Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Fisiologia Do Exercício Físico e Hipertensão Arterial: Uma Breve Introdução
Fisiologia Do Exercício Físico e Hipertensão Arterial: Uma Breve Introdução
net/publication/200138122
CITATIONS READS
48 7,790
1 author:
SEE PROFILE
Some of the authors of this publication are also working on these related projects:
VARIÁVEIS CLÍNICAS, CINEANTROPOMÉTRICAS E FISIOLÓGICAS ASSOCIADAS AO EXERCÍCIO FÍSICO E A ADERÊNCIA A PROGRAMAS DE EXERCÍCIO E A MORTALIDADE POR TODAS AS CAUSAS
View project
All content following this page was uploaded by Claudio Gil Araujo on 01 February 2014.
MÓDULO TEMÁTICO
○
○
○
hipertensão arterial:
○
○
○
○
○
Autor:
○
○
○
○
○
○
Introdução
Há consenso de que o número absoluto e a proporção de
indivíduos idosos na população tende a crescer significati-
vamente nas próximas décadas. Existe, além disso, consi-
derável preocupação quanto às condições de saúde e à qua-
Endereço para correspondência: lidade de vida que esses indivíduos gozarão nos seus últi-
Rua Figueira Campos, 93 – sala 102 mos anos de vida. Em particular, é possível que haja um
22031-070 – Copacabana – Rio de Janeiro – RJ aumento desproporcional no número de indivíduos porta-
Tel.: (21) 2256-7183 dores de doenças crônico-degenerativas, especialmente hi-
Fax: (21) 549-4295 pertensão arterial, com a elevação da idade média popula-
E-mail: cgaraujo@iis.com.br cional7. Felizmente, existem atualmente várias estratégias pre-
78 HIPERTENSÃO
exercício, representando os aspectos morfofuncionais que di- escadas, caminhar na hora do almoço etc.
○
○
ferenciam um indivíduo fisicamente treinado de um outro A intensidade absoluta do exercício físico pode ser ex-
○
sedentário. Alguns dos exemplos mais típicos dos efeitos crô- pressa de vários modos. O mais comum é apresentar a deman-
○
○
nicos do exercício físico são a bradicardia relativa de repou- da energética em múltiplos do gasto em repouso. Consideran-
○
so, a hipertrofia ventricular esquerda fisiológica e o aumento do o gasto em repouso como equivalente a 1 MET (termo em
○
○
do consumo máximo de oxigênio. inglês que significa equivalente metabólico), temos, por exem-
○
O exercício físico pode se apresentar de diferentes for- plo, que caminhadas ao ritmo normal (80 m.min-1) ou rápido
○
mas, cada uma delas acarretando diferentes efeitos agudos ou (100 m.min-1) equivalem, respectivamente, a 3 e 4 METs. Já
○
○
crônicos. Assim, parece oportuno sistematizar alguma classi- para o ato de correr temos, simplificadamente, que para cada
○
ficação, como é mostrado no quadro a seguir. km.h-1 de velocidade consome-se o equivalente a 1 MET, ou,
○
○
exemplificando, 10 km.h-1 = 10
○
METs.
○
○
A intensidade relativa de um
○
1
○
80 HIPERTENSÃO
são arterial, tais como o acidente vascular encefálico14. Esses no esforço predominantemente estático, podem alcançar ci-
○
riabilidade interindividual. Essas alterações já podem ser ob- a 400/250 mmHg em indivíduos jovens saudáveis, sem pro-
○
apenas recentemente se comece a esclarecer os mecanismos contribui para a redução da pressão arterial em hipertensos, tanto
○
nominado hipotensão relativa pós-exercício11,18. Estudos fu- repetição periódica e freqüente do exercício físico. O conhe-
○
pectos importantes da interação de exercício físico e hiper- tensão arterial – pode contribuir para o melhor uso desse po-
○
tensão arterial.
○
Referências bibliográficas
1. AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE. ACSM’s Guidelines for Exercise Testing and
Prescription. 6 ed. Philadelphia: Lippincott Williams & Wilkins, 2000.
2. ARAÚJO CGS. Fisiologia do exercício. In: ARAÚJO WB (coord.). Ergometria e cardiologia desportiva.
Rio de Janeiro: MEDSI, 1986, p. 1–57.
3. ARAÚJO CGS. Andar ou correr: afinal o que devemos recomendar? Bol DERC/SBC, v. 5, n. 15, p. 11–
12, 1999.
4. ARAÚJO CGS. Exercício físico regular vigoroso, moderado ou leve? Bol DERC/SBC, v. 6, n. 20, p. 8–
9, 2000.
5. ARAÚJO DSMS, ARAÚJO CGS. Aptidão física, atividade física e qualidade de vida relacionada à
saúde em adultos. Rev Bras Med Esporte, v. 6, n. 5, p. 194–203, 2000.
6. BLAIR SN, JACKSON AS. Physical fitness and activity as separate heart disease risk factors: a meta-
analysis: a guest editorial. Med Sci Sports Exerc, v. 33, n. 5, p. 762–764, 2001.
7. BOOTH FW, GORDON SE, CARLSON CJ, HAMILTON MT. Wagging war on modern chronic
diseases: primary prevention through exercise biology. J Appl Physiol, v. 88, p. 774–787, 2000.
8. CARVALHO T, NÓBREGA ACL, LAZZOLI JK, MAGNI JRT, REZENDE L, DRUMMOND FA,
OLIVEIRA MAB, DE ROSE EH, ARAÚJO CGS, TEIXEIRA JAC. Posição oficial da Sociedade
Brasileira de Medicina do Esporte: atividade física e saúde. Rev Bras Med Esportiva, v. 2, n. 4, p. 79–
81, 1996.
9. CASPERSEN C, PEREIRA MA, CURRAN KM. Changes in physical activity patterns in the United
States, by sex and cross-sectional age. Med Sci Sports Exerc, v. 32, p. 1601–1609, 2000.
10. EVANS WJ. Reversing sarcopenia: how weight training can build strength and vitality. Geriatrics, v.
51(5), p. 46–47, 51–53, 1996.
11. FORJAZ CL, TINUCCI T, ORTEGA KC, SANTAELLA DF, MION D JR, NEGRAO CE. Factors
affecting post-exercise hypotension in normotensive and hypertensive humans. Blood Press
Monit, v. 5, n. 5–6, p. 255–262, 2000.
12. GALLAGHER D, RUTS E, VISSER M, HESHKA S, BAUMGARTNER RN, WANG J, PIERSON
RN, PI-SUNYER FX, HEYMSFIELD SB. Weight stability masks sarcopenia in elderly men and
women. Am J Physiol Endocrinol Metab, v. 279, n. 2, p. E366–375, 2000.
82 HIPERTENSÃO