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Parecer: 006/2023
RELATÓRIO:
a. Citou que a prestação de serviço foi realizada dada a existência de nota fiscal
devidamente atestada;
b. Apontou que prestação de serviços sem o prévio procedimento licitatório gera situação
de nulidade (art. 37, inciso XXI, CF/88);
c. Indicou que Pagamento de despesas pelos órgãos públicos sem prévia licitação ou
procedimento de dispensa/inexigibilidade é prática viciada sob o aspecto formal;
d. Percebeu que a nulidade não exonera a Administração do dever de indenizar (art. 59,
parágrafo único, Lei Federal 8.666/93);
Ao final, o Diretor de Recursos Humanos da EMSERH determinou remessa dos autos para
esta Comissão de Sindicância para análise e deliberações.
DISPOSITIVO:
Para a apuração do aqui disposto, deve-se estabelecer alguns critérios, vamos a eles:
A sindicância pode ser entendida como sendo a etapa preliminar de uma investigação
administrativa.
A principal finalidade da sindicância é esclarecer se houve, ou não, algum fato ou ato irregular,
mesmo que no início não haja uma pessoa a ser investigada.
Se for concluído que existe um potencial ato ilícito, é iniciado o processo administrativo
disciplinar contra o servidor responsável.
Nesse contexto, questiona-se se, no caso de o regulamento de pessoal da Emserh ser omisso
quanto ao rito procedimental disciplinar a ser adotado, considerando a preclusão, poderá a
entidade fazer uso de disposições da Lei nº 8.112/90.
3 – SOBRE A PRECLUSÃO:
O limite temporal tem que ser observado, em atendimento ao que determina o instituto da
preclusão, pois ao Poder Público, suprir-se-á a prerrogativa sua pretensão de
competência disciplinar se deixar escoar o prazo fixado na lei dentro do qual lhe é possível
atuar.
Diante desse contexto, conclui-se que, de acordo com o Enunciado nº 15 da CGU, é possível a
adoção do rito processual disciplinar previsto pela Lei nº 8.112/90 às empresas estatais. Senão
vejamos:
Desta forma, destaca-se que a Lei n.º 9.784/99, que regula o processo administrativo no âmbito
da Administração Pública Federal, em seu art. 66 assim dispõe:
A motivação de trazer essa referência legislativa deve-se por força da súmula 633STJ, que diz:
Destarte, considerando o enunciado 15/2017 da CGU, está encampado no art. 142 da lei
8112/90, resta evidente que foi decorrido o prazo legal máximo para o exercício da
competência punitiva. Então, certa é a preclusão do poder disciplinar na espécie. A natureza de
ordem pública dos prazos e as características conceituais que lhe são intrínsecas deixam
evidente a possibilidade da decretação de ofício da preclusão administrativa. Com efeito, deve
Portanto, não tendo mais o que levantar e apurar, considerando a eficiência do instituto da
preclusão, pois a contagem de se deu quando do conhecimento da autoridade dos presentes
autos em 08 de junho de 2016, devendo os presentes ser arquivados
Mat. 013099