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Cronograma de provas Teoria da Argumetação

AV1 12 de Abril - ANALISE DE UM TXTO PASSADO PELA


PROFESSORA, IDENTIFICAR OS TIPOS DE ARGUMENTO ,
DAS ESTRATEGIAS ARGUMETATIVAS, DA XTRUTURA DE
UM TEXTO ARGUMENTAIVO, O QUE , COMO , ETC

AV2 14 de Junho
AV3 28 DE Junho
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--> LINGUAGEM TÉCNICA JURÍDICA
- CULTA: por causa da sua história;
- POPULAR: por causa do destino.
---> NÍVEIS DE LINGUAGEM JURÍDICA = níveis de finalidade
- LINGUAGEM JURÍDICA é um meio comunicativo especial, técnico-científico e lógico,
utilizado pelos operadores do Direito no exercício de suas funções, pois se refere a um
conhecimento;
- LINGUAGEM TRADICIONAL: é um legado da tradição, uma especificação da linguagem é
que está ligada com a história.
 Linguagem jurídica, forense ou processual. Linguagem dos processos = para
aplicar o direito
 LINGUAGEM LEGISLATIVA: composta por termos jurídicos, contendo
interpretações determinadas e expressões do cotidiano;
 LINGUAGEM CONVENCIONAL/CONTRATUAL: Remete convenção;
 LINGUAGEM DOUTRINÁRIA: os mestres utilizam para ensinar direito. Explicar o
direito, falar diretamente o direito.
---> POLISSEMIA EXTERNA E INTERNA
- POLISSEMIA EXTERNA: exemplo de sentença. Decisão de um juiz singular (decisão
monocrática);
- POLISSEMIA INTERNA: prescrição, significa orientar, determinar. E também pode ser um
direito em função do prazo, ex. Questões trabalhistas (caducar um prazo) *Possui mais de
um significado dentro da linguagem jurídica.
---> TERMOS ANÁLOGOS, EQUÍVOCOS E UNÍVOCOS
- ANÁLOGOS: pertencem a uma família de função semelhante, mas de origem distinta.
Exemplo: furto e roubo;
- EQUÍVOCO: tem mais de um significado. Exemplo, seduzir (mal entendido);
- UNÍVOCO: que se aplica a realidades distintas, com o mesmo sentido. que apresenta
uniformidade.
---> TEXTO ARGUMENTATIVO, TRÊS PONTOS PRINCIPAIS!
- 1. TESE, (ideia que se defende). Precisa ser polêmica, com divergência de opinião;
- 2. ARGUMENTOS, explicar o porquê da tese;
- 3. FORMULAÇÃO;
- 4. CONCLUSÃO, levar a termo, finalização.
---> EXEMPLO DE VOCABULÁRIO JURÍDICO
.A contento
.Agravo
.Bitributação
.Coação
.Despacho
---> Desenvolver o habito da leitura para termos técnicos e facilitar nas interpretações de
estudo
** reforçando para que tragam e cessem suas dúvidas!
** Para ajudar na compreensão e implementação do estudo:
livro de argumentação jurídica, autor, Robert Alexy
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AULA 4

Discurso argumentativo?:
O argumento a fortiori é também chamado de argumento a minori ad
maius. É um argumento tipicamente jurídico, de origem latina, e sua melhor
expressão talvez esteja no brocardo “quem pode o mais, pode o menos”. Esse
argumento se baseia numa espécie de analogia, semelhante ao argumento a
pari, a diferença está em que não se apontam as duas hipóteses como
simplesmente análogas, mas se afirma que a hipótese proposta é uma forma
“maior” da hipótese paradigma. Assim, o argumento a fortiori trabalha com
uma ponderação de valores, relacionando duas hierarquias: a hipótese-
proposta, para a qual se quer a aceitação do auditório, é dada como uma
forma mais “ampla”, “maior”, mais “grave” ou mais “evidente” da hipótese-
paradigma, que se sabe previamente aceita pelo auditório. Não é, portanto,
um argumento puramente lógico, mas sim axiológico (que pondera valores).

  A fortiori significa “com razão mais forte”. O argumento a fortiori pode


sempre ser resumido numa fórmula como esta: se a solução X é adequada
para o caso Y, com maior razão deve ser também adequada para o caso Z,
que é uma forma mais grave (ou mais evidente, ou mais ampla, ou mais
intensa, ou maior) de X.
  Do menor se deduz o maior, do menos evidente se deduz o mais
evidente. Por exemplo: se a negligência deve ser punida, a fortiori deve ser
punido o ato premeditado. Se a prova testemunhal foi aceita, a fortiori deve
também ser aceita a prova documental. Se a oferta de contestação na data da
audiência do procedimento sumário afasta a revelia, a fortiori a entrega da
contestação em cartório, antes dessa data, também a afasta.

  Com frequência se argumenta a fortiori na análise da credibilidade


dos testemunhos, com base na frase bíblica “quem é infiel no pouco, também
o é no muito”. Por exemplo: estando demonstrado que a testemunha X mentiu
sobre a cor do carro acidentado, a fortiori também não merece crédito quanto
à culpa na causação do acidente.

  Para alguns estudiosos o argumento a fortiori seria um gênero, no


qual se destacariam duas espécies: o argumento a minori ad maius e o
argumento a majori ad minus. Como exemplo do primeiro caso, atente-se na
seguinte passagem: se uma lei prescreve que não se pode trafegar de noite
com os faróis do veículo apagados, a fortiori deve-se entender que é proibido
trafegar de noite com um veículo sem faróis. Se a lei proíbe o menor,
evidentemente deve proibir o maior. Quanto ao segundo tipo, seu
funcionamento resume-se na expressão quem pode o mais pode o menos.

  A expressão latina A minori ad maius é uma forma de


argumentação jurídica que estabelece que o que é proibido ao menos é,
necessariamente, proibido para o mais. É um tipo de argumento que se insere
na argumentação a fortiori, juntamente com os raciocínios do tipo a majori ad
minus, que é o seu inverso, estando também relacionado com o processo a
simili. É utilizado para a interpretação extensiva da lei, isto é, para casos não
contemplados diretamente na lei, mas que se podem inferir utilizando este
raciocínio. A expressão pode aplicar-se, de um ponto de vista positivo, ao
sujeito (se um chimpanzé é capaz de reconhecer formas geométricas, mais
facilmente o fará um ser humano, que tem mais capacidades cognitivas), ao
predicado (se é proibido andar de mota com duas pessoas, logo, é proibido
andar com mais de duas pessoas) ou aos dois, simultaneamente (se o rei
tenta ser justo em todos os seus atos, é lícito pedir aos seus vassalos que
cumpram a lei).

  O argumento a majori ad minus parte da premissa de que a solução


ou regra aplicável ao todo é também aplicável às suas partes. Busca, assim,
demonstrar que a hipótese-proposta é parte, fragmento, excerto, fração ou
forma menor da hipótese-paradigma, cuja solução se sabe previamente aceita
pelo auditório. Ou, em outras palavras, o argumento a majori ad minus
defende que a regra que impõe ou exige o mais também exige ou impõe o
menos. É, também, um argumento axiológico. Para alguns, é subespécie do
gênero a fortiori. Não há, mesmo, como não reconhecer a similitude entre este
argumento e o a minori ad maius: são como duas faces da mesma moeda,
porque usam a mesma forma de raciocínio, partindo de pontos opostos (o
menor ou o maior).
  Exemplos de argumentação a majori ad minus: se X foi condenado
criminalmente pelo fato, então também deve responder civilmente pelas
consequências do fato; se o fiador é responsável pelo pagamento do principal,
então não pode deixar de pagar também os juros; se o contrato incluía a venda
da casa, não há como se excluir do negócio o equipamento de energia solar
que a guarnecia. A regra “o acessório acompanha a sorte do principal” é boa
expressão do argumento em exame.

  A fortiori é o início de uma expressão latina — a fortiori ratione — que


significa "por causa de uma razão mais forte", ou seja, "com muito mais razão".
Indica que uma conclusão deverá ser necessariamente aceita, já que ela é
logicamente muito mais verdadeira que outra que já o foi anteriormente.
Traduz-se mais ou menos como "se aceitamos a verdade daquilo, então mais
razão temos de aceitar a verdade disto". Por exemplo:

        — Se, como proclamam habitualmente as Constituições, todos


são iguais perante a lei, podemos esperar que, a fortiori, todos também sejam
iguais perante a Administração Pública. 

       — Hotéis, supermercados, centros comerciais e até hospitais vêm


sendo condenados a indenizar os proprietários de veículos furtados em suas
dependências; as empresas que exploram o estacionamento pago devem, a
fortiori, responder por qualquer dano que ocorra nos carros sob sua guarda. 

      — Nos estados dos EUA em que a pornografia é considerada ilícita,


a pornografia infantil é, a fortiori, proibida e punida severamente pela lei. 

  Fala-se, em Lógica, no "argumento a fortiori", montado sobre uma


relação semelhante à descrita acima: uma vez definida ou estabelecida uma
conclusão geral, estamos estabelecendo ao mesmo tempo uma conclusão
mais restrita, nela contida, cuja validade não é necessário demonstrar.

  Ad hominem

  A expressão latina significa, literalmente, contra o homem. Incide no


sofisma ad hominem o argumento que repele a tese-ideia-argumento de outro,
com base em qualidades ou condições especiais dessa pessoa, sem
considerar as validade ou invalidade do seu argumento. Ao invés de se
enfrentar o argumento do adversário, ataca-se a pessoa do adversário. Ataca-
se o homem e não a ideia. Ou, por outro lado, há sofisma ad hominem quando
se pretende sustentar a própria tese com base nos predicados e
respeitabilidade do orador, e não na razoabilidade da tese mesma. Busca-se,
em suma, convencer o auditório não pela força das ideias, mas pela simpatia
ou antipatia por quem as defende ou representa. Assim, argumenta ad
hominem quem busca desqualificar a tese adversária fazendo ataques
pessoais ao caráter do opositor. E também argumenta ad hominem quem
sustenta a validade de sua tese escorando-a na própria honorabilidade ou
respeitabilidade, ou na respeitabilidade de outros seus defensores (espécie de
argumento ab auctoritatem). Esse argumento é o mais frequente na retórica
política. 

  Toda vez que se postula a condenação de um réu com base nos seus
maus antecedentes, argumenta-se ad hominem. Da mesma forma, quando se
sustenta a inocência de alguém com base no seu passado imaculado e boa
conduta familiar e profissional está-se recorrendo ao argumento ad hominem. A
tese – culpa ou inocência – é deixada em segundo plano, enquanto se
discutem qualidades da pessoa, que não são relacionadas com a tese.

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