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Kethlin Gabriele Pereira n°23

Chris Mathias n°35

3°Ano C

(Obra de Clarice Lispector)

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Um sopro de vida
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Primeiramente, quem foi Clarice Lispector?

Nascida em 10 de dezembro de 1920 na Ucrânia, após passar


por várias dificuldades, acabou encontrando seu futuro no
Brasil. Clarice foi uma excelente escritora e foi muito
importante para o modernismo no país.
Seu nome completo era Chaya Pinkhasivna Lispector, sua
religião era o judaísmo, era esposa de Maury Gurgel Valente e
teve dois filhos. É considerada uma das principais influências
da nova geração de escritores e incluída pela crítica
especializada entre os principais autores brasileiros do século
XX. Clarice dizia não ter nenhuma ligação com a Ucrânia -
"Naquela terra eu literalmente nunca pisei: fui carregada de
colo" - e que sua verdadeira pátria era o Brasil.
Infelizmente faleceu em 9 de dezembro de 1977 (um dia antes
de completar 57 anos) e a causa de sua morte foi câncer de
ovário.

Qual o período literário da obra?

Essa obra foi escrita em um período pós-moderno. As


principais características do movimento pós-moderno são a
ausência de valores e regras, imprecisão, individualismo,
pluralidade, mistura do real e do imaginário (hiper-real),
produção em série, espontaneidade e liberdade de expressão.
Oposto ao modernismo, racionalismo, ciência e aos valores
burgueses, podemos considerar o pós-modernismo como uma
combinação de várias tendências.

Afinal, o que a obra conta?

Um sopro de vida foi uma obra que foi escrita aos poucos e
só foi publicada um ano após a morte de Clarice, antes eram
vários fragmentos e graças a sua melhor amiga, foram unidos
e se tornaram o que é atualmente: um belíssimo livro.
Clarice criou um autor (o Autor) que criou uma personagem
chamada Ângela Pralini (que também é escritora). Assim, a
narrativa se alterna entre dois diários, um escrito pelo Autor e
outro por Ângela.
O Autor nos apresenta Ângela Pralini, a quem escolheu para
que, através dela e de si, pudesse “entender essa falta de
definição da vida.”. Através de vários fragmentos, nos são
apresentados os monólogos, em que, às vezes, parecem
conversar o autor e a personagem.

O Autor, na tentativa de escrever uma história sobre Ângela,


percebe que sua personagem acaba se destacando: “É preciso
que me compreendam: eu tive que inventar um ser que fosse
todo meu. Acontece porém que ela está ganhando força
demais.”. Emancipada de seu criador, Ângela se torna o seu
oposto, o seu não-eu.
Neste processo de distanciamento entre autor e personagem,
vemos o embate do sujeito que só alcança a si próprio quando
consegue alcançar seu outro: “Meu não eu é magnífico e me
ultrapassa. No entanto ela me é eu”, escreve o Autor.

Qual sua relevância social?

Acredito eu, que essa obra tenha sido criada para nos fazer
questionar até onde podemos ir se nos aprofundarmos em nós
mesmos. Somos formados por várias camadas e uma
consegue ser mais e mais intensa que a outra. Talvez a
persona que mostramos ao mundo seja bem diferente do que
realmente existe e respira dentro de nossos corpos, talvez ela
seja bem diferente do nosso verdadeiro eu. Mas ainda sim,
todas essas camadas fazem parte de quem somos e mesmo
diferentes, ainda tratam da mesma pessoa.

Apreciação / motivo da escolha:

O principal motivo da escolha por cima dessa obra foi a reflexão que ela
nos trouxe, enquanto somos leitores e artistas de alguma forma. Não
importa o que fizermos, toda pintura, poesia ou carta terá uma parte nossa
com ela, e foi muito importante refletir sobre o quanto estamos nos
aprofundando naquilo e que camada, especificamente, estamos mostrando
ao mundo, que nos observa assim como observamos essas camadas do
Autor e da Ângela, que logo são, camadas da própria Clarice Lispector.

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