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Declarações do ofendido (vítima)

Prof. Me. Moisés de O. Matusiak


moises.matusiak@cesuca.edu.br
Direito Processual Penal
CESUCA – 2023/1
Atos probatórios em audiência
“Art. 400. Na audiência de instrução e julgamento,
a ser realizada no prazo máximo de 60 (sessenta)
dias, proceder-se-á à tomada de declarações do
ofendido, à inquirição das testemunhas arroladas
pela acusação e pela defesa, nesta ordem, ressalvado
o disposto no art. 222 deste Código, bem como aos
esclarecimentos dos peritos, às acareações e ao
reconhecimento de pessoas e coisas, interrogando-
se, em seguida, o acusado.” (Código de Processo
Penal) (Grifei e sublinhei)
Conceito de ofendido

“Ofendido é o titular do interesse jurídico


lesado pela conduta criminosa, ou seja, é a
vítima, o sujeito passivo do delito.” (REIS e
GONÇALVES, 2016) (Grifei)
Declarações da vítima – Disciplina legal
“Art. 201. Sempre que possível, o ofendido será qualificado e perguntado sobre as circunstâncias da
infração, quem seja ou presuma ser o seu autor, as provas que possa indicar, tomando-se por termo as
suas declarações.
§ 1o Se, intimado para esse fim, deixar de comparecer sem motivo justo, o ofendido poderá ser
conduzido à presença da autoridade.
§ 2o O ofendido será comunicado dos atos processuais relativos ao ingresso e à saída do acusado da
prisão, à designação de data para audiência e à sentença e respectivos acórdãos que a mantenham ou
modifiquem.
§ 3o As comunicações ao ofendido deverão ser feitas no endereço por ele indicado, admitindo-se, por
opção do ofendido, o uso de meio eletrônico.
§ 4o Antes do início da audiência e durante a sua realização, será reservado espaço separado para o
ofendido.
§ 5o Se o juiz entender necessário, poderá encaminhar o ofendido para atendimento multidisciplinar,
especialmente nas áreas psicossocial, de assistência jurídica e de saúde, a expensas do ofensor ou do
Estado.
§ 6o O juiz tomará as providências necessárias à preservação da intimidade, vida privada, honra e
imagem do ofendido, podendo, inclusive, determinar o segredo de justiça em relação aos dados,
depoimentos e outras informações constantes dos autos a seu respeito para evitar sua exposição aos
meios de comunicação. ” (Código de Processo Penal) (Sublinhei e grifei)
“Obrigatoriedade”
“Sempre que possível, o ofendido deve ser
ouvido pelo juiz (art. 201, caput, do CPP),
ainda que não tenha sido arrolado pelas
partes. Só em hipótese de absoluta
impossibilidade pode-se prescindir da oitiva
do ofendido, como no caso de falecimento,
incapacidade absoluta, desaparecimento e
outras insuperáveis.” (REIS e GONÇALVES,
2016) (Grifei e destaquei)
“A vítima não pode negar-se a comparecer
para depor (art. 201, § 1º), sob pena de
condução (inclusive na fase policial). Poderá,
contudo, pedir que o réu seja retirado da sala
de audiências no momento em que for depor,
se a presença daquele influir no seu estado de
ânimo ao depor (art. 217 por analogia).”
(LOPES JR., 2018)
“Caso o ofendido tenha sido intimado para prestar
suas declarações e não compareça, é possível que a
autoridade determine sua condução coercitiva
(CPP, art. 201, § 1º). Essa condução coercitiva pode
ser determinada até mesmo para fins de realização
de exame pericial, salvo se o exame for invasivo
(v.g., exame de corpo de delito em um crime de
estupro), hipótese em que sua realização está
condicionada à aquiescência da vítima.” (LIMA,
2020) (Sublinhei e grifei)
“A falta de oitiva do ofendido, mesmo quando
não existir situação que impeça a realização
do ato, entretanto, constitui nulidade relativa,
cujo reconhecimento pressupõe oportuna
arguição e demonstração do prejuízo.” (REIS e
GONÇALVES, 2016) (Grifei)
Diferenças com as declarações de
testemunhas
“Na sistemática do CPP, vítima (ofendido) não é
considerada como testemunha, tanto que merece
tratamento diferenciado. A vítima não presta
compromisso de dizer a verdade e tampouco
pode ser responsabilizada pelo delito de falso
testemunho (mas sim pelo crime de denunciação
caluniosa, art. 399 do CP, conforme o caso).
Também não é computada no limite numérico de
testemunhas.” (LOPES JR., 2018) (Sublinhei e grifei)
“Pela própria disposição do Código de Processo Penal,
percebe-se que o ofendido não deve ser confundido
com as testemunhas. O ofendido está previsto no
Capítulo V do Título VII (“Da prova”) do CPP; a prova
testemunhal está prevista no Capítulo VI (“Das
testemunhas”) do mesmo Título. Logo, ofendido não é
testemunha, razão pela qual não presta compromisso
legal de dizer a verdade, não sendo computado para
efeito do número máximo de testemunhas, e nem
tampouco respondendo pelo crime de falso
testemunho.” (LIMA, 2020) (Grifei e sublinhei)
“Apesar de não ser possível responsabilizar o
ofendido criminalmente pelo delito de falso
testemunho, já que não é testemunha, nada impede
que responda pelo delito de denunciação caluniosa
(CP, art. 339), caso reste comprovado que deu causa
à instauração de investigação policial, processo
judicial, investigação administrativa, inquérito civil
ou ação de improbidade administrativa contra
alguém, imputando-lhe crime de que o sabia
inocente.” (LIMA, 2020) (Sublinhei e grifei)
“Art. 339. Dar causa à instauração de investigação
policial, de processo judicial, instauração de
investigação administrativa, inquérito civil ou ação de
improbidade administrativa contra alguém,
imputando-lhe crime de que o sabe inocente:
Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa.
§ 1º - A pena é aumentada de sexta parte, se o agente
se serve de anonimato ou de nome suposto.
§ 2º - A pena é diminuída de metade, se a imputação é
de prática de contravenção.” (Código Penal) (Grifei)
“Diversamente do que ocorre em relação às
testemunhas, que devem prestar relato livre de
opinião pessoal (art. 213 do CPP). O ofendido é
indagado sobre quem seja ou presuma ser o
autor da infração. Ao ofendido é também
conferida a faculdade de indicar provas ao juiz,
de modo a colaborar para a elucidação do fato,
servindo suas declarações, portanto, como fonte
de prova.” (REIS e GONÇALVES, 2016) (Grifei)
Forma

“Primeiro ato da audiência de instrução e


julgamento, as declarações do ofendido
devem iniciar-se pelos elementos relativos a
sua qualificação para, em seguida, tratar dos
fatos e circunstâncias relativos à infração.”
(REIS e GONÇLAVES, 2016)
“No seu depoimento, poderão fazer perguntas tanto o
acusador quanto o(s) réu(s), através de seu(s)
advogado(s), como define o art. 201.” (LOPES JR., 2018)

“Em virtude das alterações introduzidas pela Lei n.


11.690/2008, as partes devem endereçar diretamente as
perguntas ao ofendido, e não mais por intermédio do juiz,
o qual, no entanto, poderá, após as indagações das partes,
complementar a inquirição (art. 212, caput e parágrafo
único, do CPP).” (REIS e GONÇALVES, 2016) (Grifei)
“Como toda e qualquer prova produzida na fase
judicial, a oitiva do ofendido deve se dar sob o
crivo do contraditório, sob pena de violação ao
preceito do art. 5º, inciso LV, da Constituição
Federal. Todavia, a fim de não haver qualquer
constrangimento à vítima por parte do acusado,
seja durante a realização da audiência, seja antes
de seu início, deve ser reservado espaço separado
para o ofendido.” (LIMA, 2020) (Grifei e sublinhei)
“O art. 217 do CPP permite que, verificando-se que
a presença do acusado possa causar humilhação,
temor, ou sério constrangimento à testemunha ou
ao ofendido, de modo a prejudicar a verdade do
depoimento, será possível sua inquirição por
videoconferência e, somente na impossibilidade
dessa forma, será determinada a retirada do
acusado, prosseguindo-se na inquirição com a
presença de seu defensor.” (LIMA, 2020) (Grifei)
“Art. 217. Se o juiz verificar que a presença do réu poderá
causar humilhação, temor, ou sério constrangimento à
testemunha ou ao ofendido, de modo que prejudique a
verdade do depoimento, fará a inquirição por
videoconferência e, somente na impossibilidade dessa
forma, determinará a retirada do réu, prosseguindo na
inquirição, com a presença do seu defensor.
Parágrafo único. A adoção de qualquer das medidas
previstas no caput deste artigo deverá constar do termo,
assim como os motivos que a determinaram.” (Código de
Processo Penal) (Grifei e sublinhei)
Valor probatório

“Como os demais meios de prova, as


declarações do ofendido têm valor relativo,
devendo, portanto, ser confrontada com o
restante da prova, para que possa o juiz
concluir sobre a sua veracidade.” (REIS e
GONÇALVES, 2016) (Grifei e sublinhei)
“Em virtude do sistema da livre persuasão racional do juiz,
tem-se que o valor probatório das declarações do ofendido
é relativo. Logicamente, nos crimes cometidos às ocultas, a
palavra da vítima ganha um pouco mais de importância,
mas daí não se pode concluir que seu valor seria absoluto. É
o que acontece, por exemplo, em crimes contra a dignidade
sexual, geralmente cometidos em locais ermos, sem
testemunhas presenciais, ou em crimes cometidos no
âmbito da violência doméstica e familiar contra a mulher,
hipóteses em que as declarações da vítima se revestem de
especial relevância.” (LIMA, 2020) (Grifei e sublinhei)
“Deve-se considerar, inicialmente, que a vítima está
contaminada pelo “caso penal”, pois dele fez parte.
Isso acarreta interesses (diretos) nos mais diversos
sentidos, tanto para beneficiar o acusado (por medo,
por exemplo) como também para prejudicar um
inocente (vingança, pelos mais diferentes motivos).
Para além desse comprometimento material, em
termos processuais, a vítima não presta compromisso
de dizer a verdade (abrindo-se a porta para que minta
impunemente).” (LOPES JR., 2018) (Grifei)
“Contudo, a jurisprudência brasileira tem feito duas –
perigosas – ressalvas: crimes contra o patrimônio, cometidos
com violência ou grave ameaça (roubo, extorsão etc.); crimes
sexuais. Nesses caso, considerando que tais crimes são
praticados – majoritariamente – às escondidas, na mais
absoluta clandestinidade, pouco resta em termos de prova do
que a palavra da vítima e, eventualmente, a apreensão dos
objetos com o réu (no caso dos crimes patrimoniais), ou a
identificação de material genético (nos crimes sexuais). Isso
tem levado a uma valoração probatória distinta, atribuindo
um valor maior e, às vezes, decisivo.” (LOPES JR., 2018)
(Grifei)
“Se, por um lado, a narrativa da vítima deve ser aceita
com reservas quando houver fundamento para se
concluir que pretende, deliberadamente, prejudicar ou
beneficiar o acusado, tal como ocorre, respectivamente,
em caso de existência de prévio antagonismo ou de
existência de vínculos de afetividade entre ambos, é
coerente o entendimento de que, nos delitos praticados
clandestinamente e, sobretudo, nas infrações sexuais,
as palavras da vítima revestem-se de elevadíssimo
valor.” (REIS e GONÇALVES, 2016) (Sublinhei e grifei)
Valor probatório - STJ
PENAL E PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. ESTUPRO
DE VULNERÁVEL. PALAVRA DA VÍTIMA. CONSUMAÇÃO. COAÇÃO NO CURSO DO PROCESSO.
SÚMULA 282/STF. DOSIMETRIA DA PENA. NÃO CABIMENTO. AGRAVO NÃO PROVIDO.
1. Nos crimes contra a dignidade sexual, a palavra da vítima ganha substancial relevo para o
esclarecimento dos fatos, notadamente em razão da maneira como tais delitos são cometidos - de
forma obscura e na clandestinidade.
2. "É pacífica a compreensão de que o delito de estupro de vulnerável se consuma com a prática de
qualquer ato de libidinagem ofensivo à dignidade sexual da vítima." (REsp 1.705.093/SP, Rel.
Ministro ROGERIO SCHIETTI CRUZ, SEXTA TURMA, julgado em 27/02/2018, DJe 08/03/2018).
3. A ausência de prequestionamento impede o conhecimento do recurso especial.
4. O recurso especial "não se presta [...] à revisão da dosimetria da pena estabelecida pelas
instâncias ordinárias. Admite-se, contudo, o reexame quando configurada manifesta violação dos
critérios dos arts. 59 e 68 do CP, sob o aspecto da legalidade, nas hipóteses de falta ou evidente
deficiência de fundamentação ou ainda de erro de técnica." (AgRg no REsp 1.217.998/SC, Rel.
Ministro NEFI CORDEIRO, SEXTA TURMA, julgado em 02/02/2016, DJe 15/02/2016).
5. Agravo regimental não provido.
(AgRg no AREsp 1506226/SC, Rel. Ministro RIBEIRO DANTAS, QUINTA TURMA, julgado em
03/09/2019, DJe 10/09/2019) (Grifei e sublinhei)
Valor probatório - STF
HABEAS CORPUS – ADEQUAÇÃO. O fato de
pronunciamento judicial desafiar, em tese, revisão
criminal não obstaculiza a impetração. ATENTADO
VIOLENTO AO PUDOR – PALAVRA DA VÍTIMA.
Considerada a natureza dos crimes sexuais, deve ser
conferido certo grau de relevância à declaração da
vítima, ainda que menor de idade.

(HC 122466, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Primeira


Turma, julgado em 01/08/2017, PROCESSO ELETRÔNICO
DJe-191 DIVULG 28-08-2017 PUBLIC 29-08-2017)
Normas relativas à proteção da vítima
“Tradicionalmente, atribui-se função múltipla ao ofendido no
processo criminal, já que pode apresentar-se como sujeito
principal (querelante) ou subsidiário (assistente) da relação
processual ou, ainda, como objeto de prova (quando, por
exemplo, submete-se a exame de corpo de delito), como órgão
de prova (ao prestar declarações) e como fonte de prova
(quando indica meios de prova em seu depoimento). Afinado
com as novas tendências do processo criminal, o Código passou
a tratar do ofendido como sujeito de direitos que podem ser
exercidos independentemente de sua atuação como parte,
principal ou subsidiária, da relação processual.” (REIS e
GONÇALVES, 2016) (Grifei)
Tais direitos das vítimas estão especificamente disciplinados nos §§ 2º ao 6º do art. 201 do CPP:
“Art. 201 [...].
[...].
§ 2o O ofendido será comunicado dos atos processuais relativos ao ingresso e à saída do acusado da
prisão, à designação de data para audiência e à sentença e respectivos acórdãos que a mantenham ou
modifiquem.
§ 3o As comunicações ao ofendido deverão ser feitas no endereço por ele indicado, admitindo-se, por
opção do ofendido, o uso de meio eletrônico.
§ 4o Antes do início da audiência e durante a sua realização, será reservado espaço separado para o
ofendido.
§ 5o Se o juiz entender necessário, poderá encaminhar o ofendido para atendimento multidisciplinar,
especialmente nas áreas psicossocial, de assistência jurídica e de saúde, a expensas do ofensor ou do
Estado.
§ 6o O juiz tomará as providências necessárias à preservação da intimidade, vida privada, honra e
imagem do ofendido, podendo, inclusive, determinar o segredo de justiça em relação aos dados,
depoimentos e outras informações constantes dos autos a seu respeito para evitar sua exposição aos
meios de comunicação. ” (Código de Processo Penal) (Sublinhei e grifei)
“Dentre as várias alterações produzidas pela Lei nº
11.690/08, notabilizou-se a preocupação do legislador
com a proteção do ofendido. Deveras, com a nova
redação do art. 201, § 2º, do CPP, passa a ser possível que
o ofendido seja comunicado dos atos processuais
relativos ao ingresso e à saída do acusado da prisão, à
designação de data para audiência e à sentença e
respectivos acórdãos que a mantenham ou modifiquem.
Essa comunicação deve ser feita no endereço indicado
pelo ofendido, admitindo-se, por sua opção, o uso de
meio eletrônico.” (LIMA, 2020) (Grifei e sublinhei)
Disposições introduzidas pela Lei n. 14.245/2021:

“Art. 400-A. Na audiência de instrução e julgamento, e, em especial, nas


que apurem crimes contra a dignidade sexual, todas as partes e demais
sujeitos processuais presentes no ato deverão zelar pela integridade física
e psicológica da vítima, sob pena de responsabilização civil, penal e
administrativa, cabendo ao juiz garantir o cumprimento do disposto neste
artigo, vedadas:
I - a manifestação sobre circunstâncias ou elementos alheios aos fatos
objeto de apuração nos autos;
II - a utilização de linguagem, de informações ou de material que ofendam
a dignidade da vítima ou de testemunhas.” (Código de Processo Penal)
“Art. 474-A. Durante a instrução em plenário, todas as
partes e demais sujeitos processuais presentes no ato
deverão respeitar a dignidade da vítima, sob pena de
responsabilização civil, penal e administrativa, cabendo ao
juiz presidente garantir o cumprimento do disposto neste
artigo, vedadas:
I - a manifestação sobre circunstâncias ou elementos alheios
aos fatos objeto de apuração nos autos;
II - a utilização de linguagem, de informações ou de material
que ofendam a dignidade da vítima ou de testemunhas.”
(Código de Processo Penal)
“Art. 81. Aberta a audiência, será dada a palavra ao defensor para responder à
acusação, após o que o Juiz receberá, ou não, a denúncia ou queixa; havendo
recebimento, serão ouvidas a vítima e as testemunhas de acusação e defesa,
interrogando-se a seguir o acusado, se presente, passando-se imediatamente aos
debates orais e à prolação da sentença.
[...].
§ 1º-A. Durante a audiência, todas as partes e demais sujeitos processuais
presentes no ato deverão respeitar a dignidade da vítima, sob pena de
responsabilização civil, penal e administrativa, cabendo ao juiz garantir o
cumprimento do disposto neste artigo, vedadas:
I - a manifestação sobre circunstâncias ou elementos alheios aos fatos objeto de
apuração nos autos;
II - a utilização de linguagem, de informações ou de material que ofendam a
dignidade da vítima ou de testemunhas.” (Lei n. 9.099/1995) (Grifei)
“Art. 344 - Usar de violência ou grave ameaça, com o fim
de favorecer interesse próprio ou alheio, contra
autoridade, parte, ou qualquer outra pessoa que
funciona ou é chamada a intervir em processo judicial,
policial ou administrativo, ou em juízo arbitral:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa, além da
pena correspondente à violência.
Parágrafo único. A pena aumenta-se de 1/3 (um terço)
até a metade se o processo envolver crime contra a
dignidade sexual.” (Código Penal) (Grifei)
Referências
LIMA, Renato Brasileiro de. Manual de
processo penal: volume único. Salvador: Ed.
JusPodivm, 2020.
LOPES JR., Aury. Direito Processual Penal. 15ª
ed. São Paulo: Saraiva, 2018.
REIS, Alexandre Cebrian Araújo; GONÇALVES,
Vitor Eduardo Rios. Direito Processual Penal
Esquematizado. Coordenador Pedro Lenza. 5ª
ed. São Paulo: Saraiva, 2016.

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