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DIREITO
Guanambi – BA
2021.2
YURE DE OLIVEIRA SILVA
Guanambi – BA
2021.2
SUMÁRIO
SUMÁRIO .................................................................................................................. 3
APLICABILIDADED DA ALÍNEA “E”, DO ARTIGO 492, I, DO CÓDIGO DO
PROCESSO PENAL: ANÁLISE CONSTITUICIONAL DA ALTERAÇÃO FEITA PELA
LEI ANTICRIMES ACERCA DA EXECUÇÃO PROVISÓRIA DA PENA PELO
TRIBUNAL DO JÚRI .................................................................................................. 3
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 4
1.1 MATERIAL E MÉTODOS ................................................................................. 6
2 CONCEITOS PRELIMINARES ............................................................................... 6
2.1 TRIBUNAL DO JÚRI ......................................................................................... 6
2.2 LEI ANTICRIME ............................................................................................... 7
2.3 PRINCÍPIO DE PRESUNÇÃO DA INOCÊNCIA COMO DIREITO
FUNDAMENTAL..................................................................................................... 8
3 ANÁLISE DESCRITIVA DA LEI N. 13.964/2019 NO AMBITO REFLEXIVO DAS
PRINCIPAIS ALTERAÇÕES TRAZIDAS PARA O CPP E OS IMPACTOS DO
INSTITUTO DA EXECUÇÃO PROVISÓRIA DA PENA NO ÂMBITO DA DECISÃO
CONDENATÓRIA DE PRIMEIRO GRAU NO TRIBUNAL DO JÚRI ........................... 9
CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................... 13
REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 14
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1Endereço para correspondência: Rua Castro Alves, nº 761, Moto II, Palmas de Monte Alto- Bahia, Cep. 46.460-
000. E-mail: Yurepma@outlook.com
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of the Presumption of Innocence. It was inferred from all the above that the legal
provision, even though it is in force, ends up violating the principle of presumption of
innocence, since it is not incompatible with it.
1 INTRODUÇÃO
Pesquisa pautada pelo método dedutivo através de uma revisão literária, visto
que se trata de tema com grande repercussão no cenário jurídico penal e que, no
contexto desse estudo, busca contribuir para obtenção de informações sobre a
situação atual de um tema ou problema pesquisado através de publicações existentes
e aspectos que já foram abordados, contribuindo inclusive para o reconhecimento de
posições similares e divergentes.
Nesse sentido, o procedimento metodológico contou com aporte da doutrina,
com base em artigos/periódicos publicados a partir de 2010 nas plataformas Google
acadêmico e Scielo e que tratem do tema; contou-se ainda com suporte de legislações
pertinentes.
2 CONCEITOS PRELIMINARES
e legislações dessa natureza. Nessa vertente, muito se tem discutido sobre tais
alterações, no sentido de ser efetivamente positivas quanto à aplicabilidade de sua
aplicação. Assim, destaca-se:
Uma reforma tão importante e complexa – como feita pela Lei n° 13.964/2019,
que altera diversos dispositivos de direito material, de direito processual e da
lei de execução penal –, exigiria um tratamento cuidadoso e detalhado
relativamente à vigência da lei no tempo. Mas não foi o que aconteceu, pois
absolutamente nada se disse a respeito (QUEIROZ, 2020, p. 14).
O Pacote de Lei anticrime foi proposto por Sérgio Moro, então Ministro na
época, tendo como foco principal cumprir com proposta do Presidente da República
no tangente a alterar as quatorze legislações, incluindo nesse rol o Código de
Processo Penal, Lei de Execução Penal e o Código Penal. Trata-se de um Pacote
composto por um grupo de dezenove blocos de propostas, ou, melhor, de medidas
destinadas a combater a criminalidade em seus mais diversificados níveis. De acordo
com Netto; Fogaça; Garcel (2020, p.
A Lei Anticrime (Lei nº 13.964, de 24 de dezembro de 2019), de maneira
inédita, estrutura o processo penal brasileiro a partir de uma base acusatória.
Isso significa que, para ser legitimamente condenado, ao réu deverá ser
garantido um devido processo legal que seja adequado ao sistema
acusatório, vale dizer, uma apuração de responsabilidade na qual seu direito
ao contraditório substancial e à ampla defesa estejam garantidos, na qual
seja acusado e julgado por órgãos totalmente distintos e a partir de um juiz
verdadeiramente imparcial.
Por esse prisma, tem-se o entendimento de que o foco da lei anticrime está
centrado no processo acusatório onde a legitimidade deste deve seguir a parâmetros
adequados e em consonância com a lei principalmente no tangente à
responsabilidade em agir o juiz de forma imparcial. Por ser uma lei extensa, muito se
tem discutido no cenário jurídico sobre as suas propostas, alterações promovidas e a
efetividade das novas medidas para o cenário jurídico penal tanto para o cumprimento
das penas quanto para o aprimoramento das investigações e redução da impunidade.
Numa sociedade onde cada dia a busca por garantias reais de no tangente às
penas destinadas a privação da liberdade, os legisladores brasileiros, ao entender a
importância da garantia legal de liberdade pessoal. Desse modo, salienta: “nos dias
atuais essa solução possui como alvo principal a prática da equidade, ou seja, a
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liberdade pessoal deve estar sempre baseada nos princípios da igualdade e não
somente na justiça. Para isso, é importante pensar na sociedade como um todo e não
apenas no individual” (SOARES; RORATO, 2018, p. 368).
No âmbito dos Direitos e Garantias Fundamentais expressos pela Constituição
Federal vigente, é possível encontrar em seu artigo 5º, inciso LVII, o princípio de
presunção da inocência que estabelece a igualdade de todos diante da lei e ainda
destacando como principal elemento complementar, a garantia de que uma pessoa
jamais poderá ser considerada culpada até que o trânsito em julgado em sentença
penal de caráter condenatório (BRASIL, 1988, n. p).
No contexto prático, a presunção da inocência vem sendo cada vez mais
interpretada como uma garantia individual. Esse reconhecimento parte não somente
do amparo dado pela Constituição Federal, mas também de dispositivos
infraconstitucionais como o Código de Processo Penal que em seu artigo 386
estabelece: o juiz absolverá o réu, mencionando a causa na parte dispositiva, desde
que reconheça [...] VI – existirem circunstâncias que excluam o crime ou isentem o
réu de pena (arts. 20, 21, 22, 23, 26 e § 1º do art. 28, todos do Código Penal), ou
mesmo se houver fundada dúvida sobre sua existência” (BRASIL, 2017, p. 95).
Nesse linear, compreende-se que a presunção de inocência se destaca como
objeto central para decisões judiciais na seara penal por claramente intervir nos
problemas que envolvem a liberdade provisória.
Dentro dos aspectos discursivos acerca desse temário, aqueles que dizem
respeito à constitucionalidade do artigo 492, I, “e”, parágrafos 4º, 5º e 6º, que foram
inseridos pela Lei Anticrime, ganhou repercussão no cenário jurídico principalmente
por ocasião do julgamento procedente emitido pelo STJ das ADCS 43, 44 e 54, onde
foi declarada constitucional o artigo 283, do CPP, e assim, afastada a possibilidade
de execução provisória da pena no âmbito da ordem jurídico penal brasileira.
Ao promover breve análise acerca do dispositivo em comento, Carmo; Barbosa
(2020, p.450), descrevem:
A primeira parte do dispositivo não tem utilidade, uma vez que o decreto de
prisão preventiva já encontra previsão legal no artigo 312, do Código de
Processo Penal. Como espécie de medida cautelar, a prisão preventiva pode
ser decretada em qualquer momento do processo, conforme prevê o artigo
282, §5º, do Código de Processo Penal. Sujeita-se ao binômio adequação e
necessidade (art. 282, I e II, CPP), bem como à absoluta excepcionalidade,
conforme art. 282, §4º, do Código de Processo Penal.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
DEPEN, Brasil tem mais de 773 mil encarcerados, maioria no regime fechado,
2020. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2020-02/brasil-
tem-mais-de-773-mil-encarcerados-maioria-no-regime-fechado. Acesso em: 08 mai.
2021.
LOPES JUNIOR, A. Direito Processual Penal. São Paulo: Saraiva Educação, 2019.