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28/04/2022 20:38 Proposições apreciadas pelo SF e pela CD (Casas separadas) - Introdução

Proposições apreciadas pelo SF e pela CD (Casas separadas) -


Introdução

Site: Instituto Legislativo Brasileiro - ILB Impresso por: Winston Barbosa do Nascimento
Curso: Processo Legislativo Federal - Turma 1 Data: quinta, 28 abr 2022, 20:38
Proposições apreciadas pelo SF e pela CD (Casas separadas) -
Livro:
Introdução

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Descrição

MÓDULO II - PROPOSIÇÕES APRECIADAS PELO SF E PELA CD(CASAS


SEPARADAS) - Introdução

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Índice

MÓDULO II - PROPOSIÇÕES APRECIADAS PELO SF E PELA CD (CASAS SEPARADAS) - Introdução

Unidade 1 - Proposições Legislativas


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Unidade 2 - Proposições Legislativas


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Unidade 3 - Proposições Legislativas


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Unidade 4 - Proposições Legislativas


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Unidade 5 - Proposições Legislativas


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Unidade 6 - Medidas Provisórias


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Unidade 7 - Destino das Proposições


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Exercícios de Fixação - Módulo II

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MÓDULO II - PROPOSIÇÕES APRECIADAS PELO SF E PELA CD (CASAS


SEPARADAS) - Introdução

Este segundo módulo tem por objetivo mostrar os aspectos e rotinas dos procedimentos legislativos, bem como identificar situações ou formas de
execução de tramitações.
 
 

Identificar as características e a tramitação das diversas


proposições legislativa;
reconhecer como são apreciadas as proposições em ambas as
Casas Legislativas e suas deliberações.

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Unidade 1 - Proposições Legislativas

PROPOSIÇÕES APRECIADAS PELO SENADO E PELA CÂMARA (CASAS SEPARADAS)

PROJETO DE LEI

Vamos começar pelas matérias que tramitam em Casas separadas. Nosso primeiro assunto são os projetos de lei. (As medidas
provisórias serão objeto da UNIDADE 6)

Os projetos de lei que têm origem no Senado - os Projetos de Lei do Senado (PLS) - e os projetos de lei que se originam na Câmara e vêm à revisão do
Senado - os Projetos de Lei da Câmara (PLC) - podem ser de lei ordinária ou de lei complementar. A Constituição Federal explicita que dispositivos
precisam ser complementados por um tipo ou outro de lei. Na forma, sua maior diferença é o quorum de aprovação:
para os projetos de lei ordinária, o quorum é de maioria simples de votos;
para os projetos de lei complementar, o quorum é de maioria absoluta de votos.

 
PROJETO DE LEI DA CÂMARA - PLC (lei ordinária ou complementar)
 
Qual a origem dos PLC?
 
Os PLC podem ter origem em uma proposta de Deputado, de comissão da Câmara, do Presidente da República, do Supremo Tribunal Federal, de
Tribunais Superiores, do Procurador-Geral da República, do Ministério Público ou, ainda, dos cidadãos. Enfim, os projetos de lei que vêm de fora do
Poder Legislativo iniciam sua tramitação pela Câmara, vindo ao Senado para revisão.
 
Os PLC, ao chegarem no Senado, são lidos no Período do Expediente da sessão plenária, deliberativa (ordinária ou extraordinária) ou não deliberativa,
e são despachados, pelo Presidente, para uma ou mais comissões, segundo as competências dessas, para serem analisados e receberem parecer. No
Senado, a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania tem até vinte dias úteis para proferir parecer (as demais comissões têm quinze dias úteis).
Esses prazos podem ser prorrogados, por igual período, através de uma comunicação do Presidente da Comissão à Mesa do Senado, a qual será lida no
Período do Expediente. Nova prorrogação só pode ser concedida por prazo determinado e mediante requerimento que deve ser votado no Plenário do
Senado.
 
Uma vez emitido o parecer da Comissão, o projeto é enviado à Mesa para leitura no Período do Expediente, quando é numerado e tem início o prazo de
cinco dias úteis para recebimento de emendas. Caso não existam emendas, o projeto está pronto para ser incluído na Ordem do Dia, a fim de ser
discutido e votado em turno único. Se receber emenda, o projeto volta à Comissão ou às Comissões pelo prazo de quinze dias úteis (se houver mais de
uma Comissão a se manifestar, o prazo corre em conjunto) para receber parecer sobre essas emendas. Dado o parecer, a matéria volta à Mesa para
leitura e pode, a partir daí, ser incluída na Ordem do Dia. Se o projeto for aprovado sem alteração ou com alteração somente de redação, ele vai à
sanção do Presidente da República. Caso sofra alteração de mérito, essa alteração volta à Câmara para análise.

Como já foi dito, se o projeto de lei ordinária, o quorum de votação é o de


maioria simples de votos. Se for de lei complementar, é de maioria
absoluta.

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Para que servem os autógrafos?


 
Para encaminhar a redação oficial do que foi aprovado, quer para o Presidente da República, quer para a Câmara, o Senado prepara autógrafos desse
texto.

Então, autografo é o documento oficial que reproduz o que foi aprovado.

PROJETO DE LEI DA CÂMARA (de origem do Presidente da República, com pedido de urgência constitucional - art. 64, CF)
 
Qual é o prazo da urgência constitucional solicitada pelo Presidente da República para tramitação de projeto de lei de sua iniciativa?  

A urgência constitucional solicitada pelo Presidente da República para tramitação de projeto de lei de sua iniciativa prevê para a matéria o prazo de
quarenta e cinco dias na Câmara e outros quarenta e cinco dias no Senado, sucessivamente.

O projeto, quando chega da Câmara dos Deputados, é lido no Período do Expediente e distribuído às Comissões, como qualquer outro projeto.
Entretanto, por estar tramitando em regime de urgência, o projeto recebe emendas de todos os Senadores apenas na primeira ou na única Comissão
constante do despacho, pelo prazo de cinco dias úteis. Se mais de uma Comissão tiver que se manifestar a respeito do projeto, os prazos correm
concomitantemente. Para emitir parecer, esses órgãos técnicos têm vinte e cinco dias. Caso não cumpram esse prazo, a matéria será incluída na
Ordem do Dia e receberá parecer em plenário.

Esgotado o prazo de quarenta e cinco dias sem que haja deliberação sobre o projeto, quer numa Casa, quer noutra, a proposição é incluída na Ordem
do Dia, sobrestando-se a deliberação quanto aos demais assuntos (exceção feita às medidas provisórias, que têm precedência) até que se ultime sua
votação, que se dará por maioria simples, se for projeto de lei ordinária, ou por maioria absoluta, se for de lei complementar. 

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PROJETO DE LEI DO SENADO - PLS (lei complementar) (iniciativa de Senador)
 
Vamos ver o passo a passo?

 
1. Lido no Período do Expediente da sessão, o projeto é encaminhado às Comissões, que têm o prazo regimental (CCJ - vinte dias úteis;
demais Comissões - quinze dias úteis) para emitir parecer. Uma vez aprovado pela Comissão, o parecer é remetido à Mesa para leitura em
plenário, quando é numerado e determinada sua publicação em avulsos, como qualquer outra matéria dentro do Legislativo. É iniciado o
prazo de cinco dias úteis para recebimento de emendas perante a Mesa.
 
2. Caso existam emendas, o projeto volta para as Comissões (o prazo é de quinze dias úteis) para receber parecer sobre elas. Só depois
estará pronto para ser agendado na Ordem do Dia. Não existindo emendas, desde já está pronto para entrar na pauta de deliberações.
 
PROJETO DE LEI DO SENADO (lei ordinária ou complementar) (iniciativa de Comissão do Senado)
 
Como todo projeto, este também é lido no Período do Expediente. Se a comissão tiver competência sobre aquela matéria, como o projeto já é de
Comissão, tem início o prazo de cinco dias úteis para recebimento de emendas perante a Mesa. O projeto só voltará para a Comissão que lhe deu
origem caso receba emendas. Ela, então, terá que se pronunciar a respeito das mesmas.
 
Se não receber emendas, ou após a leitura do parecer sobre as que tiver recebido, a matéria encontra-se pronta para ser agendada na Ordem do Dia.

A diferença entre o projeto de lei ordinária e o projeto de lei complementar


é apenas quanto ao quorum de votação.

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Fonte: Agência Senado

PROJETO DE LEI DO SENADO (PLS) (lei ordinária) (iniciativa de Senador)

 
O projeto é lido no Período do Expediente e encaminhado a uma ou mais Comissões.
 
As comissões podem apreciar esse tipo de projeto?
 
A Constituição Federal de 1988 conferiu às Comissões poder de apreciar terminativamente esse tipo de projeto, ou seja, a regra geral é que esse
projeto não venha a ser apreciado pelo Plenário do Senado, ficando apenas no âmbito das Comissões. Esse procedimento, além de desafogar o
Plenário, agiliza a tramitação das matérias, sem, no entanto, prejudicar sua análise. Nesse caso, todos os Senadores, mesmo aqueles que não
pertencem àquelas Comissões do despacho, podem apresentar emendas, pelo prazo de cinco dias úteis, perante a primeira ou a única Comissão que
deve emitir parecer.
 
Como para todas as matérias que dependem de parecer, o Presidente da Comissão designa um Relator, que terá a metade do tempo de que dispõe a
Comissão para apresentar seu relatório sobre a matéria. Uma vez apresentado o relatório, qualquer Senador, ou todos os Senadores membros da
Comissão, podem pedir vista do processo, que pode ser concedida por até cinco dias úteis. Esse prazo corre em conjunto para todos. O Senador pode
devolver o processo com ou sem manifestação. Se houver manifestação, ela recebe a nomenclatura de voto em separado.

Poder Terminativo - prerrogativa das comissões permanentes de discutir e votar


projetos de lei, dispensada a competência do Plenário, o qual só se manifesta se houver recurso de 10% dos membros da Casa nesse sentido. Essa prerrogativa é definida
pela Mesa, quando é feita a distribuição das proposições.

A Comissão, nesse caso em que tem poder terminativo, vota não o parecer, mas o próprio projeto. Ela decide sobre a matéria e comunica o fato ao
Presidente da Casa, que dará ciência ao Plenário. Terá início, então, o prazo de cinco dias úteis para que 1/10 dos Senadores (nove) possa apresentar
recurso, no sentido de que a matéria venha a ser apreciada pelo Plenário, acabando, desta forma, com o poder terminativo da Comissão. Se não
receber recurso, a matéria vai diretamente à Câmara, para que aquela Casa faça revisão. Se receber recurso, tem início o prazo de cinco dias úteis
para encaminhamento de emendas à Mesa. Sem emendas, a matéria está pronta para a Ordem do Dia. Com emendas, volta para a Comissão, para
parecer sobre elas, como em todos os outros casos que já estudamos. Dado o parecer pela Comissão, lido e numerado em plenário, o projeto está
pronto para a Ordem do Dia, quando é discutido e votado em turno único, necessitando apenas de quorum de maioria simples para sua aprovação.
Aprovado, vai à Câmara dos Deputados para revisão.

Se a Câmara apresentar alterações ao projeto, essas alterações voltam ao Senado para exame. Aquilo que o Senado aprovar vai à sanção do
Presidente da República.
 
 

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PROJETO DE CÓDIGO
 
Os códigos são leis ordinárias e, como tais, são tratados por meio de projetos de lei que, uma vez aprovados em ambas as Casas, são enviados à
sanção do Presidente da República. O projeto é lido no Período do Expediente de uma sessão, oportunidade em que o Presidente designará uma
comissão temporária composta de onze membros para seu estudo e fixará o calendário de sua tramitação.

 
Essa comissão temporária se reúne primeiramente para eleger seu Presidente e Vice-Presidente, sendo, em seguida, designado um relator-geral e
tantos relatores parciais quantos necessários. Ao projeto principal são anexados os outros que se encontrem em tramitação e que envolvam a mesma
matéria. As emendas são apresentadas perante a comissão, que deve emitir parecer sobre todos os projetos e emendas.
 
Publicado o parecer e distribuído em avulsos, o projeto será incluído na Ordem do Dia com exclusividade, obedecido o interstício regimental como nas
demais matérias. Em plenário, o projeto é discutido e votado em turno único de discussão e votação, aprovado por maioria simples, em votação pública
simbólica.

O interstício é contado por sessões ordinárias ou por dias úteis, conforme determinam os regimentos internos de cada Casa (exemplo: é de três dias
úteis, no Senado, e de duas sessões, na Câmara, o interstício entre a distribuição de avulsos dos pareceres das comissões e o início da discussão ou
votação correspondente). 

 No Congresso Nacional, há projetos de lei a serem apreciados em sessão conjunta, como é o caso das matérias orçamentárias. Esse assunto será
estudado em outra oportunidade.

Síntese

Vimos, nesta Unidade, um pouco da tramitação, no Senado, dos projetos de lei


apresentados em Casas separadas.

Referência:

CF - arts. 48; 58, § 2º, I; 59; 61; 65 a 67; 69. 

RISF - arts. 90; 91; 92; 97 a 104; 118 a 122; 126; 127; 129 a 133; 136;137; 211; 213; 236 a 240; 243 a 246; 249; 250; 280; 328 a 331;
374. 

RCCN – arts. 134; 136 a 140; 142; 143.

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Unidade 2 - Proposições Legislativas

 
PROPOSIÇÕES APRECIADAS PELO SENADO E PELA CÂMARA (CASAS SEPARADAS)
 
Continuaremos nesta UNIDADE com matérias analisadas na Câmara e no Senado separadamente.
 
 
B) PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO (PDS)
 
Outra matéria analisada na Câmara e no Senado, separadamente, é o projeto de decreto legislativo, que pode ser iniciado em uma ou outra Casa. Os
assuntos constantes do art. 49 da Constituição Federal tramitam no Congresso sob a forma de projeto de decreto legislativo. Uma vez concluída a
análise do projeto em ambas as Casas, o Presidente do Senado promulga-o.
 
Tanto o projeto que tem início no Senado quanto o que vem da Câmara é lido no Período do Expediente da sessão e despachado a uma ou mais
Comissões. Com exceção do PDS sobre radiodifusão, em regime de urgência constitucional, os demais PDS têm tramitação normal, a menos que
recebam urgência através de requerimento, como ademais pode acontecer com outras matérias.
 
No PDS sobre radiodifusão ou sobre tratados, acordos e atos internacionais, as emendas devem ser apresentadas perante a Comissão a que for
distribuído. Depois, a Comissão tem os prazos regimentais para emitir seu parecer sobre o projeto e eventuais emendas.
 
Os projetos de decreto legislativo relativos a radiodifusão, por força constitucional - art. 223 -, têm o prazo de tramitação, na Câmara e no Senado, de
quarenta e cinco dias em cada Casa, consecutivamente. O Presidente da República envia à Câmara dos Deputados uma mensagem. Aquela Casa
analisa o processo e elabora o projeto de decreto legislativo correspondente. Uma vez aprovado, o projeto é enviado ao Senado, onde a matéria é
despachada à Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática - CCT (Resolução nº 1, de 2007). Inicia-se, então, o prazo de
cinco dias úteis para que os Senadores apresentem emendas. Por força de aprovação, pelo Plenário do Senado, em 25.03.03, do Parecer nº 34, de
2002, da CCJ, esse projeto de decreto legislativo passa a tramitar em apreciação terminativa na Comissão. Depois de aprovado o projeto na Comissão,
seu Presidente oficia ao Presidente da Casa. Lido o parecer no Período do Expediente, numerado e publicado, inicia-se o prazo de 5 dias úteis para
apresentação de recurso por 1/10 dos Senadores. Se não houver recurso, o Presidente do Senado promulga o decreto legislativo. Se for apresentado
recurso, a matéria será incluída na Ordem do Dia para deliberação pelo Plenário. Em caso de não renovação de concessão ou permissão, a matéria não
tramitará com caráter terminativo na Comissão.
 

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Sobre os PDS de tratados, acordos ou atos internacionais: esses projetos só terão iniciado o curso de sua tramitação no Senado se estiverem
acompanhados de cópia autenticada do texto, em português, do ato internacional respectivo, bem como da mensagem de encaminhamento e da
exposição de motivos. Lidos no Período do Expediente, são publicados e distribuídos em avulsos, como de resto qualquer outra matéria, e despachados
à Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, perante a qual todos os Senadores podem apresentar emendas no prazo de cinco dias úteis. A
Comissão tem o prazo de quinze dias úteis, prorrogável por igual período, para opinar sobre o projeto. Publicados o parecer e as emendas, que
também serão distribuídos em avulsos, e decorrido o interstício regimental, a matéria será incluída na Ordem do Dia. Caso não seja emitido o parecer
pela Comissão, e se faltarem dez dias ou menos para o término do prazo no qual o Brasil deva se manifestar sobre o ato em questão, o projeto é
incluído na Ordem do Dia para receber parecer em plenário por relator designado pelo Presidente da Casa. Como os outros projetos de decreto
legislativo, uma vez aprovado em ambas as Casas do Poder Legislativo, o decreto legislativo dele oriundo é promulgado pelo Presidente do Senado.
 
Uma outra matéria que tramita na forma de PDS diz respeito ao art. 49, XV: autorizar referendo e convocar plebiscito. A Lei nº 9.709, de 18.11.98,
dispõe que para dar início a esse projeto é necessário que 1/3 dos Senadores o assinem. Quanto às demais etapas de tramitação, equivale a um outro
PDS em rito normal, com aprovação por maioria simples.
 
Há outros casos de PDS, como, por exemplo, o destinado a sustar atos do Poder Executivo (CF, art. 49, V). Depois de submetido à Comissão
competente que emitirá parecer sobre a matéria, esse parecer será lido em Plenário, numerado e publicado no DSF e em avulsos. A seguir, tem início o
prazo de cinco dias úteis para que a Mesa receba emendas. Se não houver emendas, o projeto está pronto para agendamento na Ordem do Dia. Caso
sejam apresentadas emendas, as Comissões deverão apresentar parecer. Depois que o parecer tenha sido emitido, lido, numerado e publicado,
observado o interstício regimental de três dias úteis entre sua publicação e o início da discussão da matéria, o projeto pode ser incluído na Ordem do
Dia.

Referência:

CF - arts. 49.

RISF - arts. 211; 213; 280; 281; 288, IV; 294; 375; 376.

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C) PROJETO DE RESOLUÇÃO DO SENADO (PRS) - Apreciado somente pelo Senado (Não é submetido à revisão pela Câmara dos
Deputados)

Existem vários tipos de projeto de resolução. Vejamos:

I. Alteração do Regimento Interno do Senado (RISF):

a) O RISF pode ser alterado por iniciativa de qualquer Senador ou da Comissão Diretora.

Como toda proposição legislativa, o projeto é lido no Período do Expediente. É aberto prazo de
cinco dias úteis para recebimento de emendas perante a Mesa. Havendo ou não emendas, o
projeto é remetido à CCJ e, em seguida, à Comissão Diretora (CDIR). Caso o projeto seja de
origem da própria CDIR, o projeto só voltará a ela se tiver recebido emendas. Uma vez que já
tenham sido dados os pareceres, eles são lidos no Período do Expediente, numerados e
publicados no DSF e em avulsos para distribuição aos Senadores. Esse é o procedimento usual.
Decorrido o interstício regimental, o projeto está pronto para ser incluído na Ordem do Dia
para turno único de discussão e votação.

b) O RISF pode ser alterado ou reformado como um todo. Nesse segundo caso, é constituída
uma comissão temporária especial de Senadores aprovada pelo Plenário, destinada a analisar e
elaborar um projeto de resolução. Dessa comissão deverá fazer parte um membro da Comissão
Diretora. Uma vez lido o projeto em plenário, tem início o prazo de cinco dias úteis para encaminhamento de emendas à Mesa. Recebendo ou não
emendas, o projeto vai à CCJ e, se ali receber emendas, volta à Comissão Especial para emissão de parecer. Os pareceres são lidos no Período do
Expediente, numerados e publicados. Depois do interstício regimental, o projeto pode ser agendado na Ordem do Dia.

II. A CCJ apresenta projeto de resolução suspendendo, no todo ou em parte, lei declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal, como
conclusão de seu parecer a um Ofício S (Senado) sobre a matéria que foi enviada ao Senado pelo STF. Essa matéria tramita somente no Senado e tem
caráter terminativo na CCJ.

Como toda matéria que tramita em rito terminativo, uma vez aprovada pela Comissão, seu Presidente comunica o fato, através de ofício, ao Presidente
da Casa, que dá ciência ao Plenário, no Período do Expediente. Inicia-se o prazo de cinco dias úteis para interposição de recurso por 1/10 de
Senadores. Se não houver recurso, como a matéria é de competência privativa do Senado, o Presidente da Casa promulga a resolução. Se houver
recurso, a matéria ainda deve ser apreciada pelo Plenário do Senado. Antes de ir a plenário, abre-se prazo de cinco dias úteis para encaminhamento de
emendas à Mesa. Sem emendas, passado o interstício regimental, o projeto pode ir para a Ordem do Dia. Com emendas, volta à CCJ para, só depois
do parecer emitido, lido, numerado e publicado, ser incluído na Ordem do Dia.

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Tipos de projeto de resolução

III. A Comissão de Assuntos Econômicos apresenta projeto de resolução como conclusão de seu parecer, quando do exame de matérias financeiras
como pedido de autorização para operações externas de interesse da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios ou de
aval em contratação de operação de empréstimo externo por entidade autárquica subordinada aos governos Federal, Estadual ou Municipal. O
processo, que tem início com a documentação encaminhada pelo Banco Central, recebe a denominação, no Senado, de Ofício S, e vai à CAE para
parecer. Uma vez lido o Projeto de Resolução (objeto de parecer da CAE) em plenário, numerado e publicado, tem início o prazo de cinco dias úteis
para emendas. Sem emendas, vai à Ordem do Dia; com emendas, à CAE para parecer, que será lido, numerado e publicado para posterior inclusão na
Ordem do Dia.

IV. A Comissão de Assuntos Econômicos:

por proposta do Presidente da República, apresenta projeto de resolução como conclusão de seu parecer, fixando limites globais para o montante da
dívida consolidada da União, dos Estados, do DF e dos Municípios; 
por proposta do Presidente da República ou de 1/3 dos membros do Senado, apresenta à Comissão, em conclusão de seu parecer, PRS
estabelecendo alíquotas aplicáveis às operações e prestações interestaduais e de exportação, devendo ser aprovado por maioria absoluta de votos
do Plenário do Senado; 
por iniciativa de 1/3 dos membros do Senado, a CAE apresenta, também, em conclusão de parecer, PRS que, para ser aprovado, precisa da maioria
absoluta de votos favoráveis da Casa, estabelecendo alíquotas mínimas nas operações internas; por iniciativa da maioria absoluta dos membros do
Senado, a CAE ainda apresenta PRS em conclusão de seu parecer, que deve ser aprovado por 2/3 da composição da Casa, fixando alíquotas
máximas nas operações internas para resolver conflito específico que envolva interesse de Estados e do DF.

Em todos esses casos, o procedimento é o mesmo que para outro projeto de resolução advindo de conclusão de parecer. Lido no Período do
Expediente, é numerado e publicado, ficando sobre a Mesa para recebimento de emendas durante cinco dias úteis. Com emendas, o projeto volta à
CAE para parecer antes de ser agendado. Sem emendas, já estará pronto para o agendamento.

Ainda sobre matéria financeira, a CAE apresenta PRS dispondo sobre limites globais e condições para as operações de crédito externo e interno da
União, dos Estados, DF e Municípios, de suas autarquias e demais entidades controladas pelo poder público federal; ou dispondo sobre limites e
condições para a concessão de garantia da União em operações de crédito externo e interno; ou estabelecendo limites globais e condições para o
montante da dívida mobiliária dos Estados, DF e Municípios; ou, ainda, fixando alíquotas máximas do imposto sobre transmissão causa mortis e doação
de quaisquer bens ou direitos.

Uma vez lido o projeto no Período do Expediente da Sessão, e tendo em vista já ser ele da Comissão, inicia-se o prazo para encaminhamento de
emendas à Mesa. O projeto somente voltará à CAE, se receber emendas. Caso contrário, já está pronto para a Ordem do Dia, respeitado o interstício
regimental.

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Unidade 3 - Proposições Legislativas

 
PROPOSIÇÕES APRECIADAS PELO SENADO E PELA CÂMARA (CASAS SEPARADAS)
 
 
D) PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO (PEC)

 
Quem pode dar início a uma proposta de emenda à Constituição?
 
Um terço de Deputados, na Câmara; um terço de Senadores, no Senado; o Presidente da República, na Câmara; e mais da metade das Assembleias
Legislativas das Unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela sua maioria relativa, no Senado ou na Câmara.
 
No Senado, vinte e sete Senadores, no mínimo, são autores de uma PEC. Se algum Senador apuser sua assinatura e especificar que é para
apoiamento, essa assinatura não é computada como de autor. Significa que o Senador apoia a iniciativa de se apresentar uma proposta para debater
determinado assunto, mas que não quer ser autor.
 
A PEC - quer de origem de Senador quer da Câmara dos Deputados - é lida no Período do Expediente e despachada, individualmente, à Comissão de
Constituição, Justiça e Cidadania, que tem até trinta dias úteis para emitir seu parecer. Lá, seus membros podem apresentar emendas. Caso a
Comissão conclua seu parecer aprovando alguma emenda, esta deverá conter também vinte e sete assinaturas.
 
Após a leitura em plenário, o parecer é numerado e publicado no Diário do Senado Federal e em avulsos. Decorrido o interstício, que, neste caso, é de
cinco dias, a matéria pode ser incluída na Ordem do Dia para cinco sessões deliberativas ordinárias consecutivas de discussão em primeiro turno.
Durante esse período, poderão ser oferecidas emendas em plenário também por, no mínimo, vinte e sete Senadores.

Se a Comissão não emitir parecer no prazo nem requerer sua prorrogação, o Presidente da Casa pode incluir a matéria na Ordem do Dia, para que o
relator designado pelo Presidente profira oralmente o parecer.
 
Encerrada a discussão sem recebimento de emendas, a PEC será votada em primeiro turno, com o quorum qualificado de 3/5 de votos favoráveis (49
votos "sim"). Se houver emendas, será necessário que a CCJ emita parecer sobre elas. Após a leitura e publicação desse novo parecer, a PEC está
pronta para ser votada em primeiro turno, juntamente com as emendas.

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O interstício entre o primeiro e o segundo turnos é de, no mínimo, cinco dias úteis. Vencido esse prazo, a PEC pode entrar na Ordem do Dia para
um segundo turno de discussão (três sessões ordinárias) e votação, sendo aprovada também por nova deliberação por 3/5 de votos favoráveis.
Durante a discussão, vinte e sete Senadores, no mínimo, podem apresentar emendas que não envolvam o mérito. E o procedimento é o mesmo para
todas as matérias: sem emendas, pode ser votada em segundo turno; com emendas, vai à CCJ para parecer, antes de ir à votação em segundo turno.
A CCJ tem cinco dias improrrogáveis para isso.
 
Se houver redação final (em caso de ter tido alteração), a CCJ apresenta a redação final no prazo de três dias, a qual será votada com qualquer
número, independentemente de sua publicação.
 
Se a PEC for de origem do Senado, vai à Câmara para revisão. Se for de origem da Câmara e tiver sofrido alteração, volta àquela Casa. Se não tiver
sofrido alteração no Senado, o Presidente do Senado convoca sessão solene do Congresso Nacional, para que as Mesas das duas Casas promulguem a
emenda constitucional.
 
A matéria constante de PEC rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa. Uma outra
limitação constitucional a respeito deste assunto é a proibição de que seja apresentada PEC tendente a abolir a forma federativa de Estado, o voto
direto, secreto, universal e periódico, a separação dos Poderes e os direitos e garantias individuais, que constituem as cláusulas pétreas, ou seja,
aquelas que não podem ser modificadas por meio das formas secundárias de alteração constitucional (emenda ou revisão). Apenas o poder constituinte
originário (uma nova Assembleia Constituinte) teria competência para tanto.

Referência:

CF - arts. 5º e 60

RCCN - arts. 1º, 85. RISF - 354 a 373..

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Unidade 4 - Proposições Legislativas

E) REQUERIMENTO - Apreciado somente pelo Senado (não há revisão pela Câmara dos Deputados)

Há diversos tipos de requerimento. Citaremos alguns exemplos:

· adiamento da discussão;

· adiamento da votação;

· comparecimento de Ministro de Estado;

· constituição de comissão temporária;

· destaque para aprovação de emenda;

· destaque para rejeição de dispositivo do projeto;

· destaque para rejeição de emenda;

· destaque para votação em separado de parte do projeto, de emenda ou de parte de emenda;

· dispensa de discussão;

· dispensa de interstício e prévia distribuição de avulsos para inclusão;

· da matéria em Ordem do Dia;

· dispensa de publicação da redação final para a imediata apreciação pelo Plenário;

· encerramento da discussão;

· esclarecimento sobre atos da administração da Casa;

· extinção de urgência;

· homenagem de pesar;

· inclusão em Ordem do Dia de matéria em condições de nela figurar;

· inclusão em Ordem do Dia de matéria sem parecer;

· informações a serem prestadas por Ministros de Estado ou titulares de órgãos diretamente vinculados à Presidência da República;

· inversão da Ordem do Dia;

· leitura de qualquer matéria sujeita a conhecimento do Plenário;

· licença para exercer missão no País ou no exterior;

· licença para tratar de interesses particulares.

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E) REQUERIMENTO - APRECIADO SOMENTE PELO SENADO (Não há revisão pela Câmara dos Deputados)
Há diversos tipos de requerimento. Outros exemplos:

· licença para desempenhar missão política ou cultural de interesse parlamentar;


· licença para se ausentar dos trabalhos, a serviço do Senado;
· não realização de sessão em determinado dia;
· permissão para falar sentado;
· preferências diversas;
· prorrogação de prazo para apresentação de parecer;
· prorrogação do tempo regimental da sessão;

· publicação de informações oficiais no Diário do Senado Federal;

· realização de sessão especial;


· realização de sessão secreta;
· reconstituição de proposição;
· remessa a determinada comissão de matéria despachada a outra;
· retificação de ata;
· retirada de proposição em curso no Senado;
· sobrestamento de estudo de proposição;
· tramitação em conjunto de dois ou mais projetos em curso no Senado regulando a mesma matéria;
· transcrição de documentos do Diário do Senado Federal;
· urgências;
· verificação de votação;
· votação do projeto em partes;
· votação em globo ou por grupos de dispositivos das emendas da Câmara dos Deputados a projeto do Senado Federal;
· votação nominal;
· voto de aplauso, censura ou semelhante.
 

Outros requerimentos não previstos expressamente no Regimento podem ser apresentados. Nesse caso, a decisão cabe ao Presidente após submeter o
requerimento a votos no Plenário.

Nas sessões conjuntas do CN, a maioria dos requerimentos deve ser


apresentada por líderes. Como não há previsão de requerimento de
urgência, utilizam-se os regimentos subsidiários, ou seja, do Senado e da
Câmara, nessa ordem.

Referência:

RISF - arts. 14, X, b; 75; 202, II; 214; 216; 218; 220; 221; 222; 235; 242; 279;
315; 336; 339 a 343; 397, I.

RCCN - arts. 23; 29; 39 a 42; 50.

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F) PROPOSTA DE FISCALIZAÇÃO E CONTROLE


 
A proposta pode ser apresentada por qualquer membro ou Senador à Comissão, com específica indicação do ato e fundamentação da providência
objetivada. (RISF, art. 102-B, I)

 
O relator designado apresentará parecer prévio quanto à oportunidade e conveniência da proposta e quanto ao alcance jurídico, administrativo, político, econômico, social
ou orçamentário do ato impugnado.

 
Relatório final será encaminhado, conforme o caso, à Mesa, ao Ministério Público, à Advocacia-Geral da União, ao Poder Executivo, à comissão
permanente que tenha pertinência, à Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização - CMO ou ao TCU.
 
G) INDICAÇÃO
 
Corresponde a uma sugestão de Senador ou Comissão para que o assunto nela focalizado seja objeto de providência ou de estudo pelo órgão
competente da Casa, com a finalidade de seu esclarecimento ou de uma formulação de proposição legislativa. Por exemplo: as alas do Senado
receberam nome de Nilo Coelho, Alexandre Costa, Teotônio Vilela, Rui Carneiro, Filinto Müller; o Pavilhão do Serviço Médico recebeu o nome de Lourival
Baptista. Foram feitas tais homenagens através de indicações.
 
H) PARECER
 
Os pareceres que vimos até agora são instrumento de instrução de outra matéria, não têm vida própria. Os pareceres que constituem proposição
legislativa devem ser discutidos e votados.

E quais são eles? Exemplos:


para escolha de autoridade;
por consulta do Presidente da Casa.

I) EMENDA
 
São proposições secundárias que não têm vida própria, pois estão vinculadas a uma proposição principal. Por isso, seguem o rito, o quorum e o tipo de
votação dessa proposição principal.

Há três instâncias para apresentação de emendas:


nas Comissões;
perante a Mesa;
no Plenário.

A PEC recebe emendas na CCJ, por seus membros, e, no Plenário, por 1/3 dos Senadores.

Referência:
RISF - arts. 102-A, B, C, D; 211; 224 a
240.

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Unidade 5 - Proposições Legislativas

                                          

PROPOSIÇÕES APRECIADAS EM SESSÃO CONJUNTA DO CONGRESSO NACIONAL

A) VETO PRESIDENCIAL
 
Todos os projetos de lei, inclusive o de conversão de uma medida provisória, uma vez aprovados pelo Poder Legislativo, são encaminhados ao
Presidente da República para sua manifestação. Este tem um prazo de até quinze dias úteis para manifestar-se, no sentido do acordo (sanção) ou do
desacordo (veto), que pode ser, neste último caso, total ou parcial. Após o prazo mencionado, se o Presidente não se pronunciar, o projeto de lei é
considerado como tendo sido tacitamente sancionado (sanção tácita). Entretanto, o veto deverá ser aposto em texto integral de artigo ou de parágrafo
ou item, e nunca sobre expressão.

Em caso de o projeto ser considerado inconstitucional ou contrário ao interesse público, no todo ou em parte, o Presidente poderá vetá-lo, fazendo
publicar suas razões no Diário Oficial da União com comunicação do fato ao Presidente do Senado, que dará ciência aos parlamentares em sessão
conjunta, no prazo de 72 horas. Na mesma oportunidade, será designada comissão composta por três Senadores e três Deputados para emitir relatório
sobre o veto. É de todo conveniente que dessa comissão participem os relatores da matéria em cada uma das Casas.

A Constituição prevê prazo de trinta dias para que o Congresso decida sobre o veto, que só pode ser rejeitado pela maioria absoluta de cada uma das
Casas, em votação aberta. Nesse caso, o Presidente do Senado comunicará o resultado da votação ao Presidente da República, encaminhando-lhe o
projeto para promulgação e publicação.
 
Se o veto, entretanto, não for apreciado pelo Congresso, em sessão conjunta, no prazo de trinta dias, o § 6º do art. 66 da Constituição determina que
as demais matérias sejam sobrestadas, tais como os projetos de lei sobre temas orçamentários (LDO, LOA, PPA e créditos). 

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PROPOSIÇÕES APRECIADAS EM SESSÃO CONJUNTA DO CONGRESSO NACIONAL

B) PROJETO DE RESOLUÇÃO DO CONGRESSO (PRN)


I - Assim como no Senado, para se alterar o Regimento Comum, no caso do Congresso, o instrumento legislativo utilizado é o projeto de resolução, de
iniciativa das Mesas do Senado e da Câmara ou por iniciativa de cem parlamentares, sendo no mínimo oitenta Deputados e vinte Senadores.
Em ambos os casos (iniciativa parlamentar ou das Mesas), o projeto é lido e numerado no Expediente de uma sessão conjunta e publicado no Diário do
Congresso Nacional e em avulsos. Esse procedimento é o mesmo para todas as proposições, quer no Senado quer no Congresso.
Se for de iniciativa das Mesas, o Presidente do Senado convoca sessão conjunta para iniciar sua discussão e votação em turno único, podendo qualquer
parlamentar apresentar emendas em plenário, até o encerramento da discussão. Se tiver emendas, o projeto volta às Mesas para parecer sobre elas.
Havendo concordância das Mesas, o parecer pode ser único, com relator único. Uma vez emitido parecer, a matéria estará pronta para a Ordem do Dia,
em fase de votação.
Se for de iniciativa de parlamentares, o projeto vai às Mesas para parecer, que poderá ser único. Após publicação, o projeto pode entrar na Ordem do
Dia, recebendo emendas também durante a discussão. Se tiver emendas, volta às Mesas para parecer, após o que retorna ao plenário em fase de
votação.

Depois de aprovado o projeto, o Presidente do Senado (nesse caso, Presidente da Mesa do CN) promulga a resolução decorrente.
II - Também é por intermédio de projeto de resolução que o Congresso delega ao Presidente da República poderes para legislar sobre determinado
assunto: é a lei delegada.
O processo tem início quando o Presidente da República remete ao Presidente do Senado o pedido de autorização do Congresso Nacional para baixar
lei. O Presidente do Senado convoca, no prazo de setenta e duas horas, sessão conjunta para que o Congresso tome conhecimento da proposta. Nessa
mesma sessão, a matéria é distribuída em avulsos e é constituída uma comissão mista paritária, composta de onze Senadores e onze Deputados, para
emitir parecer sobre a proposta, concluindo com a apresentação de um projeto de resolução, no qual será especificado o conteúdo da delegação, os
termos para o seu exercício e o prazo, que não deve ser superior a quarenta e cinco dias, para que o Presidente da República promulgue e publique a
lei.

 
Esse projeto de resolução pode conter, ainda, a obrigatoriedade de o Presidente da República enviar ao Congresso a proposta de lei, para que este
examine se está dentro dos limites delegados. Nesse caso, o parecer da comissão mista se restringirá a estar de acordo ou não com os termos do
projeto, não cabendo emendas.
Em ambos os casos, o projeto de resolução é discutido e votado no plenário, em sessão conjunta. Uma vez aprovado, o Presidente da Mesa do CN
promulga a resolução e comunica o fato ao Presidente da República, que, devidamente autorizado pelo Congresso, editará a lei delegada.

Não cabe delegação  sobre matéria de competência exclusiva do Congresso


Nacional ou de competência privativa da Câmara dos Deputados ou do
Senado Federal, bem como sobre organização dos juízos e tribunais e as
garantias da Magistratura, sobre nacionalidade, cidadania, direito eleitoral e
matérias orçamentárias.

Referência:

CF - arts. 59; 66; 68.

RCCN - arts. 10; 104; 116 a 130.

   

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PROPOSIÇÕES APRECIADAS EM SESSÃO CONJUNTA DO CONGRESSO NACIONAL

C) MATÉRIA ORÇAMENTÁRIA

Ainda são tratados em sessão conjunta do Congresso Nacional os projetos de lei referentes à matéria orçamentária:
projeto de lei do plano plurianual (PPA);  
projeto de lei de diretrizes orçamentárias (LDO);
projeto de lei do orçamento anual da União (LOA); 
projetos de lei de créditos adicionais (créditos suplementares, créditos extraordinários, créditos especiais).

 
Esses projetos de lei são de iniciativa vinculada ao cargo de Presidente da República, e a Constituição estabelece prazos para que ele os remeta ao
Congresso.

Assim, o projeto de PPA tem que estar no Congresso até quatro meses antes do encerramento do primeiro exercício financeiro do mandato do
Presidente da República (31 de agosto) e deve ser devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa ordinária (22 de dezembro)
correspondente. O PPA tem vigência de quatro anos. No primeiro ano de mandato, o Presidente da República trabalha com o Plano Plurianual do
Presidente anterior e encaminha ao Congresso o seu próprio plano, que vigorará durante os restantes três anos de seu mandato e durante o primeiro
ano do mandato do Presidente subsequente.
 
A LDO é uma lei que vigora durante um ano. O projeto deve ser encaminhado ao Congresso até oito meses e meio antes do encerramento do exercício
financeiro (15 de abril), e o Congresso o devolve para sanção até o encerramento do primeiro período da sessão legislativa ordinária (17 de julho). Se
o Congresso não deliberar sobre a matéria até essa data, a sessão legislativa não é interrompida, ou seja, não há recesso parlamentar até que se
ultime a deliberação.
 
A LOA também é uma lei de vigência anual. O projeto correspondente deve ser encaminhado até quatro meses antes do encerramento do exercício
financeiro (31 de agosto) e devolvido à sanção até o encerramento da sessão legislativa ordinária (22 de dezembro).
 
Quanto aos créditos adicionais, o prazo-limite para que o Poder Executivo os envie ao Congresso é estipulado na Lei de Diretrizes Orçamentárias
(LDO).

As mensagens do Presidente da República encaminhando esses projetos são recebidas pelo Presidente do Senado e encaminhadas à Comissão Mista de
Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO) no prazo de quarenta e oito horas após sua comunicação às duas Casas Casas do Congresso, para
que a comissão emita seu parecer.

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No plenário da sessão conjunta, a deliberação sobre essas matérias ocorre em turno único de discussão e votação, sendo aprovadas em votação
pública simbólica, por maioria simples de votos em cada Casa, resguardado o direito de votação nominal por requerimento ou por pedido de verificação
de votação.
 
A votação do projeto de lei é feita nos termos do parecer que vier da CMO, sendo ele conclusivo e final com respeito às emendas, salvo requerimento
para que elas sejam submetidas ao Plenário do Congresso, devendo tal requerimento ser assinado por no mínimo 1/10 de congressistas (60
assinaturas) e apresentado à Mesa do Congresso até o dia anterior ao estabelecido para a discussão da matéria em plenário.
 
A CMO ainda examina as contas prestadas pelo Chefe do Poder Executivo, que inclui, além das suas, as dos Presidentes da Câmara dos Deputados e do
Senado Federal, do Poder Judiciário (STF, STJ, Tribunais Regionais Federais, Tribunais do Trabalho, Tribunais Eleitorais, Tribunais Militares e as contas do
Chefe do Ministério Público).
 
A Comissão conclui seu parecer apresentando um projeto de decreto legislativo, ao qual podem ser apresentadas emendas perante a Comissão. Tão
logo esses órgãos enviem ao Congresso as suas contas, elas são enviadas ao TCU para que emita parecer prévio e, no prazo de 60 dias, o encaminhe
ao Congresso.
 
No início dos trabalhos do segundo período de cada sessão legislativa (agosto), a Comissão realiza audiência pública com o Ministro-Relator do TCU,
para que ele faça uma exposição sobre esse parecer prévio. É com base nesse documento e nessas informações que a comissão elaborará seu parecer.

Referência:

CF - 51; 71; 84.

RISF - arts. 235, II, b.

RCCN - arts. 89 a 103; 142; 143; Resolução nº 1, de 2006-CN.

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Unidade 6 - Medidas Provisórias

 
MEDIDAS PROVISÓRIAS - Apreciadas separadamente em cada Casa (desde a promulgação da Emenda Constitucional nº 32, DE 2001)
Nesta Unidade 6, vamos estudar as medidas provisórias, que, depois da Emenda Constitucional nº 32, de 2001, são analisadas em Comissão Mista,
mas apreciadas em Casas separadas, começando sempre pela Câmara dos Deputados.

Uma vez editada pelo Presidente da República e publicada no Diário Oficial da União, a Presidência da Mesa do Congresso Nacional dispõe de 48 horas
para publicar e distribuir os avulsos da proposição e para designar a Comissão Mista que irá emitir parecer sobre ela.

Essa Comissão é integrada por 12 senadores e 12 deputados, e igual número de suplentes, indicados pelos líderes partidários, segundo a
proporcionalidade. Caso as bancadas minoritárias não consigam vaga na Comissão, por terem um número pequeno de parlamentares, a elas é
destinada uma vaga em cada Casa. Se houver mais que uma bancada nessa situação, haverá rodízio no uso dessa vaga suplementar. Esse princípio de
vaga suplementar é válido para todas as Comissões Mistas. Se a Medida Provisória versar sobre abertura de crédito extraordinário ao orçamento da
União, ela será encaminhada à Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização.

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, recentemente, limitar a


interpretação que o Poder Executivo vinha tendo sobre a edição de
medidas provisórias em matéria orçamentária. De acordo com o STF,
somente cabe medida provisória em caso de créditos extraordinários para
atender despesas  imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de
guerra, comoção interna ou calamidade  pública. Essa decisão, aliás,
apenas espelha o que está expresso no § 3º do art. 167 da Constituição,
mas precisou ser ratificada pela Corte.

Na Comissão, seu Presidente designará um relator, que deverá ser um parlamentar pertencente à Casa diversa da sua, e um relator-revisor,
pertencente à Casa diversa da do relator e, preferencialmente, do mesmo partido que o do relator. Para emitir o parecer, a Comissão dispõe de até 14
dias, a contar da data da publicação da Medida Provisória no Diário Oficial, sendo que, nos seis primeiros dias, qualquer parlamentar pode apresentar
emendas à MP. Nesse prazo de recebimento de emendas, se um parlamentar tiver algum projeto tramitando, ele pode solicitar à Comissão que ele
tramite em conjunto com a MP, sob forma de emenda. Ao final da tramitação da MP, esse projeto será declarado prejudicado, exceção feita no caso de
a MP ter sido rejeitada por inconstitucionalidade. Nesse caso, o projeto retorna à tramitação normal.
A Comissão, ao emitir seu parecer, falará sobre a relevância e urgência da Medida Provisória, sobre seu mérito e sobre sua adequação financeira e
orçamentária. Aprovado o parecer na Comissão, o processo será encaminhado à Câmara dos Deputados, que terá até o 28º dia da vigência da MP para
deliberar.
 
Caso a Comissão não emita seu parecer até o 14º dia, o processo será mesmo assim encaminhado à Câmara. Nesse caso, o parecer será oferecido em
Plenário, pelo relator ou pelo relator-revisor.
 
A matéria é deliberada em um só turno de discussão e votação, por maioria simples. Caso tenha sido aprovada, será remetida ao Senado, que terá até
o 42º dia de vigência para deliberar. Se o Senado aprovar emendas, essas retornarão à Câmara, que disporá de 3 dias para apreciá-las.

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A medida provisória tem vigência de 60 dias, sendo prorrogado esse prazo, pelo Presidente da Mesa do Congresso Nacional, por igual período, caso não
tenha sido apreciada. Esses prazos não são contados durante o recesso parlamentar. 

Se a Medida Provisória não for apreciada em 45 dias, entra em regime de


urgência, sobrestando todas as demais deliberações legislativas da Casa em
que estiver tramitando.

Caso o prazo de vigência, inclusive com a prorrogação, tenha se esgotado sem que tenha havido apreciação, a Medida Provisória perde a eficácia,
devendo o Presidente da Mesa do Congresso comunicar o fato ao Presidente da República. Nessa situação, no caso de ela ter sido rejeitada ou ainda no
caso de se aprovar um projeto de lei de conversão, a Comissão Mista deve elaborar um projeto de decreto legislativo regulando as relações jurídicas
decorrentes no período de sua vigência. Se o decreto legislativo não for editado em até 60 dias após a rejeição ou a perda da eficácia da MP, essas
relações jurídicas continuarão sendo reguladas pela Medida Provisória, mesmo que ela não esteja mais em vigor.
 
A Medida Provisória pode ser aprovada nos mesmos termos em que foi editada pelo Presidente da República. Nesse caso, o Presidente da Mesa do
Congresso a promulga, e o texto é enviado para publicação como lei.
 
Se, entretanto, houver alterações à MP, é apresentado um projeto de lei de conversão que, se aprovado, deverá ir à sanção do Presidente da República,
como qualquer outro projeto de lei. O Presidente da República poderá sancioná-lo ou vetá-lo. Neste segundo caso, o veto ainda deverá ser apreciado
pelo Congresso Nacional, em sessão conjunta.
 
De acordo com a Emenda Constitucional nº 32, o Presidente da República não poderá reeditar, na mesma sessão legislativa, Medida Provisória rejeitada
ou que tenha perdido eficácia por decurso de prazo. Além disso, há vedação de edição de Medida Provisória sobre as matérias relativas a:
nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e direito eleitoral;
direito penal, processual penal e processual civil; organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus membros;
planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e suplementares;
detenção ou sequestro de bens, de poupança popular ou qualquer outro ativo financeiro.

Além disso, é vedada também a edição de MP referente a matéria que deva ser objeto de lei complementar e de matéria que já tenha sido disciplinada
em projeto de lei aprovado pelo Congresso, que esteja pendente de sanção ou veto.
 
Uma outra restrição prevista na Emenda Constitucional nº 32 diz respeito à instituição ou elevação de alguns impostos. Uma vez aprovado, esse tipo
de MP só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte.
 
As medidas provisórias editadas antes da promulgação da Emenda Constitucional nº 32 continuam em vigor até sua apreciação definitiva pelo
Congresso Nacional, em sessão conjunta, ou até que outra medida provisória as revogue explicitamente.
 
A apreciação das medidas provisórias está regulamentada pela Resolução nº 1, de 2001-CN.

Referência:

CF - arts. 62, com a redação da EC nº 32/2001.

RCCN - Resolução nº 1, de 2001 - CN.

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Unidade 7 - Destino das Proposições

Toda matéria, após ser deliberada, tem um destino a seguir.

Pode ser:

à sanção;

à promulgação;

à Câmara dos Deputados;

ao Senado Federal;

ao arquivo.

Toda vez que o Congresso Nacional aprova um projeto de lei, ele deve ser encaminhado ao Presidente da República, nos termos do caput do art. 66 da
Constituição, para sua manifestação. Se estiver de acordo, o Presidente a sancionará; se não, no todo ou em parte, o vetará total ou parcialmente.
Para essa manifestação, o Presidente dispõe de quinze dias úteis, a partir do recebimento da matéria no Palácio do Planalto.
 
Esgotado esse prazo sem que o Presidente tenha se manifestado formalmente em qualquer sentido, haverá a sanção tácita, ou seja, a transformação
automática do projeto em lei.
 
Assim, a sanção poderá ser formal, quando o Presidente da República se manifesta, aquiescendo com o projeto; ou tácita, quando ele não se
manifesta dentro do prazo constitucional.
 
O veto, entretanto, só poderá ser formal. Não existe veto tácito. E o Presidente tem, por força da Constituição, que apresentar as razões pelas quais
veta o projeto, que só podem ser de duas ordens:
ordem jurídica - quando o projeto de lei for inconstitucional; e
ordem política - quando o projeto de lei for contrário ao interesse da sociedade brasileira.

No caso de sanção tácita, o Presidente ainda dispõe de quarenta e oito horas para promulgar a lei.

A promulgação sempre ressalta que a lei é eficaz e


produzirá seus efeitos.

Se Sua Excelência não promulgar, enviará a lei ao Presidente do Senado, que dispõe de outras quarenta e oito horas para promulgá-la; e, se este
também não o fizer, o Vice-Presidente do Senado o fará.
   

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Existem outros casos de promulgação. Todas as matérias referentes aos arts. 49, 51, 52, 60, 62, 66 e 223 da Constituição são levadas à promulgação
(sem serem submetidas à sanção do Presidente da República):
as do art. 49, de competência exclusiva do CN, são tratadas em projeto de decreto legislativo - o decreto legislativo dele decorrente é promulgado
pelo Presidente do Senado;
as do art. 51, privativas da CD, são tratadas em projeto de resolução da Câmara - a resolução dele decorrente é promulgada pelo Presidente da
Câmara dos Deputados;
as do art. 52, privativas do SF, são tratadas em projeto de resolução do Senado - a resolução dele decorrente é promulgada pelo Presidente do
Senado;
as do art. 60 são tratadas em proposta de emenda à Constituição - a emenda constitucional dela decorrente é promulgada pelas Mesas da Câmara
dos Deputados e do Senado Federal;
as do art. 62, as medidas provisórias, se aprovadas nos termos em que foram editadas pelo Presidente da República, são promulgadas pelo
Presidente da Mesa do CN e enviadas ao Presidente da República para serem publicadas como lei - se sofrerem alteração, transformam-se em
projeto de lei de conversão, que são enviados à sanção do Presidente da República;
as do art. 66, os vetos, se forem rejeitadas pelo Legislativo, são enviadas ao Presidente da República para promulgação e publicação;
as do art. 223, referentes à radiodifusão, são tratadas em projeto de decreto legislativo - o decreto legislativo dele decorrente é promulgado pelo
Presidente do Senado.

Os projetos de lei, de decreto legislativo, as propostas de emenda à Constituição que têm origem no Senado, uma vez aprovados, vão à Câmara dos
Deputados para revisão.
 
E matérias de origem da Câmara que vêm ao Senado para revisão e aqui sofrem alteração de mérito, voltam à Câmara para análise dessas
alterações.

As matérias que têm origem na Câmara vêm ao Senado para revisão.

E as que têm origem no Senado que foram para a Câmara e lá sofreram alteração de mérito, voltam ao Senado para análise dessas alterações.

Vão ao arquivo as matérias:


ao final da tramitação total;
se rejeitadas;
se retiradas pelo autor e aprovada sua retirada pelo Plenário;
se prejudicada (por haver perdido oportunidade; em virtude de prejulgamento pelo Plenário em outra deliberação);
ao encerramento da legislatura, nos termos do art. 332 do RISF.

Para o envio de matérias ao Presidente da República, ao Presidente da Câmara ou ao Presidente do Senado, ou à promulgação, o Senado ou a Câmara
preparam autógrafos, documento oficial que reproduz o que foi aprovado.

Referência:

CF - arts. 49; 51; 52; 60; 65; 66; 67; 223.

RISF - arts. 246; 254; 256; 264; 332; 334.

RCCN - arts. 104; 134 a 140; 147.

https://saberes.senado.leg.br/mod/book/tool/print/index.php?id=52158 26/27
28/04/2022 20:38 Proposições apreciadas pelo SF e pela CD (Casas separadas) - Introdução

Exercícios de Fixação - Módulo II

Parabéns! Você chegou ao final do segundo Módulo de estudo do curso de Processo Legislativo. 

Como parte do processo de aprendizagem, sugerimos que você faça uma releitura do mesmo e resolva os Exercícios de Fixação. O resultado
não influenciará na sua nota final, mas servirá como oportunidade de avaliar o seu domínio do conteúdo. Lembramos ainda que a plataforma
de ensino faz a correção imediata das suas respostas!

Para ter acesso aos Exercícios de Fixação, clique aqui.

https://saberes.senado.leg.br/mod/book/tool/print/index.php?id=52158 27/27

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