Você está na página 1de 7

Todos os ditcitos desta cdiçlo rescrvados à Pontes Editotcs Ltda.

Kleber Aparecido da Silva


Proibida a rcproduçlo total ou parcial cm qualquer mldia
·:,t~(:_~-,,:- sem a autorizaçlo escrita da Editora.
Os infratores estio sajcitos ls penas da lei.
Mariana Mastrella-de-Andrade
Cesário Alvim Pereira Filho
<:.~i:·. (Orgs)
.; .-~.: •' ~-.:"':..

·~MT
J:!r
~~: ;
~ -
·=:.:7~._
,,+t:'''. \ .
'•• ~h. :{; :,; . . ~. - • •

-:~;-"..,~~::-: ;..:; . ~d01 laternaciollllis de Catalogaçio na Publicação (CIP)

i11i~r
:;~t,\ i~.
Silva, Kleber Apareàdo da/ Mastrella-de-Andrade, Mariana/
l'erma Filho, Cesário Alvim (Orgs.)
A formação de professow.; de línguas: políticas, projetos e parcerias
/ Kleber Aparecido da Silva/ Mariana Mastrella-de-Andrade /
Cesário AMm Pereira Filho (Orgs.)

Campinas, SP: Pontes Editores, 2015.


Bibliografia.
ISBN 978-85-7113-623-6

l. Ensino de línguas - ensino e aprendizagem


2. Fonnação de professores 3. Linguísticas - políticas - parceria
4. Comunicação 1. Título

Índices para cat4lo&o s1sttm,tico: .

1. Ensino de línguas - ensino e aprendizagem - 407


--
..... e

2. Formação de professores - 370.7


3. Linguísticas - políticas - parceria - 410
4. Comunicação • 302.2

Pontes

. .,~
_.-.
.· /. 3
... :{··:~
i!~
:·: ·<~
!,'
o<~
-.-,....~":1 .
A PORMAÇÃO DE m>FESSÓUS OI! ÚNGIJAS ;
,OÚTIOO, PI.OJ!TOS E P.W:EIUAS

,.
_,:

-~\;~'itf~\~f:'
. ~·-·
OS PASSOS DA PESQUISA EM FORMAÇÃO DE
PROFESSORES DE ÚNGUAS NO BRASIL
Deise Prina Outra
UFMG

1. INTRODUÇÃO

Em süa quarta versão o Congresso Latino Americano de Formação


de Professores de Língua (CLAFPL) propôs uma mesa-redonda intitulé-
da "O papel das pesquisas sobre formação de professores de línguas:
perspectivas latino-americanas". No sentido de discutirmos esse papel,
destacaremos os muitos passos que a área de formação de professores
tem trilhado no Brasil, principalmente nos esforços envidados para
melhor construir a ponte entre a teoria e a prática, bem como entre a
universidade e a escola (i.e. TELLES, 2009; MAGALHÃES, 2009; NASPO-
LINI, 2010; CRISTOVÃO, 2011; MAGALHÃES; FIDALGO, 2011; DlrrRA;
MELLO, 2013; SANTOS et aL, 2014). Tendo como base os trabalhos
do IV Congresso Latino Americano de Formação de Professores de
Línguas, discorreremos sobre quais instituições se dedicam a pesquisar
a formação de professores de línguas, os tipos de pesquisas desenvol-
vidas, quais assuntos são os mais pesquisados, como as pesquisas são
divulgadas, qual o impacto das pesquisas nas políticas públicas, qual
apoio governamental há para a realização de pesquisas em formação
de professores e quais são as redes de pesquisadores nesta área. O
capítulo encerra propondo a construção de uma rede latino-americana
de pesquisa sobre formação de professores de línguas que favorecerá
o desenvolvimento de projetos conjuntos.

2. INSTITUIÇÕES QUE PESQUISAM SOBRE A FORMAÇÃO DE PROFESSORES


DE ÚNGUAS .

Muitas são as instituições brasileiras que se dedicam ·a pesquisar


a formação de professores de línguas. Com base no programa do IV
.;
!
·.,.
,· .,

A NRM.~Ç-'ô I.Jc PROFESSORES OE ÚNC~S: A FORMAÇÃO DÍ n.C>FESSORES ílF. UlfG<JAS:


POLlilW, PROJETOS E PARCERIAS POÚTICAS I PlOJETOS f PARCEJU~S
- .

: CLAFPL verificamos que instituições em 23 estados do Brasil desen-


. ?. · volvem pesctJisas n1 área.
\.··.

Figura 1 • Distribuição por estado


.·-\....:

( _:->\:..'-.;_
(~/ ·· ,

{.··

~""·;,-: ·

'
' -·
·'\._ . )
........ \.

-,~\ . ;'. . . , • ~r:


Figura 2 - Distribuição por tipo de instituição
{)f ::r:\ , Pesquisadores no rv CLAFPL
; ·- _; · _.... ·.:'.'
:' ~~---· .

3. TIPOS DE PESQUISAS E ASSUNTOS ABORpADOS

As pesquisas em formação de professores de línguas apresentadas


Instituições de origem dos pesquisadores no rv CLAFPL no IV CLAFPL são majoritariamente qualitativas, envolvendo coletas
\ de dados como questionários, entrevistas, observação de aulas entre
Há, todavia, uma dara concentração das pesquisas nas regiões outras técnicas (i.e. BARCELOS, 2004; OUTRA; MELLO, 2009; SILVA,
sudeste e sul, seguidas pelas regiões, nordeste, centro-oeste e norte. 2010; FREIRE et al., 20053). Se por um lado esses estudos podem levar
Aárea de formação de professores de línguas não difere de tantas ou- a um conheámento aprofundado do contexto de pesquisa e, conse-
tras no país em relação à localização da maior parte das pesquisas em quentemente, das comunidades de prática, a similaridade das técnicas
desenvolvimento, haja vista o levantamento do Diretório de Grupos de utilizadas pode produzir resultados que reduzem o poder de alcance
Pesquisa do CNPq em 201 O que aponta para o fato de que 46,8% dos dos estudos, apesar da grande variedade de temas de pesquisa abor-
grupos de pesquisa está na região sudeste e 22,5% na região sul1, Outro dados, como constatamos no IV CLAFPL e descreveremos a seguir. Vale
aspecto a ser destacado é que grande parte dos trabalhos apresentados ressaltar o aspecto positivo dessas pesquisas, pois conhecer situações
no IV CLAFPL foi de pesquisadores de instituições federais de ensino específicas de ensino/aprendizagem, como em estudos de caso etno-
(Figura 2). Essa concentração de pesquisadores _nessas instituições gráficos, pode contribuir para a solução de certos problemas. Além
pode ser pelo fato de não só haver universidades federais, .mas também da questão sobre o método de pesquisa escolhido, parece-nos que
institutos federais 2 que aglutinam tanto cursos técnico de nível médio muitos trabalhos acabam repetidamente abordando as dificuldades de
e superior, podendo oferecer cursos de graduação e pós-graduação. ensino/aprendizagem sem, contudo, abranger outros questionamentos
importantes, concernentes àformação dos professores. Pelos motivos
1 http· //lattes cnpg br/web/dgplpor-rcgiao. . · . . . supracitados, esses estudos podem gerar resultados não generalizáveis,
2 . . Em 2008 foram criados "JS Institutos Federats de Educaçlo, C1encia eTecnolog1ano pais, fonnados
· · a partir dos Centros Federais de Educaçlo Teaiol6gica (Cefets), das escolas agrotfcnicas federais e 3 Poucos slo os trabalhos quantitativos na área de fonnaçlo de professores no Brasil, um cx~p\o
;,__>· 1; . . '. ·- das escolas ttcnicas vinculadas aunivenidades". http://www.ifg.edu.br/index.php/component/content/

l~~t~~:>
seria Marques (2010).

mtido/l-"86347•-'"'"-
·. A FORMAÇÃO DE Pl!OFESr,ORE$ DE ÚNC;JAS:
A FORM~Ç~O DE NtO~t'SSOltES DÉ UNCUAS:
POl.fnCAS , PROJETOS E rAlCF.IJ.AS
POllnc.a.S, PROJETOS EPAACE!ÚÁS

• Formação continuada
restringindo sua capacidade de influenciar políticas, por exemplo, de
• Formação inicial
formação continuada de professores de línguas. Caberiar.. aqui, por-
• Formação crítica
tanto, duas perguntas que podem guiar a reflexão sobre o papel das
• Novos letramentos
pesquisas em nossa área:
• Crenças
• História~ de professores
• Os estudos investigam ações para formação de professores ou • Identidade
discorrem sobre a formação que ·esses professores tiveram? • Processos de reflexão e ação
• Qual seria o impacto do desenvolvimento de pesquisas quantita- • Mudança/transformação
tivas ou tubridas? • Educação linguística
• Políticas públicas
Ainvestigação sobre a formação pela qual os professores passaram, • Relações universidade/ escola /sociedade
no caso de o foco da pesquisa ser em formação continuada, parece ser • Redes colaborativas / comunidades de prática
essencial na condução de ações a serem desenvolvidas; tais como cursos 5 • O professor e o ensino de leitura, gramática, habilidades integra-
ofereàdos em algumas instituições, entre elas a PUC-SP-4, a UFMG , a das, etc.
UFV', gerando parcerias de pesquisa, por exemplo, de características • Desenvolvimento da autonomia
colaborativas (MAGALHÃES, 2002; JESUS et ai., 2007). Contudo, pou-
co impacto podem ter estudos que se restringem a relatar o tipo de
4. DIVULGAÇÃO DAS PESQUISAS EAS REDES DE PESQUISADORES
formação que os professores tiveram a oportunidade de fazer, éons-
tatando as deficiências dos cursos de formação que não preparam os
professores de línguas para as demandas atuais de seus alunos: A par- Um dos grandes desafios ·da área é tornar acessíveis as várias
ceria pesquisador-professor que pode prosseguir a partir desse ponto, pesquisas desenvolvidas àqueles que estão em sala de aula e também
contribuiria para que o professor conseguisse se instrumentalizar e ter àqueles que podem influenciar as políticas públicas ligadas ao ensino
uma atuação pedagógica informada. Esse professor, ávido por abrir os de línguas. Amaior parte das pesquisas em formação de professores é
horizontes de sua atuação, busca desenvolvimento linguístico e me- divulgada em livros de coletâneas. Constata-se uma relativa tendência
todológico que pode· ir desde questões básicas de gerenciamento da ,, por publicações em livros de coletânea dos membros do Grupo de
Trabalho (Gl) de Formação de Educadores na Linguística Aplicada •
7
sala de aula, de reconhecimento dos interesses e necessidade de seus livro cor-
alunos até o uso adequado de uma estrutura linguística em um gênero Entre 2009-2011 a publicação de livro ou de capítulo em
textual espeáfico. Devido a esses tão variados interesses e necessidades respondeu a 58,8% e a de artigos 41 ,2% do total de publicações do
dos professores de línguas em formação, seja ela inicial ou contínua, GT. Essas publicações são de autoria individual ou em co-autoria,
é que a diversidade de tipos de pesquisa, qualitativa, quantitativa ou sendo que em grande parte refletem trabalhos desenvolvidos em
híbrida pode ser benéfica para a área. Adecisão de qual pesquisa fazer colaboração entre pesquisadores de uma mesma instituição ou de
deve, primordialmente, partir das perguntas que os pesquisadores se várias instituições, envolvendo membros internos e externos ao GT
propõem a responder diante de tão variados assuntos como os listados (i.e. RAMOS; BÁRBARA, 2003; KALAJA et ai., 2008; ASSIS-PETERSON,
abaixo e abordados durante o IV CLAFPL: 2008; TELLES, 2009).
Programa de Fo~ Continua de Professores de Ingles da PUC-SP cm parceria com
a Cultura
4.
Inglesa. Informações no 1tte: bttp://www.culturainglcsasp.com,br/formacaorcdcpublica

~ªii
que podem
s Programa Interfaces daFormaçlo cm Lfngua Estrangeiras da UFMO envolve tr!s projetos
. ser acessados no link http://www .lctras.ufmg.br/intcrfaccs
cm http:// 7 · Ah! 2012 havia o subgrupo de Fonnaçlo de Professores no Grupo de Trabalho de Lingufstlc
aAplicada · ;,} j
6 · Projeto de Educaçlo Continuada para Professores de Ingles da UFV pode ser acessado

~!j)¼/ ~qfüsb oobm.b d


d>ANPOLL '"""º o,; oado oGT "''""" """""" """ m ~ ;~ApU"" '-

9
92
.,·.-.... .;.~~-- .
,.. FORW.ÇÃO OI: PROFESSORES DE LÍNCUAS : A FORMA(,ÃO OE ,1tOFF~~ous oe ÚNGUAS:

l'OÚTICA~ , PROJETOS E PARCERIAS POI.ÍTICAS, PROJETOS E PAllCEllAS

Embora exista uma circulação de publicações sobre formação • Plano Nacional de Formação de Professores da Educacão Básica
de professores de línguas no país ainda parece ser difícil dimensio- (PARFOR) 13 · . ,

nar o impacto de nossas pesquisasª. Percebemos um crescimento


da interação universidade-escola e membros de nossa comunidade O grande número de participantes nos CLAFPLs já organizados
acadêmica fazem parte de comissões ou programas de políticas evidencia as pesquisas realizadas no país em formação de professo-
públicas. Desde a primeira edição do CLAFPL percebe-se um cons- res. Algumas recebem apoio de instituições de fomento federais ou
tante aumento da participação de professores de escolas de ensino estaduais (e.g. CNPq, FAPEMIG entre outras), mas nota-se que poucos
fundamental e médio entre aqueles que apresentam trabalhos. Esses são os editais especificamente dirigidos à formação de professores de
professores desenvolvem pesquisas individuais em suas escolas ou línguas. Algumas ações propostas não estão necessariamente atreladas
em parceria com membros de universidades, sendo que alguns fazem à pesquisa, todavia, seu impacto poderia ser investigado. Por exem-
parte de programas de mestrado ou doutorado. Em qualquer um plo, o Programa de Desenvolvimento Profissional para Professores de
dos casos fica patente o esforço em compreender seu contexto de Língua Inglesa nos EUA (PDPI) - CAPES/Fulbright - tem proporcionado
trabalho e seus alunos a fim de melhor atender suas necessidades experiências gratificantes aos professores da rede pública que per-
linguísticas. Temos também presenciado um crescimento da partici- manecem seis semanas em uma universidade nos Estados Unidos. Ao
pação de membros do GT de Formação de Educadores na Linguística , participarem de atividades acadêmico-culturais retornam sentindo-se
Aplicada e de outros GTs em comissões e redes organizadas pelo mais valorizados e com uma bagagem linguístico-met odológica reno-
poder público. Chama-nos atenção a diversidade de ações que têm vada. Se professores e pesquisadores fizessem uma parceria para um
como foco a formação de professores,.o apoio a utilização de .ma- acompanhamento_ sistemático dos participantes do programa a partir de
terial didático, as orientações curriculares e os cursos direcionados seu retorno ao país, muito poderia ser conhecido sobre as implicações
a alunos universitários. Dentre as iniciativas ou programas que dão de tal iniciativa na prática docente.
apoio às atividades direcionadas aos professores e alunos de línguas Cabe aos membros de nossa comunidade acadêmica o fortaleci-
destacamos os seguintes: mento das redes de pesquisadores nas suas mais variadas ações com
• Plano Naáonal do Livro Didático (PNLD) - língua portuguesa e lín- professores, principalmente, aqueles que atuam nas redes públicas de
guas estrangefras (PLEs)9; ensino no país e na América Latina. Corno mencionado anteriormente,
• Parâmetros e orientações curriculares ;
10
··· o GT de Formação de Educadores na Linguística Aplicada, integrante
11
• A Rede Nacional de Formação Continuada de Professores ; da ANPOLL (Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa Letras
• lnglês sem Fronteiras12; e Linguística) , conta com (20) vinte membros de (14) quatorze insti-
Mesmo que almejemos impactar pessoas fora da academia, n9:5 escolas ou ~os círculos polltic~s, as
tuições. Pode-se destacar a rede criada para o desenvolvimento dos
8
publicações sllQ avaliadas pelo impacto que elas t!m na comunidade acad!m1ca. Os currfculos dispo• Projetos Institucionais de Formação Continuada de Professores de
níveis naPlatafonnaLattcs estio associados a bancos de dados do lnstltuflfor Scient/jic lnformalion
(ISI), SciELO (Scientific Eltctronic Library OnliM) e SCOPUS entre outros. , inglês como Língua Estrangeira / Adicional com professores da rede
9 Em 1929 foi criado o Instituto Nacional do Livro. O primeiro Plano Nacional de Livro Didático pública da educação básica e as escolas participantes dos programas
(PNLD) iniciou em 1985, em 1996 iniciou o processo de avaliação dos livros e a partir dai surgiram
os Guias do Livro Didático. Historicamente, o PNLD contemplou disciplines como llngua portuguesa, •·• · Mais Educação e Ensino Médio lnovador que têm como objetivo ampliar as
matemática, ciencias, geografia e história, passando i incluir as llnguas estrangeiras em 2011 com a . · oportunidades de aprendizagem da língua inglesa como prática social.
avaliaçlo de livros para os 61timos anos do ensino fundamental (sexto ao nono ano).
Desde 1997 o Ministério da Educaçlo publicou os Parêrnetros Curriculares Nacionais de llngua Apartir dessas experiências nacionais, poder-se-ia construir uma rede
portuguesa e estrangeira para o _ensino fundamental e médio, bem como Orientações ô,Jrriculares · latino-americana de pesquisa sobre formação de professores de línguas.
para o ensino médio em 2006. ·
Criada cm 2004, a fim de contribuir para a melhoria da formação dos professores e alunos, a rede Essa rede poderia se fortalecer propondo ações práticas e políticas. Com
tem como seu p6blico-alvo os professores de educação básica dos sistemas p6blicos de educação.
Lançado em dezembro de 2012 o Programa lnglb sem Fronteiras visa contribuir para amelhoria do 13 Até 2012, o Parfor implantou 1920 turmas. Hi 54.000 professores da educação bésica frequentando
nlvcl lingulstico de alunos universiürios oferecendo cursos presenciais e online e aplicação de teste os cursos em turmas especiais do Parfor, localizada em 397 municlpios do Pais. ·
de proficiencia. O Portal IsF pode ser acessado em http://isf.mec.gov.br/
~ --· --·-
t . .
' l A f'OR.\CAÇÃO DE PROFE.SSORES DE LÍNGUAS: A FORMAÇÃO OE P110FESSOW DE ÚNCOO:
l'OÚTICAS, PROJETOS E PARCERIAS POLÍTICAS , PROJF:TOS E PAACElV.S
,'
1

a oferta de oficinas, redes de pesquisa atreladas a novos convênios ' para se tornar a/nda mais robusto. O for:talecimento das redes de
pesquisa no país e na América Latina, trazendo um estreitamento da
.

estágios para professores em formação inicial de espanhol no Brasil e


português no Chile, Colômbia, Bolívia, por exemplo, poderíamos in- relação entre a escola e a universidade, pode favorecer ainda mais o
centivar a formação de professores de espanhol e de português como real atendimento das necessidades de nossos professores em formação
língua estrangeira e a integração de professores de inglês de diversos inicial e continuada.
países para compartilhamento de ações de sucesso em sala de aula. A
rede latino-americana de professores de línguas tem a oportunidade REFE~NCIAS
de traçar objetivos comuns e propor ações conjuntas consolidando ·· ASSIS-PETERSON, A. A. (Org.). Línguas estrangeiras: para além do método
. São
políticas já existentes ou propondo novas ações que atendam às ne- Carlos e Cuiabá: Pedro e joão Editores e EdUFMT, 2008.
tica
cessidades de cada país. BARCELOS, A. M. F. Crenças sobre aprendizagem de línguas, linguís
aplicada e ensino de línguas. Linguagem & Ensino , v. 7, n. 1, p. 123-15 6.
5. PARA ONDE PODEM NOS LEVAR AS PROPOSTAS DE FORMAÇÃO
DE 2004.
is:
·· PROFESSORES DE ÚNGUAS BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares naciona
o Fundam ental. Brasília : MEC/SE F,
língua portuguesa / Secretaria de Educaçã
1997.
No Brasil podemos citar algumas propostas de formação de pro- BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares naciona
is:
fessores de línguas que têm sido feitas nos últimos anos, algumas delas terceiro e quarto ciclos do ensino fundam ental : língua estrang eira /
já tendo recebido aceitação de grande parte da comunidade. Uma Secretaria de Educaç ão Fundam ental. Brasília: MEO'SE E 1998.
/ .
corrente de pesquisadores em línguas defende a licenciatura única BRASIL. Parâmetros curriculares nacionais: ensino médio língua estrangeira
que mantenha uma carga horária·robusta na língua em que o profes - Secretaria de Educação Básica, Brasília : Ministério da Educação. 2000.
BRASIL. Linguagens, códigos e suas tecnologias/ Secretaria de Educação Básica,
sor se diploma. Uma maneira de garantir um nível mínimo línguístico Brasília : Ministério da Educação. 2006.
dos professores formados seria implementar uma prova nacional de BRASIL Guia de livros didáticos: PNLD 2011 : Ungua Estrangeira Moder
na.
proficiência para professores de línguas estrangeiras, por exemplo, de Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educaç ão Básica, 2010.
inglês ou espanhol, como pré-requisito para o diploma□. Outra proposta
as:
CRISTOVÃO, V. L. L. (Org.). Atividade docente e desenvolvimento. Campin
seria a indusão de incentivos salariais a professores com bons resulta- Pontes Editores, 2011 .
dos em exames de proficiência linguística em exames como o Exame OUTRA, D. P.; MELLO, 1:-f. R. Pesquisas em linguagem: o que elas revelam
sobre um projeto de educação continuada. TELLES ,J. A. (Org.). Formaçã
o
de Proficiência para Professores de Línguas Estrangeiras (EPPLE), Test inicial e continuada de professores de línguas: Dimens ões e ações na pesquis a e
of English as a Foreign Language (TOEFL), International English Language na prática . Campinas: Pontes Editore s, 2009. p. 67-81.
Testing System (IELTS) que poderiam ser refeitos periodicamente, a cada - ~ Educação Continuada: diálogos entre ensino, pesquisa eextensão . Campin
as
(5) cinco anos, por exemplo. Faz-se, também mister a proposta de uma / Belo Horizonte: Pontes/ Faculda de de Letras, 2013.
tica
política salarial de longo prazo par? professores de ensino fundamental FREIRE, M.M; VIEIRA-ABRAHÃO, M. V.; BARCELOS, A. M. F (Orgs.). Linguís
Aplicada e Contemporaneidade. Campin as e São Paulo: Pontes e ALAS. 2005.
e médio que consiga manter o professor na escola e incentivado para JESUS, A. C. U.; MELLO, H.; OUTRA, D. P. Promoting innovative practic
es
continuar sua formação. Além de incentivos salariais, a área de línguas through reflective collabo ration. ln: McGAR RELL, H. (Org.). Langua ge Teacher
muito teria a ganhar com mais editais para programas de formação Research. Alexandria: TESOL, 2007, p. 95-112.
continuada, que valorizassem o acompanhamento e avaliação dos KALAJA, P.; MENEZES, V.; BARCELOS, A. M. F. (Org.). Narra tives oflearning
and
professores por coordenadores de área, que atrelassem à avaliação ao teaching. New York: Palgrav e Macmil la.n, 2008 . . •
impacto na· sala de aula e ao desenvolvimento linguístico dos alunos ; .·. MARQUES, A. L. P. Ajustando o foco atencional de alunos adultos a itens
gramaticais opacos: conectivos concessivos. Revista Brasileira de Linguística
Este capítulo apresentou um rico quadro das pesquisas em forma- ]f . Aplicada, v. 1O, n. 4, p. 859-881, 201 O.
ção de professores de línguas no Brasil quetem um enorme potencial j
A FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE LÍNGUAS::
,, POLITICAS, PROJETOS E PARCERIAS

sua ação: a
· MAGALHÃES, M. C. O profess or de línguas como pesqui sador de
pesquis a colabo rativa. ln: GlMEN EZ, T. Trajetór ias naform ação de professores
de línguas. Londrina: Ed. UEL, 2002.
_ _ _ . (Org.). A.formação do professor como um profissional crftico:
Linguagem
e reflexão. Campi nas, SP.: Mercad o de Letras , 2009.
o
___ .; FIDALGO, S. S. (Org.). Questões de método e de linguagem na formaçã
Mercad o de Letras, 2011. . .
docente. Campin as:
NASPOUNI, A. T. Tijolo por tijolo: Prática de ensino de Língua Portuguesa.
São
Paulo: FTD, 2010.
gem
RAMOS, R. C. G.; BÁRBARA, L. (Org.) . Reflexão e ações no ensino-aprendiza
de Unguas. Campi nas, SP: Mercad o de Letras, 2003.
digitai s,
SANTOS , L.M .A.; GAMERO, R.; GIMENEZ, T. Letram entos
aridade e aprend izagem de língua inglesa por alunos do
interdi sciplin
ensino médio. Trabalhos em Lingufstica Aplicad a, v. 53, p. 79-102 , 2014.
SILVA, K. {Org.) Ensinar e aprender lfnguas na contemporaneidade:
Linhas e
nas, SP: Pontes , 2010. .
entrelinhas. Campi
TELLES , J. A. (Org.), Formaç ão inicial e continu ada de professores de lfnguas: PARTE 2:
Dimens ões e ações na pesquisa e na prática . Campinas: Pontes Editores, 2009.
FORM AÇÃ O DE PROFESSORES
E PEDA GOG IA CRÍT ICA

Você também pode gostar