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RENASCIMENTO (OU NÃO)

REFORMA DOS CRENTES


REFORMA CATÓLICA - O IMPÉRIO CONTRA ATACA
PENSADORES DO DINHEIRO ALHEIO
REVOLUÇÕES INDUSTRIAIS DE MILHÕES

UNOESC - Joaçaba - Licenciatura em Sociologia


Disciplina - História Moderna e Contemporânea
Professor: Erickson R. Espírito Santo
Acadêmico: Luís Gustavo Brum Rodrigues
TRECENTO - 1300 À 1399

O Trecento é uma das fases que dividiu o Renascimento. Ela marcou o início
dessa época que teve origem na cidade de Florença, Itália. A economia da cidade
era aquecida pela produção e comercialização de tecidos. A cidade era
reconhecida por ser um importante centro político, econômico e cultural.
Naquela época, já era possível perceber o crescimento e autonomia financeira da
classe média. Pois, as produções eram divididas por corporações de ofícios, onde
os materiais de maior valor, produzidos por essa classe, se destacavam entre as
igrejas e capelas da cidade.
Devido a isso, a “Artes Maiores”, como era classificada a produção de artifícios
prestigiados, tornou-se poderosa, ocupando posição de destaque na decisão de
assuntos públicos (conselhos cívicos e magistraturas). Essa produção recebia o
nome de guildas. As Artes Maiores contemplavam a fabricação de tecidos
estrangeiros, câmbio, lã, seda, entre outros, já as Artes Menores compreendiam
os artefatos produzidos pela classe menos prestigiada, como a de pescadores,
taverneiros, sapateiros, padeiros, armeiros, ferreiros e outros.
A religião e a igreja católica predominavam a cultura durante as fases do
Renascimento, por isso era cultuada a crença de que a salvação e o perdão dos
pecados poderiam ser alcançados com o embelezamento das igrejas, prestação
de serviços públicos e construção de obras de artes.
Dessa forma, ficar de fora dessas atitudes sociais prejudicava o sucesso do
profissional em sua carreira, já que que a igreja tinha total controle sobre os
mercados e ofertas de mão de obra.

QUATTROCENTO - 1400 À 1499

O Quatrocenttro foi uma das fases do Renascimento em que o Humanismo


ganhou destaque, espalhando-se por todos os países da Europa. Com isso, ela
atingiu o auge da literatura, arquitetura e artes plásticas na Itália. Nesse período,
muitos artistas foram contratados para pintar obras e construir projetos
arquitetônicos, o que caracterizou uma consolidação de diferentes artes.
Nas obras, os autores buscavam transmitir o realismo (aspectos que envolviam o
humanismo renascentista). Além disso, houve uma forte influência do paganismo
(mitologia) e outros aspectos marcantes da cultura greco-romana com o uso de
elementos culturais e estéticos, que romperam com as principais características
da literatura e artes plásticas naquela época.

CINCOCENTO - 1500 À 1599

Entre as fases do Renascimento, o Cinquecento foi o período que o estilo


renascentista se firmou em outros países do continente europeu, como Portugal,
Alemanha e França. Nessa fase, os artistas inovaram em suas obras,
distanciando-se dos temas religiosos e misturando-se com aspectos profanos.
As primeiras Academias de Artes foram fundadas nessa época. As estruturas
localizadas na Itália e Roma, queriam inovar o conceito de Academismo no país
ao instituí-lo como um sistema de ensino superior e movimento cultural.
Com isso, houve uma normatização do aprendizado e estímulo de debates
teóricos, que serviram como instrumentos do governo para divulgação e
consagração de ideologias políticas e sociais. Entre as fases do Renascimento, o
Cinquecento também reuniu atores importantes no âmbito da literatura,
arquitetura e pintura.
REFORMA PROTESTANTE (1517)

O processo de centralização monárquica que dominava a Europa, tornou tensa


a relação entre reis e Igreja.
A Igreja recebia tributos feudais. Com o fortalecimento do absolutismo, essa
prática passou a ser questionada pelos monarcas. Parte dos camponeses
também estava descontente com a Igreja, pois eles também lhe deveriam pagar
taxas.
A Igreja condenava as práticas capitalistas nascentes, mas esta doutrina
estava contra as práticas mercantilistas e freava o investimento da burguesia

mercantil. O clero, que apesar de condenar a usura e desconfiar do lucro, ide


cargos da Igreja, e muitos sacerdotes tinham esposas. Além disso, havia a venda
de indulgências, isto é, a remissão dos pecados em troca de pagamento em
dinheiro a religiosos.

A Reforma Protestante
Na Reforma Protestante, Martinho Lutero (1483-1546), monge agostiniano
alemão, e professor da Universidade de Witenberg, negava algumas práticas
apregoadas pela Igreja. Essa foi a grande transformação religiosa da época
moderna, pois rompeu a unidade do Cristianismo no Ocidente.
No dia 31 de outubro de 1517, Martinho Lutero. revoltado com a venda de
indulgências realizada pelo dominicano João Tetzel, escreveu e fixou na porta da
igreja do Castelo as 95 teses que criticavam certas práticas da Igreja Católica.
Em 1520, o papa Leão X redigiu uma bula condenando Lutero e exigindo sua
retratação. Já em 1521, o imperador Carlos V convocou uma assembleia, na qual o
monge foi considerado herege.
Lutero foi acolhido por parte da nobreza alemã, e se dedicou à tradução da Bíblia
do latim para o alemão, e a desenvolver os princípios da nova religião.
Seguiram-se guerras religiosas que só foram concluídas em 1555.

Calvinismo e Reforma Protestante


Na França e na Holanda, os princípios de Lutero foram ampliados por João
Calvino (1509-1564). Burguês e Humanista, Calvino converteu-se em ardente
defensor das novas ideias.
Escreveu a "Instituição da religião cristã", que veio a ser o catecismo dos
calvinistas. Perseguido, refugiou-se em Genebra, na Suíça, onde a Reforma havia
sido adotada.
Determinou que não houvesse nenhuma imagem nas igrejas, a Bíblia era a base
da religião, sem clero regular. Para Calvino, a salvação não dependia dos fiéis e
sim de Deus.
O Calvinismo expandiu-se por toda a Europa. Na Escócia, foram chamados de
presbiterianos; na França, huguenotes; e na Inglaterra, puritanos.

Contrarreforma ou Reforma Católica


Atualmente, esse termo passou a ser Reforma Católica. Desta maneira, a Igreja
Católica acelera a tomada de providências para conter as ideias protestantes.
Uma delas foi apoiar a Companhia de Jesus, de Inácio de Loyola, em 1534. Seus
membros, os jesuítas eram incumbidos de combater o protestantismo por meio
do ensino e expansão da fé católica.
No Concílio de Trento entre 1545 e 1563, os representantes da Igreja Católica, da
luterana e da Ortodoxa decidiram que o clero regular, deveria estudar nos
Seminários, os párocos foram obrigados a morar em suas paróquias, proibiu-se a
venda de cargos religiosos e foi criado o “Index”, lista de livros proibidos pela
Igreja, incluindo livros científicos de Galileu, Giordano Bruno, entre outros.
Adam Smith (1723-1790)

Foi um economista e filósofo social do iluminismo escocês e é considerado o


Pai da Economia Moderna. Abordou questões como o crescimento econômico,
ética, educação, divisão do trabalho, livre concorrência, evolução social, etc.
Filho do advogado Adam Smith e de Margaret Douglas, Adam Smith nasceu na
pequena cidade portuária de Kirkcaldy, Escócia.
Numa fábrica de alfinetes, observando a organização e funcionamento deste
estabelecimento, Adam Smith vai tomar contato com as novas formas de
produção. Estudou Filosofia, ministrou aulas de retórica e filosofia na
Universidade de Glasgow e em 1758, foi eleito reitor da mesma universidade.
No dia 17 de Julho de 1790, o economista faleceu em Edimburgo.

O pensamento de Adam Smith fundaria a teoria econômica e suas obras são


referências para os economistas e filósofos de todo o mundo até hoje.

Influência Intelectual
Um das grandes influências no pensamento de Adam Smith foi filósofo escocês
David Hume.
Em 1759, Adam Smith publica “Teoria dos sentimentos morais”, em 1776, Uma
investigação sobre a natureza e as causas da riqueza das nações e em 1795 Ensaio
sobre Temas Filosóficos.
A Riqueza das Nações
Ali explica a natureza do sistema econômico, as mudanças pelo qual a
economia passava no século XVIII e aponta novos caminhos diante da Revolução
Industrial inglesa que engatinhava.
Natureza Econômica
Para Smith, a economia se move pelo interesse privado dos indivíduos.
Mão Invisível
A metáfora da mão invisível se tornaria a figura mais famosa da economia e o
lema do liberalismo econômico.
Divisão do Trabalho
Adam Smith defendia que o trabalho deveria ser realizado por etapas, a fim de
cada trabalhador fosse se aperfeiçoando e melhorando seu empenho ao longo
da produção.
Mercantilismo
Adam Smith e explica que a riqueza de um país reside na habilidade de produzir
bens. Para isso, deverá ter cidadãos capacitados e um Estado que não seja
interventor.
Fisiocracia
Primazia do direito natural, do poder da terra e dos proprietários, na liberdade
de vender e comprar. A melhor forma de governo seria aquela que as coisas se
resolveriam por si mesmas.
1ª Revolução Industrial (1760-1850)

A Primeira Revolução Industrial corresponde à primeira fase da Revolução


Industrial, período caracterizado pelo grande desenvolvimento tecnológico
iniciado na Europa e que, posteriormente, espalhou-se pelo mundo, provocando
inúmeras e profundas transformações econômicas e sociais. A Primeira
Revolução Industrial iniciou-se por volta de 1760, marcando a transição de um
sistema feudal para o sistema capitalista, e durou até meados de 1850, quando,
então, iniciou-se a segunda fase da Revolução Industrial.

Características da Primeira Revolução Industrial


A principal característica dessa fase é a mudança do processo produtivo.
Anteriormente, o trabalho era feito por artesãos, mulheres, homens e crianças,
que o desenvolvia em suas casas ou em oficinas. Com a Revolução Industrial,
esse trabalho passou a ser desenvolvido em fábricas com a utilização de

máquinas..
Com o avanço tecnológico, foi possível desenvolver máquinas capazes de
otimizar o tempo e aumentar os lucros. Nesse período, passa a existir o que
conhecemos por “divisão do trabalho”.
Surge também o trabalho assalariado e a mão de obra passa a ser vendida,
significando o surgimento de novas relações de trabalho.

Primeira Revolução Industrial na Inglaterra – Pioneirismo Inglês


A Inglaterra foi a pioneira da Revolução Industrial. O país foi o pioneiro pelo
surgimento da burguesia, promovida pela Revolução Inglesa. Os burgueses
detinham o capital necessário para investir.
Geograficamente, a Inglaterra era também privilegiada e possuía acesso ao
comércio marítimo, facilitando a exploração de novos mercados.
Outros fatores foram:
A abundância de recursos naturais, como o ferro, lã, carvão.
A política dos cercamentos, que mudou a configuração das áreas rurais,
As políticas econômicas liberais adotadas

Indústrias da Primeira Revolução Industrial


A principal indústria no período da Primeira Revolução Industrial era têxtil.
Nesse período, surgiram diversas indústrias de tecidos de algodão que utilizavam
o tear mecanizado. O desenvolvimento tecnológico alcançado nesse momento
possibilitou que novas técnicas e maquinários fossem introduzidos na produção
têxtil.

Consequências
A Inglaterra industrializou-se em um primeiro momento e posteriormente
outras nações.
A Primeira Revolução Industrial provocou intensas transformações no sistema
produtivo. A manufatura deu lugar à maquinofatura. Houve aumento da mão de
obra e sua consequente desvalorização. Novas relações de trabalho de surgiram
pela existência de duas classes: a burguesia e o proletariado. Os trabalhadores
passaram a exercer funções específicas. Os salários recebidos eram baixos e as
cargas horárias extenuantes.
David Ricardo (1772-1823)

Economista inglês nascido em Londres, criador da teoria da lei de ferro dos


salários. Prosseguiu suas atividades na bolsa e ganhou dinheiro e prestígio
profissional nas atividades de investimento. Passou, então, a se dedicar à
literatura e à ciência, especialmente matemática, química e geologia e, sob a
influência da leitura casual das obras do compatriota Adam Smith, passou a
estudar detalhadamente as questões monetárias.
Em seu primeiro trabalho The High Price of Bullion, a Proof of the Depreciation
of Bank Notes (1810), pregava a limitação na emissão de moeda como medida
preventiva para o combate à inflação. Sua teoria foi aceita por um comitê
indicado pela Câmara dos Comuns, o que lhe deu grande prestígio. Aposentado
de suas atividades profossionais (1814), refugiou-se em suas propriedades rurais
em Gloucestershire e, ali, escreveu e publicou sua obra capital, Principles of
Political Economy and Taxation (1817), onde expôs suas principais idéias
econômicas, até certo ponto polêmicas, pois politicamente, elas favoreceriam a
burguesia industrial contra a classe ruralista. Entrou para o Parlamento (1819),
onde sua grande reputação como economista fez com que suas opiniões sobre o
livre comércio fossem recebidas com respeito, embora não representassem
ainda o pensamento dominante na Câmara.
Foi o pioneiro na exigência de rigor científico nos estudos econômicos e
analisou os aspectos mais significativos do sistema capitalista de produção. Em
oposição ao mercantilismo, formulou um sistema de livre comércio e produção
de bens que permitiria a cada país se especializar na fabricação dos produtos nos
quais tivesse vantagem comparativa, também chamado de sistema de custos
comparativos. Nas suas doutrinas de livre mercado opôs-se aos aumentos do
ganho real dos trabalhadores porque isso se revelaria inútil, tendo em vista que
os salários permaneceriam, forçosamente, próximos ao nível de subsistência."
Karl Marx (1818-1883)

Karl Marx foi um filósofo, sociólogo, economista, jornalista e teórico político


alemão. Junto a Friedrich Engels, elaborou uma teoria política que embasou o
chamado socialismo científico. Suas contribuições foram a análise social e
econômica, e um conceito de dialética, baseado na produção material da
humanidade. Seu conceito dialético, chamado de materialismo histórico
dialético, proporciona uma nova visão para a análise social e científica sobre a
história da sociedade.
Karl Marx nasceu em 1818, na cidade de Tréveris, então território da Prússia.
Marx estudou no Liceu Friedrich Wilhelm, tendo uma formação, desde cedo,
condizente com a sua classe social.

Teoria de Karl Marx


Marx desenvolveu uma densa e extensa obra que abarca importantes conceitos
filosóficos, econômicos e históricos, e do método sociológico. Porém, o filósofo
ficou mais conhecido por sua teoria de análise e crítica social, que reconhecia
uma divisão de classes sociais e a exploração de uma classe privilegiada e
detentora dos meios de produção sobre uma classe dominada.
O conjunto de seus conceitos importantes compõe o que Marx denominou de
materialismo histórico dialético, um método de análise social e histórica
baseado na luta de classes.
Marx e Engels, os autores do “Manifesto do Partido Comunista”.
Infraestrutura: pautada na economia e por sua centralidade na esfera
produtiva, que é o principal eixo compositor do materialismo histórico.
Superestrutura: é um conjunto de instituições e normas que mantém a
ideologia social e a lógica de exploração funcionando.
Mais-valia: é a diferença entre o preço de matéria-prima e produção de uma
mercadoria e o preço do trabalho e o custo dos meios de produção da
mesma mercadoria.
Alienação: há uma separação entre o trabalhador e o fruto de seu trabalho.
Burguesia: é a classe detentora dos meios de produção.
Proletariado: é a classe operária.
Após a constatação do processo de dominação, Marx apresentou como
possível solução a Revolução do Proletariado, que seria uma revolta da classe
operária.
Jornada de trabalho exaustiva, precária e mal remunerada

Karl Marx e a Sociologia


As contribuições de Marx para a História, para a Filosofia e a formulação de um
novo modo de análise social, voltada para a crítica do capitalismo, foram
fundamentais para a disseminação da Sociologia e para sustentar um método
sociológico mais sólido.

Obras de Karl Marx


Manifesto do Partido Comunista,
A Ideologia Alemã,
Contribuição para uma Crítica da Economia Política,
O Capital
2ª Revolução Industrial (1850-1950)

A Segunda Revolução Industrial nasceu com o progresso científico e


tecnológico ocorrido na Inglaterra, França e Estados Unidos, por volta da
segunda metade do século XIX.ticas
Entre 1850 e 1950, a busca por descobertas e invenções foi longa, o que
representou maior conforto para o ser humano, bem como a dependência dos
países que não realizaram a revolução científica e tecnológica ou industrial.
O mundo todo passou a comprar, consumir e utilizar os produtos industrializados
fabricados na Inglaterra, França, Estados Unidos, Alemanha, Itália, Bélgica e
Japão.
A descoberta e o aproveitamento de novas fontes de energia - o petróleo (no
motor a combustão), a água (nas usinas hidrelétrica), o urânio (para a energia
nuclear), revolucionaram ainda mais a produção industrial. A lista de invenções e
descobertas é enorme, o que representou maior conforto para o ser humano.

Na busca dos maiores lucros, levou-se ao extremo a especialização do trabalho,


a produção foi ampliada passando-se a produzir artigos em série, o que
barateava o custo por unidade.
Surgiram as linhas de montagem, esteiras rolantes por onde circulavam as
partes do produto a ser montado, de modo a dinamizar o processo.
A indústria automobilística Ford, do empresário Henry Ford, implantada nos
Estados Unidos, foi a primeira a fazer uso das esteiras que levavam o chassi do
carro a percorrer toda a fábrica.
Os operários montavam os carros com as peças que chegavam em suas mãos
em outra esteira. Esse método de racionalização de produção foi chamado de
fordismo. Essa foi forma de produção integrada as teorias do engenheiro norte
americano Frederick Taylor, o taylorismo, que visava o aumento da
produtividade, controlando os movimentos das máquinas e dos homens no
processo de produção.
Toda essa revolução propiciou o surgimento de grandes indústrias e a geração
de grandes concentrações econômicas, que formaram as holdings, trustes e
cartéis.
Inventos da Segunda Revolução Industrial:
novos processos de fabricação do aço, permitindo sua utilização na
construção de pontes, máquinas, edifícios, trilhos, ferramentas etc;
desenvolvimento técnico de produção da energia elétrica;
invenção da lâmpada incandescente;
surgimento e avanço dos meios de transporte (ampliação das ferrovias
seguida das invenções do automóvel e do avião;
invenção dos meios de comunicação (telégrafo, telefone, televisão e
cinema);
avanço da química, com a descoberta de novas substâncias; a descoberta do
múltiplo aproveitamento do petróleo e seus derivados como fonte de energia
e lubrificantes; o surgimento dos plásticos; desenvolvimento de armamentos
como o canhão e a metralhadora; a descoberta do poder explosivo da
nitroglicerina etc;
na medicina surgiram os antibióticos, as vacinas, novos conhecimentos sobre
as doenças e novas técnicas de cirurgia.
3ª Revolução Industrial (1950-2000)

A Terceira Revolução Industrial, chamada também de Revolução


Informacional, começou em meados do século XX, momento em que a eletrônica
aparece como verdadeira modernização da indústria.
Isso aconteceu após a segunda guerra mundial (1939-1945) e abrange o período
que vai de 1950 e até o fim do século XX.
Para alguns estudiosos, a terceira Revolução Industrial teve início nos Estados
Unidos e em alguns países europeus, quando a ciência descobriu a possibilidade
de utilizar a energia nuclear do átomo.
Para outros, seu início foi por volta de 1970, com o descobrimento da robótica,
empregada na linha de montagem de automóveis. Para outro grupo, iniciou-se a
partir dos anos 1990, com o uso do computador pessoal e a internet.
A Terceira Revolução Industrial ganhou destaque a partir dos avanços
tecnológicos e científicos na indústria, mas também abrange progressos na

agricultura, na pecuária, no comércio e na prestação de serviços.


Enfim, todos os setores da economia se beneficiaram com as novas conquistas
produzidas através de grandes investimentos empregados nos centros de
pesquisas dos países desenvolvidos.
A globalização foi um fator importante para auxiliar na produção e nas
relações comerciais entre diversos países do mundo. Além disso, ela
proporcionou a massificação dos produtos, sobretudo na área da tecnologia.

Principais Características e Consequências


uso de tecnologia e do sistema informático na produção industrial;
desenvolvimento da robótica, engenharia genética e biotecnologia;
Diminuição dos custos e aumento da produção industrial;
aceleração da economia capitalista e geração de emprego;
utilização de várias fontes de energia, inclusive as menos poluentes;
aumento da consciência ambiental;
consolidação do capitalismo financeiro;
terceirização da economia;
expansão das empresas multinacionais.

As Invenções e Descobertas
Muitas invenções e descobertas no campo da ciência e tecnologia ocorreram de
1950 até nossos dias. Entre elas estão:
novas ligas metálicas que permitiram avanços na metalurgia e na construção
de aeronaves;
progresso na eletrônica, permitindo o aparecimento da computação e
automação no processo produtivo;
uso da energia atômica para fins pacíficos, como a produção de eletricidade
(usinas termo nucleares), em equipamentos médicos entre outros;
desenvolvimento da biotecnologia e da engenharia genética;
conquista espacial, com a descida do homem na Lua, foguetes, estações
espaciais, ônibus, satélites artificiais, sondas para estudo de planetas e
satélites
4ª Revolução Industrial (2000-dias atuais)

A Quarta Revolução Industrial, também conhecida como Indústria 4.0, é uma


atualização das revoluções industriais anteriores. Consiste em uma alteração
drástica nos meios de produção por meio da utilização de tecnologias avançadas.
Internet das coisas, biologia sintética, impressoras 3D, algoritmo, 5G,
nanotecnologia, big data, realidade aumentada, I.A. (Inteligência Artificial) aliada
à robótica são processos que consolidam esta nova etapa industrial. Desta forma,
as telecomunicações e equipamentos estão cada vez mais interligados no
sentido de fazer convergir estas inovações.
Assim configura-se a Quarta Revolução Industrial, que tem como uma de suas
principais características a fusão entre o mundo físico e o virtual.
A partir do momento em que ocorre uma revolução industrial – das máquinas a
vapor até a construção de casas com impressoras 3D – a sociedade passa por
alterações radicais e que ocorrem com rapidez maior do que a sua própria
capacidade de assimilação.

Se na Terceira Revolução Industrial a tecnologia se dava por meio de braços


mecânicos que efetuavam tarefas de funcionários de fábrica, nesta nova etapa,
com a I.A. aplicada à robótica, temos a utilização dos algoritmos que fazem as
máquinas aprenderem conforme a atuação junto às pessoas.
A partir da segunda década do século XXI, tornaram-se comuns dispositivos de
inteligência artificial em bots de atendimento ou robôs que orientam centrais
telefônicas, além da aplicação da I.A. em estruturas automatizadas. A tecnologia
proveniente da Quarta Revolução Industrial está marcada pela
interconectividade.

Exemplos de utilização
Companhias líderes no segmento de entregas online já se utilizam drones para
chegar com maior rapidez à casa dos clientes, além de conseguirem efetuar
entregas e locais de difícil acesso. Também são utilizados para agilizar diversas
tarefas em instalações industriais, como inspeções em locais de difícil acesso.
Com a introdução da inteligência artificial no ambiente doméstico será possível
o funcionamento através do comportamento dos moradores, o que trará
benefícios de ordem prática, facilitando na administração de tarefas diárias.

Geopolítica e tecnologia
A Quarta Revolução Industrial é marcada pela disputa tecnológica entre os
países mais desenvolvidos do século XXI. Com a criação do 5G, tecnologia que
permite uma interconectividade ampla e extremamente veloz entre
equipamentos, a China deu passos largos à frente de todas as nações. Neste
sentido, os Estados Unidos têm buscado desenvolver rapidamente uma
tecnologia que consiga suprir os avanços da nação oriental.

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