Você está na página 1de 8

02

A importância das aulas práticas de


microbiologia no ensino técnico de
nível médio

Janaína dos Santos Nascimento


IFRJ

10.37885/210203009
RESUMO

As aulas teóricas podem não ser suficientes para produzir uma visão completa da com-
plexidade da Microbiologia como uma disciplina, uma vez que há a necessidade de uma
ligação entre o conhecimento teórico e a experiência prática desenvolvida no laborató-
rio. A vivência das aulas práticas gera a sedimentação de conceitos na estrutura cognitiva
do aluno, o desenvolvimento de habilidades e competências e incentiva a formação do
espírito crítico. Dessa forma, esse trabalho contribui para a valorização do ensino de
Microbiologia, especialmente para os níveis nível fundamental e médio/técnico, uma
vez que o mercado de trabalho está cada vez mais competitivo e exigindo experiência.

Palavras- chave: Aulas Práticas, Microbiologia, Ensino Técnic o de Nível Médio,


Habilidades e Competências.

33
Biologia: Ensino, Pesquisa e Extensão - Uma Abordagem do Conhecimento Científico nas Diferentes Esferas do Saber
INTRODUÇÃO

Para os alunos do ensino técnico de nível médio, sabe-se que os livros didáticos nem
sempre são suficientes para explicar de forma completa as relações conceituais. Assim, as
metodologias práticas atuam como estratégias adicionais de ensino. Elas reforçam o con-
teúdo teórico já abordado, podendo também servir como alternativa de avaliação, na qual
conceitos aprendidos com precisão podem ser reafirmados e mal- entendidos podem ser
corrigidos (ROCHA et al., 2016).
Outro fator importante que merece atenção é a melhoria contínua da experiência dos
alunos no laboratório de ensino. Com cada aula prática, os alunos desenvolvem mais con-
fiança, mais destreza e mais experiência (BINDAYA et al., 2020). Essas habilidades são
fundamentais para a transição dos alunos da escola para a universidade ou para o mer-
cado de trabalho.
Em uma instituição de ensino com uma tradição estabelecida de aulas práticas, as
preocupações com a falta de experiência prática de trabalho são significativamente redu-
zidas. Essa visão já foi colocada em pauta por ADAMS (2009). Ele relata que à medida
que os alunos progridem nos estudos e enfrentam atividades laboratoriais cada vez mais
exigentes e complexas, é possível garantir que haja um reforço constante dos alicerces dos
conhecimentos e competências adquiridos.
Esse estado de “saber fazer mesmo”, de “trabalho prático” ou de “saber colocar a mão
na massa”, tem sido discutido nos sistemas educacionais de vários países (WANG et al.,
2012; WANG et al., 2018; BROCKMAN et al., 2020; BINDAYA et al., 2020), tendo como
base o fato de que somente a posse de um diploma universitário ou de ensino técnico não
implica, necessariamente, na aquisição de um emprego. Essa discussão também se aplica
ao Brasil, especialmente no momento econômico atual.
É importante ressaltar que o mercado de trabalho brasileiro está cada vez mais com-
petitivo, buscando habilidades e não somente um certificado de conclusão de um curso.
Com isso, os educadores precisam proporcionar experiências de aprendizagem autênticas
para seus alunos. Na área das Ciências Biológicas, essa autenticidade é melhor represen-
tada por aulas práticas e experiência em laboratório. Este trabalho tem por objetivo alertar
sobre a importância da valorização do ensino de Microbiologia através de aulas práticas,
buscando capacitar ainda mais os alunos do Ensino Técnico de Nível Médio e prepará-los
para o mercado de trabalho.

34
Biologia: Ensino, Pesquisa e Extensão - Uma Abordagem do Conhecimento Científico nas Diferentes Esferas do Saber
DESENVOLVIMENTO

Por definição, a Microbiologia é o estudo científico dos micro-organismos e está as-


sociada ao estudo de suas células - sejam elas unicelulares ou multicelulares - e de seu
funcionamento (MADIGAN, MARTINKO & PARKER, 1997).
Vários conceitos da Microbiologia já estão presentes em nossas vidas, mesmo que
inconscientemente, desde quando ouvimos pela primeira vez sobre “germes”, quando crian-
ças (MCGENITY et al., 2020). A partir daí, tomamos conhecimento dos princípios básicos
para o controle do crescimento microbiano, como lavagem das mãos, assepsia, manobras
de higiene no preparo dos alimentos e prevenção de doenças. Porém, muitas importantes
aplicações biotecnológicas dos micro-organismos no cotidiano, como por exemplo, na pro-
dução de alimentos e de medicamentos, permanecem desconhecidas (TIMMIS et al., 2020).
Segundo TOLEDO e colaboradores (2015), ao se trabalhar com Microbiologia, a impor-
tância da instituição de ensino na promoção de mudanças conceituais emerge de seu papel
na área da saúde, juntamente com outros aspectos como a alimentação e o meio ambiente.
Muitos professores querem proporcionar aos alunos essa oportunidade de aprendizagem
ativa, mas eles são limitados pelas condições de suas instituições, o que gera um grande
desafio a ser enfrentado.
Por si só, a complexidade da disciplina já é uma das principais dificuldades encontradas
pelos educadores: os micro-organismos incluem bactérias, fungos, vírus e protozoários, que
requerem diferentes habilidades laboratoriais (BARBOSA & BARBOSA, 2010; SANCHO
et al., 2016). As aulas de Microbiologia são, em geral, baseadas em culturas microbianas,
o que aumenta os obstáculos, pois para cultivar micro- organismos fazem-se necessários
recursos de custo elevado, como meios de cultura e materiais de consumo, incluindo tubos
de ensaio, placas de Petri, pipetas e outras vidrarias, além de equipamentos, como estu-
fas e autoclaves.
Muitas instituições de ensino médio e técnico não possuem materiais específicos ou
dispõem de um laboratório adequado para que sejam realizadas as aulas práticas aulas de
Microbiologia. Este ambiente tecnológico é importante para que o conhecimento teórico da
sala de aula seja atualizado e fixado. É também nesse ambiente que os alunos têm as suas
atitudes, competências e aptidões despertadas, desenvolvendo o seu espírito criativo e fo-
mentando um maior interesse nas aulas (GASPER & GARDNER, 2013; WALLER et al., 2016).
Porém, a falta de equipamentos, local específico e/ou matérias de consumo não deve
restringir o ensino de Microbiologia apenas a aulas teóricas. É possível, por meio de so-
luções personalizadas, despertar a curiosidade, atenção, habilidades e competências dos
alunos; o mais importante é estimular o espírito crítico. Muitos autores descrevem meto-
dologias alternativas para aulas práticas de Microbiologia, visando conseguir despertar a
35
Biologia: Ensino, Pesquisa e Extensão - Uma Abordagem do Conhecimento Científico nas Diferentes Esferas do Saber
curiosidade, a atenção e as habilidades e competências dos alunos. É possível substituir uma
estufa, meios de cultura e vidrarias de laboratório por matérias de fácil acesso disponíveis
no dia-a-dia (GENTILE et al., 2005; OLIVEIRA et al., 2016; PALHETA & SAMPAIO, 2016;
ROMERO et al., 2016). É a partir do manuseio e da observação direta de amostras que os
alunos são capazes de desenvolver o senso de responsabilidade e uma maior apreciação
pela disciplina e, ainda, têm sua metacognição estimulada (SALTER & GARDNER, 2016;
BROCKMAN et al., 2020).
Segundo citado por LIMA & GARCIA (2011), “tornar o ensino prazeroso não deveria
depender exclusivamente de estruturas e equipamentos”. Vale ressaltar que o simples fato
de estar fora de uma sala de aula convencional já constitui um estímulo à aprendizagem
e que as aulas práticas não devem ser apenas uma ação de observação ou de simples
manipulação de vidrarias, mas sim uma atividade que remeta ao caráter investigativo, que
tenha características de um trabalho científico, ou seja, com objetivos, metodologia, resul-
tados e discussão.
Em outros países, modelos de ensino baseados em atividades práticas, em diversas
áreas de conhecimento, já são bem estabelecidos. Um dos mais utilizados é o “Course-
Based Undergraduate Research Experience” (CURE), que consiste de um método eficaz
de transformar a aprendizagem e o ensino de ciências, envolvendo os alunos no processo
científico, ou seja, é o aprendizado orientado pela prática. No CURE, o aluno é estimulado a
fazer perguntas, construir e avaliar modelos, propor hipóteses, projetar estudos, selecionar
métodos, usar as ferramentas da ciência, analisar dados, e transportá-los ao mundo real,
desenvolvendo argumentos e conclusões (AUCHINCLOSS et al., 2014; SUN et al., 2020;
ZELAYA et al., 2020). Na área de Microbiologia, diversos autores relatam com êxito a sua
utilização no ensino de tópicos como crescimento microbiano, resistência a antimicrobianos
e produção de biofilme (LO & MEL, 2017; FURROW et al., 2020; LIGHT et al., 2020; TAWDE
& WILLIAMS, 2020).
Seja com um laboratório equipado ou com técnicas improvisadas, as práticas de
Microbiologia devem proporcionar ao aluno o desenvolvimento de aptidões e competências
que incluem: a capacidade de demonstrar conhecimentos bem desenvolvidos; o domínio
das técnicas microbiológicas essenciais; a capacidade de articular as interações entre os
micro-organismos e seu ambiente; e, por fim, a análise crítica e a resolução de problemas
microbiológicos específicos, tanto individualmente quanto em equipe (BURKE et al., 2016;
BROCKMAN et al., 2020; BINDAYA et al., 2020). De acordo com AGUS (2010), a capacidade
de realizar corretamente o diagnóstico, o controle de qualidade e as técnicas de pesquisa
requer a aquisição dessas habilidades práticas. Tais habilidades, por sua vez, tornam-se

36
Biologia: Ensino, Pesquisa e Extensão - Uma Abordagem do Conhecimento Científico nas Diferentes Esferas do Saber
diferenciais para uma carreira em Microbiologia, que pode estar inserida em diversas áreas
de trabalho, como industrial, ambiental, farmacêutica, clínica, alimentícia e agrícola.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Sem dúvida, a inclusão de aulas práticas de Microbiologia nos cursos profissionalizantes


do ensino médio é enriquecedora em vários aspectos, uma vez que as atividades laborato-
riais estão fortemente ligadas à qualidade dos resultados de aprendizagem dos alunos. Isso
permite que os alunos demonstrem seu potencial de pesquisa com interesse e entusiasmo,
tornando-os mais capazes de assimilar conteúdos, desenvolver ideias e, segundo AGUS
(2010), desenvolver habilidades de pensamento crítico para aplicação em uma sociedade
dinâmica e em constante mudança.

REFERÊNCIAS
1. ADAMS, D. J. Current trends in laboratory class teaching in university bioscience programmes.
Bioscience Education, v. 13, n. 1, p. 1-14, 2009. https://doi.org/10.3108/beej.13.3

2. AGUS, H. Significance of laboratory experience in undergraduate microbiology. Microbiology


Australia, v. 31, n. 1, p. 38-40, 2010. Disponível em: https://www.publish.csiro.au/MA/pdf/
MA10038. Acesso em 10 de dezembro de 2020.

3. AUCHINCLOSS, L.C., LAURSEN, S.L., BRANCHAW, J.L., EAGAN, K., GRAHAM, M., HA-
NAUER, D.I., LAWRIE, G., MCLINN, C.M., PELAEZ. N., ROWLAND, S., TOWNS, M., TRAUT-
MANN, N.M., VARMA-NELSON, .P, WESTON, T.J., DOLAN, E.L. Assessment of Course-Based
Undergraduate Research Experiences: A Meeting Report. CBE Life Sciences Education,
v.13, n. 1, p. 29–40, 2014. https://doi.org/10.1187/cbe.14-01-0004

4. BARBOSA, F. H. F.; BARBOSA, L. P. J. L. Alternativas metodológicas em Microbiologia - viabi-


lizando atividades práticas. Revista de Biologia e Ciências da Terra, v. 10, n. 2, p. 134-143,
2010. Disponível em: https://www.redalyc.org/pdf/500/50016922015.pdf. Acesso em: 10 de
dezembro de 2020.

5. BINDAYNA, K. M., QAREEBALLA, A., JOJI, R. M., AL MAHMEED, A., EZZAT, H., ISMAEEL,
A. Y., TABBARA, K. S. Student Perception of Microbiology Laboratory Skills Learning Through
a Problem-Based Learning Curriculum: Arabian Gulf University Experience. Advances in Medi-
cal Education and Practice, v. 11, p. 963-968, 2020. https://doi.org/10.2147/AMEP.S276221

6. BROCKMAN, R. M., TAYLOR, J. M., SEGARS, L. W., SELKE, V., TAYLOR, T. A. Student
perceptions of online and in-person microbiology laboratory experiences in undergraduate
medical education. Medical Education Online, v. 25, n. 1, 1710324, 2020.https://doi.org/10.
1080/10872981.2019.1710324

37
Biologia: Ensino, Pesquisa e Extensão - Uma Abordagem do Conhecimento Científico nas Diferentes Esferas do Saber
7. BURKE, C.; CAIN, H.; COLEMAN, N.; GRANDO, D.; HUGHES, M.; JOHANESEN, P.; LA-
TEGAN, J.; LLOYD, M.; MARKHAM, J.; MOHIDEEN, M.; WALLER, K.; WANG, J. Threshold
learning outcomes for a microbiology major. Microbiology Australia, v. 37, n. 2, p. 93-97,
2016. Disponível em: https://core.ac.uk/download/pdf/192550153.pdf. Acesso em 13 de janeiro
de 2021.

8. FURROW, R. E., KIM, H. G., ABDELRAZEK, S., DAHLHAUSEN, K., YAO, A. I., EISEN, J. A.,
GOLDMAN, M. S., ALBECK, J. G., & FACCIOTTI, M. T. Combining Microbial Culturing with
mathematical modeling in an introductory course-based undergraduate research experience.
Frontiers in Microbiology, v. 11, 581903, 2020. https://doi.org/10.3389/fmicb.2020.581903

9. GASPER, B. J.; GARDNER, S. M., Engaging students in authentic microbiology research in


an introductory biology laboratory course is correlated with gains in student understanding of
the nature of authentic research and critical thinking. Journal of Microbiology & Biology
Education, v. 14, n. 1, p. 25-34, 2013. https://doi.org/10.1128/jmbe.v14i1.460

10. GENTILE, P. Como ensinar microbiologia, com ou sem laboratório. Revista Nova Escola. Edi-
tora Abril, São Paulo, p. 40-43, 2005. Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/385/
como-ensinar-microbiologia. Acesso em 13 de janeiro de 2021.

11. LIGHT, C. J., FEGLEY, M., STAMP, N. Emphasizing iterative practices for a sequential course-
-based undergraduate research experience in microbial biofilms, FEMS Microbiology Letters,
v. 366, n. 23, fnaa001, 2019. https://doi.org/10.1093/femsle/fnaa001

12. LIMA, D. B., GARCIA, R. N. Uma investigação sobre a importância das aulas práticas de
Biologia no Ensino Médio. Cadernos do Aplicação, v. 24, n. 1, p. 201-224, 2011. https://doi.
org/10.22456/2595-4377.22262

13. LO, S. M., MEL, S. F. Examining microbial biodiversity in soil: A large-enrollment introductory
course-based undergraduate research experience. Proceedings of the Association for Bio-
logy Laboratory Education, v. 38, n.6, p.1-16, 2017. Disponível em https://www.ableweb.
org/biologylabs/wp-content/uploads/volumes/vol-38/Lo.pdf. Acesso em 13 de janeiro de 2021.

14. MADIGAN, M. T.; MARTINKO, J. M.; PARKER, J. Brock: Biology of Microorganisms, 11ª
Ed. Upper Saddle River, NJ: Prentice Hall, 1997.

15. MCGENITY, T. J., GESSESSE, A., HALLSWORTH, J. E., GARCIA CELA, E., VERHEECKE‐
VAESSEN, C., WANG, F., ..., TIMMIS, K.. Visualizing the invisible: class excursions to ignite
children’s enthusiasm for microbes. Microbial Biotechnology, v. 13, n. 4, p. 844-887, 2020.
https://doi.org/10.1111/1751-7915.13576

16. OLIVEIRA, N. F.; AZEVEDO, T. M., NETO, L. S. Concepções alternativas sobre microrganis-
mos: alerta para a necessidade de melhoria no processo ensino-aprendizagem de biologia.
Revista Brasileira de Ensino de Ciência e Tecnologia, v. 9, n. 1, p. 260- 276, 2016. https://
doi.org/10.3895/rbect.v9n1.2031

17. PALHETA, R. A.; SAMPAIO, A. P. L. Atividades práticas sobre microrganismos no aprendizado


do ensino médio. REVISTA IGAPÓ-Revista de Educação Ciência e Tecnologia do IFAM,
v. 10, n. 1, p. 72-87, 2016. Disponível em: http://igapo.ifam.edu.br/ojs/index.php/igapo/article/
view/438/365 Acesso em 10 de dezembro de 2020.

38
Biologia: Ensino, Pesquisa e Extensão - Uma Abordagem do Conhecimento Científico nas Diferentes Esferas do Saber
18. ROCHA, T. L.; DE OLIVEIRA, M. L.; SERAPHIN, J. C.; SABÓIA-MORAIS, S. M. T. A com-
parative analysis of practical classes in cellular biology for undergraduate biological sciences
students. Investigações em Ensino de Ciências, v. 15, n. 2, p. 297- 309, 2016. D i s p o n í -
vel em: https://www.if.ufrgs.br/cref/ojs/index.php/ienci/article/view/297/192. Acesso em 13 de
janeiro de 2021.

19. SALTER, S., GARDNER, C. Online or face-to-face microbiology laboratory sessions? First
year higher education student perspectives and preferences. Creative Education, v. 7, n. 14,
p.1869, 2016. https://doi.org/10.4236/ce.2016.714189

20. SANCHO, P.; CORRAL, R.; RIVAS, T.; GONZÁLEZ, M. J.; CHORDI, A.; TEJEDOR, C. A
blended learning experience for teaching Microbiology. American Journal of Pharmaceutical
Education, v. 70, n. 5, art120, 2006. https://doi.org/10.5688/aj7005120 SUN, E., GRAVES,
M. L., OLIVER, D. C. Propelling a course-based undergraduate research experience using
an open-access online undergraduate research journal. Frontiers in Microbiology, v. 11,
2980, 2020. https://doi.org/10.3389/fmicb.2020.589025

21. TAWDE, M., & WILLIAMS, M. Antibiotic resistance in environmental microbes: implementing
authentic research in the Microbiology classroom. Frontiers in Microbiology, v. 11, 578810,
2020. https://doi.org/10.3389/fmicb.2020.578810

22. TIMMIS, K., CAVICCHIOLI, R., GARCIA, J. L., NOGALES, B., CHAVARRÍA, M., STEIN, L., ...
& HARPER, L. The urgent need for microbiology literacy in society. Environmental Microbio-
logy, v. 21, n. 5, p. 1513–1528, 2019. https://doi.org/10.1111/1462-2920.14611

23. TOLEDO, A. G.; POERSCH, K. M.; NASCIMENTO, J. E.; LIMA, B. G. T. Estudo da Microbiologia
e sua relação no cotidiano do aluno a partir da temática saúde. Ensino, Saúde e Ambiente,
v. 8, n. 2, p. 76-92, 2015. https://doi.org/10.22409/resa2015.v8i2.a21206

24. WALLER, K. L.; BARR, D. P.; TAYLOR, P. M.; WIJBURG, O. L. Embedding research ethics
and integrity into undergraduate practical classes. Microbiology Australia, v. 37, n. 2, p. 76-
80, 2016. https://doi.org/10.1071/MA16025

25. WANG, J. T., SCHEMBRI, M. A., RAMAKRISHNA, M., SAGULENKO, E., FUERST, J. A. Im-
mersing undergraduate students in the research experience: A practical laboratory module on
molecular cloning of microbial genes. Biochemistry and Molecular Biology Education, v.
40, n. 1, 37-45, 2012. https://doi.org/10.1002/bmb.20572

26. WANG, J. T., HUSTON, W. M., JOHANESEN, P., LLOYD, M., WALLER, K. L. A laboratory
competency examination in microbiology. FEMS Microbiology Letters, v. 365, n. 20, fny224,
2018. https://doi.org/10.1093/femsle/fny224

27. ZELAYA, A. J., GERARDO, N. M., BLUMER, L. S., & BECK, C. W. The Bean Beetle Microbiome
Project: A course-based undergraduate research experience in Microbiology. Frontiers in
Microbiology, v. 11, 2274, 2020. https://doi.org/10.3389/fmicb.2020.577621

39
Biologia: Ensino, Pesquisa e Extensão - Uma Abordagem do Conhecimento Científico nas Diferentes Esferas do Saber

Você também pode gostar