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Parecer: 003/2023
RELATÓRIO:
Trata-se o presente de processo de pagamento por indenização da empresa OLIVEIRA & CIA
LTDA, portadora do CNPJ nº 09.637.873/0001-84, com endereço sito a Quadra 112 SUL (ASR
SE 15), Rua SR 01, Conjunto 01, 21 – LOTE 07 – Plano Diretor Sul – em Palmas (TO), para
efetuar prestação de serviços prestados (fornecimento de alimentos) para as seguintes
unidades referentes ao Hospital Carlos Macieira de Colinas – MA, Hospital Geral de Grajaú –
MA, UPA Imperatriz – MA, Hospital Regional Materno Infantil de Imperatriz – MA, Hospital de
Presidente Dutra - MA, no valor de R$ 1.107.768,12 (hum milhão, cento e sete mil, setecentos
e sessenta e oito reais e doze centavos), pelo período de 17 de novembro de 2015 a 31 de
dezembro de 2015.
a. Citou que a prestação de serviço foi realizada dada a existência de nota fiscal
devidamente atestada;
b. Apontou que prestação de serviços sem o prévio procedimento licitatório gera situação
de nulidade (art. 37, inciso XXI, CF/88);
c. Indicou que Pagamento de despesas pelos órgãos públicos sem prévia licitação ou
procedimento de dispensa/inexigibilidade é prática viciada sob o aspecto formal;
d. Percebeu que a nulidade não exonera a Administração do dever de indenizar (art. 59,
parágrafo único, Lei Federal 8.666/93);
Ao final, o Presidente da EMSERH determinou remessa dos autos para esta Comissão de
Sindicância para análise e deliberações.
DISPOSITIVO:
Para a apuração do aqui disposto, deve-se estabelecer alguns critérios, vamos a eles:
A sindicância pode ser entendida como sendo a etapa preliminar de uma investigação
administrativa.
A principal finalidade da sindicância é esclarecer se houve, ou não, algum fato ou ato irregular,
mesmo que no início não haja uma pessoa a ser investigada.
Se for concluído que existe um potencial ato ilícito, é iniciado o processo administrativo
disciplinar contra o servidor responsável.
Dessa forma, a aplicação de sanções disciplinares no âmbito das estatais independe de prévio
processo administrativo. Contudo, é possível que referidas empresas, em seus estatutos,
3 – SOBRE A PRECLUSÃO:
O limite temporal tem que ser observado, em atendimento ao que determina o instituto da
preclusão, pois ao Poder Público, suprir-se-á a prerrogativa sua pretensão de
competência disciplinar se deixar escoar o prazo fixado na lei dentro do qual lhe é possível
atuar.
Diante desse contexto, conclui-se que, de acordo com o Enunciado nº 15 da CGU, é possível a
adoção do rito processual disciplinar previsto pela Lei nº 8.112/90 às empresas estatais. Senão
vejamos:
Desta forma, destaca-se que a Lei n.º 9.784/99, que regula o processo administrativo no âmbito
da Administração Pública Federal, em seu art. 66 assim dispõe:
A motivação de trazer essa referência legislativa deve-se por força da súmula 633STJ, que diz:
Destarte, considerando o enunciado 15/2017 da CGU, está encampado no art. 142 da lei
8112/90, resta evidente que foi decorrido o prazo legal máximo para o exercício da
Portanto, não tendo mais o que levantar e apurar, considerando a eficiência do instituto da
preclusão, pois a contagem de se deu quando do conhecimento da autoridade dos presentes
autos em 27 de janeiro de 2016, devendo os presentes ser arquivados
Mat. 013099