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ATIVIDADE 03
Para a formulação das respostas, peço que assista os vídeos que estão disponíveis...
Essa atividade é para ser respondida de acordo com as normas da ABNT: fonte: Time New Roman,
tamanho 12, espaçamento 1,5cm, cor preta, margens: superior e esquerda 3m e inferior e direita 2cm.
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RESUMO
INTRODUÇÃO
Clarice Lispector foi sem dúvida alguma, uma grande escritora, capaz de suscitar reflexões, de
ao mesmo tempo ganhar adeptos e críticos ferrenhos de suas produções, pois Lispector tinha uma
forma ousada e um tanto quanto particular de escrita. Dona de uma escrita simples, mas ao mesmo
tempo complexa, profunda e suscitadora das mais diversas sensações no seu leitor. Onde irei abordar
sobre a obra “A hora da estrela” (1977), e a obra “Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres” (1969).
Na escritura de Lispector existe uma marca que são as epifanias pelas quais passam suas
personagens. É do cotidiano e mantido sob direção de organização e regras, que vemos homens,
crianças e principalmente, mulheres serem retiradas por um espaço de tempo, refletirem acerca de sua
condição e encontrarem-se com algo maior, inabarcável pelas regras sociais e normas de conduta. O
texto da escritora parece ser a tentativa de preocupação do momento em que a personagem se perde
dentro de si própria “É difícil perder-se. É tão difícil que provavelmente arrumarei depressa um modo
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de me achar...” (LISPECTOR, 2009, P.10). Essas tomadas de consciência pelas quais passam a
personagem da obra de Clarice, ao mesmo tempo que revelam uma insatisfação de poder dá uma forma
para contar o que lhe aconteceu, também denotam a procura de uma transcendência.
JUSTIFICATIVA
A escolha do campo de estudo emergiu do incentivo magno que o Curso de Letras semeia: a
leitura consciente e analítica, mas ainda assim, deleitosa. Quanto, a escritora, nós ouçamos afirmar que
ela nos escolheu, ao nos intrigar com o seu processo de escrita desarticulado do padrão linear dos
demais escritores brasileiros. Conseguindo, articular, tudo que já possuímos de conhecimento sobre o
processo de criação dos autores e sobre literatura, e acrescentar a subjetividade e a introspecção de
modo criativo e sem danos a estrutura literária de suas obras. Alfinetando a consciência social e
individual, sem se quer ser tachada de literatura de auto-ajuda. Estimular a reflexão e o encontro com o
eu ou conhecidos sem sair de casa e preservar a ficção e o teor literário e ser acima de tudo, uma
escritora fascinante.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Podemos analisar a referência que Clarice faz “hino ao amor”, pela buscar interminável do
homem pela felicidade e o amor. Muito embora, o conceito de amor venha talhado de um aspecto
inovador e surpreendente. Desmitifica o conhecimento leigo dos seus leitores sobre o amor e o gênero
literário romance. O hino de amor entoado e vivido pelos personagens Lóri e Ulisses se assemelha a
uma falsa bem dançada.
A ficção de Clarice Lispector, segundo Benedito Nunes, passou por três distintas fases de
recepção. A primeira foi marcada pela publicação do romance Perto do Coração Selvagem (1944) que
para Nunes teria sido conhecida apenas entre críticos e escritores. A segunda, que foi marcada pela
publicação de Laços de Família, que conquistou o público universitário e fez com que surgisse o
interesse por outros livros da autora, dentre outras obras que eles interessarão foram as: A Cidade
Sitiada (1948), e Maçã no Escuro (1961). A terceira fase iniciou a partir da morte da autora, logo
depois do estranhamento causado pela Paixão Segundo G.H (1964), tendo como produções dessa fase,
Um sopro de vida (1978) e A Hora da Estrela (1977), obra a ser analisada neste projeto. Para Nunes,
estes dois últimos romances vão suscitar uma reflexão sobre toda a produção de Clarice Lispector.
Benedito Nunes em seu artigo Os destroços da introspecção afirmam que:
Na ficção de Clarice Lispector, como demonstram A Hora da Estrela e Um
Sopro de Vida, a perspectiva da introspecção, comum a novelística
moderna, em vez de construir um foco fixo, detido na exploração de
momentos de vida, oferecerá o conduto para a problematização das
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O livro A hora da estrela, pertencente à terceira fase, seguindo a classificação abordada por
Benedito Nunes, é classificado pela própria escritora, segundo Rosana Rodrigues da Silva, em seu
trabalho, A linguagem literária em “A hora da estrela”, de Clarice Lispector, como uma novela.
Novela segundo o conceito de Aguiar e Silva corresponde a uma narrativa curta sem estrutura
complicada, com um número pequeno de conflitos e de personagens e com uma rápida passagem do
tempo. Ao ler a obra podemos perceber que ela não se coincide tão perfeitamente nas características
próprias da novela, o que a faz ser considerada majoritariamente como um romance. Vale também
ressaltar, que a classificação de uma obra perfeitamente dentro de um gênero literário torna-se difícil,
pois num mundo em que as produções literárias tendem a ser cada vez mais inovadoras e diferentes e
se afastar desse modelo pregado pelas teorias literárias de construção narrativa. Novos elementos
discursivos e textuais vão sendo inseridos nas narrativas que vão se aprimorando e ficando cada vez
mais complexas para se reduzirem aos moldes de modelos de gêneros textuais, como as obras de
Clarice Lispector.
Aprofundando no mundo da obra, reconhecemos o cenário, os personagens e as situações como
comuns ao nosso cotidiano e a pessoas a nossa volta. Neste ponto do nosso estudo também já estamos
com um pé no mundo do leitor. Muito embora, os leitores são heterogêneos, como gosto diferente e
podem apresentar várias idéias e avaliações diferentes sobre a mesma obra, o autor, se centra em
escrever para um determinado público levando em consideração as situações e circunstâncias
semelhantes a maioria. E na realização da obra no leitor ocorre a identificação do que já vivemos ou
gostaríamos de viver, o que já que alguém próximo ou conhecimento já viveu ou algo que
simplesmente nos surpreende.
A introspecção que encontramos tão presente e viva nas obras clarecianas fora objeto de
estudos na Psicologia, antes mesmo de ser marca na Literatura, aqui de modo particular, na Literatura
de Clarice Lispector. Com Wundt, filósofo, médico, professor e psicólogo alemão do séc. XIX a
introspecção é considerada como a abordagem primordial de pesquisa na psicologia científica, uma
vez que, “nossa mente não é nada mais que a totalidade de nossas experiências internas, ou seja, nossa
ideação, afetividade e volição reunidas em uma unidade na consciência.” (WUNDT,1912 apud
PEREIRA, 2008, p. 9). Para ele, a percepção sobre o homem a partir da psicologia provém da
experiência interna. Tornando-se bem evidente que no método introspectivo da psicologia o propósito
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OBJETIVO:
Objetivo geral:
Objetivos específicos:
O objetivo central deste trabalho é revelar o mundo introspectivo de Clarice Lispector e o
processo de produção de destaque e alta complexidade que esta escritora peculiar da Literatura
Brasileira apresenta.
E nas entrelinhas do nosso trabalho, explorar os circuitos que ligam os agentes da tríade de
Autor, obra e leitor, com o intuído de compreendermos como Clarice lança mão da
subjetividade poética associada à introspecção psicológica.
E de complexo, ainda consegue complementar seu processo de escrita emergindo obras com
demasiada beleza e grandiosidade.
METODOLOGIA
Para a elaboração desse pré-projeto, inicialmente lê as obras abordada no mesmo, com várias
buscas de pesquisas sobre a introspecção psicológica, a complexidade das obras de Clarice Lispector.
Busca de materiais na para poder compreender melhor sobre o assunto. Realizando pesquisa na
biblioteca da UEG onde tem vários livros da autora.
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CRONOGRAMA
Ano 2021 2022
Fases/meses Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Levantamento x
bibliográfico
Análise e revisão do x x x x x
material
Leituras e fichamentos x x x x x
Introdução e x x x x
Considerações Finais
Revisão x x
Apresentação pública x
Entrega da redação final x
REFENRÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
COSTA , Luiz Lima. O estranho começo de Clarice Lispector. In Ficções . Rio de Janeiro: Sette
Letras, Abril 1998, Ano I, número 1. p. 114 - 117
CANDIDO, Antônio. Uma tentativa de renovação. In: Brigada ligeira e outros escritos. São Paulo:
Editora da Universidade Estadual Paulista, 1922. (Biblioteca Básica). p. 93 - 102.
http://mi-indizivel.blogspot.com.br/2006/10/o-mundo-introspectivo-de-clarice.html. Acesso em 12 de
novembro de 2016 às 16h02min.
LINS, Álvaro. “A experiência incompleta Clarice Lispector”. In: Jornal de Crítica. Fev. 1944p
LISPECTOR, Clarice (1944). Perto do coração selvagem: Romance – Rio de Janeiro: Rocco, 1998.
LISPECTOR, Clarice. Entrevistas – Clarice Lispector. Rio de Janeiro: Rocco, 2007, p. 46.
NUNES, Benedito. O drama da linguagem: uma leitura de Clarice Lispetor. São Paulo: Ática,
1989.