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Fil 26 D(escartes)

Método (regras) + Dúvida (Metódica, Universal, Radical, Hiperbólica) → Cogito


COGITO
Descartes é considerado o fundador da filosofia moderna: o mundo, enquanto objeto de
conhecimento, é deslocado para o lado do sujeito que o percebe e que dispõe de um (novo)
método baseado e sustentado pela matemática.
“O problema das relações mente-corpo Segundo Damásio (2004), é crucial entendermos que (mente) e (consciência) não são
termos sinônimos, isto é, não são uma só e mesma coisa. A consciência é um processo de nível superior da mente, e a mente não
perde sua existência mesmo com a ausência da consciência. No entanto, os termos “consciência” e “mente consciente” têm de ser
considerados sinônimos (DAMÁSIO, 2004, p. 105). Neste tópico explicitaremos — a partir da perspectiva de Damásio (2004) — o
problema das relações entre mente e corpo. Esse problema tende a separar a mente do restante do corpo propriamente-dito e do
cérebro, uma concepção conhecida em filosofia como dualismo de substância. Essa perspectiva dualista foi sustentada por
Descartes, para quem a mente e o corpo ligam-se entre si pela “glândula pineal”. Porém, Descartes nunca explicou com rigor
como essa interação acontecia. Ao contrário, a “glândula pineal” não tem em sua estrutura algo que lhe permita realizar a tarefa
que o filósofo lhe atribuíra, como sendo a única responsável por fazer a interação da mente com o corpo-propriamente- dito. No
entanto, o ponto de vista identificado por Descartes reflete o deslumbre e o espanto que temos
por nossa mente. De fato, a mente humana é extraordinária em todos os sentidos de nossas vidas; na maneira
como lidamos com nossa dor e prazer, assim como lidamos com a dor e o prazer do outro; ela é extraordinária em
sua capacidade de armazenar as nossas memórias; a mente humana detém uma especial habilidade de produzir
conhecimentos; “
Camila Cristina de Oliveira Lopes A Consciência nas Perspectivas de Antônio Damásio: Self e Subjetividade Trabalho de conclusão de curso
apresentado ao Instituto de Filosofia da Universidade Federal de Uberlândia (IFILO/UFU) como requisito parcial à obtenção de título de Bacharel
em Filosofia. Área de Concentração: Filosofia das Neurociências e Filosofia da Mente Uberlândia, 02 de dezembro de 2019

“O conceito de consciência é uma discussão que perpassa toda a história da filosofia e


adentra em outras áreas do conhecimento, tais como a psicologia, neurociência, sociologia
dentre outras. Talvez por isso mesmo, não dispomos ainda de uma univocidade consensual
em relação a esse fenômeno que é o mais trivial e, ao mesmo tempo, o mais misterioso da
vida humana, a saber, a consciência . A ideia central deste artigo consiste em tentar definir o conceito de
consciência, sobretudo na perspectiva de Antonio Damásio. Em todas as suas grandes obras, e particularmente em E o cérebro
criou o Homem, Damásio se propõe discutir o conceito de consciência em vista da compreensão sobre como ocorre, em nível
psicofisiológicos, a construção da mente consciente. É com base na proposta de entender como ocorre em nós a constituição da
mente consciente que Damásio busca definir um conceito de consciência capaz de suplantar parte da equivocidade conceitual que
tem caracterizado as definições de consciência por parte dos pesquisadores das mais diversas áreas do conhecimento que lidam
com esse problema.Em vinte cinco séculos de filosofia, a maioria das definições de consciência
não supera o paradigma explicativo dualista e, recentemente, é muito comum a
consideração de que o materialismo e o dualismo esgotam o campo de possibilidades
quanto à definição da consciência. No que diz respeito à tradição dualista de conceber a
mente, é impossível não fazermos referência a Descartes, segundo o qual, como se costuma
dizer, a consciência é uma substância imaterial que não ocupa lugar no espaço e é, enquanto
tal, distinta de toda a matéria corporal.
A CONSTRUÇÃO DA MENTE CONSCIENTE: UMA ANÁLISE A PARTIR DA PERSPECTIVA DE ANTÓNIO DAMÁSIO The construction of the
Counscious Mind: an analysis from Antonio Damásio’s perspective Thiago Rezende de Deus Cardoso (UFU) Leonardo Ferreira Almada (UFU)

Erro de Descartes: separação MENTE – Matéria/Corpo


A razão das emoções: um ensaio
sobre “O erro de Descartes”

Carlos Tomaz
Lilian G. Giugliano
Universidade de Brasília

O autor aponta alguns “erros” de Descartes - a


separação entre a mente e o corpo (…)
Damásio defende uma fusão do estudo neurobiológico com a investi
gação psicológica numa abordagem integrativa das emoções e da razão.
Pesquisas subdividindo o fenômeno nas menores partes possíveis a
fim de se compreender cada uma em separado, como propôs Descartes
no seu livro “Discurso do Método”, não nos levariam a um entendimento
completo e amplo da tomada de decisões ou de qualquer outro fenômeno.

O dualismo cartesiano tem influenciado o pensamento filosófico


e a pesquisa científica, em particular a inteligência artificial.
“Sujeito pensante, consciência, identidade”

Na conceção clássica:
- o ser/realidade identifica-se com tudo o que existe e é independente do modo como o dizemos/conhecemos; é
independente do discurso, do sujeito, do orador. A verdade é unívoca e corresponde ao conhecimento
absoluto do ser (ou realidade); a verdade é apenas uma.
Na conceção contemporânea:
- o ser diz-se de diferentes maneiras (é plural) e só pode ser dito/conhecido por intermédio da linguagem,
argumentação, discurso.
- a verdade não é unívoca nem absoluta, é plurívoca e renovável, tem vários sentidos.

A razão não é uma faculdade imutável, nem a racionalidade uma ordem eterna. A racionalidade não pode ser
descontextualizada nem desumanizada ou despersonalizada.

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