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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 00ª VARA DE DELITOS DE

TRÂ NSITO DE CIDADE-UF


Intermediada por seu mandatá rio ao final firmado, causídico inscrito na Ordem dos
Advogados do Brasil, Seçã o UF, sob o nº 000000000, comparece a Acusada,
tempestivamente, com todo respeito à presença de Vossa Excelência, apresentando,
com abrigo no art. 396-A do Có digo de Processo Penal, sua
RESPOSTA À ACUSAÇÃ O
argumentando-as em razã o da presente Açã o Penal agitada em desfavor de NOME DA
CLIENTE, já qualificada na exordial desta querela criminal, consoante abaixo
delineado.
PRELIMINARMENTE
DA INÉ PCIA DA PEÇA ACUSATÓ RIA
A denú ncia é tanto formal como materialmente inepta.
A denú ncia é inepta formalmente porquanto imprecisa, mormente quando deixou de
especificar qual a velocidade má xima atribuída à regiã o de trá fego onde ocorrera o
evento em espécie. Se é que existiu negligência ao se dirigir acima do limite, mister,
claro, que se identificasse esse limite. Nã o é o que percebemos.
Nesse ponto entende a Acusada que, para que se examine a aptidã o de uma peça
acusató ria há de se interpretar o disposto no art. 41 do Có digo de Processo Penal,
verbis:
“Art. 41. A denú ncia ou queixa conterá a exposiçã o do fato criminoso, com todas as
suas circunstâ ncias, a qualificaçã o do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa
identificá -lo, a classificaçã o do crime e, quando necessá rio, o rol das testemunhas.”
Essa fó rmula pode ser encontrada em texto clá ssico de Joã o Mendes de Almeida
Jú nior:
“É uma exposiçã o narrativa e demonstrativa. Narrativa, porque deve revelar o fato
com todas as suas circunstâ ncias, isto é, nã o só a açã o transitiva, como a pessoa que a
praticou (quis), os meios que empregou (quibus auxiliis), o malefício que produziu
(quid), os motivos que o determinaram a isso (cur), a maneira porque a praticou
(quomodo), o lugar onde a praticou (ubi), o tempo (quando). (Segundo enumeraçã o
de Aristó teles, na É tica a Nicomaco, 1. III, as circunstâ ncias sã o resumidas pelas
palavras quis, quid, ubi, quibus auxiliis, cur, quomodo, quando, assim referidas por
Cícero (De Invent. I)). Demonstrativa, porque deve descrever o corpo de delito, dar as
razõ es de convicçã o ou presunçã o e nomear as testemunhas e informantes.”
(ALMEIDA JÚ NIOR, Joã o Mendes de. O processo criminal brasileiro, v. II. Rio de
Janeiro/Sã o Paulo: Freitas Bastos, 1959, p. 183)
Também convém ressaltar as liçõ es de Eugênio Pacelli:
“As exigências relativas à ‘exposiçã o do fato criminoso, com todas as suas
circunstâ ncias’ atendem à necessidade de se permitir, desde logo, o exercício da ampla
defesa. Conhecendo com precisã o todos os limites da imputaçã o, poderá o acusado a
ela se contrapor o mais amplamente possível, desde, entã o, a delimitaçã o temá tica da
peça acusató ria, em que se irá fixar o conteú do da questã o penal. “(OLIVEIRA, Eugênio
Pacelli de. Curso de Processo Penal. 16ª Ed. Sã o Paulo: Atlas, 2012, p. 162)
A corroborar os textos doutriná rios acima, insta transcrever o pensamento Norberto
Avena:
“A denú ncia e a questã o será ineptas quando nã o contiverem os seus requisitos
essenciais, dentre os quais se incluem a descriçã o do fato criminoso com todas as suas
circunstâ ncias e a individualizaçã o do acusado ou referências pelos quais se possa
identificá -lo (art. 41 do CPP). “(AVENA, Norberto Clá udio Pâ ncaro. Processo Penal:
esquematizado. 4ª Ed. Sã o Paulo: Método, 2012, p. 283)
Entrementes, a denú ncia tã o-somente delimitou, agregada ao resultado pericial, que a
Denunciada imprimia velocidade de 55 Km. Assim, foi com essa velocidade que
entendeu o Ministério Pú blico que havia excesso de velocidade e, por tal motivo,
resultou em negligência por parte da Acusada.
Trata-se, assim, de acusaçã o lastreada em indícios e suposiçõ es, extraídas dos autos
do inquérito. É dizer, a peça acusató ria nã o observou os requisitos que poderiam
oferecer substrato a uma persecuçã o criminal minimamente aceitá vel. Em assim
procedente, os argumentos ofertados com a denú ncia obstaram o assegurado
contraditó rio e a ampla defesa ( CF, art. 5º, inc. LV). Diga-se, igualmente, que tal
direito é sustentado pelo Pacto de Sã o José de Costa Rica, onde, em seu art. 8º, 2, b,
quando delimita que é legítima a garantia de prévia e pormenorizada acusaçã o. Nã o se
conhece com riqueza a peça acusató ria; falta-lhe, pois, elementos que possa a Acusada
ter franca ciência do quanto lhe pesa em juízo.
Ademais, da leitura da denú ncia oferecida contra a Acusada, nã o se constata
demonstraçã o de mínima descriçã o dos fatos, nem tampouco concatenaçã o ló gica que
permita a configuraçã o, ao menos em tese, dos elementos do tipo penal envolvido
(Có digo de Trâ nsito, art. 302, caput). É uma ilegalidade (nulidade absoluta), sobretudo
quando há ofensa, na hipó tese, ao amplo direito de defesa e do contraditó rio.
A propó sito do tema, assim decidiu o Egrégio Superior Tribunal de Justiça:
RECURSO EM HABEAS CORPUS. CRIME AMBIENTAL. DENÚ NCIA. INÉ PCIA.
NECESSIDADE DE INDIVIDUALIZAR MINIMAMENTE A CONDUTA PRATICADA PELO
ACUSADO. EXISTÊ NCIA DE CONSTRANGIMENTO ILEGAL.
Segunda operosa jurisprudência desta corte e do Supremo Tribunal Federal, a
descriçã o das condutas dos acusados na denú ncia dos denominados crimes
societá rios nã o necessita cumprir todos os rigores do art. 41 do CPP, devendo-se
firmar pelas particularidades da atividade coletiva da empresa. 2. Isso nã o significa
que se deva aceitar descriçã o genérica baseada exclusivamente na posiçã o de
representante da empresa, porquanto a responsabilizaçã o por infraçõ es penais deve
levar em conta, qualquer que seja a natureza delituosa, sempre a subjetivaçã o do ato e
do agente do crime. 3. Recurso provido e ordem concedida para trancar a açã o penal
em relaçã o ao recorrente, por inépcia formal da denú ncia, sem prejuízo de que outra
seja elaborada com o cumprimento dos ditames legais. (STJ; RHC 32.562; Proc.
2012/0080683-5; CE; Sexta Turma; Relª Minª Maria Thereza Assis Moura; DJE
04/08/2014)
RECURSO ORDINÁ RIO EM HABEAS CORPUS. PROCESSUAL PENAL. HOMICÍDIO
CULPOSO NA DIREÇÃ O DE VEÍCULO AUTOMOTOR. DEVER OBJETIVO DE CUIDADO.
INÉ PCIA DA DENÚ NCIA. AUSÊ NCIA DE DESCRIÇÃ O MÍNIMA DA CONDUTA.
TRANCAMENTO DA AÇÃ O PENAL. RECURSO PROVIDO.
1. O homicídio culposo se caracteriza com a imprudência, negligência ou imperícia do
agente, modalidades da culpa que devem ser descritas na inicial acusató ria, sob pena
de se reconhecer impropriamente a responsabilidade penal objetiva. 2. O simples fato
de o réu estar na direçã o do veículo automotor no momento do acidente nã o autoriza
a instauraçã o de processo criminal por crime de homicídio culposo se nã o restar
narrada a inobservâ ncia do dever objetivo de cuidado e sua relaçã o com a morte da
vítima, com indícios suficientes para a deflagraçã o da açã o penal. 3. A inexistência
absoluta de elementos individualizados que apontem a relaçã o entre o resultado
morte e a conduta do acusado, ofende o princípio constitucional da ampla defesa,
tornando, assim, inepta a denú ncia. 4. Recurso provido para, reconhecendo a inépcia
da denú ncia, por ausência de individualizaçã o da conduta atribuída ao recorrente,
determinar o trancamento da açã o penal instaurada em seu desfavor, sem prejuízo de
que outra seja oferecida, desde que observados os requisitos legais. (STJ; RHC 44.320;
Proc. 2014/0006820-0; BA; Quinta Turma; Relª Minª Laurita Vaz; DJE 01/07/2014)
A mençã o do fato que a Denunciada teria agido com negligência se restringe a:
“Ouvida perante a autoridade policial, a demanda confessou a prá tica do ato.
Argumentou, contudo, que a vítima, é que deu causa ao sinistro, pois teria se
precipitado do canteiro central por onde andava para o meio da pista de rolamento;
que vinha dirigindo em torno de 50 a 60 km/h, pois seu veículo é dotado de
dispositivo sonoro que alarma quando o mesmo atinge 60 Km/h.”
E logo em seguida conclui a denú ncia que esse episó dio concorre para culpa por
negligência da seguinte forma:
“Em assim agindo, de qualquer sorte, divisa-se a negligência por parte da denunciada,
dando-a como incursa nas sançõ es do art. 302, caput da Lei 9.503/97, pelo”
Fica claro que a denú ncia nã o evidencia, nem de longe, como se traduziu a conduta
negligente da Denunciada, ou seja, na divergência entre a açã o realmente realizada e a
que deveria ter sido realizada ou que comportamento deveria ter evitado.
Destarte, a denú ncia deve ser rejeitada, porquanto nã o há fundamental legal que a
ampare.
DO MÉ RITO
Ausência de nexo de causalidade entre a morte da vítima e alguma atitude ilícita da
Acusada
Falta justa causa para a instauraçã o da açã o penal em destaque, em face da ausência
de nexo de causalidade entre a morte da vítima e qualquer omissã o atribuída à
Acusada.
Fora demonstrado que a Acusada transitava dentro dos limites de velocidade
permitido à via de trá fego em referência. A denú ncia, de outro bordo, narra que
“a vítima tentava atravessar a avenida correndo atrá s de uma ´pipa´ ou arraia que
bolava no céu. “
Como se observa, a vítima se comportou contrariamente ao esperado, quando veio a
atravessar uma rodovia movimentada sem os cuidados necessá rios. Certo que uma
criança, mas nem por isso a Denunciada pode responder por este ato voluntá rio da
vítima.
Nã o há açã o imputá vel à Ré (teoria da imputaçã o objetiva). Afinal,
DO CÓ DIGO PENAL
Art. 13 – O resultado, de que depende a existência de crime, somente é imputá vel a
quem lhe deu causa.
Inexiste a mínima presença de nexo de causalidade entre a conduta da Denunciada e a
morte da vítima. Na pró pria denú ncia encontramos tal desiderato, porquanto a
Acusada agiu com diligência, inclusive com equipamento de controle de velocidade no
veículo.
Ainda que existisse relaçã o de causalidade entre a conduta da Acusada e a morte da
vítima, faz-se necessá ria a demonstraçã o da criaçã o por aquela de situaçã o de risco
nã o permitido, o que nã o ocorrera no caso em evidência.
Nesse passo, é de todo oportuno trazer à baila o entendimento de Damá sio de Jesus:
“Quando a causa é absolutamente independe da conduta do condutor de veículo
automotor, o problema é resolvido pelo caput do art. 13 do CP: há exclusã o da
causalidade decorrente da conduta. “(JESUS, Damá sio E. de. Crimes de Trâ nsito:
anotaçõ es à parte criminal do Có digo de Trâ nsito. 6ª Ed. Sã o Paulo: Saraiva, 2006, p.
75)
De outro turno, a jurisprudência aponta que somente deve haver reprimenda do
Estado, caso esteja comprovado nos autos que tenha havido inobservâ ncia do dever
de cuidado objetivo na direçã o do veículo.
Na hipó tese, verifica-se que a Acusada, ao revés, agiu com desvelo, quando seu veículo,
inclusive, estava com “computador de bordo” ligado, o qual sobresta a velocidade do
veículo quando atinge o limite pré-determinado de 60Km. Ademais, constatar-se-á
que a Ré chegou a fazer manobra defensiva para evitar o acidente, onde, pela forma
onde a vítima atingiu o veículo, pelos depoimentos a serem prestados, tudo será
comprovado.
Vejamos a conduçã o da jurisprudência em se tratando do tema em vertente
PENAL. HOMICÍDIO CULPOSO NO TRÂ NSITO. CONDENAÇÃ O APELAÇÃ O.
CIRCUNSTÂ NCIAS QUE EVIDENCIAM A AUSÊ NCIA DE PROVAS SUFICIENTES A
LASTREAR UM JUÍZO CONDENATÓ RIO. CULPA EXCLUSIVA DA VÍTIMA. APLICAÇÃ O
DO PRINCÍPIO DO IN DUBIO PRO REO. ABSOLVIÇÃ O QUE SE IMPÕ E. RECURSO
CONHECIDO E PROVIDO. UNANIMIDADE.
Para o reconhecimento do injusto culposo há a necessidade de demonstraçã o
inequívoca dos seguintes elementos: conduta voluntá ria, comissiva ou omissiva;
inobservâ ncia de um dever objetivo de cuidado (negligência, imprudência ou
imperícia); resultado lesivo nã o desejado; nexo de causalidade; previsibilidade
objetiva e tipicidade. Nã o restando devidamente comprovada a culpa do apelante para
a ocorrência do evento delituoso, posto que o laudo pericial e os depoimentos atestam
que o motorista foi surpreendido pela vítima que atravessou de inopino,
circunstâ ncias que evidenciam que a mesma contribuiu de forma decisiva para o
resultado e se o conjunto probató rio oferece incertezas quanto à prá tica delitiva, a
absolviçã o é de rigor. (TJMA; Rec 0019534-69.2003.8.10.0001; Ac. 151657/2014; Rel.
Des. Benedito de Jesus Guimarã es Belo; DJEMA 25/08/2014)
(...)
APELAÇÃ O CRIMINAL. HOMICÍDIO CULPOSO NA DIREÇÃ O DE VEÍCULO
AUTOMOTOR. CULPA DO AGENTE NÃ O COMPROVADA. CULPA EXCLUSIVA DA
VÍTIMA DEMONSTRADA. ABSOLVIÇÃ O MANTIDA. RECURSO NÃ O PROVIDO.
1. O Direito Penal nã o admite meras suposiçõ es ou ilaçõ es, visto que a culpa do agente
nã o pode, em hipó tese alguma, ser presumida, devendo, por conseguinte, ser
comprovada de forma robusta. Assim, quando a prova dos autos nã o revelar a culpa
do acusado no homicídio causado na direçã o de veículo automotor, mas, pelo
contrá rio, atestar o agir culposo exclusivo da vítima, que retira a previsibilidade da
esfera intelectiva do agente, impõ e-se a absolviçã o. 2. Recurso nã o provido. (TJMG;
APCR 1.0386.07.006406-1/001; Rel. Des. Eduardo Brum; Julg. 23/07/2014; DJEMG
29/07/2014)
(...)
APELAÇÃ O CRIMINAL. CRIME DE TRÂ NSITO. HOMICÍDIO CULPOSO QUALIFICADO.
ART. 302, PARÁ GRAFO Ú NICO, INCISO IV, DO CTB. SENTENÇA CONDENATÓ RIA.
CULPA EXCLUSIVA DA VÍTIMA. OCORRÊ NCIA. ABSOLVIÇÃ O. ART. 386, INCISO IV, DO
CPP. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO.
Necessidade de comprovaçã o dos elementos da culpa para que a mesma possa ser
atribuída ao condutor. O exame do substrato probató rio permite aferir com segurança
que o acidente de trâ nsito foi culpa exclusiva da vítima, que por falta de atençã o e
desrespeito à segurança do trâ nsito, colidiu com a lateral do ô nibus, no momento de
conclusã o da trajetó ria para efetivar o retorno. Nã o restando demonstrado que o
apelante agiu de forma negligente ou imprudente em sua conduta. A prova técnica
acerca da dinâ mica do acidente concluiu que o ciclista nã o respeitou à s regras de
segurança de trâ nsito, sendo imprudente. Apelaçã o criminal conhecida e provida.
(TJCE; APL 000071406.2009.8.06.0000; Primeira Câ mara Criminal; Relª Desª Maria
Edna Martins; DJCE 10/07/2014; Pá g. 68)
APELAÇÃ O CRIMINAL. HOMICÍDIO CULPOSO NA DIREÇÃ O DE VEÍCULO
AUTOMOTOR. SENTENÇA CONDENATÓ RIA. IRRESIGNAÇÃ O DEFENSIVA. PLEITO DE
ABSOLVIÇÃ O PELA INEXISTÊ NCIA DE CULPA. ALEGADA CULPA EXCLUSIVA DA
VÍTIMA. INSUFICIÊ NCIA PROBATÓ RIA CONSTATADA. AUSÊ NCIA DE TESTEMUNHAS
OCULARES. IMPOSSIBILIDADE DE REFLEXÕ ES JURÍDICO-DOGMÁ TICAS SOBRE A
CULPA DO ACUSADO. APLICAÇÃ O DO IN DUBIO PRO REO. APELO PROVIDO.
O fundamento da responsabilidade pelo crime culposo reside na violaçã o do dever
objetivo necessá rio a ser constatado nas circunstâ ncias concretas. Quando ausentes
elementos ô nticos há beis a permitir qualquer relaçã o de determinaçã o entre a
violaçã o do dever de cuidado e a causaçã o do resultado, nã o há falar-se na
configuraçã o do crime. O fato de o condutor imprimir velocidade superior à quela
permitida para o local nã o tem o condã o de consubstanciar um Decreto condenató rio,
sobretudo quando o laudo técnico, no concernente à dinâ mica do acidente, exprime
possível culpa exclusiva da vítima em evento carente de testemunhas oculares, em
ordem a ancorar a versã o acusató ria. (TJMT; APL 1026/2014; Poxoréo; Rel. Des.
Alberto Ferreira de Souza; Julg. 02/07/2014; DJMT 07/07/2014; Pá g. 123)
FORMULA PEDIDO DE DILIGÊ NCIA EM PROL DA DEFESA
Requer, outrossim, com estribo no art. 396-A do Có digo de Processo Penal, que Vossa
Excelência se digne de determinar a expediçã o de ofício à AMC (ó rgã o de trâ nsito
pertinente) para que esse:
a) informe a este juízo se a via de trâ nsito onde ocorrera o acidente (Av. TAL), na
altura do nº 00000, é uma via coletora, via arterial ou via de trâ nsito rá pido,
indicando, inclusive, qual a velocidade má xima permitida ao trecho (Có digo de
Trâ nsito, art. 61);
Espera-se, pois, o recebimento desta Resposta à Acusaçã o, onde, com supedâ neo no
art. 397 do Có digo de Ritos, pleiteia-se a absolviçã o sumá ria da Acusada.
Nã o sendo esse o entendimento, o que se diz apenas por argumentar, reserva-se ao
direito de proceder em maiores delongas suas justificativas defensivas nas
consideraçõ es finais, protestando, de logo, provar o alegado por todas as provas em
direito processual penal admitidas, valendo-se, sobretudo, dos depoimentos das
testemunhas infra-arroladas.
Em arremate, é de se esperar, apó s a colheita das provas em destaque, o julgamento
direcionado a acolher os argumentos da defesa, findando em decisã o de mérito
absolutó ria ( CPP, art. 386, inc. IV).
Termos em que,
Pede Deferimento.
CIDADE, 00, MÊ S, ANO.
ADVOGADO
OAB Nº

https://modelo.legal/modelo-de-respostaaacusacao-homicidio-culposo/

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