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Universidade Federal do Amazonas – UFAM

Instituto de Ciências Exatas e Tecnologia – ICET

Disciplina: Farmacognosia I

Prof. Drª.: Renata Takeara

Joysse Mara Campos Bastos


Stephany Teixeira da Silva
Valéria Soares Batista

Aula prática: Índice de acidez

Itacoatiara – AM
2023
Joysse Mara Campos Bastos
Stephany Teixeira da Silva
Valéria Soares Batista

Aula prática: Índice de acidez

Trabalho solicitado pela


Prof. Drª.: Renata Takeara
para obtenção de nota da
disciplina de Farmacognosia
I, da Universidade Federal
do Amazonas – UFAM.

Itacoatiara – AM
2023
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO...............................................................................................4
2. OBJETIVO......................................................................................................5
3. MATERIAIS E REAGENTES.........................................................................5
3.1 MATERIAIS...................................................................................................5
3.2 REAGENTES................................................................................................5
4. PROCEDIMENTO EXPERIEMNTAL.............................................................6
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES...................................................................7
6. CONCLUSÃO................................................................................................9
7. REFERÊNCIAS............................................................................................10
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1. INTRODUÇÃO

Os óleos e gorduras são substâncias insolúveis em água (hidrofóbicas),


de origem animal ou vegetal, formadas predominantemente por ésteres de
triacilgliceróis, produtos resultantes da esterificação entre o glicerol e ácidos
graxos. Quando estão na forma sólida, são chamados de gorduras e quando
estão na forma líquida, são chamados de óleos. Além destes compostos, os
óleos contêm vários componentes em menor proporção, como mono e di
glicerídeos, importantes como emulsionantes utilizados na indústria cosmético
na produção de sabonetes, shampoos e mais; ácidos graxos livres; tocoferol
(importante antioxidante); proteínas, esteróis e vitaminas (Redá SY, 2007).

A acidez dos óleos é uma consequência da hidrólise enzimática que


ocorre na semente ou no fruto em condições de alta umidade. No processo de
refino, a acidez é reduzida implicando numa medida de controle de qualidade
(Costa M, 2006). Um processo de decomposição altera quase sempre a
concentração dos íons hidrogênio nos óleos. A decomposição dos
triacilgliceróis é acelerada por aquecimento e pela luz (outros fatores como o
armazenamento inadequado, atividade bacteriana, presença de impurezas por
exemplo também favorecem a degradação), sendo a rancidez quase sempre
acompanhada pela formação de ácidos graxos livres. A presença de ácidos
graxos livres pode incorporar metais catalíticos presentes no equipamento e
recipientes de estocagem, provocando o aumento da taxa de oxidação (Sanibal
EAA, 2002). O teor de acidez pode fornecer dados relevantes na avaliação do
estado de conservação do óleo.

A soja (Glycine max) é um produto agrícola de grande interesse


mundial, considerada a principal fonte de produção de óleos e proteínas
vegetais para alimentação humana e animal (Kuram E, 2013); Com óleo obtido
dos grãos, a sua utilização apresenta muitas vantagens devido ao alto
conteúdo de ácidos graxos essenciais (Carcel AX, 2005). Dada a sua
importância, há intensa atividade de pesquisa dirigida (EMBRAPA, 2003).
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2. OBJETIVO

Determinação do índice de acidez em óleo de soja.

3. MATERIAIS E REAGENTES

3.1 Materiais 3.2 Reagentes

 Balança analítica  Indicador: Fenolftaleína

 Béquer 50 mL 1% em álcool 99%

 Bureta 25 mL  100 mL de solução de


NaOH 0,1N
 Erlenmeyer 250 mL
 Solução de álcool etílico
 Pipeta de 1Ml 99%

 Proveta 100mL
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4. PROCEDIMENTO EXPERIEMNTAL

 Colocou-se a bureta no suporte

 Pegou-se 4 Erlenmeyer e fez-se a identificação

 Na proveta proferiu-se 40ml de éter etílico

 No Becker adicionou-se uma quantidade de NaOH 0,1N logo depois


transferiu-se para a bureta até completá-la

 Aferiu-se na balança os Erlenmeyers e após isso pesou-se os óleos

 Nos Erlenmeyers 1, 2 e 4 acrescentou-se 3 gotas de fenolftaleína

 Em seguida, fez-se a titulação do éter etílico com o NaOH 0,1N e


anotou-se a quantidade de regente utilizado, até a atingir a coloração
esperada que no caso foi rósea.

 Depois de feito a titulação dos Erlenmeyers, e obtido a concentração de


reagente realizou-se o cálculo do índice de acidez dos mesmos.
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5. RESULTADOS E DISCUSSÕES

O índice de acidez caracteriza a rancidez hidrolítica que é a hidrólise da


ligação éster por lipase e umidade, é definido como o número de miligramas
(mg) de hidróxido de potássio necessário para neutralizar os ácidos livres de
um grama (g) da amostra. Este índice revela o estado de conservação dos
óleos, a decomposição dos glicerídeos é acelerada por aquecimento e pela
luz, e a rancidez é quase sempre acompanhada pela formação de ácido
graxo livre (OLIVEIRA, 2016).

A taxa de acidez foi determinada pelo método que utiliza como solução
titulante, o hidróxido de sódio e fenoftaleína como indicador. Após titulação
com os valores obtidos foi possível calcular o índice de acidez através da
seguinte fórmula:

5,610 n
I A=
m
Em que:

n: volume (ml) de hidróxido de potássio 0,1 gasto na titulação

m: massa da amostra em gramas

Todas às análises foram realizadas em triplicata:

Erlenmeyer 1:

5,610 x 1,41−0,28
I A= =0,75
10,043
Erlenmeyer 2:

5,610 x 1,12−0,28
I A= =0,59
10,058

Erlenmeyer 3:

5,610 x 1,41−0,28
I A= =0,74
10,232
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De acordo com a RDC nº 270, de 22 de setembro de 2005 da Agência


Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), as características físicas e
química do óleo de soja com relação à acidez, ter o padrão de 0,6 mg
KOH/g (SANTOS, 2017). Percebe-se, então, que o índice de acidez das
amostras de óleo verificado de 0,69, ainda está de acordo com a legislação
vigente, dentro do valor preconizado. Levando em consideração as
condições de armazenamento e manuseio, os aditivos que se encontram
em sua composição, ou processamento inadequado, podem alterar as
propriedades dos constituintes e acelerar o processo de decomposição.

A acidez é um fator que varia com a qualidade da matéria-prima. A


neutralização alcalina do óleo vegetal consiste em fazer reagir os ácidos
graxos livres responsáveis pela acidez do óleo, com uma solução alcalina,
ocorrendo a eliminação total ou parcial desses ácidos graxos que serão
transformados em sabões, removidos do óleo neutro por processo físico.
Óleos e/ou gorduras utilizados em processos de frituras são muito
suscetíveis à hidrólise pela ação da temperatura elevada na presença de
água (OLIVEIRA, 2016).

Figura 1: Amostras após titulação.


Fonte- Autores
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6. CONCLUSÃO

Diante do que foi exposto podemos relatar que o teste realizado nos
permitiu observar e aprender sobre as características químicas e físicas do
óleo de soja no que se refere ao índice de acidez, nos revelando que
conforme o experimento aplicado ele se encontra dentro dos padrões
exigidos pela indústria.
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7. REFERÊNCIAS

Carcel AX. Evaluation of vegetable oils as pre-lube oils for stamping.


Mater Des.2005;26(7):587-93.

Costa M, Getúlio PC, José B, Antoniassi R. Composição em ácidos


graxos e caracterização física e química de óleos hidrogenados de coco
babaçu. Revista Ceres. 2006;53(308):463-70.

EMBRAPA. Tecnologias de produção de soja - Paraná - 2003/04.


Londrina: Embrapa Soja, 2003. 218p. (Sistemas de Produção, 3).

Kuram E, Ozcelik B, Cetin MH, Demirbas E, Askin S. Effects of blended


vegetable-based cutting fluids with extreme pressure on tool wear and
force

components in turning of Al 7075-T6. Lubrication Science.


2013;25(1):39-52.

Sanibal EAA, Mancini Filho J. Alterações físicas, químicas e nutricionais


de óleos submetidos ao processo de fritura. Food Ingr South Am.
2002;1(3): 64-71.

OLIVEIRA, M.A. Determinação do índice de acidez titulável dos grãos de


soja colhidos na safra 2014/15. Resumos expandidos da XXXV Reunião
de Pesquisa de Soja – Londrina- PR julho de 2016.

Redá SY, Carneiro PIB. Óleos e gorduras: aplicações e implicações.


Revista Analytica. 2007;27:60-7.

Santos G.M., Brito M.M., Souza P.V.L., Barros N.V.A. Determinação do


índice de acidez em óleos de soja comercializados em supermercados
varejistas. Rev. Ciên. Saúde, 2017.

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