O documento discute a agressividade e violência. A agressividade está relacionada ao pensamento e pode se manifestar de forma não física, como ironia ou omissão de ajuda. A sociedade busca controlar a agressividade por meio da educação e leis. A violência envolve o uso intencional da agressividade para fins destrutivos. A organização social pode estimular, legitimar e manter diferentes formas de violência.
O documento discute a agressividade e violência. A agressividade está relacionada ao pensamento e pode se manifestar de forma não física, como ironia ou omissão de ajuda. A sociedade busca controlar a agressividade por meio da educação e leis. A violência envolve o uso intencional da agressividade para fins destrutivos. A organização social pode estimular, legitimar e manter diferentes formas de violência.
O documento discute a agressividade e violência. A agressividade está relacionada ao pensamento e pode se manifestar de forma não física, como ironia ou omissão de ajuda. A sociedade busca controlar a agressividade por meio da educação e leis. A violência envolve o uso intencional da agressividade para fins destrutivos. A organização social pode estimular, legitimar e manter diferentes formas de violência.
A agressividade sempre está relacionada com as atividades de
pensamento. Portanto, alguém muito “bonzinho” pode ter fantasias altamente destrutivas, ou sua agressividade pode manifestar-se pela ironia, pela omissão de ajuda, ou seja, a agressividade não se caracteriza exclusivamente pela humilhação, constrangimento ou destruição do outro, isto é, pela ação verbal ou física.
A educação e os mecanismos sociais da lei e da tradição buscam
o controle dessa agressividade. Assim, desde criança o ser humano aprende a reprimir e a não expressá-la de modo descontrolado,.
A cultura é importante na vida social como reguladoras dos
impulsos destrutivos. Essa função controladora ocorre no processo de socialização, no qual, espera-se que, a partir de vínculos significativos que o indivíduo estabelece com os outros, ele passe a internalizar os controles.
A violência é o uso desejado da agressividade, com fins
destrutivos. Esse desejo pode ser:
• voluntário (intencional), racional (premeditado e com objeto
“adequado” da agressividade) e consciente,
• involuntário, irracional (a violência destina-se a um objeto substituto,
por exemplo, por ódio ao chefe, o indivíduo bate no filho) e inconsciente.
A agressividade está na constituição da violência, mas não é o
único fator que a explica. É necessário compreender como a organização social estimula, legitima e mantém diferentes modalidades de violência.
O estímulo pode ocorrer tanto no incentivo à competição escolar e no
mercado de trabalho, como no incentivo a que cada um dos cidadãos dê conta de sua própria segurança pessoal. A legitimação pode ocorrer na guerra, no combate ao inimigo religioso, ao inimigo político.
A manutenção da violência ocorre quando se conservam milhões de
cidadãos em condições subumanas de existência, o que acaba por desencadear ou determinar a prática de delitos associados à sobrevivência (roubar para comer, a prostituição precoce de crianças e jovens).
A violência está presente também quando as condições de vida
social são pouco propícias ao desenvolvimento e realização pessoal e levam o indivíduo a mecanismos de autodestruição, como o uso de drogas, o alcoolismo, o suicídio.
Jurandir F. Costa, em seu livro Violência e Psicanálise, afirma que
podemos entender como violência aquela situação em que o indivíduo “foi submetido a uma coerção e a um desprazer absolutamente desnecessários ao crescimento, desenvolvimento e manutenção de seu bem-estar, enquanto ser psíquico” Isso significa que é necessário deixar de considerar como violência exclusivamente a prática de delitos, a criminalidade.
Hélio Pellegrino, psicanalista brasileiro, afirma que a violência
crescente só pode ser entendida a partir da constatação de que vivemos um momento histórico em que se rompeu o pacto social (o direito ao trabalho, por exemplo), e isto faz com que se rompa o pacto edípico, isto é, a autoridade, a norma, a lei internalizada. Essa ruptura retira o controle sobre os impulsos destrutivos, e estes emergem com sua força avassaladora.