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23/03/2022 18:50 Introdução ao Processo Legislativo

Introdução ao Processo Legislativo

Site: Instituto Legislativo Brasileiro - ILB Impresso por: Winston Barbosa do Nascimento
Curso: Processo Legislativo Federal - Turma 1 Data: quarta, 23 mar 2022, 18:50
Livro: Introdução ao Processo Legislativo

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Descrição

MÓDULO I - INTRODUÇÃO AO PROCESSO LEGISLATIVO

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23/03/2022 18:50 Introdução ao Processo Legislativo

Índice

MÓDULO I - INTRODUÇÃO AO PROCESSO LEGISLATIVO

Unidade 1 - Legislatura - Sessão Legislativa


Pág. 2
Pág. 3

Unidade 2 - Sessão Plenária


Pág. 2

Unidade 3 - Posse de Senador, Reunião, Eleição da Mesa


Pág. 2
Pág. 3
Pág. 4
Pág. 5
Pág. 6
Pág. 7

Unidade 4 - Fases das Sessões


Pág. 2
Pág. 3
Pág. 4
Pág. 5
Pág. 6
Pág. 7
Pág. 8

Unidade 5 - Tipos de Sessão e Modalidades de Votação


Pág. 2
Pág. 3
Pág. 4

Unidade 6 - Quorum de Iniciativa e Quorum de Votação


Pág. 2
Exercícios de Fixação - Módulo I

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MÓDULO I - INTRODUÇÃO AO PROCESSO LEGISLATIVO

Este primeiro módulo tem por objetivo oferecer os elementos introdutórios ao curso. Veremos aqui os principais conceitos e etapas que compõem o
processo legislativo, bem como informações sobre posse e eleição da Mesa, fases das sessões e tudo o que se refere a votação.

Identificar os fundamentos básicos do Processo Legislativo;


 conceituar seus principais elementos; 
reconhecer os aspectos e rotinas elementares dos procedimentos
legislativo e
identificar situações ou formas de execução de tramitações, bem como
os mecanismos regimentais na sequência do processo legislativo.

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Unidade 1 - Legislatura - Sessão Legislativa

"SOB A PROTEÇÃO DE DEUS, INICIAMOS NOSSOS TRABALHOS."

(palavras proferidas pelo Presidente ao declarar aberta a Sessão)

Nesta Unidade 1, vamos estudar o significado de legislatura e de sessão legislativa.

O que é uma Legislatura?

LEGISLATURA é um período de 4 anos (art. 44 - CF), correspondente ao tempo de duração do mandato de um deputado. Um deputado é eleito para
uma legislatura, ou seja, o mandato do deputado dura 4 anos. Um senador é eleito para duas legislaturas, isto é, o mandato do senador dura 8 anos. A
Câmara dos Deputados se renova a cada 4 anos, integralmente. O Senado se renova a cada 4 anos, só que não integralmente, mas alternadamente
em 2/3 e 1/3 de sua composição.

Observação: Além de designar o tempo de duração dos trabalhos legislativos coincidentes com um mandato, o termo legislatura é usado para designar
o "corpo de parlamentares" em atividade numa Casa Legislativa. Exemplo: A atual Legislatura tem se preocupado muito com o tema segurança
pública.

Ano da eleição Data da posse Renovação Eleitos


2002
fevereiro de 2003 2/3 54 senadores

2006
fevereiro de 2007 1/3 27 senadores

2010 foram eleitos 54


fevereiro de 2011 2/3
novos senadores

Estamos na 55ª Legislatura que vai de 1º de fevereiro de 2015 até 31 de janeiro de 2019. A 56ª Legislatura irá de 1º de fevereiro de 2019 até 31 de
janeiro de 2023.

O Decreto Legislativo nº 79, de 1979, dispõe sobre a designação do número de ordem das legislaturas, tomando por base a que teve início em
1826, visando manter a continuidade histórica do Parlamento brasileiro.

   Falando em tempo, que tal um tempinho para refletir? Um terço, dois terços:
 por que a renovação do Senado não acontece de uma só vez?

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E o que é uma SESSÃO LEGISLATIVA?

A sessão legislativa pode ser ordinária ou extraordinária. A sessão legislativa ordinária corresponde a um ano de trabalhos legislativos.

Assim, a sessão legislativa ordinária começa no dia 02 de fevereiro de cada ano e vai até o dia 22 de dezembro, com intervalo entre os dias 18 de
julho e 31 de julho. Esses são os dois períodos da sessão legislativa: de 02/02 a 17/07 e de 01/08 a 22/12. Nos intervalos entre esses períodos
acontecem os recessos parlamentares. Entretanto, a sessão legislativa não será interrompida no mês de julho até que o Congresso aprove o projeto de
Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO (art. 57, § 2º, da CF, e art. 35, § 2º, II, do ADCT).

As sessões marcadas para as datas acima citadas serão automaticamente transferidas para o primeiro dia útil subsequente, caso esses dias recaiam
em sábados, domingos ou feriados (art. 57, § 1º, da CF).

O Congresso Nacional pode ser convocado a trabalhar extraordinariamente nos períodos destinados ao recesso parlamentar. Esse período é chamado
de sessão legislativa extraordinária.

Quadro-resumo

Segundo Intervalo entre as


Sessões Primeiro Intervalo entre as Sessões
período sessões

18/07 a 31/07 - Recesso parlamentar,


02/02 a 01/08 a 23/12 a 01/02 - Recesso
Ordinária após aprovação do PL de diretrizes
17/07 22/12 parlamentar
orçamentárias
Convocação nos períodos
18/07 a Convocação nos períodos destinados 23/12/ a
Extraordinária destinados ao recesso
31/07 ao recesso parlamentar 01/02
parlamentar

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Quem pode convocar o Congresso? (art. 57, § 6º, da CF)

Pode convocar o
Quando?
Congresso:
Em caso de decretação de estado de defesa ou de intervenção federal, de
Presidente do pedido de autorização para decretação de estado de sítio e para tomar o
Senado compromisso e dar posse ao Presidente e ao Vice-Presidente da
República

Presidente da
Em caso de urgência ou interesse público relevante
República

Os Presidentes da
Câmara dos
Em caso de urgência ou interesse público relevante
Deputados e do
Senado Federal

A maioria dos
membros da Também em caso de urgência ou interesse

Câmara e do público relevante


Senado

 
Na convocação extraordinária, o Congresso passa por uma sessão legislativa extraordinária, sem prazo definido constitucionalmente para funcionar, ou
seja, sua duração é definida no ato convocatório ou na Mensagem do Presidente da República. Durante a sessão legislativa extraordinária, o Congresso
somente delibera sobre as matérias para as quais foi convocado e sobre as medidas provisórias em tramitação (art. 57, §§ 7º e 8º, da CF).

Então, se uma legislatura é um período de quatro anos, podemos, com certeza,


dizer que cada legislatura tem oito períodos legislativos , mas nunca podemos
afirmar quantas sessões legislativas extraordinárias haverá numa legislatura.
Certo? É isso mesmo.

A partir da Emenda Constitucional (EC) nº 50, de 2006, para que o Congresso Nacional seja convocado em caso de vigência de interesse público
relevante, por iniciativa tanto do Presidente da República como dos Presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal ou a requerimento da
maioria dos membros da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, é necessário que haja aprovação da maioria absoluta de cada uma das Casas do
Congresso Nacional (art. 57, § 6º, II).

   

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Unidade 2 - Sessão Plenária

Na Unidade 1, vimos os conceitos de legislatura e sessão legislativa ordinária e extraordinária. Na presente Unidade 2, vamos estudar a sessão
plenária.

Sessão legislativa ordinária corresponde a um ano dos trabalhos legislativos do Congresso Nacional.

Sessão legislativa extraordinária é aquela que se realiza, por convocação, nos períodos de recesso do Poder Legislativo.

Sessão plenária é cada unidade de trabalho, a cada dia. Às vezes, no mesmo dia, podemos ter mais de uma sessão do Senado. Ou, então, uma
sessão plenária do Senado e outra, conjunta do Congresso Nacional. Então, sessão plenária é cada unidade de trabalho.

As sessões plenárias do As sessões plenárias conjuntas do


Senado podem ser: Congresso podem ser:
1. deliberativas (ordinárias ou
1. conjuntas;
extraordinárias)
2. não deliberativas; 2. conjuntas solenes.

3. especiais

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Em uma sessão legislativa, seja ordinária (um ano de trabalhos), seja extraordinária, podem acontecer várias sessões plenárias deliberativas
(ordinárias ou extraordinárias), não deliberativas e especiais. Podem acontecer também sessões conjuntas do Congresso.

 
Quadro Resumo

Sessão Legislativa

Ordinária Extraordinária

de 02/02 a 17/07 e de 01/08 a 22/12 quando o CN for convocado

Sessão Plenária

Deliberativa (ordinária ou extraordinária) Conjunta

Não deliberativa Solene (ou conjunta solene)

Especial
 

Qual é a diferença entre sessão legislativa ordinária e sessão deliberativa


ordinária?

Você pode assistir à Sessão Plenária diariamente por meio da TV Senado.

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Unidade 3 - Posse de Senador, Reunião, Eleição da Mesa

Veremos nesta Unidade 3 como um Senador toma posse e se investe no mandato. Em seguida, veremos os três usos do conceito de reunião e como
acontece a eleição da Mesa do Senado.

 Você sabia que a posse é um ato público?


A posse é um ato público, durante o qual o Senador se investe no mandato. Ela acontece perante o Senado, em reunião preparatória, durante uma
sessão deliberativa ordinária ou extraordinária ou durante uma sessão não deliberativa. Se o Congresso estiver em recesso, a posse acontecerá no
gabinete do Presidente do Senado, em solenidade pública. Em todos os casos, o fato será publicado no Diário do Senado Federal (DSF) (art. 4º-RISF).
 
O que é necessário para um Senador tomar posse?
Para tomar posse, em qualquer caso, o Senador precisa apresentar à Mesa o original do diploma expedido pela Justiça Eleitoral, que será publicado no
Diário do Senado Federal. A apresentação do diploma poderá ser feita pelo próprio diplomado, por ofício ao 1º-Secretário, por intermédio do seu
Partido ou de qualquer Senador. Devem ser apresentadas cópias da última declaração do Imposto de Renda, sua e do cônjuge, e preenchido formulário
contendo informações requeridas pelo Código de Ética e Decoro Parlamentar (Resolução nº 20, de 1993). O Senador deve comunicar à Mesa seu nome
parlamentar e a filiação partidária (art. 7º-RISF).

Se a posse ocorrer numa sessão do Senado, o Presidente designará comissão de três Senadores para introduzir o diplomado no plenário e conduzi-lo à
Mesa, onde, perante todos de pé, prestará o compromisso.

O compromisso é o seguinte:

"Prometo guardar a Constituição Federal e as leis do País, desempenhar fiel e


lealmente o mandato de Senador que o povo me conferiu e sustentar a união, a
integridade e a independência do Brasil."

Se houver mais de um Senador a tomar posse na mesma ocasião, um fará o pronunciamento e os outros, conforme forem sendo chamados, dirão:

"Assim o prometo".

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.
O Senador deve tomar posse dentro de 90 dias, contados da instalação da sessão legislativa, ou, se ele for eleito durante a sessão legislativa, contados
da sua diplomação, podendo ter o prazo prorrogado por motivo justificado, a seu requerimento, por mais 30 dias.
Se o Senador não tomar posse no prazo de 90 dias, nem pedir a prorrogação, considera-se que ele renunciou ao mandato, sendo chamado, então, seu
primeiro suplente, que também é convocado sempre que o titular se licenciar por um prazo superior a 120 dias para tratar de interesse particular, ou
por motivo de doença. Nesses casos, o suplente terá 30 dias improrrogáveis para prestar o compromisso.

Para tratar de interesse particular, o titular só pode tirar licença por mais de 120 dias, desde que não seja na mesma sessão
legislativa.

O suplente também assume nos casos de vaga por falecimento, renúncia ou perda de mandato do titular. Ou, ainda, nos
casos de afastamento do titular para ocupar cargo de Ministro de Estado, Governador de Território, Secretário de Estado, do
DF, de Território, de Prefeitura de Capital ou, então, de Chefe de Missão Diplomática Temporária.

Nos casos de vaga ou de afastamento para assumir esses outros cargos, o suplente tem o prazo de 60 dias para assumir o
exercício do mandato, prazo esse que poderá ser prorrogado por motivo justificado, a requerimento dele próprio, por mais
30 dias.
 
Se dentro desse prazo o suplente não tomar posse nem requerer sua prorrogação, também é considerado que tenha
renunciado ao mandato e se convocará o segundo suplente, que, em qualquer hipótese, terá 30 dias para prestar o compromisso.
 
O suplente convocado pela primeira vez presta o compromisso na forma já acima mencionada. Se ele voltar a exercer o mandato na mesma
legislatura, o Presidente da Casa apenas comunica ao Plenário o fato, não necessitando prestar novo compromisso. Entretanto, se for reeleito suplente
para um novo mandato, terá que prestar o compromisso novamente.
 

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Quando acontece uma vaga de Senador? 


Por falecimento;
por renúncia;
por perda de mandato.

Considera-se haver renunciado o Senador, titular ou suplente, que, convocado, não prestar compromisso na data estabelecida pelo Regimento.
 
Deve renunciar a um dos cargos o Senador que for eleito para mais de um cargo ou mandato público eletivo, conforme preceitua a Constituição. Ele vai
ter que renunciar a um deles. Exemplo: é frequente a eleição de Senadores para Governos estaduais. Para ser empossado Governador, o Senador
deverá renunciar a seu mandato no Senado Federal.

Observações importantes:
1. um senador pode tomar posse durante o recesso parlamentar;
2. posse sempre é um ato público;
3. o diploma do senador expedido pelo Tribunal Eleitoral é documento imprescindível para que ele tome posse.

E um Senador pode perder o seu mandato?

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Perde o mandato o Senador que infringir qualquer das proibições constantes no art. 54 da Constituição, quais sejam:
 
1. Desde a diplomação:
firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade e economia mista ou empresa
concessionária de serviço público, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes;
aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de que seja demissível ad nutum, nas entidades acima descritas;

2. Desde a posse:
ser proprietário, controlador ou diretor de empresa que goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou exercer
função remunerada nessas empresas;
ocupar cargo ou função de que seja demissível ad nutum em empresas públicas, autarquias, sociedades de economia mista, empresa concessionária
de serviço público;
patrocinar causa em que seja interessada qualquer uma dessas empresas acima mencionadas.

Perde também o mandato o senador que:


- tiver procedimento incompatível com o decoro parlamentar ou deixar de comparecer à
terça parte das sessões ordinárias do Senado em cada sessão legislativa, salvo se estiver
em licença ou em missão autorizada;

- perder ou tiver suspensos os direitos políticos ou, quando o decretar a Justiça Eleitoral;

- sofrer condenação criminal em sentença definitiva e irrecorrível.

 
Em casos de falecimento, renúncia e perda de mandato, fala-se em vacância.

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Outro conceito bastante importante a ser tratado é o de REUNIÃO. Veja abaixo:

a) Todas as vezes em que uma sessão plenária não puder ser realizada, por falta de quorum para seu início (1/20
da composição do Senado) ou por motivo de força maior assim definido pela Presidência, o que acontece é uma
reunião.
 
Nesse caso, o Presidente declara que não pode ser realizada a sessão, determina a publicação do expediente que
há sobre a mesa, independentemente de sua leitura, e a Secretaria de Ata prepara uma ata dessa reunião.
 
b) As comissões não realizam sessões; seus encontros chamam-se reuniões. Isso tanto para as comissões no
Senado ou no Congresso, permanentes ou temporárias.
 
c) Antes do início da primeira e da terceira sessão legislativa ordinária da legislatura, o Senado reúne-se em reuniões preparatórias.

Esses são os três usos do conceito de REUNIÃO.


 

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Vamos estudar, agora, para que servem as REUNIÕES PREPARATÓRIAS.
 
Na primeira sessão legislativa ordinária da legislatura, são realizadas três reuniões preparatórias:

- a primeira, a partir do dia 1º de fevereiro, para dar posse aos novos Senadores;

- a segunda, para eleger o Presidente da Mesa;

- a terceira, para eleger os demais Membros da Mesa, ou seja, dois Vice-Presidentes, quatro Secretários
e quatro Suplentes de Secretário.

Na terceira sessão legislativa ordinária da legislatura são realizadas duas reuniões preparatórias: a primeira, no 1º dia de fevereiro, para eleger o
Presidente; e a segunda, os demais Membros da Mesa.
 
As reuniões preparatórias são iniciadas com o quorum de 1/6 de Senadores e dirigidas pelos Membros da Mesa anterior (excluídos, na reunião do início
da legislatura, aqueles que tiverem concluído seu mandato no dia 31/01, ainda que reeleitos). Na Câmara dos Deputados, como ela se renova em sua
totalidade, assume a direção dos trabalhos o último Presidente, se tiver sido reeleito Deputado, e, na sua falta, o mais idoso dentre os de maior
número de legislaturas.

   

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Como acontece a ELEIÇÃO DA MESA DO SENADO?
 
Os Membros da Mesa são eleitos para um mandato de dois anos, em escrutínio secreto e por maioria simples de votos (a maioria de votos, estando
presente a maioria absoluta dos Senadores), assegurada, tanto quanto possível, a participação proporcional das representações partidárias e dos
blocos parlamentares com atuação no Senado.
 
A eleição para preenchimento do cargo de Presidente do Senado é feita em uma reunião preparatória. As demais, na outra reunião, na seguinte ordem:
uma votação para os dois Vice-Presidentes, uma outra votação para os quatro Secretários, e ainda uma terceira votação para os quatro Suplentes de
Secretário. Entretanto, as eleições dos Vice-Presidentes e dos Secretários podem ser realizadas em um único escrutínio, desde que seja aprovado
requerimento nesse sentido, subscrito por 1/3 de Senadores ou líder que represente esse número.
 
As eleições dos Vice-Presidentes, Secretários e Suplentes de Secretário são feitas com cédulas uninominais, ou seja,  que contenham, cada uma, o
nome do candidato e o cargo ao qual ele concorre, cédula que o Senador coloca em uma sobrecarta. A eleição do Presidente não é necessariamente
realizada por esse sistema.
 
Para a apuração dos votos, o Presidente fará a separação das cédulas referentes ao mesmo cargo, lendo-as em seguida, uma a uma, e passando-as ao
Segundo-Secretário, que anotará o resultado.
 
O painel eletrônico de votação no plenário, por preservar o sigilo da eleição, vem sendo utilizado nos casos em que haja candidato único disputando a
vaga.
 
Ainda se faz necessário explicar a diferença entre Mesa e Comissão Diretora do Senado.
 
A eleição é para a Mesa. É ela que dirige os trabalhos do Senado por dois anos. A Comissão Diretora é composta pelos mesmos Membros da Mesa.
Ela dirige as atividades administrativas da Casa.
 
A Constituição de 1988, em seu art. 57, § 5º, instituiu a Mesa do Congresso Nacional, que é presidida pelo Presidente do Senado e tem seus demais
cargos preenchidos, por alternância, entre Membros da Mesa da Câmara e do Senado. Assim, o Primeiro Vice-Presidente da Mesa do Congresso é o
Primeiro Vice-Presidente da Mesa da Câmara: o Segundo Vice-Presidente da Mesa do Congresso é o Segundo Vice-Presidente da Mesa do Senado. E
assim por diante. Não há suplente na Mesa do Congresso Nacional.  
 
Quadro-Resumo

 
Posse Reunião Eleição da Mesa

do Senador titular do mandato


não realização da sessão Presidente (1)

de 1º Suplente
trabalho das comissões Vice-Presidente (2)

de 2 º Suplente
preparatória Secretários (4)

Suplentes de Secretário (4)

   

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Unidade 4 - Fases das Sessões

Já descrevemos, sucintamente, os tipos de sessão no Senado e no Congresso. Vamos, agora, detalhá-los.

No Senado, elas podem ser:

1. deliberativas (ordinárias ou extraordinárias);

2. não deliberativas;

3. especiais.

No Congresso:

1. conjuntas;

2. solenes (ou conjuntas solenes).

Que tal revermos um quadro-resumo sobre os tipos de Sessões?

Sessão Legislativa
Ordinária Extraordinária

de 02/02 a 17/07 e de 01/08 a 22/12 quando o CN for convocado

  Sessão Plenária
Senado Federal Congresso Nacional

. Deliberativa (ordinária ou extraordinária) . Conjunta


. Não deliberativa . Solene (ou conjunta solene)

. Especial

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Qual é a diferença entre sessão deliberativa e não deliberativa?


A diferença é que a primeira (sessão deliberativa) possui Ordem do Dia, momento da sessão em que há deliberação sobre matérias legislativas, e a
segunda (não deliberativa) não possui este momento, sendo destinada a pronunciamentos de Senadores, comunicações, leitura de expediente e outros
assuntos de interesse político e parlamentar.
 
As sessões deliberativas ordinárias e as não deliberativas são realizadas de 2ª a 5ª feira, às 14h. Na 6ª feira, a sessão inicia-se às 9h. Se houver
Ordem do Dia, será uma sessão deliberativa ordinária. Caso contrário, uma sessão não deliberativa. As sessões deliberativas extraordinárias não
têm horário preestabelecido no Regimento. Esse horário é definido pelo Presidente, no momento de sua convocação, que o fará ouvidas as lideranças
partidárias, quando as circunstâncias o recomendarem, ou sempre que haja necessidade de deliberação urgente.
 
Além do horário, as sessões deliberativas ordinárias e extraordinárias se diferenciam pela determinação de sua Ordem do Dia. Para as primeiras, as
matérias que farão parte das deliberações são definidas com 3 sessões deliberativas ordinárias (art. 170, § 2º, III-RISF) de antecedência. Já para as
extraordinárias, como o próprio nome diz, não há previsão. Sua Ordem do Dia e seu horário de realização são definidos pelo Presidente no momento da
convocação.
 

Tanto as sessões deliberativas quanto as não deliberativas precisam da presença em plenário


de, no mínimo, 1/20 dos Senadores para serem iniciadas ou para terem continuação.

   

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As sessões especiais são destinadas a homenagens ou comemorações. O Senado pode interromper uma sessão ou realizar uma sessão especial, a
juízo do Presidente ou por deliberação do Plenário, mediante requerimento assinado por pelo menos seis Senadores e aprovado por maioria simples de
votos. Nela podem ser admitidos convidados à mesa e no plenário, sem necessidade de quorum para ser realizada. A convocação pode ser feita em
sessão ou mediante publicação no Diário do Senado Federal. O uso da palavra é restrito aos oradores designados pelo Presidente. O Senado ainda pode
prestar homenagem sem que esta dure uma sessão inteira. Ela pode ser realizada na primeira parte da sessão, Período do Expediente. Para isso,
também é necessário requerimento assinado por no mínimo seis Senadores e aprovado pelo Plenário. Os Senadores que quiserem fazer uso da palavra,
neste caso, podem se inscrever.
 
As sessões deliberativas, ordinárias ou extraordinárias, do Senado, possuem três FASES:
Período do Expediente;
Ordem do Dia; e
após a Ordem do Dia

As não deliberativas, como não têm Ordem do Dia, só possuem Período do Expediente.

Quanto às sessões especiais, podem ser divididas?


Não, elas destinam-se apenas à homenagem estabelecida.

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E no Congresso, como ocorrem as sessões?


 
No Congresso, as sessões são conjuntas, quer de trabalho, quer de homenagem. As que não tiverem data previamente estabelecida serão convocadas
pelo Presidente do Senado ou seu substituto, com prévia audiência da Mesa da Câmara. As sessões pré-datadas são as de posse do Presidente e do
Vice-Presidente da República (1º de janeiro) (arts. 60 a 67 - RCCN) e a destinada a abrir os trabalhos da sessão legislativa ordinária (02 de fevereiro
ou primeiro dia útil subsequente) (arts. 57 a 59 - RCCN).
 
As sessões conjuntas são realizadas no plenário da Câmara dos Deputados, salvo escolha de outro lugar previamente anunciado. Em geral, nesta
hipótese, a opção recai sobre o plenário do Senado Federal.
 
Nas sessões de trabalho legislativo, havendo Ordem do Dia, os avulsos (publicação) das matérias devem estar disponíveis aos parlamentares com 24
horas de antecedência. As sessões de trabalho também são divididas em FASES. Por analogia ao Regimento do Senado, compreendem:

As fases das sessões são:

Período do Expediente Ordem do Dia após a Ordem do Dia

O Congresso Nacional realiza sessão solene para: 


Inaugurar sessão legislativa (ordinária ou extraordinária); 
Dar posse ao Presidente e ao Vice-Presidente da República;
Promulgar emendas constitucionais;
Homenagear Chefes de Estado estrangeiro;
Comemorar datas nacionais.

Todas as sessões do Senado têm duração de quatro horas e meia, e as do Congresso quatro horas, podendo ser prorrogadas por proposta do
Presidente ou a requerimento de qualquer Senador, no Senado, ou de qualquer Congressista, no Congresso, tantas vezes quantas necessárias. A
prorrogação será sempre por prazo fixo, que não poderá ser restringido, salvo por falta de matéria ou de número para o prosseguimento da sessão.

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As fases das sessões são:


Período do Expediente;
Ordem do Dia; e
após a Ordem do Dia.

Agora você irá compreender melhor o que acontece em cada uma das FASES DAS SESSÕES.

PERÍODO DO EXPEDIENTE

Nas sessões deliberativas ordinárias, esse período dura 120 minutos, contados a partir do real início da sessão. É destinado à leitura do expediente
pelo Primeiro-Secretário, na íntegra ou em resumo, e aos oradores inscritos, que têm até 10 minutos para fazer seu pronunciamento, sendo permitidos
apartes.
 
O Período do Expediente poderá ser prorrogado pelo Presidente, uma única vez, para que o orador conclua seu pronunciamento, caso não tenha
esgotado o tempo de que disponha, após o que a Ordem do Dia terá início impreterivelmente. Caso haja matéria a ser deliberada que esteja
tramitando no rito de urgência urgentíssima (art. 336, I - RISF), não serão permitidos oradores no Período do Expediente. Esse tempo também pode
ser destinado a homenagens.
 
Nas sessões deliberativas extraordinárias, esse período dura 30 minutos, e só haverá oradores caso não haja número para as deliberações da
Ordem do Dia. No Congresso, o Expediente dura trinta minutos e é destinado à leitura do expediente pelo Primeiro-Secretário e aos oradores
inscritos, que poderão usar da palavra pelo prazo máximo de cinco minutos.
 
Ainda no Período do Expediente podem acontecer votações de requerimentos que não sejam objeto de deliberação na Ordem do Dia.

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No Senado

Encerrado a Período do Expediente, tem início a Ordem do Dia, cuja designação é de competência do Presidente da Casa. As matérias são incluídas na
Ordem do Dia segundo sua antiguidade e importância, observada a seguinte sequência:
medida provisória (art.62-CF) a partir do 46º dia de vigência; matéria com urgência constitucional (art. 64 CF) com prazo já esgotado; matéria em
regime de urgência urgentíssima (calamidade pública e perigo de segurança nacional); matéria com prazo determinado, segundo o art. 172, II, do
RISF; matéria em regime de urgência, nos termos do art. 336, II, do RISF; matéria em regime de urgência, nos termos do art. 336, III, do RISF;
matéria em tramitação normal.

Além desse critério, há precedência de:


matérias em votação sobre as em discussão; matérias da Câmara dos Deputados sobre as do Senado; redações finais sobre matérias em deliberação
do mérito; matérias em turno suplementar, em turno único, em segundo turno e em primeiro turno, nessa ordem; projetos de lei sobre projetos de
decreto legislativo, sobre projetos de resolução, sobre pareceres, sobre requerimentos, nessa ordem;
matérias da pauta anterior que não foram deliberadas sobre outras dos grupos a que pertencem.

Os projetos de código serão incluídos com exclusividade na Ordem do Dia. Os pareceres sobre escolha de autoridade serão colocados ao final da Ordem
do Dia.
Apesar de o Regimento dispor sobre a sequência das matérias, essa ordem pode ser alterada por requerimento assinado por qualquer Senador,
solicitando inversão da pauta, apresentado e votado antes de se iniciar a Ordem do Dia. Depois desta iniciada, a sequência ainda pode ser alterada por
requerimento de preferência de um item sobre outro, assinado por qualquer Senador e aprovado pelo Plenário.

São lidos no Período do Expediente e votados após a Ordem do Dia da mesma sessão:

Os requerimentos de urgência, nos termos do art. 336, II;


os requerimentos que solicitam sessão especial;
os requerimentos que solicitam que o tempo destinado aos oradores do Período do Expediente de uma determinada sessão seja para prestar alguma
homenagem.

Quer visualizar na prática o que estudamos? Acesse o link  Atividade Legislativa

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No Congresso
 
Terminada a leitura do expediente e o horário destinado aos oradores do Expediente, tem início a Ordem do Dia, cuja designação também é da
competência do Presidente do Senado (na condição de Presidente da Mesa do Congresso). Na sua organização, as proposições em votação têm
precedência sobre aquelas em discussão. Projetos de lei têm preferência sobre os projetos de decreto legislativo, os projetos de resolução e os
requerimentos. Também nas sessões conjuntas, a ordem da Ordem do Dia pode ser alterada por requerimento de inversão da pauta ou de preferência.
A diferença é que os requerimentos devem ser apresentados por líder partidário.

Tanto no Senado quanto nas sessões conjuntas, estando uma matéria em fase de votação e não havendo quorum para as deliberações, passar-se-á à
matéria que estiver em discussão. Esgotada a matéria em discussão e persistindo a falta de quorum, a Presidência pode suspender a sessão por prazo
não superior a 30 minutos (no Congresso) ou a uma hora (no Senado) ou conceder a palavra a algum parlamentar. Sobrevindo número para as
deliberações, voltar-se-á às matérias, interrompendo-se o orador que se encontra na tribuna.

Nenhum Senador no Senado ou parlamentar no Congresso presente à sessão poderá deixar de votar, salvo quando se tratar de assunto em que tenha
interesse pessoal (nesse caso, o Senador ou parlamentar deve declarar tal fato, sendo, contudo, sua presença computada para efeito de quorum) ou
quando seu partido estiver em obstrução declarada pelo líder.

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APÓS A ORDEM DO DIA

No Senado e no Congresso
Esgotada a Ordem do Dia, o tempo que restar para o término da sessão será destinado, preferencialmente, ao uso da palavra pelas lideranças e,
havendo tempo, pelos oradores inscritos, que no Senado, neste momento, dispõem de até vinte minutos para seu pronunciamento.
Algumas votações são realizadas nesta fase da sessão no Senado. Alguns exemplos:
 
requerimentos de urgência nos termos do art. 336, II, do RISF;
redações finais de matérias em rito normal de tramitação que foram deliberadas na Ordem do Dia, caso haja requerimento de dispensa de sua
publicação.

Uma sessão só não se realiza, no Senado, por falta de quorum, por deliberação do Plenário, quando seu período de duração coincidir, mesmo que
parcialmente, com o de sessão conjunta do Congresso, ou por motivo de força maior, assim definido pela Presidência da Casa.

No Congresso, ela não se realiza por falta de quorum ou por cancelamento por parte da Presidência do Senado.
O Senado, nos sessenta dias que antecedem as eleições gerais, funciona de acordo com o Regimento Comum, ou seja, suas sessões se realizam por
convocação, como as conjuntas do Congresso. Nesses dias, também o Período do Expediente ou a Ordem do Dia podem ser dispensados, desde que
ouvidas as lideranças.

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Unidade 5 - Tipos de Sessão e Modalidades de Votação

TIPOS DE SESSÃO E MODALIDADES DE VOTAÇÃO

Veremos aqui que as sessões, tanto do Senado como as conjuntas do Congresso, podem ser públicas ou secretas. As votações também podem ser
públicas - o Regimento usa a palavra "ostensivas" - ou secretas.

Quem pode assistir a uma sessão no Senado ou no Congresso?

A maior parte das sessões é pública, ou seja, qualquer pessoa desarmada, ocupando em silêncio o lugar que lhe é reservado, pode assistir tanto a uma
sessão do Senado como do Congresso, na Tribuna de Honra ou nas galerias. À imprensa é reservada uma bancada própria.

Quem pode entrar no Plenário do Senado?

No plenário do Senado são admitidos, além dos Senadores, os suplentes de Senador, os ex-Senadores e suplentes que tenham exercido o mandato,
Ministros de Estado, nos casos previstos no Regimento - ou seja, quando convocados ou quando solicitarem sua vinda para expor algum assunto de
interesse de sua Pasta. Também são admitidos no plenário funcionários da Casa, quando em pleno exercício de suas funções. Nas sessões especiais são
admitidos convidados, podendo estes, inclusive, a convite do presidente, compor a Mesa. 

Se a maior parte das sessões é pública, quer dizer que podemos divulgá-las?
A divulgação das sessões por reportagem fotográfica no recinto, por irradiação
sonora ou por filmagem e transmissão em televisão, dependem de autorização
do Presidente do Senado.

 
Das sessões será elaborada ata circunstanciada, que constará do Diário do Senado Federal, tanto durante as sessões legislativas ordinárias como nas
extraordinárias. Nos períodos de recesso, haverá publicação sempre que houver matéria que assim justifique. 
 

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Quando o Senado funcionará secretamente?

Obrigatoriamente, sempre que tiver que deliberar sobre:


acordos de paz;
declaração de guerra;
suspensão de imunidade de Senador durante estado de sítio;
escolha de Chefe de Missão Diplomática - os Embaixadores; e
também para deliberar sobre requerimento que solicite sessão secreta do Senado.

Neste último caso, chegando à Mesa um requerimento solicitando sessão secreta, o Presidente informa ao Plenário sobre a sua existência, sem, no
entanto, comunicar quem é seu autor nem o motivo pelo qual está sendo solicitada a sessão secreta. Para deliberar sobre esse requerimento, o Senado
já funcionará em sessão secreta. O Presidente solicita a retirada dos funcionários e de todos que estejam assistindo àquela sessão, podendo determinar
a presença dos funcionários que julgar necessários.

Leia no Diário do Senado como uma sessão se transforma em secreta.

Já em sessão secreta, o Presidente informa ao Plenário o nome do requerente e o assunto a ser apreciado em sessão secreta. Os Senadores votam por
maioria simples, em votação simbólica, se desejam que aquele assunto seja apreciado em sessão secreta. Aprovado o requerimento, será marcada
essa sessão para o mesmo dia ou o dia seguinte, caso a data da sessão já não venha preestabelecida no requerimento.

Antes de a sessão voltar a ser pública, o Plenário decide, por meio de debate e votação, por maioria simples, se deseja que seja divulgado o nome do
requerente e o assunto tratado.

Caso o requerimento seja rejeitado, a matéria a que ele se refere será objeto de debates em sessão pública.

As atas das sessões secretas são redigidas pelo Segundo-Secretário, assinadas pelo Presidente e pelos Primeiro e Segundo-Secretários, colocadas em
sobrecarta (envelope) lacrada, que é rubricada pelos Secretários. Antes de a sessão voltar a ser pública, a ata é votada com qualquer número.

Em sessão secreta, além dos Senadores e dos funcionários determinados, o Presidente ou um líder podem propor ao Plenário - e este vota a proposta -
que outras pessoas assistam àquela sessão.

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E as sessões no CONGRESSO? São públicas ou secretas?

As sessões são públicas, como regra, podendo também ser secretas, se assim deliberar o Plenário, mediante proposta da Presidência ou de líder,
prefixando-lhe a data.
 
O procedimento é o mesmo que para o Senado. O Presidente anuncia a existência do requerimento, mas sem dizer seu autor nem sua finalidade, a
qual só será divulgada quando o Congresso já estiver trabalhando em sessão secreta.

Como se dá o registro das sessões?


 
Também as sessões do Congresso são registradas em ata. As atas das sessões públicas são
circunstanciadas; as das sessões secretas são redigidas pelo Segundo-Secretário. A ata será submetida
ao Plenário - que deliberará com qualquer número, antes de a sessão voltar a ser pública, -, assinada
pelos Membros da Mesa, e encerrada em "sim", "não" e "abstenção".

E no caso de o painel eletrônico não estar funcionando?


 
Faz-se chamada pela lista de comparecimento dos Senadores.
 
Como se dá a transformação de uma votação simbólica em votação nominal?
 
Nas votações simbólicas, se algum Senador não concordar ou se tiver dúvida a respeito do resultado, pode pedir, com o apoiamento de outros três
Senadores, verificação da votação. E a votação, que havia sido feita simbolicamente, passa agora a ser realizada pelo painel eletrônico, nominalmente,
para justamente verificar se o resultado anteriormente anunciado corresponde à realidade.
 
Uma outra forma de uma matéria que deveria ser votada simbolicamente ser votada nominalmente é através de requerimento pedindo sua votação
nominal. Este deve ser apresentado e votado antes de se passar à votação da matéria em si. Se aprovado, ela não será submetida à votação simbólica,
mas será realizada diretamente por processo nominal.
Assim, os processos simbólico e nominal (no painel ou por chamada) de votação são utilizados para votações ostensivas, ou seja, para as votações
públicas.
 
Já nas votações secretas só se pode utilizar o sistema nominal, quer no painel, quer por esferas, ou em cédulas, nas eleições. A diferença é que, nas
votações públicas, aparecem, no painel eletrônico, o nome do votante, seu voto e o resultado total da votação. Nas votações secretas, aparecem tão
somente o nome do votante e o resultado total. Não aparece a qualidade do voto.

A norma geral é que as sessões sejam públicas e as votações também. Mas numa sessão pública pode haver votação pública ou votação secreta. E
numa sessão secreta pode haver votação secreta ou votação ostensiva (pública). Depende da matéria que está sendo deliberada. 

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Resumindo:

SESSÕES

São secretas,
obrigatoriamente, sempre que
tiver que deliberar sobre:

. acordos de paz;

. declaração de guerra;

. suspensão de imunidade de
São públicas, como regra, podendo também ser secretas,
Senador durante o estado de
se assim deliberar o Plenário (mediante proposta da
sítio;
Presidência ou de líder, prefixando-lhe a data).

. escolha de Chefe de Missão


Diplomática - os
Embaixadores;

. e também para deliberar


sobre requerimento que solicite
sessão secreta do Senado.

VOTAÇÕES
II - Secretas
I - Ostensivas (públicas)
     a) Eletrônica
     a) Simbólica
     b) Por meio de cédula
     b) Nominal
     c) Por meio de esfera

Referência:

RISF - arts. 182 a 186; 190 a 198; 201 a 208; 289 a 298; 383 a 385.

 
   

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Unidade 6 - Quorum de Iniciativa e Quorum de Votação

QUORUM DE INICIATIVA E QUORUM DE VOTAÇÃO

Iniciativa é o poder de propor a edição de uma regra jurídica nova. Tal poder pode ser exercido individual ou coletivamente.

 
Quem pode iniciar uma proposta de regra jurídica nova?

Qualquer membro ou comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, o Presidente da República, o Supremo
Tribunal Federal, os Tribunais Superiores, o Procurador-Geral da República e os cidadãos.

Vamos verificar alguns exemplos de iniciativa?

Iniciativa Individual
Presidente da Républica Proposta de emenda à Constituição, projeto de lei.

Projeto de lei, projeto de decreto legislativo, projeto de resolução,


Senador ou Deputado emendas diversas a outras matérias (salvo a proposta de emenda à
Constituição), requerimento.
Procurador-Geral da
República, STF, Tribunais Projeto de lei de matéria atinente à sua competência privativa.
Superiores

Iniciativa Coletiva
Senadores ou Proposta de emenda à Constituição, emendas à proposta de emenda à
Deputados Constituição; na mesma sessão legislativa, projeto de lei ordinária rejeitado.

Projeto de resolução referente à competência tributária dos Estados e do Distrito


Senadores
Federal.
Projeto de resolução referente às matérias estabelecidas no art. 52 VI, VII, VIII,
IX da Constituição; projeto de resolução relativo à competência tributária dos
Comissão Estados e do Distrito Federal; projeto de lei, projeto de decreto legislativo,
projeto de resolução suspendendo a execução no todo ou em parte de lei
declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal

Provocação à Casa, propondo a perda de mandato de parlamentar.


Mesa

Partido
Provocação à Casa, propondo a perda do mandato de parlamentar.
político (representado
no Congresso)

Proposta de emenda à Constituição (mais da metade delas, manifestando-se


Assembleias
cada uma pela maioria relativa de seus membros).

Legislativas

Projeto de lei subscrito por, no mínimo 1% do eleitorado nacional, distribuído


pelo menos por cinco Estados, com não menos de 0,3% dos eleitores de cada
Cidadãos
um deles.

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QUORUM DE VOTAÇÃO

Veremos aqui, segundo a Constituição, que as deliberações de cada uma das Casas do Congresso e de suas comissões são tomadas por maioria de
votos, presente a maioria absoluta dos membros, salvo se dispuser em contrário. E o Regimento do Senado ou o Regimento Comum também
especificam:

Deliberações Quórum de votação


Sentença condenatória de Presidente e Vice-Presidente da República,
2/3 de Senadores (54
de Ministros de Estado e do Supremo Tribunal Federal, Procurador-
votos)                
Geral da República e Advogado-Geral da República, todos em casos de
            
crimes de responsabilidade
Fixação de alíquotas máximas nas operações internas, para resolver
2/3 de Senadores (54
conflito específico que envolva interesse de Estados e do Distrito
votos)
Federal

2/3 de Senadores (54


Suspensão de imunidade de Senadores, durante o estado de sítio
votos)
3/5 em cada uma das
Casas para aprovação
Proposta de emenda à Constituição (49 votos no Senado;
308 na Câmara dos
Deputados

Projeto de decreto legislativo referente a renovação ou não renovação 2/5 de votos (33
de concessão ou permissão para serviço de radiofusão sonora e de senadores) para rejeitar
sons e imagens o projeto
maioria absoluta de votos
Projeto de lei complementar (41)

maioria absoluta de votos


Exoneração, de ofício, do Procurador-Geral da república. (41)

Perda de mandato de Senador nos casos de infringência do art. 54 da


maioria absoluta de votos
Constituição ou cujo procedimento não seja compatível com o decoro
(41)
parlamentar ou que sofrer condenação criminal em sentença
transitada em julgado
maioria absoluta de votos
Aprovação de ato do Presidente da República que decretar estado de
(41)
defesa ou autorização para o Presidente decretar estado de sítio

maioria absoluta de votos


Estabelecimento de alíquotas aplicáveis às operações e prestações
(41)
interestaduais e de exportação

maioria absoluta de votos


Estabelecimento de alíquotas mínimas nas operações internas. (41)

Autorização de operações de créditos que excedam o montante das maioria absoluta de votos
despesas de capital, mediante créditos suplementares ou especiais (41)
específicos

Aprovação do nome indicado para Ministro do Supremo Tribunal


Federal, do Superior Tribunal de Justiça, do Tribunal Superior do maioria absoluta de votos
Trabalho, para Procurador-Geral da República e para membro do (41)
Conselho Nacional de Justiça e do Conselho Nacional do Ministério
Público
para ser rejeitado (41 no
Veto presidencial (em sessão conjunta do Congresso) exige
Senado; 257 na Câmara
maioria absoluta de votos "'não" em cada uma das Casas para ser
dos Deputados)
derrubado, ou seja, para ser rejeitado

maioria absoluta (41 no


Perda de mandato de Deputado ou Senador, por voto secreto da Senado; 257 na Câmara
maioria absoluta da Casa a que pertencer o parlamentar dos Deputados).

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Observação: Os projetos de decreto legislativo sobre direitos humanos que forem aprovados em cada uma das Casas do Congresso Nacional com 3/5
de votos (49 no Senado, 308 na Câmara dos Deputados) em 2 turnos serão equivalentes a emenda constitucional.

A publicidade da matéria, o parecer e o quorum, tanto de iniciativa como de votação da matéria a ser deliberada, tanto no Senado quanto no
Congresso, são três formalidades essenciais que nem mesmo o regime de urgência urgentíssima pode dispensar.

Referência:

CF - arts. 47, 51, 52, 2º e 4º; 53, §§ 7º e 8º; 55, § 2º e 3º; 60, § 2º; 61; 66, § 4º; 67; 69; 77; 101;103-B; 128, § 1º, 2º e 4º;130-
A; 136, § 4º; 137; 155, § 2º, IV e V, "a" e "b"; 167, III; 223.

RISF - arts. 212; 243; 288; 393; 394.

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Exercícios de Fixação - Módulo I

Parabéns! Você chegou ao final do primeiro Módulo de estudo do curso de Processo Legislativo.

Como parte do processo de aprendizagem, sugerimos que você faça uma releitura do mesmo e resolva os Exercícios de Fixação. O resultado
não influenciará na sua nota final, mas servirá como oportunidade de avaliar o seu domínio do conteúdo. Lembramos ainda que a plataforma
de ensino faz a correção imediata das suas respostas!

Para ter acesso aos Exercícios de Fixação, clique aqui.

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