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a) Invenção
b) Disposição
c) Elocução
d) Ação
e) Memória*
c) prova e refutação
Podes dizer que Deus não existe, mas estás apenas a seguir a moda (ad hominem
abusivo).
É natural que o ministro diga que essa política fiscal é boa porque ele não será
atingido por ela (ad hominem circunstancial).
Podemos passar por alto as afirmações de Simplício porque ele é patrocinado pela
indústria da madeira (ad hominem circunstancial).
Dizes que eu não devo beber, mas não estás sóbrio faz mais de um ano (tu quoque).
3.3. Argumento de autoridade
- citação: é o procedimento por meio do qual aquele que escreve copia textualmente
a fala de outrem (FEZTNER, 2010, p. 77, nota 12). Nesse caso, exige-se o necessário
destaque da fala incorporada, de preferência com observâncias das normas de
editoração de textos em vigor (cf. Associação Brasileira de Normas Técnicas –
ABNT).
- o que se entende por analogia? Karl Larenz entende por analogia “o transporte de uma
regra, dada na lei para a hipótese ‘A’, ou para várias hipóteses semelhantes, numa outra
hipótese ‘B’, não regulada na lei, ‘semelhante’ àquela”. a argumentação por analogia se
utiliza, também, do recurso à metáfora, à gradação e à comparação;
- a metáfora: “é uma figura de linguagem em que há o emprego de uma palavra ou uma
expressão, em um sentido que não é muito comum, em uma relação de semelhança entre
dois termos. Metáfora é um termo oriundo do latim, onde "meta" significa “algo” e “phora”
significa "sem sentido"”
- Exemplos: “o processo se desenvolve tal como uma via crucis para o réu”; “o
contrato, para o promovente, se mostra como papel sem valor”; “o Judiciário anda
como se fosse uma tartaruga”.
- A gradação: - é uma figura de estilo, relacionada com a enumeração, onde são expostas
determinadas ideias de forma crescente ou decrescente, em ordem a convencer o
destinatário da argumentação pela racionalidade da situação proposta: - é muito comum o
uso da expressão “a fortiori” (com maior razão; com muito mais razão) no argumento de
gradação do tipo crescente.
- “Ó não guardes, que a madura idade; te converta essa flor, essa beleza, em terra, em
cinzas, em pó, em sombra, em nada" (Gregório de Matos) (gradação decrescente).
- para o Direito, “o nexo causal existente entre dois eventos tem grande relevância, porque
todo o indivíduo tem direitos e obrigações decorrentes de atos que pratica em face das
demais pessoas que vivem sob as regras de um ordenamento jurídico”.
Exemplos:
“o autor deixou transcorrer in albis (em branco) o prazo assegurado em lei para
propor a ação. Logo, é inexorável o pronunciamento da prescrição do direito de
pleitear os direitos pretendidos pela via acionária”;
“A empresa foi negligente em sua obrigação legal de zelar pela higidez do ambiente
de trabalho. O acidente, portanto, não foi fruto do infortúnio, do acaso, da desgraça,
da má sorte, do imprevisível.... o sinistro foi uma consequência da postura omissa da
empresa. Logo, está presente o dever de indenizar a família do trabalhador pela
morte injusta”;
a) “[...] todo o profissional do Direito, quando argumenta, sabe que seu ponto de vista será
contraposto por outro profissional que atual no pólo adverso. O contraditório é uma
realidade a ser enfrentada pelo argumentador na prática forense [...] tentar prever alguns
valores ou argumentos a serem utilizados pela outra parte ao longo da busca da solução
jurisdicional para o conflito por ser uma estratégia bastante útil” (FEZTNER, 2010, p. 91);
Exemplos:
a) “não desconheço, Excelência, que o vídeo apresentado pela acusação revela meu
cliente, com arma em punho, disparando na direção da vítima. Ocorre que o
mencionado vídeo – única prova apresentada em Juízo pela douta Promotoria -, não
apresenta ângulo capaz de captar os atos antecedentes da vítima, todos
concatenados a indicar que cumpriria a promessa de matar o réu diante de sua
própria família: invoco, portanto, legítima defesa putativa e peço justiça”;
Contexto do autor
Importância e limites da argumentação dedutiva
Casos difíceis: problema de interpretação e pertinência + problema de prova
fática ou qualificação.
O critério de universalização das decisões (importantíssimo em uma cultura
de precedentes)
Dever de coerência (coerência narrativa e coerência normativa)
Dever de consistência da argumentação
Argumentação consequencialista (além do resultado da decisão, é preciso
avaliar as consequências)
Importância dos princípios jurídicos
FETZNER, Néli Luiza Cavalieri. Lições de argumentação jurídica. Rio de Janeiro, 2010.
PERELMAN, Chäim. Lógica jurídica: nova retórica. São Paulo: Martins Fontes, 2000.