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PERÍODO PRÉ-NATAL PERÍODO PÓS-NATAL PERÍODO NEONATAL
Período compreendido entre a Refere-se ao período após o Entre o nascimento e 28 dias
concepção e o momento do parto. nascimento. completos de vida.

PERÍODO FETAL TARDIO PERÍODO PÓS- NEONATAL


Período compreendido a Entre 28 e 364 dias completos de vida.
partir das 22 semanas
completas (154 dias) de
gestação até o termo.

PERÍODO FETAL PRECOCE


Período compreendido entre a
concepção e as 22 primeiras
semanas completas de gestação. PERÍODO
NEONATAL PRECOCE
PERÍODO NEONATAL TARDIO
Período compreendido
Período compreendido entre 7 e 27
entre o nascimento e 6
dias completos de vida.
dias completos de vida.
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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
PERÍODO PERINATAL RECÉM-NASCIDO DE BAIXO RECÉM-NASCIDO DE MUITO
Entre 22 semanas completas (ou PESO (RNBP) BAIXO PESO (RNMBP)
154 dias) de gestação e 6 dias Recém-nascido com peso ao Recém-nascido com peso ao
completos de vida. nascer inferior a 2.500g. nascer inferior a 1.500g.

PESO AO NASCER RECÉM-NASCIDO DE EXTREMO BAIXO PESO


Primeiro peso obtido após Recém-nascido com peso ao nascer inferior a 1.000g.
o nascimento (durante a
primeira hora de vida)

MORTALIDADE MATERNA
Óbito da mulher ocorrido durante a
gravidez e até completar 42 dias
após o término da gravidez. IDADE GESTACIONAL
Duração da gestação a
MACROSSOMIA FETAL partir do primeiro dia do
Recém-nascido com peso ao nascer último período menstrual.
> a 4.000g.
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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
RESTRITO CRESCIMENTO ABORTAMENTO ÓBITO FETAL
INTRAUTERINO (RCIU) E a morte ou expulsão ovular ocorrida É a morte de um produto
Peso do feto/concepto abaixo do antes de 22 semanas ou quando o da concepção, antes da
percentil 10 do peso esperado concepto pesa menos de 500 g. expulsão ou da extração
para a idade gestacional. completa do
corpo da mãe.
PARTO PRÉ-TERMO
Parto que ocorre antes da
gestação completar 37 semanas
e após ultrapassar 21 semanas

GESTAÇÃO TERMO
Gestação compreendida entre a
37- semana até 41- semanas e 6 dias GESTAÇÃO
NATIMORTO PÓS-TERMO
Gestação com duração > a
Nascimento de feto com peso
42 semanas completas ou
superior a 500 g, sem evidências de
294 dias
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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
DOENÇA OBSTÉTRICA NA GRAVIDEZ ATUAL
Desvio quanto ao crescimento uterino, número de
HISTÓRIA REPRODUTIVA ANTERIOR
fetos e volume de líquido amniótico; trabalho de parto Morte perinatal explicada ou inexplicada;
prematuro e gravidez prolongada; ganho ponderai recém-nascido com restrição de
inadequado; pré-eclâmpsia/eclâmpsia; etc. crescimento, pré-termo ou malformado;
macrossomia fetal, história de aborto;
esterilidade/infertilidade; etc.

CONDIÇÕES SOCIODEMOGRÁFICAS INTCRCORRÊNCIAS CLÍNICAS CRÔNICAS


Idade < 15 e > 35 anos-, ocupação: esforço físico Cardiopatias, pneumopatias, nefropatias,
excessivo, carga horária extensa, rotatividade de endocrinopatias, hemopatias, hipertensão
horário, exposição a agentes físicos, químicos e arterial moderada ou grave, epilepsia, infecção
biológicos, estresse; situação familiar insegura e urinária, portadoras de doenças infecciosas
não-planejamento e/ou aceitação da gravidez, etc. (incluindo infecção pelo HIV, sífilis), etc.
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TRABALHO DA MULHER DIFICULDADES
O trabalho da mulher na agricultura tem um O movimento de mulheres camponesas vem
peso importante na produção geral de alimentos indicando que ainda existem dificuldades de acesso
no país, principalmente no setor informal das mulheres ao programa e reivindicam um
e na produção para autoconsumo familiar. crédito especial para mulheres.

POLÍTICAS DE APOIO
O governo federal destina
recursos de créditos para
apoio à agricultura para as
mulheres, cabendo pensar nos
efeitos deste processo em
médio e longo prazos nas Este panorama é um reflexo das
condições de vida das usuárias desigualdades socioecômicas aos quais estes
segmentos estão submetidos e reitera a
e de suas famílias. prioridade que lhes deve ser conferida no
campo das políticas públicas afirmativas.

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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
PROMOÇÃO DA ALIMENTAÇÃO ESTRATÉGIAS EDUCATIVAS
SAUDÁVEL NAS ESCOLAS Materiais informativos destinados a apoiar a educação
Garantia da qualidade sanitária e permanente de profissionais da atenção básica de saúde,
nutricional da alimentação; inserção além de instrumentos como os Dez passos para alimentação
da nutrição como tema transversal saudável: guio alimentar para criança menores de 2 anos de
no currículo; restrição da oferta, da idade; os Dez passos para o aleitamento materno; etc.
venda e da promoção comercial de
alimentos com alto teor de gordura,
açúcar livre e sal nas escolas, além
do respeito à cultura alimentar.

AÇÕES PRIORITÁRIAS
Divulgação de conhecimentos sobre a questão alimentar e nutricional na
ótica do direito humano à alimentação; o incentivo ao aleitamento materno; o
resgate de hábitos e práticas alimentares regionais bem como o estímulo ao
consumo de alimentos locais de baixo custo e elevado valor nutritivo, etc.
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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
INCENTIVO À PRODUÇÃO E VANTAGENS
CONSUMO DO LEITE Reforço imediato na disponibilidade de alimentos para
Visa incentivar o consumo e a consumo da família e um fornecimento direcionado
produção familiar de leite, para superar problemas nutricionais determinados
combatendo a fome e a por carência de nutrientes específicos.
desnutrição e contribuindo para
o fortalecimento do setor
produtivo familiar, mediante
aquisição e distribuição de leite
com garantia de preço.

DIFICULDADES
Perdas na armazenagem; desvios; roubo; deterioração dos alimentos;
efeitos negativos como a falta de incentivo à produção local ou
competitividade com o comércio local; restrições à liberdade no uso
dos recursos e escolha do alimento para consumo.
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VANTAGENS BOLSA FAMÍLIA
Possibilidade de autonomia decisória dos usuários O programa visa associar a transferência
no uso dos recursos, a possibilidade de compra do benefício financeiro, o acesso aos
local, gerando empregos e renda revertida em direitos sociais básicos: saúde, alimentação,
impostos para o município e a redução dos educação e assistência social.
custos operacionais de implementação e na
produção para autoconsumo familiar.

IMPACTO NO EN E
CRESCIMENTO INFANTIL
É controverso uma vez que
depende de outros fatores além
Programas de transferência de renda
da renda, como a disponibilidade
apresentam médio impacto no estado
e acesso aos serviços de saúde nutricional quando implantados isoladamente.
e a programas de nutrição, No entanto, quando integrados a ações
saneamento e água potável. como o acompanhamento nutricional, seu
efeito é potencializado.

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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
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As necessidades de ferro não se distribuem de maneira
uniforme durante a gestação. Os requerimentos totais
aumentam de 0,8 mg/dia até cerca de 10 mg/dia nas
últimas 6 semanas de gestação.

CAUSAS
Destacam-se o baixo consumo
dietético, as baixas reservas de
ferro pré-concepcionais e a
elevada necessidade do mineral
em razão da formação de tecidos.
No primeiro trimestre, há uma redução na absorção de ferro,
relacionada com a menor necessidade de ferro nesse período.
RISCOS MATERNO-FETAIS DA ANEMIA No segundo trimestre, a absorção está aumentada em cerca de
A anemia está associada a risco aumentado de 50% e no terceiro trimestre pode estar aumentada em até 4
vezes.
baixo peso ao nascer e parto prematuro,
Esse aumento marcante da absorção ainda não é capaz de
especialmente se níveis de Hb são inferiores a atender aos requerimentos aumentados, exigindo a utilização de
8g/dL e se ocorrem na fase inicial da gestação. suplementos de ferro na segunda metade da gestação.

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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
AUSÊNCIA DE ANEMIA
ANEMIA GRAVE
Suplementar com 60 mg/dia de
Referir ao pré-natal
ferro elementar e 5 mg de ácido
de alto risco.
fólico, a partir da 20- semana,
devido à maior intolerância
digestiva no início da gravidez.
Recomenda-se ingestão uma hora
antes das refeições

ANEMIA LEVE A
MODERADA
Prescrever sulfato ferroso em Repetir exame em 60 dias: se Hb estiver
dose de tratamento (120 a 240 subindo, manter tratamento até Hb atingir 11
mg de ferro elementar/dia), de g/dL, passando para a dose de suplementação
3 a 6 drágeas de sulfato (60 mg Fe/dia). Repetir exame na 30ª semana:
ferroso/dia, via oral, 1 hora se Hb permanecer estacionário ou em queda,
antes das principais refeições. referir ao pré-natal de alto risco.

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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
Foi relatada associação entre anemia e alterações estruturais
e funcionais da mucosa intestinal, acarretando maior
permeabilidade intestinal e ocorrência de processos alérgicos.

CAUSAS
A introdução de alimentos sólidos nos
primeiros meses de vida da criança
pode prejudicar a biodisponibilidade
de ferro do leite humano.
No segundo semestre de vida, devido o rápido
crescimento, o requerimento de ferro eleva para 0,7 a
0,9 mg/dia.
CONSEQUÊNCIAS DA ANEMIA NA INFÂNCIA Durante o segundo e o terceiro ano de vida, 80 mg de
Comprometimento do desenvolvimento, da coordenação ferro são requeridos para o aumento de massa corporal,
além das quantidades referentes às perdas obrigatórias,
motora e da linguagem, efeitos comportamentais, como traduzindo em requerimento diário de 0,46 mg/dia.
falta de atenção, fadiga, redução da atividade física e Durante o restante da infância os requerimentos au-
redução da afetividade. mentam progressivamente de 0,5 mg/dia (4 a 6 anos) a
0,71 mg/dia (7 a 10 anos).
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CRIANÇAS A TERMO PROGRAMA NACIONAL DE
O Comitê de Nutrologia da SBP recomenda 1 mg SUPLEMENTAÇÃO DE FERRO
ferro/kg/dia para crianças a termo no momento Recomenda que todas as crianças
em que for iniciada a alimentação complementar, de 6 a 18 meses, inclusive pré-
devendo ser mantida até 2 anos de idade. termo, recebam 25 mg de ferro,
1 vez/semana, até completar 18
ANEMIA meses de idade
Nos casos de anemia ferropriva, o
Comitê de Nutrologia recomenda a
dose de 3 a 5 mg/kg/dia. A OMS
recomenda que, a dose de tratamento
não ultrapasse 60 mg/dia. DIAGNÓSTICO
IDADE ANEMIA ANEMIA GRAVE
6 meses a 4 anos e 11 meses < 11,0 g/dL < 7 g/dL
CRIANÇAS PRÉ-TERMO 5 a 11 anos < 11,5 g/dL < 7 g/dL
O início da suplementação de ferro é feito no 12 a 14 anos < 12,0 g/dL < 7 g/dL
30g dia de vida na quantidade de 2mg/kg/dia >15 anos (sexo feminino, não-grávidas) < 12,0 g/dL < 7 g/dL
no primeiro ano de vida, passando a 1 > 15 anos (sexo masculino) < 13,0 g/dL < 9 g/dL
mg/kg/dia até 2 anos de idade.
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AME RESTRIÇÃO DO ALIMENTOS
Incentivo ao aleitamento materno LEITE DE VACA INIBIDORES
exclusivo até o sexto mês de vida, No primeiro ano de vida nos Restringir alimentos que
evitando a oferta de água e chá. casos em que a criança é possuem substâncias
alimentada ao seio. inibidoras da absorção,
FÓRMULAS LÁCTEAS junto às refeições de sal.
ENRIQUECIDAS
Para lactentes com desmame
precoce e cujas mães tenham VITAMINA C
recursos financeiros para Associação de
adquirir. A prescrição de alimentos-fonte
formulações lácteas caseiras é de vitamina C
indicada para as famílias de junto às
baixo poder aquisitivo; nestes refeições ricas
casos antecipa-se a oferta de
ALIMENTOS FONTE DE FERRO em ferro-heme
frutas e refeição de sal para 2 Utilização de alimentos-fonte de ferro-heme e não-heme.
e 4 meses, respectivamente. (carnes) e ferro nào-heme (feijão, hortaliças
folhosas) em duas refeições diárias a partir do
início da alimentação complementar.
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FUNÇÕES DEFICIÊNCIA POR INFECÇÃO
A vitamina A participa também da reprodução,
Certas infecções parecem favorecer o
do crescimento fetal, da função imune, da
desenvolvimento da deficiência clínica de
regulação da proliferação e diferenciação de
vitamina A, por meio de uma diminuição
muitas células e em muitos outros processos
dos níveis de retinol circulante,
metabólicos igualmente importantes.
principalmente em crianças.

DEFICIÊNCIA POR INGESTÃO INADEQUADA Na deficiência de vitamina A, a integridade


das barreiras epiteliais e o sistema imune são
É potencializada por insuficiente consumo de gordura,
comprometidos antes das alterações da
levando a uma ineficiente absorção ou pela desnutrição função do sistema visual.
energético-protéica, quando a proteína carreadora de
retinol pode estar diminuída e insuficiente, prejudicando
a biodisponibilidade da vitamina A para os tecidos.
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NECESSIDADES HEMODILUIÇÃO
Os recém-nascidos tem O aumento do volume de sangue materno ou hemodiluição é
necessidade nutricional de igualmente indicado pela literatura como outro fator
400mcg de retinol diários contribuinte para a redução do retinol plasmático,
destinados essencialmente particularmente no terceiro trimestre de gestação.
para o crescimento. Ao longo
do terceiro trimestre o feto
cresce rapidamente e
apresenta necessidades
semelhantes às do recém-
nascido a termo.

CARÊNCIA DE VITAMINA A RECÉM-NASCIDOS PRÉ-TERMO


A carência de vitamina A materna altera a Mesmo tendo dimensões inferiores, os recém-
concentração deste nutriente no colostro e leite nascidos pré-termo parecem apresentar baixos ní-
materno, que são considerados fontes concentradas veis de retinol e RBP e vitamina A, o que os torna
de vitamina A de alta biodisponibilidade. mais vulneráveis às infecções, principalmente do
trato respiratório e à displasia broncopulmonar..
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A dieta pós-desmame é caracterizada pela CRESCIMENTO
introdução de alimentos pobres em vitamina O rápido crescimento que sofrem, com
A, o contribui para maior risco de consequente aumento do requerimento
hipovitaminose A em pré-escolares. de vitamina A é uma das razões que
explica a vulnerabilidade desse grupo.

DOENÇAS
Doenças comuns nesse público, como infestações DESNUTRIÇÃO
intestinais por parasitas e infecções intestinais, A desnutrição interfere no
prejudicam a absorção intestinal de vitamina A, além estoque, no transporte e na
de infecções respiratórias, tuberculose e sarampo, utilização de vitamina A.
que aumentam a demanda metabólica de vitamina A.
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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
Para diagnóstico populacional da deficiência de INDICADORES DIETÉTICOS
vitamina A propõe-se a utilização de, pelo menos,
dois indicadores biológicos, ou um indicador biológico Têm sido aplicados em estudos
associado a, no mínimo, quatro fatores de risco. epidemiológicos, mas não são muito
precisos para avaliação individual se
INDICADORES CLÍNICOS utilizados isoladamente.
Sinais e sintomas clínicos
oculares da deficiência de
vitamina A e a xeroftalmia
são considerados indicadores
de maior fidedignidade no
diagnóstico dessa deficiência.
INDICADORES BIOQUÍMICOS INDICADOR FUNCIONAL
A dosagem de retinol sérico é o Na avaliação funcional in vestiga-se a presença de
método bioquímico mais empregado cegueira noturna ou dificuldade de adaptação de visão no
para avaliar o estado nutricional de escuro, através de questionamentos: “Dificuldade para
vitamina A e identificar populações em enxergar durante o dia?” “Dificuldade para enxergar
risco de deficiência de vitamina A. com pouca luz ou à noite?” “Tem cegueira noturna?”.
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A OMS recomenda a administração de suplementos de
vitamina A como uma das estratégias para o combate da
deficiência de vitamina A, junta mente com a fortificação de
alimentos e diversificação alimentar.

OBJETIVO
Tem finalidade de reduzir e
controlar a deficiência de
vitamina A em crianças de 6 a
4 anos e 11 meses de idade e
mulheres no pós-parto
imediato, residentes nas áreas
consideradas de risco para a DOSAGEM OFERTADA
deficiência (Nordeste, Região O referido programa prevê para as mulheres no pós-parto
Norte de Minas Gerais, Vale do imediato a suplementação com dose única de 200.000 UI de
Jequitinhonha, Vale do Murici e vitamina A, ainda na maternidade, e para crianças com idade
Vale do Ribeira, em São Paulo). entre 6 e 4 anos e 11 meses de idade esta deve ser
realizada de acordo com a idade a cada 6 meses.
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HORMÔNIOS TIREOIDIANOS ÁREAS POBRES
Estão aumentadas na gestação devido: aumento Em áreas pobres em iodo, há taxa
dos requerimentos de T4 para manter o aumentada de abortos espontâneos,
metabolismo; maior transferência de T4 e iodo da mortes neonatais e anormalidades
mãe para o feto e aumento da perda urinária. congênitas, todas evitáveis por meio de
um aporte suplementar do elemento
durante a gravidez.

CONSEQUÊNCIAS
Problemas cerebrais e retardamento Embora a carência de iodo seja grave em
mental, podendo ocorrer ainda antes todas as idades, os efeitos da ingestão
do nascimento, como consequência de insuficiente durante a gravidez são
uma deficiência de ingestão materna. trágicos para o desenvolvimento fetal.
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HIPOTIREOIDISMO NEONATAL
Causa bem conhecida de retardo mental, A deficiência de iodo é acompanhada de
devido à inadequada concentração de alterações transitórias da função
tiroxina, que depende de iodo para o tireoideana em recém-nascidos e crianças
desenvolvimento cerebral. pequenas, com aumento do TSH.

CRETINISMO
DEFICIÊNCIA NA INFÂNCIA Crianças com retardo mental, baixa
Se caracteriza pela associação com o bócio, que
estatura, mãos e pés caracteristicamente
aumenta com a idade, alcançando seu máximo
edematosos, surdo-mudez e sinais de
valor na adolescência. A prevalência é maior em
afecção do trato piramidal em áreas com
meninas e em crianças, em idade escolar.
bócio endêmico.
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Os indicadores para avaliar o grau de deficiência PREVALÊNCIA DE BÓCIO
de iodo são três, na seguinte ordem de 0 bócio é considerado como a manifestação
importância e utilidade: excreção urinária de iodo,
prevalência de bócio e TSH neonatal. mais comum. A palpação permite estimar a
consistência da glândula tireoide e descobrir a
presença de nódulos, os quais sugerem que a
deficiência de iodo é de longa duração.

EXCREÇÃO URINÁRIA TSH NEONATAL


O iodo urinário reflete mais concretamente o Os valores séricos de TSH (hormônio
nível de ingestão. Considerando que os estimulante da tireoide) indicam se os
requerimentos normais mínimos de iodo são níveis dos hormônios da tireoide são
de 100 mcg diários, os valores de iodúria adequados. O TSH é o indicador mais
menores de 100 mcg/L denotam deficiência. sensível de hipotireoidismo primário.
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LEITE HUMANO ALIMENTOS FONTE
A concentração de iodo é proporcional à Quantidades significativas de iodo são encon-
ingestão dietética e normalmente maior tradas nos frutos do mar, 10 a 100 vezes mais
que o nível sérico materno. Pode variar, em que em peixes de água doce; nos vegetais que
média, de 143 a 270 mcg/L se o consumo da crescem em solo rico em iodo, como os folhosos,
mãe for baixo ou elevado, respectivamente. especialmente o espinafre e o agrião.

COCÇÃO
Reduz o teor de iodo nos
alimentos. Em média, grelhar ou
fritar reduz aproximadamente
IDADE RDA (mcg/dia)
20% e a fervura cerca de 58%.
0–6m 110
7 – 12 m 130
IODAÇÃO DO SAL 12 m – 8 a 90
A ANVISA, em resolução de 2003, 9 – 13 anos 120
reduziu os níveis de concentração de >14 a 150
iodo no sal para consumo humano de Gestação 220

20 a 60 mg de iodo/kg de sal. Lactação 290

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A placenta produz grande quantidade FUNÇÕES
de estrogênio e progesterona, que são Metabólica, endócrina, de trocas e proteção
responsáveis pelos ajustes fisiológicos do concepto. No início da gestação, garante a
nas fases iniciais da gestação. nutrição do concepto, pois, a placenta sintetiza
glicogênio, colesterol, ácidos graxos e,
provavelmente, funciona como reservatório de
DESENVOLVIMENTO nutrientes e de energia para o embrião.
Após a fecundação do óvulo, ele
chega à cavidade uterina e se fixa
no endométrio. Em resposta à
implantação do ovo, iniciam-se os
ajustes fisiológicos que vão
permitir a evolução da gestação. TRANSFERÊNCIA DE NUTRIENTES
Entre eles tem-se modificações A placenta representa para o feto
no endométrio, que passa a ser a única via pelo qual os nutrientes,
de nominado decídua ou caduca, o oxigênio e resíduos metabólicos podem
qual dá origem à placenta. ser intercambiados, indispensáveis
para seu desenvolvimento.
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São responsáveis pelas modificações
corporais nas gestantes e que vão permitir
HORMÔNIO DO CRESCIMENTO (HCT)
o desenvolvimento e o amadurecimento Eleva a glicemia; estimula o crescimento dos
fetal, o parto e a lactação. ossos longos; promove a retenção de nitrogênio.

PROGESTERONA TIREOXINA
Indispensável para o êxito da Regula a velocidade da oxidação
implantação e da placentação. celular (taxa metabólica basal).
Reduz a motilidade do trato
gastrintestinal; favorece a
deposição materna de
gordura; etc.

ESTROGÊNIO HCG
Reduz as proteínas séricas; aumenta Permite o diagnóstico hormonal
propriedades hidroscópicas dos tecidos; afeta a da gravidez. Impede a rejeição
função da tireoide; interfere no metabolismo do imunológica do embrião; estimula
ácido fólico, causa hiperpigmentação cutânea, a produção de relaxina e
modificações no metabolismo glicídico; etc. progesterona pelo ovário.
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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
TMB METABOLISMO DE LIPÍDEOS
Ocorre um aumento para suprir as necessidades Há maior mobilização da gordura para
fetais, para cobrir o consumo energético, na produção de energia para o metabolismo
ordem de 15 a 20%, a partir do 3º mês, materno, elevando os níveis de ácidos
refletindo o custo energético da gestação e graxos, triglicerídios, colesterol,
devido ao aumento das funções renal e cardíaca. lipoproteínas, apolipoproteínas, lipídios
totais e fosfolipídios

METABOLISMO DE CHO
Para atender às exigências fetais de
METABOLISMO PROTEICO
glicose e aminoácidos, ocorre menor
A hemodiluição provoca sua redução
utilização periférica de glicose, associada
plasmática, principalmente albumina,
com ineficácia da insulina devido à redução
facilitando o desenvolvimento de edema.
na sensibilidade tecidual materna à insulina.
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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
As modificações ocorrem já no lº trimestre. O VOLUME SANGUÍNEO
rendimento cardíaco (vol/min) sobe cerca de 30 a
40% por volta da 10 a 12 semana, em Aumenta a partir da 6ª semana, atingindo
decorrência do aumento do volume sistólico. o pico (45 a 50% acima dos valores não-
gravídicos) no início do 3º trimestre.
FLUXO SANGUÍNEO
O fluxo renal aumenta
cerca de 50% no 19
trimestre e diminui no último
mês. O fluxo sanguíneo
cerebral e o hepático se
mantêm inalterados.
PRESSÃO SANGUÍNEA EQUILÍBRIO HIDROELETROLÍTICO
Queda ligeira na pressão sistólica, na ordem Visando à conservação do sódio, quando
de 3-4 mmHg e queda significativa na há o efeito natriurético da progesterona
pressão diastólica, na ordem de 10 a 15 e o aumento da filtração glomerular em
mmHg no 2º trimestre, retornando aos torno de 5096 na gestação, o sistema
níveis pré-gravídicos no 3º trimestre. renina-angiotensina-aldosterona é ativado.
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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
TAXA DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR VENTILAÇÃO PULMONAR
Aumenta desde o 29 mês e do fluxo renal, Ocorre aumento em face do aumento dos níveis
para facilitar a depuração de creatina, de progesterona, causando a redução da pCO2,
uréia e de outros resíduos metabólicos. tornando mais fácil a eliminação fetal através da
placenta e aumento da pO2 no sangue materno,
FLUXO URINÁRIO com melhor suprimento ao feto.
É mais retardado devido à
obstrução mecânica dos
ureteres pela dilatação
das veias ovarianas,
aumentando a predisposição
às infecções urinárias.
ALTERAÇÕES ANATÔMICAS DO SISTEMA RESPIRATÓRIO
Ocorrem alterações anatômicas que melhoram o intercâmbio
gasoso nos pulmões: maior movimentação do diafragma e do
tórax, aumentando o volume corrente; a expiração é mais
completa e maior quantidade de ar é expirada.
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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
No 1º e 2º trimestres ocorre redução na secreção PTIALISMO
gástrica de ácidos, explicando a incidência reduzida Ptialismo ou sialorreia (produção
de úlceras e melhora dos sintomas preexistentes. excessiva de saliva). Causas
possíveis: estímulo dos ramos do
HIPOTONIA DO nervo trigêmeo; hipertonia vagai;
INTESTINO DELGADO fatores psíquicos; ingestão de amido.
Ocasiona maior tempo de
contato entre nutrientes e
mucosa absortiva, levando
ao aumento da absorção
de nutrientes e água.
HIPOTONIA DO TGI
SINTOMAS COMUNS Devido à ação da progesterona que,
Náuseas, enjoo e vômitos matinais (que podem
associada à com pressão das estruturas
estar relacionados com níveis sanguíneos
abdominais pelo útero gravídico, retarda o
crescentes de estrogênio) e que podem
trânsito intestinal e, como consequência
acarretar anorexia. São responsáveis pela
desse efeito, tem-se maior incidência de
perda de peso em gestantes no lº trimestre.
constipação intestinal e de hemorroidas.
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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
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40
Avaliação detalhada do AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES PARA
prontuário identificando:
O ALEITAMENTO MATERNO
Idade gestacional., idade materna, atividade Intenção de amamentar, experiências anteriores com
profissional, pareceres da equipe de saúde;
a amamentação; tabus associados à amamentação.
Fatores de risco: idade materna < 15 anos e
> 35 anos, ocupação (esforço físico, carga
horária, estresse, exposição a agentes físicos,
químicos e biológicos, etc;

História reprodutiva anterior desfavorável: mor


te perinatal explicada/inexplicada; recém-nasci
do com crescimento intrauterino restrito, pré-
termo ou malformado, etc.

INTERCORRÊNCIAS CLÍNICAS E
DOENÇA OBSTÉTRICA ATUAL ENFERMIDADES CRÔNICAS
Desvio de crescimento intrauterino, Cardiopatias, pneumopatias, nefropatias,
número de fetos, volume de líquido endocrinopatias, hemopatias, hipertensão ar
amniótico, ganho ponderai inadequado, terial, epilepsia, doenças infecciosas, infecção
trabalho de parto prematuro, etc. pelo HIV, doenças autoimunes e ginecopatias).
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IDADE GESTACIONAL
Para o cálculo, o arredondamento da PESO PRÉ-GESTACIONAL CONHECIDO
semana gestacional pode ser feito da Para gestantes adultas, deve-se calcular o
seguinte forma: 1,2,3 dias - considerar o IMC pré-gestacional, e consultar os pontos
número de semanas completas; 4,5,6 dias. de corte no quadro:
GANHO DE PESO
Avaliar cuidadosamente ganho de
peso > 0,5 kg/semana ou > 3
kg/mês, que, especialmente
após a 20ê semana, é sugestivo
de edema e SHG.
GANHO DE PESO MÍNIMO IMC < 14 > 14 Total na Ganho de
Nas situações nas quais a gestante já tenha semanas semanas gestação peso mínimo
(mês)
atingido o ganho de peso total recomendado, Baixo Peso (BP) (< 18,5) 2,3kg 0,5kg 12,5- 18,0kg -

mas ainda se encontra no 22 trimestre, Adequado (A) (18,5-24,99) 1,6kg 0,4kg 11,5- 16,0kg 1,0kg
Sobrepeso (S) (25,0 - 29,99) 0,9kg 0,3kg 7,0- 11,5kg -
programar o ganho de peso mínimo (quantidade Obesidade (O) (> 30,0) - 0,3kg 7,0kg 0,5kg
de peso mínima saudável que uma gestante *RECOMENDAÇÃO DE GANHO DE PESO POR IDADE
deve ganhar até 40 semanas). GESTACIONAL SEGUNDO O ESTADO NUTRICIONAL
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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA PESO PRÉ-GESTACIONAL DESCONHECIDO
Nas consultas subsequentes, pode ser Na primeira consulta, calcular o IMC gestacional e realizar
realizada com base no ganho de peso o diagnóstico nutricional utilizando o gráfico abaixo:
recomendado (kg) na gestação, segundo o
estado nutricional inicial ou acompanhando
a evolução do curva de IMS segundo a IG.
Traçado ascendente: estado
nutricional adequado.
Traçado horizontal ou descendente:
estado nutricional inadequado
(gestante de risco).

CURVA DE ALATAH
Uma inclinação inadequada do traçado
da curva deve ser avaliada
cuidadosamente. Uma inclinação
inadequada pode representar grande
variação no ganho de peso materno.
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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
O peso pré-gestacional ou o ganho de AVALIAÇÃO FUNCIONAL DA DVA
peso gestacional adequados não Pode-se adotar a entrevista padronizada
assegura proteção contra anemia ou
de deficiência de vitamina A (DVA).
para a investigação da cegueira noturna
gestacional. Tal entrevista é valida da,
CARÊNCIA NUTRICIONAL segundo o indicador bioquímico.
Investigar a presença de sinais
sugestivos de carências específicas Dificuldade para enxergar
de micronutrientes, as quais podem durante o dia?
ocorrer independentemente cio Dificuldade para enxergar com
estado antropométrico da gestante. pouca luz ou à noite?
Tem cegueira noturna?
SINAIS E SINTOMAS DIGESTIVOS
Dependendo da gravidade do quadro,
podem interferir na ingestão dos alimentos CONFIRMAÇÃO DE DVA
e, consequentemente, no ganho de peso Proceder a avaliação dietética com ênfase na
gestacional. Além disso, avaliar o funcionamento investigação do consumo de alimentos-fonte
intestinal, presença de enfermidades crônicas de vitamina A. Se necessário, solicitar a
e/ou intercorrênicas gestacionais associadas. dosagem de retinol sérico materno.
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OBJETIVO Curva de crescimento com traçado
Identificar o crescimento normal evoluindo entre as curvas superior e
do feto e detectar seus desvios; inferior: crescimento normal.
diagnosticar as causas do desvio
de crescimento fetal encontrado
e orientar oportunamente para as
condutas adequadas a cada caso.

INSTRUMENTO
Gráfico com o indicador da altura
uterina em relação à idade gestacional
em semanas, onde os pontos de corte
para normalidade são percentil 10 e 90.
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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
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46
VALOR ENERGÉTICO TOTAL GASTO ENERGÉTICO ADICIONAL
Gasto energético (GE) + adicional Calcular o VET da gestante, somando-se o
energético de gestação. Gasto Energético (GE) com o adicional
requerido para o ganho de peso gestacional.
GE = TMB x NAF
onde: TMB -Taxa Metabólica Basal VET = GE + adicional energético gestacional
NAF - Nível de Atividade Física

TMB SEGUNDO A IDADE


18 a 30 anos: TMB (kcal/dia) =
14,818P (kg) + 486,6
30 a 60 anos: TMB (kcal/dia) =
8,126P (kg) + 845,6
*P corresponde ao peso em kg, sendo
sugerida a adoção do peso ideal; ADICIONAL ENERGÉTICO
*Se a gestante apresenta IMC pré-gestacional 1º Trimestre (IG < 14 semanas): 85 kcal/dia.
normal, pode-se usar o peso aceitável ou o
calculado a partir da mediana de IMC (21 2º Trimestre (IG > 14 a < 28 semanas): 285 kcal/dia.
kg/m2) ou, ainda, o peso pré-gestacional. 3º Trimestre (IG > 28 semanas): 475 kcal/dia.
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PROTEÍNAS GESTAÇÃO GEMELAR
Pode-se adotar a relação Dois fetos exige um adicional proteico de 50 g/dia a partir
de1g/kg/dia calculado sobre da 20º semana gestacional e um adicional energético de
o peso pré-gestacional ou 1.000 kcal/dia, além das recomendações previstas para
ideal e acrescentar o as mulheres de gestação de feto único.
adicional recomendado para
cada período gestacional,
sendo 1 g, 9 g e 31 g/dia
para o primeiro, segundo e
terceiro trimestres,
respectivamente. Ou, utilizar
71g/dia, baseado nas
recomendações da IOM. OUTROS MACRONUTRIENTES
Carboidratos: 55 a 75% do VET
Açúcar de adição: 10% do VET
Proteínas: 10 a 15% do VET
Lipídios: 15 a 30% do VET
Fibras: 25 g/dia e Água: 3 L/dia.
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VITAMINA A FOLATO
Tem papel de destaque na visão, Atua como coenzima em reações de metilação
reprodução, no desenvolvimento envolvidas na síntese de purinas e pirimidinas,
fetal, na função imune, na regulação síntese de ácidos nucleicos DNA e RNA, sendo
da proliferação e diferenciação celular, vital para a divisão celular e síntese proteica.
na manutenção do tecido esquelético, 14 a 50 anos – 600mcg/dia
formação de esperma, etc.
14 a 18 anos – 750mcg/dia
19 a 30 anos – 770 mcg/dia
31 a 50 anos – 770 mcg/dia

VITAMINA C
Atua, também, na redução do ferro VITAMINA D
férrico a ferroso no trato gastrintestinal, Essencial para o equilíbrio, do çálçip.e.do .fósforo,
facilitando sua absorção, contribuindo para atravessando a barreira placentária, atingindo
a prevenção e tratamento da anemia. as mesmas concentrações, tanto no sangue
< 18 anos – 80mg/dia fetal quanto no sangue periférico materno.
19 a 50 anos – 85mg/dia
<18 a 50 anos – 5mcg/dia
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VITAMINA E RIBOFLAVINA
A deficiência de vitamina E pode causar Devido ao seu envolvimento no
anemia hemolítica em prematuros, anormalidades metabolismo energético, a riboflavina é
neuromusculares e falhas na reprodução. importante e necessária durante a gesta-
ção em quantidades proporcionais ao
< 18 anos – 15 a-tocoferol - mg/dia
19 a 50 anos – 15 a-tocoferol - mg/dia aumento dos requerimentos energéticos.

14 a 50 anos – 1,4mg/dia

VITAMINA B6
Exerce um papel
TIAMINA fundamental no
A deficiência de tiamina pode prejudicar o desenvolvimento do
desenvolvimento cerebral. Devido às suas sistema nervoso central.
funções essenciais no sistema nervoso é
conhecida como vitamina antineurítica. 14 a 50 anos – 1,6mg/dia
14 a 50 anos – 1,4mg/dia

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CÁLCIO FÓSFORO
Sua deficiência pode afetar o resultado A ocorrência de cãibras durante a
gestacional, com prejuízo no crescimento gestação tem sido relacionada com um
e desenvolvimento fetal, alteração na declínio do Ca sérico de corrente do
permeabilidade da membrana e excitabilidade. desequilíbrio da relação Ca/P.
< 18 anos – .250
14 a 18 anos – 1300mg/dia
19 a 50 anos – 700
19 a 50 anos – 199mg/dia

FERRO IODO
Durante a gestação, as mulheres necessitam de Fe A deficiência fetal de I é o resultado da
para repor suas perdas basais, para a expansão da deficiência materna, associando-se a maior
massa eritrocitária, além de suprir as necessidades incidência de natimortos, abortos
para o crescimento do feto e da placenta espontâneos e anormalidades congênitas.
14 a 50 anos – 27 mg/dia
14 a 50 anos – 220mg/dia
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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
ZINCO MAGNÉSIO
O Zn é um importante nutriente em Em estudos experimentais a deficiência e
gestantes devido ao seu papel fundamental o excesso deste mineral tem sido
no crescimento e desenvolvimento normais associado à malformação fetal.
e na integridade celular. < 18 anos – 400mg/dia
19 a 30 anos – 350mg/dia
14 a 18 anos – 12mg/dia 31 a 50 anos – 360mg/dia
19 a 50 anos – 11 mg/dia

COBRE SELÊNIO
Descobriu-se que a gravidez melhora a Componente da enzima glutationa peroxidase e,
retenção de Cu em aproximadamente 4%, o juntamente com a vitamina E, catalase e superóxido
que seria suficiente para o acúmulo de Cu dismutase, compõe um dos mais eficazes sistemas
necessário para o feto e seus anexos. naturais antioxidantes do organismo
14 a 50 anos – 1000 mcg/dia
<18 a 50 anos – 60mcg/dia
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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
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IDADE MATERNA CONDIÇÕES SOCIOECONÔMICAS
A gestação entre Entre as características socioeconômicas mais associadas ao BPN
adolescentes tem sido entre gestantes, incluindo as adolescentes, destacam-se: raça
associada ao resultado (mulheres não-brancas), estado civil (solteiras), baixo nível
neonatal desfavorável, socioeconômico e baixa escolaridade.
principalmente BPN e
mortalidade neonatal. Os
recém-nascidos de mães
adolescentes têm o dobro
de probabilidade de BPN.

ESTADO NUTRICIONAL CONSUMO ALIMENTAR


O peso pré-gestacional e a estatura Adolescentes que engravidam podem apresentar risco
materna influenciam o peso ao nascer, nutricional devido a seus hábitos alimentares insatisfatórios
sendo essa relação observada entre ou por ingestão alimentar inadequada. O desenvolvimento de
gestantes adolescentes e adultas. hábitos nutricionais saudáveis no período gestacional poderá
melhorar os resultados obstétricos
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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
IDADE GESTACIONAL PESO PRÉ-GESTACIONAL CONHECIDO
Calcular a idade gestacional com os Calcular o IMC pré-gestacional, consultar os pontos
mesmos procedimentos descritos de corte específicos segundo a idade materna (em
para a gestante adulta. anos e meses), de acordo com as curvas da OMS e
MENARCA classificá-lo segundo o quadro abaixo:
Para as adolescentes que
engravidaram 2 anos após a
menarca (em geral maiores de 15
anos de idade), a interpretação
pode ser equivalente à das adultas.

ESTATURA
Para as adolescentes que engravidaram Percentil Escore-z Diagnóstico Nutricional
menos de 2 anos após a menarca, é <3 <-2 Baixo peso (BP)
provável que a maioria destas sejam > 3 e < 85 >-2e<+1 Adequado ou Eutrófico (A)
classificadas como de BP. Estas devem ter a > 85 e < 97 >+1e<+2 Sobrepeso (S)
estatura mensurada em todas as consultas. > 97 >+2 Obesidade (O)

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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
QUALIDADE DAS REFEIÇÕES PRÁTICAS ALIMENTARES
Essa avaliação deve ser detalhada, Investigar modificações alimentares (inclusão/exclusão);
com atenção para o número de hábitos alimentares não saudáveis, alergia e/ou intolerância
refeições, especial atenção à omissão alimentar e interpretações sociais, culturais e, simbólicas.
de refeições e grupos de alimentos.

MÉTODOS
Os métodos de avaliação de
consumo mais utilizados são
o recordatório de 24 h e a
frequência de consumo.

PICAMALÁCIA
Uma desordem no apetite, que se INGESTÃO DE ALIMENTOS NÃO RECOMENDADOS
manifesta pela ingestão compulsiva e Avaliar cuidadosamente o uso de alimentos diet, light ou uso
persistente de substâncias geralmente de dietas da moda, uso excessivo de refrigerantes, bebidas
não-alimentares, de condimentos raros alcoólicas, infusões em geral (café, chá e mate), alimentos
ou combinações alimentares atípicas. ricos em lipídios, pastelarias, chocolates e doces.
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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
Esclarecer à adolescente os benefícios
Inclusão de boas fontes de vitamina C em
da alimentação equilibrada para atender
refeições contendo quantidades mais
às necessidades materno fetais e
expressivas de ferro de origem vegetal
contribuir para a lactação.
(almoço e jantar).
Desencorajar o consumo de “calorias vazias”
Inclusão da gestante
como doces, refrigerantes e bebidas alcoólicas.
adolescente em grupos
para assistência
multiprofissional.

Estimular o aleitamento
Desencorajar o consumo regular de materno. Dar orientação
fastfoods e lanches rápidos, sobre técnicas de
principalmente em substituição às aleitamento e vantagens do
Dar ênfase à seleção de
grandes refeições. leite materno para o recém-
alimentos ricos em
nascido e lactente.
micronutrientes.
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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
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DEFINIÇÃO
Hipertensão de qualquer etiologia (nível da pressão arterial
maior ou igual a 140/90 mmHg) presente antes da
gravidez ou diagnosticada até a 20ª semana da gestação.

RISCOS
Gestantes hipertensas crônicas
têm maior risco de desenvolver
pré-eclâmpsia ou eclampsia.
Mulheres com estágio 1 de
hipertensão arterial tem baixo
risco de complicações Classificação PAS (mmHg) PAD(mmHg)
cardiovasculares durante a
Normal < 120 < 80
gestação e são candidatas a
modificação do estilo de vida Pré-Hipertensão 120-139 80 - 89
como estratégia terapêutica Estágio I 140 - 159 90 - 99
Estágio II > 160 > 100
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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
PRÉ-ECLÂMPSIA FATORES DE RISCO DA PRÉ-ECLÂMPSIA
Geralmente ocorre após a 20ª Mulheres com hipertensão arterial pregressa, por mais de 4 anos,
semana de gestação, têm aumento do risco de desenvolver PE em cerca de 25%. Outro
classicamente pelo fator de risco é história familiar de PE e de doença renal.
desenvolvimento gradual de
hipertensão (> 140/90 mmHg)
e proteinúria (300 mg/24 h).
Pode evoluir para Eclâmpsia.

ECLÂMPSIA
Caracteriza-se pela presença de
convulsões tônico-clônicas
generalizadas em mulheres com
qualquer quadro hipertensivo, não
causadas por epilepsia ou qualquer
outra doença convulsiva. Pode FATOR DE RISCO DA ECLÂMPSIA
ocorrer na gravidez, no parto Em gestante com quadro convulsivo, o primeiro
e no puerpério imediato. diagnóstico a ser considerado deve ser a Eclâmpsia.
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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
DEFINIÇÃO SINAIS DE EXTREMA GRAVIDADE
Quadro clínico que surge Insuficiência cardíaca congestiva, hepatomegalia dolorosa,
como agravamento da PE, icterícia, cianose, diurese inferior a 500 mL/24h.
caracterizado por hemólise,
elevação das enzimas
hepáticas (ALT ou TGP, AST
ou TGO) e plaquetopenia
(contagem de plaquetas
< 100.000 mm3).

PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES
Descolamento prematuro de O valor mais alto da pressão sistólica ou da diastólica
placenta, insuficiência renal, estabelece o estágio do quadro hipertensivo. Quando
coagulopatia grave, choque e as pressões sistólica e diastólica situam-se em
alterações neurológicas. categorias diferentes, a maior deve ser utilizada
para classificação de estágio.

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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
HIPERTENSÃO HIPERTENSÃO CRÔNICA COM PE ASSOCIADA
GESTACIONAL Surgimento de PE em mulheres com hipertensão crônica ou
Desenvolvimento de hipertensão doença renal. Nessas gestantes, essa condição agrava-se e a
sem proteinúria que ocorre proteinúria surge ou piora após a 20ª semana de gravidez.
após 20 semanas de gestação.
O diagnóstico é temporário e
pode representar hipertensão
crônica recorrente nessa fase
da gravidez. Pode evoluir para
PE e, se grave, levar a altos
índices de prematuridade e
restrição do crescimento fetal.
HIPERTENSÃO TRANSITÓRIA
De diagnóstico retrospectivo, a pressão
arterial volta ao normal cerca de 12
semanas após o parto. Pode ocorrer nas
gestações subsequentes e prediz
hipertensão arterial primária futura.
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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
PE, HIPERTENSÃO GESTACIONAL PE, HIPERTENSÃO GESTACIONAL
OU CRÔNICA - ESTÁGIO 1 OU CRÔNICA - ESTÁGIO 2
Dieta normossódica (até 6 g/dia); Dieta normossódica, hiperproteica, adequada em
evitando os alimentos ricos em sódio, vitaminas e minerais, duas a 3 porções de
hiperproteica, adequada em vitaminas. peixe/semana. Pode ser adotada a dieta hipossódica,
Preferir frutas, verduras e legumes, com no máximo 2 a 3 g/dia de NaCl de adição.
cereais integrais, leguminosas, leite e
derivados desnatados, quantidade
reduzida de gorduras saturadas,
trans e colesterol.

ECLÂMPSIA SÍNDROME DE HELLP


Dependendo do grau de Em linhas gerais, pode-se
consciência, pode-se recomendar adotar a conduta similar à
sonda nasogástrica ou nasojejunal. indicada na PE estágio 2
Seguir a conduta da PE estágio 2.

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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
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HORMÔNIO LACTOGÊNIO CORTISOL
PLACENTÁRIO (HPL) A concentração plasmática é aumentada na gestação. Estimula
Importante para o crescimento gliconeogênese a partir da proteó-lise tecidual. Antagonista da
fetal e placentário, apresenta ação da insulina no músculo e no tecido adiposo.
semelhança biológica e imunológica
com o hormônio do crescimento.
Ajuda na transferência de
aminoácidos e glicose para o feto.
Ação anabólica, glicogênica,
lipolítico-materno e promove a
glicogenólise hepática materna

ESTROGÊNIO E PROGESTERONA INSULINA


Afetam o metabolismo glicídico materno. A secreção materna é aumentada no
O estrogênio age como antagônico da período pós-prandial e diminuída no
insulina. A progesterona diminui a jejum. Sofre ação dos hormônios da
eficácia da insulina nos tecidos gestação, diminuindo sua eficácia
periféricos inibindo sua secreção.
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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
0 rastreamento do DG, segundo o Ministério da TESTES LABORATORIAIS
Saúde, deve ser universal, ou seja, deve ocorrer Glicemia de jejum (níveis de glicose
entre todas as gestantes na primeira consulta da
assistência pré-natal. sanguínea após jejum de 8 a 12 h). Teste
oral de tolerância à glicose, glicemia
casual (realizada a qualquer hora do dia,
independente do horário das refeições).

EXAMES COMPLEMENTARES Classificação Glicemia de Glicemia 2h após


Glicemia de jejum e hemoglobina glicada; jejum (mg/dl) TTG-75g (mg/dl)
colesterol total e HDL-C e triglicerídios; Normal < 110 < 140
creatinina sérica e clearence de creatinina; Regulação 110 - 125 140 - 199
glicêmica alterada
TSH; sumário de urina e urocultura; roteinúria
Diabetes melito > 126 > 200
de 24 h ou microalbuminúria; fundoscopia;
ECG; ultrassonografia obstétrica.
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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
OBJETIVOS INSULINOTERAPIA
Indicada para as diabéticas que já faziam uso e
Manter a normoglicemia,
iniciada em diabéticas tipo 2 que faziam uso prévio
favorecendo o nascimento de
de hipoglicemiantes, ou nos casos de DG nos quais
concepto a termo, vivo, com
não se obtêm o controle glicêmico, após 2 semanas
peso adequado, com menor risco
de dieta e para os casos de macrossomia fetal.
de distúrbios respiratórios e
malformações congênitas.

AVALIAÇÃO NUTRICIONAL RECOMENDAÇÕES


É primeiro passo da terapia nutricional, devendo Manter o adequado controle metabólico
incluir: avaliação antropométrica, dietética, clínica, por meio da terapia nutricional, aumento
funcional, sociodemográfica e obstétrica, bioquímica da atividade física, suspensão do fumo,
e dos exames laboratoriais. a insulinoterapia para alguns casos.
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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
As gestantes devem ser orientadas quando à CARBOIDRATOS
importância do fracionamento correto das refeições, Recomenda-se 45 – 65%
para a prevenção de episódios de hiper/hipoglicemia. do VET. Mínimo de 175 g de
carboidratos. Fibras solúveis e
PROTEÍNAS insolúveis devem ser de 20 a
Recomenda-se 15 – 20% do VET 35g/dia, ou 14 g/1.000 kcal.
e adicional diário para o período
gestacional de 10 g ou ingestão
total recomendada de 71 g/dia.

LIPÍDEOS
Recomenda-se 20 – 35%
GESTANTES OBESAS
É sugerida uma restrição energéti-
do VET, com < 7% de gordura
ca na ordem de 30% (cerca de 25
saturada, colesterol < 200mg/dia.
kcal/kg/peso atual/dia), que pode
Desestimular a ingestão de ácidos
contribuir para a redução da
graxos trans e estimular o consumo
hiperglicemia e dos níveis de
de 2-3 porções de peixe por semana.
triglicerídios plasmáticos.
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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
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MATERNOS
Estado clínico e imunológico VIRAIS
comprometido, presença de Carga virai elevada, genótipo e
outras DST e outras coinfecções, fenótipo viral (diversidade
estado nutricional deficiente. circulante e resistência viral).

COMPORTAMENTAIS
Reinfecção por reexposiçào
sexual ou compartilhamento
de seringas.

OBSTÉTRICOS
Trabalho de parto prolongado e tempo de INERENTES
ruptura das membranas amnióticas (bolsa rota AO RECÉM-NASCIDO
por mais de 4 h aumenta a taxa de transmissão Prematuridade, baixo peso ao
vertical progressivamente: cerca de 2% a cada nascer e tempo de exposição
hora, até 24 h), via de parto, presença de ao aleitamento materno.
hemorragia intraparto e parto instrumentalizado
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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
DIAGNÓSTICO PREVENÇÃO NO PARTO
É recomendada a realização Quando a carga viral for > 1.000 cópias/mL ou
de teste anti-HlV, com desconhecida e idade gestacional > 34 semanas, a
aconselhamento pré e pós via de parto indicada é a cirurgia cesariana eletiva.
testes e com consentimento, O AZT deverá ser administrado por via intrave-
para todas as gestantes na nosa durante o trabalho de parto e parto.
primeira onsulta e, sempre
que possível, a repetição da
sorologia no início do 3º
trimestre.

TRATAMENTO ANTIRETROVIRAL
A transmissão vertical do HIV é muito baixa RELACIONADA AO RECÉM-NASCIDO
quando se utilizam esquemas antirretrovirais 0 AZT deverá ser administrado, em solução oral
potentes que reduzem a carga virai materna. (10 mg/mL, 2 mg/kg), a cada 6 h, iniciando nas
A profilaxia com antirretrovirais deverá ser primeiras 2 h após o nascimento, até a 6ª
iniciada a partir da 14ª semana de gestação semana de vida do bebê (42 dias).
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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
GESTANTES ASSINTOMÁTICAS Recomenda-se um aumento de 10% nos
Deve ser dado ênfase à necessidade de se requerimentos de energia, devido ao
manter saudável, melhorando os hábitos aumento na TMB a fim de manter peso
corporal e atividade física.
alimentares e a qualidade nutricional da dieta,
favorecendo um ganho de peso adequando.

PRESENÇA DE INFECÇÕES
O principal objetivo é minimizar as
consequências nutricionais das infecções,
assegurando um consumo dietético
adequado na fase aguda e na fase de
recuperação, mantendo atividade física.
Gestante não-infectada ou fase Energia adicional devido HIV
DOENÇA AVANÇADA da infecção por HIV (kcal)
O principal objetivo é dar conforto Gestante não-infectada -
e cuidado paliativo, com modificação Gestante HIV + assintomática 190 (10%)
da dieta de acordo com sintomas e Gestante HIV + sintomática inicial 380 (20%)
incentivando a mulher a alimentar-se. Gestante HIV + sintomática 570 (30%)
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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
FERRO CÁLCIO
Deve-se estimular ingestão de alimentos Para atender a suplementação de
ricos em ferro-heme, ferro não-heme e cálcio, recomenda-se o consumo diário
vitamina C. Deve-se realizar suplementação de 3 porções de leite ou derivados.
com 60 mg de ferro (300 mg sul fato
ferroso) após a 20ª semana de gestação.
MINERAIS
Deve-se considerar
reposição de sódio, potássio
e cloro na presença de
diarreia e vômitos.

VITAMINA A
Não deve exceder a ingestão dietética OUTRAS VITAMINAS
recomendada. Alguns estudos mostraram Aumentar o consumo de vitamina E,
que a suplementação de vitamina A não ácido ascórbico, vitamina B12 e
só não reduziu a transmissão vertical, vitamina B6 a fim de melhorar o
como chegou a aumentá-la. sistema imunológico.
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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
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ENERGIA PARA IMC (Kg/𝒎𝟐) META PERDA DE PESO RECOMENDADA

<18,5 Alcance de um IMC saudável -


PRODUÇÃO LÁCTEA
18,5 – 24,9 Manutenção do peso dentro da faixa de eutrofia -
Primeiro semestre de
25 – 29,9 Perda de peso ate atingir IMC dentro da eutrofia 0,5 a 1Kg/mes
lactação: 675 kcal/dia. >30 Perda de peso ate atingir IMC dentro da eutrofia 0,5 a 2Kg/mes
Segundo semestre de
lactação: 460 kcal/dia. Perda considerada rápida e indesejada:
>2kg/mês (para nutrizes com peso pré-gestacional normal)
>3kg/mês (para nutrizes com Sobrepeso ou Obesidade pré-gestacional)

NECESSIDADES
ENERGÉTICAS
VET = GE (TMB x NAF) +
adicional energético para
lactação (675 ou 460Kcal) –
ENERGIA PARA PERDA DE PESO
energia para perda de peso
Redução de 6.500 Kcal/Kg = perda de
(109 ou 217 ou 434Kcal).
0,5Kg/mês = 109 Kcal/dia
perda de 1Kg/mês = 217 Kcal/dia PARA ADOLESCENTES
VET = {(TMB x NAF) x 1,01} +
ACRESCENTAR FATOR DE
perda de 2 Kg/mês = 434 Kcal/dia adicional energético para lactação
CRESCIMENTO (1,01).
– energia para perda de peso.
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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
CONSUMO SEGURO DE
PROTEÍNA NA LACTAÇÃO Período da lactação Consumo adicional de
O consumo seguro de proteína (definido como proteína
o nível de consumo suficiente para 97,5% da 1º semestre 19,0g/dia
população) que deverá ser adicionado durante 2º semestre 12,5g/dia
a lactação é apresentado no quadro ao lado:

Em indivíduos adultos, o requerimento de proteína foi


calculado em 0,66 g/kg/dia de peso e o consumo
seguro em 0,83 g/kg/dia. Aplicando-se a correção
para a digestibilidade de dietas mistas brasileiras (78%),
se obtém um consumo seguro corrigido de 1,1 g/kg/dia.
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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
VITAMINA A VITAMINA C
Nutrizes devem aumentar o consumo de O leite humano contém 5 a 6 mg/dL de
vitamina A para còmpensar as perdas pelo vitamina C, valores que podem estar mais
aleitamento materno. A ingestão de 1.300mcgRE elevados com o aumento da ingestão materna.
de vitamina A garante um teor desta vitamina < 18 anos – 115mg/dia
de 60 a 70 mcgRE/dL de leite humano. 19 a 50 anos – 120mg/dia

14 a 18 anos – 1200mcg/dia
19 a 50 anos – 1300 mcg/dia

FOLATO
Por ser frequente a
deficiência de folato durante
VITAMINA K a gestação, muitas mulheres
É requerida para proteger o lactente de hemorragias nos já iniciam a lactação com as
primeiros dias de vida. Mas, o leite materno, mesmo com reservas esgotadas.
ingestão materna adequada, não satisfaz, as necessidades.
14 a 50 anos – 500mcg/dia
14 a 18 anos – 75mcg/dia
19 a 50 anos – 90 mcg/dia
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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
RIBOFLAVINA CÁLCIO
Cerca de 0,34 mg deve ser O cálcio necessário durante a lactação é obtido
transferida para o leite humano pelo aumento no consumo dietético, redução de
por dia e em torno de 75% do excreção renal e maior reabsorção óssea.
adicional dietético é usado para a 14 a 18 anos – 1300mg/dia
produção de leite. 19 a 50 anos – 1000mg/dia

14 a 50 anos – 1,6 mg/dia

VITAMINA B12
A concentração de vitamina
B12 no leite de mulheres
VITAMINA B6 com dieta mista varia de
Muitas mulheres que usam contraceptivos orais por longo 0,03 a 0,32 mcg/dL.
tempo apresentam menor teor desta vitamina no leite 14 a 50 anos – 2,8mg/dia
humano, possivelmente devido à ação do estrogênio.
14 a 50 anos – 2 mg/dia
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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
Aumentar consumo de fluidos, que poderá Recomendar a prática de caminhada 30
ser regulado pelo aumento da sede. A minutos ao dia, iniciando com 10 minutos
recomendação de ingestão líquida total por ao dia para indivíduos sedentários.
dia é de 3,8 L/dia, onde cerca de 3,1 L
deverão ser de água e outras bebidas. Mulheres vegetarianas
devem receber
suplementação de
vitamina B12.

Evitar consumo energético


O consumo excessivo de cafeína inferior a 1.800
pode reduzir o teor de ferro do kcal/dia a fim de prevenir
O baixo consumo de leite
leite humano. evitar, portanto, deficiências nutricionais.
e derivados deve ser
consumo superior a 2 xícaras/dia.
compensado por outras
fontes de cálcio.
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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
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A consulta de nutrição pediátrica compõe-se,
essencialmente, de três fases. A primeira fase, de caráter
exploratório, a segunda fase caracteriza-se pela impressão
Queixa principal
diagnóstica e a terceira caracteriza-se pela conduta nutricional. Evolução em relação
a última consulta
AVALIAÇÃO
Função intestinal
ANTROPOMÉTRICA
Verificar peso e altura Alimentação
para acompanhamento do
crescimento através das
curvas da OMS (2006).

AVALIAÇÃO DAS CURVAS DADOS SOCIOECONÔMICOS


Linha ASCENDENTE, da esquerda para a direita,
Renda familiar, escolaridade,
significa que a criança ganhou peso. Se a linha
condições de moradia e
se apresenta HORIZONTALIZADA, não houve
relacionadas ao trabalho
ganho ponderal e se está DESCENDENTE, indica
materno.
que houve perda de peso.
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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
EXAME FÍSICO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA
Crianças com déficit de crescimento O desenvolvimento refere-se à aquisição de
e/ou história alimentar inadequada habilidades e funções, por meio da observação
devem ser investigadas quanto a sinais da presença ou da ausência de determinadas
clínicos de deficiências nutricionais em condutas e capacidades segundo a idade da
cabelo, olhos, boca, pele e unhas. criança. Através do gráfico abaixo.

MEDICAMENTOS
Investigar o uso de
medicamentos, especialmente Estudo de Desenvolvimento Motor - OMS/2006
suplementos vitamínico-minerais.

EXAMES BIOQUÍMICOS
Investigar resultados de exames de rotina (sangue,
fezes), com ênfase na detecção e acompanhamento
de anemia, sobretudo em menores de 2 anos de
idade dados complementares fundamentais.
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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
IMPRESSÃO DIAGNÓSTICA
Apreciação da condição nutricional Condutas específicas às intercorrências ou
antropométrica, dietética e bioquímica e das situações relevantes encontradas
principais intercorrências ou situações julgadas (encaminhamento a outros profissionais, ao
setor de vacinação, entre outros).
de relevância. A impressão deverá ser coerente
com a conduta nutricional a ser estabelecida.

Em casos de cálculo de dieta, deve ser


CONDUTA NUTRICIONAL
descrito o teor energético, fórmulas utilizadas
Deve ser registrada objetivamente e
e ingredientes de fórmulas caseiras prescritas.
de forma esclarecedora, para fins de
reavaliação nas consultas subsequentes. Também devem ser indicadas as correções dos
erros e transgressões dietéticas identificados no
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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009. relato da história alimentar. 83
Todas as informações coletadas, a A Caderneta de Saúde da Criança deve
impressão e condutas nutricionais ser adequadamente preenchida, pois
devem ser registradas em prontuário, constitui um prontuário resumido no qual
de maneira clara e objetiva. constam os dados de:

Identificação e do nascimento da
criança, história da gravidez, parto e
puerpério, odontograma, histórico de
intercorrências e tratamentos
realizados, calendário vacinai,
acompanhamento do crescimento e
desenvolvimento.

Essas ações contribuem para o


A atenção à saúde infantil pressupõe alcance do potencial genético e o
ações/intervenções como o acompanhamento do bem-estar físico e emocional
crescimento e desenvolvimento, o incentivo à necessário à formação de uma
amamentação e promoção da alimentação saudável. geração saudável, produtiva e feliz.
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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
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Durante os primeiros meses de vida o peso e
comprimento aumentam progressivamente quan- COMPOSIÇÃO CORPORAL
do, ao final do primeiro ano de vida, o lactente Mudanças correspondentes na composi-
apresenta seu peso triplicado e aumento de 1,5 ção corporal incluem um aumento de 8 a
vezes no seu comprimento. 9% de gordura, até 1 ano de idade, e o
dobro de aumento na massa magra.
PESO
A taxa de ganho de peso
é maior nos primeiros 2 As diferenças de sexo se acentuam,
em média, aos 5 anos de idade,
meses de vida sendo, em
quando o percentual de gordura é
média, de 33 g/dia para maior nas meninas (16,7%), quando
meninos e de 28 g/dia comparado com os meninos (14,6%).
para as meninas.

COMPRIMENTO
O aumento no comprimento de recém-nascidos é,
em média, de 1 mm/dia durante os dois primeiros
meses e de 0,4 mm/dia até 1 ano de idade.

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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
Na avaliação antropométrica de crianças as ESTATURA
medidas mais utilizadas são o peso, a estatura A aferição da estatura/comprimento pode
(comprimento para menores de 24 meses) e a ser realizada de duas formas:
circunferência do braço.
Entre crianças <2 anos, o comprimento é
PESO aferido por meio do antropômetro horizontal.
Para a aferição do peso entre
crianças são utilizados dois tipos
de balança: balança pediátrica
(crianças <2 anos) e balança
plataforma (>2 anos).

Para recém-nascidos recomenda-se a


pesagem da criança totalmente despida.
Entre crianças >2 anos, utilizam-
se estadiômetros ou, então, uma
fita métrica fixa na parede.

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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL
Atualmente, para a classificação
do estado nutricional infantil, são
adotados pelo Ministério da
Saúde os critérios baseados nos
índices P/I, P/E, 1MC/I e E/I.

Os procedimentos técnicos para tomada das medidas


antropométricas são apresentados, passo a passo,
no Manual de Vigilância Alimentar e Nutricional.
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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
ESTATURA PARA IDADE (E/I) PESO PARA ESTATURA (P/E)
Esse índice reflete o crescimento linear Esse índice reflete a harmonia do crescimento
alcança do para uma idade específica e e não requer o uso da idade. No entanto, não
seus déficits indicam inadequações substitui nenhum outro indicador, mesmo
acumuladas de longa duração. apresentando determinantes comuns.
É considerado um indicador
para a obesidade, uma vez
que a maioria das crianças
com valores elevados deste
índice é verdadeiramente
obesa.

IMC PARA A IDADE (IMC/I)


PESO PARA IDADE (P/I) O IMC tem sido relativamente pouco emprega
Reflete o peso em relação à do na avaliação nutricional de crianças abaixo de
idade cronológica da criança. Esse 10 anos de idade, embora o seu uso ajustado para a
índice é influenciado, tanto pela idade seja uma opção válida e recomendada pela OMS
estatura, quanto pelo peso. para crianças e jovens entre 5 e 19 anos de idade.
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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
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A aceleração da velocidade de crescimento é INICIO DA PUBERDADE
marcante na adolescência e se associa a um O início da puberdade pode ser caracterizado
conjunto de modificações biológicas
características da adolescência, a puberdade.
pelo aumento dos testículos, nos meninos
(em torno dos 11 a 14 anos de idade);
desenvolvimento do broto mamário, no sexo
feminino (em torno dos 9 a 13 anos de idade).
Aceleração e posterior
desaceleração do crescimento
(estirão da puberdade)
Desenvolvimento das gônadas
(testículos e ovários).

Surgimento de caracteres
sexuais secundários (pelos,
mamas).
Mudanças na composição
corporal.
A idade de início e a duração dos
Desenvolvimento dos sistemas eventos descritos variam entre os
respiratório e circulatório..
jovens sadios, particularmente
influenciados por fatores genéticos..
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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
Pontos de corte de IMC/idade Diagnóstico nutricional
1º PASSO Percentil Escore-z
Aferir o peso e a estatura do adolescente, <0,1 <-3 Muito baixo IMC/idade
usando as técnicas adequadas. >0,1 e < 3 > -3 e < -2 Baixo IMC/idade
>3 e < 15 > -2 e < -1 Vigilância baixo IMC/idade

2º PASSO > 15 e <85 > -1 e < +1 IMC adequad/idade


>85 e < 97 > +1 e < +2 Vigilância IMC elevado/ idade
Realizar o cálculo do IMC (peso/estatura²) por meio de
> 97 e < 99,9 > + 2 e < +3 Excesso de peso
cálculo direto ou da utilização de discos e nomogramas.
> 99,9 > +3

3º PASSO
Avaliar o valor do IMC
encontrado, comparando 4º PASSO
com os valores na tabela Avaliação de outros indicadores
de IMC/idade por sexo. antropométricos, como estatura/idade e do
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Eduzz.com de maturação sexual. 92
ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
AVALIAÇÃO DO ESTÁGIO Pontos de corte de
estatura/idade
Diagnóstico nutricional

DE MATURAÇÃO SEXUAL Percentil Escore-z


É realizada por meio do exame clínico direto, ou < 0,1 < -3 Muito baixa estatura/idade
apresentando as pranchas ao jovem durante a consulta > 0,1 e < 3 > -3 e < -2 Baixa estatura/idade
para que ele próprio se classifique no estágio de Tanner. >3 > -2 Estatura adequada/idade
A maturação sexual está relacionada com o desenvolvimento muscular e o
aumento do peso, da estatura e dos depósitos de gordura em meninas..

OUTROS INDICADORES
O uso de outros indicadores pode ser útil para melhor
avaliação da gordura corporal (obesidade), tais como os
perímetros braquial e da cintura e as pregas cutâneas.
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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
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ENERGIA PROTEÍNAS
VET (kcal): peso (kg) x recomendação O cálculo de ingestão proteica obtém-se como produto do
de energia (kcal/kg/dia). peso expresso em quilogramas (kg) e a recomendação de
proteínas por unidade de peso, segundo faixa etária.
Idade (anos) Consumo seguro de
proteína (g/kg/d)
Ingestão proteica (g): peso (kg) x
recomendação de proteínas (g/kg/dia)
0,5 1,31
1 1,14
1,5 1,03
2 0,97
3 0,90
4-6 0,87
7-10 0,92
FAO, 2007.

MACRONUTRIENTES
Idade %PTN %LIP %CHO
Preconiza-se a aplicação dos percentuais
habitualmente consagrados no planejamento 1-3 5-20 30-40 45-65

dietético para grupos populacionais. >4 10-30 25-35 54-65

IOM, 2005.
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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
MICRONUTRIENTES ELEMENTOS TRAÇO
Especial atenção deve ser dada aos É satisfatória em regimes alimentares
micronutrientes cujas recomendações são equilibrados com relação à seleção de alimentos
mais expressivas ou cuja disponibilidade e oferta de outros micronutrientes, tendo em
dependa de outros fatores dietéticos, como é vista que alguns fatores dietéticos podem
o caso do cálcio, ferro, zinco, vitaminas A e C. interferir na biodisponibilidade destes minerais.

FIBRAS
A oferta variada de frutas
e hortaliças, entre estas os
Idade Fibras (g/d)
vegetais folhosos, contribui
1-3 19,0
para o atendimento às
4-8 25,0
necessidades diárias de fibras.

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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
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O processo de produção de leite ocorre em PRODUÇÃO DE LEITE
duas etapas distintas. Na primeira, ocorre a É ativado pela sucção do bebê, encaminhado, via
produção e secreção de leite na lúmen medula espinhal, aos neurônios. Estes inibem a
alveolar e, na segunda, o leite passa pelo
secreção do P1F - a dopamina, liberando a sua
sistema de duetos até ser ejetado.
secreção pela hipófise anterior que alcança, por
via sanguínea, as células dos alvéolos mamários,
estimulando a produção láctea.

DESCIDA DO LEITE
A ocitocina é liberada a partir do estímulo de sucção. Este,
chega ao hipotálamo e estimula a hipófise posterior a
secretar a ocitocina na corrente sanguínea e, por meio
desta, chegar às células mioepiteliais dos alvéolos, contraindo-
os e esvaziando seu conteúdo. O estresse e alterações
emocionais podem inibir o reflexo de descida do leite.

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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
COLOSTRO
Fluido espesso/amarelado, com duração de 3 a 7 LEITE DE TRANSIÇÃO
dias, volume de 2 a 20 ml por mamada. Oferece 54 Produzido, entre o 5- e 15º dia
Kcal/100 ml, composto por CHO, LIP e PTN, sendo de lactação, com valor nutricional
3x mais rico em proteínas, além de imunoglobulina, instável, se alterando no dia-a-dia
lactoferrina, linfócitos, minerais (𝑁𝑎+, 𝐶𝑙- 𝑒𝐾+), e para se tornar maduro.
vitaminas lipossolúveis (A, E e carotenoides).
Nesta fase o conteúdo do leite
vai sofrendo modificações na
sua concentração e volume até
atingir um volume estável e
modificando sua composição
até atingir os valores médios
do leite maduro..
LEITE MADURO
Tem volume médio de 700 a 900 mL/dia nos
primeiros 6 meses, cerca de 600 mL/dia no
segundo semestre e 550 mL/dia no segundo
ano de lactação. Fornece, em média, 70 kcal/dL.

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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
Método anticoncepcional em nível populacional - LAM, com a
supressão da ovulação pela secreção de prolactina. Porém, para
Controle dietético, evitando que a mulher utilize a amamentação como contraceptivo é preciso:
obesidade e favorecendo estar nos primeiros 6 meses pós-parto; não ter menstruado e
perda gradual de peso. amamentar exclusivamente ou quase exclusivamente.

Involução mais rápida do útero,


pela liberação de ocitocina que
Proteção contra o câncer mamário e de ovário. Estudos promove contração da
sugerem que o aleitamento materno pode reduzir em 66% a musculatura uterina.
incidência de câncer de mama e que o efeito protetor
aumenta quanto maior a duração da amamentação.
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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
Em caso de febre alta, calafrios
Após cada mamada, massagear os e vermelhidão nas mamas, que
seios e verificar se ainda estão cheios, pode ser indício de mastite,
caso necessite retirar excesso de procurar um profissional de
leite, realizar ordenha de alívio. saúde ou um banco de leite.

Em caso de rachaduras nos mamilos, usar Caso as mamas fiquem ingurgitadas,


o próprio leite como cicatrizante e expor usar a técnica da massagem já
os seios ao sol por 10 a 15 minutos. descrita e esvaziaras mamas. Não
usar compressas frias ou quentes.
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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
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A partir dos 6 meses, dar
Dar somente leite materno
A partir dos 6 meses, oferecer de alimentos complementares 3
até os 6 meses, sem
forma lenta e gradual outros x/dia se a criança receber
oferecer água, chás ou
alimentos, mantendo o leite materno leite materno e 5x/dia se
qualquer outro alimento.
até os 2 anos ou mais de idade estiver desmamada.

A alimentação complementar deve ser espessa


desde o início e oferecida de colher; começar A alimentação complementar deve ser
com consistência pastosa (papas/purês), e oferecida sem rigidez de horários,
gradativamente aumentar a sua consistência até respeitando-se sempre a vontade da
chegar à alimentação da família. criança.
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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
Estimular a criança doente e Oferecer à criança
convalescente a se alimentar, diferentes alimentos ao dia.
oferecendo sua alimentação habitual Uma alimentação variada é Estimular o consumo
e seus alimentos preferidos, uma alimentação colorida. diário de frutas, verduras
respeitando a sua aceitação. e legumes nas refeições.

Evitar açúcar, café, enlatados, frituras, Cuidar da higiene no preparo e


refrigerantes, balas, salgadinhos e outras manuseio dos alimentos;
guloseimas nos primeiros anos de vida. garantir o seu armazenamento
Usar sal com moderação. e conservação adequados.
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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
OPORTUNA SEGURA
Os alimentos são introduzidos Alimentos são armazenados, preparados e
quando as necessidades de energia oferecidos de forma higiênica, além de não
da criança são superiores ao serem utilizadas mamadeiras e chupetas.
fornecido pele leite materno.

OFERECIDA DE FORMA ADEQUADA


Os alimentos devem ser oferecidos ADEQUADA
respeitando-se os sinais de fome e Os alimentos fornecem
saciedade, e adotando-se uma atitude quantidades adequadas de energia,
ativa na oferta dos alimentos. macro e micronutrientes.
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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
DIARRÉIA
O risco de diarreia, quando são oferecidos às
METEMOGLOBINEMIA
A alimentação complementar inadequada
crianças alimentos complementares entre 4 e 6
iniciada precocemente, antes de 3 meses
meses de vida, é 2 a 13 vezes maior do que se
pode ocasionar a metemoglobinemia.
estivessem sendo amamentadas exclusivamente.
A contaminação microbiana é a principal causa. Criança sadia: metemoglobina = 2% do total da Hb;
Criança doente: metemoglobina = 20% do total da Hb (hipoxia).

ALERGIAS ALIMENTARES
Entre os aspectos alimentares associados a alergias
destacam-se o curto período de aleitamento materno
e a introdução precoce de alimentos complementares
com potencial alergênico.
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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
Recomendar a utilização de
Evitar bebidas com baixo uma ampla variedade de
Evitar consumo excessivo de
valor nutricional (café, alimentos a fim de assegurar
sucos (acima de 240 mL/dia),
chá, refrigerante). consumo adequado de
pois podem interferir com o
nutrientes.
consumo de alimentos.

Evitar alimentos que


possam provocar engasgo, Recomendar a utilização diária de
como uva inteira, amendoim, Evitar adição de mel na alimentos dos vários grupos –
pipoca e carne de pescado alimentação da criança menor de alimentos fonte de energia,
com espinhas. 1 ano devido ao risco da proteína e vitaminas e minerais.
contaminação do mel com
esporos
Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido
ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009. de Clostridium botulinum.
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NUTRICIONAIS E METABÓLICOS ALTERAÇÕES NO CRESCIMENTO
O leite de vaca contém quantidades O ritmo de crescimento de lactentes
inadequadas de vitamina E, carotenoides, amamentados exclusivamente ao seio é
nucleotídeos, ferro e ácidos graxos inferior aos que recebem fórmulas lácteas,
essenciais e quantidades excessivas de pelo menor consumo energético, devido à
proteínas, potássio e sódio. autorregulação de ingestão alimentar.
DESENVOLVIMENTO
COGNITIVO
Crianças alimentadas ao
seio têm maior escore de
função cognitiva do que as
que recebem leite de vaca.
ECONÔMICOS
MAIOR INCIDÊNCIA DE MORBIDADES O aleitamento artificial implica maiores
A ocorrência de infecções do trato gastos domésticos, devido ao custo
gastrintestinal tem sido relacionada ao representado por utensílios (mamadeiras,
aleitamento artificial, além de infecções do bicos, escovas), mantimentos (leite em pó,
trato respiratório e doenças atópicas. cereais) e combustível (gás).
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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
CÁLCULO DA DIETA FORMA DE PREPARO
A avaliação individual da criança é a Tais formulações são de preparo instantâneo,
conduta mais adequada para o cálculo da bastando adicionar a quantidade indicada de pó,
dieta, de acordo com o passo a passo: utilizando-se a colher-medida, em água morna,
Calcular as necessidades energéticas: previamente filtrada e fervida, diretamente no
110 kcal/kg/dia x 4,1 kg = 451 kcal/dia utensílio utilizado para a administração
Escolher a fórmula
NAN 1 Pro - 67 kcal/100 mL
- 1 medida/30 mL água
Determinar a capacidade gástrica da
criança: 25 a 30 mL/kg/mamada
Calcular valor energético da mamadeira
100 mL = 67 kcal
Então, 120 mL = 80,4 kcal
INTRODUÇÃO DE OUTROS ALIMENTOS
Dividir necessidade energética total pelo A criança que recebe fórmula infantil industrializada
valor energético da mamadeira para
obter número de mamadeiras/dia estará recebendo vitaminas e minerais nas quantidades
451 +80,4 = 5,6 ou seja, 6 mamadeiras,
que atendem às suas necessidades, sendo indicada a
com 120ml e 4 medidas introdução de outros alimentos aos 5 meses de idade
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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
CÁLCULO DA DIETA FORMA DE PREPARO
O volume dependerá da necessidade energética I- Esterilização dos
da criança, da idade e da capacidade gástrica: utensílios envolvidos;
Calcular as necessidades energéticas: II- No caso de utilização de
110 kcal/kg/dia x 4,1 kg = 451 kcal/dia leite de vaca fluido, é
Determinar a capacidade gástrica da necessário ferver.
criança: 25 a 30 mL/kg/mamada III- Quando utilizadas
Verificar a fórmula/idade farinhas de cozimento, o
leite a 2/3 4- 3% açúcar + 5% farinha leite de vaca fluido deve
Calcular composição da mamadeira ser levado ao fogo para
Dividir necessidade energética pelo
espessamento e, somente
valor energético da mamadeira para após, adicionado o açúcar.
obter número de mamadeiras/dia IV- Para o preparo do leite
493 -79 = 6 mamadeiras/dia de vaca em pó, este será
Transformar em medidas caseiras adicionado somente após o
A administração da mamadeira
leite de vaca - 70 mL, água - 40 mL, açúcar - cozimento da farinha,
1 colher de chá rasa , farinha - 1 colher de deverá ser feita com a criança no
chá cheia colo, cuja cabeça estará apoiada jamais o levando ao fogo
na curva do braço do responsável. para ferver.
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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
REGRAS DE HIGIENE INTRODUÇÃO DE OUTROS ALIMENTOS
- Desprezar restos de A introdução de novos alimentos na dieta do lactente que
fórmulas da mamadeira; recebe fórmulas lácteas caseiras deve ocorrer mais
- Lavar bicos e mamadeiras precocemente do que para as crianças alimentadas ao seio ou
com água quente e com fórmulas infantis modificadas.
detergente, com auxílio de
escovas apropriadas;
- Ferver mamadeiras por
10 min e bicos por 3 min;
- Escorrer os utensílios e
guarda-los em recipiente
com tampa IDADE INSERÇÃO DE OUTROS ALIMENTOS
- As panelas e recipientes; 0 a 30 dias Não indicado
utilizados devem ser de uso 2 meses Fruta (suco) - 1 porção/dia
exclusivo para o preparo de 4 meses Fruta (suco ou papa) – 2 porções/dia; Refeição de sal
fórmulas lácteas. contendo os diversos grupos de alimentos - 1 x/dia
> 6 anos Frutas (suco ou papa) - 2 a 3 porções/dia;
Refeição de sal - 2 x/dia
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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
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PREMATURIDADE LIMÍTROFE PREMATURIDADE EXTREMA
37 a 38 semanas 24 a 30 semanas
Estes prematuros apresentam boa evolução, O peso é inferior a 1.500 g, o com-
podendo apresentar sucção débil. Toda a primento é menor do que 38 cm e o
abordagem é semelhante à do recém-nascido a perímetro cefálico é inferior a 29 cm.
termo, porém com cuidados mais específicos
quanto à sucção e o método de alimentação.

PREMATURIDADE MODERADA
31 a 36 semanas
Os recém-nascidos nesta faixa de IG apresentam peso
entre 1.600 e 2.500 g, comprimento entre 39 e 46
cm e perímetro cefálico de 29 a 33 cm. São mais
suscetíveis a problemas comuns da prematuridade
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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
SISTÊMICAS METABOLISMO DE CHO
Os principais achados são: O principal achado é a hipoglicemia que ocorre devido aos
seguintes fatores: imaturidade dos mecanismos de adaptação
Perda de peso fisiológica: PIG < 5%
do peso ao nascer (PN); AIG 5-10% ao jejum, diminuição das reservas de glicogênios hepático e
do PN cardíaco, aumento do consumo de glicose pelo cérebro e
Diminuição da filtração glomerular desproporção entre o tamanho cérebro/fígado.
Aumento da viscosidade sanguínea
(massa eritrocitária, hematócrito)

Diminuição do envoltório de gordura


(isolamento térmico)
Retardo na maturação pulmonar
Diminuição do glicogênio cardíaco e
da largura das fibras miocárdicas.
METABOLISMO DE LIP
Acentuada capacidade de lipólise,
METABOLISMO DE PTN principalmente nos PIG, devido ao aumento
A redução da reserva das demandas energéticas, além de dificul-
energética ao nascimento dade de prolongar as cadeias dos ácidos
provoca um estado graxos das séries ômega-6 e ômega-3
Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 catabólico proteico.
- Protegido por Eduzz.com 115
ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
BOCA ESTÔMAGO
Debilidades em relação à sucção, pois 0corre retardo do esvaziamento, o que contribui
esta inicia-se a partir da 28ª semana para o RGE, além de reduzida capacidade gástrica,
e a coordenação sucção-deglutição, a quando em comparação com bebês a termo, além
partir da 32ª até a 34ª semana. da redução da produção de ácido clorídrico.

FÍGADO
Ocorre a diminuição da
concentração de sais biliares
e a menor capacidade para
conjugação da bilirrubina.

ESÔFAGO INTESTINO
Pode haver uma tendência a A maturação só ocorre a partir das 10
refluxo gastroesofágico (RGE) últimas semanas gestacionais, o que justifica
devido à imaturidade esfmcteriana a alimentação precoce e a alimentação
e ao lento esvaziamento gástrico. enteral de 0,2 a 20 mL/kg/dia.

Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com 116
ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
NECESSIDADES HÍDRICAS ENERGIA
São estimadas com base no elevado Na prática clínica, em geral, o aporte de
conteúdo corpóreo hídrico dos RNPT/RNBP. 120 kcal/kg/dia é suficiente para que os
RNBP atinjam um crescimento satisfatório.
Período mL/kg/dia 1ª semana: 50-100 kcal/kg/dia
1º dia 50 - 60 2ª semana: 110-150 kcal/kg/dia
2º dia 90
3º dia 120
4º dia 140
5º dia 150
1ª semana 150- 180 (RNBPT)
180-200 (RNPT)
Procianoy R, 1991.

A capacidade gástrica também deve CARBOIDRATOS


ser levada em conta na oferta de
O consumo médio de
líquidos:
1º dia - 2 mL/kg
Níveis recomendados g/100 kcal carboidratos de um
4º dia - 16 mL/kg Mínimo 12,6 RNBP fica em torno de
10º dia - 27 mL/kg Médio 13,3 10 a 15 g/kg/dia.
Máximo 14
Martinez,
Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido
ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009. Camelo, 2001.
por Eduzz.com 117
NECESSIDADES LIPÍDICAS NECESSIDADES PROTEICAS
As necessidades de lipídios são RNPT entre 800 e 1.200 g: 4,0 g/kg/dia ou 3,1 g/100 kcal
estimadas com base na importância RNPT entre 1.200 e 1.800 g: 3,5 g/kg/dia ou 2,7 g/100 kcal
nutricional e funcional dos lipídios para RNBPT: 2,7 e 3,0 g/kg/dia ou 2,0 a 2,7 g/100 kcal.
o RNBP: Recomenda-se cuidado com taxas superiores a 3,0 g de
Fontes de ácidos graxos essenciais proteínas /kg/dia nas primeiras semanas.
Desenvolvimento do sistema nervoso
central e da retina (fonte de AGE,
inclusive AA e DHA)
Isolante térmico

Recomenda-se proporção
de 40% de TCM e o
restante em AGE.
LÍPIDEOS
kcal Mínimo Médio Máximo
Min. (110kcal/kg/d) 4 g/kg/dia 5,8 g/kg/dia 7,7 g/kgdia
Med. (130kcal/kg/d) 4,7 g/kg/dia 6,9 g/kg/dia 9,1 g/kg/dia
Max. (165kcal/kg/d) 5,9 g/kg/dia 8,7 g/kg/dia 11,6 g/kg/dia
Martinez, Camelo, 2001.
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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
ZINCO E OLIGOELEMENTOS VITAMINAS A E D
Ocorre deficiência em bebês Recomenda-se suplementação a partir dos 10
nascidos com menos de 28 dias de vida, sendo que em doses de 1.500 UI
semanas gestacionais. (vit. A)e 400 UI (vit. D), oferecem boa
proteção contra a broncodisplasia pulmonar.
CÁLCIO
130 a 150 mg/kg/dia
(64% de retenção).

FÓSFORO
60 a 75 mg/kg/dia (76%
de retenção). Considerar
que a melhor relação Ca/P SÓDIO VITAMINAS E, COMPLEXO B E C
é a encontrada no leite Considerar as Recomenda-se suplementação a partir
materno (2:1). necessidades da 1ª semana de vida, tanto para o uso
aumentadas pela do leite humano, quanto para fórmulas.
perda urinária.
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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
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ENERGIA LIPÍDIOS
A proporção de gordura da dieta deve ser suficiente
As recomendações de energia
para permitir crescimento e desenvolvimento normal,
para crianças e adolescentes,
além de reduzir o risco de doença aterosclerótica.
compreende idade e nível de
atividade física, segundo as 30% do consumo energético da dieta, sendo menos de
10% de gordura saturada e <300 mg/dia de colesterol.
recomendações da FAO/OMS.

PROTEÍNAS
CARBOIDRATOS
O consumo deverá ser ajustado
A faixa aceitável de distribuição de carboidratos na
de acordo com a digestibilidade e o
dieta é de 45 a 65% do valor energético total da
valor biológico, de acordo com as
dieta. Em relação ao consumo de sacarose, a OMS
recomendações da FAO/OMS
sugere um valor máximo de 10% do VET.
para crianças de 1 a 10 anos.
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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
FIBRAS VITAMINAS E MINERAIS
É baseada na recomendação para adultos Pré-escolares e escolares que
de 14 g para cada 1.000 kcal consumidas. apresentam uma boa alimentação não
Idade Meninos Meninas
necessitam de suplementação de
1-3 19 19
vitaminas e minerais, exceto o ferro.
4-8 25 25
9-13 31 26
14-18 38 26
IOM, 2005.

Idade Água lotai (L/dia) Sódio (mg/dia) ÁGUA E SÓDIO


1-3 1,3 (0,9 L de bebidas e água) 1.000 O consumo adequado de água e
4-8 1.7 (1,2 L de bebidas e água) 1.200 sódio para crianças de 1 a 13
9-13 meninos 2,4 (1,8 L de bebidas e água) 1.500 anos de idade é baseado nas
9-13 meninas 2,1 (1,6 L de bebidas e água) 1.500 recomendações da IOM, 2004.

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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
Diversificar alimentos,
Permitir que a criança modo de preparo e Evitar petiscos nas 2
controle seu consumo apresentação das horas que antecedem as
alimentar, especialmente no refeições de maneira a grandes refeições
que diz respeito ao estimular o aspecto (almoço e jantar).
tamanho da refeição. sensorial da alimentação.

Servir à criança pequenas


porções de alimentos, Reduzir ingestão hídrica
oferecendo novas Não oferecer sobremesa durante as grandes refeições
quantidades, se necessário. como recompensa ou como forma de evitar
retirá-la como punição. sensação de saciedade
precoce.
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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
Deixar a criança manipular o Se a criança apresentar
alimento, pois esta é uma fase de Não forçar a criança e ocasiões de recusa alimentar,
experimentações e a apresentação nem castigá-la no caso não fazer intervenções
de diferentes texturas dos de recusa alimentar. desnecessárias e aguardar até
alimentos é um excelente estímulo. que haja melhora do apetite.

Não estimular o consumo de


alimentos enquanto a criança assiste
televisão, pois pode-se criar o hábito Oferecer alimentos
de comer compulsivamente. Habituar a criança, e a novos em pequena
própria família, com quantidade.
petiscos mais saudáveis.
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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
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SISTEMA CARDIOVASCULAR FÍGADO
Débito cardíaco e volume circulatório reduzidos; Síntese de proteínas reduzida; produção
pressão sanguínea reduzida; perfusão renal e de metabólitos anormais de aminoácidos;
tempo de circulação reduzidos; volume plasmático capacidade de metabolização e excreção
usualmente normal e hematócrito baixo. de toxinas reduzida; gliconeogênese
SISTEMA reduzida e risco de hipoglicemia
aumentado; secreção biliar reduzida.
GENITURINÁRIO
Fluxo sanguíneo renal e
taxa de filtração glomerular
reduzida; capacidade renal
de excreção do excesso de
ácido ou água reduzida.
FUNÇÃO
SISTEMA IMUNOLÓGICO CELULAR
Resposta imune diminuída: atrofia SISTEMA CIRCULATÓRIO Atividade de bomba de
de glândulas linfáticas, amígdalas e Taxa metabólica basal reduzida em sódio diminuída e
timo, redução de IgA, da imunidade cerca de 30%; baixo gasto de permeabilidade de
mediada por células T, etc. energia devido à reduzida atividade; membranas aumentada.
geração e perda de calor impedidas.
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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA AVALIAÇÃO BIOQUÍMICA
O diagnóstico do estado antropométrico Os exames devem ser solicitados em condições
da criança pode ser realizado a partir dos específicas, visando esclarecer suspeitas..
índices comparados com as referências Hemoglobina e/ou hemograma para avaliação de
de crescimento da OMS (2006). presença de anemia ou processo infeccioso.
Glicose sanguínea (plasma ou soro);
Desnutrição moderada Desnutrição grave
Exame sumario de urina;
Edema Não (desnutrição não- Sim (desnutrição Exame parasitológico de fezes;
simétrico edematosa) edematosa)
Exames de cultura.
Peso/estatura > -3 e < -2 escore-z < -3 escore-z
(emagrecimento (emagrecimento
moderado) grave)
Estatura/idade > -3 e < -2 escore-z < -3 escore-z
(déficit linear (déficit linear grave)
moderado)
Temperatura:
Distensão abdominal, movimentos hipotermia ou febre
peristálticos intestinais, sinal do piparote
AVALIAÇÃO CLÍNICA
A criança deve ser avaliada quanto aos sinais gerais de Panículo adiposo e massa muscular

perigo (hipoglicemia, desidratação, hipotermia, anemia


Aumento ou dor hepática
grave, sinais de infecção ou outros). A avaliação clínica, ao toque, icterícia
Palidez grave

através do exame físico, auxilia na determinação da


extensão da DEP e da terapia nutricional a ser adotada. Sinais de colapso circulatório: mãos e pés frios,
pulso radial fraco, consciência diminuída
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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
A quantidade extra de energia necessária para o CRESCIMENTO
crescimento compensatório de uma criança com déficit de Sob condições clínicas ótimas, crianças
peso tem sido estimada em 5 kcal/g de tecido a ser ganho. com desnutrição leve a moderada, na
prática, apresentam velocidade de
crescimento cerca de 3 vezes superior
ENERGIA PARA
à velocidade normal de crescimento.
CRESCIMENTO
A FAO propõe recomendação
de energia necessária para o
crescimento compensatório
baseada em estimativa que
permita uma taxa de ganho
de peso 2 vezes maior do
Idade (meses) Ganho de peso médio Aumento sobre os
que uma criança eutrófica. requerimentos de
energia
6-9 1,83 g/kg/dia 14,5%
9-12 1,15 g/kg/dia 8,5%
12-18 0,67 g/kg/dia 5,0%
18-24 0,51 g/kg/dia 3,5%
FAO/WHO, 2004.
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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
TRATAR DESIDRATAÇÃO
TRATAR/PREVENIR HIPOGLICEMIA
E CHOQUE SÉPTICO (PASSO 3)
E HIPOTERMIA (PASSO 1 E 2)
Os princípios básicos para o
Para hipoglicemia, oferta-se solução de glicose
tratamento da desidratação é a
a 10%, via oral, se a criança está consciente
oferta de soro de reidratação oral
e é capaz de deglutir e intravenosa, se a
ou intravenosa. Nos casos de
criança está perdendo a consciência ou tem
choque, a criança deve ser
dificuldade de deglutição. Na hiponatremia,
encaminhada para a UTI,
recomenda-se agasalhar a criança, inclusive
cabeça; técnica canguru, etc.

CORRIGIR DISTÚRBIOS TRATAR A INFECÇÃO (PASSO 5)


Recomenda-se que todas as crianças
HIDROELETROLÍTICOS (PASSO 4) recebam antibioticoterapia de amplo
A OMS recomenda a adição de mistura de eletrólitos
espectro desde o início do tratamento.
e sais minerais na alimentação dessas crianças.
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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
O gráfico de crescimento da Caderneta
CORRIGIR DEFICIÊNCIAS DE
de Saúde da Criança deve ser MICRONUTRIENTES (PASSO 6)
preenchido com o peso inicial, após Recomenda-se a suplementação com vitamina A, pois
desaparecimento do edema, e com o a deficiência vitamínica de maior risco à saúde da
peso após 2 semanas do tratamento.
criança é a hipovitaminose A, além de zinco e ferro.
Também podem ocorrer deficiências de riboflavina,
ácido ascórbico, piridoxina, tiamina, vitaminas K, E e D.

REINICIAR A ALIMENTAÇÃO (PASSO 7)


Dieta via oral, com quantidade de energia e proteína Volume 120 a 140ml/kg/dia, em
pequenos volumes de 2/2h
suficientes para manter os processos fisiológicos básicos
Energia 80 a 100/kcal/kg/dia
da criança. O preparado alimentar proposto pela OMS
Proteína 1 a 1,5g/kg/dia
contém 75 kcal/100 mL e 0,9 g de proteína/100 mL.
Osmolaridade 280mmol/L
Preparado da fase de crescimento rápido: Carboidrato 13g/L
100 kcal e 2,9 g de proteína/100 mL
Licenciado para - Fabíola Leal Ferreira - 02417350769 - Protegido por Eduzz.com MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2005. 130
ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
FASE DE CRESCIMENTO RÁPIDO (PASSO 8) TRANSIÇÃO PARA FASE
O ganho de peso esperado é de 10g/kg/dia. As DE CRESCIMENTO RÁPIDO
refeições deverão ter maior densidade energética, que Durante 48 horas, substituir o
pode ser obtida com adição de carboidratos e lipídios. preparado alimentar inicial pelo
mesmo volume do preparado
Volume Até 200ml/kg/dia + leite
materno após o preparado. alimentar de crescimento rápido;
Energia 150 a 220kcal/kg/dia Aumentar 10 mL em cada refeição,
Proteína 4 a 5g/kg/dia até que a criança deixe sobras;
MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2005.
Oferecer refeições de 4-4 horas;

AFETIVIDADE, ESTIMULAÇÃO
RECREAÇÃO E CUIDADO (PASSO 9)
Garantir a estimulação física e sensorial da
criança porque a desnutrição grave leva ao
atraso do desenvolvimento físico e psicosocial.
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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
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HISTÓRIA GESTACIONAL HISTÓRIA FAMILIAR HÁBITOS ALIMENTARES
E ALIMENTAR Obesidade, diabetes melito, Identificar se o alimento é
Peso ao nascer, ganho de alterações no perfil lipídico, doenças utilizado como forma de
peso gestacional materno, cerebrovasculares, sedentarismo, recompensa, compensação;
duração do aleitamento hábitos alimentares. atmosfera familiar no horário
materno exclusivo e como das refeições; local e forma
foi realizado o desmame. como são realizadas.

CONDIÇÕES CLÍNICAS
Presença de dores articulares,
dispneia aos pequenos e médios
esforços, tolerância a algum
nível de atividade física.

HISTÓRIA SOCIOECONÔMICA ANTROPOMETRIA EXAMES BIOQUÍMICOS


Condições de moradia, relacionamento IMC, dobras cutâneas e Glicose e perfil lipídico.
familiar, número de habitantes, circunferências, sempre
disponibilidade e acesso à alimentação. que possível.
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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
ENERGIA CARBOIDRATOS
O peso teórico é estimado com base no P25 do Normal, em torno de 55% do VET, com
índice 1MC/I (WHO, 2007). Com base nas ingestão mínima de sacarose (até 20%
recomendações da OMS em que uma criança obesa dos CH totais). A restrição mais grave se
deverá ter uma perda ponderal aproximada de 500 dará em vigência de hipertrigliceridemia,
g/mês, serão reduzidos do VET 128 kcal/dia. quando se deverá aumentar a quantidade
de polissacarídeos e fibras.
VET = necessidade energética x peso
correspondente ao P25 do IMC/idade - 128 kcal

GORDURAS
Normolipídica a hipolipídica, dependendo
da presença ou não de alterações no
perfil lipídico (< 30% do VET). PROTEÍNAS
Ácidos graxos saturados: < 10% do VET Normoproteica, em torno
Ácidos graxos poliinsaturados: > 10% do VET de 15%, não ultrapassando
Colesterol: < 300mg/dia
20% do VET.
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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
MINERAIS VITAMINAS
Deve-se ter uma atenção especial com Atenção especial ao consumo de
os minerais que são fundamentais para antioxidantes, como o alfa-
o crescimento da criança (ferro, zinco, tocoferol e o beta-caroteno, pois
cálcio, fósforo, magnésio), atendendo-se parecem atuar como fatores
às recomendações vigentes, com protetores contra as DCV.
atenção especial ao cálcio.

FRACIONAMENTO CONSISTÊNCIA LÍQUIDOS


Ajustado às atividades Estimular o consumo de água,
Estimular a ingestão de vegetais
diárias da criança, mas no intervalo das refeições,
crus e frutas com casca e
não deve ser inferior a limitando o consumo durante
bagaço, de acordo com a idade e
4 refeições ao dia. as mesmas.
preferência da criança.
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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
Estabelecimento de Oferta de opções de
Desmistificar a figura da dieta e do lanches salgados e doces
uso de alimentos diet e light, metas a serem seguidas
de forma participativa saudáveis e elaboração
reforçando a importância da de refeições coloridas,
mudança gradual de hábitos com a criança e a família
atraentes, saborosas.
alimentares distorcidos.

Redução do número de
horas diante da TV, video- Valorização de cada
game e computador para, Estímulo à atividade conquista, reconhecimento
no máximo, 2 h por dia. física agradável, seja do esforço, sem Cobranças,
em atividades de lazer pressões e recompensas
como brincadeiras.
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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
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SINAIS CLÍNICOS DM1 HIPERGLICEMIA
Maior tendência à cetoacidose A hiperglicemia aguda com cetoacidose pode
e se manifesta clinicamente por levar a problemas potencialmente fatais,
hálito cetônico, anorexia, náuseas, como distúrbios eletrolíticos graves, edema
vômitos, sonolência, confusão mental, cerebral e colapso vascular.
podendo evoluir para o coma diabético.

SINAIS CLINÍCOS DM2 HIPOGLICEMIA


A instalação do quadro é lenta, sendo difícil a A hipoglicemia consiste na queda da glicose
observação de sintomatologia marcante no início da sérica que pode ser decorrente de
doença. Queixas de astenia, fraqueza, irritação e tratamento com doses exageradas de
nervosismo são comuns neste tipo de diabetes. insulina para um dado momento.
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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
Mais de 90% dos pacientes pediátricos são do MONITORAÇÃO DA GLICEMIA
tipo 1 (insulinopênicos) e necessitam da insulina Manutenção de glicemias pré-
exógena para o seu controle metabólico.
prandiais menores que 130 mg/dL,
com exceção das crianças abaixo
INSULINIZAÇÃO de 5 anos de idade, nas quais se
É utilizada insulina regular, toleram glicemias até 180 mg/dL.
preferencialmente por via venosa
contínua ou intramuscular, em
intervalos curtos. Em crianças sem
história de CAD inicia-se insulina NPH
(ação intermediária), em uma dose de
0,3 a 0,5 unidade/kg de peso.
IDADE NÍVEIS DESEJÁVEIS DE HG
HEMOGLOBINA GLICADA
É necessário monitorar, já
Remissão: 0,5 a 0,6 unidade/kg/dia. <2 <9,0

2–6 <8,3
que se trata da fração de
Esquema convencional: 0,7 a 1,0
unidade/kg/dia, podendo elevar-se até 6 – 13 <8,0
hemoglobina que se encontra
1,5 unidade/kg/dia na puberdade. > 13 <7,6
combinada à glicose.
*7,0 (sem hipoglicemia frequente)
ADA, 2005.
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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
Manter a glicose sanguínea o mais Manter ou promover níveis Fornecer quantidade
próximo do normal, através de um adequados de lipoproteínas e adequada de energia
adequado balanceamento entre de lipídios séricos, que para favorecer crescimento
alimentação, dose de insulina ou reduzam o risco de doença e desenvolvimento normal
medicação antidiabética oral. macrovascular. para crianças e adolescentes.

Prevenir e tratar as
complicações agudas Promover a saúde por meio da
Manter níveis de
relacionadas à insulinoterapia, escolha de alimentos saudáveis e
pressão arterial que
como, por exemplo, nos casos incentivo à atividade física.
reduzam o risco de
de hipoglicemias durante a
doença vascular.
atividade física.
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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
ENERGIA PROTEÍNAS
Estimada segundo faixa etária, sexo A dieta deve ser ligeiramente hiperproteica (em
e o peso ideal estimado (percentil torno de 15% do valor energético total), com 66%
50). Para o cálculo do VET são de proteína animal e 33% de proteína vegetal.
utilizadas as recomendações de
ingestão energéticas dirigidas a
crianças não-diabéticas.

CARBOIDRATOS
Deve representar cerca de 45 a 65% do LIPÍDIOS
total de energia da dieta. A utilização de fibras Não deve ultrapassar 30% do VET,
solúveis, é indicada devido aos seus efeitos com 10% de gordura poli-insaturada, 10
sobre os lipídios séricos e à possibilidade de a 15% de gordura monoinsaturada, e
retar do da absorção da glicose. menos de 10% de gordura saturada.
Nos casos de hipercolesterolemia
Sacarose: recomenda-se não ultrapassar associada, restringir a gordura saturada a
10% do total de carboidratos. 7% do VET e o colesterol <200 mg/dia.
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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
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AVALIAÇÃO CLINÍCA
A gordura visceral acumulada na região
abdominal é considerada de maior risco para História familiar de SM ou de alterações que a
a SM do que a adiposidade total. Assim, a caracterizam e o acompanhamento da evolução
presença de alteração em medidas que clínica de crianças e jovens que apresentem, de
expressam este acúmulo passou a ser um
dos componentes característicos da SM. forma isolada ou combinada, tais alterações.

COMPONENTES ADAPTAÇÃO PARA ADOLESCENTES


Obesidade IMC > percentil 95 para idade e sexo
Alteração do Hiperinsulinemia de jejum ou glicemia de jejum >110 mg/dL
metabolismo da Tolerância à glicose diminuída após 120 min
glicose
Pressão arterial Pressão sistólica/diastólica > percentil 95 para idade e sexo
Dislipidemia Triglicerídeo > 155 mg/dL; HDL-C < 35 mg/dL; Colesterol total > percentil
95 para a idade e sexo,
OMS, 1998.
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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
As meninos estão em maior risco do que as OBESIDADE
meninas, os hispânicos e negros em maior risco Já que a obesidade é o fator predisponente
do que os brancos.. As prevalências de SM são, principal para o desencadeamento das de mais
expressivamente, mais elevadas em adolescentes alterações que compõem a SM, a prevenção
que apresentam sobrepeso ou obesidade.
para a síndrome só poderá se dar à partir da
prevenção da obesidade.

AMBIENTE ESCOLAR
A escola constitui um excelente meio para este fim, através
da possibilidade de promover a alimentação saudável e As medidas de prevenção da obesidade durante a
atividade física, através do Programa Nacional de Alimentação infância e adolescência poderão ser mais fáceis,
menos caras e potencialmente mais efetivas, tanto
Escolar, oferecido nas escolas da rede pública de ensino e para a saúde dos jovens quanto para o controle de
pela disciplina obrigatória de Educação Física. morbimortalidade na vida adulta.

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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
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DIARREIA AGUDA DIARREIA AGUDA
Pode durar horas ou dias e cujo maior COM SANGUE
risco é a desidratação e a perda de peso. Chamada disenteria, cujo
principal risco é o dano à mucosa
intestinal, sepse e desnutrição,
assim como a desidratação.

DIARREIA COM
DIARREIA PERSISTENTE
DESNUTRIÇÃO GRAVE
Com duração maior ou igual
Marasmo ou Kwashiorkor
a 14 dias, com sérios riscos
O principal risco é de infecção sistêmica grave,
de desnutrição.
desidratação, falência cardíaca e deficiência nutricional.
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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
Recomendado para crianças com diarreia aguda e ORIENTAR A FAMÍLIA
que não apresentam sinais de desidratação. Estas Sobre o reconhecimento dos
crianças receberão um tratamento de manutenção sinais de desidratação, piora do
a fim de evitar a desidratação. quadro e quando retornar ao
serviço de saúde.
AUMENTAR OFERTA DE LIQUÍDOS
Manter o aleitamento materno,
aumentando a frequência e duração
das mamadas; se não estiver em
AME oferecer líquidos caseiros
e/ou água potável.

SUPLEMENTAÇÃO DE ZINCO MANTER ALIMENTAÇÃO HABITUAL


10 a 20 mg durante 10 a 14 dias, na forma de A fim de impedir a deterioração do quadro
xarope ou comprimidos para serem dissolvidos. nutricional e promover mais rapidamente
a recuperação do epitélio intestinal.
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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
O plano B é para crianças que apresentam REAVALIAÇÃO APÓS 4H
diarreia aguda e desidratação. A primeira Caso a criança esteja melhor e sem
fase é a de reidratação, cujo componente desidratação, passar para o plano A. Se
essencial é a SRO e, em seguida, a fase de
a criança tem desidratação, refazer
manutenção
o plano B e se apresentar desidratação
ADMINISTRAÇÃO DE SRO grave, passar para o plano C.
Durante um período de 4
horas, administrar a SRO no
serviço de saúde, nas
quantidades apresentadas:

Idade (peso) SRO (mL)


< 4 meses (< 5 kg) 200 - 400
4 – 11 meses (5 a 7,9 kg) 400 - 600 PLANO C
1 – 2 anos (8 a 10,9 kg) 600 - 800 As crianças gravemente desidratadas necessi-
2 – 4 anos (11 a 15,9 kg) 800- 1200 tam repor água e sais minerais rapidamente.
5 – 14 anos (16 a 29,9 kg) 1200- 2200 Geralmente se administra líquidos por via
WHO, 2005. intravenosa ou usando uma sonda nasogástrica.
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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
Oferecer refeições com
Após a fase de reidrataçào,
volume reduzido e Corrigir erros dietéticos
garantir aporte nutricional
frequência maior que a e evitar dietas
adequado por meio do
habitual. restritivas e jejum.
retorno à alimentação
habitual da criança.

Aumentar ingestão hídrica por


meio do consumo de água, SRO,
leite materno e sucos de fruta Aumentar frequência Adequar consistência
sem açúcar. Evitar bebidas à de mamadas ao seio, da dieta à idade e
base de cola (refrigerantes e independente da idade aceitação da criança.
outros), chás e café. da criança.

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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
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BAIXO PESO AO NASCER DEFICIÊNCIA DE MICRONUTRIENTES
Os mecanismos principais pelos quais o baixo A deficiência de vitamina A possui grande
peso ao nascer predispõe às IRA baixas são a impacto sobre a gravidade das infecções
imunocompetência reduzida e a função pulmonar respiratórias em crianças. Sua carência reduz
restrita. A resposta imune das crianças de baixo a produção de células mucossecretoras.
peso ao nascer está gravemente comprometida.

ESTADO NUTRICIONAL
A imunocompetência de lactentes
desnutridos se encontra alterada
especialmente para o C3, a IgA
secretora e as populações
linfocitárias CD3 e CD4.
CUIDADOS E CONHECIMENTOS DE SAÚDE
ALIMENTAÇÃO AO SEIO Fatores relacionados aos conhecimentos, práticas e
O aleitamento materno apresenta um atitudes familiares, bem como a qualidade da assistência
forte efeito protetor contra incidência à saúde, incluindo avaliação do paciente e conduta,
de infecções respiratórias baixas. determinam o reconhecimento imediato ou tardio.
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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
A IRA é uma importante causa deterioração do AUMENTO DA DEMANDA
estado de saúde, especialmente o estado nutricional DE ENERGIA E ÁGUA
da criança nos primeiros 5 anos de vida. Estado hipermetabólico, que pode
resultar em perda de peso. O trabalho
respiratório aumentado também implica
CONSUMO aumento das necessidades energéticas.
ALIMENTAR
Consumo reduzido de
alimentos e água devido à
anorexia e/ou à própria
dificuldade de deglutição do
alimento, por causa de As proteínas são
faringite ou tosse. necessárias para fazer
frente ao anabolismo
Outra razão para o baixo consumo é o vômito, aumentado para a síntese
sendo uma das principais razões porque as de tecidos e elementos de
mães têm medo de oferecer alimentos. defesa (p. ex., linfócitos).

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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
Manter hidratação adequada para Amamentar ao seio com
fluidificar a secreção respiratória, maior frequência e sempre Aumentar o
reposição de líquidos perdidos pela por períodos mais longos de fracionamento da
febre e evitar inapetência causada dia e à noite. alimentação.
pela desidratação.

Manter a criança, após a


alimentação, em posição
semissentada a fim de O responsável deve Limpar o nariz obstruído
prevenir regurgitação e sentar-se com a criança se estiver interferindo na
vômitos e, consequentemente, incentivando-a a comer. alimentação.
o risco de aspiração.

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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
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INGESTÃO DIETÉTICA INADEQUADA
Anorexia, náuseas, vômitos, complicações orais AUMENTO DOS REQUERIMENTOS
(candidíase, problemas dentários), infecções NUTRICIONAIS E PERDA DE PROTEÍNAS
esofageanas, disfagia, dor epigástrica, depressão, Hipermetabolismo, febre, infecções, sepse,
desenvolvimento psicomotor deficiente. medicação, liberação de fatores catabólicos
(citoquinas, TNF).

ELEVADA PERDA DE NUTRIENTES


Diarreia, vômitos, febre, sangramento intestinal Interações medicamentos e alimentos
(ulcerações de mucosa), má absorção nutrientes
Demanda nutricional elevada para
(vitamina Bl2, ácido fólico, tiamina, zinco, selênio,
crescimento e desenvolvimento
cálcio, magnésio, vitaminas A e D).
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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
OBJETIVOS
Prolongar a sobrevida, reduzir a morbidade e melhorar a qualidade de
vida; melhorar o funcionamento do sistema imunológico; suprimir a
replicação do HIV pelo maior tempo possível; utilizar regimes
terapêuticos que facilitem a adesão e de baixa toxicidade.

CRITÉRIOS PARA TARV Critérios < 11 m 12 – 35 m 36 – 59 m >5a


A decisão sobre o início da TARV deve Categoria B Tratar Tratar - -
considerar a sintomatologia clínica e os Categoria C Tratar Tratar Tratar Tratar
parâmetros imunológicos e virológicos, CD4 < 25% ou < < 20% ou < < 15% ou < 15% ou <
1.500 céls/mm³ 750 céls/mm³ < 350 200
adequados à idade da criança. Tratar Tratar céls/mm³ céls/mm³
Tratar Tratar
A TARV deve ser composta por combinação de, Carga viral > 1.000.000 > 250.000 > 250.000 > 250.000
pelo menos, três drogas Antirretrovirais: duas dro- cópias/mm³ cópias/mm³ cópias/mm³ cópias/mm³
gas da classe ITRN com uma droga da classe de Considerar Considerar Considerar Considerar
1TRNN como a terapia inicial em crianças. tratamento tratamento tratamento tratamento

MS, 2006.
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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA AVALIAÇÃO CLÍNICA
Acompanhamento do crescimento da criança por Investigar a classificação da doença,
meio dos gráficos de crescimento, com adequação presença de infecções oportunísticas,
dos índices em frequência mensal para pacientes presença de sintomas de inapetência,
sintomáticos e trimestral para assintomáticos. intolerância alimentar, náuseas, candidíase
oral, presença de anemia, hiperlipidemia,
resistência à insulina induzidas pela TARV,
interações medicamentosas, etc.

AVALIAÇÃO BIOQUÍMICA AVALIAÇÃO DIETÉTICA


Albumina, transtirretina (TTR), hemoglobina, Realizada através do recordatório de 24
proteína C reativa, glicose de jejum, enzimas horas ou registro de consumo de 3 dias,
hepáticas, testes de absorção de carboidratos, para identificação de aspectos psicossociais
estado imunológico e carga viral, ferro e zinco e econômicos que podem afetar a
séricos, triglicerídios e níveis lipídicos. manutenção do estado nutricional.
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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
ENERGIA MICRONUTRIENTES
Deve estar aumentado em 50 a É importante aumentar as fontes alimentares
100% dos requerimentos de de vitamina A. Em relação a outras vitaminas e
crianças não-infectadas. Ao final de minerais não há evidências suficientes para
uma infecção aguda, é importante recomendar doses elevadas, mas é importante
que o consumo energético seja garantir o atendimento às recomendações de
aumentado em 20 a 50%. consumo de micronutrientes.

ÁGUA
Os requerimentos de água estão
aumentados se o paciente apresenta
suor excessivo pela febre e diarreia.

PROTEÍNAS
Não há dados suficientes para indicar aumento
do consumo de proteínas, em relação aos
requerimentos de indivíduos saudáveis, isto é,
representando 12 a 15% do VET,
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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
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Atualmente, o esquema vacinai infantil engloba imunobiológicos
para proteção contra 11 doenças e suas complicações. Para
prevenção do tétano neonatal e da rubéola congênita, o programa
prevê a imunização de mulheres em idade fértil e gestantes.

IMUNOBIOLÓGICOS
INTEGRANTES
Dispõe-se de vacinas produzidas
com micro-organismos atenuados,
incluindo a BCG, tríplice viral
(cachumba, rubéola, catapora),
vacina contra poliomielite, febre
amarela e rotavirose. RELAÇÃO COM A NUTRIÇÃO
Os imunobiológicos contendo micro-organismos
Dada a interação entre nutrição e infecção,
inativados incluem as vacinas tríplice bacteriana a vacinação representa, em última instância,
(coqueluche, tétano, difteria), vacina contra proteção contra desnutrição e carências
hepatite B e haemophilus.
nutricionais específicas.
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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
Doenças benignas comuns, tais
como afecções recorrentes Desnutrição, aplicação de
infecciosas ou alérgicas das vias vacina contra a raiva em Doença neurológica
respiratórias superiores, como andamento, antecedente estável (p. ex., síndrome
tosse e/ou coriza; diarreia leve ou familiar de convulsão. convulsiva controlada)
moderada; doenças da pele. ou pregressa, com se
quela presente.

Tratamento sistêmico com


corticosteroide durante curto
período (inferior a 2
semanas), ou tratamento Prematuridade ou baixo
prolongado diário ou em dias peso ao nascimento ou
Alergias, exceto as reações
alternados, com doses baixas internação hospitalar.
alérgicas sistêmicas e graves,
ou moderadas. relacionadas a componentes de
determinadas vacinas.
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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009. 161
VACINAÇÃO DE ESCOLARES VACINAÇÃO DE GESTANTES
Momento estratégico para a As vacinas vivas (vacina contra sarampo, rubéola,
atualização do esquema vacinal. Deve caxumba, febre amarela, BCG) são contraindicadas
ser efetuada, prioritariamente, no em gestantes. Contudo, quando for muito alto o risco
início do ciclo escolar, com a finalidade de ocorrer a infecção natural pelos agentes dessas
de atualizar o esquema de imunização. doenças, deve-se avaliar cada situação.

SURTOS OU EPIDEMIAS
Podem ser adotadas medidas de
controle que incluem a vacinação
em massa da população-alvo
(estado, município, creche etc.)
INFECÇÃO POR HIV
CAMPANHA DE VACINAÇÃO Pessoas com infecção assintomática
Estratégia cujo objetivo é o controle de pelo HIV, comprovada por testes
uma doença de forma intensiva ou a sorológicos, poderão receber todas
ampliação da cobertura vacinai para as vacinas incluídas no PNI.
complementar trabalho de rotina.
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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
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RGE FUNCIONAL RGE DE ORIGEM SECUNDÁRIA
Não tem associação com condição Associado a condições que
infecciosa, inflamatória, metabólica predispõem ao refluxo, tais como
ou neurológica. A criança cursa com alergia alimentar, neuropatia, doença
vômitos ou quadro de regurgitação, metabólica e/ou quadro infeccioso.
porém mantém-se com crescimento
e desenvolvimento normais, sem
sangramento gastrintestinal,
repercussão pulmonar e sem
manifestações epigástricas.

RGE PATOLÓGICO OU
DE ORIGEM PRIMÁRIA SINTOMAS
Caracteriza-se pela presença de vômitos Vômito recorrente, perda de peso ou baixo ganho
constantes, déficit pôndero-estatural, de peso, irritabilidade em lactentes, regurgitação,
esofagite, hematêmese, anemia, esôfago azia ou dor torácica, hematêmese, disfagia ou
de Barret e problemas pulmonares. recusa alimentar, apneia, roncos , rouquidão,
tosse, síndrome.
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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
VOLUME E FRACIONAMENTO FIBRAS
Evitar a plenitude gástrica, por meio A seleção deve ser de fibras solúveis,
do fracionamento das refeições e sendo estas preparadas na forma de
redução do volume das mesmas. cocção úmida visando aproveitar o
máximo do seu efeito laxativo.
TEMPERATURA
Evitar temperaturas
extremas dos alimentos,
pois estas retardam o
esvazia mento gástrico.

Proteínas 2-3g/kg/dia de fácil digestibilidade e baixo teor


CONSISTÊNCIA de purinas
Adaptada à idade da criança, com Lipídios 2-4g/kg/dia
ênfase em alimentos com maior Carboidratos Para completar o VET (preferencialmente
grau de espessamento (semilíquida a complexos)
pastosa). Estimular a mastigação dos Eletrólitos Garantir reposição das perdas nos casos de
alimentos em crianças maiores. grandes vomitadores

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ALEITAMENTO NATURAL ALIMENTAÇÃO ARTIFICIAL
Deverão ser mantidos neste Lactentes > 3 meses
regime alimentar, reforçados A concentração de farináceos será de 5 a 7% para
os cuidados posturais, com farinhas de cozimento e, de até 10%, para farinhas pré-
maior fracionamento das cozidas. A introdução de alimentos não-lácteos obedecerá
mamadas de modo a evitar o aos princípios gerais da alimentação do lactente, porém
consumo de grandes com ênfase em preparações com maior espessamento.
volumes/refeição.

ALIMENTAÇÃO ARTIFICIAL As fórmulas lácteas


Lactentes de até 3 meses industrializadas destinadas
Recomenda-se o espessamento da ao consumo de crianças
portadoras de DRGE incluem
formulação com farinhas pré-cozidas, em amido em sua composição
média na proporção de 5 a 7% e, de 3 a proporcionando maior
5%, para farinhas de cozimento, ainda que a espessamento.
criança faça uso de fórmulas infantis.
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Restritos aos casos de DRGE, são largamente EFEITOS
empregados os procinéticos, os quais aumentam COLATERAIS
a pressão do EEI e favorecem o peristaltismo O tratamento
esofagiano e esvaziamento gástrico.
medicamentoso pode
produzir efeitos
ALÍVIO DOS SINTOMAS secundários como:
Para alívio dos sintomas diarreia, constipação,
relacionados à esofagite são flatulência e cefaleia.
recomendadas drogas
redutoras da acidez gástrica
(antiácidos) e os bloqueadores
de secreção gástrica. MEDICAMENTO INTERAÇÃO DROGA-NUTRIENTE
Antagonistas H2 Inibem absorção de vitamina B12 e ferro
INTERAÇÃO DROGA-NUTRIENTE Antiácidos à base de alumínio Substitui o cálcio na formação óssea, além da
Chama-se atenção para a suplementação de depleção de ácido fólico, fosfato e ferro. Podem
induzir à osteopenia, anemia microcítica e
algumas vitaminas e minerais e do controle das neurotoxicidade
intercorrências que poderão vir a ocorrer diante Antiácidos à base de magnésio Induz à ocorrência de diarreia, além da depleção
de ácido fólico, fosfato e ferro
da ação de determinados medicamentos.
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Os distúrbios de eliminação fecal variam de CONSTIPAÇÃO CRÔNICA FUNCIONAL
simples constipação até a retenção crônica, Decorre, basicamente, de mudanças
podendo ter origem orgânica ou funcional. alimentares, principalmente no lactente,
com o uso de alimentos com pouco resíduo
CONSTIPAÇÃO AGUDA na época da alimentação complementar.
Pode ocorrer devido a
convalescença de uma
doença aguda, incluindo-se
aí doenças infecciosas,
frequentemente associadas
à redução de ingestão de
alimentos ou tratamento CONSTIPAÇÃO CRÔNICA PSICOGÊNICA
com uso de drogas Tem origem comportamental, difícil manuseio,
constipantes pois decorre da época do treinamento de
controle dos esfíncteres na evacuação. A
Pode também ocorrer devido à mudança do
hábito alimentar, à redução da atividade física
criança passa a ter medo de evacuar pelo
ou à mudança de hábitos/ambiente. desconforto e dor que tal ato acarreta.

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As recomendações para a criança incluem ÁGUA
uma ingestão regular de refeições, ampla A recomendação de consumo de líquidos é de
variedade de alimentos que contenham cerca de 1,5 mL/kcal dietética. É desejável
fibras e líquidos em quantidade adequada. que cerca de 50% da ingestão diária de líqui-
ANAMNESE dos seja de água, com exceção de lactentes
Auxilia na identificação da em aleitamento materno.
alimentação habitual, da ingestão
de líquidos e detecção de erros
alimentares, que serão úteis na
formulação das recomendações
dietéticas, sempre levando em
conta seu crescimento e
desenvolvimento adequados. O consumo de legumes e de
FIBRAS
vegetais folhosos deve ser O Institute of Medicine recomenda
Os erros alimentares são identificados estimulado. Sempre que possível, 19 g/dia, para crianças entre 1 e 3
como os maiores responsáveis pela devem ser oferecidos crus.
constipação intestinal.
anos e 25 g/dia para crianças
entre 4 e 8 anos de idade.

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FRUTAS ALIMENTOS FLATULENTOS
Deve-se aumentar o consumo, em especial É importante também evitar ou usar
as de efeito laxante. A fruta inteira ou em moderadamente, que podem trazer
pedaços e, sempre que possível com desconforto intestinal, como couve-
casca, fornece mais fibra que quando na flor, repolho, pepino, goiaba, jaca,
forma de sucos e de polpa amassada. batata-doce, pimentão, ervilha, nabo.

ALIMENTOS CONSTIPANTES
Alimentos pouco estimulantes do peristaltismo intestinal
não precisam ser excluídos do plano alimentar, devem ser
utilizados em combinação com alimentos que estimulem o
trânsito intestinal, como: banana com aveia ou farelo;
arroz cozido com folhosos, farofa com ameixa ou talos
de vegetais, entre outras.
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O medo da constipação encoraja a DESVANTAGENS
automedicação com o uso de drogas O hábito de tomar laxantes diariamente provoca
laxativas, que não devem ter seu uso esvaziamento do cólon de forma violenta e artificial.
estimulado, pois irritam a parede Quando são suspensos, o intestino relaxa e a
intestinal e causam dependência. eliminação de fezes é interrompida por um tempo

LUBRIFICANTES
O uso prolongado pode provocar
inflamação do fígado, baço e
nódulos linfáticos abdominais bem
como interferir na absorção das
vitaminas A e D.
FORMADORES DE MASSA
ESTIMULANTES QUÍMICOS
Aumentam o volume do bolo
Irritam a parede intestinal, consequentemente estimulando
fecal, à base de celulose e
a peristalse, mas são adstringentes e podem provocar
hemicelulose, que diminuem a
cólicas e, ainda, causar o cólon catártico (lesão dos plexos
absorção de nitrogênio e gordura.
mioentéricos, devido à estimulação excessiva).
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MECANISMOS DE DEFESA MECANISMOS DE DEFESA IMUNOLÓGICOS
NÃO-IMUNOLÓGICOS GALT: folículos linfoides, plasmócitos e linfócitos da lâmina
Permeabilidade intestinal própria, linfócitos intraepiteliais, linfonodos mesentéricos.
seletiva, controle do antígeno IgA secretória: proteção contra a captação de antígenos,
pelo sistema imunológico, flora impedindo, também, a aderência de toxinas e de bactérias.
local, mucinas, acidez gástrica, Imunidade celular local: representada pelos linfócitos T,
enzimas proteolíticas, intraepiteliais, mastócitos macrófagos e eosinófilos.
movimento peristáltico,
digestão intracelular.

MANIFESTAÇÕES EXTRAINTESTINAIS
Respiratórias (rinite, rinorreia, asma,
MANIFESTAÇÕES GASTROINTESTINAIS
bronquite, otite, sinusite), dermatológicas
Gastroenterite alérgica (aguda ou crônica),
(dermatites, eczemas), hematológicas (anemia),
cólicas, vômitos, constipação intestinal.
gerais (choque anafilático, hipodesenvolvimento).
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O princípio básico do tratamento,
SUBSTITUIÇÃO DO LEITE DE VACA
Indica-se substituir por hidrolisados de caseína
consiste na exclusão do alimento suspeito
ou de proteínas do soro do leite de vaca,
utilizando-se dietas de eliminação.
fórmulas à base de soja ou leite de outras
DIETA HIPOALERGÊNICA espécies, como o de cabra.
De preferência não
habitualmente ingeridos
pela criança, excluem-se
todos os prováveis alimentos
alergênicos de uma só vez e
estes são reintroduzidos
gradativamente, um a um.
MICRONUTRIENTES PREBIÓTICOS
Aqueles com papel importante na função imune Os prebióticos destacam-se pelo
devem ser observados, bem como aqueles aumento da absorção intestinal de
que garantem a estabilidade celular, sendo cálcio, proteção contra infecções,
necessário, por vezes, a oferta medicamentosa. entre outras funções.
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Em caso de suspeita de alergia
alimentar, o aleitamento materno deve
É necessário realizar uma
Promover o ser mantido por mais tempo, sendo
anamnese alimentar
aleitamento materno introduzidos, aos poucos, outros
detalhada com a família
exclusivo no primeiro alimentos menos sensibilizantes.
para nortear a alimentação
semestre de vida.
da lactante e da criança.

Recomenda-se a
reintrodução do leite de vaca
Avaliar a pertinência de retardar a ou de seus derivados quando
introdução de alimentos como leite de a criança encontrar-se em
vaca, ovos, trigo e carnes na alimentação bom estado geral e sem
de filhos de mães que não consumiram manifestações do quadro
tais alimentos durante a gestação. alérgico.
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LEUCEMIA LINFOCÍTICA CRÔNICA (LLC) LINFOMA NÃO-HODGKIN
É uma neoplasia monoclonal de linfócitos de longa vida Maior grupo isolado de neoplasias do
e proliferação lenta, em gerai linfócitos B, que são sistema imunológico e compreendem
imunologicamente defeituosos. Os pacientes em estágios um grupo heterogêneo de doenças
mais avançados apresentam mal-estar, fadiga, anorexia, malignas cujo elo comum é uma
perda de peso, febrícula e suores noturnos. expansão monoclonal característica
de linfócitos B ou T malignos.

LINFOMA DE BURKITT
É uma rara neoplasia da
célula B monoclonal.

LEUCEMIA AGUDA DOENÇA DE HODGKIN


Caracterizadas por uma predominância de Distúrbio maligno originado nos linfonodos. A
precursores linfoides ou mieloides imaturos maioria dos pacientes apresenta uma
(blastos). Os blastos substituem progressivamente massa indolor, que aumenta de tamanho,
a medula óssea normal e invadem outros tecidos. localizada mais comumente no pescoço.
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ARGININA
Aminoácido semiessencial, sendo NUCLEOTÍDEOS
essencial no estresse, maior duplicação Estimulam a imunidade celular, precursores
de linfócitos T, promove melhoria do para síntese de DNA e RNA, maior atrofia da
balanço nitrogenado e maior resistência mucosa intestinal, mantendo integridade do TGI.
periférica e impede a atrofia do timo.

GLUTAMINA
Essencial para células em
replicação e enterócitos e
na resposta imunológica e
integridade do TGI.
ZINCO
AG POLIINSATURADOS
Atua na função fagocitária,
Constituintes de membranas
imunidades celular e humoral,
celulares e precursores dos
importante no crescimento e
eicosanoides, que são mediadores
replicação celular.
das respostas imunológicas.
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VITAMINA C
Necessária na função leucocitária (imunidade VITAMINA E
celular), essencial na síntese de colágeno Antioxidante biológico e mantém
(processos de cicatrização) e de carnitina, para o integridade da membrana celular
metabolismo de aminoácidos, colesterol e folacina
e regulariza o potencial oxidorredução celular.

VITAMINA A
Papel essencial no
processo imunitário e
para a estabilidade de
membranas

MAGNÉSIO ÁCIDO FÓLICO


Fundamental na integridade e Síntese de ácidos nucleicos c processos de
transporte na membrana celular, interconversões de aminoácidos, atua com a vitamina
cofator de fosforilação oxidativa. B)2 na síntese de DNA (renovação celular).
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PROTEÍNA LIQUÍDOS
Hiperproteica visando a resposta Em grande quantidade para reduzir as
imunológica e o possível catabolismo alterações metabólicas provocadas
estimulado pela doença e/ou interação pelo frequente estado febril
medicamentosa (1,0 a 1,5 g/kg/dia) (excetuando-se os casos de edema).

ENERGIA FIBRAS
Compatível com o estado Aumentar o aporte e brandadas em casos de anorexia.
nutricional do paciente,
geralmente hipercalórico.

LIPÍDIOS
Complementar o VET, não
ultrapassar 10% de gorduras
CARBOIDRATOS
saturadas, aumentar o aporte de Garantir um valor satisfatório
ácido graxo n-3 e poliinsaturados. que não permita proteólise para
Restringir frituras, carnes e neoglicogênese, poupando proteínas
preparações gordurosas. tissulares (50 a 60 % do VET).

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NÁUSEAS E VÔMITOS INAPETÊNCIA
Alterar os horários de alimentação, dar preferência Garantir maior aporte
a alimentos frios e em pequenas porções; evitar energético; dar preferência
alimentos gordurosos e doces; oferecer líquidos em a refeições fracionadas com
pequenos volumes e entre as refeições; evitar volume reduzido; evitar
alimentos e preparações com aroma muito forte. preparações gordurosas e
com temperaturas
extremamente elevadas.

MUCOSITE DIARREIA
Soluções vitamínicas podem evitar a instalação Se for causada pela quimioterapia ou
de mucosites; os alimentos devem ser macios, irritação, não é necessário restrição dietética;
frios ou na temperatura ambiente; uso de garantir reposição de líquidos e eletrólitos; dar
pouco sal; para higiene bucal, evitar escova de preferência a frutas e hortaliças
dentes e usar compressas. constipantes e oferecer soro caseiro.
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CORANTES
Compostos orgânicos, alguns quimicamente INTENSIFICADORES DE SABOR
sintéticos, e outros naturalmente encontrados Substâncias que intensificam
em pigmentos de plantas, incluindo a clorofila, o sabor e/ou o cheiro dos gêneros alimentícios.
carotenoides e antocianina.

CONSERVADORES
Substâncias que prolongam
a durabilidade dos gêneros
alimentícios, protegendo-os
contra a deterioração por
micro organismos.

EMULSIONANTES
Substâncias que tornam possível a formação ANTIOXIDANTES
ou a manutenção de uma mistura homogênea Prolongam a durabilidade dos gêneros
de duas ou mais fases imiscíveis, como o óleo alimentícios, protegendo-os contra a
e a água, nos gêneros alimentícios. deterioração causada pela oxidação.
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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
ACIDULANTES
Os mais usuais são os ácidos orgânicos ESTABILIZADORES
idênticos aos encontrados nas frutas. Substâncias que tornam possível a manutenção
Por exemplo, ácido málico, que existe na do estado físico-químico dos gêneros alimentícios.
maçã, ácido tartárico, na uva, e o ácido
cítrico, na laranja e no limão.

ESPESSANTES
Substâncias que
aumentam a viscosidade
dos gêneros alimentícios.

ANTIESPUMÍFERO
São substâncias que evitam a EDULCORANTES ARTIFICIAIS
formação de espumas em alimentos Conferem o sabor doce, porém não são
líquidos, durante seu processo de açúcares. Por exemplo, sacarina,
fabricação ou produto final. ciclamato, aspartame, acesulfame.
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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
Nutrição e câncer interagem de maneira com- SECREÇÃO DE ÁCIDOS BILIARES
plexa, mas incompletamente entendida. A inges- Podem ser enzimaticamente transformados
tão de alimentos e água imprópria pode pela colônia de bactérias para ácidos biliares
aumentar a suscetibilidade para o câncer por
intermédio de vários mecanismos gerais.
secundários potencialmente carcinogênicos.

NITRITOS
ADITIVOS A elevada ingestão contribuiu para o aumento
Alguns corantes artificiais, do número de casos de câncer do TGI.
como a eritrosina e a
tartrazina, apresentam
potencial carcinogênico.

CONVERSÃO DE COMPOSTOS
MACROCOMPONENTES Conversão de compostos
Tem-se investigado o papel do elevado consumo encontrados nos alimentos (p. ex.,
de gorduras, colesterol, sal e carboidrato e da nitratos) em carcinógenos por
redução do consumo de fibras na dieta com o meio da ação endógena de enzimas
desenvolvimento de câncer ou da flora bacteriana.
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Grave: muitos sintomas são observados, tornando o diagnóstico
SINTOMAS evidente. Nota-se grande prejuízo na escola, em casa e pares.
Ligeira: a criança apresenta ligeiros sintomas, sendo observado pouco ou
Desatenção, impulsividade e hiperatividade, nenhum prejuízo para a criança, na escola ou na sua função social.
que se manifestam em ambientes diferentes Moderada: grau intermediário, isto é, entre leve e grave. Os sintomas são
e causam comprometimento funcional. evidentes e podem trazer prejuízo funcional para a criança.

REAÇÃO HIPERCINÉTICA
Provocada por agentes tóxicos alimentares, destacando- Podem provocar, em crianças com
se os corantes artificiais, conservantes alimentares, algum tipo de sensibilidade
idiossincrásica, uma síndrome
resíduos agrotóxicos nos alimentos, alguns tipos de denominada hipercinesia situacional ou
molhos, cereais empacotados, salsichas, queijos, açúcar hiperatividade situacional.
refinado, salicilato de sódio e sementes oleaginosas.
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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
FATORES DE RISCO
Entre as reações alérgicas provocadas
Os fatores de risco para o desenvolvimento de por aditivos, destacam-se a asma
enfermidades atópicas são multifatoriais, brônquica, a rinite e a urticária.
destacando-se como relevantes a predisposição
genética, a exposição precoce a substâncias
alergênicas e redução da imunidade.

PREVENÇÃO
Evitar sensibilização intrauterina, tabagismo, DESENCADEADORES
exclusão de alimentos alergênicos e aditivos Corantes artificiais: tartrazina, amaranto,
alimentares principalmente durante a lactação ponceau 4R, eritrosina e verde brilhante.
e no primeiro ano de vida da criança. Conservadores: derivados do ácido
benzoico, ácido sulfídrico e sulfitos.
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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
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Coletar, selecionar, Responder tecnicamente pelo
classificar, processar, processamento e controle de
Monitorar e registrar as
estocar e distribuir o leite qualidade do leite humano
etapas do processo.
humano ordenhado e ordenhado procedente do
pasteurizado. posto de coleta a ele vinculado.

Dispor de sistema de informação que


Estabelecer ações que
assegure os registros relacionados às Realizar o controle de permitam a
doadoras, receptores e produtos, qualidade dos produtos e rastreabilidade do leite
disponíveis às autoridades competentes, processos sob sua humano ordenhado.
guardando sigilo e privacidade dos mesmos. responsabilidade.
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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
Paramentaçào de doadoras Coleta de LHO no BLH.
para coleta de LHO no BLH. Paramentação de
funcionários para coleta
Pré-aquecimento e
de LHO no BLH.
Análise de crematócrito. pasteurização de LHOC.

Descongelamento de LHOC
e coleta de amostra para Determinação da curva de Recepção da coleta
Resfriamento
testes de acidez Dornic e pré-aquecimento. externa de LHO e
de LHOP.
crematócrito. armazenamento.
Seleção de LHOC e avaliação sensorial.
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ACCIOLY; SANUDERS; LACERDA, 2009.
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