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Nome: Pietra Benacchio Regino Chubaci TIA: 42209544

Turma: 1S Data: 25/11/2022

TEMA: Perelman e a Nova Retórica

Perelman tinha como tese fundamental a formulação de uma noção válida de


justiça de caráter puramente formal. É possível distinguir seis critérios que
definem tipos de sociedade e de ideologia, esses critérios seriam, cada um o
mesmo, cada um segundo atribuído por lei, cada um segundo a sua categoria,
cada um segundo seus méritos ou capacidade, cada um segundo seu trabalho,
cada um segundo suas necessidades. Ele considera o raciocínio jurídico –
confirmação - paradigma do raciocínio prático.

Toda sua teoria parte da distinção entre os raciocínios analíticos e os


raciocínios dialéticos. O objetivo fundamental de Perelman seria ampliar o
campo da razão, podendo abranger os pensamentos que ocorrem nas ciências
humanas, no Direito e na Filosofia. Os argumentos e raciocínios utilizados por
juízes, advogados ou políticos devem ser o ponto de partida para a construção
da teoria da argumentação jurídica.

Os argumentos retóricos não estabelecem verdades e provas, mas


demonstram um caráter razoável de uma determinada decisão. Por tanto, ele
diz que é fundamental ter um auditório no qual é possível persuadir. A
argumentação, para ter adesão do indivíduo, necessita de certas condições,
como uma linguagem em comum ou a participação do locutor.

A argumentação pode ser separada em três elementos, o discurso, o orador e


o auditório. E dentro do orador, é possível encontrar três gêneros, o
deliberativo, o judicial e o epidítico.

O conceito perelmaniano de auditório universal teve uma grande importância


nos últimos anos. O auditório universal é um conceito limite, porém não é um
conceito empírico, ele seria ideal porque é formado de seres racionais, mas por
um outro lado é uma construção do orador, o que significa que não é uma
entidade objetiva, a sua argumentação é a norma de argumentação objetiva e
o que caracteriza a argumentação filosófica é se dirigir ao auditório universal,
isso tudo significa que não somente oradores diferentes constroem auditórios
universais diferentes, mas um mesmo orador por ter diferentes auditórios.

Perelman distingue também os conceitos de persuadir e convencer, para ele


a argumentação persuasiva é aquela que só vale para um auditório particular,
já a convincente é a que vale para todo ser dotado de razão. Na argumentação
seria conseguir a adesão do auditório, por meio da linguagem dispensando o
uso da violência física ou psicológica.

“Sua proximidade com a prática faz com que, na argumentação, não se possa
falar propriamente de objetividade, mas sim de imparcialidade: “Ser imparcial
não é ser objetivo, é fazer parte do mesmo grupo que aqueles a quem se julga,
sem ter antecipadamente tomado partido de nenhum deles”

As premissas também são abordadas por Perelman, e ele diz que ela pode se
diferenciar em três maneiras, o acordo, a escolha e a apresentação. Os objetos
de acordo podem ser relativos ao real, pretendem ser válidos apenas para o
auditório universal, e ao preferível, que pretende ser válido apenas para o
auditório particular. Há tipos de argumentações que se desenvolvem para um
tipo de auditório não especificado.

A petição de princípio ocorre pelo erro de apoiar premissas não admitidas


pelo interlocutor, porém não é um erro de tipo lógico, mas sim um erro de
argumentação – mau uso do argumento. O argumento só é possível se for
pressuposto uma infinidade de objetos de acordo, porém é impossível
apresentar a totalidade desses argumentos, por isso será seletiva tanto na
questão dos elementos como a forma de apresentá-los.

As noções obscuras, dado como uma grande importância pelo autor,


permitem um tipo de acordo muito geral. O propósito da apresentação das
premissas mostra como certas formas verbais, modalidades de pensamentos e
as figuras retóricas se desempenham. As figuras não são estudadas como
estilo, mas sim como argumentativas e são classificadas em três grupos,
figuras de escolha, de presença e de comunhão.

Há uma classificação geral das técnicas argumentativas, e elas são divididas


em dois grupos, o grupo da união – são argumentos quase-lógicos – e a
dissociação - onde a força deriva de sua proximidade, dão base para estrutura
do real.

Para Perelman não existe nenhuma forma de análise adequada dos


argumentos jurídicos e nem do processo da argumentação. O autor tem um
cunho totalmente conservador no que se diz respeito a sociedade e ao Direito.

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