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Não faria sentido apenas reproduzir com novas técnicas o que havia sido criado
dentro dos limites da tecnologia de impressão há meio século atrás. Os progressos
nas artes gráficas trouxeram a possibilidade de vôos mais ambiciosos, difíceis de
obter a alguns anos atrás.
Nosso Supremo Conselho passa por uma fase de renovação, de efervescente
criatividade. Como estava na capa da Astréa nº. 10, Nov/2001-Fev/2002, “é tempo
de construir”.
Dentro desse espírito, por que não transformar os Diplomas, Breve e Patentes em
fonte de motivação e recordação? Pois foi exatamente dentro desta concepção que
o Supremo Conselho orientou os novos designs.
O que se segue é apenas um breve resumo, que pode ser enriquecido cm a
percepção individual dos que passaram pela maravilhosa experiência de ascensão
pela escada dos Graus do Rito Escocês Antigo e Aceito.
Todos os Diplomas, Breve e Patentes são encimados, como não poderia deixar de
ser, pela Águia Bicéfala, em púrpura, emblema do Supremo Conselho do Grau 33
do Rito Escocês Antigo e Aceito da Maçonaria para a República Federativa do
Brasil. Os dizeres são quase idênticos, adotados apenas as diferenças necessárias,
e as cores e os símbolos empregados encarregam-se de criar a atmosfera peculiar a
cada Grau.
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Grau 4 – Mestre Secreto
No primeiro Grau das Lojas de Perfeição, a fita azul e a moldura preta recordam,
respectivamente, a essência espiritual e a materialidade. Ao alto, o Olho do Universo
simboliza o Sol, emblema do Grande Arquiteto, da Luz e da fonte de energia que
mantém a vida. Logo abaixo, a Letra Z está sobreposta a um ramo de louro,
simbolizando a vitória, e o outro da oliveira, simbolizando a paz. Abaixo, a Chave,
jóia do Mestre Secreto, remete às grandes lições de respeito à confiança depositada
e ao segredo revelado, através da discrição e da fidelidade.
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o que não pode ser definido, expresso, comentado ou discutido; aplica-se no sentido filosófico, como
sublimação; por exemplo, o amor de Deus é inefável, ou seja, não pode ser sequer descrito. Na Maçonaria
Filosófica a primeira parte ritualística é composta por dez Graus que se denominam de Inefáveis. A origem da
palavra é latina: "in", negar e "fabulare", falar.
(Enciclopédia Maçônica do Irmão Rizzardo da Camino)
Inefável: [Do lat. imp. ineffabile.] Adj. 2 g.
1. Que não se pode exprimir por palavras; indizível: &
2. Fig. Encantador, inebriante. [Pl.: inefáveis.]
(Dicionário Novo Aurélio, Século XXI)
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Grau 15 – Cavaleiro do Oriente
Este é o primeiro dos Graus ditos Capitulares.
A faixa do Cavaleiro do Oriente é verde, orlada de dourado. O verde, neste 15º
Grau, simboliza a imortalidade da alma humana. Ao alto, uma cabeça, atravessada
por duas espadas, a advertir que a liberdade é ceifada tão logo a justiça seja
abafada pelo interesse, pelos vícios e pela iniqüidade.
Na Jóia do Cavaleiro do Oriente, os três triângulos dourados, concêntricos, lembram
as três virtudes que se opõem aos vícios e que constituem a divisa que a Maçonaria
adotou para si – Liberdade, Igualdade e Fraternidade. As espadas douradas
cruzadas, inscritas nos triângulos, representam aqui a determinação de lutar pela
liberdade, a mesma determinação que levou os israelitas que retornavam do
cativeiro à vitória na ponte de Gabara e à conseqüente liberdade, que resultou na
reconstrução do Templo.
A trolha prateada simboliza a determinação em reconstruir o Templo. Com a trolha
em uma das mãos e a espada na outra, o Cavaleiro do Oriente obedece aos
fundamentos do Grau – “Defendei vossa liberdade e nunca cerceeis a liberdade
de outrem”.
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sobre um quadrante de círculo. Na jóia para a Câmara das Trevas, uma águia, aqui
símbolo da sabedoria e da inteligência, apoiada no quadrante, prepara-se para alçar
vôo. A cruz encarnada sobre ele representa a dor pela perda da Palavra.
Na jóia para a Câmara das Luzes, sobre o quadrante, está um ninho e, nele, um
pelicano que alimenta os filhotes com a carne do próprio peito, símbolo do
devotamento e do auto-sacrifício. Sobre ele, está a cruz encarnada, em cuja base
encontra-se um ramo de acácia, recordando a imortalidade. No ponto de encontro
das hastes da cruz, está a Rosa Mística, dedicada à deusa Aurora pelos antigos,
símbolo da luz e da renovação da vida. Com isso, a cruz e os raios de que dela
emanam ganham o significado da aurora de uma nova lei, a “Lei do Amor”.
Para Albert Pike, o grande codificador do REAA, o compasso coroado
“significa que, não obstante o alto posto atingido na Maçonaria pelo Cavaleiro
Rosa-Cruz, a equanimidade e a imparcialidade devem, invariavelmente, guiar
sua conduta”.
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Grau 28 – Cavaleiro do Sol
A fita é branca, sem ornamentos, além do olho dourado. Quase todo o Grau é
representado com extrema simplicidade, em branco e ouro, denotando o branco a
pureza da inocência, daquilo que não foi maculado, e o ouro a pureza obtida por
provas, sofrimentos e refinamentos sucessivos.
O pentagrama entrelaçado aparece em vermelho no avental do Cavaleiro do Sol. A
jóia do Grau é uma estrela de cinco pontas douradas e representa o microcosmo
humano. Na jóia, os raios inscritos simbolizam o Sol e, por analogia, a busca interior
que conduz à Luz da Razão, através da qual dissipamos as trevas do erro que
enevoam nossos olhos – Ex tenebris Lux.
Sobre tudo isso, paira a presença magnânima da Divindade, representada pelo
Olho-que-tudo-Vê.
Sobre tudo isso, paira a presença magnânima da Divindade, representada pelo
Olho-que-tudo-Vê.
A dissertação de Albert Pike para este Grau ocupa praticamente a metade do seu
livro Moral e Dogma, tal a profundidade das idéias que ele encerra, das quais um
eminente ritualista americano, Jim Tresner, 33º, detentor da Grã Cruz de Honra,
destaca:
O que se vê é apenas uma manifestação do invisível;
O amor e a sabedoria valem mais que tudo.
Não existe morte, só mudança.
Nossa vida é uma basca eterna. E é buscando que encontramos uma vida.
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Não é á toa que este é um dos Graus mais difíceis de entender em toda a sua
profundidade.
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A fita do Grande Inspetor Comendador é branca orlada de ouro. Sobre ela, um
triângulo de ouro, emitindo raios dourados, representando a Sabedoria Infinita, tem o
número XXXI inscrito. A Jóia do Grau é uma cruz teutônica em prata, também sem
ornamentos. Não é um Grau de fácil entendimento. Exige introspecção e auto-
avaliação sincera. Não que se desejam santos, mas apenas homens comuns
determinados a serem melhores.
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Grau 33 – Grande Inspetor Geral
Este Grau é o ápice no Rito Escocês Antigo e Aceito. Sua fita é branca, orlada de
dourado. O triângulo de ouro, com o numeral 33 inscrito, resume o longo caminho
percorrido pelo Maçom estudioso. Os raios dourados que dele irradiam significam
sua obrigação de espargir o Bem e agir com Sabedoria, Prudência e Firmeza, o que
será inevitável aos que compreenderam as lições ao longo de sua ascensão. Da fita
pende uma águia bicéfala branca, armada e bicada de ouro, ostentando uma coroa
também de ouro, que segura uma espada de punho dourado e lâmina prateada em
suas garras. Uma fita preta pende da espada, trazendo a divisa Deus meunque Jus
– Deus e o meu direito – em letras douradas.
A jóia do Grau é completa. Uma estrela dourada de nove pontas esta sobreposta a
uma cruz teutônica escarlate, orlada de dourado. Sobre os braços da cruz estão
quatro colunas douradas e, sobre cada extremidade, cinco pequenas cruzes
teutônicas em negro.
Uma espada e um cetro estão cruzados sob o conjunto. Na extremidade superior do
cetro está a Mão da Justiça.
Nos nove, pequenos triângulos negros formados pelo entrelaçamento no interior da
estrela, estão gravadas letras que forma a palavra SAPIENTIA, sabedoria em latim.
O interior da estrela é branco. Nele encontramos a serpente Ouroboros, dourada,
mordendo sua própria cauda, símbolo do infinito e, na alquimia, da transmutação da
matéria.
Uma orla negra envolve um escudo circular com uma cruz branca sobre fundo
escarlate. Na orla estão duas divisa latinas, Ordo ab Chão – Ordem que se fez do
Caos – e Deus meunque Jus. Um escudo negro completa o desenho, tendo um
águia bicéfala coroada em ouro, ladeada pela Balança e pelo Compasso e
Esquadro.
Assim encerra-se a série de novos Diplomas, Breve e Patentes do Supremo
Conselho do Grau 33 do Rito Escocês Antigo e Aceito da Maçonaria para a
República Federativa do Brasil2. Esperamos que estejam à altura das expectativas
e do esforço despendidos pelos Irmãos que trilham o árduo caminho do Rito
Escocês Antigo e Aceito, servindo-lhes de recordação dos ensinamentos e das
emoções de sua caminhada.
Autor: Irmão Balthazar Rebounças Feijó, 33, MRA, publicado na ASTRÉA, revista de
estudos maçônicos, Ano LXXV, Nº. 11 – Rio de Janeiro, Março 2002 / Junho de
2002, págs. 18 a 23..
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