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E ORÇAMENTÁRIA
AULA 2
CONTEXTUALIZANDO
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TEMA 1 – TAXA MÍNIMA DE ATRATIVIDADE (TMA) E VALOR ANUAL
UNIFORME EQUIVALENTE (VAUE)
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todos os custos e receitas para cada projeto utilizando-se a TMA. O Melhor
projeto é aquele que tiver o maior saldo positivo”.
Para o melhor entendimento vamos a um exemplo numérico: uma
determinada empresa deseja ampliar a sua linha de produção e para isso deverá
investir na compra de uma nova máquina. Após consulta ao mercado, verificou
que possui duas alternativas de investimento:
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Tabela 3 – Máquina Beta
Conclusão:
Pelo Valor Anual Uniforme Equivalente, a máquina Alfa é mais viável que
a Beta, tendo em vista que ela irá gerar a remuneração mínima exigida pela TMA
(R$ 10.619,05) e ainda irá resultar em um adicional anual de R$ 1.380,95, ou
seja, a Alfa gera uma entrada líquida anual superior em R$ 230,16 quando
comparada com a Beta (1.380,95 – 1.150,79).
O cálculo do VAUE é bastante simples, e para reforçar o entendimento da
lógica da análise vamos detalhar o que significam os valores calculados.
Tomemos a máquina Alfa para exemplificar:
A B C D E
Tempo Valor do Remuneração Remuneração Ganho Além do
(Ano) Investimento exigida pela TMA Gerada pela Mínimo Exigido
Máquina pela TMA
0 60.000,00
1 10.619,05 12.000,00 1.380,95
2 10.619,05 12.000,00 1.380,95
3 10.619,05 12.000,00 1.380,95
4 10.619,05 12.000,00 1.380,95
5 10.619,05 12.000,00 1.380,95
6 10.619,05 12.000,00 1.380,95
7 10.619,05 12.000,00 1.380,95
8 10.619,05 12.000,00 1.380,95
9 10.619,05 12.000,00 1.380,95
10 10.619,05 12.000,00 1.380,95
n
(1+i) x i
VAUE = - Valor do Investimento x (1+i)n − 1 + Entradas Anuais
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TEMA 2 – VALOR PRESENTE LÍQUIDO (VPL)
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O cálculo do Valor Presente Líquido – VPL leva em consideração o valor
do dinheiro no tempo. Portanto, todas as entradas e saídas de caixa são tratadas
no tempo presente.
Exemplo: Uma pessoa está pensando em realizar um investimento de
R$ 500.000,00 em um determinado projeto. Para tomar a decisão, ela irá analisar
a viabilidade econômico-financeira do projeto por meio do cálculo do VPL.
Considerando que ele deseja receber, no mínimo, 12% ao ano (TMA), vamos
aos cálculos:
PV das Entradas
Investimento Entradas
Ano TMA = 12% a.a.
(R$) (R$)
(R$)
0 500.000,00 -
1 - 75.000,00 66.964,29
2 - 80.000,00 63.775,51
3 - 90.000,00 64.060,22
4 - 95.000,00 60.374,22
5 - 100.000,00 56.742,69
6 - 105.000,00 53.196,27
7 - 108.000,00 48.853,72
8 - 110.000,00 44.427,16
9 - 115.000,00 41.470,15
10 - 120.000,00 38.636,79
Total 538.501,00
VPL = VP – I
VPL = 538.501,00 – 500.000,00
VPL = 38.501,00
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Tabela 6 – Simulação do exemplo
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TEMA 3 – TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)
3 6 7 ,2 1 3 6 7 ,2 1 3 6 7 ,2 1
1 2 3 m es es
i = 5 %a .m .
1 .0 0 0 ,0 0
Fonte: XXX
Conclusões:
PMT = 367,21
n = 3 meses
i =TIR = 5% a.m.
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Para se calcular o Valor Presente de uma série postecipada, como a
apresentada no exemplo, tem-se:
1 i n 1
VP PMT .
1 i n .i
1 0,053 1
VP 367,21.
1 0,053.0,05
0,157625
VP 367,21.
0,05788125
PV = 367,21 x 2,723248
PV = 1.000,00
Usando a HP12C, teremos os seguintes lançamentos:
tem-se que:
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VPL = 1.000,00 – 1.000,00 = 0
"Taxa de juro que torna o Valor Presente Líquido de um fluxo igual a zero" ou
"Taxa de desconto que faz com que o Valor Presente das entradas de caixa se
igualem ao investimento realizado".
1. tentativa e erro;
2. calculadora financeira;
3. consulta a tabelas financeiras;
4. planilhas eletrônicas.
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Utilizando os programas internos de uma calculadora financeira, o cálculo
se torna bastante simples. Observe, porém, o diagrama de fluxo de caixa
apresentado acima e entenda que o que a calculadora está fazendo é, pelo
método de "tentativa e erro", simplesmente achar a taxa de juro que faz com que
a somatória dos valores de entradas descontados para o tempo zero se iguale
ao investimento realizado.
Para resolver esse problema utilizando-se da calculadora HP 12C, deve-
se seguir os seguintes passos:
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Tabela 9 – Critérios de avaliação
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A Taxa Interna de Retorno do projeto é de 19,71% ao ano. Como o
investidor deseja receber, no mínimo, 14% ao ano, o projeto é viável.
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Entende-se por entradas reais os valores obtidos considerando o valor do
dinheiro no tempo, ou seja, utilizando uma taxa de juros no cálculo.
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Ano 2: Registramos o valor da entrada (R$ 90.000,00). Esse valor irá
retornar para o investidor; assim, o saldo para recuperar, nesse momento,
é de R$ 130.000,00.
• R$ - 220.000,00 + R$ 90.000,00 = R$ - 130.000,00
Ano 3: Registramos o valor da entrada (R$ 130.000,00). Esse valor irá
retornar para o investidor, assim o saldo para recuperar, nesse momento,
é de R$ 0,00, ou seja, todo o valor do investimento foi recuperado. Assim,
o payback do exercício é de 3 anos:
• R$ - 130.000,00 + R$ 130.000,00 = R$ 0,00
Ano 4: Registramos o valor da entrada (R$ 150.000,00). Esse valor irá
exceder o valor do investimento, ou seja, no período anterior todo o
investimento já foi recuperado e o saldo passa a ser positivo:
• R$ 0,00 + R$ 150.000,00 = R$ 150.000,00
Ano 5: Registramos o valor da entrada (R$ 170.000,00). Esse valor irá se
somar ao saldo já positivo de caixa:
• R$ 150.000,00 + R$ 170.000,00 = R$ 320.000,00
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Tabela 12 – Resolução do exemplo
80.000
VP = = 67.796,61
(1+0,18)1
80.000 1 18
90.000
VP = = 64.636,60
(1+0,18)2
90.000 2 18
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Depois de calcularmos o valor da entrada para o tempo zero, abatemos
do saldo devedor:
130.000
VP = = 79.122,01
(1+0,18)3
130.000 3 18
150.000
VP = = 77.368,33
(1+0,18)4
150.000 4 18
20
170.000
VP = = 74.308,57
(1+0,18)5
170.000 5 18
11.076,45
Prazo = 4 + = 4,1491 anos
74.308,57
Para saber o prazo em anos, meses e dias, faça os seguintes cálculos:
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divisão do valor presente dos benefícios líquidos de caixa pelo valor presente
dos dispêndios (desembolso de capital)”.
A sua fórmula é:
Por fórmula:
50.000,00 60.000,00 70.000,00 80.000,00 90.000,00
+ + + +
(1+0,14)1 (1+0,14)2 (1+0,14)3 (1+0,14)4 (1+0,14)5
IL =
200.000,00
231.385,31
IL = = 1,16
200.000,00
Pela HP12C:
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Tabela 14 – Resolução do exemplo
Resultado:
O investimento é viável pois o IL é maior do que 1, ou seja, para cada
R$ 1,00 investido, o retorno será de R$ 1,16.
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É uma análise ceteris paribus1, tendo em vista que o seu objetivo é
determinar o resultado atingido quando uma variável é alterada, mantendo-se
todas as outras constantes.
Conforme Weston e Brigham (2004), “em uma análise de sensibilidade,
cada variável é alterada em vários pontos percentuais específicos acima e
abaixo do valor esperado, com outros fatores mantendo-se constantes; então,
um novo VPL é calculado para cada um desses valores”.
Quando se tem mais de uma opção de investimento como, por exemplo,
dois projetos, a análise se faz relevante no sentido de saber qual projeto é mais
sensível às alterações nas variáveis. Quanto maior a sensibilidade, maior o risco
do projeto. Imagine dois projetos, A e B, em que o projeto “B” tem maior
sensibilidade às variações de determinados fatores. Esse projeto é considerado
de maior risco pois um desvio em uma variável, por exemplo nos custos
variáveis, provocaria uma variação maior no VPL.
1
Ceteris paribus quer dizer "todo o mais é constante" ou ainda "mantidas inalteradas todas as
outras variáveis".
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boas são calculados e comparados com o VPL do caso esperado, ou
básico.
Item Realização
Receita Maior em 20%
Custos Menor em 5%
Despesas Menor em 5%
Investimento Menor em 10%
Item Realização
Receita Menor em 20%
Custos Maior em 5%
Despesas Maior em 5%
Investimento Maior em 10%
TROCANDO IDEIAS
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empresa e você está propenso a aceitar. Assim, converse com os colegas e
discutam as seguintes questões:
NA PRÁTICA
FINALIZANDO
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REFERÊNCIAS
ASSAF NETO, A. Finanças corporativas e valor. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
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