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UNIVERSIDADE FEDERAL DO NORTE DO

TOCANTINS
CAMPUS ARAGUAÍNA
LICENCIATURA EM QUÍMICA

DISCIPLINA: QUÍMICA EXPERIMENTAL II

PAULO GEZAIAS DE SOUSA SANTOS

RELATÓRIO EXPERIMENTAL I:
VOLUMETRIA DE NEUTRALIZAÇÃO

ARAGUAÍNA-TO
2023
PAULO GEZAIAS DE SOUSA SANTOS
RELATÓRIO EXPERIMENTAL I:
VOLUMETRIA DE NEUTRALIZAÇÃO

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II.
ARAGUAÍNA
2023

Sumário

1. INTRODUÇÃO...........................................................................2
2. METODOLOGIA........................................................................3
2.1 Prática 1 - Preparo de Solução de HCl 0,1
mol/L e padronização............................................................................3
2.1.1 Materiais.......................................................................................3
2.1.2 Métodos........................................................................................3
2.2 Prática 2 - Preparo da solução de NaOH (0,1
mol/L)....................................................................................................3
2.2.1 Materiais:......................................................................................3
2.2.2 Métodos........................................................................................3
2.3 Prática 3 - Determinação de ácido Acético em
Vinagre..................................................................................................4
2.3.1 Materiais.......................................................................................4
2.3.2 Métodos:.......................................................................................4
2.4 Prática 4 - determinação do teor de hidróxido
de magnésio no leite de magnésio........................................................4
2.4.1 Materiais:......................................................................................4
2.4.2 Métodos:.......................................................................................4
3. RESULTADOS..........................................................................4
3.1 Prática 1 - Preparo de Solução de HCl (0,1
mol/L)....................................................................................................4
3.2 Prática 2 - Preparo de Solução de Hidróxido de
Sódio (NaOH) 0,1 mol/L........................................................................6
3.3 Prática 3 - Determinação de ácido Acético em
Vinagre..................................................................................................7
4. DISCUSSÃO............................................................................11
5. CONCLUSÃO..........................................................................12
6. BIBLIOGRAFIA.......................................................................12
1. INTRODUÇÃO

A área da química analítica é um setor de


estudo caracterizado como uma ciência
experimental que, por sua vez, busca identificar
e determinar a composição de diferentes
constituintes por meio de uma amostra ao
submetê-la por uma variedade de
experimentações tendo cada uma delas um
intuito analítico diferente.
Dentro da química analitica, um dos
processos de análise química mais utilizado é o
da titulação, que consiste em um procedimento
experimental simples onde “a titulação envolve a
adição de uma solução, chamada de titulante,
colocada em uma bureta, a uma solução que
contém a amostra, chamada de analito, colocada
em um frasco” (ATKINS, 2012).
Por meio da titulação é possível
determinar diferentes variáveis de um
determinado composto ao se adicionar um ácido
forte a uma base forte em presença de água,
pois desta forma ocorre a neutralização desse
ácido, sendo o sistema citado acima
representado na figura 1, que não só demonstra
a adição da solução padrão de NaOH por meio
da bureta como também a realização do ponto
de viragem de uma solução X.

Figura 1 - Procedimento para a titulação de ácido com uma


solução padronizada de NaOH

Fonte: BROWN (2005)

O momento em que acontece o ponto final


da titulação pode ser identificado e observado
por diferentes meios, sendo eles por meio do de
uso de indicadores, por meio da formação de
precipitados coloridos, a formação de complexos
coloridos e ao se utilizar métodos instrumentais,
sendo que, para alcançar este ponto final é
necessário utilizar de um dos métodos
volumétricos, sendo que:
“De acordo com a reação que
ocorre entre o titulante e o
analito, os métodos volumétricos
são classificados em quatro
classes: volumetria de
neutralização ou volumetria
ácido-base, volumetria de
precipitação, volumetria de
formação de complexos e
volumetria de oxidação-redução”
(VASCONCELOS, 2019).
Entretanto, para as práticas que foram
realizadas neste presente relatório foram
utilizados apenas a volumetria de ácido-base, ou
também denominada de volumetria de
neutralização, que utiliza de indicadores para
detectar o ponto final da titulação onde “as
titulações de neutralização são largamente para
se determinar a concentração de analitos
constituídos de ácidos ou bases ou que podem
ser convertidos nessas espécies por meio de
tratamento adequado” (SKOOG, 2006).
Desta forma, o presente relatório tem
como objetivo expor e extrair os conceitos que
envolvem as titulações de volumetria de
neutralização por meio de quatro práticas, tendo
nelas o objetivo de preparar e padronizar as
soluções de ácido clorídrico (HCl 0,1 mol/L) e de
hidróxido de sódio (NaOH 0,1 mol/L), e
determinar tanto o teor de ácido acético presente
em vinagre comercial como também o teor de
hidróxido de magnésio presente no leite de
magnésio

2. METODOLOGIA

2.1 Prática 1 - Preparo de Solução de


HCl 0,1 mol/L e padronização

2.1.1 Materiais

● Ácido clorídrico comercial 12 mol/L


● Carbonato de sódio (Na2CO3)
● Erlenmeyer de 125 mL ou de 250 mL
● Água destilada
● Alaranjado de metila
● Bureta de 50 mL
● Chapa quente
● Balança analitíca

2.1.2 Métodos
● Primeiramente foi preparado a solução de
HCl de concentração 0,1 mol/L por meio
do ácido comercial.
● Em seguida, foi mensurado 0,2 g de
carbonato de sódio seco na balança
analítica, cada uma em um erlenmeyer de
250 mL, sendo a massa dissolvida em 30
mL de água destilada, esse processo foi
feito em triplicata.
● Após isso, foi adicionado 2 gotas do
indicador de alaranjado de metila em cada
réplica.
● Com a bureta de 50 mL aferida pelo HCl
antes preparado, foi realizada a titulação
das amostras, permanecendo sempre
agitando o titulado até que o mesmo
apresenta-se uma coloração levemente
avermelhada.
● Após isso, a solução resultante foi fervida
por 5 minutos na chapa quente com o
intuito de eliminar o gás carbônico,
deixando logo a seguir a solução
descansar até apresentar temperatura
ambiente.
● A solução, agora em temperatura
ambiente, passou pelo processo de
titulação novamente até que a sua
coloração se alterasse novamente para a
coloração levemente avermelhada.
● Por fim, foi calculado o fator de correção
para a solução de HCl 0,1 mol/L
anteriormente preparada.

2.2 Prática 2 - Preparo da solução de


NaOH (0,1 mol/L)

2.2.1 Materiais:

● Hidróxido de sódio comercial


● Pipeta volumétrica de 25 mL
● Béqueres de 100 ou 50 mL
● Solução de HCl (0,1 mol L)
● Indicador fenolftaleína.
● Bureta de 50 mL
● Erlenmeyers de 125 ou de 250 mL
● Água destilada
● Balança analítica.

2.2.2 Métodos
● Foi preparado e padronizado uma solução
de NaOH de concentração 0,1 mol/L
● Em seguida foi pipetado três replicatas de
25 mL da solução de HCl cada uma em
um erlenmeyer de 250 mL separadamente
● Nesta solução, foi adicionado 3 gotas do
indicador de Fenolftaleína
● Por meio da bureta aferida com o
hidróxido de sódio, foi feita a titulação.
● Por fim foi calculado o fator de correção
da solução de NaOH preparada.
2.3 Prática 3 - Determinação de ácido
Acético em Vinagre

2.3.1 Materiais

● Vinagre
● Balão volumétrico de 100 mL
● Pipeta volumétrica de 10 mL
● erlenmeyer de 125 ou de 250 mL
● Fenolftaleína
● Bureta de 50 mL
● Água destilada.
● Solução de NaOH (0,1 mol L)

2.3.2 Métodos:

● Foi medido 10 mL de vinagre em uma


pipeta volumétrica de 10 mL que em
seguida foi transferida para um balão
volumétrico de 100 mL, depois o balão foi
completado com água destilada.
● Em seguida foi extraído do balão
volumétrico de 100 mL 3 alícotas de 25
mL que foram transferidos para 3
erlenmeyer de 250 mL
● Posteriormente foram adicionadas 3 gotas
do indicador fenolftaleína em cada uma
das alíquotas.
● Em seguida a bureta foi completada com
50 mL da solução de NaOH (0,1 mol L)
● Depois aconteceu a titulação nas 3
alíquotas até a coloração mudar de incolor
para um rosa leve.
● Foi calculada a concentração molar do
ácido acético no vinagre e a concentração
percentual.

2.4 Prática 4 - determinação do teor de


hidróxido de magnésio no leite de magnésio.

2.4.1 Materiais:
● Balança analítica.
● Leite de magnésio.
● HCl ( 0,1 mol L)
● Pipeta volumétrica de 50 mL
● Água destilada.
● Agitador magnético.
● Indicador vermelho de metila.
● Solução de NaOH (0,1 mol L)
● Erlenmeyer.
2.4.2 Métodos:
● Foi pesado 1,0 g de leite de magnésio em
um erlenmeyer de 250 mL com a balança
analítica
● Em seguida com a pipeta volumétrica
aferiu-se 50 mL de HCl (0,1 mol L), que foi
misturado ao leite de magnésio no
erlenmeyer.
● Depois foi adicionado água destilada no
erlenmeyer até a primeira marcação.
● A solução foi dissolvida com o agitador
magnético no qual o erlenmeyer
permaneceu por 5 minutos.
● Com a solução já apresentando apenas
uma fase, foram adicionadas 3 gotas do
indicador vermelho de metila.
● em seguida a bureta foi completada com
50 mL de solução de NaOH (0,1 mol L)
● depois a titulação aconteceu até a
coloração da solução no erlenmeyer
mudar, com isso o volume gasto de NaOH
foi anotado.
● Posteriormente foi calculada a
concentração percentual em massa de
hidróxido de magnésio na amostra.

3. RESULTADOS

3.1 Prática 1 - Preparo de Solução de


HCl (0,1 mol/L)

Para poder preparar a solução de HCl a


0,1 mol/L, foi necessário calcular o volume de
ácido comercial, de concentração igual a 12
mol/L, necessários para o preparo de 500 mL de
solução, desta forma ao se utilizar da equação 1,
foi possível encontrar o valor de 4,16 mL
necessários para a preparação.

❑ ❑
M inicial∗V inicial=M final∗V final
Equação 1
Sendo M a molaridade e V o volume.
Com as soluções de carbonato de sódio
preparadas, todas as replicatas passaram pelo
processo de titulação por meio do ácido
clorídrico 0,1 mol/L, onde o ponto de viragem
ocorre quando a solução muda o seu aspecto
incolor para uma coloração levemente
avermelhada, próxima do vermelho tijolo. Para
chegar ao ponto de equivalência, a tabela 1
apresenta o volume de HCl que foi necessário
para a titulação como também o valor exato de
massa de Carbonato de sódio mensurado.

Tabela 1 - Massa de Carbonato de Sódio presente em


cada amostra mais o volume de ácido clorídrico necessário
para a titulação
Amostra de Carbonato de Massa de Carbonato de Volume em mL de Ácido
Sódio (Na2CO3) Sódio presente na Clorídrico (HCl)
amostra (em gramas) necessário para a
titulação (em mL)

Amostra 1 0,2033 40,0

Amostra 2 0,2006 39,0

Amostra 3 0,2011 39,7

Média das amostras 0,2016 39,5

A reação que ocorrem neste processo


está representada a seguir, sendo que a reação
entre o ácido clorídrico e o carbonato de sódio,
produz o cloreto de sódio (NaCl) e ácido
carbônico (H2CO3):
Na 2 CO 3 +2 HCl → 2 NaCl+ H 2 CO3

Após a titulação das amostras, elas


apresentaram uma coloração levemente
avermelhada com um teor amarelado, como é
possível ver na figura 2, onde a solução titulada
foi submetida ao aquecimento na chapa elétrica
em uma temperatura que variava entre 330 a
380°C no intuito de eliminar totalmente o gas
carbónico.

Figura 2 - solução de Carbonato de Sódio após o ponto de


viragem da titulação
Tendo a solução alcançado a temperatura
ambiente após o aquecimento, ela perdeu a
coloração vermelho amarelado, sendo
submetida novamente ao processo de
neutralização, sendo que dessa vez, foi
necessário apenas uma pequena quantidade de
gotas para a presente solução alcançar o ponto
de viragem.

Tabela 2 - quantidade de gotas necessárias para a


titulação pós fervura da solução mais o volume total de
HCl utilizado em todo o processo de cada amostra
Amostra de Carbonato de Gotas de HCl necessárias Volume total em mL de
Sódio (Na2CO3) para titular a solução Ácido Clorídrico (HCl)
novamente utilizado em todo o
processo(em mL)

Amostra 1 3 gotas - 0,2 mL 40,2

Amostra 2 2 gotas - 0,2 mL 39,2

Amostra 3 1 gota - 0,1 mL 39,8

Média das amostras - 39,7


O volume necessário para a segunda
titulação não só foi inferior ao necessário na
primeira, como também a coloração da solução
foi diferente em relação à primeira, tendo um
vermelho mais intenso comparado com a
anterior, como é possível ver na figura 3.

Figura 3 - Solução de Carbonato de sódio após o ponto de


viragem da segunda titulação

Após todo o processo de padronização do


HCl realizado por meio do Carbonato de Sódio
agora é possível se calcular o fator de correção
da solução para aferir a precisão do processo
químico realizado, o fator de correção é
calculado por meio da equação 2:

mtitulado∗2
Fator de correção=
MM titulado∗M titulante∗V titulante
Equação 2

Sendo “m” a massa, “MM” a massa molar, “M” a


molaridade e “V” o volume.
Ao calcular o fator de correção para cada
amostra nós temos:
Tabela 3 - Fator de correção de cada amostra titulada
Amostra de Carbonato de Sódio Fator de correção da amostra
(Na2CO3)

Amostra 1 0,95

Amostra 2 0,96

Amostra 3 0,95

Média das amostras 0,953


Com o valor da média aritmética do fator
de correção das amostra é possível se calcular o
desvio padrão da amostra por meio da equação
3:

Dp=
√ Σ( x−m)2
n
Sendo “x” o valor da amostra, “m” a média
aritmética e “n” a quantidade de valores.
Dessa forma o desvio padrão presente
para as amostras preparadas no experimento é
de 0,00472

3.2 Prática 2 - Preparo de Solução de


Hidróxido de Sódio (NaOH) 0,1 mol/L

O preparo da solução de Hidróxido sódio


a 0,1 mol/L, se deu por meio da dissolução deste
reagente em seu estado comercial em 500 ml de
água destilada, a massa necessária para se
preparar 0,1 mol/L desta solução foi calculada ao
se isolar a variável “m” na equação 3 a seguir:
m
M=
mm∗V
Equação 3
Onde “M” é a molaridade, “m” a massa,
“mm” a massa molar e “V” o volume
A massa necessária para se preparar 0,1
mol/L de Hidróxido de sódio é igual a 2 gramas
da solução comercial, sendo que após mensurar
a massa na balança o valor exato obtido foi de
2,0635, que, por ter apresentado uma distorção
um tanto expressiva em relação ao valor
calculado, foi utilizado novamente a fórmula 3
para se calcular concentração exata que a
solução irá apresentar, que foi igual a 0,103175
mol/L.
A solução de HCl presente no erlenmeyer,
feita em triplicata, foi titulada utilizando o
Hidróxido de sodio 0,103175 mol/L preparado, o
ponto de viragem desta solução ocorre quando o
titulado é totalmente neutralizado, neste caso, ao
mudar o seu caráter básico para ácido,
passando de um estado incolor para apresentar
uma coloração arroxeada, como demonstra a
figura 4, característica essa do fenolftaleína que
ocorre quando ele está presente em uma
solução ácida. A reação que ocorre neste
processo é a representada a seguir:

HCl+ NaOH → NaCl+ H 2 O


Figura 4 - solução de hidróxido de sódio mais ácido
clorídrico após o ponto de viragem
O volume utilizado para neutralizar a
solução de Hidróxido de Sódio está presente na
tabela 4, mais a média aritmética destes valores.

Tabela 4 - Volume utilizado de NaOH para neutralizar cada


uma das amostras.
Amostra de HCl Volume utilizado de NaOH para
neutralizar a amostra (em mL)

Amostra 1 25,8

Amostra 2 25,5

Amostra 3 26,4

Média aritmética 25,9

Com o volume necessário passa se titular


as três amostras obtido, é possível então
calcular agora o fator de correção da solução de
hidróxido de sódio ao se utilizar a equação 4,
expressa a seguir:

Mt HCl∗F HCl∗V HCl


F NaOH =
Mt NaOH∗V HCl
Equação 4
Onde “F” é o fator de correção, “Mt” é a
molaridade teórica e “V” o volume.
Desta forma, os valores obtidos para o
fator de correção de cada amostra está
expressado na tabela 5, junto do valor da média
aritmética desses valores mais o seu respectivo
desvio padrão.

Tabela 5 - Fator de correção das amostras do Hidróxido de


sódio mais a média e o desvio padrão dos valores
Amostra de NaOH + HCl Fator de correção

Amostra 1 0,89

Amostra 2 0,90

Amostra 3 0,87

Média aritmética 0,88

Desvio padrão 0,014

3.3 Prática 3 - Determinação de ácido Acético


em Vinagre

Os valores de NaOH necessários para


atingir o ponto de equivalência da solução que
contém vinagre estão representados na tabela
abaixo:

Tabela 6 - Volume necessário de NaOH para se alcançar o


ponto de equivalência das amostras de vinagre
Amostras das soluções de vinagre e Volume de NaOH gasto na titulação em
água destilada. litros (L)

Amostra 1 0,0187

Amostra 2 0,0183

Amostra 3 0,0191
Após a solução de vinagre atingir o ponto
de equivalência devido a adição de NaOH, a
solução do erlenmeyer que era incolor
apresentou uma cor rósea, como pode ser visto
na imagem abaixo:

Figura 5 - Solução de vinagre titulado após alcançar o


ponto de equivalência

Para o cálculo de concentração de ácido


acético no vinagre, é preciso ter conhecimento
da equação química que ocorre, que é a
seguinte:

C H 3 COOH + NaOH →C H 3 COONa+ H 2 O

Pode ser observado que no ponto de


equivalência (PE), estequiometricamente, o
número de mols do ácido acético é igual ao
número de mols do hidróxido de sódio.
Expressando número de mols como sendo
M × V , em que M é a molaridade e V é volume
podemos expressar a equação do número de
mols no PE da seguinte forma:
M ácido ×V ácido =M NaOH × V NaOH
Admitindo que a molaridade do NaOH
pode ser descrita como Mt NaOH × f NaOH , em que
f NaOH é o fator de correção do hidróxido de sódio
que é de 0,87 e Mt NaOH é a Molaridade teórica do
hidróxido de sódio que é de 0,1031 mol/L, a
equação do número de mols no PE é:
M ácido ×V ácido =Mt NaOH × f NaOH ×V NaOH
Nessa fórmula descrita, a única variável
que não se tem o conhecimento é a Molaridade
do ácido acético, ou seja, é o termo que deve ser
isolado, e fazendo isso, a equação passa a ser:

Mt NaOH × f NaOH × V NaOH


M ácido =
V ácido
Na tabela abaixo está os valores das
molaridades do ácido nas 3 amostras que foram
feitas:

Tabela 7 - Valores da molaridade do ácido acético


proveniente da fórmula do número de mols no PE:
Amostras das soluções de vinagre e Valores das moralidades do ácido
água destilada. acético.

Amostra 1 0,0861 mol/L

Amostra 2 0,0832 mol/L

Amostra 3 0,0815 mol/L

Por fim foi calculado a média aritmética e


o desvio padrão das 3 amostras. Para o cálculo
da média foi usado a fórmula:

X 1+ X 2+ X 3+... Xn
Média=
n
Onde X são os valores e n é a quantidade
de valores, através dos cálculos, chega-se a
uma média de 0,0836 mol/L. Já para o cálculo
do desvio padrão usa-se a fórmula:

Dp=
√ Σ( x−m)2
n

Em que x é o valor da amostra “m” é a


média e “n” a quantidade de amostras. Com os
cálculos descobre-se que o desvio padrão é de
2,32×10−3.
A molaridade de 0,0836 mol/L
corresponde a molaridade final do ácido
acético durante o processo de diluição, no
entanto, para o cálculo da concentração
percentual deve se ter conhecimento da
molaridade inicial, para que possa ser
calculada a massa, para isso basta usar a
fórmula da diluição que é:

M 1 × V 1=M 2 × V 2

Onde “ M 1” é a Molaridade inicial que é o


termo que deve ser isolado, “ V 1” é o volume
inicial, antes de ser feito a diluição, “ M 2” é a
molaridade final que foi encontrada a partir da
fórmula do número de mols no PE e “V 2” é o
volume final depois da diluição ter acontecido.
Isolando “ M 1” a fórmula será:

M 2 ×V 2
M 1=
V1
Ao realizar os cálculos, a molaridade
inicial é de 0,836 mol/L. Para o cálculo da
concentração percentual,é necessário a massa
em gramas, e tendo conhecimento da massa
molar do ácido acético que é de 60 g/mol, a
molaridade que é de 0,836 mol/L o volume que
foi de 10 mL pode ser usado a seguinte fórmula
para encontrar a massa:

m1
M=
mm ×V

Ao isolar a “m1” que corresponde a


massa, a fórmula acima passa a ser:

m1=M × mm ×V

Com isso a massa encontrada é de


0,5016 g. Para o cálculo da concentração
percentual, é utilizada a seguinte fórmula:

m
T m/ V = × 100 %
V
Em que a massa é dada em gramas e o volume
em mL, sabendo disso, o percentual foi de
5,016%.

3.4 Prática 4 - Determinação do teor de


hidróxido de magnésio no leite de magnésio.

O valor aferido na balança analítica do


leite de magnésio foi :
Tabela 8 - Massas do leite de magnésio mensurada na
balança analítica
Massa de cada amostra de leite de Massa em gramas (g)
magnésio.

Amostra 1 1,0244

Amostra 2 1,0304

Amostra 3 1,0440

Após a preparação das 3 amostras de


solução de leite de magnésio, ácido clorídrico e
água destilada, foi feito a titulação com NaOH,
abaixo está a tabela do volume necessário para
atingir o ponto de equivalência das amostras:

Tabela 9 - Volume de NaOH necessário para o ponto de


equivalência:
Amostras da solução de leite de Volume de NaOH necessário para
magnésio. atingir o ponto de equivalência em litros
(L)

Amostra 1 0,0235

Amostra 2 0,0237

Amostra 3 0,0234

Após atingir o ponto de equivalência, a


solução apresentou uma cor levemente amarela
como pode ser visto na foto abaixo:

Figura 6 - Solução de Magnésio após alcançar o


ponto de equivalência
Para o cálculo da concentração
percentual, precisa-se ter conhecimento do
volume de HCl que reagiu com o hidróxido de
sódio, para isso é preciso entender a reação que
aconteceu apenas entre o NaOH e HCl, que é
expressa pela seguinte equação química:
HCl+ NaOH → NaCl+ H 2 O
Ao analisar a estequiometria do número
de mols dessa equação, percebe-se que trata-se
de o número de mols de HCl é o mesmo de
NaOH,essa relação pode ser escrita da seguinte
forma:
n HCl =n NaOH

Em que “n” é o número de mols, ao


admitir que número de mols se calcula com a
seguinte fórmula:
M × f ×V
Em que “ M ” é a molaridade, f é o fator de
correção e V é o volume. Com isso a fórmula da
igualdade em número de mols pode ser descrita
da seguinte fórmula:

M HCl × f HCl ×V HCl=M NaOH × f NaOH × V NaOH

Como a variável que não se tem


conhecimento é o volume de HCl, a fórmula
acima se torna:

M NaOH × f NaOH ×V NaOH


V HCl=
M HCl × f HCl
Realizando os cálculo para as 3 amostras
chega-se aos resultados expressos na tabela
abaixo:

Tabela 10 - Volume de HCl que foi adicionado em


excesso:
Amostras da solução contendo leite de Volume de HCl em excesso em litros
magnésio. (L).

Amostra 1 0,0214

Amostra 2 0,0216

Amostra 3 0,0213

No entanto, esses valores de HCl


encontrados acima, se trata da quantidade em
excesso de HCl que foi adicionado, para
encontrar a quantidade que reagiu com o NaOH,
basta subtrair os valores da tabela, pela
quantidade que foi adicionado, que é de 50 mL,
para isso deve-se transformar de mL para litro,
desta forma o cálculo ficará da seguinte forma:

Volume de HCl que reagiu=0,05 L−Volume de HCL em excesso

Desta forma o volume de HCl que reagiu


foi:

Tabela 11 - Volume de HCl que reagiu durante o processo:


Amostras da solução contendo leite de Volume de HCl que reagiu com NaOH
magnésio (L)

Amostra 1 0,0286

Amostra 2 0,0284

Amostra 3 0,0287

Desta forma
Para prosseguir com o cálculo da
concentração percentual, deve-se ter
conhecimento dA massa de hidróxido de
magnésio presente em cada amostra, e com o
volume de HCl que foi usado na reação esse
cálculo é possivel, para isso basta analisar o
número de mols do hidróxido de magnésio e do
HCl, para isso deve ser verificado a
estequiometria da reação, que acontece que é:

Mg ¿

Podemos notar que o número de mols


estequiometricamente pode ser descrito da
seguinte forma:

n Mg ¿¿
Como é a massa o objetivo do cálculo, do
lado esquerdo da igualdade acima número de
m
mols de será expresso por: mm , e no lado direito

será: M × f ×V , desta forma a igualdade do


número de mols no ponto de equivalência será:

m Mg ¿ ¿ ¿
Isolando a massa de hidróxido de
magnésio passa a ser:
mMg ¿ ¿
Utilizando essa fórmula para os volumes
de HCl já encontrados, chega-se as seguintes
massas:
Tabela 12 - Massa do Mg ¿ para cada amostra

Amostras da solução contendo leite de Massa de Mg ¿ em gramas (g).


magnésio.

Amostra 1 0,0794

Amostra 2 0,0789

Amostra 3 0,0797

Com o valor da massa de hidróxido de


magnésio e a massa do leite de magnésio que
foi aferida inicialmente, podemos calcular a
concentração percentual através da seguinte
fórmula:

CP=m Mg ¿¿ ¿

Realizando os cálculos, chega-se aos


seguintes resultados para a concentração
percentual:

Tabela 13 - Concentrações percentuais das amostras


Amostras de solução de leite de Concentração percentual de hidróxido
magnésio. de magnésio no leite de magnésio.

Amostra 1 7,75%

Amostra 2 7,65%

Amostra 3 7,63%

A média e o desvio padrão das


porcentagens de concentração percentual são
7,67% e 0,064 respectivamente.
4. DISCUSSÃO

A preparação da solução de HCl feita na


prática 1 se demonstrou totalmente efetiva ao
longo de todo o processo, quando calculamos a
concentração de carbonato de sódio que foi
titulado, por meio da equação 3, para as três
amostras, nós temos a média de 0,063 mol/L,
aproximadamente metade da concentração de
HCl preparado, tento então uma proporção
estequiométrica próxima de 1:2, totalmente
condizente com a estequiometria presente na
reação que ocorre entre estes dois compostos.
Não apenas isso, mas por meio do desvio
padrão obtido para as amostras tituladas, que foi
de 0,00472, podemos afirmar que dentre elas o
erro experimental para a concentração de
solução é bem ínfimo, já que o desvio padrão é
bem próximo de zero.
Seguindo para a preparação de Hidróxido
de sódio realizada na prática 2, é possível
observar que o volume necessário de NaOH
para se neutralizar a solução de ácido clorídrico
foi aproximadamente a mesma presente no
erlenmeyer, o que nos mostra que temos uma
proporção de 1:1, conforme presente na reação
química, esse fator é presenciado em diferentes
experimentações realizadas em trabalhos
científicos, como por exemplo no artigo
“Titulação ácido-base e formação de solução-
tampão”, escrito por Benedito Manuel, onde na
figura X temos um fragmento retirado do artigo
sobre a mesma titulação realizada nessa prática,
entre um ácido e uma base fortes.
Figura 7 - Fragmento do artigo “Titulação ácido-base e
formação de solução-tampão” sobre uma titulação entre
NaOH e HCl

Fonte: “Titulação ácido-base e formação de solução-


tampão”
Isso nos permite não apenas inferir que a
solução preparada de NaOH está de acordo com
os padrões da literatura científica, mas também
que o HCl preparado na prática 1 também, pois
semelhante a figura X, ambas as soluções
apresentaram concentrações satisfatórias para
se realizar uma reação de proporção
estequiométrica de 1:1.
O experimento envolvendo o vinagre
esclareceu alguns pontos da química análítica,
como por exemplo a sua área de atuação, pois é
atraves dela que pode ser verificado se a
quantidade de alguns compostos químicos estão
dentro do padrão emitido pelos órgãos
fiscalizadores, de acordo com a EMBRAPA
(2006) o vinagre disponível para consumo deve
conter um teor de ácido acético na faixa de 4% a
6%. Como o que foi disponibilizado apresentou
um teor de 5,016%, está dentro das normas. O
mesmo pode ser aplicado ao teor de hidróxido
de magnésio presente no leite de magnésio que
segundo a Anvisa, deve apresentar um teor
entre 7% e 8,50%, e como o que foi analisado
apresentou um teor de 7,76% também segue o
padrão.

5. CONCLUSÃO

Com isso é possível concluir que todas as


práticas realizadas neste presente relatório
tiveram êxito em seus objetivos, no qual envolvia
realizar um processo de titulação de
neutralização por meio de reagentes preparados
e padronizados voltados para este intuito, com
os resultados fica claro a eficiencia dos métodos
analisticos utilizados devido ao baixo desvio
padrão visto, que permite inferir a existência de
uma maior precisão entre as amostras
analisadas
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