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CURSO EXTENSÃO

DISTÚRBIOS DO SONO

CT EX- DS

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Introdução:

Acho que escutei uma voz gritar: "Nunca mais dormirás! Macbeth assassinou o sono!"... O
sono inocente, sono que deslinda a meada enredada das preocupações, a morte da vida
de cada dia, banho reparador do trabalho doloroso, bálsamo das almas feridas, segundo
prato na mesa da grande Natureza, principal alimento do festim da vida!...
William Shakespeare,
Macbeth, ato II, cena 2

Nas linhas acima, William Shakespeare


captou o valor de uma boa noite de
sono. Quem, como o torturado
Macbeth, o rei da tragédia que leva seu
nome, não sofreu com pelo menos uma
noite em claro? É bom que se diga que
no tempo do dramaturgo, que viveu na
Inglaterra do século XVI, as noites eram
bem mais repousantes que as atuais.
Dorme-se hoje em média sete horas
por noite, noventa minutos menos do que se dormia nos séculos passados. No
período anterior à luz elétrica, homens e mulheres costumavam ir para a cama no
início da noite. Acordavam no meio da madrugada para tomar um lanche e, em
seguida, voltavam a dormir até o sol raiar. A redução de uma hora e meia no
descanso diário é decorrência do excesso de iluminação e de barulho noite
adentro, da vida sedentária e dos horários irregulares, do stress profissional, da
televisão... Enfim, de um mundo que nunca dorme.

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Metade da população adulta do Brasil experimenta pelo menos uma noite mal
dormida por semana. Não é o suficiente para causar danos permanentes, e volta-
se ao normal uma vez que se tenha dormido. Ainda assim, o dia seguinte é de
amargar. Há uma perceptível redução no desempenho, na criatividade e nos
reflexos e os nervos ficam à flor da pele. Uma pesquisa da Universidade Federal
de São Paulo estimou a queda na atenção causada por duas noites insones como
equivalente ao consumo de três doses de uísque. Por isso se recomenda a quem
dorme mal que evite dirigir ou operar máquinas. Dados do Brasil indicam que 10%
de todos os acidentes de trânsito envolvem um motorista sonolento ou
adormecido. As conseqüências são bem mais severas quando o débito de sono se
prolonga por períodos maiores – uma semana dormindo poucas horas por noite,
por exemplo. Nesse caso, os efeitos sobre o metabolismo são parecidos com os
do processo de envelhecimento. "A sociedade nos estimula a dormir tarde e
acordar cedo, reduzindo assim o período destinado ao sono", diz o
neurofisiologista Flávio Alóe, do Centro de Sono do Hospital das Clínicas de São
Paulo. "Dessa forma, muita gente não dorme o suficiente para ter uma vida
saudável."

Diferentemente do que se acreditava no passado, sabe-se hoje que é possível


curar a maioria dos casos de insônia sem tratamentos pesados nem remédios
fortíssimos. Estudos recentes apontam que na maior parte das vezes ela é
causada pelos maus hábitos do dia-a-dia. Uma dessas pesquisas foi realizada em
fevereiro com estudantes na Universidade de Kansas, nos Estados Unidos, e
mostrou que o número de jovens que procuram ajuda médica para combater a
insônia aumentou mais de 100% nos últimos catorze anos. Hoje, os estudantes
americanos não dormem mais de sete horas por noite, quarenta minutos menos
do que costumavam dormir na década de 90. O principal motivo, segundo os

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pesquisadores, é a falta de rotina na hora de ir para a cama. Devido aos exames
da faculdade, eles se habituam a ficar acordados durante a madrugada para
estudar e levantar cedo para ir à aula. Quando tentam ir dormir mais cedo, não
conseguem mais conciliar o sono. A solução para esses casos é fazer uma
mudança de hábitos, como modificar o horário em que se vai dormir. Muitas
vezes, passar menos tempo na cama em vez de ficar a madrugada rolando de um
lado para o outro pode contribuir para um sono de maior qualidade.

A VJ da MTV Sarah Oliveira, 24 anos, tem dificuldade para dormir desde criança.
"Eu acordava todos os dias às 6 e meia da manhã para ir à escola, mas não
conseguia dormir antes de 1 hora", conta. Há três anos, ela atravessou um
momento complicado na vida profissional e amorosa e passou a depender de
tranqüilizantes para dormir. Foi então que resolveu combater a insônia com
mudança de hábitos. Não faz mais ginástica à noite, cortou alimentos estimulantes
depois do jantar, entre eles chocolate, e começou a usar medicamentos
homeopáticos. A nova rotina melhorou suas noites, mas ela ainda perde o sono
com facilidade. "Isso me incomoda um pouco, mas minha vida já melhorou
bastante", diz. Também é importante seguir uma dieta alimentar saudável e
praticar exercícios físicos moderados, como ioga e natação. Essas medidas
simples resolvem o problema de até 70% dos insones. "Adotar uma rotina, entre
elas dormir e levantar no mesmo horário todos os dias, é o melhor remédio para
ter uma boa noite de sono", disse a VEJA o neurologista americano Clifford Saper,
da Universidade Harvard e um dos especialistas mais respeitados nesse assunto.

O problema é que nem sempre é fácil manter um horário fixo para dormir ou ter
uma rotina saudável. A maioria das pessoas não perde horas de sono por opção,
mas simplesmente porque não consegue abrir mão da enorme quantidade de
tarefas e preocupações que tem no dia-a-dia. Para esses casos, as clínicas de
estudo do sono dispõem de tratamentos que ajudam homens, mulheres e até

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crianças a lidar melhor com as principais causas da insônia, como o stress e a
ansiedade. Nós passamos um terço de nossa vida dormindo – ou, pelo menos,
deveríamos. Até uns sessenta anos atrás os cientistas viam o sono apenas como
uma pausa para o descanso, uma espécie de buraco negro cuja única
característica notável era a inconsciência. Tudo isso mudou repentinamente com a
invenção das máquinas de eletroencefalograma, que registram a atividade elétrica
do cérebro. O estudo das ondas cerebrais demonstrou que o sono não é uma
espécie de morte ou desmaio, e sim um período de complexa atividade. Foi, por
assim dizer, o despertar da ciência do sono. Em 1937, descobriram-se as fases
distintas que se alternam em ciclos durante a noite. Em 1953, percebeu-se que no
decorrer do sono os olhos se mexem rapidamente, prova segura de que muitos
sentidos continuam funcionando normalmente. "Aprendeu-se mais sobre o sono
nos últimos trinta anos que em toda a história anterior da medicina", diz Flávio
Alóe.

As descobertas mais sensacionais aconteceram recentemente. Veja algumas


delas:

• O botão liga-desliga – Trata-se de um conjunto de células cerebrais só ativadas


quando o indivíduo dorme. Apelidado de sleep switch (o interruptor do sono, em
inglês), desliga determinadas funções cerebrais para que o sono ocorra. A
quantidade de células do sleep switch tende a cair com o passar dos anos. Isso
pode explicar por que os idosos dormem menos. É o mais perto que já se chegou
da total compreensão do mecanismo do sono. Infelizmente, ainda não podemos
apertar o botão do sono por nós mesmos.

• A molécula do despertar – Em 1999, duas pesquisas separadas, uma em


Stanford e outra na Universidade do Texas, chegaram à mesma conclusão sobre
as causas genéticas da narcolepsia, doença neurológica em que o paciente cai
adormecido inesperadamente: ela se dá pela falta de um neurotransmissor, a

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hipocretina. É provável que a hipocretina seja o elemento químico responsável por
virar o sleep switch para a posição acordado. Em teoria, com a hipocretina é
possível criar uma droga para nos manter acordados por longos períodos de
tempo. Ainda não se tem essa pílula milagrosa, mas, como muita coisa na
indústria farmacológica, é uma questão de tempo.

• O indutor do sono – A melatonina, o hormônio que induz o sono e só é


produzido no escuro, foi estudada a fundo, pela primeira vez, por pesquisadores
do Instituto de Tecnologia de Israel. O que descobriram foi a importância do
relógio biológico e das condições ambientais para o sono. O cérebro começa a
secretar a melatonina entre 21 e 22 horas e só pára pela manhã. Como o
hormônio leva duas horas para fazer efeito, o ideal é ir dormir às 23 horas. O pior
momento é por volta das 19 horas, quando a quantidade do hormônio no
organismo ainda está muito baixa.

Os cientistas dividem o sono em dois tipos: REM, a sigla inglesa para movimentos
oculares rápidos, e não-REM, também chamado de sono quieto. Neste último, as
atividades mentais ficam vagarosas, ocorrem movimentos corporais e a pessoa
mergulha lentamente no sono mais profundo. No REM, o período em que mais se
sonha, a atividade cerebral é intensa, mas o corpo dorme pesado. O processo do
sono é dividido em cinco etapas. Nas duas primeiras, apenas se cochila. Na
terceira e na quarta, o sono é profundo e, na quinta, ocorre a maioria dos sonhos.
Esse ciclo se repete quatro ou cinco vezes por noite. Quem tem dificuldade para
dormir pode não conseguir chegar aos estágios finais. "Há casos em que a pessoa
apenas cochila a noite inteira e só percebe que dormiu mal porque fica irritada,
ansiosa e cansada durante todo o dia", diz o médico Sérgio Tufik, diretor do
Instituto do Sono da Universidade Federal de São Paulo. A maioria dos adultos
precisa dormir de sete a nove horas por noite, mas essa quantidade pode variar

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muito de uma pessoa para outra. Algumas só precisam de quatro ou cinco horas
de sono. A qualidade é que importa.

Nosso relógio biológico determina que necessitamos dormir certo número de


horas a cada 24 horas para podermos funcionar. Mas os médicos ainda não
sabem com total segurança porque as pessoas precisam dormir. Uma das
hipóteses mais aceitas é que o sono tem a função de repor a energia cerebral.
"Novos estudos sugerem que as reservas de energia do cérebro, que garantem
seu bom funcionamento, se esgotariam caso não houvesse a chance de a mente
se restabelecer durante o sono", diz o neurologista americano Saper. Durante o
ciclo do sono, o cérebro consolida as informações recebidas ao longo do dia.
Seleciona as que serão guardadas na memória e descarta as supérfluas. O
processo ocorre principalmente durante o estágio REM, aquele em que se sonha,
mas a relação entre sonho e memória ainda não está muito clara para os
cientistas. É bem possível que os sonhos – que Sigmund Freud considerava
reveladoras manifestações do inconsciente – sejam meros reflexos da faxina nos
neurônios da memória. Noites mal dormidas provocam envelhecimento precoce
porque 70% do GH, o hormônio do crescimento responsável pela renovação das
células e tonificação da pele, é secretado durante o sono pela hipófise, glândula
localizada na base do cérebro. A deficiência do GH no organismo causa
enfraquecimento dos ossos, perda da massa muscular e flacidez.

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Falta de sono de boa qualidade e na duração necessária também provoca


depressão, hipertensão, contribui para o infarto, o derrame cerebral e o
agravamento do diabetes. Os distúrbios do sono são, por sinal, sintomas comuns
da depressão. A insônia altera o metabolismo e o funcionamento do sistema
nervoso, prejudicando as outras funções do organismo. Em 2000, pesquisadores
da Universidade de Nagoya, no Japão, divulgaram o resultado de um amplo
estudo sobre os hábitos de sono de um grupo de 5.000 moradores da cidade
japonesa de Gifu. Conclusão: o risco de morte para quem dormia menos de sete
horas por dia era duas vezes maior que o daqueles cujo descanso variava de sete
a dez horas. Se você acha tudo isso um tanto remoto, saiba que dormir mal
acarreta outro efeito rápido e desagradável: a obesidade. A antiga suspeita de que
gordura e insônia andam de mãos dadas foi confirmada recentemente por um
estudo da Universidade de Chicago. Depois de dormir por apenas quatro horas
durante seis noites consecutivas, universitários jovens, magros e saudáveis, que
participaram como voluntários da pesquisa, apresentaram metabolismo igual ao
de idosos. Devido à falta de sono, a capacidade de processar o açúcar no sangue
tinha sido reduzida em 30% e a alta taxa de glicose fez aumentar a produção do

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hormônio insulina. Em excesso, a insulina faz com que o organismo retenha mais
gordura e aumente o tamanho das células adiposas. O nível de cortisol, o
hormônio do stress, também subiu drasticamente. "Tivemos resultados mais
compatíveis com homens de 60 anos de idade do que com jovens saudáveis de
20 anos", diz a médica americana Eve Van Cauter, que coordenou o trabalho.

A insônia é classificada de acordo com sua duração. É considerada leve se dura


apenas alguns dias, média se permanece algumas semanas e crônica se persiste
por mais de um mês. A leve geralmente é causada por problemas do cotidiano,
como briga com o namorado ou a namorada, desemprego, excesso de trabalho.
Pode se transformar em uma insônia de média intensidade e durar por algumas
semanas, mas apenas a crônica necessita de tratamento. Estima-se que 51
milhões de brasileiros acima dos 18 anos tenham dificuldade para dormir. Pelo
menos 1,5 milhão só dorme com medicação. A situação é mais grave nas
metrópoles, onde se acredita que mais da metade da população durma menos do
que deveria. São pessoas que levam para a cama as preocupações do dia
seguinte e se sentem obrigadas a dormir. Policiais, médicos e outros profissionais
que trabalham em turnos são mais propensos a ter problemas de sono. No
momento em que deveriam dormir, estão na ativa. O sono durante o dia é de pior
qualidade devido à luminosidade, ao barulho e à temperatura mais elevada.
Muitas vezes, uma boa noite de sono pode ser conseguida com soluções
relativamente simples. Travesseiros ou um colchão mais confortáveis, por
exemplo. Cortinas para escurecer o quarto e isolar o barulho externo resolvem em
muitos casos. A instalação de ar-condicionado é uma boa providência em lugares
muito quentes, pois se dorme melhor com a temperatura entre 17 e 20 graus.

Como passo inicial de um tratamento contra a insônia, é comum que o paciente


passe uma noite numa clínica especializada e se submeta à polissonografia,
exame que monitora o sono com aparelhos. O principal objetivo é saber se a má

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qualidade do descanso noturno é ou não conseqüência de apnéia, a interrupção
involuntária da respiração durante o sono. Para esse caso, há tratamentos
específicos, incluindo cirurgias. Para a maioria, existem outros métodos que
permitem aliviar a tensão e controlar a ansiedade. Um deles, bastante usado, é o
biofeedback, que ensina como relaxar os músculos por meio de um aparelho
ligado ao corpo. Quando o paciente tenciona os músculos, a máquina faz um
ruído. Ao relaxar, o ruído diminui. O objetivo é fazer com que o insone tenha
consciência do próprio stress e perceba como é possível relaxar. Alguns pacientes
se submetem a sessões de terapia com psicólogos que ajudam homens e
mulheres a lidar melhor com as preocupações do dia-a-dia. "Um dos grandes
vilões do sono é a ansiedade na hora de dormir", diz a psicóloga Vânia Sartori,
pesquisadora do Instituto do Sono da Universidade Federal de São Paulo. "O
insone fica tão preocupado com o que precisa resolver no dia seguinte que não
consegue pegar no sono."

O Brasil é o país que mais estuda os distúrbios do sono na América Latina e, ao


lado dos Estados Unidos e da Alemanha, está entre os que mais se preocupam
com o tema. No início da década de 90, quando o assunto começou a ganhar
importância por aqui, havia cinqüenta clínicas especializadas em todo o país.
Hoje, são 150, grande parte em São Paulo. A maior delas, o Instituto do Sono da
Universidade Federal de São Paulo, atende cinqüenta pessoas por dia, com fila de
espera. São homens e mulheres que demoram mais de uma hora para pegar no
sono e, quando conseguem, dormem leve, acordando várias vezes. Não é difícil
encontrar no corredor do instituto insones que adormecem duas a três horas por
noite há mais de cinco anos e passam duas noites em claro quase todas as
semanas. Pelo menos 10% dos pacientes são crianças com sonambulismo,
bruxismo, o distúrbio que faz ranger os dentes durante o sono, e também insônia.
A capacidade de dormir diminui com a idade, principalmente para quem sofre de
certas doenças, como hipertensão. No passado, os despertares rápidos durante a

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noite começavam por volta dos 45 anos. Hoje, com a internet e os videogames
conspirando para manter todo mundo elétrico até altas horas, há crianças e
adolescentes em busca de tratamento nos consultórios especializados. Quase
90% das pessoas que procuram as clínicas conseguem sair com alguma solução
para tentar resolver o problema. A principal característica de uma noite bem-
dormida é a sensação de bem-estar ao acordar. É isso que todo mundo busca a
cada noite ao colocar a cabeça no travesseiro.

Lá pelos 50 anos, metade dos homens e quatro em cada dez mulheres roncam. É
muita gente. O problema atinge quase 60 milhões de brasileiros. O ronco é um
sintoma de envelhecimento, de aumento de peso e de flacidez muscular. Durante
o dia, os músculos da garganta são mantidos firmes e o ar percorre um caminho
aberto. Quando se dorme, os músculos relaxam, o ar passa com dificuldade e os
tecidos da garganta vibram. O estreitamento pode ser causado também por
excesso de tecido nas amígdalas, queixo e maxilar pequenos, um palato ou úvula
de formato ou tamanho exagerado. Em geral, o ruído causa maior incômodo ao
cônjuge que ao roncador. Exceto quando é sinal de um distúrbio mais sério, a
apnéia do sono.

A apnéia é uma interrupção involuntária da respiração durante o sono. Pode


ocorrer com a freqüência de uma por minuto e só termina quando o cérebro
percebe a queda na oxigenação e força um quase despertar rápido, para que a
pessoa inale oxigênio. Segundos ou minutos depois, o processo se repete. Os
batimentos cardíacos vão às alturas. O apnéico acorda cansado, mesmo quando
pensa ter dormido a noite inteira. Quinze milhões de brasileiros padecem desse
mal. Nos casos leves, um regime para emagrecer ameniza o problema. Nos mais
graves, precisa-se dormir com uma máscara de oxigênio.

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Conceito

O que é insônia

A insônia se caracteriza por dificuldade


em iniciar o sono, ou por acordar durante a noite com dificuldade para voltar a
dormir com consequências no dia seguinte. Muitas vezes, ocorre a sensação de
sono não reparador, de má qualidade, com cansaço diurno. Outras consequências
da insônia em longo prazo são irritação, dificuldade para se concentrar ou de
memória, sintomas de depressão, entre outras.

Por que algumas pessoas têm insônia

A insônia tem muitas causas, sendo algumas delas problemas psiquiátricos como
ansiedade, depressão, uso de alguns medicamentos em longo prazo e de bebida
alcoólica; no último caso, principalmente após a suspensão do consumo. Pode
estar associada a outros distúrbios do sono que facilitam sua interrupção,
favorecendo alguns despertares. A insônia primária, que é a forma mais comum,
apresenta predomínio em mulheres, mas pode ocorrer em homens também. Essa
insônia se caracteriza por uma resposta anormal a estresses, como, por exemplo,
perdas, dificuldades financeiras, doenças, ou até mesmo coabitar com um
parceiro, mudanças, promoções no trabalho, entre outros. Além disso, o indivíduo
apresenta dificuldade para dormir durante a noite ou de dia (o que não é

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aconselhado), e isso é muitas vezes associado a atividade mental intensa, com
maior fluxo de pensamentos.Com frequência, as insônias são agravadas ou
podem decorrer de hábitos inadequados que adquirimos durante a vida.
Geralmente é um conjunto de fatores que provocam dificuldades para dormir,
associados à predisposição para se ter insônia. Frequentemente quem sofre de
insônia tem familiares com o mesmo problema.

Doenças físicas podem provocar insônia

Atualmente as dificuldades respiratórias durante o sono são causas frequentes de


um sono de má qualidade. São situações que podem provocar pequenas pausas
respiratórias conhecidas como apneia, que culminam em curtos despertares.
Como esses pacientes apresentam muitas apneias e, consequentemente, muitos
despertares, podem achar que estão dormindo uma grande quantidade de horas
de sono, porém acordam cansados e sentem muita sonolência durante o dia.
Doenças que causam dores, principalmente durante a noite, também podem
provocar insônia. Existe um quadro clínico, a fibromialgia, que predomina nas
mulheres, e se caracteriza por pontos dolorosos em determinadas regiões do
corpo. Além de outras doenças físicas, como distúrbios hormonais, hiper e
hipotireoidismo, algumas doenças psiquiátricas e neurológicas, como ansiedade,
depressão, doença de Parkinson, doenças cerebrais isquêmicas e doença de
Alzheimer também podem provocar insônia.

O que é apneia?

A apneia/hipopneia é definida como interrupção/diminuição do fluxo aéreo


(respiração), que pode levar à queda do oxigênio no sangue e a despertares.

A apneia obstrutiva do sono (AOS), a mais comum, é geralmente caracterizada


por eventos de pausas respiratórias que duram mais que 10 segundos e que são

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consideradas anormais quando ultrapassam a frequência de 5 por hora de sono. A
AOS pode ser um distúrbio provocado por alterações anatômicas e pela
diminuição de atividade dos músculos dilatadores da faringe (via aérea superior,
posterior à língua).Na criança a AOS é diferente do adulto. Em geral, há
alterações anatômicas, como o aumento das adenóides e amígdalas, que podem
ser corrigidas. Em adultos, as alterações anatômicas podem não ser tão bem
localizadas e fatores neuromusculares podem ter papel importante como tem o
envelhecimento. Além disso, a obesidade é um fator que agrava o quadro da AOS.
Essas alterações levam ao estreitamento das vias respiratórias superiores
gerando as apneias, ou pausas respiratórias.
No caso da AOS, os sintomas mais frequentes são: histórico de ronco alto,
interrompido por paradas respiratórias durante o sono (observadas por quem
convive com a pessoa) e hipersonolência diurna. Também podem ocorrer: sono
agitado, aumento da frequência de urinar a noite, alterações de memória e
raciocínio, e impotência sexual.

Como é o tratamento da apneia?

Existem várias técnicas que são aplicadas nos tratamentos das apneias, variando
conforme o caso:

1. Higiene do sono e emagrecimento


2. Aparelhos de pressão positiva (CPAP)
3. Tratamento com aparelhos intraorais
4. Tratamento cirúrgico

O que é narcolepsia?

A narcolepsia é um distúrbio de sono caracterizado por sonolência diurna, por


vezes com ataques de sono, cataplexia e anormalidades do sono REM. Sua

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prevalência é em torno de 0.02-0.18% na população em geral, considerando-se
EUA, Europa e Japão; no Brasil ainda não há um estudo desse tipo. Essa
prevalência equivale a 1 caso da doença em cada 2000 pessoas, e não é uma
prevalência muito baixa. A narcolepsia ainda é pouco diagnosticada. A cataplexia
é o único sintoma específico da narcolepsia, mas pode não aparecer em todos os
casos. Fatores genéticos estão envolvidos com o surgimento da narcolepsia.
Embora a maioria dos casos seja esporádica e não familiar, o risco de um parente
de 1° grau de um paciente narcoléptico ter o mesmo distúrbio é 40 vezes maior
que na população em geral.A narcolepsia humana é causada principalmente pela
falta da proteína hipocretina no cérebro.

Como é o tratamento da narcolepsia?

A narcolepsia é uma doença de certa forma benigna, porém o tratamento é


prolongado. Os medicamentos usados para tratar a narcolepsia podem ser
estimulantes do sistema nervoso central e antidepressivos tricíclicos no caso de
cataplexia, se necessário. O objetivo do tratamento é o controle dos sintomas,
principalmente das crises de sono e da cataplexia (perda do tônus muscular), com
a administração de medicamentos, permitindo assim que o paciente mantenha
suas atividades normais nos campos profissional e social. Como medida paralela
ao tratamento, recomenda-se alguns cochilos voluntários durante o dia para
reduzir a sonolência diurna.Durante o tratamento, não se deve exercer atividades
de risco, como dirigir ou manipular equipamentos que exijam atenção contínua.

O que é bruxismo?

O bruxismo é definido como um distúrbio caracterizado pelo ranger ou apertar dos


dentes (como uma mastigação) durante o período de sono. Sua causa ainda não
foi definida completamente, porém, durante o bruxismo, a força realizada sobre a
musculatura mastigatória e os dentes é excessiva, produzindo sintomas

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musculares e dentais, tais como: dor facial, desconforto muscular principalmente
ao morder, dores de cabeça, desgaste dos dentes e danos à gengiva. Um sinal
típico é o desgaste do esmalte dos dentes. Por esse motivo, o bruxismo
geralmente é detectado pelo dentista.

Como é o tratamento do bruxismo?

Existem vários tratamentos em estudo, mas, por enquanto, o mais recomendado é


o aparelho intraoral, confeccionado com resina acrílica, chamado placa
miorrelaxante. Esse tipo de tratamento proporciona uma posição articular estável,
protegendo os dentes e toda a estrutura de suporte dos mesmos (gengivas,
maxilares, etc.).

O que é sonambulismo?

Tal como o terror noturno, o sonambulismo normalmente ocorre na infância.


Caracteriza-se por falar, sentar ou também andar pelo quarto e até mesmo pelos
ambientes da casa. Por vezes, medidas de segurança são necessárias para que
não ocorra nenhum acidente de maior gravidade com a criança ou o adulto.

Como é o tratamento do sonambulismo?

Normalmente o tratamento não é necessário, pois, em geral, o sonambulismo


desaparece com o crescimento. Caso os episódios se tornem frequentes e
acentuados, é preciso usar medicamentos.

O que é a Síndrome das Pernas Inquietas (SPI)?

É uma irresistível necessidade de movimentar as pernas, que alivia uma sensação


extremamente desagradável nos membros inferiores. Tais sintomas ocorrem à
noite, antes de dormir, o que muitas vezes impede o início do sono, levando à

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insônia. O tratamento é medicamentoso. Ao suspeitar do problema, o paciente
deve procurar um especialista em Medicina do Sono.

O que são Movimentos Periódicos das Pernas (PLM)?

São movimentos geralmente de pequena amplitude, como uma flexão nos pés e
nas pernas. Os movimentos duram em média de 0,5 a 5 segundos, ocorrendo com
uma frequência de um entre 20 a 40 segundos. Podem vir acompanhados de
despertares breves e ocorrem mais nos idosos. Quando levam a sintomas
durante o dia devem ser tratados. O tratamento principal também é
medicamentoso. O diagnóstico requer a polissonografia. Ambos, PLM e SPI,
podem ocorrer mais em uma mesma família.

Problemas decorrentes do PLM

11% dos pacientes com insônia


17% com hipersonolência
11% com queixas como cansaço, estresse, etc.

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Teoria de Freud

O sonho é constituído pela experiência do sujeito e de seus registros sensoriais


desde a infância. Tudo que foi sensível a
sua percepção está armazenado no seu
inconsciente. Uma forma de retorno é o
sonho. Podemos afirmar que a mente não
dorme, sendo que sua atividade psíquica
continua durante o sono e que a dinâmica
desse processo reflete na qualidade de vida
do sujeito. O sonho é a expressão “viva” do
inconsciente, é um desejo que se manifesta
através de dois mecanismos: deslocamento
e condensação. O deslocamento é uma
força psíquica atuante que concentra novos
valores a partir de elementos que sejam
toleráveis ao julgamento crítico (censura) o
(censura) do sujeito. Sendo assim, ocorre uma transferência e um deslocamento
de intensidade psíquica no processo de formação do sonho. A condensação é
outro mecanismo do sonho onde o conteúdo é expresso como se fosse um roteiro
pictográfico, cujos caracteres são transpostos para a linguagem onírica, pois os
sonhos são breves e apresentam uma lógica própria, daí o valor de decifrar, de
interpretar o simbolismo das imagens. Uma imagem onírica desloca-se de uma
cena para outra, como também concentra vários sentidos numa mesma cena.
A escolha do material a ser reproduzido em sonho é o mais peculiar, pois envolve
a memória em geral, sendo registrado e percebido (Freud, S. 1900 – vol. 4 –
Standard Edition). Freud descreveu 4 fontes dos sonhos: excitações sensoriais

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externas (objetivas), excitações sensoriais internas (subjetivas), estímulos
somáticos internos (orgânicos) e fontes de estímulos puramente psíquicas. As
imagens mais fortes são mais facilmente lembradas, pois o material é censurado
conforme a dinâmica do inconsciente do sujeito – sua vivência. Em suma: a
sensibilidade de cada sujeito, como percebe, interpreta e reage aos estímulos de
um modo genérico e pessoal. O relato de um sonho está vinculado ao momento
emocional do sujeito com suas vivências e códigos de valores. Uma situação
qualquer na vida do sujeito vai ser interpretada e sentida de maneira diferente,
dependendo do contexto psicológico e de realidade inseridos.

Questionário sobre Insônia

Estas questões são sobre seus hábitos de sono. Por favor, marque com um X o
quadro que melhor representa uma resposta para cada pergunta. Escolha a
resposta que melhor descreva a freqüência do problema nas últimas 4 semanas
Você teve Não, nenhuma Sim, menos de Sim, 1 ou 2 vezes Sim, 3 ou 4 vezes Sim, 5 ou mais
problemas para vez nas últimas uma vez por por semana por semana vezes por
adormecer? quatro semanas semana semana
Você acordou Não, nenhuma Sim, menos de Sim, 1 ou 2 vezes Sim, 3 ou 4 vezes Sim, 5 ou mais
várias vezes vez nas últimas uma vez por por semana por semana vezes por
durante a noite? quatro semanas semana semana
Você acordou Não, nenhuma Sim, menos de Sim, 1 ou 2 vezes Sim, 3 ou 4 vezes Sim, 5 ou mais
mais cedo do que vez nas últimas uma vez por por semana por semana vezes por
você desejava? quatro semanas semana semana
Você teve Não, nenhuma Sim, menos de Sim, 1 ou 2 vezes Sim, 3 ou 4 vezes Sim, 5 ou mais
problema para vez nas últimas uma vez por por semana por semana vezes por
adormecer após quatro semanas semana semana
acordar no meio
da noite?

No geral, como Muito profundo e Profundo e Qualidade média Agitado Muito agitado
foi seu sono nas reparador reparador
últimas quatro
semanas:

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Inventário de qualidade de vida:

Com a aplicação desta anamnese você será capaz de identificar quais possíveis
causas da insônia. Por mais que tenhamos terapêuticas para neutralizar um
quadro de insônia torna-se fundamental que possamos identificar a causa.

SAÚDE
1. Sinto-me bem, em termos gerais?
Sim Não
2. Tenho alguma doença ou desconforto específico atualmente?
Sim Não
3. Tenho algum sintoma físico (ou doença) que parece que "não consegue ser
curado", e sempre retorna?
Sim Não
4. Sinto-me forte e alerta quando acordo?
Sim Não
5. Eu estou em "boa forma"? (4-5kg a mais do que o peso "normal" está ok.)
Sim Não
6. Tenho bons hábitos de nutrição? (Por ex., controlo colesterol, gorduras e
outros.)
Sim Não
7. Pratico exercícios físicos regularmente? (pelo menos 2 a 3 vezes por semana.)
Sim Não
8. Sinto fadiga freqüentemente?
Sim Não
9. Estou consciente dos problemas de saúde mais comuns em minha família, e
tomo alguma atitude concreta para preveni-los? (Por exemplo, diabetes, câncer,
ataques cardíacos.)
Sim Não

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10. Tenho alguém para conversar sobre as minhas emoções.


Sim Não
SEXUALIDADE
1. Tenho alguma dificuldade específica nessa área?
Sim Não
2. Sinto-me envergonhado(a) sobre sexo, meu corpo ou ter prazer?
Sim Não
3. Estou interessado(a) e comprometido(a) em ter uma vida sexual melhor?
Sim Não
4. Leio, converso e busco atualizar meus conhecimentos em termos de sexo?
Sim Não
5. Na minha opinião, relações íntimas e sexo representam uma boa forma de
união e comunicação entre duas pessoas?
Sim Não
6. Gosto de ter relações sexuais?
Sim Não
7. Comunico meus sentimentos, fantasias e desejos ao meu/minha parceiro(a)?
Sim Não
8. Masturbo-me e me proporciono prazer? (Pelo menos 2 a 3 vezes por semana,
para aqueles que não tem parceiro fixo.)
Sim Não
9. Tomo cuidado com gravidez indesejada e doenças sexualmente transmissíveis?
(Uso preservativo, especialmente com parceiros não regulares)
Sim Não
10. Tenho relações sexuais pelo menos uma vez por semana?
Sim Não

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FAMÍLIA
1. Passo algum tempo com os meus familiares e parentes? (Pelo menos uma vez
por semana ou quinzenalmente)
Sim Não
2. Tenho conflitos freqüentes? (Por exemplo, toda semana)
Sim Não
3. Sinto-me "isolado do grupo" ou "diferente dos outros" na minha casa?
Sim Não
4. Minha família sabe quem eu sou? (Ou sinto-me livre para expressar meus
desejos, vontades e pensamentos no meio deles)
Sim Não
5. Consigo demonstrar afeto quando estamos juntos?
Sim Não
6. Meus familiares demonstram afeto em relação a mim quando estamos juntos?
Sim Não
7. Eles me incentivam e motivam em termos gerais?
Sim Não
8. Nós rimos quando estamos juntos?
Sim Não
9. Nós costumamos nos tocar uns nos outros?
Sim Não
10. Respeito-os pelas pessoas que são na verdade? (Não fico constantemente
desejando que fossem diferentes do que são)
Sim Não

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VIDA SOCIAL
1. Costumo me sentir "distante" ou "diferente" do meu grupo de amigos?
Sim Não
2. Tenho estado presente nas ocasiões importantes da vida dos meus amigos?
Sim Não
3. Converso com meus amigos pelo menos semanalmente ou quinzenalmente?
Sim Não
4. Confio de verdade em meus amigos?
Sim Não
5. Para mim, é difícil fazer amigos?
Sim Não
6. Sinto que eles estão próximos quando preciso deles?
Sim Não
7. Costumo me sentir procurado(a) por meus amigos? (Seja para vivermos bons
momentos, ou compartilharmos dificuldades e confidências.)
Sim Não
8. Sinto que tenho amigos em número suficiente?
Sim Não
9. Costumo sentir solidão freqüentemente?
Sim Não
10. Tenho amigos pessoais? (Não somente por questões de trabalho ou
networking.)
Sim Não

LAZER
1. Na minha opinião, é importante para uma pessoa se permitir ter tempo livre de
vez em quando?
Sim Não

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2. Sinto-me culpado(a) e ansioso(a) quando não tenho nada específico para
fazer?
Sim Não
3. Permito-me eventualmente fazer "nada" e consigo desligar?
Sim Não
4. Sinto que o trabalho, a família e os "outros" consomem todo o meu tempo?
Sim Não
5. Tenho algum hobbie ou interesse pessoal? (Algo que eu faça e que não receba
nenhum benefício direto desta atividade)?
Sim Não
6. Costumo "inventar" cursos, trabalhos, cirurgias e outras atividades estressantes
para fazer no meu tempo livre?
Sim Não
7. Permito-me gastar uma parte do meu dinheiro em entretenimento e lazer?
Sim Não
8. Sinto-me feliz nas minhas horas de lazer?
Sim Não
9. Sinto-me reenergizado após o meu tempo livre?
Sim Não
10. Dedico-me a planejar atividades interessantes, como esportes, meditação,
leitura e namoro, para fazer no meu tempo livre?
Sim Não
VIDA PROFISSIONAL
1. Estou satisfeito e realizado com os meus resultados profissionais até agora?
Sim Não
2. Tenho segurança no desempenho da minha profissão? (Compreendo e domino
as tarefas do meu dia-a-dia.)
Sim Não
3. Gosto do que faço?

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Sim Não
4. Sinto-me bem no local onde trabalho?
Sim Não
5. Costumo usualmente ter dificuldades com hierarquias?
Sim Não
6. Sinto-me admirado (ou reconhecido) pelas pessoas com quem trabalho?
Sim Não
7. Tenho uma boa rede de relacionamentos com colegas de outras empresas
(networking)?
Sim Não
8. Aceito a responsabilidade de continuar melhorando a minha carreira, como algo
que eu mesmo devo gerenciar?
Sim Não
9. Tenho apoio/admiração das pessoas que amo (familiares e amigos) por fazer o
que faço?
Sim Não
10. Sinto que cresço profissionalmente e/ou pessoalmente em meu trabalho?
Sim Não
FINANÇAS
1. Estou confortável com a minha situação financeira atual?
Sim Não
2. Tenho muitas (mais de duas) dívidas "pesadas"? (Levarei mais de dois anos
para saldá-las.)
Sim Não
3. Economizo parte (ao menos 10%) do meu dinheiro? (ou tenho dinheiro
suficiente para ficar pelos menos 6 meses sem minha fonte atual de remuneração)
Sim Não
4. Moro em casa própria?
Sim Não

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5. Sinto-me "escravizado" pelas minhas aspirações e necessidades de status, de
satisfazer aquilo que os outros esperam de mim?
Sim Não
6. Tenho um bom seguro de saúde?
Sim Não
7. Costumo desperdiçar dinheiro freqüentemente?
Sim Não
8. Tenho controle sobre os meus gastos?
Sim Não
9. Minha esposa e filhos cooperam para manter minha situação financeira sob
controle?
Sim Não
10. Permito-me gastar pelo menos uma pequena parcela do que recebo com
"presentes para pessoas/coisas para mim"?
Sim Não

Higiene do Sono

A Higiene do Sono consiste em algumas


orientações para modificar hábitos
inadequados com relação ao sono e
melhorar a qualidade de vida das
pessoas com problemas de distúrbios do
sono em geral.

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Algumas dicas podem ajudar para um sono mais tranquilo:


1) dormir e acordar sempre no mesmo horário é bom para regular o relógio
biológico;
2) emagrecer é essencial, pois o acúmulo de gordura na região do pescoço, tórax
e abdômen aumentam as chances de roncar e ter apneias já que estrangulam a
passagem do ar nas vias aéreas e dificultam a respiração;
3) é importante ir para cama somente quando estiver com sono;
4) o ambiente onde dorme deve ser mantido o mais escuro possível e com
temperatura agradável. A falta de luz induz a produção da melatonina que
favorece o sono;
5) evite fumar. O efeito estimulante da nicotina contribui para espantar o sono;
6) criar um ritual ajuda a induzir o sono. Sempre antes dormir leia um livro, ouça
uma música calma, tome banho morno, beba um copo de leite ou de chá –
camomila, valeriana, melissa;
7) não utilize medicamentos para dormir sem prescrição médica;
8) evite bebidas alcoólicas ou estimulantes como o café e energéticos, além de
exercícios físicos pesados próximos da hora de dormir;
9) no jantar, não exagere na quantidade e dê preferência a alimentos saudáveis
como frutas e verduras;
10) deixe as preocupações pessoais e profissionais distante da cama. Reserve um
tempo antes de dormir para organizar as tarefas e compromissos do dia seguinte;
11) TV, vídeo games e Internet são os grandes inimigos do sono quando utilizados
sem controle. A luminosidade deixa o cérebro excitado e afasta o sono. O melhor
é desligar esses aparelhos pelo menos meia hora antes de dormir.

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Protocolo Insônia:

Mel

O mel é elaborado a partir do


néctare do pólen colhido das
flores pelas abelhas. O néctar é
transformado dentro do
organismo das abelhas (numa
parte do aparelho digestivo,
chamada "bolsa de mel") nesse
aromático, delicioso e saboroso
alimento pré-digerido que é o
mel. O mel, quando extraído do
favo, é líquido, mas logo se
cristaliza. Para que se torne líquido novamente, basta colocá-Io em banho-maria
sem ultrapassar 60 graus centígrados (acima desta temperatura suas
propriedades bactericidas e vitamínicas são destruídas). De grande valor
energético, o mel desintoxica o organismo, descansa os órgãos, auxilia o
metabolismo,neutraliza a ação de agentes tóxicos e nocivos. O mel combate as
fermentações tóxicas e age beneficamente sobre a flora intestinal, favorece a
fixação de sais minerais necessários ao crescimento, é antisséptico, cicatrizante e
remineralizante.

Flor de Laranjeira - reconhecido por sua cor amarelo-claro, é suave laxante,


calmante e antiespasmódico. Indicado para problemas nervosos, palpitação e
insônia.

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Alimentação

Em qualquer caso, evitar o café, os chás excitantes (mate, chá preto, chá verde
japonês, ban-chá etc), os remédios e drogas estimulantes, as anfetaminas e as
fórmulas alopáticas para emagrecimento.

O açúcar branco e as carnes vermelhas são também desaconselhados.

Para os casos mais difíceis, proceder a dietas de cereais integrais, dietas de


frutas, de alimentos crus ou jejuns curtos, sob orientação gabaritada.

Alguns exemplos de alimentos contra insônia são:

Alimentos ricos em triptofano coxa de peru, leite, carne de vitela, presunto, salmão, tomate,
queijo branco, nozes, mel
Alimentos ricos em vitamina B6 cenoura, cebola, kiwi, levedura, banana, atum, azeite, espinafre,
melancia, ervilha, soja
Alimentos ricos em vitamina C acerola, laranja, limão, espargos, acelga, morango, kiwi, melão,
pimentão, tangerina
Alimentos ricos em magnésio alho, banana, nozes, ameixa seca, pão integral, arroz integral,
salmão, espinafre
Alimentos ricos em carboidratos macarrão, arroz, batata, feijão, grãos integrais
complexos

Estes alimentos quando combinados entre si ajudam no bom funcionamento do


cérebro pois aumentam a produção de neurotransmissores cerebrais e a
aumentam a absorção de triptofano que libera serotonina na corrente sanguínea
conferindo sensação da bem estar e de serenidade, favorecendo o sono.

Acredita-se ainda que a falta de cálcio no organismo pode estar relacionada à


insônia e por isso recomenda-se aumentar o consumo de alimentos ricos em
cálcio como iogurte natural e leite, especialmente antes de ir dormir. Uma boa dica
é tomar 1 copo de leite morno antes de ir para a cama.

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Alguns exemplos de alimentos desaconselhados para quem sofre de insônia são:

café chocolate coca-cola


Red bull FAB guaravita
chá preto chá mate guaraná
pimenta açaí gengibre

Estes alimentos são estimulantes do sistema nervoso central e por isso quem
sofre com insônia não deverá consumi-los depois das 16 horas da tarde para que
o cérebro consiga receber os impulsos elétricos necessários para a perfeita
regulação do sistema sono-vigília e assim garantir uma boa noite de sono.

Fitoterapia

Chá de alface, papoula, passiflora, mulungu, valeriana, podendo-se associar


vários para os casos mais difíceis ou isoladamente para os casos leves ou
eventuais. Usar o chá à noite, antes de dormir. O maracujá (fruto) tem
propriedades calmantes e sedativas.

Uma ótima solução natural para insônia é o chá de erva-cidreira enriquecido com
maçã e talos de alface.

Ingredientes:

1copo de água 4 folhas de alface picadas com talos, 3 folhas ou 1 colher de


sopa de erva-cidreira, meia maçã picada

Modo de preparo

Coloque todos os ingredientes numa panela e deixe ferver por 5 minutos. Apague
o fogo, tape a panela e deixe amornar, depois coe e beba a seguir.

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A erva-cidreira, o alface e a maçã possuem propriedades sedativas e juntos atuam
como um ótimo remédio natural para insônia, que não tem contraindicações nem
efeitos colaterais. Mas para garantir uma boa noite de sono outras dicas
importantes que precisam ser seguidas são ter hábitos de vida saudável e só ir
para a cama quando estiver com muito sono.

Limão: o chá das folhas possui limoneno, excelente calmante para pessoas
nervosas e com insônia.

Cascas de limão: possuem hisperidina e limoneno, que são excelentes calmantes


para pessoas nervosas e com insônia.

Hortelã-pimenta: é usada para aqueles que têm insônia e é sedativa do sistema


nervoso central.

Hidroterapia

Os banhos mornos de imersão antes de dormir têm ação relaxante e sonorífera.


Se não surtirem efeito, após o banho citado aplicar uma compressa quente e
úmida na cabeça e simultâneamente aplicar jatos alternados quente e frios sobre
as pernas, durante 10 minutos, e deitar em seguida. Para os casos de perda de
sono pela madrugada, fazer um banho de assento com água fria durante 1 a 2
minutos; deitar em seguida sem secar o corpo. A aplicação de compressas
quentes, por 10 minutos, sobre a base da espinha, antes de deitar, também
produz bons resultados para os casos de insônias comuns. Para os casos
crônicos, fazer massagens e fricções com luva de bucha natural e água fria
diariamente. A noite colocar os pés numa bacia com água bem quente (numa
temperatura suportável), enquanto se fazem três compressas quentes sobre a
parte inferior da coluna lombar. Tentar dormir em seguida. Repetir diariamente por
muitos meses.

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Musicoterapia

Noturno, opus 48, de Chopin.


Sonata ao luar, de Beethoven.
Sonho de amor, de Liszt.
Canção noturna, de Schumann.

Ouvir uma peça por dia, na sequência apresentada. O melhor horário é justamente
à noite, na hora de dormir, em que se deixa a música tocar próximo à cama até
que se consiga adormecer. No início não são conseguidos bons resultados,
principalmente se a pessoa está acostumada a tomar soníferos, mas após alguns
dias de prática o sono natural e sereno vem surgindo e se firmando.

Praticar ioga. Exercícios respiratórios do tipo pranayama.

Praticar esportes, trabalhos físicos e evitar a vida sedentária.

Reflexologia podal: Uma dica é fazer movimentos com pressão muito leve nas
pontas dos dedos dos pés (ou das mãos), como se fosse uma pequena pinça,
apertando e soltando de leve cada dedo por 60 segundos. O exercício auxilia a
estimular o sono.

Acupuntura - eficáz em 98% dos casos, conforme Organização Mundial da


Saúde (OMS). Gera regularização dos níveis de neurotransmissores, levando
ao bem estar físico, comportamental e psicológico.

Lavanda: Inalada, ou sob forma de aromaterapia, pode ajudar a ter uma noite de
sono mais completa, principalmente junto dos idosos. Pode ser usada como
infusão para chá.

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Psicoterapia Cognitiva – atua nas patologias, nos pensamentos, nos
comportamentos e nas reações fisiológicas que geram a insônia. É mais eficaz
que os remédios, conforme pesquisas da Universidade de Harvad (EUA).

Remédios indutores do sono (podem causar dependência - uso apenas com


indicação profissional muito criteriosa).

Massagem - diminui a tensão muscular.

Processo de massagem:

1. Área de o corpo para ser massageado: recomenda-se principalmente sobre a


cabeça, mas geralmente completa massagem.
2. A direção dos movimentos de massagem:
* Por cima da cabeça, os movimentos devem ser na direção vertical ou
circular.
* Mais de trás cabeça deve ser no sentido vertical.
* Sobre a região temporal (acima de orelhas) deve ser circular.
* Ambos os pés também devem ser massageados na direção vertical.
3. Dicas de massagem úteis:
* Óleo deve ser quente no momento da massagem.
* Usar pouca quantidade de óleo em um momento ou óleo fluirá para baixo
sobre o pescoço e outras partes do corpo.
Evite usando sobrecarga mais pressão ou atrito, como ele vai machucar as raízes
do cabelo e causar dor.
Evite usando palm por cima da cabeça, em vez disso, vertical ou circular ação dos
dedos como índice e dedo médio junto com o polegar é útil para facilitar a
absorção de óleo.

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* Centro da testa, bem como as extremidades laterais da testa deve ser
massageado com ação circular do polegar.
* Mais óleo deve ser massageado sobre fraquinho no topo da cabeça.
* Massagem poderia ser feita pela manhã ou na noite antes de dormir vai
ajudar a relaxar mais e induzir o sono.
* Deve ser dada a massagem contínua para n/a minutos. Pelo menos 7 dias
continuamente massagem deve ser dada para ter efeito visível.

Utilização de diferentes óleos para massagem:

1. Óleos ou água quente e fria na natureza, mas que vai nutrir o cérebro ou outros
tecidos devem ser preferidos.
2. Óleos como o óleo de gergelim, óleo de coco, óleo de amêndoa, óleo de oliva
etc podem ser usados.
3. Ervas medicamentos como monnerei de bacopa, sida cordifolia, etc deve ser
adicionado ao óleo de gergelim, utilizado como base durante a preparação do óleo
medicinal como estas drogas proporcionam força e alimento para o cérebro e
aliviar o stress mental e, assim, promover o sono.

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O Relaxamento Progressivo do Dr. Jacobson:


“Dentro de um corpo relaxado não pode existir uma mente nervosa”, diz o Dr. Jacobson.

O ambiente

Para fazer relaxamento, o ideal é estar


num ambiente confortável, aquecido, à
meia luz e silencioso.
Deite-se em uma cama, sofá, ou
mesmo sobre o tapete. Use um
travesseiro não muito alto sob a
cabeça.

Técnicas

Respiração - Coloque as mãos sobre as costelas e concentre-se nos seus


movimentos de inspiração e expiração. Mantenha uma respiração rítmica e suave.
Relaxe os ombros, solte os quadris, braços, pernas e a musculatura do rosto: solte
os músculos da testa, as pálpebras, as mandíbulas e sinta a língua solta dentro da
boca.
Você deve fazer esse tipo de relaxamento quando não tiver tempo suficiente ou se
estiver em um ambiente impróprio para fazer o Relaxamento Muscular
Progressivo.
Relaxamento muscular progressivo - Nesta técnica desenvolvida por um médico
norte americano chamado Jacobson, é utilizada a contração muscular seguida de
relaxamento, de diversos grupos musculares, iniciando nos membros, depois o
tronco e a cabeça. Você precisa ter no mínimo vinte minutos para fazer esse tipo
de relaxamento.

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Deite-se de costas com os braços e pernas soltos e olhos fechados, respire
normalmente.
1- dobre seus pés em direção ao seu corpo. Sinta a tensão, mantenha por alguns
segundos e relaxe.
2 - estique seus pés, sinta a tensão nos músculos da barriga da perna, mantenha
por alguns segundos e relaxe.
3 - Aperte o calcanhar contra o apoio, sinta os músculos da perna contraidos,
mantenha e relaxe.
4 - Contraia os músculos das nádegas, mantenha por alguns segundos e relaxe.
5 - Expandir o abdômen abaulando a barriga. Mantenha e relaxe. Não prenda a
respiração, respire normalmente.
6 - Contraia os músculos das costas como se quisesse se desprender do apoio.
Mantenha e relaxe.
7 - Eleve os ombros na direção das orelhas, sinta a tensão e relaxe.
8 - Levante os braços estendidos em direção ao teto, mantenha e relaxe
vagarosamente.
9 - Feche os olhos apertando-os, mantenha e relaxe.
10 - Franza as sobrancelhas, sinta as tensão dos músculos da testa e relaxe.
11 - Aperte os lábios, mantenha e relaxe. Os dentes devem estar separados e os
lábios soltos.
12 - Olhe para o teto, para baixo, para os lados e relaxe.

Temperatura: se você for um apaixonado por ar condicionado na hora de dormir,


isso pode atrapalhar o seu sono. No entanto, se for daqueles que não dispensam
uma pilha de cobertores, terá a mesma dificuldade. Isso porque a temperatura
ideal para dormir deve variar entre 15 e 19°C. De acordo com o especialista
Christopher Winter, dormir em um ambiente com menos de 12°C ou mais de 23°C
contribui para a insônia.

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Floral de Bach

A terapia com Floral de Bach trabalha com as causas da insônia e não


exatamente com o problema e os efeitos que ela provoca. É preciso identificar a
causa da insônia e trabalhar em cima dessas emoções, de maneira a reequilibrá-
las e, assim, trazer de volta o sono tranquilo.

A Cromoterapia como tratamento da insônia

A cromoterapia é a ciência que


estuda as diferentes cores e sua
ação energética para fins
terapêuticos. Ela utiliza estímulos
com determinadas freqüências
luminosas para restaurar, manter
ou alternar as vibrações do corpo
que resultam em saúde, física e
mental, bem-estar e harmonia.
Quando há o excesso ou ausência
de uma determinada cor, ocorre o
que os cromoterapeutas chamam
de desequilíbrio energético, levando o organismo a responder negativamente,
gerando distúrbios físicos, mentais e emocionais.

Azul: Corresponde ao Chacra Laríngeo. O azul é uma cor suavizante e calmante


que atua no sistema nervoso central. Possui propriedades antisépticas,
refrescante e adstringente. Vitaliza as glândulas tireóide e paratireóides, além dos
órgãos da garganta e do sistema respiratório.

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Do ponto de vista psicológico, o azul proporciona relaxamento, paz e quietude.
Indicado para problemas de garganta em geral, febres, inflamações, dores de
cabeça, insolação, disfunções da hipófise e da tireóide, insônia, queimaduras e
nervosismo.

FORMAS DE TRATAMENTO

Água

Para fazer a água solarizada você


pode usar garrafas ou
copos SEMPRE DE
VIDRO, coloridos ou revestidos (por
fora) com papel celofane. Use
sempre água filtrada ou da fonte,
não encher até a borda. Coloque a
garrafa ou o copo no sol (entre 8 e
11 horas) para que a água possa ser energizada. O tempo necessário para
energizar a água dependerá da intensidade do sol. Quando o dia está nublado
ideal deixar a manhã inteira, quando o dia está ensolarado bastam 2 horas. O
ideal é preparar água solarizada todos os dias, pois algumas cores deterioram-se
em pouco tempo. Por exemplo as cores quentes (vermelho, laranja e amarelo)
deterioram-se em 2 dias; as cores frias, podem durar até uma semana se
guardadas na geladeira.

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Lâmpadas coloridas: adaptar spots (fixo) ou


bastão com bocal com lâmpadas de 25 watts com
a cor necessária para o tratamento. No caso do
spot fixo, as lâmpadas devem ser direcionadas
para a região afetada no paciente, que pode estar
deitado ou sentado.
No caso do bastão, você pode aplicar em movimentos circulares, no sentido
horário, numa distância de 5 a 10 cm da pele.

Pode-se usar uma lanterna (foto ao lado) onde as janelas coloridas são trocadas
de acordo com a necessidade. O tempo de exposição de cada cor varia de 3 a 10
minutos.

VISUALIZAÇÃO CRIATIVA PARA INSÔNIA

O dicionário nos dá a seguinte definição: ato de


fazer ou tornar visível, particularmente de ver ou
formar uma imagem mental; a capacidade
natural de formar uma imagem mental clara na
mente/memória. Essa capacidade nem todos
têm. Ela varia de pessoa para pessoa, e até
mesmo entre aqueles que a têm naturalmente.
O que muitos desconhecem é que existe uma técnica bastante simples para
desenvolver e aprimorar essa capacidade.
Uma maneira de ajudar a relaxar o suficiente para cair no sono é a visualização
criativa.
O primeiro passo é olhar e reter uma imagem. O processo consiste em olhar para
um objeto tentando reter o máximo de detalhes pelo período de um minuto, em

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seguida fechar os olhos e visualizar o objeto com todos os seus detalhes também
pelo período de um minuto. Esse processo deve se repetir em ciclos até que se
consiga visualizar o objeto em todas as suas nuances.

Passando dessa etapa, o segundo passo é lembrar e reter uma imagem, ou seja,
você vai se lembrar de um fato anterior, de cada um dos detalhes que o
envolveram. Procure se concentrar nos pormenores do cenário em volta, nas
pessoas que estavam ao redor, na expressão facial delas e em toda riqueza de
detalhes que conseguir.

No terceiro passo já passa a existir o elemento de criação, o exercício da


criatividade que existe dentro de cada um de nós. Vamos usar essa criatividade e
inventar uma imagem, colocar nela todos os detalhes possíveis, fixar o cenário, as
cores, os objetos e ficar apreciando cada um desses detalhes dentro da imagem
como um todo.

Na quarta etapa estaremos incluindo o elemento sensação, vamos imaginar o


corpo em bom funcionamento e sentir o que isso nos traz. Imaginemos, por
exemplo, uma grande sensação de bem estar e na seqüência vamos sentir o que
isso nos proporciona, observemos como nosso corpo reage a essas imaginações,
como fica nossa respiração, entre outras coisas. Aqui já estaremos começando a
experimentar o que a visualização criativa pode fazer por nós, como nosso corpo
responde a esses estímulos.

No último passo da técnica trabalharemos com objetivos e os transformaremos em


símbolos; estaremos utilizando o que se conhece como tela mental. Vamos nos
imaginar, por exemplo, dormindo em um lugar calmo, acordando depois de X
horas, com as energias refeitas. Note que nesse ponto a imagem é muito
subjetiva, vai depender muito da vivência de cada um e de seus valores íntimos.

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Pesquisas mostram que 35% das crianças têm insônia e a culpa
quase sempre é dos pais

Os pais estão com olheiras e com vontade de se divorciar. A babá está quase
pedindo demissão. E o menino? Para desgosto de toda a família, continua
animado e dormindo pouquíssimo. É comum que nos primeiros anos de vida as
crianças tenham dificuldade para iniciar o sono sozinhas, despertem muitas vezes
à noite, acordem com qualquer ruído e durmam menos horas que o esperado. Tão
comum que a maioria dos pais acha que não é preciso tomar providências, pois
acreditam que isso passa com a idade. Nem sempre é assim. Estudos mostram
que a insônia infantil atinge 35% das crianças com menos de 5 anos e, se não é
cuidada, pode tornar-se um problema para toda a vida. A partir do terceiro mês, o
bebê começa a dormir mais à noite do que durante o dia. Uma criança entre 1 e 2
anos dorme normalmente em torno de treze horas por dia. Aos 4 e 5 anos, o
período de sono é de onze horas. Quantidades menores de horas dormidas
devem ser encaradas como sinal de alerta.
O distúrbio do sono infantil pode ter causas físicas, como dor ou dificuldades
respiratórias. Ou psicológicas, incluindo aí o sonambulismo e pesadelos. O mais
freqüente, contudo, é que a culpa seja dos pais. "Mais de 95% das crianças que
recebemos não dormem devido ao condicionamento errado", diz Márcia Pradella-
Hallinan, do Instituto do Sono da Escola Paulista de Medicina. Há crianças cujo
relógio biológico é um pouco preguiçoso. Elas realmente precisam que alguém as
ensine a dormir sozinhas. Só que se isso é feito de modo errado acaba
perpetuando as razões que as levam a acordar no meio da noite. "Os pais pegam
no colo, acariciam, amamentam e assim condicionam o filho a dormir somente
nessas condições", diz o espanhol Eduard Estivill, diretor da Unidade de
Alterações do Sono do Institut Dexeus de Barcelona e autor do livro Nana, Nenê,
lançado recentemente no Brasil. "Quando elas faltam, a criança não consegue cair

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no sono." Estivill aconselha aos pais angustiados que fiquem com a criança até
que ela esteja sonolenta, mas saiam do quarto antes que pegue no sono.

Há outros conselhos, todos na contramão do comportamento habitual dos pais.


Não se deve cantar para a criança dormir, embalá-la no berço ou no colo, levá-la a
passear de carrinho, dar uma volta de carro. Um bom modo de reeducação para o
sono é criar um ritual em torno do ato de ir para a cama. Contar uma história pode
levar a criança a associar a hora de dormir a um momento agradável. Em caso de
choro, vale entrar no quarto para inspirar confiança, mas nada de deitar na mesma
cama. O importante é que o distúrbio do sono seja resolvido logo. Primeiro, porque
uma criança que sofre de insônia se torna irritada, insegura, hiperativa, com baixo
rendimento de aprendizado e problemas de crescimento. Segundo, porque a vida
conjugal fica prejudicada pelo cansaço e pelo nervosismo. "Para o casal, acaba
sendo um método anticoncepcional", diz Flávio Alóe, neurologista do Centro do
Sono do Hospital das Clínicas, em São Paulo. Foi o que aconteceu com Carmem
e Heller Trench. As duas filhas tiveram problemas de insônia desde pequenas e
adoravam pular para a cama dos pais. "Entrei em stress profundo e, depois de
tanto tempo, acordava antes mesmo de elas despertarem", conta Carmem.
Andréa, hoje com 8 anos, não dormiu bem até os 6, e Marcela, com 5, ainda
acorda várias vezes durante a noite. A mãe torce os dedos para que melhore com
a idade.

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