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1. Introdução
Cada um destes humores teria diferentes qualidades: o sangue era quente e úmido,
a fleuma era fria e úmida, a bílis quente e seca, e a bílis negra fria e seca. Segundo
o predomínio natural de um destes humores na constituição dos indivíduos,
teríamos os diferentes tipos fisiológicos: o sanguíneo, o fleumático, o bilioso ou
colérico e o melancólico. A doença seria devida a um desequilíbrio entre os
humores, tendo como causa principal as alterações devidas aos alimentos, os quais,
ao serem assimilados pelo organismo, davam origem aos quatro humores.
Entre os alimentos, Hipócrates incluía a água e o ar. A febre seria devida à reação
do corpo para cozer os humores em excesso. O papel da terapêutica seria ajudar a
physis a seguir os seus mecanismos normais, ajudando a expulsar o humor em
excesso ou contrariando as suas qualidades.
2. Simbologia
3. Os humores
O corpo do homem contém sangue, fleuma, bile amarela e bile negra – esta é a
natureza do corpo, através da qual adoece e tem saúde. Tem saúde, precisamente,
quando estes humores são harmônicos em proporção, em propriedade e em
quantidade, e sobretudo quando são misturados. O homem adoece quando há falta
ou excesso de um desses humores. Admite-se que a crença na existência de uma
bile negra tenha sido fruto da observação clínica nos casos de hematêmese, melena
e hemoglobinúria.
4. A saúde e os humores
Este processo se realiza em três etapas nas doenças agudas: apepsia, pepsia
(cocção) e crisis. A crisis tem tendência a ocorrer em dias certos, o que levou
Hipócrates a estudar os dias críticos de várias enfermidades.
Os médicos medievais usavam astrologia horária, faziam (horária médica) para ver
qual desequilíbrio no humor havia. A recuperação do enfermo acompanha-se da
eliminação do humor excedente ou alterado. O médico pode auxiliar as forças
curativas da natureza, retirando do corpo o humor em excesso ou defeituoso, de
modo a restaurar o equilíbrio. Com esta finalidade, surgiram os quatro principais
métodos terapêuticos: sangria, purgativos, eméticos e clisteres.
5. Os Alimentos e Temperamentos
Dos modos de preparar alimentos, o que esquenta e seca é fritar e/ou grelhar (e
qualquer método que seja passar no fogo de forma geral, como em maçaricos). É
mais difícil termos alimentos principais que sejam quentes e secos: temos o bacon,
peixes salgados como o bacalhau, carne de sol, carneiro e bode, aspargos,
chocolate puro, azeitonas pretas, rabanete, rábano picante, algumas frutas secas
(como tâmaras secas), pistaches, alcachofras, milho.
Por outro lado, a maior parte dos temperos e especiarias é quente e seca: pimenta,
pimentões, alho, cebola, raiz-forte, gengibre, curry, canela, páprica, sal
(especialmente o marinho), mostarda, noz-moscada, salsinha, orégano,
anis-estrelado, coentro, sal, cebolinha, alho-poró, funcho (essas coisas têm níveis -
o orégano e o coentro estão no topo da lista, abaixo só de algumas pimentas, o
alho-poró e a cebola estão mais abaixo, etc).
Das formas de adoçar, o açúcar mascavo e o mel. Das bebidas, vinho tinto (seco,
claro) e bebidas destiladas de forma geral - o álcool em si é obviamente quente e
seco.