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TRIBUNAL MILITAR INTERNACIONAL

Julgamento de 1 de Outubro de 1946

Rudolf Hess
Ação Penal – Rito Especial (Tribunal do Júri)

Autores: Maria Luiza Teixeira Lopes, Gustavo Motta Schmitel, Lucas Moraes Alves,
Christian Feliciano Jaques e João Vitor Santos Coelho.

Réu: Rudolf Walter Richard Hess

Intermediado por seu mandatário ao final firmado, causídico inscrito na Ordem dos
Advogados do Brasil, comparece o Acusado para, na forma do Art. 10°, Art. 208°, da
Lei Federal n°4.766, da Legislação Adjetiva Penal, apresentar sua resposta através
de sua audiência e defesa estipulada.

DEFESA PRELIMINAR

Quanto a pretensão condenatória ostentada em desfavor de Rudolf Walter Richard


Hess, já qualificado na exordial da peça acusatória, consoante abaixo delineado.

1 – SÍNTESE DOS FATOS

O Acusado foi denunciado pelo Ministério Público, em 01 de outubro do ano de


1946 como incurso no tipo penal previsto nos arts. 10° e Art. 208°, da Lei Federal
n°4.766.

Segundo a peça acusatória, Hess era um membro da conspiração nazista, sendo o


Partido Nazista o principal instrumento de controle da conspiração, o Acusado teria
utilizado esse instrumento vigorosamente para avançar os propósitos da conspiração,
tendo assim um papel decisivo na preparação e execução de seus supostos desígnios
criminosos.

Ademais, Hess por suposição foi um dos membros da conspiração que professou já
em 1933 o objetivo de dominar o mundo completo. As tarefas do Acusado nos
preparativos para guerras violentas destinaram-se principalmente nos campos de
preparação militar, planejamento político e atividades de quinta coluna.
No ato seguinte é acusado de crimes militares e matar membros de um grupo
nacional, étnico, religioso ou pertencente a determinada raça, com o fim de destruição
total ou parcial desse grupo, referindo-se a populações não-alemãs.

Assim procedendo, encerra a peça exordial acusatória, o Acusado violou normal


penal, concorrendo na prática de crimes militares, em concurso formal, razão qual
pediu sua condenação.

2 – NO MÉRITO

2.2. Negativa de autoria

A prevalecer a situação probatória, que deu ensejo à denúncia, até aqui


apresentada, inexistente qualquer suporte fático, integro, capaz de revelar a
condenação do Réu.

Como afirmado em anteriormente, nenhuma circunstância dúbia foi apresentada


por parte da peça acusatória, as conjunturas por parte dela é uma falta de galanteio
aos acusados de tal forma que os artigos nas quais foi acusado é um opróbio contra
o Acusado.

Conforme o Art. 369° do Código de Processo Civil - CPC, as partes podem utilizar
todos os meios legais e morais, ainda que não previstos em lei, para provar suas
alegações no processo. Sendo assim não houve qualquer tipo de veracidade que
comprovasse a autoria das provas apresentadas, peço que o Acusado tenha a
absolvição sumária, reconhecendo a inocência do réu, sem a necessidade de remetê-
lo aos jurados.
2.3. Quanto às qualificadoras

O Réu, como afirmado alhures, nega, peremptoriamente, a autoria do crime.


Conforme o Art. 206° na qual a peça acusatória incitou o Acusado, cabe fazer
ponderações acerca das qualificadoras, imputadas àquele que cometera o delito.

2.2.1 ao que se refere ao Art. 208

Matar membros de um grupo nacional, étnico, religioso ou pertencente a


determinada raça, com o fim de destruição total ou parcial desse grupo, este é um dos
julgamentos que o Acusado sofrera, não há se quer provas ou indícios que o Réu
cometeu atos execrável que não convém com a ética e direitos de nossos cidadãos
na quais defendemos, se porventura a promotoria da acusação decida seguir neste
caminho podemos alegar o Art. 38° onde não é culpado quem comete o crime, sob
coação irresistível ou que lhe suprima a faculdade de agir segundo a própria vontade,
pois segundo a própria peça acusatória Hess não teria sido o único membro deste
Partido Nazista, destarte existe uma figura de maior grau hierárquico dentro da
narrativa da acusação.

2.2.3 ao que se refere ao Art. 10

Acusado de ferir o Art. 10. do Código Penal Militar, que se trata de crimes
militares em tempo de guerra onde os crimes definidos na lei penal comum ou
especial, embora não previstos neste Código, quando praticados em zona de efetivas
operações militares ou em território estrangeiro, militarmente ocupado se classificam
dentro do mesmo. Hess, bem como todos os outros militares responsáveis pela
guerra, estavam sem controle da situação que a violência entre as nações se
encontrava, portanto, utilizou-se de represálias á nível das sofridas como justificativa
para tal violência

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