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PROCESSO DE BENEFICIAMENTO DA ARTEMÍSIA VULGARIS

Desde a antiguidade a artemísia é cultiva e utilizada na moxaterapia em toda Ásia,


principalmente no norte da China e no Japão sendo aos poucos exportada por todo
oriente, com o passar do tempo e a difusão de suas propriedades medicinais foi
introduzida no ocidente, chegando ao Brasil.

No que se refere ao cultivo da artemísia na China, os textos antigos não mencionam


locais específicos. Entretanto, uma cidade merece destaque, Qi Zhou, alocada em
Guangxi. Esta região apresenta as características encontradas nas sociedades primitivas,
possuindo clima frio e solo ideal para o cultivo específico desta espécie pertencente à
família do Chrysanthemum, vulgarmente nomeado crisâtemo. A artemísia vulgaris
originária deste lugar é conhecida como o melhor tipo para moxa visto que suas folhas
são espessas capazes de produzir muito mais lã e seus caules mais grossos, fornecendo
uma energia elevada, os cones e bastões de moxa desta espécie de artemísia são
considerados os de melhor qualidade usados na moxaterapia.

Durante milênios o crisântemo é cultivado na China, sendo adorado pela inigualável


beleza, principalmente em relação à diversidade e delicadeza de suas flores, e por seus
benefícios medicinais. É uma planta lendária associada a poderes místicos vivificadores,
constantemente receitadas no tratamento de diversas doenças. No taoísmo simboliza
simplicidade e perfeição, sendo representada pelo termo “Chu”. Suas flores têm como
estação principal o outono, tempo de tranquilidade, perfeição e abundância, mas
florescem melhor no inverno, o que simboliza a capacidade de mediação entre a vida e a
morte, entre o cósmico e o telúrico.

Atualmente a Artemísia encontra-se disseminada por todo o globo, é uma erva muito
resistente, viva e perene, facilmente encontrada nas planícies, arrozais, beiras do
caminho, moitas e lugares incultos. Seu processo de beneficiamento é dividido
basicamente em cinco partes: colheita, desidratação, socagem, peneiração e
armazenamento.
No Brasil, o tempo ideal para sua colheita vai de novembro a dezembro, onde somente a
parte nova da planta deve ser extraída.

Inicialmente deixa-se secar ao sol para que desidrate aproximadamente 20% a 30%,
posteriormente as folhas devem ser deixadas a sombra para dar continuidade ao
processo de secagem, a erva precisa ser totalmente desidratada sem que seu estado
físico original seja degradado. O próximo passo é o processo de socagem, no qual em
um pilão, de preferência, feito de pedra ou de madeira e com o auxílio de um socador
também constituído de madeira, a artemísia é socada até se tornar uma espécie de “lã ou
algodão”. Na etapa seguinte peneira-se esse material objetivando retirar os resíduos
descartáveis como pó e talos da planta.

O produto final de todo esse processo é uma lã macia de fácil manuseio, denominada
internacionalmente como moxa. Quanto mais pura e rica for a artemísia, apresentará
uma coloração amarela clara ou esbranquiçada. O método de conservação consiste em
isola-la em um saco plástico, evitando que suas propriedades farmacológicas sejam
perdidas, protegendo-a contra umidade e assim aumentando sua vida útil, podendo
alcançar de cinco a dez anos de longevidade.

Licensed to Edson de Santana Carvalho - edsoniuprodutosnaturais@gmail.com - 034.864.475-21


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