresso
Internacional da ABECAN ? Gramado ? Porto Alegre. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2005. p. 1-10.
51. OLIVA, O. P.. O que quer? O que pode essa língua?. In: 28º Festival Folclórico de Montes Claros, 2006, Montes Claros - MG. Cadernos de Agosto. Montes Claros - MG: Editora da
Professores Brasileiros de Literatura Portuguesa No Limite dos Sentidos. Niterói: EDUFF, 2005. p. 01-10.
53. OLIVA, O. P.. O outro, ele próprio - Amor e amizade em A Confissão de Lúcio. In: Congresso Internacional ABRALIC, 2004, Porto Alegre - RS. Anais do IX Congresso Internacional
Paraíba. Anais do X seminário nacional mulher e literatura e I seminário internacional mulher e literatura. João Pessoa - Paraíba: Editora da UFPA, 2004. v. 1. p. 1-10.
55. OLIVA, O. P.. O corpo masculino na ficção de Eça de Queirós. In: Seminário de Literaturas de Língua Portuguesa Portugal e África - Entre o riso e a melancolia - de Gil Vicente ao
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Niterói - RJ: Editora da UFF, 2004. v. 1. p. 1-12.
56. OLIVA, O. P.. A representação do masculino n'A Correspondência de Fradique Mendes. In: XVII Encontro de Professores Universitários Brasileiros de Literatura Portuguesa, 2001,
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ensino, XI seminário de pesquisa, V semana da extensão, IX seminário de iniciação científica, II semana de gestão, II encontro da UAB, 2010, Montes Claros. Anais do IV Fórum de
ensino.... Montes Claros - MG: Editora Unimontes, 2010. v. 1. p. 1-3.
2. MACHADO, D. S. ; OLIVA, O. P. . Rachel de Queiroz e os crimes de mulheres - Uma leitura de João Miguel. In: VIII Fórum de Ensino e IX Seminário de pesquisa e pós-graduação,
2008, Montes Claros - MG. Anais do 2º Fórum de Ensino - Universidade e Diversidade. Montes Claros - MG: Editora da Unimontes, 2008. p. 1-4.
3. OLIVEIRA, B. P. ; OLIVA, O. P. . A maternidade como fator estético na obra de Rachel de Queiroz. In: VIII Fórum de ensino, IX seminário de pesquisa e pós-graduação..., 2008,
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4. SARMENTO, A. L. ; OLIVA, O. P. . A expressão da crise do masculino em O arquipélago, de Érico Veríssimo. In: VIII Fórum de ensino, IX seminário de pesquisa e pós-graduação,
2008, Montes Claros - MG. Anais do VIII fórum de ensino e IX seminário de pesquisa e pós-graduação. Montes Claros - MG: Editora da Unimontes, 2008. p. 1-6.
5. OLIVA, O. P.. O imaginário de Minas Gerais nas crônicas de Machado de Assis. In: I Fórum de Ensino, Pesquisa e Extensão da Unimontes, 2007, Montes Claros - MG. I Fórum de
Ensino, Pesquisa e Extensão - Ciência, sociedade e educação. Montes Claros - MG: Unimontes, 2007.
Resumos publicados em anais de congressos
1. OLIVA, O. P.. As mulheres de Tijucopapo e a altissonante voz do feminino. In: II Seminário Literatura e Cultura - SENALIC, 2010, Aracaju - SE. Anais do II SENALIC. Aracaju:
sertões literários do Brasil, 2009, Montes Claros - MG. ANAIS do III Seminário de Literatura Brasileira: Os nortes e os sertões literários do Brasil. Montes Claros - MG: Dejan -
Gráfica e Editora, 2009. p. 15-15.
3. OLIVEIRA, B. P. ; OLIVA, O. P. . A maternidade como fator estético na obra de Rachel de Queiroz. In: III Seminário de Literatura Brasileira: Os nortes e os sertões literários do
Brasil, 2009, Montes Claros - MG. ANAIS do III Seminário de Literatura Brasileira: Os nortes e os sertões literários do Brasil. Montes Claros - MG: Dejan - Gráfica e Editora, 2009. p.
19-20.
4. ALVES, J. H. ; OLIVA, O. P. . O sertão também é Brasil: o olhar sobre Canudos sob o viés jornalístico de Machado de Assis. In: III Seminário de Literatura Brasileira: Os nortes e os
sertões literários do Brasil, 2009, Montes Claros - MG. ANAIS do III Seminário de Literatura Brasileira: Os nortes e os sertões literários do Brasil. Montes Claros - MG: Dejan -
Gráfica e Editora, 2009. p. 32-33.
5. VIEIRA, J. C. ; OLIVA, O. P. . Nascidos com maus antecedentes: leitura da representação dos imigrantes nordestinos em. In: III Seminário de Literatura Brasileira: Os nortes e os
sertões literários do Brasil, 2009, Montes Claros - MG. ANAIS do III Seminário de Literatura Brasileira: Os nortes e os sertões literários do Brasil. Montes Claros - MG: Dejan -
Gráfica e Editora, 2009. p. 35-35.
6. OLIVA, O. P.. Esse povo do deserto: os sertões de Minas Gerais nos relatos de viagem de Auguste de Saint-Hilaire, George Gardner, Richard Burton e Maurice Gaspar. In: III
Seminário de Literatura Brasileira: Os nortes e os sertões literários do Brasil, 2009, Montes Claros - MG. Anais do III Seminário de Literatura Brasileira: Os nortes e os sertões
literários do Brasil. Montes Claros - MG: Dejan-Gráfica e editora, 2009. p. 43-43.
7. OLIVA, O. P.. Alexandre Herculano de Machado de Assis. In: XXII Congresso Internacionaol da ABRAPLIP - Memória, trânsitos e convergências, 2009, Salvador - BA. Caderno de
resumos do XXII Congresso Internacionaol da ABRAPLIP - Memória, trânsitos e convergências. Salvador: Editora da UFBA, 2009. p. 234-234.
8. OLIVA, O. P.. A casa do pai - espaço e memória em "Aninhas", de Aquilino Ribeiro. In: II Simpósio mundial de estudos de língua portuguesa, 2009, Évora - Portugal. Anais do II
Simpósio mundial de estudos de língua portuguesa. Évora - Portugal: Universidade de Évora, 2009. v. 1. p. 521-521.
9. SANTOS, C. P. ; OLIVA, O. P. . Conceição - A consciência do feminino. In: IX Fórum de ensino, X Seminário de pesquisa e pós-graduação, VIII seminário de iniciação científica, III
Mostra científica de ensino médio, IV semana de extensão, 2009, Montes Claros - MG. Anais do IV Fórum de Ensino..., 2009. p. 1-1.
10. CAMPOS, A. S. L. ; OLIVA, O. P. . A Paixão segundo o bruxo: Machado de Assis e as (co)memorações de semana santa. In: II Seminário de Literatura Brasileira: Machado de Assis
e suas múltiplas vozes - ecos e ressonâncias, 2008, Montes Claros - MG. Caderno de resumos do II Seminário de Literatura Brasileira: Machado de Assis e suas múltiplas vozes -
ecos e ressonâncias. Montes Claros - MG: Editora da Unimontes, 2008. p. 16-16.
11. ANDRADE, J. H. ; OLIVA, O. P. . Entre a terra e o céu: a política na religião em Machado de Assis. In: II Seminário de Literatura Brasileira: Machado de Assis e suas múltiplas
vozes - ecos e ressonâncias, 2008, Montes Claros - MG. Caderno de resumos do II Seminário de Literatura Brasileira: Machado de Assis e suas múltiplas vozes - ecos e
ressonâncias. Montes Claros - MG: Editora da Unimontes - Universidade Estadual de Montes Claros, 2008. v. 1. p. 25-25.
12. OLIVA, O. P.. Metamorfoses dos narradores machadianos: Entre defuntos, burros e filósofos. In: II Seminário de Literatura Brasileira: Machado de Assis e suas múltiplas vozes -
ecos e ressonâncias, 2008, Montes Claros - MG. Caderno de resumos do II Seminário de Literatura Brasileira: Machado de Assis e suas múltiplas vozes - ecos e ressonâncias.
Montes Claros - MG: Editora da Unimontes - Universidade Estadual de Montes Claros, 2008. v. 1. p. 33-33.
13. OLIVA, O. P.. A Relíquia e as visões de Jerusalém. In: IX Semana de Letras: As letras e seu ensino, 2006, Mariana - MG. Caderno de Resumos da IX Semana de Letras: As Letras e
Claros - MG. Anais do VII Seminário de Pesquisa e V Seminário de Iniciação Científica. Montes Claros - MG: Editora Unimontes, 2006.
15. OLIVA, O. P.; ANDRADE, G. B. . Estrangeiros em Jerusalém - Uma leitura de A Relíquia. In: VII Seminário de Pesquisa e Pós-graduação e V Seminário de Iniciação Científica, 2006,
Montes Claros - MG. Anais do VII Seminário de Pesquisa e Pós-graduação e V Seminário de Iniciação Científica. Montes Claros - MG: Editora Unimontes, 2006.
16. OLIVA, O. P.. Crimes de Padres: Eça de Queirós e Aluísio Azevedo. In: XX Encontro de Professores Brasileiros de Literatura Portuguesa, 2005, Niterói. No Limite dos Sentidos -
Iniciação Científica, 2005, Montes Claros - MG. Anais do VI Seminário de Pós-graduação e IV Seminário de Iniciação Científica. Montes Claros: Editora Unimontes, 2005.
18. OLIVA, O. P.; BALEEIRO, J. G. . O fantástico em "O Mandarim", de Eça de Queirós. In: VI Seminário de Pesquisa e Pós-Graduação e IV Seminário de Iniciação Científica, 2005,
Montes Claros. Anais do VI Seminário de Pesquisa e Pós-Graduação e IV Seminário de Iniciação Científica. Montes Claros - MG: Editora Unimontes, 2005.
19. OLIVA, O. P.; BECKHAUSER, M. T. R. . A Ilustre Casa de Ramires e o Positivismo: Ressonâncias. In: VI Seminário de Pesquisa e Pós-Graduação e IV Seminário de Iniciação
Científica, 2005, Montes Claros - MG. Anais do VI Seminário de Pesquisa e Pós-Graduação e IV Seminário de Iniciação Científica. Montes Claros - MG: Editora Unimontes, 2005.
20. OLIVA, O. P.. Arcade - Uma revista de sustentação da escrita feminina e o último tabu. In: VII Congresso Internacional da ABECAN, 2005, Gramado. Anais do VII Congresso
Internacional da ABECAN - Brasil/Canadá: Visões, paisagens e perspectivas, do Ártico ao Antártico. Rio Grande do Sul: FURG, 2005. p. 188-188.
21.
OLIVA, O. P.. O outro, ele próprio: amor e amizade em "A confissão de Lúcio". In: IX Congresso Internacional ABRALIC - Travessias, 2004, Porto Alegre. Travessias - IX Congresso
Internacional ABRALIC, 2004. Porto Alegre: UFRGS, 2004. p. 288-289.
22. OLIVA, O. P.. Ora Esguardae - A escrita como um bordado. In: X Seminário nacional Mulher e Literatura, I Seminário Internacional Mulher e Literatura, 2004, João Pessoa.
Mulheres no Mundo: Etnia, Marginalidade e Diáspora - X Seminário nacional Mulher e Literatura, I Seminário Internacional Mulher e Literatura. João Pessoa: Idéia, 2004. p. 93-93.
23. OLIVA, O. P.. Eça e Machado e as representações do Oriente. In: V Seminário de Pesquisa e Pós-graduação, III Seminário de Iniciação Científica da Unimontes, 2004, Montes
Claros - MG. Anais do V Seminário de Pesquisa e Pós-graduação, III Seminário de Iniciação Científica da Unimontes. Montes Claros - MG: Editora Unimontes, 2004.
24. OLIVA, O. P.. A travessia da escrita: Helder Macedo, leitor de Machado de Assis. In: VIII Congresso Internacional ABRALIC - mediações, 2002, Belo Horizonte - MG. Mediações -
Territórios e redes - VIII Congresso Internacional ABRALIC, 2002. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2002. p. 336-336.
25. OLIVA, O. P.. O corpo masculino na ficção de Eça de Queirós. In: III Seminário de Literaturas de Língua Portuguesa: Portugal e África, 2002, Niterói. Entre o riso e a melancolia,
de Gil Vicente ao século XXI - III Seminário de Literaturas de Língua Portuguesa: Portugal e África. Niterói: Eduff, 2002. p. 32-32.
26. OLIVA, O. P.. O corpo masculino na ficção do século XIX. In: III Seminário de Pesquisa e Pós-graduação , I Seminário de Iniciação Científica da Unimontes, 2002, Montes Claros -
MG. Anais do III Seminário de Pesquisa e Pós-graduação , I Seminário de Iniciação Científica da Unimontes. Montes Claros- MG: Editora Unimontes, 2002. p. 79-80.
27. OLIVA, O. P.. O corpo e a voz - inscrições sobre o masculino em narrativas queirosianas. In: I Seminário de Pesquisa da Unimontes, 2001, Montes Claros. Unimontes Científica.
Seminário Nacional Mulher & Literatura. Belo Horizonte - MG: Editora da UFMG, 2001. p. 119-119.
30. OLIVA, O. P.. O corpo e a voz: inscrições sobre o masculino na obra queirosiana. In: I Seminário de Pesquisa e Pós-graduação, 2000, Montes Claros-MG. 1º Seminário de Pesquisa
Apresentações de Trabalho
1. SOUTO, C. A. ; OLIVA, O. P. . ESTÉTICA, MORAL E CONSCIÊNCIA EM A BOMBA DO CHICO SIMÃO, DE OSCAR VON PFUHL. 2016. (Apresentação de Trabalho/Comunicação).
2. OLIVA, O. P.. NOS LABIRINTOS DA CORRESPONDÊNCIA DE AUTRAN DOURADO ? INVENTÁRIO INICIAL. 2016. (Apresentação de Trabalho/Conferência ou palestra).
3. Antunes, C. ; OLIVA, O. P. . A VOZ NEGRA COMO FORMA DE RESISTÊNCIA. 2016. (Apresentação de Trabalho/Comunicação).
4. OLIVA, O. P.. Veredas em sombras: Riobaldo e a violência sexual contra mulheres. 2016. (Apresentação de Trabalho/Comunicação).
5. FIGUEIREDO, F. ; OLIVA, O. P. . ENTRE ROSAS E ESPINHOS: UM ESTUDO COMPARADO DAS OBRAS ÓPERA DOS MORTOS DE AUTRAN DOURADO E A ROSE FOR EMILY DE
7. PIMENTA, E. D. ; OLIVA, O. P. . Enxadrismo em Esaú e Jacó, de Machado de Assis. 2016. (Apresentação de Trabalho/Comunicação).
8. OLIVA, O. P.. Ironia e aforismos em A mão e a luva, de Machado de Assis. 2015. (Apresentação de Trabalho/Comunicação).
9. SOUTO, C. A. ; OLIVA, O. P. . ROMÃO E JULINHA, DE OSCAR VON PFUHL: ESTRUTURA E CONTEÚDO CRÍTICO E FORMADOR. 2015. (Apresentação de Trabalho/Comunicação).
10. SOARES, D. R. ; OLIVA, O. P. . O ENCARCERAMENTO DO DESEJO PEDOFÍLICO −UMA LEITURA DO CONTO MR. MOORE DE AUTRAN DOURADO. 2015. (Apresentação de
Trabalho/Comunicação).
11. FREITAS, L.A.P. ; OLIVA, O. P. . HOMOSSEXUALIDADE E DESTINO TRÁGICO EM ?O TRISTE RETRATO DE EMÍLIO AMORIM?, DE AUTRAN DOURADO. 2015. (Apresentação de
Trabalho/Comunicação).
12. SIMÕES, I.M. ; OLIVA, O. P. . FATOS JURÍDICOS PRESENTES NA OBRA MEMÓRIAS PÓSTUMAS DE BRÁS CUBAS. 2015. (Apresentação de Trabalho/Comunicação).
13. Antunes, C. ; OLIVA, O. P. . PONCIÁ VICÊNCIO: O NEGRO NA SOCIEDADE PÓS-ESCRAVOCRATA. 2015. (Apresentação de Trabalho/Comunicação).
14. OLIVA, O. P.. À procura da voz: edição e crítica da obra completa de José Ricardo Pires de Almeida. 2015. (Apresentação de Trabalho/Conferência ou palestra).
15. OLIVA, O. P.. A marginalidade ficcional de Lúcia Miguel Pereira e seu diálogo com Eça de Queirós. 2015. (Apresentação de Trabalho/Conferência ou palestra).
16. OLIVA, O. P.. Vozes femininas Em surdina, de Lúcia Miguel Pereira. 2015. (Apresentação de Trabalho/Conferência ou palestra).
17. FREITAS, L.A.P. ; OLIVA, O. P. . Virilidade e efeminação: oposições masculinas no conto autraniano. 2014. (Apresentação de Trabalho/Comunicação).
18. SILVA, P. L. ; OLIVA, O. P. . Da pureza à carnalidade: os desejos de Miss Algrave. 2014. (Apresentação de Trabalho/Comunicação).
19. SOUTO, C. A. ; OLIVA, O. P. . Tradução, moral e consciência em The Circus of Puppets, de Oscar Von Pfuhl. 2014. (Apresentação de Trabalho/Comunicação).
20. VIEIRA, L. R. ; OLIVA, O. P. . Diálogos com a tradição literária: a Medusa contemporânea de Guiomar de Grammont. 2014. (Apresentação de Trabalho/Comunicação).
21. FREITAS, L.A.P. ; OLIVA, O. P. . A FLAUTA E O FLAUTIN: UM ESTUDO SOBRE AS REPRESENTAÇÕES MASCULINAS NO CONTO ?VIOLETAS & CARACÓIS? DE AUTRAN DOURADO.
23. VIEIRA, L. R. ; OLIVA, O. P. . Literatura, erotismo e violência - a escrita transgressora de Guiomar de Grammont. 2014. (Apresentação de Trabalho/Comunicação).
24. OLIVA, O. P.. A fome da escrita: paratextos no Quarto de despejo, de Carolina Maria de Jesus. 2014. (Apresentação de Trabalho/Comunicação).
25. OLIVA, O. P.. Machado, Camilo e Eça - devaneios em torno do conto 'O diplomático', de Machado de Assis. 2014. (Apresentação de Trabalho/Comunicação).
26. SILVA, P. L. ; OLIVA, O. P. . Da pureza à carnalidade: os desejos de Miss Algrave. 2014. (Apresentação de Trabalho/Comunicação).
27. LOPES, Patrícia. ; OLIVA, O. P. . Sabor e dessabor: o martírio do corpo em Ruído de Passos e Mas vai chover, de Clarice Lispector. 2013. (Apresentação de Trabalho/Comunicação).
28. OLIVA, O. P.. Fúria de jagunços - dois episódios de danação no Grande sertão: veredas. 2013. (Apresentação de Trabalho/Conferência ou palestra).
29. SOARES, D. R. ; OLIVA, O. P. . O sentimento pedofílico em contos de Autran Dourado. 2013. (Apresentação de Trabalho/Comunicação).
30. LOPES, Patrícia. ; OLIVA, O. P. . DO SÉRIO AO FARSESCO: UMA LEITURA DO CONTO ?O CORPO? DE CLARICE LISPECTOR.. 2013. (Apresentação de Trabalho/Comunicação).
31. PEREIRA, Elizabeth Marli M. ; OLIVA, O. P. . Biela: o feio belo em Uma vida em segredo, de Autran Dourado. 2013. (Apresentação de Trabalho/Comunicação).
32. FREITAS, L.A.P. ; OLIVA, O. P. . A flauta e o flautin: um estudo sobre representações masculinas nos contos de Autran Dourado. 2013. (Apresentação de Trabalho/Comunicação).
33. VIEIRA, L. R. ; OLIVA, O. P. . Transgressão, violência e erotismo em Sudário, de Guiomar de Grammont. 2013. (Apresentação de Trabalho/Comunicação).
34. OLIVA, O. P.. Rachel de Queiroz e as contradições do feminino - entre a independência e a conformação. 2013. (Apresentação de Trabalho/Conferência ou palestra).
35. OLIVA, O. P.. Sombras do cristianismo em Sudário, de Guiomar de Grammont. 2013. (Apresentação de Trabalho/Comunicação).
36. SILVA, P. L. ; OLIVA, O. P. . A via crucis do corpo: caminhos percorridos pela crítica. 2013. (Apresentação de Trabalho/Comunicação).
38. PEREIRA, Elizabeth Marli M. ; OLIVA, O. P. . A melopoética em Uma vida em segredo, de Autran Dourado. 2013. (Apresentação de Trabalho/Comunicação).
39. OLIVEIRA, J. dos Santos. ; OLIVA, O. P. . A volubilidade do defunto autor: o movimento dos movimentos. 2012. (Apresentação de Trabalho/Comunicação).
40. SANTOS, Jéssica Tairine. ; OLIVA, O. P. . Relações de paternidade em Um cavalheiro de antigamente, de Autran Dourado. 2012. (Apresentação de Trabalho/Comunicação).
41. OLIVA, O. P.. Carta ao dr. Cincinato ou carta ao meu pai? Uma perspectiva psicanalítica em uma narrativa breve, de Autran Dourado. 2012. (Apresentação de Trabalho/Conferência
ou palestra).
42. OLIVA, O. P.. O ninho da serpente - Autran Dourado nos arquivos da biblioteca de João Luiz Lafetá. 2012. (Apresentação de Trabalho/Comunicação).
43. OLIVA, O. P.. Uma serpente nos jardins da USP - o caso da Revista Sibila. 2012. (Apresentação de Trabalho/Comunicação).
44. OLIVA, O. P.. Procedimentos carnavalizantes em A brasileira de Prazins.. 2012. (Apresentação de Trabalho/Comunicação).
45. OLIVA, O. P.. Crimes, armas e corações: o extraordinário em contos de Autran. 2012. (Apresentação de Trabalho/Comunicação).
46. OLIVA, O. P.. A cidade e as serras e a afinação do mundo. 2011. (Apresentação de Trabalho/Comunicação).
47. OLIVA, O. P.. Importância da internacionalização e múltipla titulação nos cursos de Pós-Graduação: Mestrado e Doutorado. 2011. (Apresentação de Trabalho/Comunicação).
48. OLIVA, O. P.. Dôra, Doralina - o eterno feminino ou um louvado para o amor. 2010. (Apresentação de Trabalho/Comunicação).
49. BRANT, Agnes Gomes. ; OLIVA, O. P. . Ópera dos mortos e a construção em abismos: uma análise das narrativas encaixantes. 2010. (Apresentação de Trabalho/Comunicação).
50. OLIVA, O. P.. Masculinidade e decadencia nas Minas de Autran Dourado. 2010. (Apresentação de Trabalho/Comunicação).
51. OLIVA, O. P.. A poética da rememoração em Modesto Carone. 2010. (Apresentação de Trabalho/Conferência ou palestra).
52. OLIVA, O. P.. Reinscrições do feminino: Capitu e Maria Eduarda, por Maria Velho da Costa. 2010. (Apresentação de Trabalho/Comunicação).
54. OLIVA, O. P.. As mulheres de Tijucopapo e a altissonante voz do feminino. 2010. (Apresentação de Trabalho/Comunicação).
55. RIBEIRO, Ana Gabriela G. ; OLIVA, O. P. . As mulheres de Duas Pontes: as representações do feminino em O risco do bordado, de Autran Dourado. 2010. (Apresentação de
Trabalho/Comunicação).
56. Gonçalves, Marina Leite. ; OLIVA, O. P. . Estácio: o esquema machadiano do homem cordial. 2010. (Apresentação de Trabalho/Comunicação).
57. OLIVA, O. P.. O escritor e o funcionário público - Autran Dourado na república letrada de Juscelino Kubitschek. 2010. (Apresentação de Trabalho/Comunicação).
58. PEREIRA, Elizabeth Marli M. ; OLIVA, O. P. . A poética do espaço em Ópera dos mortos. 2010. (Apresentação de Trabalho/Comunicação).
59. CARVALHO, M. C. G. ; OLIVA, O. P. . Um corpo sonoro em Bárbara no Inverno, de Milton Hatoum. 2010. (Apresentação de Trabalho/Comunicação).
60. OLIVA, O. P.. A escrita dilacerada - corpo e sexualidade em Sudário, de Guiomar de Grammont. 2010. (Apresentação de Trabalho/Comunicação).
61. CARVALHO, M. C. G. ; OLIVA, O. P. . Música e sonoridade em A cidade ilhada, de Miton Hatoum. 2010. (Apresentação de Trabalho/Comunicação).
62. Gonçalves, Marina Leite. ; OLIVA, O. P. . Machado por Hatoum: do texto à crítica ? reescrituras do masculino. 2009. (Apresentação de Trabalho/Comunicação).
63. OLIVEIRA, B. P. ; OLIVA, O. P. . A maternidade como fator estético na obra de Rachel de Queiroz. 2009. (Apresentação de Trabalho/Comunicação).
64. ANDRADE, J. H. ; OLIVA, O. P. . O sertão também é Brasil: O olhar sobre Canudos sob o viés jornalístico de Machado de Assis. 2009. (Apresentação de Trabalho/Comunicação).
65. VIEIRA, J. C. ; OLIVA, O. P. . Nascidos com maus antecedentes: Leitura da representação dos imigrantes nordestinos em A Hora da Estrela, de Clarice Lispector. 2009.
(Apresentação de Trabalho/Comunicação).
66. OLIVA, O. P.. A casa do pai - espaço e memória em "Aninhas", de Aquilino Ribeiro. 2009. (Apresentação de Trabalho/Comunicação).
67. Gonçalves, Marina Leite. ; OLIVA, O. P. . Os óculos de Pedro Antão: confluências na poética de Poe e Machado de Assis. 2009. (Apresentação de Trabalho/Congresso).
68. Gonçalves, Marina Leite. ; OLIVA, O. P. . Masculinidade e elite imperial brasileira: uma reinterpretação das obras Ressurreição, A mão e a luva, Helena e Iaiá Garcia. 2009.
(Apresentação de Trabalho/Comunicação).
69. VIEIRA, J. C. ; OLIVA, O. P. . Crime e libertação: um estudo de A maçã no escuro, de Clarice Lispector. 2009. (Apresentação de Trabalho/Comunicação).
70. OLIVA, O. P.. Alexandre Herculano de Machado de Assis. 2009. (Apresentação de Trabalho/Comunicação).
71. OLIVA, O. P.; SANTOS, C. P. . Conceição - a consciência do feminino. 2009. (Apresentação de Trabalho/Comunicação).
72. VIEIRA, J. C. ; OLIVA, O. P. . Nascidos com maus antecedentes: Leitura da representação dos imigrantes nordestinos em A Hora da Estrela, de Clarice Lispector. 2009.
(Apresentação de Trabalho/Comunicação).
73. CAMPOS, A. S. L. ; OLIVA, O. P. . O sertão é infinito: o olhar machadiano sobre as ?histórias sertanejas? de Coelho Neto. 2009. (Apresentação de Trabalho/Comunicação).
74. OLIVA, O. P.. Esse povo do deserto: os sertões de Minas Gerais nos relatos de viagem de Auguste de Saint-Hilaire, George Gardner, Richard Burton e Maurice Gaspar. 2009.
(Apresentação de Trabalho/Comunicação).
75. OLIVEIRA, B. P. ; OLIVA, O. P. . A maternidade como fator estético na obra de Rachel de Queiroz. 2008. (Apresentação de Trabalho/Comunicação).
76. MACHADO, D. S. ; OLIVA, O. P. . Rachel de Queiroz e os crimes de mulheres - uma leitura de João Miguel. 2008. (Apresentação de Trabalho/Comunicação).
77. SARMENTO, A. L. ; OLIVA, O. P. . A expressão da crise do masculino em O arquipélago, de Érico Veríssimo. 2008. (Apresentação de Trabalho/Comunicação).
78. OLIVA, O. P.. Crítica, poética e relações de gênero - uma releitura de memórias de um sargento de milícias. 2008. (Apresentação de Trabalho/Conferência ou palestra).
79. OLIVA, O. P.. Senhoras e moças - viúvas machadianas entre o recato e o desejo. 2008. (Apresentação de Trabalho/Conferência ou palestra).
80. OLIVA, O. P.. Machado de Assis e A Semana: a imigração chinesa sob as lentes de um bruxo. 2007. (Apresentação de Trabalho/Conferência ou palestra).
81. OLIVA, O. P.. O corpo, a casa, a alma - representações do masculino em D. Casmurro, de Machado de Assis.. 2007. (Apresentação de Trabalho/Conferência ou palestra).
82. OLIVA, O. P.. Minha dolorosa vida de menina - uma leitura do romance Maria Clara, de Nazinha Coutinho. 2007. (Apresentação de Trabalho/Conferência ou palestra).
83. OLIVA, O. P.. Tabu ou mito, sagrado ou profano - uma leitura do poema. 2007. (Apresentação de Trabalho/Conferência ou palestra).
84. OLIVA, O. P.. Princípio Educativo, Financiamento e Retorno Social. 2007. (Apresentação de Trabalho/Conferência ou palestra).
85. OLIVA, O. P.. O Imaginário de Minas Gerais nas crônicas de Machado de Assis. 2007. (Apresentação de Trabalho/Seminário).
86. OLIVA, O. P.. Machado de Assis, a República e a Revolta de Canudos. 2007. (Apresentação de Trabalho/Comunicação).
87. OLIVA, O. P.. A Literatura Oitocentista Montesclarense no Jornal Correio do Norte.. 2006. (Apresentação de Trabalho/Comunicação).
88. OLIVA, O. P.. Melancolia e Saudade: Machado de Assis na Biblioteca do Amanuense Belmiro. 2006. (Apresentação de Trabalho/Conferência ou palestra).
89. OLIVA, O. P.; ANDRADE, G. B. . Estrangeiros em Jerusalém - Uma leitura de A Relíquia. 2006. (Apresentação de Trabalho/Comunicação).
90. OLIVA, O. P.; OLIVEIRA, A. S. . A Relíquia: A duplicidade do "Eu" na escrita. 2006. (Apresentação de Trabalho/Comunicação).
91. OLIVA, O. P.. Eça e Machado e as reescritas do Gênesis. 2006. (Apresentação de Trabalho/Comunicação).
92. OLIVA, O. P.. Eça e Machado e a Escrita sobre o Oriente. 2006. (Apresentação de Trabalho/Conferência ou palestra).
9. OLIVA, O. P.. Jesus Cristo e Judas Iscariotes: o imaginário cristão na ficção de Geraldo Tito Silveira.
Belo Horizonte, 2008. (Prefácio, Pósfacio/Prefácio)>.
10. OLIVA, O. P.. Crítica, poética e relações de gênero - uma releitura de Memórias de um sargente de milícias.
São Paulo, 2008. (Prefácio, Pósfacio/Apresentação)>.
12. OLIVA, O. P.. Novos sopros de vida - pulsações de uma autora mirabelense.
Montes Claros - MG, 2007. (Prefácio, Pósfacio/Prefácio)>.
15. OLIVA, O. P.. Membro do Conselho Editorial da Revista "Unimontes Científica", v. 1, n.1..
Montes Claros -MG:
Editora Unimontes, 2001 (Conselho Editorial de Revista).
16. OLIVA, O. P.. Membro do Conselho Editorial da revista "Unimontes Científica" n. 2. v.2..
Montes Claros - MG:
Editora da Unimontes, 2001 (Membro de conselho editorial de
revista).
17. OLIVA, O. P.. Membro do Conselho Editorial da Revista "Vínculo" n. 1. v.1.
Montes Claros - MG:
Editora da Unimontes, 2000 (Membro do Conselho Editorial da Revista "Vínculo").
18. OLIVA, O. P.; ORG., O. P. O. . Apresentação da Vínculo - Revista de Letras da Unimontes, v.1. n.1.
Montes Claros -MG, 2000. (Prefácio, Pósfacio/Apresentação)>.
19. OLIVA, O. P.. Prefácio da obra "Mirabela em busca de suas raízes", de Gregório Helvécio Mendes, 1997. (Prefácio, Pósfacio/Prefácio)>.
Produção técnica
Assessoria e consultoria
1. OLIVA, O. P.. Parecerista das edições 13 e 14 da Revista Ártemis. 2012.
Trabalhos técnicos
1. OLIVA, O. P.. parecerista ad hoc para a Revista Miguilim, v.6, n2,2017. 2017.
3. OLIVA, O. P.. Parecer ad hoc sobre livro em avaliação pela Editora UFBA. 2016.
4. OLIVA, O. P.. Parecer sobre projetos de pesquisa de professores do Departamento de Comunicação e Letras. 2016.
7. OLIVA, O. P.. Parecer sobre projetos de pesquisa de professores do Departamento de Comunicação e Letras. 2015.
8. OLIVA, O. P.; REBELO, I. F. ; SILVA, A. V. N. . Seleção de candidatos ao mestrado em Literatura Brasileira da Unimontes. 2014.
9. OLIVA, O. P.. Parecer sobre projetos de pesquisa de professores do Departamento de Comunicação e Letras. 2014.
10. OLIVA, O. P.. Parecer sobre o projeto de mestrado Mulher ao cair da tarde - o envelhecimento feminino em Adélia Prado. 2013.
11. OLIVA, O. P.. Parecer sobre projetos de pesquisa de professores do Departamento de Comunicação e Letras. 2013.
12. OLIVA, O. P.. Parecer sobre o projeto de mestrado 'Mulher ao cair da tarde - o envelhecimento feminino em Adélia Prado', de Elia das Graças Martins Barbosa. 2013.
13. OLIVA, O. P.. Parecer sobre o projeto definitivo de mestrado 'Estudo do realismo social no romance Maria Dusá, de Lindolfo Rocha', de Júnia Tanúsia Antunes Meira. 2013.
14. OLIVA, O. P.. Parecer sobre o projeto definitivo de mestrado 'No reino das incompreensões - figurações da inadequação do homem contemporâneo nos contos de Luiz Vilela', de
16. OLIVA, O. P.. Parecerista sobre o projeto de mestrado 'A representação feminina em Tempo das frutas, de Nélida Pinõn'.. 2012.
17. OLIVA, O. P.. Parecer sobre o projeto 'Representação da mulher escritora em Vésperas, de Adriana Lunardi.. 2012.
18. OLIVA, O. P.. Parecer sobre o projeto de mestrado 'O guarani de Alencar: do texto clássico para os quadrinhos - tradição e mídia'. 2012.
19. OLIVA, O. P.. Parecer sobre projeto de pesquisa de mestrado de Maria Zeneide de Macedo Melo Jorge. 2011.
20. OLIVA, O. P.. Parecer sobre projeto de pesquisa de mestrado de Ariane Laura de Souza Galdino. 2011.
21. OLIVA, O. P.. Programa de pós-graduação stricto sensu em Letras/Estudos Literários. 2008.
22. OLIVA, O. P.. Revisão Lingüística da Revista Unimontes Científica V.5. n.1. 2003.
3. OLIVA, O. P.. Correção linguística de provas de redação do processo seletivo 2/2010 (vestibular) da Unimontes.. 2010.
(Correção de redação).
4. OLIVA, O. P.. Correção linguística de provas de redação do concurso público da prefeitura de Montes Claros. 2010.
(Correção de redação).
5. OLIVA, O. P.. Revisão de língua portuguesa do Banco Nacional de Itens do ENADE. 2010.
(Revisão de língua portuguesa).
6. OLIVA, O. P.. Revisor de língua portuguesa da Universidade Aberta do Brasil - UAB - Unimontes. 2009.
(Revisão de língua portuguesa).
7. OLIVA, O. P.. Correção linguística de provas de redação do concurso público para provimentos de cargos efetivos do município de Montes Claros. 2009.
(Correção de redação).
8. OLIVA, O. P.. Correção linguística de provas de redação do processo seletivo 1/2008 (vestibular) da Unimontes.. 2008.
(Correção de redação).
9. OLIVA, O. P.. Literatura e História: Interseções. 2007. (Curso de curta duração ministrado/Extensão).
10. OLIVA, O. P.. Oficina Brincando com a poesia. 2007. (Curso de curta duração ministrado/Extensão).
11. OLIVA, O. P.; OLIVEIRA, I. V. ; SOUTO, M. G. F. . Escritas do Corpo, da Terra e do Imaginário. 2003. (Editoração/Livro).
Produção artística/cultural
Artes Visuais
1. OLIVA, OSMAR PEREIRA. Três Alephs para Jorge Luis Borges. 2018. Fotografia.
2. OLIVA, OSMAR PEREIRA. Tudo no mundo existe para terminar. 2018. Fotografia.
4. OLIVA, OSMAR PEREIRA. Configurações da personagem na narrativa ficcional para crianças e jovens. 2018. Fotografia.
Demais trabalhos
1. OLIVA, O. P.. Correção das provas discursivas de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira do processo seletivo 2/2007 da Unimontes.. 2007 (Correção de Provas Discursivas de
6. OLIVA, O. P.. Elaboração de Provas para o Processo Seletivo da UNIMONTES. 2003 (Elaboração de Provas para o Processo Seletivo da UNIMONTES) .
7. OLIVA, O. P.. Elaboração de provas do Programa de Avaliação Seriada para Acesso ao Ensino Superior da Unimontes. 2002 (Elaboração de Provas de Língua Portuguesa e
Brasileira) .
9. OLIVA, O. P.. Elaboração de Provas para o Processo Seletivo da UNIMONTES. 2002 (Elaboração de Provas para o Processo Seletivo da UNIMONTES) .
10. OLIVA, O. P.. Correção de Provas Discursivas de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira. 2002 (Correção de Provas Discursivas de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira) .
11. OLIVA, O. P.. Elaboração de Provas de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira para o vestibular da UNIMONTES. 2001 (Elaboração de Provas de Língua Portuguesa e Literatura
Brasileira) .
12. OLIVA, O. P.. Correção de Provas Discursivas de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira do vestibular da UNIMONTES. 2001 (Correção de Provas Discursivas de Língua
16. OLIVA, O. P.. Correção de Provas Discursivas de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira do vestibular da UNIMONTES. 2000 (Correção de Provas Discursivas de Língua
20. OLIVA, O. P.. Correção de Provas Discursivas de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira do vestibular da UNIMONTES. 1999 (Correção de Provas Discursivas de Língua
UNIMONTES) .
23. OLIVA, O. P.. Correção de Provas Discursivas de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira do Vestibular da UNIMONTES. 1998 (Correção de Provas Discursivas de Língua
26. OLIVA, O. P.. Correção de Provas Discursivas de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira do Vestibular da UNIMONTES. 1997 (Correção de Provas Discursivas de Língua
Bancas
Mestrado
1. OLIVA, O. P.; CAMPOS, A. S. L.; DIONISIO, R. C. S.. Participação em banca de Luciana Toletino Prates. A CIDADE-CAPITAL: MEMÓRIA E FICÇÃO EM CIDADE LIVRE, DE JOÃO
ALMINO. 2021. Dissertação (Mestrado em Letras/Estudos Literários) - Universidade Estadual de Montes Claros.
2. OLIVA, O. P.; NASCIMENTO, L.; MIRANDA, W. M.. Participação em banca de Breno Fonseca Rodrigues. A tabela periódica, de Primo Levi: um escritor entre dois ofícios. 2020.
metáforas da sociedade gaúcha da década de 1930. 2020. Dissertação (Mestrado em Letras/Estudos Literários) - Universidade Estadual de Montes Claros.
4. OLIVA, O. P.; NASCIMENTO, L.; MAIA, C. C.. Participação em banca de Maria Sílvia Duarte Guimarães. Tecer o visível e entretecer o invisível: As cidades invisíveis, de Ítalo
Calvino, e Como me contaram, de Maria José de Queiroz. 2019. Dissertação (Mestrado em Letras) - Universidade Federal de Minas Gerais.
5. OLIVA, O. P.; CAMPOS, A. S. L.; DIONISIO, R. C. S.. Participação em banca de Daniela de Azevedo. Aspectos da tradução em língua inglesa de Uma vida em segredo. 2019.
de Graça Aranha. 2019. Dissertação (Mestrado em Letras/Estudos Literários) - Universidade Estadual de Montes Claros.
8. OLIVA, O. P.; REBELO, I. F.; SILVA, E. B.. Participação em banca de Leonardo Tadeu Nogueira Palhares. Sangue, alegoria e estética na escrita de Luiz Canabrava (Uma leitura de
Sangue de Rosaura). 2018. Dissertação (Mestrado em Letras/Estudos Literários) - Universidade Estadual de Montes Claros.
9. OLIVA, O. P.; REBELO, I. F.; SOUZA, E. M.. Participação em banca de Fernanda Mendes Oliveira Figueiredo. Casas e rosas - metáforas da (re)criação literária em Ópera dos
mortos, de Autran Dourado, e A rose for Emile, de William Faulkner. 2018. Dissertação (Mestrado em Mestrado em Letras/Estudos Literários) - Universidade Estadual de Montes
Claros.
10. OLIVA, O. P.; DUARTE, C. L.; SILVA, T. B.. Participação em banca de Cristiane Rodrigues Antunes da Silva. Violência contra a mulher negra: uma leitura de insubmissas lágrimas
de mulheres. 2017. Dissertação (Mestrado em Letras/Estudos Literários) - Universidade Estadual de Montes Claros.
11. OLIVA, O. P.; ALMEIDA, E. A. R. L.; PANDOLFI, M. A.. Participação em banca de Silvana Mendes Cordeiro. Dimensões quixotescas na narrativa. 2017. Dissertação (Mestrado em
"O sistema do doutor Alcatrão e professor pena", de Edgar Allan Poe. 2017. Dissertação (Mestrado em Letras/Estudos Literários) - Universidade Estadual de Montes Claros.
13. OLIVA, O. P.; ALMEIDA, E. A. R. L.; PANDOLFI, M. A.. Participação em banca de Ianny Lima Maia. Representações de ciganas em Cervantes, Mérimée e Machado. 2016.
Carone em Resumo de Ana. 2016. Dissertação (Mestrado em Mestrado em Letras/Estudos Literários) - Universidade Estadual de Montes Claros.
15. OLIVA, O. P.; ALEXANDRE, M. A.; REBELO, I. F.. Participação em banca de Cláudia de Andrade Souto. A fábula na dramaturgia de Oscar Von Pfhul: um estudo da estética, da
moral e da consciência em sua poética. 2016. Dissertação (Mestrado em Mestrado em Letras/Estudos Literários) - Universidade Estadual de Montes Claros.
16. OLIVA, O. P.; OLIVEIRA, A. P.; SILVA, R. G.. Participação em banca de Érika Pereira Soares. O subir Bahia e descer Floresta - A rua da Bahia como espaço para construção das
memórias de Pedro Nava e de Carlos Drummond de Andrade. 2016. Dissertação (Mestrado em Letras/Estudos Literários) - Universidade Estadual de Montes Claros.
17. ALMEIDA, E. A. R. L.; OLIVA, O. P.; SILVA, T. B.. Participação em banca de Silvana Mendes Cordeiro. Dimensões quixotescas nas narrativas O alienista e Pílades e Orestes, de
Machado de Assis. 2016. Dissertação (Mestrado em Letras/Estudos Literários) - Universidade Estadual de Montes Claros.
18. OLIVA, O. P.; SILVA, T. B.; MAIA, Cláudia de J.. Participação em banca de Shantynett Souza Ferreira Magalhães Alves. Polifonia, gênero e violência em A dança dos cabelos, de
Carlos Herculano Lopes. 2016. Dissertação (Mestrado em Letras/Estudos Literários) - Universidade Estadual de Montes Claros.
19. OLIVA, O. P.; SOUTO, M. G. F.; FRÓES, Marli S.. Participação em banca de Noêmia Coutinho Pereira Lopes. Perspectivas estéticas em O filho do pescador, de Teixeira e Souza.
Fagundes Telles. 2014. Dissertação (Mestrado em Letras/Estudos Literários) - Universidade Estadual de Montes Claros.
22. OLIVA, O. P.; DIONISIO, R. C. S.; SOUZA, E. M.; ALMEIDA, E. A. R. L.; GANDRA, Jane A.. Participação em banca de Elizabeth Marly Martins Pereira. Um presente de Morfeu? A
insólita gênese de Uma vida em segredo. 2014. Dissertação (Mestrado em Letras/Estudos Literários) - Universidade Estadual de Montes Claros.
23. OLIVA, O. P.; GANDRA, Jane A.; SOUTO, M. G. F.. Participação em banca de Josélia Santos Oliveira. A (des)construção do defunto estrambótico de Machado: da narração ao
voice-over. 2013. Dissertação (Mestrado em Letras/Estudos Literários) - Universidade Estadual de Montes Claros.
24. OLIVA, O. P.; ALMEIDA, E. A. R. L.; SCHWANTES, C. C. M.. Participação em banca de Sandra Renata Fonseca Mota. Figurações do feminino em Fuga em espelhos, de Guiomar de
Grammont. 2013. Dissertação (Mestrado em Letras/Estudos Literários) - Universidade Estadual de Montes Claros.
25. SOUTO, M. G. F.; OLIVA, O. P.; PINTO, J.C.M.. Participação em banca de Ariane Laura de Souza Galdino. O guarani de Alencar: do texto clássico aos quadrinhos: tradição e mídia.
Lunardi. 2013. Dissertação (Mestrado em Letras/Estudos Literários) - Universidade Estadual de Montes Claros.
27. OLIVA, O. P.; OLIVEIRA, I. V.; LIMA, M. de F.. Participação em banca de Jacqueline Beatriz Teixeira Barbosa. Gilberto Mendonça Teles: poesia e escrita de si. 2013. Dissertação
povo e A hora vagabunda. 2012. Dissertação (Mestrado em Letras/Estudos Literários) - Universidade Estadual de Montes Claros.
29. OLIVA, O. P.; DUARTE, C. L.; MAIA, Cláudia de J.. Participação em banca de Ana Gabriela Gonçalves Ribeiro. Mulheres de Duas Pontes: representações do feminino na gênese de
O risco do bordado, de Autran Dourado. 2012. Dissertação (Mestrado em Letras/Estudos Literários) - Universidade Estadual de Montes Claros.
30. SOUTO, M. G. F.; OLIVA, O. P.. Participação em banca de Daiane Silva de Andrade. Banca de qualificação de mestrado "A hipertextualidade em O cheiro de Deus, de Roberto
Drummond". 2012. Dissertação (Mestrado em Letras/Estudos Literários) - Universidade Estadual de Montes Claros.
31. OLIVA, O. P.; SOUTO, M. G. F.; SILVA, E. B.. Participação em banca de Daiane Silva Andrade. A hipertextualidade em O cheiro de Deus, de Roberto Drummond. 2012. Dissertação
mão e a luva, Helena e Iaiá Garcia. 2011. Dissertação (Mestrado em Letras/Estudos Literários) - Universidade Estadual de Montes Claros.
34. OLIVA, O. P.; SERELLE, Márcio de V.; MAIA, Cláudia de J.. Participação em banca de Jucilene de Lourdes Vieira. Metamorfoses, metalinguagem e representações femininas em
contos de Murilo Rubião. 2011. Dissertação (Mestrado em Letras/Estudos Literários) - Universidade Estadual de Montes Claros.
35. OLIVA, O. P.; DUARTE, C. L.; SILVA, Marcelino Rodrigues.. Participação em banca de Isnar Pereira da Fonseca Filho. Belo Horizonte Bem Querer: Versos sinfônicos com ásperas
simulação, imginário. 2011. Dissertação (Mestrado em Letras) - Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.
37. OLIVA, O. P.; JEHA, Júlio C.; SOUTO, M. G. F.. Participação em banca de Júlio César Vieira. Crime e libertação - Um estudo de A Maçã no Escuro, de Clarice Lispector. 2011.
Emílio Moura. 2011. Dissertação (Mestrado em Letras/Estudos Literários) - Universidade Estadual de Montes Claros.
39. OLIVEIRA, A. P.; PEIXOTO, S. A.; OLIVA, O. P.. Participação em banca de Hamilton Carlos Souto. Banca de Qualificação: Para além do Simbolismo - Um estudo da poética de Cruz
e Sousa. 2011. Dissertação (Mestrado em Letras/Estudos Literários) - Universidade Estadual de Montes Claros.
40. OLIVA, O. P.; ALMEIDA, E. A. R. L.; SOUTO, M. G. F.. Participação em banca de Vanessa Leite Barreto. Banca de qualificação de mestrado: Poéticas hipertextuais: redes de sentido
da tradição e da memória em A rosa do povo e A hora vagabunda. 2011. Dissertação (Mestrado em Letras/Estudos Literários) - Universidade Estadual de Montes Claros.
41. OLIVA, O. P.; OLIVEIRA, E. L.; SILVA, T. B.. Participação em banca de Maria Cecília Gonçalves de Carvalho. Banca de qualificação de mestrado: Música e sonoridade em A cidade
ilhada, de Miltom Hatoum. 2011. Dissertação (Mestrado em Letras/Estudos Literários) - Universidade Estadual de Montes Claros.
42. OLIVA, O. P.; DIONISIO, R. C. S.; MAIA, Cláudia de J.. Participação em banca de Ana Gabriela Gonçalves Ribeiro. Banca de qualificação de mestrado: "Mulheres de Duas Pontes -
representações do feminino e gênese de O risco do bordado, de Autran Dourado". 2011. Dissertação (Mestrado em Letras/Estudos Literários) - Universidade Estadual de Montes
Claros.
43. OLIVA, O. P.; CAMARGO, F. F.; OLIVEIRA, I. V.. Participação em banca de Marina Leite Gonçalves. Banca de qualificação de mestrado. 2010. Dissertação (Mestrado em
a ironia como política de releitura em O Presidente Negro". 2010. Dissertação (Mestrado em Mestrado em Letras/Estudos Literários) - Universidade Estadual de Montes Claros.
45. OLIVA, O. P.; CAMARGO, F. F.; Caleiro, Regina Célia Lima.. Participação em banca de Jônatas Gonçalves Rêgo. Banca de qualificação de mestrado. 2010. Dissertação (Mestrado em
Memórias de um Sargento de Milícias. 2007. Dissertação (Mestrado em Letras) - Universidade Federal de Minas Gerais.
49. OLIVA, O. P.; OLIVEIRA, P. F. M.; GARMES, H.. Participação em banca de Jane Adriane Gandra Veloso. A (de)formação da imagem: Pinheiro Chagas refletido pelo monóculo de Eça
de Queirós. 2007. Dissertação (Mestrado em Letras (Est.Comp. de Liter. de Língua Portuguesa)) - Universidade de São Paulo.
50. OLIVA, O. P.; OLIVEIRA, P. F. M.; GARMES, H.. Participação em banca de Geraldo da Aparecida Ferreira. Memórias Póstumas de Brás Cubas e Coração, Cabeça e Estômago -
Machado de Assis e Camilo Castelo Branco: Leitores e críticos do Romantismo (membro suplente). 2007. Dissertação (Mestrado em Letras (Teoria Literária e Literatura Comparada))
- Universidade de São Paulo.
51. OLIVA, O. P.; GARMES, H.; OLIVEIRA, P. F. M.. Participação em banca de Geraldo da Aparecida Ferreira. Memórias Póstumas de Brás Cubas e Coração, Cabeça e Estômago -
Machado de Assis e Camilo Castelo Branco: Leitores e críticos do Romantismo (Membro efetivo da Banca de Qualificação). 2006. Dissertação (Mestrado em Letras (Teoria Literária e
Literatura Comparada)) - Universidade de São Paulo.
52. DAU, S.; OLIVA, O. P.; NASCIMENTO, S. F.. Participação em banca de Dinamor Chicarelli do Nascimento. A poesia na sala de aula: instrumento pedagógico, fruição ou tentativa de
apreensão da realidade? Um olhar sobre a criança. 2006. Dissertação (Mestrado em Educação e Sociedade) - Universidade Presidente Antônio Carlos.
53. OLIVA, O. P.; DOMINGUES, T. C. A.; NOGUEIRA, N. H. A.. Participação em banca de Almir Rodrigo Bissiatti. Vinícius de Moraes e a lírica da sedução. 2006. Dissertação (Mestrado
Ana, de Modesto Carone. 2005. Dissertação (Mestrado em Mestrado em Estudos Literários) - faculdade de letras da ufmg.
Teses de doutorado
1. OLIVA, O. P.; CUNHA, B. R. R.; NASCIMENTO, L.; GOMES, C. M.; PEREIRA, K. M. A.; SYLVESTRE, F. A.. Participação em banca de Patrícia Lopes da Silva. Exílio e deslocamento
feminino: a literatura nômade de Elisa Lispector. 2020. Tese (Doutorado em Letras) - Universidade Federal de Uberlândia.
2. OLIVA, O. P.; WALTY, I. L.C.; SOUZA, E. M.; GUIMARAES, R. B. J.; MAFRA, J. J.. Participação em banca de Bruno Henrique Muniz Souza. O legado de nossa miséria: o sinuoso
realismo de Machado de Assis. 2019. Tese (Doutorado em Letras) - Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.
3. OLIVA, O. P.; NASCIMENTO, L. S.; MIRANDA, W. M.; MAIA, C. C.; JEHA, Júlio C.. Participação em banca de Ivana Teixeira Figueiredo Gund. À mesa com escritores canibais:
devoração e literatura. 2018. Tese (Doutorado em Letras: estudos literários) - Universidade Federal de Minas Gerais.
4. DUARTE, E. A.; GOULART, A. T.; WALTY, I. L.C.; GUIMARAES, R. B. J.; OLIVA, O. P.. Participação em banca de Elizângela Aparecida Lopes Fialho. A prosa moderna de Machado de
Assis: Memóris Póstumas de Brás Cubas e Papéis Avulsos. 2017. Tese (Doutorado em Letras) - Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.
5. OLIVA, O. P.; FERREIRA, R. S. S.; OLIVEIRA, M. V. F.; SILVA, Anderson Pires da.; DEFILIPPO, J. G.. Participação em banca de Marina Leite Gonçalves. Ler Machado/Acessar
Machado: Reinvenção do clássico machadiano no ciberespaço. 2017. Tese (Doutorado em Letras: Estudos Literários) - Universidade Federal de Juiz de Fora.
6. DUARTE, C. L.; NASCIMENTO, L. S.; ALEXANDRE, M. A.; BARROCA, I. C. S.; OLIVA, O. P.. Participação em banca de Laile Ribeiro de Abreu. Representações da mulher na obra de
Rachel de Queiroz. 2016. Tese (Doutorado em Estudos Literários) - Universidade Federal de Minas Gerais.
7. OLIVA, O. P.; MORAIS, Márcia M.; MENEZES, A. B.; GUIMARAES, R. B. J.; LOBO, S. M. P. E. S.. Participação em banca de Alexsandra Loyola Sarmento. O purgatório d'A Divina
Comédia vertido em Leite Derramado. Tradição, mito e ironia no romance de Chico Buarque. 2015. Tese (Doutorado em Programa de Pós-graduação em Letras e Linguística) -
Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.
8. OLIVA, O. P.; OLIVEIRA, L. T. S. E.; MULLER JUNIOR, A.; MANCINI, R. C.; GOMES, R. S.. Participação em banca de Andréa Cristina Martins Pereira. A princesa e o rei - um estudo
sobre a construção do sentido em. 2014. Tese (Doutorado em ESTUDOS DE LINGUAGEM) - Universidade Federal Fluminense.
9. MARQUES, R. M.; COELHO, H. R.; SAID, Roberto Alexandre do Carmo.; OLIVEIRA, I. V.; MENEZES, Roniere Silva.; SOUZA, E. M.; OLIVA, O. P.. Participação em banca de Geraldo
da Aparecida Ferreira. Entre a memória e a autobiografia: narrativas de Cyro dos Anjos e de Darcy Ribeiro. 2013. Tese (Doutorado em Letras: estudos literários) - Universidade
Federal de Minas Gerais.
10. OLIVA, O. P.; MARQUES, R. M.; COELHO, H. R.; SAID, Roberto Alexandre do Carmo.; OLIVEIRA, I. V.; MENEZES, Roniere Silva.; SOUZA, E. M.. Participação em banca de Geraldo
da Aparecida Ferreira. Entre a memória e a autobiografia: narrativas de Cyro dos Anjos e de Darcy Ribeiro. 2013. Tese (Doutorado em Letras: estudos literários) - Universidade
Federal de Minas Gerais.
11. DUARTE, C. L.; MARQUES, R. M.; MENEZES, Roniere Silva.; MORAES, Marcos Antônio de.; SAID, Roberto Alexandre do Carmo.; OLIVA, O. P.; SILVA, Marcelino Rodrigues..
Participação em banca de Kellen Benfenatti Paiva. Nos bastidores do arquivo literário: Henriqueta Lisboa entre versos e cartas. 2012. Tese (Doutorado em Letras: estudos literários)
- Universidade Federal de Minas Gerais.
12. GARMES, H.; MARTINS, E. V.; CARDOSO, P. S.; OLIVEIRA, P. F. M.; OLIVA, O. P.. Participação em banca de Jane Adriane Gandra. Pinheiro Chagas: um escritor olvidado. 2012.
Tese (Doutorado em Letras (Est.Comp. de Liter. de Língua Portuguesa)) - Universidade de São Paulo.
13. PEREIRA, Edimilson de Almeida; FARIA, A. G.; MIRANDA, Camilla do Valle.; FURTADO, F. F. F.; SILVA, Anderson Pires da.; OLIVA, O. P.. Participação em banca de Marcos Vinícius
Ferreira de Oliveira. membro suplente da banca de doutorado A ruína e a máscara: as contradições de uma modernização conservadora em Inferno Provisório, de Luiz Ruffato.
2011. Tese (Doutorado em Letras: Estudos Literários) - Universidade Federal de Juiz de Fora.
14. OLIVA, O. P.; HAZIN, Elizabeth; ARAÚJO, Adriana de Fátima Barbosa; SANTOS, Cássia dos.; CORRÊA, Ana Laura dos Reis.. Participação em banca de Edwirgens Aparecida Ribeiro
Lopes de Almeida. Reiventando a realidade - estratégias de composição da ficção de Lúcia Miguel Pereira. 2010. Tese (Doutorado em Literatura) - Universidade de Brasília.
15. DUARTE, C. L.; SOUZA, L. F. M.; ALVES, I. D.; PEIXOTO, S. A.; SOUZA, E. M.; NASCIMENTO, L. S.; OLIVA, O. P.. Participação em banca de Alcilene Cavalcante de Oliveira. Um
escritora na periferia do Império: vida e obra de Emília Freitas (suplente). 2007. Tese (Doutorado em letras) - Universidade Federal de Minas Gerais.
16. OLIVA, O. P.; DUARTE, E. A.; NOVA, V. L. C. C.; LEAL, B. S.; BEZERRA, K. C.; SOUZA JUNIOR, J. L. F.; COELHO, H. R.. Participação em banca de Luiz Fernando Lima Braga Júnior.
Caio Fernando Abreu: narrativa e homoerotismo (suplente). 2006. Tese (Doutorado em Letras) - Universidade Federal de Minas Gerais.
Qualificações de Doutorado
1. OLIVA, O. P.; SOUZA, E. M.; WALTY, I. L.C.. Participação em banca de Bruno Henrique Muniz Souza. O legado da nossa miséria: o sinuoso realismo de Machado de Assis. 2018.
Exame de qualificação (Doutorando em Curso de Literaturas de Língua Portuguesa) - Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.
2. OLIVA, O. P.; DUARTE, C. L.; ALEXANDRE, M. A.. Participação em banca de Laile Ribeiro de Abreu. Representação da donzela guerreira na obra de Rachel de Queiroz. 2015.
Exame de qualificação (Doutorando em Letras: estudos literários) - Universidade Federal de Minas Gerais.
3. OLIVA, O. P.; JOBIM, J. L.; GINZBURG, J.. Participação em banca de Odion Rosa Corrêa. Estudo comparativo dos romances "Galantes memórias e admiráveis aventuras do
virtuoso conselheiro Gomes, o Chalaça", e "Memórias Póstumas de Brás Cubas". 2007. Exame de qualificação (Doutorando em Letras) - Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
Qualificações de Mestrado
1. OLIVA, O. P.; DIONISIO, R. C. S.; SILVA, A. V. N.. Participação em banca de Luciana Toletino Prates. A CIDADE-CAPITAL: MEMÓRIA E FICÇÃO EM CIDADE LIVRE, DE JOÃO
ALMINO. 2021. Exame de qualificação (Mestrando em Letras/Estudos Literários) - Universidade Estadual de Montes Claros.
2. OLIVA, O. P.; DIONISIO, R. C. S.; OLIVEIRA, G. V.. Participação em banca de Amanda Christine Oliveira Nascimento. DIÁLOGO COM O CÂNONE NA FICÇÃO DE AUGUSTA FARO:
LINHAS DE FORÇA NA PRODUÇÃO LITERÁRIA CONTEMPORÂNEA FEMININA. 2021. Exame de qualificação (Mestrando em Letras/Estudos Literários) - Universidade Estadual de
Montes Claros.
3. OLIVA, O. P.; REBELLO, IVANA FERRANTE; ALMEIDA, E. A. R. L.. Participação em banca de Gerusa Alves dos Santos Dias. MULHERES AO ESPELHO: AS MÚLTIPLAS FACES DO
FEMININO EM DUAS IRMÃS, DE MARIA BENEDITA CÂMARA BORMANN. 2021. Exame de qualificação (Mestrando em Letras/Estudos Literários) - Universidade Estadual de Montes
Claros.
4.
OLIVA, O. P.; PEREIRA, Andréa C. M.; BARCELOS, D. C.. Participação em banca de Rodolfo Athayde de Morais. Ensiqlopedia da desregulagem qômica: as conexões entre o insólito
e o cômico nas obras teatrais de Qorpo-Santo. 2020. Exame de qualificação (Mestrando em Letras/Estudos Literários) - Universidade Estadual de Montes Claros.
5. OLIVA, O. P.; DIONISIO, R. C. S.; SILVA, A. V. N.. Participação em banca de Luciana Tolentino Prates. Representações da cidade em Cidade Livre, de João Almino. 2020. Exame de
Graça Aranha. 2019. Exame de qualificação (Mestrando em Letras/Estudos Literários) - Universidade Estadual de Montes Claros.
7. OLIVA, O. P.; PEREIRA, Andréa C. M.; DIONISIO, R. C. S.. Participação em banca de Daniela Rodrigues Soares. O desejo pedofílico em contos de Autran Dourado. 2018. Exame de
Biela. 2018. Exame de qualificação (Mestrando em Letras/Estudos Literários) - Universidade Estadual de Montes Claros.
9. OLIVA, O. P.; PEREIRA, Andréa C. M.; SILVA, A. V. N.. Participação em banca de Juliana Silveira Paiva. A representação feminina na obra Outros cantos, de Maria Valéria Rezende.
2018. Exame de qualificação (Mestrando em Letras/Estudos Literários) - Universidade Estadual de Montes Claros.
10. OLIVA, O. P.; REBELO, I. F.; DIONISIO, R. C. S.. Participação em banca de Leonardo Tadeu Nogueira Palhares. Alegoria a Minas Gerais a partir do Sangue nas Narrativas de
Sangue de Rosaura, de Luiz Canabrava. 2017. Exame de qualificação (Mestrando em Letras/Estudos Literários) - Universidade Estadual de Montes Claros.
11. OLIVA, O. P.; DIONISIO, R. C. S.; CÁFFARO, G.. Participação em banca de Dulce Mírian Veloso. Um passeio pelos relatos de viagens de Fernando Bonassi. 2017. Exame de
de Autran Dourado, e A rose for Emile, de William Faulkner. 2017. Exame de qualificação (Mestrando em Letras/Estudos Literários) - Universidade Estadual de Montes Claros.
13. OLIVA, O. P.; REBELO, I. F.; DIONISIO, R. C. S.. Participação em banca de Luiza Lelis Oliva. A história conta uma história: memória e masculinidade em Leite Derramado, de Chico
Buarque. 2016. Exame de qualificação (Mestrando em Mestrado em Letras/Estudos Literários) - Universidade Estadual de Montes Claros.
14. OLIVA, O. P.; OLIVEIRA, A. P.; DIONISIO, R. C. S.. Participação em banca de Carmélia Daniel dos Santos. Novela das oito: gêneros e formas em diálogos na poesia de Gilberto
Mendonça Teles. 2016. Exame de qualificação (Mestrando em Mestrado em Letras/Estudos Literários) - Universidade Estadual de Montes Claros.
15. OLIVA, O. P.; OLIVEIRA, A. P.; SILVA, R. G.. Participação em banca de Érika Pereira Soares. O subir Bahia e descer Floresta - A rua da Bahia como espaço para construção das
memórias de Pedro Nava e de Carlos Drummond de Andrade. 2016. Exame de qualificação (Mestrando em Letras/Estudos Literários) - Universidade Estadual de Montes Claros.
16. OLIVA, O. P.; SILVA, A. V. N.; JARDIM, A.F.C.. Participação em banca de Elizabeth Dias Lessa. Douta Loucura: abordagem dos contos. 2016.
17. REBELO, I. F.; OLIVA, O. P.; DIONISIO, R. C. S.. Participação em banca de Aimée Lafetá. A rep resentação da memória na obra Brasil interior (1934) do januarense Manoel
Ambrósio. 2016. Exame de qualificação (Mestrando em Letras/Estudos Literários) - Universidade Estadual de Montes Claros.
18. OLIVEIRA, I. V.; OLIVA, O. P.; SILVA, A. V. N.. Participação em banca de Camila de Souza Ramos. Passeio a Sabará Uma reconstrução estética e histórica da cidade. 2016. Exame
Machado de Assis". 2016. Exame de qualificação (Mestrando em Letras/Estudos Literários) - Universidade Estadual de Montes Claros.
20. OLIVA, O. P.; ALMEIDA, E. A. R. L.; REBELO, I. F.. Participação em banca de Ianny Lima Maia. Traços de cigana em La gitanilla, Carmen, A cartomante e Esaú e Jacó.. 2015.
21. OLIVA, O. P.; ALMEIDA, E. A. R. L.; REBELO, I. F.. Participação em banca de Ianny Lima Maia. Traços de cigana em La gitanilla, Carmen, A cartomante e Esaú e Jacó. 2015.
Fagundes Telles. 2014. Exame de qualificação (Mestrando em Letras/Estudos Literários) - Universidade Estadual de Montes Claros.
23. OLIVA, O. P.; REBELO, I. F.; SOUTO, M. G. F.. Participação em banca de Elizabeth Marly Martins Pereira. Um presente de Morfeu? A insólita gênese de Uma vida em segredo.
2014. Exame de qualificação (Mestrando em Letras/Estudos Literários) - Universidade Estadual de Montes Claros.
24. GANDRA, Jane A.; DIONISIO, R. C. S.; OLIVA, O. P.. Participação em banca de Maria Zeneide de Macedo Melo Jorge. Representação da mulher escritora em Vésperas, de Adriana
Lunardi. 2013. Exame de qualificação (Mestrando em Letras/Estudos Literários) - Universidade Estadual de Montes Claros.
25. OLIVA, O. P.; OLIVEIRA, I. V.; REBELO, I. F.. Participação em banca de Jacqueline Beatriz Teixeira Barbosa. Gilberto Mendonça Teles: poesia e escrita de si. 2013. Exame de
Clarice Lispector. 2013. Exame de qualificação (Mestrando em Letras/Estudos Literários) - Universidade Estadual de Montes Claros.
27. OLIVA, O. P.; SILVA, R. G.; REBELO, I. F.. Participação em banca de Thereza Christina Narciso Moebus. A reconstrução do protagonista Martim como uma questão de linguagem
em A maçã no escuro, de Clarice Lispector. 2013. Exame de qualificação (Mestrando em Letras/Estudos Literários) - Universidade Estadual de Montes Claros.
28. SOUTO, M. G. F.; OLIVA, O. P.; DIONISIO, R. C. S.. Participação em banca de Ariane Laura de Souza Galdino. O guarani de Alencar: do texto clássico para os quadrinhos: tradição
e mídia. 2012. Exame de qualificação (Mestrando em Letras/Estudos Literários) - Universidade Estadual de Montes Claros.
Trabalhos de conclusão de curso de graduação
1. OLIVA, O. P.; PEREIRA, Elizabeth Marli M.; SILVA, P. L.. Participação em banca de Brenda Mourão de Paula.O tom irônico de Machado de Assis na coletânea Balas de Estalo.
2021.
quadrinhos japoneses.
2015. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Letras/Inglês) - Universidade Estadual de Montes Claros.
7. OLIVA, O. P.; OLIVEIRA, G. V.; BRITO, D. L.. Participação em banca de Flávia Istele Pereira Gomes.Representações da identidade de Lucas Procópio, Pedro Chaves e Jerônimo no
textos bíblicos oriundos de manuscritos antigos e suas diferentes versões podem causar distorção na palavra de Deus.
2015. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em
Letras/Português) - Universidade Estadual de Montes Claros.
9. OLIVA, O. P.; BUXTON, Ângela Heloiza B.; FERNANDES, I. R.. Participação em banca de Letícia Aparecida Peres Freitas.A flauta e o flautim - estudo das representações masculinas
psicanalítica e antropológica.
2014. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Letras/Português) - Universidade Estadual de Montes Claros.
13. OLIVA, O. P.; OLIVEIRA, G. V.; FERNANDES, I. R.. Participação em banca de Samara Márcia dos Santos Rodrigues.A identidade feminina na crônica contemporânea de Lya Luft.
2014. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Letras/Português) - Universidade Estadual de Montes Claros.
14. OLIVA, O. P.; SOUTO, C. A.; OLIVEIRA, J. dos Santos.. Participação em banca de Odete Ferreira da Silva.O fantástico e a monstruosidade feminina na obra Macbeth, de William
Shakespeare.
2014. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Letras/Inglês) - Universidade Estadual de Montes Claros.
15. ALMEIDA, E. A. R. L.; REBELO, I. F.; OLIVA, O. P.. Participação em banca de Kênia Gonçalves Lima Carvalho.O poeta atrevido: uma leitura de Parangolivro, de Aroldo Pereira.
2013. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Letras/Português) - Universidade Estadual de Montes Claros.
16. PEREIRA, Andréa C. M.; FERNANDES, I. R.; OLIVA, O. P.. Participação em banca de Josiane Ferreira Costa.A imagem do masculino no romance O primo Basílio, de Eça de
Queirós.
2013. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Letras/Português) - Universidade Estadual de Montes Claros.
17. REBELO, I. F.; BUXTON, Ângela Heloiza B.; OLIVA, O. P.. Participação em banca de Jéssica Tairine Santos.Isaltina e o poder do feminino: uma leitura de Um cavalheiro de
Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Letras Português) - Universidade Estadual de Montes Claros.
20. OLIVA, O. P.. Participação em banca de Fernanda Marinha dos Santos.Qorpo Santo X teatro do absurdo: análise da construção do absurdo na estrutura do texto dramático "A
OLIVA, O. P.; PEREIRA, Andréa C. M.; DIONISIO, R. C. S.. Participação em banca de Anderson Rodrigues Rocha.Agosto e a construção de personagens policiais e históricos.
2011.
Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Letras - Português) - Universidade Estadual de Montes Claros.
25. OLIVA, O. P.; REBELO, I. F.; SOUTO, M. G. F.. Participação em banca de Agnes Gomes Brant.Os sinos da agonia: polifionia e representação do feminino.
2011. Trabalho de
mortos.
2011. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Letras - Português) - Universidade Estadual de Montes Claros.
29. OLIVA, O. P.; OLIVEIRA, I. V.. Participação em banca de Alan Ramon Silva.Religiosidade e misticismo em Matéria Bruta, de Romério Rômulo.
2009. Trabalho de Conclusão de
Concurso público
1. OLIVA, O. P.; OLIVEIRA, I. V.; SILVA, A. V. N.. Processo de seleção de docentes para designação do candidato Dirlenvalder do Nascimento Loyola.
2008. Universidade Estadual de
Montes Claros.
2. OLIVA, O. P.; OLIVEIRA, I. V.; SILVA, A. V. N.. Processo de seleção de docentes para designação - candidata Catiana Fernandes Ferreira.
2008. Universidade Estadual de Montes
Claros.
3. OLIVA, O. P.; OLIVEIRA, I. V.; SILVA, A. V. N.. Processo de seleção de docentes para designação - candidata Catarina da Conceição Rodrigues.
2008. Universidade Estadual de
Montes Claros.
4. OLIVA, O. P.; OLIVEIRA, I. V.; SILVA, A. V. N.. Processo de seleção de docentes para designação do candidato Humberto Luiz Galupo Vianna.
2008. Universidade Estadual de
Montes Claros.
5. OLIVA, O. P.. Membro efetivo da Banca Examinadora do Processo Seletivo para designação de professores do centro de Ciências Humanas da Unimontes, avaliando candidatos da
Outras participações
1. OLIVA, O. P.; REBELO, I. F.; SILVA, A. V. N.. Presidente da Comissão examinadora do VII Processo de seleção de alunos 2015.
2014.
Universidade Estadual de Montes Claros.
2. OLIVA, O. P.; OLIVEIRA, E. L.; SILVA, T. B.; SOUTO, M. G. F.; CAMARGO, F. F.. banca de avaliação do 1º processo seletivo do mestrado em Letras da Unimontes.
2008.
4. OLIVA, O. P.; REDMOND, W. V.. Avaliador do projeto final de mestrado "O humor e a ironia nas crônicas de Luís Fernando Veríssimo",de Sílvia Maria Duarte.
2006.
Centro
Costa Marinho.
2006.
Centro Universitário Academia - UniAcademia.
8. OLIVA, O. P.; PIRES, A. M. G. D.. Avaliador do projeto final de mestrado "O quinze e a visão do semi-árido nordestino", de Ângela Caldas Sanábio Faria.
2006.
Centro Universitário
Academia - UniAcademia.
9. OLIVA, O. P.; PIRES, A. M. G. D.. Avaliador do projeto final de mestrado "Gênero e Subjetividade no diário de Helena Morley", de Lúcia Helena da Silva Joviano.
2006.
Centro
Montes Claros.
12. OLIVA, O. P.. Membro Efetivo da Comissão de Avaliação do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais
- FAPEMIG.
2004.
Universidade Estadual de Montes Claros.
13. OLIVA, O. P.. Membro da Comissão Julgadora do XXVI Concurso de Poemas Colégio Dela.
2004.
Fundação Educacional Montes Claros.
14. OLIVA, O. P.. Membro da Comissão Julgadora do XXV Concurso de Poemas Colégio Delta.
2003.
Fundação Educacional Montes Claros.
15. OLIVA, O. P.. Membro da Comissão Julgadora do XXIV Concurso de Poemas Colégio Delta.
2002.
Fundação Educacional Montes Claros.
Eventos
2. ?ALEXINA DE MAGALHÃES PINTO: HISTÓRIA DAS MULHERES ESCRITORAS.Livro-objeto bordado em homenagem a Alexina de Magalhães Pinto.
2021. (Encontro).
3. 9º Festival de Arte e Cultura do CEFET-MG.A correspondência das Artes: Literatura, pintura e bordados.
2021. (Encontro).
4. Colóquio um dia de poesia.Gilberto Mendonça Teles e a casa da palavra: nada onde a palavra faltar.
2021. (Encontro).
5. Simpósio Internacional Língua( gem Ação e Reflexão novas perspectivas em ensino e em pesquisa e do VII SPLM Seminário de Pesquisas em Letras Multi )letramentos.BAÚS, TEIAS
7. 6ª Semana de defesas de monografias do curso Letras Português.A importância do TCC no percurso do professor pesquisador. 2019. (Outra).
8. III Conferência regional pelo fim da violência às mulheres e de gêenro.Análise de Amaro Terra e Temístocles, personagens de Um lugar ao sol, de Erico Verissimo, como metáfora
10. XI Seminário Nacional de Pesquisa em Literatura e Criação Literária.Masculinidade em conflito e homofobia: uma leitura de Um lugar ao sol, de Erico Verissimo. 2019. (Seminário).
11. XI Seminário Nacional de Pesquisa em Literatura e Criação Literária.Prostituição, violência, resistência e literatura: uma análise de Incidente em Antares, de Erico Verissimo. 2019.
(Seminário).
12. III Conferência regional pelo da violência às mulheres e de gênero.Análise de Amaro Terra e Temístocles, personagens de "Um lugar ao sol, de Érico Veríssimo, como metáfora de
14. 1ª Semana de defesas de monografias do curso de Letras Português da Unimontes.Pesquisa em Letras. 2017. (Outra).
15. 2ª semana de defesas de monografias do curso de letras/portugu~es.Importância da monografia nos cursos de licenciatura. 2017. (Outra).
16. Congresso internacional O romance histórico em língua portuguesa - repensando o século XIX. Entre rios e ruínas: José de Alencar leitor de Alexandre Herculano. 2017.
(Congresso).
17. I Semana Pedagógica dos professores da rede municipal de ensino.Literatura e ensino.
2017. (Encontro).
18. IX Colóquio Mulheres em Letras. Performance, memória e violência na obra de Conceição Evaristo. 2017. (Congresso).
19. IX Colóquio Mulheres em Letras. Literatura de Minas Gerais em Perspectiva. 2017. (Congresso).
21. V Fórum dos coordenadores dos programas de pós-graduação da área de linguística e Literatura - Sudeste.
2017. (Encontro).
22. XI Seminário de Literatura Brasileira - escritores mineiros e outras contemplações de Minas.Política, modernismo e mineiridade na crítica de Francisco inglésias. 2017. (Seminário).
23. XI Seminário de Literatura Brasileira - Escritores mineiros e outras contemplações de Minas.Feminino e espacialidade em "Ópera dos mortos" e "A rose for Emily". 2017.
(Seminário).
24. XI Seminário de Literatura Brasileira - Escritores mineiros e outras contemplações de Minas.O metateatro em Seis bichos à procura de uma história e Seis personagens à procura de
26. XI Seminário de Literatura Brasileira - Escritores Mineiros e outras contemplações de Minas.A figuração das rosas em Ópera dos mortos, de Autran Dourado, e A rose for Emile, de
28. III Colóquio Internacional Marginalidades Femininas no Mundo Lusófonso. Vozes femininas Em surdina, de Lúcia Miguel Pereira. 2016. (Congresso).
30. I Seminário Nacional Guimarães Rosa.Veredas em sombras: Riobaldo e a violência sexual contra mulheres. 2016. (Seminário).
31. Seminário de Pesquisa e Criação Literária - Pensar 22.Polêmicas e Humor em torno da Literatura Modernista. 2016. (Seminário).
32. VIII Seminário de Pesquisa e Criação Literária.Lúcia Miguel Pereira e o romance de 30. 2016. (Seminário).
33. colóquio internacional e interdisciplinar A marginalidade feminina no mundo lusófono. A mulher segundo a literatura luso-brasileira oitocentista. 2015. (Congresso).
34. Colóquio Internacional e Interdisciplinar A marginalidade feminina no mundo lusófono. A marginalidade ficcional de Lúcia Miguel Pereira e seu diálogo com Eça de Queirós. 2015.
(Congresso).
35. II Encontro de pesquisadores de cultura oitocentista luso-brasileira.À procura da voz: edição e crítica da obra completa de José Ricardo Pires de Almeida.
2015. (Encontro).
37. IX Seminário de Literatura Brasileira - o romance oitocentista, variações e diversidades.Ironia e aforismos em A mão e a luva, de Machado de Assis. 2015. (Seminário).
38. Congresso Internacional Camilo Castelo Branco e Machado de Assis: diálogos lusófonos. Machado, Camilo e Eça - devaneios em torno do conto "O diplomático", de Machado de
41. VI Colóquio Mulheres em Letras.A fome da escrita: paratextos no Quarto de despejo, de Carolina Maria de Jesus. 2014. (Outra).
42. VIII Seminário de Literatura Brasileira - Tra(d)ições e Traduções.Narrar e trair-se - A formação literária e filosófica de Autran Dourado em Um artista aprendiz. 2014. (Seminário).
43. VIII Seminário de Literatura Brasileira - Tra(d)ições e Traduções.A FLAUTA E O FLAUTIN: UM ESTUDO SOBRE AS REPRESENTAÇÕES MASCULINAS NO CONTO ?VIOLETAS &
45. VIII Seminário de Literatura Brasileira - Tra(d)ições e Traduções.Virilidade e efeminação: oposições masculinas no conto autraniano. 2014. (Seminário).
46. VIII Seminário de Literatura Brasileira - Tra(d)ições e Traduções.Tradução, moral e consciência em The Circus of Puppets, de Oscar Von Pfuhl. 2014. (Seminário).
47. VIII Seminário de Literatura Brasileira - Tra(d)ições e Traduções.O sentimento pedofílico ? uma leitura do conto ?Mulher menina mulher?, de Autran Dourado. 2014. (Seminário).
48. VI Seminário de pesquisa em literatura e criação literária.Literatura, erotismo e violência - a escrita transgressora de Guiomar de Grammont. 2014. (Seminário).
49. I Encontro do curso de formação continuada para professores alfabetizadores da rede estadual de Montes Claros - Pacto nacional pela alfabetização na idade certa..Alfabetização e
letramento.
2013. (Encontro).
50. III Encontro Tricordiano de Linguística e Literatura.A via crúcis do corpo - caminhos percorridos pela crítica.
2013. (Encontro).
51. III Encontro tricordiano de linguística e literatura da Universidade Vale do Rio Verderde de Três Corações..A via crucis do corpo: caminhos percorridos pela crítica.
2013. (Encontro).
52. V Colóquio Mulheres em Letras. Homenagem à escritora Lygia Fagundes Telles. 2013. (Congresso).
53. V Colóquio Mulheres em Letras. Poéticas da literatura feminina contemporâne. 2013. (Congresso).
54. V Colóquio Mulheres em Letras. Rachel de Queiroz e as contradições do feminino - entre a independência e a conformação. 2013. (Congresso).
55. V Colóquio Mulheres em Letras. Sombras do cristianismo em Sudário, de Guiomar de Grammont. 2013. (Congresso).
56. V Colóquio Mulheres em Letras. Rachel de Queiroz e as contradições do feminino - entre a independência e a conformação. 2013. (Congresso).
57. VII seminário internacional de literatura brasileira - literatura, vazio e danação.Fúria de jagunços - dois episódios de danação no Grande sertão: veredas. 2013. (Seminário).
58. V Seminário de pesquisa e criação literária - Cartografias estético-literárias da vida urbana.A flauta e o flautin: um estudo sobre representações masculinas nos contos de Autran
60. V Seminário de pesquisa e criação literária - Cartografias estético-literárias da vida urbana.O sentimento pedofílico em contos de Autran Dourado. 2013. (Seminário).
61. V Seminário de pesquisa e criação literária - Cartografias estético-literárias da vida urbana.Do sério ao farsesco: uma leitura do conto "O corpo", de Clarice Lispector. 2013.
(Seminário).
62. V Seminário de Pesquisa em Literatura e Criação Literária.Do sério ao farsesco: uma leitura do conto O corpo, de Clarice Lispector. 2013. (Seminário).
63. V Seminário de Pesquisa em Literatura e Criação Literária.A flauta e o flautin: um estudo sobre representações masculinas nos contos de Autran Dourado. 2013. (Seminário).
64. V Seminário de Pesquisa em Literatura e Criação Literária.O sentimento pedofílico em contos de Autran Dourado. 2013. (Seminário).
65. V Seminário de Pesquisa em Literatura e Criação Literária.Transgressão, violência e erotismo em Sudário, de Guiomar de Grammont. 2013. (Seminário).
66. V Seminário de Pesquisa em Literatura e Criação Literária.Biela: o feio belo em Uma vida em segredo, de Autran Dourado. 2013. (Seminário).
67. XII semana de Letras da UFOP.Sabor e dessabor: o martírio do corpo em Ruído de Passos e Mas vai chover, de Clarice Lispector. 2013. (Outra).
68. Colóquio internacional crimes, delitos e transgressões.Crimes, armas e corações: o extraordinário em contos de Autran. 2012. (Outra).
69. Congresso internacional Camilo Castelo Branco e o Oitocentos: 150 anos do Amor de Perdição. Procedimentos carnavalizantes em A brasileira de Prazins.. 2012. (Congresso).
70. I Seminário Dimensões da Crítica Literária Brasileira.O ninho da serpente - Autran Dourado nos arquivos da biblioteca de João Luiz Lafetá. 2012. (Seminário).
71. I Seminário Dimensões da Crítica Literária Brasileira.Uma serpente nos jardins da USP - o caso da Revista Sibila. 2012. (Seminário).
72. VI Seminário de Literatura Brasileira - Minas e o Modernismo.A volubilidade do defunto autor: o movimento dos movimentos. 2012. (Seminário).
73. VI Seminário de Literatura Brasileira - Minas e o Modernismo.Relações de paternidade em Um cavalheiro de antigamente. 2012. (Seminário).
74. VI Seminário de Literatura Brasileira - Minas e o Modernismo.Carta ao dr. Cincinato ou carta ao meu pai? Uma perspectiva psicanalítica em uma narrativa breve, de Autran Dourado.
2012. (Seminário).
75. VI Seminário de Literatura Brasileira - Minas e o Modernismo.Relações de paternidade em Um cavalheiro de antigamente, de Autran Dourado. 2012. (Seminário).
76. A matriz feminina na ficção histórica de Maria José Silveira. 2011. (Outra).
77. I Encontro internacional de pesquisadores em esporte, psicologia e saúde.Importância da internacionalização e múltipla titulação nos cursos de Pós-Graduação: Mestrado e
Doutorado.
2011. (Encontro).
78. XXIII Congresso internacional da Associação Brasileira de Professores de Literatura Portuguesa. A cidade e as serras e a afinação do mundo. 2011. (Congresso).
79. 1º Colóquio Internacional de Estudos Linguísticos e Literários e 4º Colóquio de Estudos Linguísticos e Literários.A escrita dilacerada - corpo e sexualidade em Sudário, de Guiomar
81. II Seminário de pesquia em literatura e criação literária.A poética do espaço em Ópera dos mortos. 2010. (Seminário).
82. II Seminário de pesquisa em literatura e criação literária.Música e sonoridade em A cidade ilhada, de Miton Hatoum. 2010. (Seminário).
83. II Seminário de pesquisa em literatura e criação literária.As mulheres de Duas Pontes: as representações do feminino em O risco do bordado, de Autran Dourado. 2010.
(Seminário).
84. II Seminário de pesquisa em literatura e criação literária.O escritor e o funcionário público - Autran Dourado na república letrada de Juscelino Kubitschek. 2010. (Seminário).
85. II Seminário de pesquisa em literatura e criação literária.Estácio: o esquema machadiano do homem cordial. 2010. (Seminário).
86. II Seminário nacional literatura e cultura.As mulheres de Tijucopapo e a altissonante voz do feminino. 2010. (Seminário).
87. IV Seminário de Literatura Brasileira: Diálogos com a tradição - permanência e transformações.I mostra de artes Interseções. 2010. (Seminário).
88. IV seminário de literatura brasileira - diálogos com a tradição, permanência e transformações.Reinscrições do feminino: Capitu e Maria Eduarda, por Maria Velho da Costa. 2010.
(Seminário).
89. Visita monitorada às Faculdades Santo Agostinho.A poética da rememoração em Modesto Carone.
2010. (Encontro).
90. X Fórum de ensino, XI seminário de pesquisa e pós-graduação, IX seminário de iniciação cientifica, V semana de Extensão, II semana de gestão, II encontro UAB.Masculinidade e
92. XXV Encontro Nacional da ANPOLL - 25 anos de ANPOLL, memórias e perspectivas.Dôra, Doralina - o eterno feminino ou um louvado para o amor.
2010. (Encontro).
93. III Seminário de Literatura Brasileira: Os nortes e os sertões literários do Brasil.Nascidos com maus antecedentes: Leitura da representação dos imigrantes nordestinos em A Hora
95. III Seminário de Literatura Brasileira: Os nortes e os sertões literários do Brasil.Esse povo do deserto: os sertões de Minas Gerais nos relatos de viagem de Auguste de Saint-Hilaire,
(Seminário).
97. III Seminário de Literatura Brasileira: Os nortes e os sertões literários do Brasil.O sertão também é Brasil: O olhar sobre Canudos sob o viés jornalístico de Machado de Assis. 2009.
(Seminário).
98. III Seminário de Literatura Brasileira: Os nortes e os sertões literários do Brasil.A maternidade como fator estético na ficção de Rachel de Queiroz. 2009. (Seminário).
99. II Simpósio mundial de estudos de língua portuguesa.A casa do pai - espaço e memória em Aninhas, de Aquilino Ribeiro.
2009. (Simpósio).
100. I Seminário de Pesquisa e Criação Literária.Masculinidade e elite imperial brasileira: uma reinterpretação das obras Ressurreição, A mão e a luva, Helena e Iaiá Garcia. 2009.
(Seminário).
101. I Seminário de Pesquisa e Criação Literária.Crime e libertação: um estudo de A maçã no escuro, de Clarice Lispector. 2009. (Seminário).
102.
IX Fórum de ensino, X Seminário de pesquisa e pós-graduação, VIII seminário de iniciação científica, III Mostra científica de ensino médio, IV semana de extensão.Conceição - A
consciência do feminino. 2009. (Seminário).
103. XXII Congresso Internacionaol da ABRAPLIP - Memória, trânsitos e convergências. Alexandre Herculano de Machado de Assis. 2009. (Congresso).
104. 5º Fórum de biotemas na educação básica.Senhoras e moças - viúvas machadianas entre o recato e o desejo.
2008. (Simpósio).
105. Congresso internacional centenário de dois imortais - Machado de Assis e Guimarães Rosa. Nós confessamos - as viúvas de Machado de Assis e Guimarães Rosa. 2008.
(Congresso).
106. II Seminário de Literatura Brasileira: Machado de Assis e suas múltiplas vozes - ecos e ressonâncias.A Paixão segundo o bruxo: Machado de Assis e as (co)memorações de semana
(Seminário).
108. II Seminário de Literatura Brasileira: Machado de Assis e suas múltiplas vozes - ecos e ressonâncias.Metamorfoses dos narradores machadianos: entre defuntos, burros e filósofos.
2008. (Seminário).
109. II Seminário de Literatura Brasileira: Machado de Assis e suas múltiplas vozes - ecos e ressonâncias.Metamorfoses dos narradores machadianos - entre defuntos, burros e filósofos.
2008. (Seminário).
110. II seminário internacional enfoques feministas e o século XXI: feminismo e universidade na América Latina; VI Encontro da rede brasileira de estudos e pesquisas feministas -
REDEFEM; II Encontro internacional política e feminismo.Rachel de Queiroz e o romance de 30: ressonâncias socialistas e feministas. 2008. (Seminário).
111. I Seminário de pesquisa em Filosofia.Do conceito de amizade em Platão, Aristóteles e Cícero. 2008. (Seminário).
112. IX Congresso internacional de lusitanistas - Lusofonia : tempo de reciprocidades. A escrita em mosaico - Machado de Assis e as crônicas de "A semana". 2008. (Congresso).
113. Seminário Internacional Centenário Guimarães Rosa.Poeticamente Rosa e Clarice habitaram este mundo. 2008. (Seminário).
114. Seminário Nacional do Programa de Apoio à Formação Superior em Licenciatura em Educação do Campo - PROCAMPO.Educação do Campo. 2008. (Seminário).
115. I Congresso de Letras CES/Juiz de Fora - Memória, Literatura e Linguagem. O corpo, a casa, a alma - representações do masculino em D. Casmurro, de Machado de Assis. 2007.
(Congresso).
116. I Encontro de Pesquisa - Princípio Educativo, Financiamento e Retorno Social.Pesquisa - Princípio Educativo e Retorno Social.
2007. (Encontro).
117. I Fórum de Ensino, Pesquisa e Extensão da Unimontes.O Imaginário de Minas Gerais nas crônicas de Machado de Assis. 2007. (Outra).
118. II Seminário Cyro dos Anjos - memória, paisagem e modernidade.Tabu ou mito, sagrado ou profano - uma leitura do poema "O padre, a moça, de Carlos Drummond de Andrade".
2007. (Seminário).
119. I Seminário de Literatura Brasileira - Escritores mineiros e contemplações de Minas: tradições e rupturas.Minha dolorosa vida de menina - uma leitura do romance Maria Clara, de
121. XXI Congresso Brasileiro de Professores de Literatura Portuguesa. Machado de Assis e A Semana - a imigração chinesa sob as lentes de um bruxo. 2007. (Congresso).
122. 28º Festival Folclórico de Montes Claros - Festas de Agosto.O que pode, o que quer essa língua?. 2006. (Outra).
124. Colóquio de Estudos Literários.Literatura Oitocentista Montesclarense: escrita, memórias e leituras. 2006. (Outra).
126. Conferência sobre obras indicadas par ao processo seletivo da Unimontes 1/2007.Escritas, Memórias e Leituras nas obras do processo seletivo 1/2007 da Unimontes. 2006.
(Seminário).
127. I Seminário de Literatura.O rio, o tempo, a viagem - uma leitura de "Baú de Espantos", de Mário Quintana. 2006. (Seminário).
128. IX Semana de Letras: As letras e seu ensino.A Relíquia e as visões de Jerusalém. 2006. (Outra).
129. Seminário Centenário Cyro dos Anjos.Melancolia e Saudade: Machado de Assis na Biblioteca do Amanuense Belmiro. 2006. (Seminário).
130. Seminário Centenário Cyro dos Anjos.Coordenador da Conferência Cyro e Drummond: Cartas de dois Amigos, proferida pelo Prof. Dr. Wander Melo Miranda. 2006. (Seminário).
131. Seminário Centenário de Cyro dos Anjos.Melancolia e Saudade: Machado de Assis na Biblioteca do Amanuense Belmiro. 2006. (Seminário).
133. VIII Congresso Regional de História - História, Historigrafia e Metodologia: (Re) pensando o fazer histórico. A Literatura Oitocentista Montesclarense no Jornal Correio do Norte.
2006. (Congresso).
134. VIII encontro do Programa de Avaliação Seriada para Acesso ao Ensino Superior.Mini-curso de Literatura Brasileira.
2006. (Encontro).
135. VII Seminário de Pesquisa e Pós-graduação e V Seminário de Iniciação Científica.Estrangeiros em Jerusalém - Uma leitura de A Relíquia. 2006. (Seminário).
136. VII Seminário de Pesquisa e Pós-Graduação e V Seminário de Iniciação Científica.Estrangeiros em Jerusalém - Uma leitura de A Relíquia. 2006. (Seminário).
138. XI Simpósio nacional e I simpósio internacioal de Letras e Lingüística - Linguagem e Cultura: Intersecções.Eça e Machado e as reescritas do Gênesis.
2006. (Simpósio).
139. Aula inaugural do curso de Letras Inglês do ISEIB - e Chá Inglês.Erotismo e Sexualidade em O Retrato de Dorian Gray e Salomé, de Óscar Wilde.
2005. (Encontro).
140. Colóquio Cem Anos com Érico Veríssimo.Conferência: Incidente em Antares - A ficção conta a história. 2005. (Outra).
141. Conferência com Professor visitante do Quebec - Canadá.Conferência Literatura, História e Identidade - Um panorama da Literatura Quebequense. 2005. (Outra).
143. I Intercâmbio de Estudos Lingüísticos e Literários em Letras.Eça Romântico? Uma leitura do conto O Defunto..
2005. (Encontro).
144. I Intercâmbio de Estudos Lingüísticos e Literários em Letras.A pesquisa Acadêmica - A iniciação científica e a produção de saberes.
2005. (Encontro).
145. I Intercâmbio de Estudos Lingüísticos e Literários em Letras.Representações do feminino em "Um dia de Chuva", de Eça de Queirós.
2005. (Encontro).
146. Projeto Teia.Erotismo, interdição e sexualidade - debate após apresentação do Espetáculo Teatral "Tabu". 2005. (Outra).
147. Quarta na Pós - do pograma de pós-graduação em desenvolvimento social da Unimontes.Literatura & Homoerotismo - O corpo na ficção do século XIX. 2005. (Seminário).
148. Seminários Oitocentistas: a literatura do século XIX em debate.O homoerotismo na ficção queirosiana. 2005. (Seminário).
149. VII Congresso Internacional da ABECAN. Arcade - Uma revista de sustentação da escrita feminina e o último tabu. 2005. (Congresso).
150. VII Encontro do PAES para professores que atuam no Ensino Médio..Mini-curso de Literatura Brasileira sobre obras indicadas para os processos seletivos da Unimontes.
2005.
(Encontro).
151. VI Seminário de Pesquisa e Pós-graduação e IV Seminário de Iniciação Científica.O Gênesis como Paradigma da Ficcionalidade na Ficção de Eça de Queirós e Machado de Assis.
2005. (Seminário).
152. VI Seminário de Pesquisa e Pós-Graduação e IV Seminário de Iniciação Científica.O Fantástico em "O Mandarim", de Eça de Queirós. 2005. (Seminário).
153. VI Seminário de Pesquisa e Pós-Graduação e IV Seminário de Iniciação Científica.A Ilustre Casa de Ramires e o Positivismo: Ressonâncias. 2005. (Seminário).
154. XX Encontro de Professores Brasileiros de Literatura Portuguesa.Crimes de Padres: Eça de Queirós e Aluísio Azevedo.
2005. (Encontro).
155. Colóquio Literatura e Infância.Clarice e Rosa - Nas brumas da infância revisitada. 2004. (Seminário).
156. Colóquio Literatura e Infância.Coordenação da Sessão de Comunicações "Figurações da Infância na narrativa brasileira". 2004. (Seminário).
157. II Colóquio Letras em Travessias: Poéticas da oralidade, da ironia, da voz e da memória.Eça e Machado: escrita, memórias e leituras.
2004. (Simpósio).
158. IX Congresso Internacional ABRALIC - Travessias. O outro, ele próprio: amor e amizade em "A confissão de Lúcio". 2004. (Congresso).
159. VI Encontro de Professores do Ensino Médio das Escolas Credenciadas no PAES.Mini-curso: A Literatura Brasileira no Vestibular da Unimontes.
2004. (Encontro).
160. V Seminário de Pesquisa e Pós-graduação e III Seminário de Iniciação Científica da Unimontes.Eça e Machado e as representações do Oriente. 2004. (Seminário).
161. XIII Colloque International de l'AIZEN (Association Internationale Zola et le Naturalisme). A terceira margem do desejo: Bom-Crioulo e o Barão de Lavos. 2004. (Congresso).
162. Colóquio Rachel de Queiroz - memórias em cenas.O Quinze - Conceição, Leitora de Rachel de Queiroz. 2003. (Outra).
164. IV Seminário de Pesquisa e Pós-graduação e II Seminário de Iniciação Científica.O cortiço - sedução e poder na relação mestre-aprendiz. 2003. (Seminário).
165. IV Seminário de Pesquisa e Pós-graduação e II Seminário de Iniciação Científica da Unimontes.Corpos de desejo - amor e sexualidade em narrativas de língua portuguesa. 2003.
(Seminário).
166. V Encontro de Professores do Ensino Médio das Escolas Credenciadas ao Programa de Avaliação Seriada para Acesso ao Ensino Superior - PAES- UNIMONTES.Mini-Curso de Língua
2003. (Encontro).
168. X Seminário Nacional Mulher & Literatura e I Seminário Internacional Mulher & Literatura GT da ANPOLL.Ora Esguardae - A escrita como um bordado. 2003. (Seminário).
169. III Seminário de Literaturas de Língua Portuguesa: Portugal e África - "Entre o Riso e a Melancolia, de Gil Vicente ao Séc. XXI"..O Corpo Masculino na Ficção de Eça de Queirós.
2002. (Seminário).
170. III Seminário de Pesquisa e Pós-graduação e I Seminário de Iniciação Científica.O corpo Masculino na Ficção do Século XIX.. 2002. (Seminário).
171. IV Encontro de Professores do Ensino Médio das Escolas Credenciadas ao Programa de Avaliação Seriada para o Acesso ao Ensino Superior - PAES.A Literatura Brasileira e o
Vestibular da Unimontes.
2002. (Encontro).
172. VI Congresso Norte-Mineiro de História. O corpo e a Nação - A História de Portugal na Ficção de Eça de Queirós. 2002. (Congresso).
173. VIII Congresso Internacional abralic 2002. A travessia da escrita: Helder Macedo, leitor de Machado de Assis. 2002. (Congresso).
175. II Seminário de Pesquisa e Pós-graduação.O Gênero Masculino em Eça de Queirós. 2001. (Seminário).
176. II Encontro de Professores do Ensino Médio das Escolas Credenciadas ao Programa de Avaliação Seriada para o Acesso ao Ensino Superior - PAES.mini-curso de Língua Portuguesa
e Literatura Brasileira.
2000. (Encontro).
177. I Seminário de Pesquisa e Pós-graduação - Unimontes.O corpo e a voz: inscrições sobre o masculino na obra queirosiana. 2000. (Seminário).
178. Encontro de Estudantes do Ensino Fundamental e Médio, de Brasília de Minas.Juventude e seus ideais, na Pós-modernidade. 1999. (Outra).
179. Encontro de Professores do Ensino Fundamental e Médio da Escola Estadual Mestra Bila.Literatura e Outros Sistemas Semióticos.
1999. (Encontro).
180. Encontro de Estudantes do Ensino Fundamental e Médio da Escola Estadual Sant'ana..O Barroco e o Arcadismo: Questões Temáticas.
1998. (Encontro).
181. I Seminário do Estado Militatr e Educação no Brasil.Agosto - ficção e história. 1998. (Seminário).
182. VII Salão Nacional de Poesia Psiu Poético.Leitura de poemas. 1993. (Outra).
G. ; JARDIM, A.F.C. ; ROCHA, A. W. V. ; BARCELOS, D. C. . Seminário Nacional de Pesquisa em Literatura e Criação Literária. 2019. (Outro).
2. OLIVA, O. P.; PEREIRA, Andréa C. M. ; SILVA, A. V. N. ; DIONISIO, R. C. S. ; REBELO, I. F. . XII Seminário Nacional de Literatura Brasileira - Leitura literária: representações do
5. OLIVA, O. P.; PEREIRA, Andréa C. M. ; SILVA, A. V. N. ; DIONISIO, R. C. S. ; ALMEIDA, E. A. R. L. ; REBELO, I. F. ; GUIMARAES, R. B. J. ; GOMES, C. M. ; JOBIM, J. L. ; RIBEIRO,
R. . XI Seminário de Literatura Brasileira - Escritores mineiros e Outras Contemplações de Minas. 2017. (Congresso).
6. OLIVA, O. P.; DIONISIO, R. C. S. ; SILVA, A. V. N. ; ALMEIDA, E. A. R. L. ; REBELO, I. F. ; OLIVEIRA, I. V. ; CÁFFARO, G. . IX Seminário de Pesquisa e Criação Literária. 2017.
(Congresso).
7. OLIVA, O. P.; REBELO, I. F. ; ALMEIDA, E. A. R. L. ; DIONISIO, R. C. S. ; SILVA, A. V. N. ; PEREIRA, Andréa C. M. . X Seminário de Literatura Brasileira: Literatura, Memória,
10. PEREIRA, Andréa C. M. ; BUXTON, Ângela Heloiza B. ; GOULART, A. T. ; ALMEIDA, E. A. R. L. ; REBELO, I. F. ; GANDRA, Jane A. ; DIONISIO, R. C. S. ; OLIVA, O. P. . VII
12. OLIVA, O. P.; OLIVEIRA, A. P. ; QUADROS, A. C. ; ALMEIDA, E. A. R. L. ; SOUTO, M. G. F. . V Seminário de Literatura Brasileira - Vozes do Gênero - Autoria e Representação.
2011. (Congresso).
13. OLIVA, O. P.; ALMEIDA, E. A. R. L. ; DIONISIO, R. C. S. ; FRÓES, Marli S. ; GANDRA, Jane A. ; OLIVEIRA, G. V. ; PEREIRA, Andréa C. M. ; QUADROS, A. C. ; REBELO, I. F. . IV
Seminário de Literatura Brasileira - Diálogos com a tradição - permanência e transformações. 2010. (Congresso).
14. OLIVA, O. P.; ALMEIDA, E. A. R. L. ; BARRETO JUNIOR, D. S. ; DIONISIO, R. C. S. ; OLIVEIRA, E. L. ; OLIVEIRA, I. V. ; REBELO, I. F. ; SOUTO, M. G. F. . III Seminário de
R. G. ; SILVA, T. B. ; BEZERRA, F. S. . II Seminário de Literatura Brasileira: Machado de Assis e suas múltiplas vozes - Ecos e ressonâncias. 2008. (Congresso).
16. OLIVA, O. P.. Simpósio Machado de Assis, sempre! 5º Fórum de biotemas na educação básica. 2008. (Outro).
17. OLIVA, O. P.. I Seminário de Literatura Brasileira - Escritores mineiros e contemplações de Minas: tradições e rupturas. 2007. (Outro).
18. OLIVA, O. P.. Seminário Literatura Infanto-juvenil em Perspectiva: Teorias e Leituras. 2006. (Outro).
19. OLIVA, O. P.; OLIVEIRA, I. V. ; SOUTO, M. G. F. ; DIONISIO, R. C. S. ; SILVA, T. B. ; REBELO, I. F. . Seminário Centenário de Cyro dos Anjos. 2006. (Outro).
20. OLIVA, O. P.. Seminário Tatuagens e Cicatrizes: Narrativas da Memória na Contemporaneidade. 2006. (Outro).
21. OLIVA, O. P.. Colóquio Cem Anos com Érico Veríssimo. 2005. (Outro).
22. OLIVA, O. P.. Colóquio Rachel de Queiroz - Memórias em Cenas. 2004. (Outro).
Orientações
Dissertação de mestrado
1. Daniel Fernandes Gusmão. O texto-simulacro: performance em Simulacros, de Sérgio Sant?anna.
Início: 2021.
Dissertação (Mestrado em Letras/Estudos Literários) -
Claros. (Orientador).
4. Amanda Cristine Oliveira Nascimento. DIÁLOGO COM O CÂNONE NA FICÇÃO DE AUGUSTO FARO: LINHAS DE FORÇA NA PRODUÇÃO LITERÁRIA CONTEMPORÂNEA FEMININA.
Início: 2019.
Dissertação (Mestrado em Letras/Estudos Literários) - Universidade Estadual de Montes Claros. (Orientador).
5. Gerusa Alves dos Santos Dias. Mulheres no espelho: as múltiplas faces do feminino em Duas irmãs, de Maria Benedita Bormann.
Início: 2019.
Dissertação (Mestrado em
Dissertação de mestrado
1. Luciana Tolentino Prates. Representações da cidade em As cidades invisíveis, de Ítalo Calvino e Cidade livre, de João Almino.
2019.
Dissertação (Mestrado em Letras/Estudos
2018.
Dissertação (Mestrado em Mestrado em Letras/Estudos Literários) - Universidade Estadual de Montes Claros, . Orientador: Osmar Pereira Oliva.
4. Daniela Rodrigues Soares. O desejo pedofílico em contos de Autran Dourado.
2017.
Dissertação (Mestrado em Letras/Estudos Literários) - Universidade Estadual de Montes
em Letras/Estudos Literários) - Universidade Estadual de Montes Claros, . Orientador: Osmar Pereira Oliva.
8. Cristiane Antunes. Violência negra - um estudo de Insubmissas lágrimas de mulheres, de Conceição Evaristo.
2015.
Dissertação (Mestrado em Mestrado em Letras/Estudos
Literários) - Universidade Estadual de Montes Claros, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. Orientador: Osmar Pereira Oliva.
9. Cláudia Andrade. Moral e consciência entre a fábula e a peça teatral ? um estudo da poética de Oscar von Pfuhl.
2014.
Dissertação (Mestrado em Letras/Estudos Literários) -
Letras/Estudos Literários) - Universidade Estadual de Montes Claros, . Orientador: Osmar Pereira Oliva.
11. Patrícia Lopes da Silva. O corpo e suas cruéis exigências em A via Crucis do corpo, de Clarice Lispector.
2014.
Dissertação (Mestrado em Letras/Estudos Literários) - Universidade
Estadual de Montes Claros, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. Orientador: Osmar Pereira Oliva.
12. Josélia Santos Oliveira. A (des)construção do defunto estrambótico de Machado: da narração ao voice-over.
2013.
Dissertação (Mestrado em Letras/Estudos Literários) -
Universidade Estadual de Montes Claros, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. Orientador: Osmar Pereira Oliva.
14. Leonardo Vieira. A escrita transgressora em Sudário, de Guiomar de Grammont.
2013.
Dissertação (Mestrado em Letras/Estudos Literários) - Universidade Estadual de Montes
Letras/Estudos Literários) - Universidade Estadual de Montes Claros, . Orientador: Osmar Pereira Oliva.
16. Elizabeth Marli Martins Pereira. Um presente de Morfeu? A insólita gênese e a recepção crítica de Uma vida em Segredo, de Autran Dourado.
2012.
Dissertação (Mestrado em
Letras/Estudos Literários) - Universidade Estadual de Montes Claros, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. Orientador: Osmar Pereira Oliva.
17. Patrícia Lopes da Silva. Eros e Thânatos: o corpo e suas.
2012.
Dissertação (Mestrado em Letras/Estudos Literários) - Universidade Estadual de Montes Claros, Coordenação de
Mestrado em Letras/Estudos Literários) - Universidade Estadual de Montes Claros, . Orientador: Osmar Pereira Oliva.
21. Alexsandra Loiola Sarmento. A flor e o punhal: a crise do masculino na trilogia de Érico Veríssimo.
2009.
Dissertação (Mestrado em Letras) - Centro Universitário Academia -
Supervisão de pós-doutorado
1. Márcio Jean Fialho de Sousa.
2018. Universidade Estadual de Montes Claros, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. Osmar Pereira Oliva.
literatura luso-brasileira) - Universidade Estadual de Montes Claros. Orientador: Osmar Pereira Oliva.
7. Eveli Aparecida Fernandes.
Homoerotismo: desejo e completude.
2006.
Monografia. (Aperfeiçoamento/Especialização em Pós-graduação em literatura luso-brasileira) - Universidade
graduação em literatura luso-brasileira) - Universidade Estadual de Montes Claros. Orientador: Osmar Pereira Oliva.
12. Marina Leite Gonçalves.
"O Cortiço" - representação do masculino no processo de modernização do Brasil.
2006.
Monografia. (Aperfeiçoamento/Especialização em Pós-graduação
em literatura luso-brasileira) - Universidade Estadual de Montes Claros. Orientador: Osmar Pereira Oliva.
13. Marta Gonçalves Ferreira.
A imagem da decadência nas obras de Eça de Queirós e Camilo Castelo Branco.
2006.
Monografia. (Aperfeiçoamento/Especialização em Pós-graduação
em literatura luso-brasileira) - Universidade Estadual de Montes Claros. Orientador: Osmar Pereira Oliva.
14. Shirleyde Silva Soares.
"Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra": a filosofia da vida e a morte implícita nos provérbios.
2006.
Monografia.
(Aperfeiçoamento/Especialização em Pós-graduação em literatura luso-brasileira) - Universidade Estadual de Montes Claros. Orientador: Osmar Pereira Oliva.
15. Valesca Rodrigues de Souza.
Em outro lugar: uma (des)construção da Lilith brasileira nas narrativas masculinas no século XIX.
2006.
Monografia. (Aperfeiçoamento/Especialização
em Pós-graduação em literatura luso-brasileira) - Universidade Estadual de Montes Claros. Orientador: Osmar Pereira Oliva.
Curso. (Graduação em Letras/Português) - Universidade Estadual de Montes Claros. Orientador: Osmar Pereira Oliva.
12. Odete Gonçalves Ferreira.
O fantástico e a monstruosidade feminina na obra Macbeth, de William Shakespeare.
2014.
Trabalho de Conclusão de Curso. (Graduação em
de Curso. (Graduação em Letras/Português) - Universidade Estadual de Montes Claros. Orientador: Osmar Pereira Oliva.
16. Rafael Ramon Barroso Silva.
Relação incestuosa em Sombras de Julho - Uma abordagem psicanalítica e antropológica.
2013.
Trabalho de Conclusão de Curso. (Graduação em
Iniciação científica
1. Leonardo Santos da Silva.
Literaturas Laterais - Linhas de força na ficção contemporânea.
2019.
Iniciação Científica. (Graduando em Letras/Português) - Universidade Estadual de
Claros,
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais. Orientador: Osmar Pereira Oliva.
5. Thales Saymon Mendes Cunha.
Representações do feminino em O Quinze, de Rachel de Queiroz.
2010.
Iniciação Científica. (Graduando em Letras/Português) - Universidade
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais. Orientador: Osmar Pereira Oliva.
7. Agnes Gomes Brant.
Masculinidade e decadência nas Minas de Autran Dourado.
2010.
Iniciação Científica. (Graduando em Letras/Português) - Universidade Estadual de Montes
Claros,
unimontes. Orientador: Osmar Pereira Oliva.
8. Elizabeth Marly Martins Pereira.
Masculinidade e decadência nas Minas de Autran Dourado.
2010.
Iniciação Científica. (Graduando em Letras/Português) - Universidade Estadual de
Montes Claros,
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais. Orientador: Osmar Pereira Oliva.
9. Berenice Pereira de Oliveira.
A maternidade como fator estético na obra de Rachel de Queiroz.
2008.
Iniciação Científica. (Graduando em Letras/Espanhol) - Universidade Estadual
de Montes Claros,
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais. Orientador: Osmar Pereira Oliva.
10.
Montes Claros,
unimontes. Orientador: Osmar Pereira Oliva.
13. Renata Aparecida Pereira Soares.
) Literatura, Identidade, Preconceito e Racismo - Representações do negro no Salão Nacional de Poesia - PSIU POÉTICO.
2007.
Iniciação
de Montes Claros,
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais. Orientador: Osmar Pereira Oliva.
17. Ana Paula Miranda Primo.
O homoerotismo em Grande Sertão: Veredas.
2004.
Iniciação Científica. (Graduando em Letras/Espanhol) - Universidade Estadual de Montes Claros,
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais. Orientador: Osmar Pereira Oliva.
18. Gerusa Alves dos Santos.
A cidade e as serras: verso e reverso de uma identidade masculina.
2004.
Iniciação Científica. (Graduando em Letras/Espanhol) - Universidade Estadual
de Montes Claros,
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais. Orientador: Osmar Pereira Oliva.
19. Fabiana Santos Aquino.
O Ateneu e o Eros Adolescente.
2004.
Iniciação Científica. (Graduando em Letras/Espanhol) - Universidade Estadual de Montes Claros. Orientador: Osmar
Pereira Oliva.
20. Valesca Rodrigues.
Homoerotismo Feminino em O Cortiço.
2004.
Iniciação Científica. (Graduando em Letras/Espanhol) - Universidade Estadual de Montes Claros. Orientador: Osmar
Pereira Oliva.
21. Alessandra Damasceno Rocha.
O homoerotismo em Bom-Crioulo, de Adolfo Caminha.
2002.
Iniciação Científica. (Graduando em LETRAS) - Universidade Estadual de Montes Claros.
Oliva.
24. Maria Rosilva Santos Ferreira.
Erotismo e Linguagem pictórica em Senhora, de José de Alencar.
2002.
Iniciação Científica. (Graduando em LETRAS) - Universidade Estadual de
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais. Orientador: Osmar Pereira Oliva.
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Osmar Pereira Oliva 192
RESUMO
1
Professor de literaturas de língua portuguesa na Universidade Estadual de Montes Claros – Unimontes. Pós-
doutor em Literatura Brasileira. Pesquisador do CNPq e da FAPEMIG. Coordenador do Grupo de Pesquisa em
Estudos Literários da Unimontes – G.E.L.
permanente, enquanto o primeiro tipo é efêmero. Nesse sentido, Aristóteles (2000) afirma que
a amizade perfeita e verdadeira é rara, porque os homens bons e virtuosos também são raros.
Segundo o filósofo, o desejo de amizade pode surgir depressa entre as pessoas, mas a
amizade em si, não, porque ela precisa ser colocada à prova; é preciso convívio constante e
profunda intimidade entre os amigos, o que garante o seu caráter permanente. Por outro lado,
a amizade baseada na utilidade e na troca de vantagens dura apenas enquanto duram as
vantagens. Esta é a amizade entre os maus, acidental, porque se associam em busca do
interesse próprio e se estabelece por analogia com a amizade perfeita, entre os bons, que se
tornam amigos por si mesmos, sem visar a qualquer benefício.
A amizade deve ser cultivada, fortificada a cada dia. Se um amigo se ausenta por
muito tempo, a amizade se desfaz, pois se perdem a constância e a intimidade. Para
Aristóteles (2000), a convivência é um dos mais importantes pilares da amizade. Nesse
sentido, não é possível ser amigo de muitas pessoas ao mesmo tempo, já que a intimidade
demanda dedicação, tempo e muito esforço. Amar parece ser a virtude característica do
amigo, mais do que ser amado. E esse amor deve ser voltado para as virtudes, para o caráter
que o outro possui e, não, pelo prazer ou pela utilidade que dele possam provir. Aristóteles
(2000) diz que a amizade que se constrói sob os pilares das vantagens e dos benefícios
próprios deve ser rompida assim que for constatado esse aspecto utilitarista da convivência,
pois o que é mau não merece ser amado.
O filósofo também afirma que a amizade deve ser rompida quando um amigo evolui
e o outro para, no sentido da intelectualidade e da maturidade do homem. Mesmo assim, um
amigo, mesmo desfeita a relação, deve ser lembrado. É importante ressaltar a afirmação de
Aristóteles (2000) de que o homem ambicioso e egoísta, assim como o “inferior” não são
dignos de amizade, pois nada têm de semelhança com o homem virtuoso e bom. Reiterando o
aspecto moral da amizade, Aristóteles afirma que “não se pode manter com muitas pessoas a
amizade que se baseia na virtude e no caráter de nossos amigos, e devemos dar-nos por felizes
se encontrarmos uns poucos dessa espécie.” (ARISTÓTELES, 2000, p. 213)
Um outro dado importante nas relações de amizade, segundo Aristóteles (2000), é a
comparação que ele faz entre homens viris e homens afeminados. Para o filósofo, o homem
viril abstém-se de fazer seus amigos sofrerem por causa do seu sofrimento e não admite
companheiros de aflição já que ele próprio não é dado a lamentar-se. Por outro lado, os
afeminados, assim como as mulheres, gostam de ter pessoas solidárias com suas aflições, e
amam-nas como amigos e companheiros de pesar. Ao concluir o Livro IX, Aristóteles retoma
a importância da convivência e da intimidade entre os amigos; segundo ele, a visão do ser
amado é a coisa que maior prazer lhes causa e a convivência é a coisa mais desejável,
considerando que a amizade é uma parceria fundada nas semelhanças, na virtude e na
bondade.
Decorei as ideias de sua exposição e vou registrá-las aqui como julgo melhor: ponho
em cena, por assim dizer, as próprias personagens, para não ter de repetir a todo
instante “eu disse” e “ele disse”, e para dar a impressão de que o leitor está na
presença dos interlocutores. (CÍCERO, 2001, p. 7)
Nas suas primeiras considerações sobre a amizade, Lélio afirma que quem se aflige
com seus próprios males não ama o amigo, mas a si mesmo. Isto porque o sentimento passa a
ser ególatra, o que não permite a aproximação e a manifestação do amigo. Relembrando a
convivência com Cipião Emiliano, Lélio diz que dividiu com ele preocupações da vida
política e da vida privada; com ele atravessou a essência de toda amizade, suas preferências,
seus gostos e seus princípios se harmonizavam perfeitamente. Aqui, notam-se os elementos
essenciais à amizade: a convivência, a semelhança e a partilha. A amizade necessita de
proximidade para se consolidar. A intimidade, imprescindível aos amigos, somente se
desenvolve pela convivência. Assim também o verdadeiro amigo partilha dos mesmos ideais,
das mesmas crenças e dos mesmos princípios. Nesse sentido, destaca-se o aspecto ético e
moral da amizade, pois, segundo Lélio, somente entre os bons pode haver amizade; neles
encontram-se fidelidade, integridade, equidade e liberalidade, “não há neles nem cobiça, nem
libertinagem, nem audácia, e possuem uma grande constância.” (CÍCERO, 2001, p.26) Por
possuir todos esses atributos, o que a equipara à virtude, a amizade não pode ser partilhada
entre muitas pessoas, e separa uma sociedade limitadíssima, de sorte que a afeição se restringe
a duas pessoas, ou pouco mais. Dessa maneira, depois da sabedoria, a amizade é a melhor
coisa que os homens receberam dos deuses.
Em suas concepções, Lélio discute a figura do amigo como um espelho no qual nos
encontramos; com o amigo falamos como se falássemos a nós mesmos; com o amigo,
comemoramos nossas alegrias e com ele sofremos igualmente. A amizade verdadeira ameniza
as adversidades: “Assim, quem contempla um amigo verdadeiro contempla como que uma
imagem de si mesmo” (CÍCERO, 2001, p. 33).
Lélio exemplifica a verdadeira amizade a partir da história de Pílades e Orestes, da
peça de Marco Pacúvio, os quais foram presos por tentarem roubar uma estátua de Ártemis,
pertencente ao rei de Táurida. Orestes foi condenado à morte, mas Pílades afirmava ser ele
Orestes, assumindo a culpa e expondo-se à morte, para livrar o amigo. Pergunta-nos Lélio: Se
a encenação foi aplaudida pelo público, o que não faria se encontrasse tal dedicação na
realidade? Lélio afirma que a amizade é tudo aquilo que é verdadeiro e voluntário, uma
propensão da alma acompanhada por um sentimento de amor, nunca o cálculo do proveito que
dela se auferirá.
Quem procura um amigo são aqueles que possuem autoconfiança, que contam com
seu próprio valor e sabedoria, a ponto de parecer não necessitar de mais nada nem de
ninguém. Mas é exatamente aí que reside a verdadeira essência da amizade, como
complemento àquilo que já estava completo, que já era bastante ao homem. O amigo é o que
falta quando parece nada faltar. E, se a amizade tivesse como base a necessidade e as
vantagens, ela não se sustentaria após cessarem os benefícios. Lélio discute quão difícil é
manter uma amizade até o fim da vida, pois desavenças podem surgir, pelo desejo de dinheiro
ou pela disputa de cargos públicos, ou, ainda, por pedirmos ao amigo algo que não é moral
nem justo que ele faça por nós. Nesses casos, é lícito que se desfaçam os laços entre os
amigos, pois é a virtude que “costura” uma verdadeira amizade. De forma que a lei da
amizade consiste em nada de vergonhoso pedir, nada de vergonhoso conceder. Nesse sentido,
a prudência deve ser constante na amizade, somente fazer coisas honrosas e dignas para o
amigo, e, quando necessário, ser franco, ainda que a verdade seja um “mal” aparente para o
outro. Em sua apologia à amizade, Lélio afirma que o homem que dela se priva é como se
privasse o mundo do sol.
A semelhança é um dos atributos mais discutidos, por Lélio, como fundador da
amizade. O que atrai o amigo é a sua virtude, é o que ele tem de bom, é a semelhança de
índole que ele tem para com aquele que dele se aproxima, que o busca. Portanto, deve-se
escolher aqueles que são estáveis e constantes, que são uma espécie rara, uma vez que muitos
homens traem a sua constância diante de uma pequena quantia de dinheiro. Outros colocam as
honras, magistraturas, cargos militares e civis, o poder acima da amizade. Em suma, a
lealdade é a virtude que deve ser encontrada nos amigos, sem a qual é impossível haver
estabilidade e constância. Ainda em relação à semelhança, o amigo deve ser sábio, franco, e
inclinado à brandura, à amabilidade e à doçura. O conselho do filósofo é que, quando faltar ao
amigo constância e virtude, afrouxe-se a amizade, até que ela se “descosture”. Note-se que,
em vez de utilizar o verbo “romper”, o sábio prefere “descosturar”, que produz um efeito de
sentido diferente. Por essa ação, o que estava ligado não se arruína, não se prejudica, apenas
se separa, permanecem inteiros, porém, com suas marcas da antiga ligação. De outra maneira,
deve-se evitar os dissimulados e os bajuladores. Do amigo espera-se, sempre, a franqueza e a
verdade, se não, ele não pode ser chamado de amigo nem de sábio. Ao finalizar o diálogo,
Lélio retoma a ideia de imortalidade da alma, ao afirmar para os seus interlocutores que o que
ele amou em Cipião foi a sua virtude, e essa não morreu.
Ouvi-lo discorrer, em tom coloquial, embora terrível, ainda não é o pior. O pior é
quando se lança sobre nós para nos acabrunhar com os seus poemas e seus escritos.
Mas, de tudo, o mais terrível é ouvi-lo cantar o favorito, com aquela maravilhosa
voz que somos obrigados a ouvir e a aguentar. E agora, à tua pergunta, cora!
(PLATÃO, 1995, p. 36)
Sócrates ouve e concorda com Ctesipo. Para ele, Hipótales torna-se ridículo porque
forja e canta o seu próprio louvor antes da vitória. Quem é experiente no amor não celebra o
amado antes de conquistá-lo, evitando que ele se encaminhe em outra direção. Hipótales pede
a Sócrates, então, que o aconselhe sobre como comportar-se perante o amado. Em seguida,
todos adentram a sala de palestras, onde se encontravam Lísis e seu amigo Menexeno,
discípulo de Ctesipo. As primeiras indagações de Sócrates confrontam o jovem quanto às suas
relações de escravidão e liberdade, considerando que o seu pai não lhe deixava guiar os carros
de luta, enquanto os seus escravos o podiam fazer; era-lhe proibido também tomar as rédeas
do carro de mulas e chicoteá-las, enquanto aos seus servos era consentido. Entre outros
questionamentos, o filósofo incute em Lísis o desejo de liberdade, ainda cerceada pelos seus
pais. Para tal, esclarece-lhe que ele é livre para ler, escrever e tocar a lira porque está
“avisado” dessas coisas, de forma que somos dignos de confiança e livres quando
conhecemos, quando sabemos. Nas palavras de Sócrates:
Pois é assim mesmo, meu caro Lísis: nas coisas de que nos tornamos conhecedores,
todos confiam em nós, helenos e bárbaros, homens e mulheres, e nelas podemos
fazer o que quisermos, e ninguém, por sua alta recreação, nos porá entraves. Nessas
coisas teremos toda a liberdade e seremos guias dos outros. (PLATÃO, 1995, p. 43)
amante, é também, e sobretudo, uma diferença, um suplemento e, não, o seu igual ou o seu
contrário.
Roland Barthes, em “Fragmentos de um discurso amoroso”, define ausência como
sendo “todo episódio de linguagem que põe em cena a ausência do objeto amado – quaisquer
que sejam a causa e a duração – e tende a transformar essa ausência em prova de abandono.”
(BARTHES, 1997, p. 52). A ausência amorosa só tem um sentido, e somente pode ser dita a
partir de quem fica – e não de quem parte. Só há ausência do outro. O que ama é quem fica,
quem espera, quem aguarda. O amado é o que parte, que vive em eterno estado de partida, de
viagem. Daí que quem ama é sempre menos amado do que aquele que se ama. A partir de
Lacan, Barthes cita o enunciado “eu-te-amo” como uma expressão sem nuanças, que dispensa
as explicações, as organizações, os graus, os escrúpulos – é uma holofrase que põe o sujeito
suspenso numa linguagem especular com o outro, e só tem sentido no momento da fala, no
seu dizer imediato.
4. Considerações finais
Ao finalizar este texto, é imprescindível justificar a desordem cronológica com que
trouxe Aristóteles, Cícero e Platão para o meu diálogo. Se o autor de A República tivesse
sido referido primeiro, haveria mais o que dizer? Na condição de um ato de fala, que nos
coloca dentro e suspenso pela linguagem, cabe a nós, nesse artigo sobre a amizade, não
iluminar a dúvida com um conceito, devido à nossa impossibilidade de formulá-lo, e
essencialmente em respeito ao que é próprio da Filosofia, mas indagar também como o
filósofo ateniense: o que é a amizade? Quem é o amado do amigo? O que deseja o amigo em
seu amado? O que falta àquele que ama? São questões que a filosofia se propõe e para as
quais ainda faltam respostas satisfatórias.
ABSTRACT
A male friendship is the subject of several discourses of the classic philosophers and
has been taken over the history of philosophy. This article discusses the concepts of
friendship second Plato, Aristotle and Cicero, with emphasis on kindness, on virtue
and on similarity. For Aristotle, friendship requires intimacy and constancy. Selfish
men who expect from friend only advantages and benefits are not worthy of
friendship. Cicero expands this concept, emphasizing the ethical and moral aspect
of the friendship for this philosopher, only good men can cultivate this affection,
because in them they find fidelity, integrity, equity and liberality. Plato, in other
words, affirms that friendship is born of the desire of what is similar and what is
lacking.
Referências
ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. Tradução de Pietro Nassett. São Paulo: Martin Claret,
2000.
BARTHES, Roland. Fragmentos de um discurso amoroso. Tradução de Hortênsia dos
Santos.Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1997.
CÍCERO, Marco Túlio. Da amizade. Tradução de Gilson César Cardoso de Souza. São
Paulo: Martins Fontes, 2001.
PLATÃO. Lísis. Tradução de Francisco de Oliveira. Brasília: Universidade de Brasília, 1995.
Resumo: Em seu breve livro Como e por que sou romancista, José de Alencar rebate a crítica que apontava a
imitação e a filiação de O guarani a The Last of the mohicans, do norte-americano Fenimore Cooper. Para o
romancista brasileiro, o que se precisa examinar em sua narrativa é se as descrições de O guarani têm algum
parentesco ou afinidade com as descrições de Cooper, mas isso não fazem os críticos, porque dá trabalho e exige
que se pense. Alencar declara ter lido Cooper e Chateaubriand, mas o seu grande livro de inspiração foi a
exuberante natureza pátria. Ainda hoje, muitos estudos se desenvolvem repetindo as aproximações entre Alencar
e Cooper ou entre Alencar e Chateaubriand. No entanto, em releituras do romance Eurico, o presbítero, de
Alexandre Herculano, podem-se perceber parentescos e afinidades no tom grandiloquente dos narradores ao
descreverem a natureza, as edificações e as ruínas, os rios Sália (de Portugal) e o Paquequer (do Brasil). Neste
trabalho se pretende, pois, apontar algumas semelhanças nessas descrições e propor o parentesco estético desses
dois romances históricos.
Abstract: In his short book How and Why I Am a Novelist, José de Alencar refutes the critique that pointed to
the imitation and affiliation of his work, The Guarani/ O Guarani, to The Last of the Mohicans, by the American
Fenimore Cooper. For the Brazilian novelist, what needs to be examined in his narrative is whether the
descriptions in The Guarani have any similarity or affinity with Cooper's descriptions, but this is not done by the
critics because it requires hard work and thinking. Alencar claims to have read Cooper and Chateaubriand, but
that his great source of inspiration was the exuberant homeland nature. Even today, many studies are carried out
repeating the approximations between Alencar and Cooper or between Alencar and Chateaubriand. Nevertheless,
it is in the novel Eurico, the priest/ Eurico, o presbítero, by Alexandre Herculano, that it is possible to perceive
similarities and affinities in the grandiloquent tone of both the narrators as each of them describes the nature, the
buildings, the ruins, and the rivers Sália (of Portugal) or the Paquequer (of Brazil). This work aims, therefore, to
point out such similarities in both descriptions and to propose an aesthetic approach in those two historical
novels.
3
GALO DE OURO E MEMORIAL DE MARIA MOURA: RACHEL DE QUEIROZ E
AS CONTRADIÇÕES DO FEMININO – ENTRE A INDEPENDÊNCIA E A
CONFORMAÇÃO
RESUMO: Este trabalho pretende discutir os romances Galo de ouro e Memorial de Maria Moura, de
Rachel de Queiroz, na perspectiva de gênero, ressaltando as representações do feminino, entre a
independência e a conformação ao lar. Em sua maioria, as personagens femininas criadas pela
autora cearense lutam por igualdade social, reivindicam liberdade de pensamento e poder de decisão
nas relações afetivas e procuram resistir à subordinação ao masculino, ao mesmo tempo em que
sentem a falta de uma companhia masculina, gerando a aparente contradição.
PALAVRAS-CHAVE: Feminino; Feminismo; Independência feminina; Conformação.
GOLDEN COCK AND MARIA MOURA'S MEMORIAL: RACHEL DE QUEIROZ AND THE FEMALE
CONTRADICTIONS - BETWEEN INDEPENDENCE AND CONFORMATION
ABSTRACT: This work intends to discuss the novels Galo de ouro e Memorial de Maria Moura by
Rachel de Queiroz, in the perspective of genre, emphasizing the feminine representations between
independence and conformation. In its majority, the feminine characters created by the author from
Ceará, fight for social equality, claim for freedom of thought and decision-making power in the
affective relationships and aim to resist to the masculine subordination, at the same time that they
miss a male company, generating an apparent contradiction.
KEYWORDS: Feminine; Feminism; Feminine independence; Conformation.
Introdução
1
Mestre e doutor em Estudos Literários, pela Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG. Professor efetivo
do mestrado em Estudos Literários da Universidade Estadual de Montes Claros - Unimontes, onde desenvolve
pesquisas sobre gênero e as linhas de força na literatura de autoria feminina. E-mail: osmar.oliva@unimontes.br
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São eles, respectivamente: A donzela e a Moura Torta (1948), Um alpendre, uma rede, um açude (1958), O
caçador de tatu (1967), O homem e o tempo (1964-1976), As terras ásperas (1993); Lampião (1953), A beata
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A jovem escritora tinha ideias avançadas para o seu tempo; além da consciência
política, das leituras socialistas e das participações como cronista nos jornais O Ceará,
Diário de Notícias, O Cruzeiro e em O Jornal, era também filiada ao Partido Comunista
brasileiro, mas com ele rompeu por discordar de certas ideologias que contrariavam as
atividades da intelectual, da literata, discussão essa que aparece tão claramente no
romance Caminho de Pedras. Por outro lado, em entrevista, Rachel de Queiroz afirmou que
não era nem aceitava o rótulo de feminista. No entanto, suas personagens de grande
relevo são as femininas, e agem, no plano ficcional, como poderiam agir as heroínas
feministas da vida real. Em sua maioria, são mulheres que lutam por igualdade social, que
reivindicam liberdade de pensamento e poder de decisão nas relações afetivas e que se
afastam da subordinação ao masculino.
O fato de a autora cearense ter se envolvido com o Partido Comunista e,
posteriormente, apoiado o Golpe Militar, com Humberto Castelo Branco, certamente
contribuiu negativamente para a recepção crítica da sua obra, pouco lida e discutida ainda
hoje nas Universidades. Afirmação semelhante se pode fazer pelas duras críticas que Rachel
direcionava às feministas de sua época: “Eu sempre tive horror das feministas; elas só me
chamavam de machista. Eu acho o feminismo um movimento mal orientado. Por isso sempre
tomei providências para não servir de estandarte para ele.” (QUEIROZ, 1997, p. 26) Heloísa
Buarque de Hollanda, no ensaio “O éthos Rachel”, discute a escassez de fortuna crítica
sobre essa escritora, e afirma que:
Maria do Egito (1957); O menino mágico (1983), Cafute & Pena-de-Prata (1986), Andira (1992); Tantos anos
(1998).
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sem grandeza. Eduardo de Assis Duarte (2005, p. 106) corrobora essa afirmação, no sentido
de que Rachel de Queiroz seguiu a trilha das mulheres que se colocaram na vanguarda de
sua época e ousaram penetrar nos espaços ocupados essencialmente por homens, como o
mundo das letras, a redação do jornal, a célula partidária.
Assim também, na contracorrente da literatura permitida para as mulheres, proibida
nos colégios de freiras, Rachel escreveu quatro romances com ideias socialistas e feministas
e suas personagens femininas, na maioria, seguem a mesma tendência de sua criadora.
Trata-se dos romances O quinze (1930), João Miguel (1932), Caminho de pedras (1937) e
As três Marias (1939), os quais já foram discutidos por mim em outro artigo, intitulado
“Rachel de Queiroz e o romance de 30 – ressonâncias do socialismo e do feminismo”,
publicado nos Cadernos Pagu, nº 43, Campinas Jul/Dez. 20143.
A vida em marcha à ré
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Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-83332014000200385
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Primeiro levanta um empréstimo, depois começa a trabalhar de serão. E por mais que faça
não há maneira do dinheiro chegar.” (QUEIROZ, 1989, p. 10)
O romance inicia com um resumo sobre a servilidade do homem aos caprichos de
uma mulher. Por meio do discurso irônico, o narrador alerta ao leitor sobre as artimanhas de
que se valem as mulheres para melhorarem cada vez mais o espaço doméstico, desde a
aquisição da casa própria até a mobília, vestuário e outros pequenos adornos, sendo essas
as primeiras necessidades básicas para uma família. Por outro lado, fica subentendido um
princípio feminino de que um homem não deve prometer a uma mulher aquilo que ele não
pode cumprir. Nazaré, quando Mariano a encontrou na praia, a caminho de sua casa, já
revelava claramente suas ambições e julgamentos a respeito do lugar onde vivia, sem
nenhum conforto. O rapaz soube logo de que era uma mocinha exigente e inconformada com
a sua condição de pobreza. Ainda assim, prometeu-lhe uma vida melhor. Ela não se
esqueceu das promessas feitas durante o namoro e o que fez, depois de casada e de ter
filhos, foi simplesmente cobrar o que o marido já não podia oferecer. Mais uma vez o
narrador não deixa o leitor no malogro, pois não escondeu as aspirações da personagem que
nos apresenta ao longo da narrativa.
Se Nazaré é uma protagonista emblemática da insubordinação do feminino na
galeria de personagens de Rachel de Queiroz, nesse mesmo romance Percília e dona Loura
também não se enquadram no perfil de mulheres “domesticadas”. Mariano vivia em um
quarto de aluguel, dividido com um outro rapaz. Em sua ausência, recebia a jovem Percília,
mulata clara, que não se preocupa com os julgamentos dos outros. O narrador nos informa
que, desde que começara a frequentar o quarto de Mariano, este vinha pensando em
casamento, mas Percília já havia se entregado a outro homem e ela mesma não ligava muito
para o casamento. A moça engravida e vai morar com Mariano. Dona Loura também é uma
mulher pouco convencional, pois desde os dezesseis anos vivia com seu Zé Galego, depois
que passara duas noites na casa dele, durante um carnaval. Com a morte do seu
companheiro e a separação do seu compadre Mariano, ela é quem propõe a ele que os dois
juntem as duas famílias. Ainda que Rachel de Queiroz tivesse rejeitado o rótulo de escritora
feminista, suas personagens encenam gestos ou ações de protestos contra a opressão e a
discriminação da mulher. Dessa forma, o feminismo assume um sentindo muito mais amplo,
como toda e qualquer atitude de reivindicação aos mínimos direitos da mulher e de
inconformismo à submissão masculina.
Dona Loura e Percília aproximam-se, especularmente, pela crença espírita, motivo
que renderia um interessante trabalho crítico, inédito na ficção de Rachel de Queiroz. No
entanto, centralizaremos nossa análise em torno da personagem Nazaré, transgressora dos
costumes tradicionais do matrimônio. Mariano encontrou Maria de Nazaré aos 17 anos,
voltando de uma festa, de madrugada, acompanhada de um rapaz, duas velhas e outras
moças. Vejamos como o narrador a descreve:
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Era alta, cheia de corpo, a cor do rosto fechada mas o cabelo liso. (...) Cortava
o cabelo na altura dos ombros, pintava as unhas com esmalte cor-de-rosa e
os lábios de vermelho vivo. Pó-de-arroz não lhe empanava o moreno-escuro
do rosto, e o vestido era tão curto que lhe descobria a curva dos joelhos.
(QUEIROZ, 1989, p. 57).
Nazaré era uma moça bonita e conhecia a impressão sedutora que causava nos
homens. Sua maquiagem e suas roupas são usadas com o propósito de despertar o
interesse dos homens. Além disso, gostava de dançar, de namorar, de passear no Rio e
chegar tarde da noite em casa. Nessa passagem, quando está voltando para casa, encontra-
se com Mariano, já viúvo de Percília, com quem tivera uma filha, acompanhado do seu amigo
Salviano, que já fora namorado de Nazaré. Ela fala alto, para que o rapaz escute:
Prefiro uma boa morte a me casar com um sujeito da ilha, pra ir morar em
rancho numa beira de praia dessas, cozinhar toda a minha vida numa trempe,
me encher de filho e ver que estou me acabando na flor da vida, só de boba.
Só porque não tive coragem de ir embora. (QUEIROZ, 1989, p. 60).
95
Ela se vestiu de noiva, Mariano deu-lhe a seda, depois pagou o feitio: cetim
brochê com cauda, sim cauda, arrastando pelo adro, tal como Nazaré
sonhara. E teve enxoval pequeno, mas bonzinho, com as suas peças de
seda – cetim lustroso igualmente, renda de loja nas barras. Mariano deu tudo
– se ia fazer as coisas, melhor de uma vez fazer bem-feito. (QUEIROZ,
1989, p. 154)
Mariano também construiu uma casinha, mobiliou-a com prazer e zelo. Inicialmente,
Nazaré cuidou do lar e da sua enteada com dedicação, mas permanecia o seu principal
defeito – o gosto desesperado por rua. Ia ao teatro, ao cinema, ao circo. Mesmo com o
nascimento dos três filhos, continuava a passear pela cidade, bem vestida, esquecendo-se
das obrigações maternais. A primeira grande crise do casal deu-se no dia do batizado do
José, filho que recebera o mesmo nome do malandro que namorara na mocidade.
Em conversa com sua mãe, sob os protestos dela quanto a essa falta de juízo da
filha, Nazaré confessa: “Zezé foi o único homem a quem tive amor neste mundo. Pra mim, no
dia em que ele morreu, tudo que prestava se acabou! Por isso me casei com esse molenga –
ele ou outro, tanto fazia”. (QUEIROZ, 1989, p. 177) À distância, Mariano ouviu o diálogo, sem
ser pressentido. A confissão da esposa provocou intensa discussão, culminando em
agressão física. Mariano, “cego de raiva, de vergonha, de ciúme, ergueu o braço e bateu,
bem em cheio, no rosto que amara, que tantas vezes beijara, que talvez ainda continuasse
amando. Os nós dos dedos, secos e duros, em cima da boca atrevida, tirando-lhe sangue
dos lábios.” (QUEIROZ, 1989, p. 177)
Mariano já não mantinha a casa como no início do casamento, nem dava a Nazaré
os presentes de que gostava. O trabalho de bicheiro rareava e outros empregos
fracassaram. A família pobre aumentava em número de filhos e em demandas para a sua
subsistência. Já sabíamos de que Nazaré não se contentava com o mínimo e, com o
casamento e o nascimento dos filhos, Nazaré estava mais madura, mais bonita ainda do
que quando era mocinha. Na noite da briga, Mariano embebeda-se e dorme na casa da
comadre Loura, já viúva. No dia seguinte, passa em casa e encontra os filhos sozinhos. Vê
a esposa nas ruas do Rio, usando um vestido claro e curto, os braços de fora, os cabelos
soltos pelos ombros, mais parecendo uma mulher jovem e solteira, namoradeira, do que
uma mãe de três filhos.
Nazaré ia se fazendo cada vez mais bonita, vestindo cada vez melhor. Apesar das
dificuldades financeiras pelas quais passavam, não lhe faltavam vestido, sapato, pintura,
frasco de cheiro. Continuava saindo mais e sem pedir licença a ninguém. Um dia, a filha do
casal, após apanhar da mãe, conta a Mariano que Nazaré está saindo de barco com um
homem. Os dois discutem novamente e a esposa afirma que mantinha o relacionamento
extraconjugal há meses:
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Ele mora do lado de lá, em Ramos, e vem aqui só me ver! Vem à força de
remo, porque não é nenhum aleijado, tem dois braços para remar! Vive me
pedindo pra ir embora com ele – pois eu vou! Vou ter roupa, vou ter sapato,
vou sair, vou ao cinema, vou tomar sorvete em confeitaria chique, na cidade.
Vou gozar tudo que você me prometeu e me enganou, seu miséria! Aleijado
sem préstimo! Pensava que eu ia viver aqui todo o tempo, feito negra de
cozinha, servindo só pra sua escrava? (QUEIROZ, 1989, p. 199).
Mariano foi humilhado duplamente. Primeiro, porque estava sendo traído pela
esposa há meses. Segundo, porque Nazaré ressalta o seu defeito físico, decorrente do
acidente que sofrera quando Percília morrera. Enfrentado sem qualquer temor, o marido
arma-se de facão e vai até a praia, à espera do homem que aviltava o seu lar. Frustrado
nessa busca de vingança, Mariano senta-se à sombra de uma amendoeira velha e chora –
ato comum para esse masculino que vive em marcha à ré. Depois do pranto, retorna a casa,
encontrando os filhos sozinhos novamente, os quais lhe informam que Nazaré havia
abandonado o lar, conforme prometera. Nesse mesmo dia, Mariano acerta com a comadre
Loura a união das duas famílias, ele com quatro filhos e ela com três.
O romance termina com um resumo da trajetória dessa desarrumada família
brasileira, constituindo novas mulheres e prenunciando outras transgressões femininas.
Mariano ganhando cada vez menos e bebendo cada vez mais, para esquecer as dificuldades
financeiras. Dona Loura, envelhecida e fraca, lavando e engomando junto com a filha muda,
para ajudar com as despesas da grande família. Gina vivia de cabeça virada, cheia de
namoro com um fuzileiro, contra a vontade do pai. A Mundica, fazendo teste para cantora de
rádio, profissão considerada inadequada para moças de família, naquela época; a muda Lu
entregando-se a qualquer homem:
Interessante que o narrador não nos informa como se desenvolvia o José, único
descendente homem dessas vidas de infortúnios, talvez seguindo o mesmo destino de
Mariano, ou de todos os homens, inevitavelmente atendendo aos apelos do feminino,
conforme Rachel de Queiroz prenuncia ao abrir esse romance. Por outro lado, podemos
também apontar um gesto de desconstrução, como discute Eduardo de Assis Duarte (2003),
ao afirmar que o feminismo propõe a revisão de papéis tradicionalmente atribuídos a homens
e mulheres, abalando a moral patriarcal e apresentando demandas que pavimentam o
caminho da desconstrução. Galo de ouro narra essa luta da mulher contra a segregação do
97
corpo e a busca de uma nova moral sexual que respeite a diferença, como é o caso das
mulheres mestiças e pobres ali representadas.
É ele ou eu!
98
não pode ser feliz nem se sentir realizada socialmente sem a companhia de um homem,
ainda que quase todas as protagonistas femininas procurem não se submeter às vontades
masculinas nem se conformarem ao espaço doméstico.
Para discussão desse caráter ambíguo de Maria Moura, partimos, portanto, do
quarto capítulo, no qual a personagem rememora como iniciou a sua saga de banditismo e
as suas transformações físicas e morais. Quando ela procurou o padre José Maria para fazer
a confissão de que havia se entregado a Liberato, o homem que vivia amasiado com a sua
mãe, a protagonista tinha 17 anos e ainda acreditava no poder redentor da religião. Naquele
tempo, os trabalhadores de sua casa a tratavam de Sinhazinha, era uma moça simples e
delicada, até que Liberato influencia a sua completa transformação, começando pela sua
liberação sexual:
99
casaria com ele, nem permitiria que fosse acusada de mandante do crime. Então, João
Rufo, trabalhador da fazenda e amigo da família, será o homem manipulado ardilosamente
para limpar as pistas e desobstruir o caminho de transição da sinhazinha em direção à
guerreira masculinizada.
O último ritual dessa transformação se dá com a investida dos primos Tonho e
Irineu, na tentativa de tomar-lhe as terras ou de casar Maria Moura com Irineu. Para esse
fim, os irmãos tomam de assalto armado a fazenda da prima. Ela ateia fogo a casa e
foge, já sabedora das terras dos padres, em lugar distante, que o avô do seu pai
comprara e ninguém ainda havia tomado posse. É para lá que ela se dirige, junto com
João Rufo e outros poucos companheiros, em busca de um tesouro escondido e
procurando refazer sua vida:
Vou prevenir a vocês: comigo é capaz de ser pior do que com cabo e
sargento. Têm que me obedecer de olhos fechados. Têm que se esquecer de
que eu sou mulher – pra isso mesmo estou usando estas calças de homem.
Bati no peito:
_ Aqui não tem mulher nenhuma, tem só o chefe de vocês. Se eu disser que
atire, vocês atiram; se eu disser que morra é pra morrer. Quem desobedecer
paga caro. Tão caro e tão depressa que não vão ter tempo nem para se
arrepender. (...) puxei o meu cabelo que descia pelas costas feito numa trança
grossa; encostei o lado cego da faca na minha nuca e, de mecha em mecha,
fui cortando o cabelo na altura do pescoço. (...)
_ Agora se acabou a Sinhazinha do Limoeiro. Quem está aqui é a Maria
Moura, chefe de vocês, herdeira de uma data na sesmaria da Fidalga Brites,
na Serra dos Padres. (QUEIROZ, 1992, p. 84)
100
mulher quer ter um homem seu (...) Mão de homem, braço de homem, corpo de homem.”
(QUEIROZ, 1992, p. 201).
Essa cena é significativa porque vem entrecortada de contradições. É quase
inacreditável que até o repulsivo Irineu, seu primo, durante uma luta corporal tentando
novamente capturá-la, tenha lhe despertado sensações eróticas agradáveis, desejo de
prazer. Ao mesmo tempo em que a Moura afirma sua dependência a um homem viril, que lhe
fizesse sentir-se mulher, dominada, possuída, afirma que gosta de ser senhora dos homens,
de comandá-los. Em suas palavras:
Me sinto bem, montada na minha sela, do alto do meu cavalo, rodeada dos
meus cabras; meu coração parece que cresce, dentro do meu peito. Mas, por
outro lado, também queria ter um homem me exigindo, me seguindo com um
olho cobiçoso, com ciúme de mim, como seu fosse coisa dele. (QUEIROZ,
1992, p. 202)
Maria Moura recorta sua aparente feminilidade e forja uma identidade masculinizada,
mas não consegue reprimir seus desejos heterossexuais e, em alguns momentos, sua
vontade de apresentar-se como uma mulher comum, cuidando de suas roupas, de seus
adornos, de sua casa, e de ver-se acompanhada de um homem forte, viril, que a fizesse
mulher de verdade. Em outra passagem, Maria Moura lamenta que, se o seu pai não tivesse
morrido, talvez agora estivesse casada, dormindo nos braços do seu marido. Essas reflexões
aparecem em muitos capítulos narrados pela moça guerreira.
Maria Osana de Medeiros Costa, em “Maria Moura, uma saga de poder, amor e
morte”, também discute essa construção de uma identidade masculinizada para a
protagonista, mas a partir do espelhamento na história de crimes e de pecados da carne
cometidos pelo padre José, ou Beato Romano. Sua análise é interessante porque aproxima,
por meio dos estudos de gênero, essas duas personagens. Segundo essa autora, a história
dos três crimes decorrentes do relacionamento amoroso com Dona Bela estabelece uma
curiosa relação com a história também dos três crimes premeditados por Maria Moura:
Instalada nas terras que eram do seu bisavô, olhando a casa forte ali construída e as
benfeitorias realizadas na fazenda, além do gado que agora criava, a Moura se orgulhava
das conquistas e do seu poder, que era conhecido em terras distantes. Nada disso, no
101
entanto, supria a falta de um homem. Até que chega à casa forte um seu primo bastardo, o
Duarte que, à primeira vista, lhe seduz: “Olhei pra ele. Cada vez me agradava mais, até
mesmo como homem. Nunca tinha andado perto de mim nenhum rapaz como aquele – na
força do homem, bonito de cara –, alto, forte, calmo, bom de riso.” (QUEIROZ, 1992, p. 299)
Com Duarte, Maria Moura viveu bons e agradáveis momentos. O rapaz era
obediente e servil, durante o dia e, à noite, era o homem viril admirado por ela, desejosa de
tê-lo sempre ao seu lado, ainda que os companheiros de luta desconhecessem esse
relacionamento afetivo da chefe. Durante esse tempo, Maria Moura apazigua o seu conflito
interior, pois conseguiu apresentar-se masculinizada e durona durante o dia, e femininizada e
sensível durante a noite. Com Duarte, a Moura pôde conciliar a sua dupla personalidade.
Mas o rapaz precisou afastar-se a trabalho, quando chega à casa forte um jovem louro,
bonito, sob encomenda de proteção e de cuidados da Moura, pois havia se envolvido em
uma briga por posses de terras e estava sendo perseguido pela família de um homem morto
nesse confronto.
Em pouco tempo, o jovem Cirino despertará o interesse sexual da sua protetora e se
apossará de Maria Moura com violência, mas sem a sua resistência. A força do sangue
imperou sobre ela, que não conseguia mais viver sem o seu protegido:
Com o passar dos dias, já não era só à noite que eu procurava a companhia
dele. (...) Meu corpo chegava a doer quando a gente se tocava – e continuava
doendo quando se separava. Assim mesmo eu procurava disfarçar de todo
mundo as fraquezas da Moura nova, fingindo a antiga dureza, a da Moura de
antes. (QUEIROZ, 1992, p. 393).
Maria Moura percebe o perigo desse poder que um homem como Cirino exerce
sobre ela. Então, vendo-se à beira do precipício, pensando mesmo em entregar-lhe a casa, a
fazenda, os homens, o comando de tudo para ser apenas sua mulher, resolve matá-lo:
“Agora era ele, ou eu”, sentencia a Moura. Para esse fim, promete a Valentin, marido de sua
prima Marialva, os quais viviam em sua propriedade, que deixaria tudo o que tinha como
herança para o filho deles, se Cirino morresse. A ardilosa aranha, mais uma vez, estendeu
os seus fios e armou a sua rede, conduzindo Valentin ao assassínio para que ela pudesse
ver-se livre do amante que ameaçava a sua independência afetiva.
O romance termina com a ordem dos sentimentos reestabelecida e a Moura a
caminho de mais uma batalha, contra soldados que vêm em sua captura. Fábio Lucas
interpreta com muita argúcia essa cena, a partir da acentuação de um traço dominante na
personalidade de Maria Moura: o da aventura,
102
de cavalaria. Não é o pouso da casa, agarrada ao lombo da serra, que traduz
o seu ideal. Antes é o apelo da estrada que a seduz, o desafio para a
conquista de novas posses, segundo o princípio da força e da violência, sob a
regência da cobiça. (LUCAS, 2005, p. 66-67)
Esse final talvez signifique a morte simbólica de uma dupla personalidade. Rachel
poderia, mais uma vez, como o fizera em O quinze, alertar às mulheres que é impossível
seguir um feminismo radical. Uma mulher não pode assumir uma identidade masculina nem
se tornar um homem ou agir completamente como os homens agem. Uma mulher não pode,
segundo a ficção produzida por Rachel de Queiroz, existir sem a companhia de um homem
forte, viril, que faça uma mulher se sentir fêmea, de verdade. Em um sentido ou em outro, o
romance não finaliza com essa cena, pois não se fecha na imaginação do leitor, o qual fica
na expectativa de uma nova aventura, como se lhe faltasse o último capítulo.
Referências bibliográficas
CARONE, Modesto. Resumo de Ana. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.
COSTA, Maria Osana de Medeiros. “Maria Moura, uma saga de poder, amor e morte.” In:
DUARTE, Constância Lima; DUARTE, Eduardo de Assis; BEZERRA, Kátia da Costa (orgs).
Gênero e representação na Literatura Brasileira. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2002. p.
183-189.
DUARTE, Eduardo de Assis. “Classe e gênero no romance de Rachel de Queiroz”. In:______
Literatura, política, identidades – ensaios. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2005.
DUARTE, Eduardo de Assis. “Feminismo e desconstrução: anotações para um possível
percurso”. In: BRANDÃO, Izabel; MUZART, Zahidé L. Refazendo nós. Florianópolis: Editora
Mulheres, 2003.
HOLLANDA, Heloísa Buarque de. “O éthos Rachel”. In: Cadernos de Literatura Brasileira.
Número 4. São Paulo: Instituto Moreira Salles, 1997.
LUCAS, Fábio. “Aspectos literoculturais da obra de Rachel de Queiroz”. In: Lições de
Literatura Nordestina. Salvador: Fundação Casa de Jorge Amado, 2005. p. 55-66.
OLIVA, Osmar Pereira. “Rachel de Queiroz e o romance de 30: ressonâncias socialistas e
feministas”. In: Cadernos Pagu, nº 43, Campinas Jul/Dez. 2014, disponível em
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-83332014000200385, acesso em 28 de
março de 2020.
QUEIROZ, Rachel de. O galo de ouro. In: Obra reunida. v. 3. Rio de Janeiro: Editora José
Olympio, 1989.
QUEIROZ, Rachel de. Memorial de Maria Moura. São Paulo: Siciliano, 1992.
103
QUEIROZ, Rachel de. Cadernos de Literatura Brasileira. Número 4. São Paulo: Instituto
Moreira Salles, 1997.
Referência eletrônica: OLIVA, Osmar Pereira. Galo de Ouro e Memorial de Maria Moura:
Rachel de Queiroz e as contradições do feminino - entre a independência e a conformação.
Criação & Crítica, n. 29, p., mai. 2021. Disponível em: <http://revistas.usp.br/criacaoecritica>.
Acesso em: dd mmm. aaaa.
104
Judaísmo, Israel e as referências bíblicas em Elogio da sombra, de Jorge Luis
Borges
Judaism, Israel and the Biblical references in Praise of the Shadow, by Jorge Luis
Borges
Osmar Pereira Oliva*
Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) | Montes Claros, Brasil
osmar.oliva@unimontes.br
Resumo: Não são recentes os estudos literários que apontaram para a presença
da tradição judaica na obra de Jorge Luis Borges. No entanto, poucos se
dedicaram aos poemas organizados em 1969 sob o título Elogio da sombra. Nessa
coletânea, vários desses textos poéticos dialogam com passagens bíblicas e com
o imaginário em torno de Israel. Este artigo tem como principal objetivo discutir
os conceitos de judaísmo e de identidade judaica e analisar os poemas
intitulados “Israel” e os demais que trazem referências bíblicas a fim de ratificar
a crítica já produzida que identificou a admiração e a afinidade de Borges para
com os judeus e para com a cultura judaica.
Abstract: The literary studies, which have indicated Jewish influences in the
fictional production of Jorge Luis Borges, are not recent. However, few have
devoted themselves to the poems organized in 1969 in the book entitled Praise of
the Shadow, in which there are poems that dialogue with biblical passages and
with the imaginary around Israel. This article aims to discuss the concepts of
Judaism and of Jewish identity and to analyze the poems entitled Israel and the
others which convey some biblical references, in order to ratify the already
produced criticism which identified the admiration and the affinity of Borges
towards the Jews and towards Jewish culture.
*
Professor na Universidade Estadual de Montes Claros e Doutor em Letras:
Literatura Comparada pela Universidade Federal de Minas Gerais.
1
Arquivo Maaravi: Revista Digital de Estudos Judaicos da UFMG. Belo Horizonte, v. 12, n. 23, nov. 2018. ISSN: 1982-3053.
sangre, somos griegos y judíos… Muchas
veces me pienso judío pero me pregunto si
tengo derecho de hacerlo.
(Jorge Luis Borges)
Israel, assim como o judaísmo, não são conceitos facilmente apreendidos. E, não
raras vezes, são muito mal interpretados. Principalmente, se não nos
posicionarmos a partir de um “lugar” teórico adequado. No senso comum,
Israel é hoje um Estado Nação, tendo como capital Jerusalém e o hebraico como
língua oficial. Sua autonomia política se deu em maio de 1948, por intervenção
das Nações Unidas. No entanto, sua origem é muito mais remota e se relaciona
com a crença de que Deus teria escolhido um povo que se tornaria incontável e
se espalharia por toda a terra. De acordo com o Pentateuco, Jacó era neto de
Abraão e tinha três mulheres e 12 filhos, os quais constituíram os reinos do
Norte (Israel, com sede em Samaria) e do Sul (Judá, com sede em Jerusalém)
logo após a conquista da terra prometida (Canaã) sob liderança de Josué.
No século VIII a.C., os assírios conquistaram os reinos do Norte, tornando
cativo o seu povo na Assíria ou espalhando-o por outros territórios, a ponto de
desaparecerem dos relatos bíblicos. Em 586 a.C., Jerusalém foi sitiada sob
comando de Nabucodonosor II e os descendentes de Judá, Benjamin e Levi,
foram levados cativos para a Babilônia, mas mantendo suas crenças e tradições,
tentando resistir à assimilação estrangeira. Ainda assim, foram influenciados
pela religião, pelos costumes e pela língua do colonizador. O hebraico, por
exemplo, perdeu força para o aramaico. Em 539 a.C., Ciro, rei da Pérsia,
conquistou a Babilônia e reconduziu esses hebreus a Yheud, antigo território de
Judá. Esse povo é a considerada nação de Israel e sua religião passou a ser
chamada de judaísmo. No ano 70 da Era Cristã, Tito, o imperador romano,
conquistou e saqueou Jerusalém, espalhando, mais uma vez, os judeus pelo
mundo, chegando aos Países Baixos, Balcãs, Turquia, Palestina e até o
continente americano. Com esse breve histórico, esperamos situar a formação
da nação de Israel e a constituição do povo judeu e da religião judaica.
Somente em 1948, a Organização das Nações Unidas oficializou a criação do
Estado de Israel, dividindo o então território da Palestina em dois Estados, um
árabe e um judeu. A partir de então, temos a segunda concepção de Israel, não
como uma nação bíblica, mas como uma nação secular, com território
delimitado e organização política própria, desencadeando as sucessivas guerras
de despossessão, já que o território do novo Estado era habitado,
majoritariamente, por árabes, de religião islâmica. Até os nossos dias,
confrontam-se, portanto, pela posse da terra, e em nome de uma eleição divina
2
Arquivo Maaravi: Revista Digital de Estudos Judaicos da UFMG. Belo Horizonte, v. 12, n. 23, nov. 2018. ISSN: 1982-3053.
– tanto Israel (judeus) quanto a Palestina (árabes) se julgam herdeiros de uma
promessa para serem donos daquela terra.
Judith Butler, em Caminhos divergentes,1 discute a tarefa impossível e necessária
do binacionalismo, e dialoga com um dos livros mais recentes de Edward Said –
Freud e os não europeus, para refletir sobre o caráter ambivalente do povo judeu.2
Partindo da aceitação de que Moisés seja o fundador do judaísmo, subentende-
se que não é possível dissociá-lo do que seja o árabe, já que Moisés foi um
hebreu criado e educado no Egito, entre não judeus. O ponto crucial da
aproximação entre árabes e judeus, para Said, é o seu argumento de que,
quando as tábuas da lei foram entregues a Moisés por desígnio divino, não
havia distinção de vida entre judeu e árabe.
A segunda aproximação para a qual nos chamam Butler e Saud é quanto ao
“deslocamento” que caracteriza tanto a história do povo judeu quanto do povo
palestino, o que constituiria uma aliança possível e até desejável. Israel deveria,
de acordo com essa perspectiva, lembrar-se de sua própria experiência de
despossessão de territórios e de direitos para forjar uma aliança com aqueles
vizinhos-irmãos que vem despossuindo. Essa possibilidade geraria o desejado
binacionalismo, pois tanto Israel quanto Palestina se identificariam com a
diáspora em todos os tempos. Moisés, que viveu entre os dois povos – judeus e
árabes – seria, portanto, o exemplo de uma identidade “impura”, binacional.
A concepção utópica do binacionalismo é retomado por Butler a seguir, nesse
mesmo livro, problematizando a religião judaica e suas relações com o Estado
de Israel, de certa forma antagônicas, pois se tratam de duas questões bem
distintas: a secular e a do porvir. Suas discussões são embasadas, obviamente,
no aspecto essencialmente político que ronda Israel e Palestina, sem perder de
vista a força da religião que parece dar legitimidade ao que ela considera
“violências militares” e desterritorializações. Dessa vez, é Hannah Arendt a
intelectual que lhe serve de apoio para realizar uma crítica da “violência
ilegítima” do Estado-nação de Israel contra o Estado da Palestina. Importante
ressaltar que, para esses intelectuais, somente Israel deve ceder, não responder
a atos de terrorismo em seu território ou garantir a segurança de seus cidadãos.
A perspectiva deslegitimadora do Estado de Israel é, pois, um paradoxo nesses
pensadores. Afinal, quer-se um território binacional, a partir de um ponto de
vista único. Mais uma vez, Butler apresenta uma saída impossível, por meio do
conceito de coabitação, salvaguardando a pluralidade, já que todos têm direito
de pertencimento:
1
BUTLER, 2017.
2
SAID, 2004.
3
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[...] não só não podemos escolher com quem habitamos a
Terra, como também devemos preservar e afirmar
ativamente o caráter de não escolha da coabitação
inclusiva e plural: além de vivermos com quem nunca
escolhemos e com quem podemos não ter nenhum senso
social de pertencimento, também somos obrigados a
preservar essas vidas e a pluralidade da qual fazem parte.
Nesse sentido, normas políticas concretas e prescrições
éticas surgem do caráter de não escolha desses modos de
coabitação. Coabitar a terra antecede qualquer
comunidade, nação ou vizinhança possível. Às vezes
podemos escolher onde viver, com quem viver ou perto
de quem, mas não podemos escolher com quem coabitar a
Terra.3
Sobre o fanatismo, e em contraponto a esse olhar enviesado sobre e contra
Israel, a fé e a convivência entre os povos no século 21, vale a leitura de dois
escritores israelenses fundamentais: Amós Oz e David Grossman. Oz publica
em 2002, em Israel, e em 2004, no Brasil, Contra o fanatismo,4 e em 2016, em Israel
e 2017, no Brasil, Mais de uma luz,5 textos indispensáveis para que se tenha uma
reflexão crítica e pacífica entre as vozes, muitas vezes mentirosas e histéricas, de
acordo com Nadine Gordimer, a respeito dos conflitos atuais no Oriente Médio.
De Grossman, entre outros títulos, Presencias ausentes: conversaciones con
palestinos em Israel, publicado em Israel em 1992 e ainda inédito no Brasil.
Em O judeu não-judeu e outros ensaios, Isaac Deutscher problematiza o que é ser
judeu, qual o lugar desse intelectual na sociedade moderna e qual o papel que
nela representa.6 Em suas reflexões, não se pode defini-lo sem referências ao
mundo exterior e aos antagonismos que dividem a humanidade. É preciso,
nessa tentativa de identificação, pensar na sociedade em que vive, em que
nação está inserido. Além do mais, com tantas diversidades econômicas,
políticas, étnicas, religiosas e geográficas, é cada vez mais difícil definir o que
seria a identidade de alguém. Ainda assim, Deutscher aponta para o fato de que
o maior redefinidor da identidade judaica foi Hitler, e Auschwitz foi o terrível
berço dessa nova consciência. Nessa perspectiva, de forma enviesada, essa
reflexão aponta para a perseguição e o massacre dos judeus reforçando o
sentimento de pertencimento a uma etnia, conforme se depreende dos
3
BUTLER, 2017, p. 130.
4
OZ, 2004.
5
GROSSMAN, 1994.
6
DEUTSCHER, 1970.
4
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patriarcas do Pentateuco, como Abraão e Moisés, mas muito mais que esse
caráter bíblico.
Não é somente a linhagem, ou a genealogia sanguínea que determina a
identidade judaica, que não é una, mas múltiplas e diversas. Por meio da
religião, há uma corrente identitária que possibilita a conversão ao judaísmo.
Por meio do nacionalismo, pode-se requerer o pertencimento à comunidade de
Israel. No entanto, ele argumenta:
A definição de um judeu é tão artificiosa precisamente
porque a Diáspora expõe os judeus a uma tremenda
variedade de pressões e influências e, também, a grande
diversidade de meios que eles tinham para defender-se da
hostilidade e da perseguição”.7
De formação marxista, Deutscher se identificou mais com o judeu pobre,
operário, leitor de literatura mundial e clássica, como os trabalhadores de
Varsóvia e das províncias polaco-lituanas. Crítico do capitalismo, ateu,
internacionalista, o autor afastou-se do judaísmo de sangue e de religião para se
identificar com uma “comunidade” mais ampla e difusa. Entenda-se, por meio
de sua incondicional solidariedade aos perseguidos e exterminados:
Sou judeu porque sinto a tragédia judaica como a minha
própria tragédia; porque sinto o pulsar da história judaica;
porque daria tudo que pudesse para assegurar aos judeus
auto-respeito e segurança reais e não fictícios.8
Essa identidade plural e complexa é discutida também por Esther Kuperman,
em “O novo antissemitismo”.9 A primeira distinção que a autora faz é entre
judeu e israelense. O primeiro, para essa pesquisadora, vincula-se a uma
tradição religiosa e cultural, com base na Torá; o segundo vincula-se ao Estado
de Israel, e nem todo israelense professa a religião judaica, assim como o seu
contrário é também verdade. Há, ainda, um judaísmo ortodoxo que, sequer,
aceita a existência do Estado de Israel, pois em sua crença, esse Estado seria
instaurado com a vinda do Messias.
O que é um judeu? Quem é judeu? Lúcia Chermont, em “Reflexões sobre ser e
pertencer na narrativa da comunidade judaica paulista”, estuda essa questão e
se ampara em entrevistas realizadas com judeus de comunidades paulistas.10
Para alguns, ser judeu é de nascença (ser filho de pais judeus); para outros, é
7
DEUTSCHER, 1970, p. 49.
8
DEUTSCHER, 1970, p. 49.
9
KUPERMAN, 2013. p. 465-469.
10
CHERMONT, 2013. p. 490-505.
5
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por pertencimento a uma cultura e a uma religião prática; para outros, não é
necessário, necessariamente, seguir a lei judaica e os ensinamentos talmúdicos;
e ainda há os que defendem a assimilação cultural e religiosa – o sincretismo.
Desses entrevistados, há outros para os quais ser judeu é reconhecer a tradição
judaica, respeitar e se identificar com ela, sentir a história dos judeus como
parte dessa história, o que aproxima suas definições, de certa forma, da
identificação proposta por Deutscher.
Jorge Luis Borges, ao aproveitar elementos da cultura judaica e da Bíblia, cria a
impressão de que o eu lírico nos poemas sobre Israel se identifica com o
judaísmo moderno, não ortodoxo, flexível e aberto à assimilação. Israel, nos
poemas em foco neste artigo, não se configura como uma geografia física, muito
menos pátria celeste, mas é um símbolo literário, em forma de Livro, no qual a
história de um povo que se considera eleito se encontra registrada; não sem as
aproximações com a alteridade, com o judeu pobre, com o judeu mercador, com
o judeu filósofo, com o judeu escritor, com o judeu homem comum. E mais,
judaísmo e cristianismo andam juntos nos versos borgianos, o que pareceria
uma contradição, se desconsiderássemos a pluralidade, as acomodações e as
negociações que as identidades realizam na contemporaneidade. Não são
poucos os judeus convertidos ao cristianismo existentes em diversas partes do
mundo.
Aos 21 anos, Borges começou a se interessar pela sua possível ascendência
judaica sefardita, a partir do sobrenome Acevedo, que consta na lista de judeus
portugueses convertidos que emigraram para a Argentina. Desde que a herança
sanguínea não foi comprovada, o autor dedicou-se, em sua literatura, a temas e
personagens do universo judaico e bíblico. Isso justifica, em parte, sua paixão
pelo holandês judeu sefardita Baruch Spinoza, referido em um dos poemas
sobre Israel e em outros textos de sua lavra.
Lyslei Nascimento, em “Memória de Sefarad em Jorge Luis Borges”, discutiu
um pequeno texto do autor argentino, “Eu judeu”, em resposta à Revista Crisol,
que o acusara de ter sangue judeu, como se fosse uma ofensa. Segundo a
pesquisadora,
a cultura judaica sefardita, mais especificamente, se
inscreve na obra de Borges, de forma contundente, na
poesia. Além dessas citações explícitas, é possível
vislumbrar, em sua obra, uma poética e uma dicção que se
inscrevem na tradição judaica dos comentários e das
6
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interpretações rabínicas nas múltiplas referências aos
copistas, aos bibliotecários e aos estudiosos rabinos.11
Por meio de sua literatura, podemos depreender o encontro de tradições e o
interesse pela tradição judaica, o que, inevitavelmente, autoriza os leitores de
Borges a estudar sua produção poética por esse crivo. Além disso, conforme
Nascimento, a escritura borgiana se arma sobre um movimento duplo de
reconhecer-se numa linhagem dupla, ambivalente: tanto de uma possível
genealogia sanguínea quanto da familiaridade literária de sua eleição. E, em
muitos casos, essa linhagem dupla se atravessa mutuamente, ou seja, muitos
escritores admirados por Borges são também judeus de nascimento. Sem os
comentar, a pesquisadora lista os três poemas que têm Israel no título,
informando que foram publicados no contexto da Guerra dos Seis Dias,
envolvendo Israel e os países árabes, o que expressava a coragem de Borges em
tornar pública sua admiração e sentimento de pertencimento à comunidade
judaica israelense, como veremos em nossas discussões a partir daqui.
Elogio da sombra é o quinto livro de poemas de Borges, publicado em 1969,
alternando as formas prosa e verso, como o próprio autor explica no prefácio.
Em 1971, foi traduzido para a língua portuguesa por Carlos Nejar e Alfredo
Jacques, com edição da Editora Globo. Nesses poemas, encontram-se sua
inspiração em Martín Fierro, sua admiração e homenagem a Heráclito, James
Joyce, Ricardo Güiraldes, Lugones; e representações de Israel em três poemas
que receberam esse título, além de um diálogo poético com personagens e
narrativas bíblicas. Homenagem e inspiração, pois, explicam o título, o qual
prenuncia o olhar favorável e o discurso de louvor do poeta (elogio), assim
como parece querer chamar a atenção do leitor para algo que é obscuro, não
compreendido, sobre o que ainda não incidiu a luz (sombra). No primeiro
plano, estão os autores de sua predileção; no segundo, as projeções do
imaginário judaico-cristão, como Israel, Jesus Cristo e Judas.
Jorge Luis Borges nasceu em Buenos Aires, Argentina, em 1899, mas aos 16 anos
já havia se mudado com os pais para a Suíça, onde faleceu em 1986. No ano
anterior, concedeu uma entrevista ao jornalista Roberto D´Ávila, na qual temos
a seguinte declaração sobre a cegueira:
Uma das primeiras cores que se perde é o negro. Perde-se
a escuridão e o vermelho também. Vivo no centro de uma
indefinida neblina luminosa. Mas não estou nunca na
escuridão. Neste momento esta neblina não sei se é
azulada, acinzentada ou rosada, mas luminosa. Tive que
11
NASCIMENTO, 2011, p. 3.
7
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me acostumar com isto. Fecho os olhos e estou rodeado de
luz, mas sem formas. Vejo luzes. Por exemplo, naquela
direção, onde está a janela, há uma luz, vejo minha mão.
Vejo movimento mas não coisas. Não vejo rostos e letras.
É incômodo mas, sendo gradual, não é trágico. A cegueira
brusca deve ser terrível. Mas se pouco a pouco as coisas se
distanciam, esmaecem…12
Desde a infância, como declara Borges, ele começou a perder a visão.
Gradativamente, de forma que o trágico foi amenizado, anunciado aos poucos.
Aos 55 anos, Borges já não enxergava nada. Seus livros passaram a ser ditados
para alguém, que anotava suas ideias e, depois, o poeta as organizava. O Elogio
da sombra vem a público quando Borges tinha 70 anos. A sombra, portanto,
remete diretamente à cegueira, mas também às experiências pelas quais passou
– seus sentimentos, aspirações, amizades e leituras – e o balanço do vivido, o
que pode apontar para um teor memorialístico nessa concepção de sombra. A
sombra pode evocar, também, a sua ascendência judaica não esclarecida, mas
que se manifesta, inequivocamente, em sua obra. O livro se abre com o poema
intitulado “João, I,14”:
Não será menos um enigma esta folha
Que as de Meus livros sagrados
Nem aquelas outras que repetem
As bocas ignorantes,
Crendo-as de um homem, não espelhos
Obscuros do Espírito.
Eu sou o que É, o Foi e o Será,
Torno a condescender à linguagem,
Que é tempo sucessivo e emblema.13
A partir do título, temos uma referência explícita à encarnação do verbo divino,
o qual habitou no meio dos homens, cheio de graça e de verdade, conforme
descrito nos versículos de abertura de Gênesis, o primeiro livro do Pentateuco, e
no evangelho escrito por João. No primeiro livro, vislumbramos a imagem de
um Deus solitário que paira sobre uma existência escura e vazia, e que passa a
povoar o mundo por meio da nomeação, por meio da palavra:
No princípio, criou Deus os céus e a terra. A terra, porém,
estava sem forma e vazia; havia trevas sobre a face do
12
D´ÁVILA, 1985.
13
BORGES, 1971, p. 5.
8
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abismo, e o Espírito de Deus se movia sobre a face das
águas”.14
Já no livro do evangelista, é a imagem do filho de Deus que desce à terra
tomando forma humana, aproximando-se, pois, de suas criaturas:
No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus. E o
Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas
as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada
do que foi feito se fez. [...] E o Verbo se fez carne e habitou
entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua
glória, glória como do unigênito do Pai.15
O livro de João, de certa forma, reflete Gênesis, já que ambos são abertos pela
nomeação do sopro divino, o Aeloym Adonai. De acordo com Pedro Geiger, em
seu nome, temos o sufixo “ym” que se associa ao espírito, ao que é fluido e está
em toda parte, portanto, de caráter imanentista; nesse sufixo hebraico, também
se encontra uma explicação para que o Deus de Israel seja trino (Pai, Filho,
Espírito Santo), já que “ym” é a desinência hebraica de plural. Em “Adonai”,
expressa a sua transcendência, aquele que liga a terra ao céu, ao metafísico. Sua
explicação etimológica nos auxilia a compreender como o vento (o espírito, o
corpo fluido) flutuava sobre as águas.16
O que se depreende dessas referências bíblicas, na forma de um poema de
abertura, é a consagração da linguagem como princípio fundador de todas as
coisas, naquela mesma perspectiva heideggeriana de que nada existe onde a
palavra falta, pois todo discurso possível ocorre primeiro como uma
experiência de linguagem,17 em consonância com a perspectiva de Gênesis,
segundo o qual tudo o que existe foi criado a partir da palavra.
Especularmente, Borges se apropria dessa composição nominativa, do Deus-
Palavra, para instaurar a sua poética de louvor e de lembranças. De cunho
metaliterário, “João, I, 14” cria um eu lírico que se aproxima do Cristo da Bíblia,
ou mesmo do Deus cristão, por meio da afirmação “Eu sou o que Sou”, além de
expressar sua humanidade, ao ter desejado brincar com seus filhos (os homens),
ter nascido de um ventre, ter vivido encarcerado em um corpo (mesmo sendo
Deus):
Quem brinca com um menino brinca com algo
Próximo e misterioso;
14
Gn 1: 1-2.
15
Jo 1:1-3.
16
GEIGER, 2013.
17
HEIDDEGGER, 2003.
9
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Eu quis brincar com Meus filhos.
Estive entre eles com espanto e ternura.
Por obra de magia
Nasci curiosamente de um ventre.
Vivi enfeitiçado, encarcerado num corpo
E na humildade de uma alma.18
Sintetizando esse rebaixamento, do transcendente ao imanente, o eu lírico
conclui: “Fui amado, compreendido, louvado e pendi de uma cruz./ Bebi o
cálice até as fezes.”19 Assim, adentramos o Elogio da sombra, e nos deparamos
com poemas em prosa e em verso que dialogam tanto com o imaginário cristão
quanto com o judaico.
A ideia de Israel como um recurso poético é recorrente no livro, aponto de
encontrarmos três poemas contendo esse nome em seus títulos. O primeiro
deles intitula-se “A Israel”:
Quem dirá se estás perdido
Labirinto de rios seculares
De meu sangue, Israel? Quem, os lugares
Que meu sangue e teu sangue percorreram?
Não importa. Sei que estás no sagrado
Livro que abarca o tempo e que a história
Do rubro Adão resgata e a memória
E a agonia do Crucificado.20
O eu lírico não faz nenhuma referência geográfica ou material ao espaço de
Israel. Os versos compõem-se de imagens em forma de memória, de referências
bíblicas. Ao mesmo tempo, o passado e o presente se conjugam no poema, pois
a história de fundação da humanidade se cruza com a história orgânica do
sujeito que canta esses versos. A concepção de labirinto é-nos bastante
interessante porque, nesse caso, é construída pela metáfora dos rios de sangue
que se comunicam, que se integram. Essa metáfora nos possibilita desvelar uma
vontade de o eu lírico se fazer pertencer àquela nação e àquele povo, como
prenunciamos na abertura deste estudo.
A crítica literária tem apontado o judaísmo de Jorge Luis Borges. No entanto,
por esses poemas dialógicos com a Bíblia e que constroem representações de
Israel, trata-se de um judaísmo não ortodoxo, um paradoxal “judaísmo cristão”,
pois as relações que o autor estabelece com os textos bíblicos margeiam,
18
BORGES, 1971, p. 5.
19
BORGES, 1971, p. 6.
20
BORGES, 1971, p. 30.
10
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também, o imaginário cristão, o que contraria o judaísmo mais conservador,
segundo o qual ainda se espera o Messias. Também intitulado “Israel”, o
segundo poema de Elogio da sombra apresenta-nos o Cristo por meio das
seguintes metáforas:
Um homem prisioneiro e enfeitiçado,
Um homem condenado a ser serpente
Que guarda um ouro infame,
Um homem condenado a ser Shylock,
Um homem que se inclina sobre a terra
E que sabe que esteve no Paraíso,
Um homem velho e cego que há de romper
As colunas do tempo,
Um rosto condenado a ser máscara,
Um homem que apesar dos homens
É Spinoza e o Baal Shem e os cabalistas [...].21
Como no poema de abertura, “João 1:14”, retoma-se a representação do judeu
errante; daquele desterrado da glória, como filho de Deus, para encarcerar-se
em um corpo finito e sujeito a sentimentos e dores, condenado ao martírio. Mas
também um Deus-homem encantado pelas suas criaturas, a ponto de desejar
brincar com seus filhos, como já vimos no poema anteriormente comentado. De
maneira ambivalente, pode-se interpretar esse homem como um judeu
qualquer, se considerarmos os estereótipos costumeiramente utilizados para
perseguir e condenar os judeus ao longo dos tempos.
Em suas pregações, Jesus Cristo anunciava um reino vindouro, cujas ruas são
calçadas de ouro e de cristal; os muros da “nova Jerusalém” são de diamantes e
de jaspe. E Ele seria o seu rei. O poema retoma a imagem do Deus humanizado,
que se inclina sobre a terra, apesar de saber que esteve no Paraíso. O eu-lírico
faz o Cristo atravessar, também, diversas identidades, associadas ao judaísmo.
Primeiro ele é Shylock, o judeu da peça O mercador de Veneza, de Shakespeare,
com toda a carga preconceituosa e negativa ali presente, por ser agiota e
espertalhão. Depois, será “um homem velho e cego que há de romper as
colunas do templo”, em clara referência ao hercúleo Sansão, vencido
fisicamente pelos seus inimigos e enfeitiçado pela sua amada e bela Dalila.
Esse “homem prisioneiro e enfeitiçado” é também Spinoza, outro judeu filósofo
racionalista do século XVIII, ou Baal Shem, rabino fundador do judaísmo
chassídico, originado na Polônia do século XVII como forma de apoio moral às
comunidades judaicas dispersas e perseguidas naquele território de que fazia
21
BORGES, 1971, p. 30.
11
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parte a Ucrânia, a Podolia e a Volhinia. Nesses poemas, relemos diversos
elementos estigmatizadores da identidade judaica;22 no entanto, Borges os
ressignifica ao associar o judeu a um intelectual, um premiado pelo dom da
criação artística. De uma outra maneira, é outra vez o escolhido, o homem-livro,
o que gera e guarda a eternidade.
Desse poema, pode-se estabelecer ainda uma analogia com o mito do judeu
errante, considerando essas metamorfoses tantas por que passam esse homem
“condenado a ser serpente”, o qual está na origem dos tempos e atravessa a
eternidade, desde o procurador ao dentista, do filósofo ao mercador,
um homem condenado a ser escárnio,
abominação, o judeu,
um homem lapidado, incendiado
e afogado em câmeras letais,
um homem que teima em ser imortal
e que agora voltou a sua batalha,
à violenta luz da vitória,
formoso como um leão ao meio-dia.23
Composto por meio de contrastes, Borges evoca o estigma do judeu pária a fim
de contrapô-lo ao elogio do formoso leão vitorioso. Nesses versos, somos
convocados a relembrar o judeu sem pátria, perseguido, queimado nos
genocídios, desintegrado nos campos de concentração, nas câmaras de gás e nos
crematórios. Mas que ressurge qual fênix, resistindo à morte e à destruição.
Inegavelmente, o passado e o presente se conjugam, pela referência implícita à
Guerra dos Seis Dias.
Tanto no primeiro poema, “A Israel”, quanto no segundo, “Israel”, não vemos
referências físicas, geográficas do pouco que conhecemos do país, seja em seus
primórdios tempos bíblicos, seja na atualidade. Israel é, para Borges, uma
memória, um passado mítico que produziu um Deus e homens eternizados no
tempo. Essa ausência de referenciação espacial reforça que a paisagem de Israel
reside na linguagem, na palavra, prenunciada no poema de abertura do livro
Elogio da sombra. Ou, de uma outra maneira, tanto o judeu israelense de todos os
tempos quanto o Jesus Cristo crucificado são a própria história que se conta
século após século, feito o Livro, com letra maiúscula como Borges o inscreve
nesses poemas, eternizado em poesia.
Cláudio Correia Leitão, em “Cegueira e olhares em Borges e Graciliano
Ramos”,24 discute como as cidades de Buenos Aires e do Rio de Janeiro são
22
NIEMETZ, 2016.
23
BORGES, 1971, p. 31.
12
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recorrentes na produção literária desses dois escritores. Sua análise se
desenvolve a partir da aproximação pertinente entre a cegueira progressiva de
Borges e as crises temporárias de cegueira de Ramos como dados biográficos
que atuam na construção de suas obras. Para Leitão, “as cidades devem ser
consideradas também, em maior ou menor grau, como subrealidades
subjetivas”.25 Em Borges, o olhar se revela por meio de lembranças e o espaço
resulta de um tempo evocado pela memória.
O poema “Israel, 1969” pressupõe uma viagem do eu poético a Jerusalém, essa
cidade imaginária que povoa os sonhos de judeus e cristãos, especialmente. Em
1969, Borges passou dez dias em Tel Aviv e em Jerusalém, a convite do governo
israelense e do seu amigo David Ben Gurión, com quem estreitou relações e se
correspondeu. Em 1971, retornou a Israel para ser premiado por seu apreço à
nação e à cultura judaica.
Para quem se sente pertencente àquela pátria, a viagem pode ser interpretada
como um encontro com as origens – até então desconhecidas, ou uma
materialização da ideia que se tem sobre aquele espaço e aquela cultura. O eu
lírico assume, dessa forma, a voz de uma coletividade, a judaica, quando com
Israel e com o israelita se identifica, no sentido de reafirmar a sentença divina
da dispersão, do exílio e da batalha como destino. O poema se abre em primeira
pessoa para, ao final, dirigir-se ao judeu/israelita o vaticínio, em tom profético:
Esquecerás quem és.
Esquecerás quem foste nas terras
[...]
Esquecerás a língua de teus pais e aprenderás a língua
[do paraíso.
Serás um israelita, serás um soldado.
Edificarás a pátria com lodaçais; a levantarás com
[desertos.
Trabalharás contigo teu irmão, cujo rosto não viste nunca.
Uma só coisa te prometemos:
Tua sorte na batalha.26
Contextualizado em 1967, data da Guerra dos Seis Dias, quando Israel combatia
os exércitos do Egito, da Síria e da Jordânia, o poema reafirma a condição
judaica da dispersão e o seu destino bélico como forma de resistência e de
construção identitária. Em meio às adversidades, o israelita será um soldado,
24
LEITÃO, 1997, p. 105-125.
25
LEITÃO, 1997, p. 106.
26
BORGES, 1971, p. 45.
13
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um arquiteto da nação entre lodaçais e desertos, ou, em outras palavras, uma
forma de superar os estereótipos e se tornarem vitoriosos, como prêmio das
perseguições e das diásporas.
Não podendo ver a cidade, devido a sua cegueira, o eu lírico projetado pelo
escritor a reduz a uma abstração, ficando a cargo do leitor completar a geografia
que os versos apenas aludem, já que não há nesses poemas em foco descrições
de espaços citadinos como ruas, muros, construções, movimento de pessoas,
veículos ou de animais. Ainda que Leitão baseie a sua análise comparativa entre
Borges e Ramos a partir de Buenos Aires, podemos estender o conceito de
cidade-ideia aos poemas sobre Israel, à cidade de Jerusalém, “Porque o nome da
cidade é mais uma ruína circular, mais um silogismo, como inúmeras
enciclopédias, inventadas ou não, ou mais uma expressão do labirinto”.27
Em 1971, o Estado de Israel concedeu a Borges a sua maior honraria, o Prêmio
Jerusalém, assim comentado pelo escritor:
No hay nada en el mundo entero una ciudad que haya
sido tan anhelada como Jerusalem… es una gran copa
donde se han decantado y acumulado los sueños, las
vigilias, las oraciones y las lágrimas de quienes no la
vieron nunca pero sintieron hambre y sed de ella.28
O misticismo da cidade considerada uma das mais antigas do mundo sempre o
fascinou, torna-se, pois, “una gran copa donde se han decantado y acumulado”
sonhos, vigílias, orações e lágrimas.
Talvez em resposta à acusação de sua origem judaica, Borges compõe o poema
“Azevedo”, no qual o sentimento de pertencimento é evocado e articulado a
uma suposta ascendência. Consciente de que a identidade não pode ser
encontrada senão na pluralização, o eu poético metaforiza sua condição
diaspórica, por meio dos
Indefinidos campos que não posso
de todo imaginar. Meus anos tardam
e não olhei ainda essas cansadas
léguas de pó e pátria que meus mortos
viram cavalgando, esses abertos
caminhos, seus ocasos e alvoradas.
A planície é ubíqua. Avistei-os
Em Iowa, no Sul, em terra hebreia,
Naquele salgueiral da Galileia
27
LEITÃO, 1997, p. 114-115.
28
Cf. COHEN, [s.d.].
14
Arquivo Maaravi: Revista Digital de Estudos Judaicos da UFMG. Belo Horizonte, v. 12, n. 23, nov. 2018. ISSN: 1982-3053.
Que os humanos pés de Cristo palmilharam.
Não os perdi. São meus [...].29
Os caminhos pelos quais cavalgaram seus antepassados são diversos, da
Inglaterra a Israel, até os Azevedo da Península Ibérica. O elogio da sombra,
nesse poema, se expressa no empenho dessa voz poética em deter, por meio da
linguagem fundadora, sua filiação judaica, cuja lembrança atravessa não só os
campos geográficos por onde passaram seus familiares mas também o
imaginário bíblico que lhe ensombra, como a referência ao Salmo 137, no qual
Davi canta as saudades e a melancolia dos cativos hebreus durante a escravidão
babilônica. Nesse texto, temos a representação das harpas dependuradas nos
salgueiros, como alusão à tristeza e à falta de perspectiva de libertação. Ainda
assim, como temos procurado relativizar, o judaísmo borgiano contempla a
figura do Cristo humanizado que perpassa muitos dos seus textos, como se vê
nos últimos versos desse poema.
Outro poema em diálogo com a Bíblia e com a tradição judaica é “Lenda”, em
prosa, imaginando Caim e Abel, após a morte. Uma das interpretações do
destino dos judeus parte desse relato bíblico, segundo o qual Caim é expulso da
convivência familiar e é condenado a vagar pelo deserto, dando origem ao mito
do judeu errante, assinalado na testa para não ser morto. Os dois se encontram
no deserto e se reconheceram, a distância, devido à estatura de ambos. Sentam-
se, acendem o fogo e comem, em silêncio. O poema narrativo constrói a
semântica do perdão, por meio do esquecimento. Caim pede perdão ao irmão, e
Abel nem mesmo sabe se foi morto ou se ele é quem havia assassinado Caim.
“Lenda” encerra uma moral, à maneira da fábula, pois aconselha ao leitor que
“esquecer é perdoar”, “enquanto durar o remorso, dura a culpa”.30
Borges afirmou em algumas entrevistas que o seu “judaísmo” se deve, em
parte, à cultura religiosa de sua avó paterna, Fanny Haslam Arnett, que era
inglesa e anglicana, de quem recebeu ensinamentos da Bíblia. Para Borges, a
vida de Cristo é uma das melhores narrativas que o mundo já produziu,
inclusive comparada a Ilíada e Odisseia, segundo o próprio autor. Neste artigo,
procuramos ratificar a crítica já produzida sobre os afetos do escritor argentino
para com os judeus e para com o judaísmo. Mas também pontuamos alguns
elementos do cristianismo, o que pode parecer contraditório à primeira vista.
No entanto, cumpre esclarecer que o autor não se fixa em territorialidades
geográficas ou religiosas. O cristianismo que se depreende de sua produção
literária não é o religioso, é antes literário, uma poética em forma de um
cristianismo apócrifo, enviesado, que transita para o judaísmo e para o ateísmo
29
BORGES, 1971, p. 37.
30
BORGES, 1971, p. 54.
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Arquivo Maaravi: Revista Digital de Estudos Judaicos da UFMG. Belo Horizonte, v. 12, n. 23, nov. 2018. ISSN: 1982-3053.
sem se ancorar em nenhuma das margens. Assim, Israel, Jerusalém, Jesus
Cristo, o judaísmo são temas literários que muito lhe fascinaram, menos por
crença religiosa, mais por recurso de imaginação e criação artística.
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Referências
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Arquivo Maaravi: Revista Digital de Estudos Judaicos da UFMG. Belo Horizonte, v. 12, n. 23, nov. 2018. ISSN: 1982-3053.
LEITÃO, Cláudio Correia. Cegueira e olhares em Borges e Graciliano Ramos.
In: MARQUES, Reinaldo; MACIEL, Maria Esther. Borges em dez textos. Belo
Horizonte: Sette Letras, 1997. p. 105- 125.
OZ, Amós. Contra o fanatismo. Trad. Denise Cabral de Oliveira. Rio de Janeiro:
Ediouro, 2004.
OZ, Amós. Mais de uma luz: fanatismo, fé e convivência no século XXI. Trad.
Paulo Geiger. São Paulo: Companhia das Letras, 2017.
SAID, Edward. Freud e os não europeus. Trad. Arlene Clemesha. São Paulo:
Boitempo, 2004.
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Recebido em: 20/09/2018.
Aprovado em: 20/10/2018.
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Arquivo Maaravi: Revista Digital de Estudos Judaicos da UFMG. Belo Horizonte, v. 12, n. 23, nov. 2018. ISSN: 1982-3053.
Eixo Roda, Belo Horizonte, v. 27, n. 3, p. 249-266, 2018
Abstract: This study reads the novel Grande Sertão: Veredas and the influences of the
pictorial art in the composition of its narrative. From the author’s records, found in the
material filed in the Instituto de Estudos Brasileiros (Institute of Brazilian Studies) and
in Guimarães Rosa’s appreciation for painting, we present the relations between first-
person narrative and color variations in the novel. Those plays on light and shadows
helped us to read the intricate dubiousness that rules the life, violence and sexuality
of Riobaldo.
Keywords: Grande Sertão: Veredas; light and shadow; painting; doubt.
eISSN: 2358-9787
DOI: 10.17851/2358-9787.27.3.249-266
250 Eixo Roda, Belo Horizonte, v. 27, n. 3, p. 249-266, 2018
1
Anotações escritas a caneta, localizadas na Pasta E17, “Dante, Homero, La Fontaine”
do Arquivo Guimarães Rosa, pertencente ao Instituto de Estudos Brasileiro, da
Universidade de São Paulo, São Paulo, SP.
Eixo Roda, Belo Horizonte, v. 27, n. 3, p. 249-266, 2018 251
2
Classificação no arquivo: EO- 13, 02, p. 17.
Eixo Roda, Belo Horizonte, v. 27, n. 3, p. 249-266, 2018 253
Gerais em serras planas, beleza por ser tudo tão grande, repondo a
gente pequenino” (ROSA, 1986, p. 276) e “E por fim viemos esbarrar
num lugar feio, como feio não se vê. – Tudo é Gerais... – eu pensei, por
consolo” (ROSA, 1986, p. 352). Nesse território cindido e descrito em
cores divergentes, ora como potência de vivacidade e de beleza, ora
como lugar de batalhas e de cenas violentas, encontramos verdadeiros
exercícios de composição e pintura.
A importância da cor e da dimensão visual no texto rosiano
determina a gênese de seu fazer poético. Em resposta a Lorenz sobre
o que o teria levado a ser escritor, Rosa remete-se à infância, de onde
surge uma expressão que orienta esta leitura: “Desde pequenos, estamos
constantemente escutando as narrativas multicoloridas dos velhos”
(ROSA,1994, v.1, p. 33). Esse dizer da infância continua a pautar a
forma como o escritor vê o mundo, explicitada em sua reação diante
dos quadros de Cuyp.
Não é gratuita tal leitura, uma vez que o interesse de Guimarães
Rosa pelas artes visuais está amplamente documentado em material
depositado no Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São
Paulo (IEB/USP), no conjunto para a obra intitulado “Estudos para Obra”,
formado por 25 cadernos (contendo fichamentos de obras sobre pintura,
literatura e filosofia, além de incontáveis listas), 7 cadernetas (em geral
com anotações de viagens) e 38 pastas temáticas organizadas pelo autor,
que cobrem os mais diversos assuntos.
Neste conjunto destaca-se o Caderno 16, “Estudo para obra –
Pintura”,3 sem qualquer indicação de data. Trata-se de um caderno escolar,
tipo brochura, numerado, em que estão anotados trechos, copiados ou
traduzidos, de duas obras: Initiation au dessin (Iniciação ao desenho) e
Initiation a la peinture (Iniciação à pintura), ambos presentes no acervo da
Biblioteca de Rosa, depositada no IEB. Os dois volumes estão anotados,
e com trechos destacados e sublinhados. As marcas de leitura indicam que
Guimarães Rosa estudou com minúcia conceitos de desenho e de pintura,
intercalando essas anotações de vocábulos com expressões de cunho
próprio, antecedidos pelo conhecido sinal “m%”, como se conhecem os
termos e passagens em que o autor marca sua criação.
3
ROSA, João Guimarães. Caderno 16. Pertencente à coleção “Estudos para Obra
– Pintura” do Fundo João Guimarães Rosa do Instituto de Estudos Brasileiros, da
Universidade de São Paulo, São Paulo, [19--]. Microfilme 68.
256 Eixo Roda, Belo Horizonte, v. 27, n. 3, p. 249-266, 2018
4
ROSA, João Guimarães. Caderno 16. Pertencente à coleção “Estudos para Obra
– Pintura” do Fundo João Guimarães Rosa do Instituto de Estudos Brasileiros, da
Universidade de São Paulo, São Paulo [19--]. Microfilme 68.
5
ROSA, João Guimarães. Caderno 16. Pertencente à coleção “Estudos para Obra
– Pintura” do Fundo João Guimarães Rosa do Instituto de Estudos Brasileiros, da
Universidade de São Paulo, São Paulo, [19--]. Microfilme 68.
6
ROSA, João Guimarães. Caderno 16. Pertencente à coleção “Estudos para Obra
– Pintura” do Fundo João Guimarães Rosa do Instituto de Estudos Brasileiros, da
Universidade de São Paulo, São Paulo, [19--]. Microfilme 68.
7
Anotações feitas pelo autor em caderneta arquivada no Instituto de Estudos Brasileiros
da Universidade de São Paulo. Classificação: EO, 07-01-, p. 41.
Eixo Roda, Belo Horizonte, v. 27, n. 3, p. 249-266, 2018 257
8
Entre esses estudos destacamos Badinter (1986, 1993) e Dorais (1994a, 1994b).
Eixo Roda, Belo Horizonte, v. 27, n. 3, p. 249-266, 2018 261
é forte, com as astúcias. Deus mesmo, quando vier, que venha armado!
Violência”. (ROSA, 1986, p. 19); “A guerra era o constante mexer do
sertão” (ROSA, 1986, p. 41); “Morrer em combate é coisa trivial [...],
pois o sertão [...] é o penal, criminal” (ROSA, 1986, p. 92); “O grande
sertão é a forte arma. [...] o punhal atravessado na boca, o peito rocando
espinhos. [...] e vem pular nas costas da gente, relampeando faca.” (ROSA,
1986, p. 178).
O querer-gostar de Diadorim acaba por potencializar a dúvida e
a violência na vida de Riobaldo. A partir do encontro com o menino de
olhos verdes no rio chamado de-Janeiro. Essa passagem do encontro é
um ponto chave da narração, marcada, no texto, por uma luz nova, uma
revelação: “Foi um fato que se deu, um dia, se abriu. O primeiro. Depois
o senhor verá por quê, me devolvendo minha razão” (ROSA, 1986,
p. 117). A primeira imagem de Diadorim é luminosa como o dia:
Aí pois, de repente, vi um menino, encostado numa árvore, pitando
um cigarro. Menino mocinho, pouco menos do que eu, ou devia
de regular minha idade [...] Aquilo ia dizendo, e era um menino
bonito, claro, com a testa alta e os olhos aos-grandes verdes
(ROSA, 1986, p. 86 e 87).
Referências
AGAMBEN, Giorgio. O que resta de Auschwitz: o arquivo e a testemunha
(Homo Sacer III. São Paulo: Ed. Boitempo, 2008.
BADINTER, E. Um é o Outro. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986.
BADINTER, E. XY: sobre a identidade masculina. Rio de Janeiro: Nova
Fronteira, 1993.
CANDIDO, Antonio. O homem dos avessos. In: COUTINHO, Eduardo
F. (Org.). Guimarães Rosa. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1991,
p. 294-309.
CAVALCANTE, Maria Neuma Barreto. Cadernetas de viagem: os
caminhos da poesia. Revista do Instituto de Estudos Brasileiros, São
Paulo, v. 41, p. 235-247, 1996.
CUYP, Albert. Herdsmen Tending Cattle 1655/1660. [S.l.]: [s.n.],
[entre 1655 e 1660]. Óleo sobre tela, 66 x 87,6 cm. (Andrew W. Mellon
Collection). Disponível em: <https://www.nga.gov/collection/art-object-
page.66.html>. Acesso em: 27 de novembro de 2018.
DORAIS, M. O erotismo masculino. São Paulo: Loyola, 1994a.
266 Eixo Roda, Belo Horizonte, v. 27, n. 3, p. 249-266, 2018
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sexual somente ganha realce no final do século XIX, quando surgiram pesquisas
médico-científicas procurando nomear e classificar as variantes sexuais, logo
rotuladas como desvios ou patologias. Nessa época, teve início a tentativa de
identificar o que é um verdadeiro homossexual,
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muitos ainda hoje – como “a-normal”, esse conceito nos é mais útil para tratarmos
de questões que remontam à Grécia Antiga, nas relações de pederastia, conforme
aparecem em alguns diálogos de PLATÃO, como o Banquete, Fedro e Lísis. O
homoerotismo é uma construção de linguagem, assim como o é, também, a
identidade de gênero. Como diz COSTA,
6 COSTA,1992, p. 28.
7 ALLEN,1994, p. 17.
8 A esse respeito, vejam o livro Literatura e homoerotismo em questão, pela Dialogarts (2006).
9 BARCELLOS, 2000, p.19.
10Preferimos não utilizar o termo gay, como quer Barcellos, devido ao fato de este termo ser ainda
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Mas o que caracterizaria esse tipo de literatura? Maria Ângela Toda Iglesia
(1995) indica que alguns romances publicados no final do século XIX podem ser
considerados “homossexuais” 11 porque tratam do tema de maneira mais ou menos
aberta e já pressupõem uma certa cumplicidade com um possível leitor
homossexual e também por apresentar uma série de leit motifs recorrentes nessa
categoria de romance, a partir de então. Já em muitas narrativas homoeróticas, há
uma insistência dos narradores em caracterizarem os corpos masculinos à
semelhança das estátuas clássicas, comparando-os aos corpos dos belos deuses
da mitologia greco-latina. Além disso, os narradores, quase sempre, são artistas
que “pintam”, cada um ao seu modo, o modelo de homem que eles gostariam de
ser ou de possuir. Nesse sentido, extremamente válida é a reflexão de TODA
IGLESIA (1995), que associa arte à homossexualidade. Para ela, as personagens
principais do romance homossexual são artistas amadores ou profissionais. Além
disso, caracterizam-se pela beleza física, aspecto melancólico e olhos
extraordinários, em suma, homens fatais. Por outro lado, os narradores descrevem
tão detalhadamente esses corpos de desejo, com efeitos minúsculos e refinados,
como se fossem decoradores do interior, elaborando a grande casa da ficção,
tomando de empréstimo essa bela metáfora de ALLEN12.
sentimentos, emoções e afeições. Mas nem toda literatura homoerótica é homossexual. A literatura
homossexual deve tematizar e explicitar as relações sexuais entre iguais, sejam homens ou
mulheres, mas literatura homoerótica pode simplesmente aludir a uma afeição, a um desejo não
confirmado fisicamente, ficando o erótico latente apenas na linguagem.
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Aschenbach notou, com uma espécie de horror, que o jovem era falso. Era
velho, não havia dúvida. Rugas rodeavam seus olhos e sua boca. O leve
carmesim era rouge, o cabelo castanho sob o chapéu de palha com fita
colorida era uma cabeleira, seu pescoço flácido e nervudo, seu bigodinho
e a mosca no queixo eram pintados, sua dentadura amarela e completa,
que mostrava rindo, um serviço barato de prótese, e suas mãos, com anéis
brasões em ambos os indicadores, eram as de um ancião16.
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pela falsa aparência mas também pela maneira esquisita e “tola” com que tratava
os que dele se aproximavam. Uma noite, depois de beber e perder o controle de si,
o falso jovem “segurava pelo botão do paletó cada um que se aproximava dele,
balbuciava, piscava, ria, erguia seu dedo indicador com anel, em brincadeira tola,
e lambia os cantos da boca de maneira abominavelmente ambígua.17”
Nessas cenas, percebe-se a homofobia de Aschenbach em relação a esse
homem, talvez porque, além de maquiado, ele fosse também homossexual. Mas é
essa mesma postura que o escritor vai assumir após conhecer o adolescente
Tadzio, por quem se apaixona fatalmente, perdendo completamente a razão.
Talvez a beleza do adolescente seja a recompensa para o artista que sempre
perseguiu a perfeição e já se encontra na reta final da existência. Otávio Paz (2001)
nos diz que aquele que ama busca a formosura humana. O amor nasce à vista da
pessoa bela. Esse é o primeiro movimento em direção ao amado. Portanto, é
possível ao amante sentir-se seduzido por qualquer um dos sexos, desde que seja
belo. Isso nos faz pensar que a homossexualidade ou a heterossexualidade
depende da sedução que a beleza do objeto contemplado exerce sobre nós. O
amor ao belo se manifesta no plano da contemplação, do olhar seduzido que passa
a acompanhar cada passo do amado, procurando captar-lhe os menores gestos,
cada pose que ele ensaia:
Aschenbach notou que o menino era perfeitamente belo. Seu rosto pálido
e graciosamente fechado, circundado por cabelos cacheados, louros cor
de mel, com o nariz reto, a boca suave, a expressão de seriedade divina,
lembrava esculturas gregas dos mais nobres tempos e da mais pura
perfeição de forma; era de tão rara atração pessoal que o observador
julgou nunca ter encontrado na natureza ou no mundo artístico uma obra
tão bem sucedida18.
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este leve cheiro pútrido de mar e lama, do qual se sentira tão impelido a fugir,
respirou-o agora em fôlegos profundos, dolorosamente afetuosos”.21
Apaixonado por essa obra perfeita, que permanecia também em Veneza,
Aschenbach acreditava que não seria difícil resistir ao clima áspero e ao ambiente
nada ameno da cidade, já que podia contar ao menos com a presença do Belo:
“Diariamente, agora, o deus de faces fogosas dirigia, nu, sua quadriga exalando
brasa, pelos espaços do céu e seus cachos amarelos esvoaçavam ao sopro do
vento leste.”22 Tadzio, o deus de faces fogosas, traz movimento e cor à vida do
escritor. Todas as manhãs, levantava-se cedo, em “palpitante atividade” e estava
na praia antes da maioria, na expectativa da chegada triunfal do amado. Logo o
menino chegava, trazendo luz, encanto e sedução à existência do envelhecido
artista:
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Tadzio sorriu (...) Era o sorriso de Narciso que se debruça sobre o espelho
de água, aquele sorriso profundo, encantador, prolongado, com o qual
estende os braços para o reflexo da própria beleza – um sorriso
ligeiramente desfigurado, desfigurado pela inutilidade de seu desejo, de
beijar os lindos lábios de sua sombra, galante, curioso e ligeiramente
atormentado, seduzido e sedutor24.
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doente. Sufocado por uma atmosfera poluída e doentia, possuído por uma paixão
irrefreável e proibida, o artista se deixa levar “embriagado por este descobrimento,
[Tadzio descobre que é seguido e admirado, mas consente nesse amor-
contemplação], atraído por este olhar, levado pela paixão, o enamorado perseguia
uma esperança indecorosa”.31
Leyla Perrone-Moisés, em seu belo ensaio sobre a sedução, intitulado
“Promessas, encantos e amavios”, afirma que
Mesmo que Tadzio perceba o olhar seduzido que o artista lança em sua
direção, e que devolva um olhar “agradecido” e contente (pois é sempre bom saber
que se é amado) é tarde demais para Aschenbach, que descobriu Eros na velhice
e que, ironicamente, o encontra em uma cidade doente, imprópria para sua
resistência física e para os seus delírios de paixão. Resta ao amante a passividade
da contemplação, o tocar e acariciar com os olhos apenas, sentindo o prazer com
a alma, platonicamente, e a morte, como sublimação de um amor impossível:
alemã. Goethe ali estivera e sob inspiração do lugar, escrevera os Epigramas Venezianos; August
Von Platen escrevera os Sonetos venezianos. Wagner, um dos maiores inspiradores da arte
simbolista morrera em Veneza. Citando Nietzche, Rosenfeld complementa: “O alemão está
familiarizado com as vias furtivas que levam ao caos”. Desse filósofo provém o moderno culto a
Dionísio. (ROSENFELD, 1994, p. 186)
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não pode possuí-la, traduzi-la para a arte, capturá-la pela palavra. Contenta-se
mais ou menos em contemplá-la, a distância. E, como não poderia deixar de ser,
segundo a repressão e a discriminação da sociedade da época, esse amor
homoerótico não é lícito nem pode se manifestar. A idade avançada e a cidade
poluída são disfarces para punir esse amor e aniquilar o amante imprudente, que
ousou amar diferente e ignorar as “leis da natureza”.
REFERÊNCIAS
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Cadernos de Literatura Comparada
Resumo:
A partir da perspectiva dos estudos culturais de gênero e da teoria feminista, este breve estudo busca con-
tribuir para a desconstrução do discurso canônico produzido pelo imaginário masculino a partir de uma
releitura de O Quinze, de Rachel de Queiróz, tomando a voz dissidente e o corpo fragmentado da protagonista
Conceição como lugar de resistência e insubordinação feminina.
Palavras-chave:
escrita feminina, insubordinação, desconstrução do cânone
Abstract:
From the perspective of cultural and gender studies and feminist theory, this brief study aims to contribute
to the deconstruction of the canonical discourse produced by the male imagination from a reinterpretation
of O Quinze, by Rachel de Queiróz, taking the dissenting voice and the fragmented body of the protagonist
Conceição as a place of resistance and female insubordination.
Keywords:
female writing, insubordination, deconstruction of the canon
econômicos e sociais. De acordo com Nádia Battella Gotlib, “ao homem era de praxe se ‘ensi-
nar a ler, a escrever e a contar’, e à mulher, ‘a coser, lavar, a fazer rendas e todos os misteres
femininos’, que incluía a reza” (Gotlib 2003: 27).
Vagarosamente, em função das mudanças promovidas pelo progresso tecnológico, é que a
mulher começa a sair do espaço privado e a estudar dentro dessa sociedade fechada e machista.
Algumas dessas mulheres que conseguiram o direito a uma educação diferenciada foram in-
fluenciadas pelas ideias feministas que já circulavam na Europa o que garantiu o direito de in-
clusão de novas vozes como Mary Wollstonecraft, escritora inglesa que inspirou Nísia Augusta
Floresta para a acomodação das mesmas no cenário brasileiro, além de outras mulheres que
contribuíram para sinalizar profundas mudanças no campo intelectual, no terreno literário e
no modo de pensar da sociedade.
É naquele momento que a mulher começou a escrever e a participar significamente na lite-
ratura do país, no entanto ainda estava longe de ganhar um papel importante na nossa história
literária. Para tanto, é preciso lembrar que apenas uma pequena elite tinha acesso à língua escri-
ta no país, e que essa elite era composta em maioria pelo gênero masculino, de modo que, tanto
a figura da leitora quanto da autora eram restritas ou simplesmente não existiam.
Por terem sido ignoradas por tanto tempo, a nossa tradição literária desconsiderou o talen-
to criativo da mulher, centrando-a no dom artístico do homem. Por esse motivo, as mulheres
foram apagadas e silenciadas e a maior parte de sua história contada por homens. Segundo Rita
Terezinha Schmidt,
Excluída da órbita da criação, coube à mulher o papel secundário da reprodução. Essa tradição de cria-
tividade androcêntrica que perpassa nossas histórias literárias assumiu o paradigma masculino da
criação e, concomitantemente, a experiência masculina como paradigma da existência humana nos
sistemas simbólicos de representação. (Schmidt 1995: 184)
O apagamento produzido pelo cânone literário deixou fora de seus escopos escritoras de
nossa literatura que mereciam um lugar de estudo na formação de nossa identidade literária
e cultural. Nesse sentido, acreditamos na necessidade de resgatar obras e autoras dissidentes,
democratizando e igualando materiais culturais que acabaram sendo esquecidos ou não con-
templados pela crítica literária. Para Zahidé Lupinacci Muzart, a falta de um espaço propício
para suas criações custou caro às mulheres, pois “não ousando inovar, as mulheres submete-
ram-se aos cânones masculinos. E, imitando-os, para se integrarem na corrente, também não
foram reconhecidas nem respeitadas e sim, esquecidas, mortas” (Muzart 1995: 87).
A pretensão deste breve estudo não é discutir o lugar canônico que alguns escritores ocu-
pam na nossa tradição nem desconsiderar as obras “sagradas” da nossa literatura, pois estas se
referem a escritores de grande valor estético e literário que resistiram ao tempo. No que toca à
questão de gênero, observa-se que a mulher, em decorrência dos discursos ideológicos de poder
proferidos pelo gênero masculino, foi deixada à margem permitindo, assim, a falta de reconhe-
cimento e visibilidade de seus textos.
Sem a intenção de questionar quem deve ficar dentro ou fora do cânone, mas para entender
as lacunas deixadas pelo apagamento das mulheres dentro da literatura brasileira, foi preciso,
pois, revisitar esta história para entender a violência aplicada à subjetividade feminina numa
sociedade patriarcal. Pois é evidente que o valor literário de uma obra não depende do sexo do
autor, mas do talento de cada um.
Assim, este retorno ao passado por meio de uma revisão crítica historiográfica sobre a
representação do feminino nos textos literários produzidos por mulheres no Brasil contribui
para a desconstrução do discurso canônico produzido pelo imaginário masculino e possibilita
um olhar da própria mulher sobre si mesma, pois segundo Lygia Fagundes “sempre fomos o
que os homens disseram o que nós éramos. Agora somos nós que vamos dizer o que nós so-
mos” (Telles apud Coelho 1993: 14).
Ao se posicionar como sujeito ativo e criativo, as mulheres escritoras puderam dar voz a
personagens a partir da perspectiva feminina e repensar o sujeito feminino além da tradicional
representação literária. Partindo dessa premissa de subversão aos valores e normas patriar-
cais criadas pela tradição literária masculina, pretendemos fazer uma releitura da narrativa
O Quinze, de Rachel de Queiróz, para discutir como a presença dessa voz consciente representa
a figura feminina e a escritura do corpo a partir da perspectiva da personagem Conceição.
Dentro deste campo fecundo de ideias sobre a emancipação da mulher na sociedade,
Rachel de Queiróz se destaca por ter sido uma das primeiras mulheres de sua época a se aven-
turar no terreno das letras, praticando uma atividade considerada exclusivamente masculina
e se colocando como sujeito de voz ativa. Por se confrontar com uma tradição literária criada
por homens, o romance O Quinze, publicado em 1930, gerou dúvidas quanto a sua autoria, pois
houve quem duvidasse da capacidade de uma mulher, quanto mais sendo tão jovem, ter tido
condições de escrever uma obra tão bem tecida. De acordo com Constância Lima Duarte citada
por Graciliano Ramos (2003):
O Quinze caiu de repente ali por meados de 30 e fez nos espíritos estragos maiores que o romance de
José Américo, por ser livro de mulher e, o que na verdade causava assombro, de mulher nova. Seria real-
mente de mulher? Não acreditei. Lido o volume e o retrato no jornal, balancei a cabeça: Não há ninguém
com esse nome. É pilhéria. Uma garota assim fazer romance! Deve ser pseudônimo de sujeito barbado.
(Duarte apud Ramos 2003: 212)
A protagonista do romance é Conceição, uma jovem professora que transita entre o espaço
do sertão e da capital espalhando pela trama da narrativa suas ideias feministas e sua incapa-
cidade de subordinação às normas impostas tradicionalmente às mulheres. Ela é uma mulher
emancipada, culta e letrada que se embebe das teorias socialistas e encontra sua liberdade e
independência na educação, se constituindo como sujeito pensante por meio de suas leituras.
Chegara até a se arriscar em leituras socialistas, e justamente nessas leituras é que lhe saíam as piores
das tais ideias, estranhas e absurdas à avó. Acostumada a pensar por si, a viver isolada, criara para seu
uso ideias e preconceitos próprios, às vezes largos, às vezes ousados, e que pecavam principalmente
pela excessiva marca de casa. (Queiróz 1937: s/p)
Assim que a mulher adentra no mundo da cultura, o magistério passa a ser considerado
uma vocação feminina e por que não uma oportunidade para as solteiras, uma vez que repre-
sentava uma missão sagrada de continuação da maternidade e doação incondicional ao outro,
não representando assim, uma ameaça à moral e aos bons costumes. No entanto, Conceição
rompe com essa ideia, pois se aproveitando da sua condição de professora, utiliza da lingua-
gem e do discurso como prática de poder e lugar de reivindicação de direitos iguais para ho-
mens e mulheres, colocando em perigo os anseios do patriarcado como se pode perceber na
seguinte passagem:
- Isso não é romance, Mãe Nácia. Você não está vendo? É um livro sério de estudo...
- De que trata? [...]
- Trata da questão feminina, da situação da mulher na sociedade, dos direitos maternais, do problema...
[...]
- Mãe Nácia, quando a gente renuncia a certas obrigações, casa, filhos, família, tem que arranjar outras
coisas com que se preocupe... Senão a vida fica vazia demais... (ibidem)
Através daquelas páginas lidas com tanto afinco é que Conceição extrai ideias para seu pro-
jeto de vida e resistência aos padrões tradicionais. É verdade que nutre por seu primo Vicente
um sentimento de grande estima e que em alguns momentos pensa em estar ao seu lado, mas
esse desejo é interditado por várias razões que acabam adiando seu papel de mulher e esposa
submissa. Talvez por não saber “amar com metade de coração” como afirma a própria Conceição,
dividida entre seus desejos femininos e o engajamento de suas leituras.
Ao mesmo tempo em que pensa estar ao lado de Vicente, esse homem rude, simples, de
belas feições e “busto forte”, Conceição se depara com a possibilidade de um casamento frus-
trado, pautado na submissão da mulher ao lado de um homem adúltero. Como a mulher era
subjugada pelo homem, ela lhe servia de objeto sexual e reprodutor e não podia exigir sua
fidelidade dentro do matrimônio. Receosa e desiludida, Conceição se torna indiferente com
Vicente, como se nota na seguinte passagem:
Ainda sob a impressão da conversa com Chiquinha Boa a moça pensava em Vicente. E sofreu novamente
o sentimento de desilusão e despeito que a magoara quando a mulher falava. “Sim, senhor! Vivia de
prosear com as caboclas a até falavam muito dele com a Zefa do Zé Bernardo!” E ela, que o supunha in-
diferente e distante, e imaginava que, aos olhos dele, todo o resto das mulheres deste mundo se esbatia
numa massa confusa e indesejada... (ibidem)
O adultério era uma prática natural e muito comum na sociedade daquela época, pois os
homens poderiam gozar livremente de aventuras sexuais fora do casamento. A natureza poli-
gâmica do macho viril não era questionada e segundo os conselhos da avó Inácia, as mulheres
acabavam se acostumando a viver com esta situação. Conceição, no entanto, como mulher
que se afirma como sujeito do próprio destino e que almeja a liberdade em sentido amplo, não
aceita esta condição imposta à mulher como fica claro no diálogo com sua avó:
[...] foi-lhe aparecendo a diferença que havia entre ambos, de gosto, de tendências, de vida. O seu
pensamento, que até a pouco se dirigia ao primo como a um fim natural e feliz, esbarrou nesta encru-
zilhada difícil e não soube ir a diante. (ibidem)
Pensou em trazê-la à força, roubada, talvez, passando por cima de preconceitos e protestos, vendo-a
chorar, com os grandes olhos cheios de água, os cabelos escuros rolando soltos nas costas, cobrindo-lhe
a face assustada. (ibidem)
Dominar uma mulher “acostumada a pensar por si só”, com ideias e conceitos “às vezes
largos, às vezes ousados” como Conceição, não seria um intento tão fácil, além disso, ariscar-
-se e depois fracassar, colocaria em questionamento o poder fálico de sedução e conquista do
masculino. Assim, Vicente toma consciência da impossibilidade de seu desejo e pouco a pouco,
[...] foi descobrindo uma Conceição desconhecida e afastada tão diferente dele próprio, que, parecia
nunca coisa nenhuma os aproximara. Em vão procurou, naquela moça grave e entendida do mundo,
a doce namorada que dantes pasmava com sua força, que risonhamente escutava seus galanteios [...].
(ibidem)
A problemática do corpo também está presente no texto, visto que quase não há descrições
sobre o corpo físico de Conceição em sua totalidade. A imagem da protagonista está fragmentada
e espalhada na narrativa de forma que se fala apenas sobre suas mãos, seus olhos, seus braços
e seus cabelos sempre trançados. Pouco se sabe sobre quem é de fato Conceição por fora, essa
moça “morena e esguia” que chegava à velha fazenda do Quixadá “sempre cansada, emagrecida
pelos meses do professorado; e voltava mais gorda com o leite ingerido à força” (ibidem).
Aparentemente, a narrativa parece negar um corpo para Conceição, mas ele está lá, tecido
às escondidas, trançado e entrelaçado no corpo do texto através de seus gestos e atitudes. Des-
crições fragmentadas de um corpo que revela a resistência feminina através de sua voz, suas
mãos, seu olhar e seu discurso contra a dominação masculina. Ao não dar tanta visibilidade ao
corpo de Conceição pode-se perceber a intenção da autora em inserir na narrativa a ideia de
uma mulher pensante que se nega às amenidades do lar e às prerrogativas masculinas.
O cabelo “trançando” de Conceição evidencia a força dessa mulher que tem consciência de
suas escolhas, que não se deixa assujeitar e subalternizar, pois é sua voz que a torna dona de
seu corpo e seu destino. Segundo Simone de Beauvoir, “a mulher não é definida nem por seus
hormônios nem por seus instintos e sim pela maneira por que reassume, através de consciên-
cias alheias, o seu corpo e sua relação com o mundo” (Beauvoir 2009: 928).
Nesse sentido, a subtração do corpo físico é compensada por descrições mais sutis que
evocam a imagem de Conceição como uma mulher pensante e reflexiva, de natureza incomum,
“considerada superior no meio das outras”.
A avó, que vinha de dentro, a veio encontrar ainda sentada, os olhos perdidos, o pensamento nos con-
tos lúgubres da seca, as tranças escuras caídas ao redor do rosto pálido, as mãos no regaço do vestido
branco, calada, triste, imóvel; e a velha sentou-se numa cadeira próxima, dividindo o silêncio com a
neta. (Queiróz 1937: s/p)
A ausência do corpo inteiriço de Conceição parece ter a negação do desejo, burlando o papel
da mulher no processo reprodutivo e reforçando a ideia de que é possível subordinar o corpo,
mas não se pode deter o pensamento de uma mulher como Conceição que não se rende às regras
sociais do patriarcado. Num cenário em que as mulheres assumiam o valor de uma mercado-
ria de troca entre as famílias abastadas, não descrever minuciosamente o corpo de Conceição
na narrativa, pode ser entendido como uma forma de resistência contra o discurso patriarcal
que impingiu à mulher a visão de um sujeito frágil do ponto de vista físico, intelectual e emo-
cional por sua matriz biológica e procriadora além de um interdito sexual contra a prática do
casamento patriarcal. Nesse sentido, Adriana Piscitelli também considera que “o corpo aparece,
assim, como o centro de onde emana e para onde convergem a opressão sexual e a desigualdade”
(Piscitelli 2004: 46).
Assim, pode-se inferir que por não estar descrito detalhadamente na narrativa, o corpo de
Conceição não pode ser tocado por Vicente muito menos entregue às relações de poder manti-
das pelo regime patriarcal. Se o corpo pode ser submetido ao prazer e aos desejos do homem, a
fragmentação do corpo de Conceição é uma estratégia para fugir dessa dominação masculina
marcando a resistência no processo de construção da subjetividade feminina.
Não há descrições sobre o corpo de Conceição no que se refere à boca, pernas, tornozelos
e busto que constituem objetos de censura e obsessão erótica. Porém, a caracterização da per-
sonagem Mariinha Garcia, uma moça de “lindos olhos e uma curiosa graça no riso”, por quem
Vicente tem uma rápida aproximação, é pautada em descrições mais corpóreas.
[...] Vicente, que olhava o bonde e uma moça que subia, voltou-se rindo para as irmãs:
- Vejam como a Mariinha Garcia tem as pernas grossas! Lourdinha o repreendeu, também rindo:
- Você não tem vergonha! ... Deixa as pernas da moça em paz! Ele se defendeu:
- Pra que vocês andam agora com estas saias tão justas? Vão subir no bonde, mostram até a batata da
perna... (Queiróz 1937: s/p)
Pelo que se pode perceber, as mulheres descritas no romance não são iguais entre si, pois o
corpo de Mariinha Garcia é um “objeto” passível de ser tocado e desejado por Vicente que pode
torná-lo submisso ao sistema vigente. Pode-se observar na narrativa que a moça manifesta
um comportamento esperado para as mulheres de sua época, sonha em casar-se; ter uma casa
e um homem digno de seu amor como se nota na seguinte passagem:
[...] a pobre Mariinha já alinhava risonhamente as primeiras peças da futura felicidade e todas as noites
sonhava com uma casa muito grande e muito branca, com uns braços fortes de lutador e de apaixonado,
A fragmentação do corpo de Conceição, por sua vez, assume um jogo estratégico dentro da
narrativa, pois passa a ser o centro de saberes mais apurados, de poderes mais articulados e,
consequentemente, um lugar de construção de um discurso de poder e resistência feminina. As
imagens fragmentadas do corpo de Conceição constituem o todo de sua personalidade, marca-
da pelas mãos que doam assistência aos desvalidos e que enxugam as lágrimas da avó quando
se despede do sertão, pelos “olhos doloridos de tanta miséria vista” no campo de concentração
bem como o olhar atento às questões femininas e à subordinação da mulher na sociedade.
Conceição representa mais que um corpo, mas uma voz dissidente que se posiciona con-
tra a dominação masculina, demonstrando um forte engajamento político, características
não-convencionais para uma mulher no início do século XX, pois não era à toa que Dona
Inácia tinha o hábito de “utilizar Conceição como intérprete de língua mais expedida e bem
informada” (ibidem).
Essa voz dissidente criada por Rachel de Queiróz ao dar vida a Conceição faz-nos pensar o
quanto a literatura feita por mulheres reflete as angústias, os desejos e os sonhos pessoais das
escritoras, uma vez que mimetizam formas de ser e de existir de sujeitos femininos que, assim
como elas próprias, não se submetem ao jugo patriarcal. Para Ruth Silviano Brandão (2004)
“a personagem feminina, construída e produzida no registro do masculino, não coincide com
a mulher. Não é sua réplica fiel, como muitas vezes crê o leitor ingênuo. É, antes, produto de
um sonho alheio” (Brandão 2004: 11). Essa representação, portanto, desconstrói o lugar da
mulher e da escritora dentro na literatura canônica para muito além das possibilidades de um
sujeito sem voz e sem discurso próprio.
Acostumada a pensar por si só, Conceição “torce sua natureza” rompendo com a tradição,
renunciando seus desejos femininos de se casar e constituir uma família. Para resistir às pres-
sões sociais, manter firme seus ideais de mulher revolucionária e,
para evitar o excessivo desemparo, a agente precisa criar seu ambiente, suas ideias, suas reformas, seu
apostolado... Embora nunca os realize... Nem sequer os tente... Mas ao menos os projete, e mentalmen-
te os edifique... (Queiróz 1937: s/p)
Pode-se notar, também, uma crítica velada aos padrões religiosos, pois sustentada a par-
tir da ideologia católica, a mulher tinha seu comportamento moldado para o matrimônio, a
maternidade e submissão ao marido. Unir seres tão diversos se constituía numa observância
das leis divinas e da natureza, subverter essa ordem seria desobedecer a Deus. As qualidades
femininas deveriam aproximar-se do modelo da virgem Maria da ideologia católica, e seus
desejos voltados para a preservação da família e dos valores cristãos. No entanto, Conceição
decide não se casar e não ter filhos, rompendo com o estereótipo feminino de sua época.
Indiferente à fé demonstrada pela avó por meio das súplicas e devoção aos santos, das
rezas e uso do “rosário de grandes contas pretas pendurado no braço”, Conceição é descrente
quando a avó faz uma novena pedindo pela chuva e prefere ficar em casa lendo seus livros a ir
à igreja, como se nota na passagem abaixo:
Maciamente, num passo resvalado de sombra, Dona Inácia entrou, de volta da igreja, com seu rosário
de grandes cotas pretas pendurado no braço. Conceição só viu quando o ferrolho rangeu, abrindo:
- Já de volta, Mãe Nácia?
- E você sem largar esse livro! Até em hora de missa! A moça fechou o livro, rindo:
- Lá vem Mãe Nácia com briga! Não é domingo? Estou descansando. (ibidem)
Deixara de ser o alfa e o ômega da vida feminina. Para as mulheres abriu-se uma diversidade de modos
de vida desconhecida das suas mães. Podiam dar prioridade às suas ambições pessoais, desfrutar o
celibato e uma vida a dois sem filhos ou então satisfazer o desejo da maternidade, acompanhando ou
não a atividade profissional. (Badinter 2010: 11)
Resistir às pressões sociais em uma sociedade onde o papel feminino ainda era fortemen-
te marcado pelo matrimônio e a maternidade, demostra a consciência de Conceição em lutar
contra a política de silenciamento e o jugo patriarcal que impunha regras ao sujeito feminino.
Negociando com as estruturas de poder e com os valores do patriarcado uma vez que a literatura
canônica produzida pelo gênero masculino instituiu a ideia de que as mulheres celibatárias e/ou
sem filhos estariam condenadas à eterna solidão, Raquel de Queiróz traz para o texto literário
por meio da personagem Conceição a perspectiva de uma maternidade social, sem reprodução,
sem dominação do corpo, sem a necessidade do contato físico com o homem.
Corroborando com esse pensamento Hélène Cixous afirma que, “por um longo tempo,
tem sido no corpo que as mulheres têm respondido à perseguição, à empresa familiar-con-
jugal de domesticação, às tentativas repetidas de castração” (Cixous 1976: s/p). Diferente das
representações tradicionais que mostram a figura feminina por meio de descrições mais cor-
póreas, Conceição rompe com os parâmetros de sua época na medida em que adota atitudes
diferenciadas que subvertem os modelos estereotipados produzidos pelo discurso masculino.
Se “o verdadeiro destino de toda mulher é acalentar uma criança no peito”, Conceição
decide criar como seu filho o afilhado Duquinha e fazer dele um “homem de bem”. Nesse sen-
tido, se não é desejável a Conceição gerar os filhos frutos do próprio ventre porque caminha na
contramão das imposições sociais, é possível criar o filho de outra pessoa, doar afeto a um outro
ser mesmo que não seja seu filho biológico, reinventar para além do seu corpo sua própria ma-
ternidade, pois Vicente nada mais era agora do que a imagem de um fantasma que vai sumindo
num nevoeiro dourado da noite.
O fato de Rachel de Queiróz escrever e representar uma personagem feminina num terri-
tório cheio de armadilhas e barreiras contra o cerceamento que impelia a atuação e produção
feminina no cenário social e literário reitera a importância dos escritos de autoria feminina e a
necessidade de refundar a tradição colocando as produções literárias produzidos por mulheres
no cânone literário nacional.
NOTAS
*
Gerusa Alves dos Santos Dias é Mestranda em estudos literários pelo Programa de Pós-Graduação em Letras-Estudos Li-
terários (PPGL/EL), da Universidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES); Graduada em Letras-Espanhol pela Univer-
sidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES – 2004); em Letras-Português pela Universidade Metropolitana de Santos
(UNIMES - 2015); em Pedagogia pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Boa Esperança (FAFIBE – 2018); em Edu-
cação Especial pela Universidade Santa Cecília (UNISANTA – 2019); Professora Especialista em Atendimento Educacional
guesa e Linguística (1995) e especialização (Lato Sensu) em Filosofia, pela Universidade Estadual de Montes Claros (Unimon-
tes); mestrado em Literatura Brasileira (1999) e doutorado em Literatura Comparada (2002), ambos pela Universidade Fede-
ral de Minas Gerais (UFMG); pós-doutorado em Literatura Brasileira, pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ),
em 2007. Atualmente, é professor na Universidade Estadual de Montes Claros. Tem experiência no ensino e na pesquisa na
área de Letras, com ênfase nas Literaturas de Língua Portuguesa, atuando principalmente na investigação dos seguintes
autores e temas: Eça de Queirós, Machado de Assis, Rachel de Queiroz, Clarice Lispector, Autran Dourado e Milton Hatoum,
orientalismo, fantástico, corpo, gênero, literatura de Minas Gerais, literatura do século XIX.
Bibliografia
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Beauvoir, Simone de (1967), O segundo sexo: a experiência vivida, trad. de Sérgio Milliet, São
Paulo, Difusão europeia do livro.
Brandão, Ruth Silviano (2004), “A mulher escrita”, in Castello Branco, Lúcia/ Brandão, Ruth
Silviano (Orgs.), A mulher escrita, Rio de Janeiro, Lamparina editora, pp. 11-94.
Coelho, Nelly Novaes (1993), A literatura feminina no Brasil contemporâneo, São Paulo, Siciliano.
Cixous, Hélène (1976), “O riso da medusa”, in Signs: Journal of Women in Culture and Society 1976,
vol. 1, nº 4.
Duarte, Constância Lima (2003/2004), “Feminismo e literatura: discurso e história”, in O Eixo e
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Gotlib, Nádia Batella (2003), “A Literatura feita por mulheres no Brasil”, in Brandão, Isabel e
Muzart, Zahidé L. (Orgs.), Refazendo Nós-Ensaios sobre a Mulher e Literatura, Florianópolis,
Editora Mulheres.
Muzart, Zahidé Lupinacci (1995), “A questão do cânone”, in Anais do IX Encontro Nacional da
ANPOLL, João Pessoa, pp. 89-99.
Piscitelli, Adriana (2004), “Reflexões em torno do gênero e feminismo”, in Costa, Cláudia de
Lima e Schmidt, Simone Pereira (Orgs.), Poéticas e Políticas Feministas, Florianópolis, Ed.
Mulheres.
Queiróz, Rachel de (1937), O Quinze, Edição Integral.
Schmidt, Rita Terezinha (1995), “Repensando a cultura, a literatura e o espaço de autoria femi-
nina”, in Navarro, M. H. (Org.), Rompendo o silêncio: gênero e literatura na América Latina,
Porto Alegre UFRGS.
Publicação de um livro
Masp. 0834.597-7
LEITURAS DE JERUSALÉM E DA CHINA EM
DUAS NARRATIVAS DE EÇA DE QUEIRÓS1
ABSTRACT: The Orient has always been a topos for Western imagination and
a leitmotiv for artistic creation. In one sense, Christian references were built
from the representations of Jerusalem; in other sense, fantasies about the easy
wealth and about the moral and sexual freedom that could be found in China
were represented. These readings of the representations of Jerusalem and Chi-
na are based on the concepts of “orientalism” developed by Edward Said and
Isabel Pires de Lima; and “fantastic”, according to Carlos Roberto F. Nogueira
and Maria do Carmo Castelo Branco de Sequeira, in order to discuss how Eça
de Queirós represented, ironically, these imaginary places.
KEYWORDS: Eça de Queirós. Jerusalem. China. Orientalism. Fantastic.
1
Artigo recebido em 15/04/2020 e aceito para publicação em 18/06/2020.
2
Professor de Literaturas de Língua Portuguesa nos cursos de Letras e no mestrado em Estudos Lite-
rários da Universidade Estadual de Montes Claros – Unimontes. E-mail: osmar.oliva@unimontes.br.
Referências
ARAÚJO, L. M. de. O Egito na obra de Eça de Queiroz. In MATOS, A. Campos.
Dicionário de Eça de Queiroz. Lisboa: Editorial Caminho, 1988.
BÍBLIA de Estudo Vida. A.T. Isaías. 2ª reimpressão. São Paulo: Editora Vida,
1999. Cap. 62, p. 1152-1153.
LOPES, Ó. Jesus e o diabo. In: 150 anos com Eça de Queirós: Anais do III encon-
tro internacional de queirosianos. São Paulo: Centro de Estudos Portugueses
da USP, 1997. 463-468.
Resumo: Oscar von Pfuhl escreveu peças teatrais voltadas para o público infantil,
valorizando o imaginário da criança e as maravilhas do seu mundo de
sonhos. Em sua poética, há o jogo com as palavras, o uso de recursos
lúdicos diversos, mas há, também, um recorrente apelo à
conscientização e moralização do seu leitor e espectador. Esse
problema motivou essa pesquisa: como o autor articulou aspectos
estéticos a reflexões políticas e sociais.Nossos estudos comprovaram
quea composição do teatro de Pfuhl, com característica das fábulas,
desencadeia também alguma moral, algum ensinamento para o leitor
infantil, assumindo, portanto, uma tendência conscientizadora, sem
deixar de valorizar a fantasia, o lúdico e os jogos com as palavras.
Title: Children literature and teaching – some remarks on Oscar Von Pfuhl’s
dramaturgy
Abstract: Oscar von Pfuhl wrote plays for children, valuing their imagination and
the wonders of their world of dreams. In his poetry, there is the game
with words, the use of many recreational resources, but there is also a
recurring call to the reader´s and viewer’s conciousness and
Literatura infantil e ensino – considerações sobre a dramaturgia de Oscar Von Pfuhl
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Literatura infantil e ensino – considerações sobre a dramaturgia de Oscar Von Pfuhl
Oscar von Pfuhl assume-se como texto artístico, capaz de atingir também
as crianças, constituindo-se como um modo de conhecimento, ampliando,
reformulando a percepção do leitor de qualquer idade. Ela dilui os limites
do lúdico e do imaginário, uma vez que apresenta reflexões político-sociais
e éticas que certamente refletem na formação do seu leitor ou espectador.
E, nessa dramaturgia, temos um conflito experienciado pelos personagens,
cujos textos são veículos embutidos de uma conscientização que traz
reflexões sobre a ética e a moral.
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Literatura infantil e ensino – considerações sobre a dramaturgia de Oscar Von Pfuhl
A fábula (lat. fari = falar e gr. phaó = dizer, contar algo), como nos
apresenta Nelly Novaes Coelho, em A literatura infantil (1984) é a narrativa
(de natureza simbólica) de uma situação vivida por animais, que alude a
uma situação humana e tem por objetivo transmitir certa moralidade.
Segundo Hênio Tavares, a fábula.
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Osmar Pereira Oliva
Linguagem & Ensino, Pelotas, v.20, n.1, p. 241-262, jan./jun. 2017 259
Literatura infantil e ensino – considerações sobre a dramaturgia de Oscar Von Pfuhl
Pipoca! E feita com mel! Oba! (Põe-se a comer gulosamente)” (PFUHL, s/d,
p.17).
260 Linguagem & Ensino, Pelotas, v.20, n.1, p. 241-262, jan./jun. 2017
Osmar Pereira Oliva
Referências
Linguagem & Ensino, Pelotas, v.20, n.1, p. 241-262, jan./jun. 2017 261
Literatura infantil e ensino – considerações sobre a dramaturgia de Oscar Von Pfuhl
262 Linguagem & Ensino, Pelotas, v.20, n.1, p. 241-262, jan./jun. 2017
32
ARTIGO
A TRADUÇÃO CULTURAL EM UMA VIDA EM SEGREDO
Daniela de Azevedo
Universidade Estadual de Montes Claros Unimontes, Brasil
dannyazef@yahoo.com.br
DOI: https://doi.org/10.26512/caleidoscopio.v4i1.26682
Considerações Iniciais
8 Segundo a palavra.
9 Segundo o sentido.
mia
10 (Tradução nossa).
Ou bem o tradutor deixa o escritor o mais tranquilo possível e faz com que
o leitor vá a seu encontro, ou bem deixa o mais tranquilo possível o leitor
e faz com que o escritor vá a seu encontro. Ambos os caminhos são tão
completamente diferentes que um deles tem que ser seguido com o maior
rigor, pois qualquer mistura produz necessariamente um resultado muito
insatisfatório, e é de temer-se que o encontro do escritor e do leitor falhe
inteiramente (SCHLEIERMACHER, 2010, p. 57).
A. Nida's "functional" or
Britto (2010) explica que a maioria das traduções fica entre esses dois
extremos. Isso quer dizer que, quase sempre, o tradutor domestica mais o original
na medida em que o texto se destina a um leitor do qual se pode exigir pouco, um
leitor que tem pouco conhecimento ou acesso à cultura do texto original. Em
12 A Epopeia de Gilgamesh, escrita pelos sumérios em torno de 2000 a. c., é um poema que narra os
feitos de Gilgamesh, rei de Uruk, em sua procura pela imortalidade. O trabalho de tradução da obra
foi realizado por Henry Rawlinson e George Smith na segunda metade do século XIX, e só foi possível
graças às inscrições de Dario, rei Persa, que transcrevia caracteres cuneiformes para três idiomas:
persa, babilônio e elamita. Esse trabalho foi ampliado quando novos trechos da narrativa foram
encontrados posteriormente. Fonte: Brasil Escola. Disponível em:
<https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/historia/o-que-e-epopeia-gilgamesh.htm>. Acesso em: 5
ago. 2018.
Se há uma coisa que se pode afirmar sem nenhuma dúvida sobre tradução
é a sua historicidade, que caminha junto à noção de linguagem e à noção
do outro que cada comunidade linguística tem tido ao longo de sua
De acordo com o autor, a tradução literária atua sobre quatro campos básicos
de diversidade entre dois sistemas linguísticos: o linguístico, o interpretativo, o
pragmático e o cultural. Os itens culturais específicos correspondem à área mais
arbitrária de cada sistema linguístico e apresentam, portanto, os maiores desafios
dentro do processo de transferência cultural na tradução. Esses itens se referem a
hábitos, valores e sistemas classificatórios típicos de uma cultura, que podem ser
iguais ou diferentes em outro segmento cultural. Outros itens, menos específicos,
como nomes de pessoas, de lugares, instituições e sistemas de medidas são mais
facilmente identificáveis e reconhecidos como itens culturais. No entanto, há itens
culturais que só podem ser percebidos a partir de conflitos resultantes do processo
de transferência, quando há discrepância ou incompatibilidade entre os sistemas de
valores nas culturas envolvidas no processo de tradução, ou seja, o estranhamento.
Considerando as reflexões de Venuti (1995) e Aixelá (2013), analisamos
alguns excertos de A hidden life, focando nas estratégias utilizadas pelo tradutor, no
intuito de perceber como ele trabalhou a questão da alteridade, preservando
aspectos culturais do contexto de Uma vida em segredo, presentes em vocabulário
específico utilizado por Autran Dourado. Dividimos a análise em duas partes: a
primeira, considerando situações em que o tradutor preservou o termo em língua
portuguesa; a segunda, uma situação em que ele verteu o termo para a língua
inglesa.
Para a primeira parte da análise, utilizamos o quadro abaixo para facilitar a
visualização do leitor dos trechos em português e em inglês:
O jeito era mandá-la para Barbacena The thing to do was to send her to Barbacena
(DOURADO, 2010, p. 25). , 1969, p. 15).
Aprendera muito no colégio de dona She had learned a great deal at Dona
Mariquinha Menezes, em Ouro Preto
(DOURADO, 2010, p. 38). (DOURADO, 1969, p. 34).
Só se lembrava de balbúrdia assim nas festas de She remembered such bedlam only as a
mutirão, espectadora (DOURADO, 2010, p. 40). spectator at the feasts of mutirão (DOURADO,
1969, p. 37, grifo do tradutor).
Fonte: a autora.
Percebemos, por meio desses excertos, que Miller optou pela manutenção
dos nomes próprios item menos específico (AIXELÁ, 2013), e da expressão Ave
itens mais
específicos (AIXELÁ, 2013).
A não tradução da expressão Ave Maria causou-nos estranheza, visto que há
a expressão correspondente em inglês Hail Mary, o que facilitaria a compreensão
do leitor. Questionamos Miller14 sobre a manutenção do termo em português e ele
explicou que:
usada em inglês, especialmente antes de a Igreja Católica permitir o uso da língua
15 (Tradução nossa).
Como a cultura americana se assemelha à brasileira nesse aspecto religioso,
Miller preserva o contexto histórico da obra, visto que no início do século XX, os
proposto por Aixelá (2013) torna-se item menos específico no contexto analisado, o
que, obviamente, seria diferente se tivéssemos a tradução da novela para uma
cultura totalmente adversa, como a indiana, por exemplo.
Mr. Chico Branco always gave her a glass of garapa, a drink made of sugar
cane (DOURADO, 1969, p. 119).
(Tradução nossa).
Levando em consideração o conceito de traduzibilidade, na segunda parte da
análise proposta, percebemos que Miller não seguiu de forma rígida o caminho da
estrangeirização, pois ele buscou na língua inglesa, por vezes, palavras que
poderiam levar o seu leitor a entender melhor do que se trata o termo
correspondente em língua portuguesa e que não existe na língua inglesa. É o caso da
como mill wheel
mill wheel, o tradutor trilha o caminho da
domesticação, provavelmente para dar ao leitor uma ideia do cenário que sempre é
16 A key concept for understanding encounters between cultures and interactions within cultures. In this
view, translatability implies translation of otherness without subsuming it under preconceived notions
(ISER, 1996, p. 9).
que teve muita dificuldade para encontrar um termo que representasse o objeto em
língua inglesa, pois não sabia do que se tratava:
Monjolo foi a palavra que nos deu mais trabalho. Nunca tínhamos ouvido
falar de tal coisa, e não conseguimos encontrar o seu significado em
nenhum dicionário de português (isso foi muito antes da facilidade da
Internet e do Google Tradutor; é interessante notar que a tradução do
Google dá a palavra em inglês como "macaco"). Finalmente, encontramos
um mineiro na embaixada brasileira em Washington, que descreveu o que
provavelmente, não foi uma boa tradução. Mas eu não acho que isso tenha
prejudicado a história, já que eu não conheço nenhum objeto similar no
contexto cultural de língua inglesa17 (Tradução nossa).
17Monjolo was the word that gave us the most difficulty. Neither of us had ever heard of such a thing
and we could not find it in any Portuguese dictionary available to us (this was long before the facility of
sting to note that Google Translation gives the word in
good
como mill wheel, poderia levar o leitor de A hidden life a perder a sonoridade que o
monjolo produz e, consequentemente, ele deixaria de compreender a memória
musical que Biela nos apresenta, ao falar da Fazenda do Fundão. No entanto, como
podemos comprovar no trecho transcrito abaixo, o emprego de outras palavras, em
língua inglesa, que também exprimem musicalidade por remeterem aos sons da
natureza, e ao próprio barulho produzido pelo monjolo, sobrepõe o emprego de mill
wheel:
16). Porém, essa escrita não é nada fácil, pois confronta com a estrutura etnocêntrica
de qualquer cultura, que seria o desejo de ser
(BERMAN, 2002, p. 16). O autor denomina esse fenômeno de visada cultural, e na
sua concepção, a visada ética produz traduções de boa qualidade e a visada cultural
traduções de má qualidade. As consequências da contradição entre a visada
redutora da cultura e a visada ética do ato tradutório seriam:
p. 15). Ao servir ao primeiro senhor, o tradutor pode ser visto como um traidor, um
estrangeiro; ao servir ao segundo, ele pode ser visto como um mal tradutor, pois se
afasta daquilo que é a essência da tradução.
Portanto, um tradutor que não se envolve com a cultura do Outro terá
dificuldades em desempenhar o seu papel, e estará colocando a sua competência à
prova. Língua e cultura constituem o cerne da tradução. A apropriação de uma língua
estrangeira é uma experiência densa e profunda, pois pressupõe a apropriação de
sentidos, estes intimamente ligados à cultura.
Assim como a linguagem, a cultura é um código simbólico por meio do qual
as mensagens são transmitidas e interpretadas. No entanto, a cultura vai além, por
ser uma combinação de fatos históricos, sociais, geográficos, étnicos e outros mais.
Por tudo isso, ao pensar em fazer um trabalho de tradução, o tradutor não deve levar
em conta somente a transposição da palavra, a equivalência de significado, mas sim,
os sentidos, o(s) contexto(s), o cenário a ser traduzido.
Na impossibilidade de uma equivalência completa entre o conjunto dos
códigos de duas culturas diferentes, a tradução consiste em uma tentativa de
decifração do sentido por meio da procura de aproximações entre culturas. No
entanto, a tradução deve sempre focar no leitor da cultura de chegada da obra
traduzida. O tradutor deve respeitar a obra original de forma que a versão traduzida
corresponda ao original, mas sem ser de todo estranha para o leitor. Bassnett
exemplifica:
O conceito de Deus Pai não pode ser traduzido para uma cultura onde a
divindade é feminina. Tentar impor os valores culturais da língua fonte
para a cultura da língua de chegada é terreno perigoso, [...]. O tradutor não
pode ser o autor do texto-fonte, mas como autor do texto traduzido ele
tem uma clara responsabilidade moral para com os seus leitores23
(Tradução nossa).
23 The concept of God the Father cannot be translated into a language where the deity is female. To
attempt to impose the valu
translator cannot be the author of the SL text, but as the author of the TL text has a clear moral
responsibility to the TL readers (BASSNETT, 2002, p. 31-32).
24 The SL phrase is replaced by a TL phrase that serves the same purpose in the TL culture, and the
process here involves the substitution of SL sign for TL sign (BASSNETT, 2002, p. 33).
Considerações Finais
25 tory (MILLER,
2018).
REFERÊNCIAS
DOURADO, Autran. Uma vida em segredo (1964). Rio de Janeiro: Rocco, 2010.
DOURADO, Autran. A hidden life. Tradução de Edgar H. Miller Jr. New York: Alfred
A. Knopf, 1969.
STEINER, George. After Babel: aspects of language and translation. New York:
Oxford University Press, 1975.
RESUMO: Este artigo objetiva analisar o conto “Água”, do livro A casa deles, de Ana Paula Pacheco, no qual a
mulher fala sobre si mesma, promove questionamentos sobre sua condição social e denuncia violências praticadas
pelo seu companheiro. O processo de memória/invenção é apontado, neste trabalho, como uma categoria
metodológica possível de análise. A memória, forjada no imaginário da autora, promove o que é visto como
invenção, mas contendo um gesto questionador, subversivo, feminista.
Numa cultura ainda com herança patriarcal, e, portanto, com uma história literária e
tradição crítica seculares, canonizada e construída pela ótica predominantemente do masculino,
de forma singular, as mulheres têm rompido com o silêncio que lhes foi imposto, e denunciado
a dominação sexista, cultural e ideológica a que foram subordinadas. Em nenhuma outra época,
debateu-se e produziu-se tanto material científico a respeito das mulheres e sua produção
literária, como nas últimas décadas.
Não podendo dissociar-se a arte do contexto social em que foi produzida, a literatura
geral e, em particular, a brasileira, negou legitimidade cultural à mulher, enquanto sujeito do
discurso até as décadas de 1960 e 1970, época em que o feminismo se consolidou enquanto
movimento político. Mesmo reconhecendo o importante caminho aberto por outras mulheres
desde o segundo quartel do século XIX, como Nísia Floresta, por exemplo.
O fundamento deste silêncio feminino vem da estética de base europeia que,
tradicionalmente, imputou ao homem a capacidade artística de criar. À mulher, coube a
acomodação em papéis de subordinação socialmente definidos, tais como gerir o lar, educar os
filhos, entre outros. E, caso se aventurasse na escrita, sua produção resultava, do ponto de vista
masculino, como literatura menor, sem valor, ou mera cópia, imitação. Rita Terezinha Schmidt,
pesquisadora da literatura de autoria feminina, a partir de aportes de teorias feministas e pós-
coloniais, afirma que:
*
Graduada em Direito (2007); Pós-Graduada lato sensu em Direito Processual (2009); Pós-Graduanda stricto
sensu - Mestrado em Letras/Estudos Literários pela Universidade Estadual de Montes Claros - UNIMONTES.
Advogada. Servidora Pública Efetiva do Município de Montes Claros/MG. E-mail:
heidycristina@adv.oabmg.org.br
**
Graduado em Letras Português/Francês (1993); Pós-Graduado lato sensu em Língua Portuguesa e Linguística
(1995) e em Filosofia, pela Universidade Estadual de Montes Claros – UNIMONTES; Mestre em Literatura
Brasileira (1999) e Doutor em Literatura Comparada (2002), ambos pela Universidade Federal de Minas Gerais -
UFMG; Pós-doutor em Literatura Brasileira (2007), pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ. Pós-
doutor pela Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG (2019). Professor na Universidade Estadual de Montes
Claros – UNIMONTES. E-mail: osmar.oliva@unimontes.br
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RESUMO: Este artigo objetiva analisar o conto “Água”, do livro A casa deles, de Ana Paula Pacheco, no qual a
mulher fala sobre si mesma, promove questionamentos sobre sua condição social e denuncia violências praticadas
pelo seu companheiro. O processo de memória/invenção é apontado, neste trabalho, como uma categoria
metodológica possível de análise. A memória, forjada no imaginário da autora, promove o que é visto como
invenção, mas contendo um gesto questionador, subversivo, feminista.
Numa cultura ainda com herança patriarcal, e, portanto, com uma história literária e
tradição crítica seculares, canonizada e construída pela ótica predominantemente do masculino,
de forma singular, as mulheres têm rompido com o silêncio que lhes foi imposto, e denunciado
a dominação sexista, cultural e ideológica a que foram subordinadas. Em nenhuma outra época,
debateu-se e produziu-se tanto material científico a respeito das mulheres e sua produção
literária, como nas últimas décadas.
Não podendo dissociar-se a arte do contexto social em que foi produzida, a literatura
geral e, em particular, a brasileira, negou legitimidade cultural à mulher, enquanto sujeito do
discurso até as décadas de 1960 e 1970, época em que o feminismo se consolidou enquanto
movimento político. Mesmo reconhecendo o importante caminho aberto por outras mulheres
desde o segundo quartel do século XIX, como Nísia Floresta, por exemplo.
O fundamento deste silêncio feminino vem da estética de base europeia que,
tradicionalmente, imputou ao homem a capacidade artística de criar. À mulher, coube a
acomodação em papéis de subordinação socialmente definidos, tais como gerir o lar, educar os
filhos, entre outros. E, caso se aventurasse na escrita, sua produção resultava, do ponto de vista
masculino, como literatura menor, sem valor, ou mera cópia, imitação. Rita Terezinha Schmidt,
pesquisadora da literatura de autoria feminina, a partir de aportes de teorias feministas e pós-
coloniais, afirma que:
*
Graduada em Direito (2007); Pós-Graduada lato sensu em Direito Processual (2009); Pós-Graduanda stricto
sensu - Mestrado em Letras/Estudos Literários pela Universidade Estadual de Montes Claros - UNIMONTES.
Advogada. Servidora Pública Efetiva do Município de Montes Claros/MG. E-mail:
heidycristina@adv.oabmg.org.br
**
Graduado em Letras Português/Francês (1993); Pós-Graduado lato sensu em Língua Portuguesa e Linguística
(1995) e em Filosofia, pela Universidade Estadual de Montes Claros – UNIMONTES; Mestre em Literatura
Brasileira (1999) e Doutor em Literatura Comparada (2002), ambos pela Universidade Federal de Minas Gerais -
UFMG; Pós-doutor em Literatura Brasileira (2007), pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ. Pós-
doutor pela Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG (2019). Professor na Universidade Estadual de Montes
Claros – UNIMONTES. E-mail: osmar.oliva@unimontes.br
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67
O texto é fruto do imaginário. Mas este, por sua vez, é uma amálgama de memórias e
experiências pessoais e coletivas. Deste modo, o texto literário pode ser interpretado como
representação mimética e artística da sociedade e da sua cultura. É nesse contexto que a ficção
de mulheres realiza uma denúncia social na profundidade, evocando memórias coletivas,
clamando pela conscientização feminina; ainda que de forma suave, sem exageros, sem
rebuscamentos. É nesse âmbito, ainda, que se situa o livro da paulistana Ana Paula Pacheco, A
casa deles.
Todavia, antes que se proceda à análise proposta como objetivo deste trabalho, faz-se
necessário um adendo acerca das características específicas do conto, como anteriormente
prenunciado. Antonio Carlos Hohlfeldt, em seu livro Conto brasileiro contemporâneo, ressalta
como características do conto: a forma oral como gênese; o “espaço restrito” e o curto lapso de
tempo da narrativa, e a escassez de personagens (HOHLFELDT, 1988, p. 12-22). O referido
1
É cabível, nesse contexto, diferenciar feminismo (movimento político-ideológico) de feminino (comportamento
da mulher, forma como expressa sua identidade no dia-a-dia).
68
Os temas de A casa deles giram entre vida familiar e vida na cidade, com suas leis e
instituições examinadas em seu momento de quase dissolução. Seu ponto inflamado
é o esvaziamento dos personagens, seja pela loucura, que surge normalizada em
muitos textos (cf. “Centro), seja pelo controle de alguém que se fez mais forte, como
em “Supergato” (humildes tiranizados por outro humilde que sobe na escala), seja
ainda de forma mais geral no enquadramento da época da ditadura militar no Brasil,
como em “A 20.000 pés”. (In: PACHECO, 2009, p. 90).
Nenhum dos contos que compõem a coletânea tem o mesmo título do livro, apesar do
trabalho como um todo fazer denúncia social por meio de personagens em espaços de exclusão,
sejam moradores de rua, empregadas abandonadas, quando não podem mais servir aos
interesses capitalistas, sejam hóspedes de asilos e sanatórios, mulheres que são expulsas da
própria casa, dentre outros.
O livro de Pacheco tem por epígrafe trecho extraído de Franz Kafka, A construção:
"Aqui não importa que se esteja na própria casa, pois o fato é que se está na casa deles". Assim,
o título e a epígrafe do livro, o primeiro inspirado e segundo extraído do fragmento de Kafka,
já prenunciam a ausência de domínio do enunciante, o pertencimento a outrem. Ou, pelo viés
da ironia, convoca-se o leitor a questionar onde está a voz feminina que tenta se inscrever na
ordem do discurso, lugar de fala e de poder tradicionalmente masculino.
Em A construção, a criatura-narradora de Kafka vive sob a terra em túneis e
esconderijos por ela escavados. Os referidos túneis guardam a dupla finalidade de habitação e
proteção do seu morador. Entretanto, este, de forma paranoica, não consegue viver em paz.
Sempre atormentada com invasores, desmoronamentos, e ataques súbitos, a criatura está
constantemente escavando, planejando, desenvolvendo estratégias, alargando ou estreitando
galerias.
Acir Dias da Silva, em seu artigo intitulado “Imagens de Kafka: olhares para A
construção”, ressalta que o narrador kafkiano, tomado pela insegurança quanto ao seu destino
e totalmente aterrorizado, busca se proteger de inimigos que não são materializados na
narrativa, apenas pressentidos por rumores e movimentos generalizados. Entretanto, a vida
agonizada por culpas, medos e solidão, desencadeia a própria segregação corporal. (SILVA,
2010).
69
Ele encheu a nossa casa de água. Tudo o que ele pôs ali dentro a água levou. O que
ele fez de bom, fez pior logo depois. Mas foi ele quem afundou tudo, cômodo por
cômodo, coisa por coisa – as dos meninos dele, as dos meus pais, o sofá da minha avó,
a gaiolinha, a gaiolinha da calopsita da menina. Aquilo durou horas e quando ele já
estava bem longe, a casa seca parecia o que o mar engoliu e devolveu. (PACHECO,
2009, p. 11).
71
1. tudo o que age usando a força para ir contra a natureza de algum ser (é desnaturar);
2. todo ato de força contra a espontaneidade, a vontade e a liberdade de alguém (é
coagir, constranger, torturar, brutalizar); [...]; 5. consequentemente, violência é um
ato de brutalidade, sevícia e abuso físico e/ou psíquico contra alguém e caracteriza
relações intersubjetivas e sociais definidas pela opressão e pela intimidação, pelo
medo e pelo terror. A violência é a presença da ferocidade nas relações com o outro
enquanto outro ou por ser um outro [...]. (CHAUI, 2017, p. 46, grifos da autora).
À tardinha outro homem, não o das placas nem o interessado, me avisou que tinha
sido vendida e que ele, o pai dos meninos, o artista ao contrário, tinha deixado um
bilhete para mim. Eu precisava retirar as coisas se quisesse salvar o que é meu. As
minhas coisas, as dos meninos dele, as coisas dele também. Foi quando tudo começou,
o segundo afogamento, este no seco. Dali a dois dias passaram a aterrar. Tijolos,
louças, cimento, ladrilho, tudo servia para dar solidez àquela boca aberta. Os vãos eles
cobriam com muita terra, e a nossa casa destruída eram os dentes, já sem raiz.
(PACHECO, 2009, p. 13).
Não gosto quando me olha e sorri, desconfio dele mesmo na lembrança. (PACHECO,
2009, p. 11).
A cada dia um novo sinal de água aparece. Mofo, relento, um pedaço de tábua, um
chiado. Mas considere, ele disse. Você está deixando de considerar que estou aqui
hoje (ele disse depois). (PACHECO, 2009, p. 12).
Você está deixando de considerar que estou aqui hoje (ele disse) e que me apego aos
que machuco. (PACHECO, 2009, p. 12).
73
REFERÊNCIAS
ARÊAS, Vilma. Posfácio. In: PACHECO, Ana Paula. A casa deles. São Paulo: Nankin, 2009.
p. 89-93.
______. Lei nº. 11.340, de 7 de agosto de 2006. Cria mecanismos para coibir a violência
doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do §8º do art. 226 da Constituição Federal,
da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres e
da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher;
dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; altera
o Código de Processo Penal, o Código Penal e a Lei de Execução Penal; e dá outras
providências.
DUARTE, Constância Lima. “Literatura feminina e crítica literária”. In: Encontro Nacional
da ANPOLL, 1988, Belo Horizonte. Boletim do GT A Mulher na Literatura. Belo Horizonte:
Faculdade de Letras da UFMG, 1988, p. 70-79.
KAFKA, Franz. A construção. Trad. Modesto Carone. São Paulo: Brasiliense, 1994.
OLIVEIRA, Anelito de. Ana Paula Pacheco – A casa deles. In: Estudos de Literatura
Brasileira Contemporânea, n. 36, 2010, p. 253-255. Disponível em:
74
PIGLIA, RICARDO. “Teses sobre o conto”. In: Formas breves. Tradução de José Marcos
Mariani de Macedo. São Paulo: Companhia das Letras, 2004, p. 89-94. Disponível em:
<https://iedamagri.files.wordpress.com/2014/07/piglia-teses-sobre-o-conto-e-novas.pdf>.
Acesso em 13/04/2019, às 15h19.
SILVA, Acir Dias da. “Imagens de Kafka: Olhares para A construção”. In: Revista Línguas &
Letras, vol. 11, n. 21, 2010. Disponível em: <e-
revista.unioeste.br/index.php/linguaseletras/article/download/4511/3465>. Acesso em
13/04/2019, às 15h25.
SCOTT, Joan. “Gênero, uma categoria útil de análise histórica”. Educação e Realidade, v. 20,
jul. - dez., 1995.
VIANNA, Lúcia Helena. “Poética feminista – poética da memória”. In: Labrys: estudos
feministas, n. 4, agosto/dezembro 2003. Disponível em
<https://www.labrys.net.br/labrys4/textos/lucia1.htm>. Acesso em 13/04/2019, às 15h15.
WOOLF, Virgínia. Um teto todo seu. Tradução Vera Ribeiro. São Paulo: Nova Fronteira,
1985. Disponível em <http://brasil.indymedia.org/media/2007/11/402799.pdf>. Acesso em
13/04/2019, às 15h20.
75