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Qualidade de

Vida no
Trabalho
SEST – Serviço Social do Transporte
SENAT – Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte

Curso on-line – Qualidade de Vida no Trabalho –


Brasília: Sest/Senat, 2016.

56 p. : il. – (EaD)

1. Condições de trabalho. 2. Ambiente do


trabalho. I. Serviço Social do Transporte. II. Serviço
Nacional de Aprendizagem do Transporte. III.
Título.

CDU 331.4

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0800 728 2891

ead.sestsenat.org.br
Sumário
Apresentação 5

Unidade 1 | Como Promover a Qualidade de Vida 7

1. Como Promover a Qualidade de Vida 8

1.1 Qualidade de Vida 8

1.2 Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) 9

1.3 Promoção de Qualidade de Vida 10

1.4 Algumas Vantagens da Promoção em QVT 15

1.5 Desafios da Promoção da QVT 16

Glossário 17

Atividades 18

Referências 19

Unidade 2 | Bem-Estar e Mal-Estar no Trabalho 20

1. Bem-Estar e Mal-Estar no Trabalho 21

1.1 Formas de Combate ao Mal-Estar no Trabalho 23

1.2 Razões para não se Aplicar a QVT em um Ambiente de Trabalho Prejudicado 24

Glossário 25

Atividades 26

Referências 28

Unidade 3 | Qualidade de Vida no Trabalho e Produtividade 29

1. Qualidade de Vida no Trabalho e Produtividade 29

1.1 As Metas Empresariais e o Dinamismo Profissional 30

1.2 Produtividade Individual e Coletiva 31

1.3 Os Benefícios da QVT em Longo Prazo para a Produtividade 32

Glossário 33

Atividades 34

3
Referências 36

Unidade 4 | A Ética e a Promoção da Qualidade de Vida no Trabalho 37

1. A Ética e a Promoção da Qualidade de Vida no Trabalho 38

1.1 Ética Aplicada ao Ambiente de Trabalho 39

1.2 A Ética Profissional em Situações de Atrito 41

1.3 A Abordagem de Conflitos 42

Glossário 43

Atividades 44

Referências 46

Unidade 5 | A Política de Qualidade de Vida no Trabalho 47

1. A Política de Qualidade de Vida no Trabalho 48

1.1 Formulação de uma Política de Qualidade de Vida 49

Glossário 51

Atividades 52

Referências 54

Gabarito 55

4
Apresentação

Prezado(a) aluno(a),

Seja bem-vindo(a) ao curso Qualidade de Vida no Trabalho!

Neste curso, você encontrará conceitos, situações extraídas do cotidiano e, ao final de


cada unidade, atividades para a fixação do conteúdo. No decorrer dos seus estudos,
você verá ícones que tem a finalidade de orientar seus estudos, estruturar o texto e
ajudar na compreensão do conteúdo.

O curso possui carga horária total de 20h e foi organizado em 5 unidades, conforme a
tabela a seguir.

Unidades Carga Horária

1 - Como Promover a Qualidade de


5 horas
Vida

2 - Bem-Estar e Mal-Estar no
3 horas
Trabalho

3 - Bem-Estar e Mal-Estar no
5 horas
Trabalho

4 - A Ética e a Promoção da
3 horas
Qualidade de Vida no Trabalho

5 - A Política de Qualidade de Vida


4 horas
no Trabalho

5
Fique atento! Para concluir o curso, você precisa:

a) navegar por todos os conteúdos e realizar todas as atividades previstas nas


“Aulas Interativas”;

b) responder à “Avaliação final” e obter nota mínima igual ou superior a 60;

c) responder à “Avaliação de Reação”; e

d) acessar o “Ambiente do Aluno” e emitir o seu certificado.

Este curso é autoinstrucional, ou seja, sem acompanhamento de tutor. Em caso de


dúvidas, entre em contato por e-mail no endereço eletrônico suporteead@sestsenat.
org.br ou pelo telefone 0800 72 82 891.

Bons estudos!

6
UNIDADE 1 | COMO PROMOVER
A QUALIDADE DE VIDA

7
1. Como Promover a Qualidade de Vida

A ideia de ter qualidade de vida no trabalho é justificada quando colocada em prática.


Assim, uma ação que busque qualidade de vida no trabalho só faz sentido quando for
aplicada e der resultados de fato. Antes de qualquer coisa, precisamos entender o que
é qualidade de vida e como se dá sua aplicação no trabalho.

1.1 Qualidade de Vida

Qualidade de vida pode ser definida


como uma combinação de fatores
subjetivos e objetivos. No grupo dos
fatores subjetivos estão todos aqueles
elementos que contribuem para nossa
qualidade de vida, mas não são palpáveis.
Ou seja: não podemos ver, tocar ou
mensurar nenhum deles. As sensações de
felicidade e de bem-estar, por exemplo,
são fatores subjetivos.

O segundo grupo corresponde aos


fatores objetivos. Nele, estão inseridos os
indicadores palpáveis (mais próximos da
realidade). Podemos citar como exemplo
a satisfação de suas necessidades
“básicas” como cidadão (acesso à
educação, saúde, direitos e deveres).
Perceba que, ao contrário do grupo
anterior, temos estímulos para que esses
fatores estejam presentes. Por exemplo:
você sabe quando precisa ir ao hospital
cuidar de sua saúde quando se sente doente. Nesse grupo, há um maior relacionamento
com os fatos ao seu redor, enquanto, no primeiro grupo, estão concentrados fatores
mais íntimos.

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Justamente por ser em parte tão subjetivo, o conceito de

hh
qualidade de vida ainda alimenta diversas discussões e não
possui uma definição única, sendo inclusive utilizado como
sinônimo para “boa saúde” e “plenitude”.

Ainda que existam várias definições, há consenso em dizer que a qualidade de vida é
bastante influenciada pelo âmbito pessoal. Assim, sabemos que a qualidade de vida
pode ser medida por alguns fatores muito familiares a todos nós: vida em família,
amigos, bom ambiente de trabalho. Sem ordem de importância ou prioridade! Que tal
conhecer os principais parâmetros subjetivos e objetivos ligados à qualidade de vida?
Observe-os na tabela.

Tabela 1: Parâmetros de Qualidade de Vida no Trabalho

Parâmetros subjetivos Parâmetros objetivos

• Sentimentos como felicidade, • Saúde


compaixão, satisfação
• Direitos básicos garantidos
• Bem-estar e sensação de integração
à sociedade • Acesso a bens de consumo

1.2 Qualidade de Vida no Trabalho (QVT)

Durante a década de 1950, a relação entre a qualidade de vida do funcionário e o seu


trabalho despertou o interesse de estudiosos na área de organização do trabalho. As
primeiras medidas visando a uma melhoria da qualidade de vida por parte das empresas
surgiram ainda nesse mesmo período, mas é somente nos anos 60 que esse conceito
toma força.

Ao aplicar a QVT ao ambiente de trabalho, os empregadores observaram um aumento


da produtividade de seus funcionários. Isto é: o gestor, ao adotar medidas dedicadas
a melhorar a qualidade de vida dos empregados, acabava por estimular algumas
características importantes para a atuação destes na empresa, como o rendimento,
saúde, bem-estar, comunicação e eficiência. Os gestores logo começaram a entender
que o aumento desses índices individuais resultaria em melhorias de rendimento nas
atividades. Durante a década de 1970, a QVT passou a conter mais relevância e a ser
adotada, ainda que de forma inicial, pelo mercado de trabalho.

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Mas, afinal, como podemos definir a qualidade de vida no trabalho? Sem grandes
complicações, podemos encarar a QVT como um conjunto de ações realizadas pelo
setor responsável (RH, gestão, chefe etc.) que tem como objetivo principal a melhoria
dos níveis de satisfação dos empregados e dos grupos profissionais em que estes
se encaixam. Essas melhorias são alcançadas por meio de medidas idealizadas com
esse objetivo. Por exemplo: alterações na forma de gestão da empresa, inovações
tecnológicas, desafios profissionais pensados para os funcionários, aprimoramentos
na estrutura oferecida para os empregados – ou seja, medidas que auxiliem o
desenvolvimento dos funcionários, tanto no âmbito pessoal quanto profissional.

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Por fim, é importante entender a qualidade de vida no trabalho
como uma ferramenta auxiliar e paralela à atividade da empresa,
a qual deve receber constante atenção quanto ao seu modelo
de atuação, uma vez que uma abordagem desatualizada da QVT
pode não se adequar e não trazer níveis satisfatórios de
melhoria, decepcionando tanto os funcionários quanto os
gestores.

1.3 Promoção de Qualidade de Vida

Finalmente chegamos à questão-chave de nossa sessão:


como aplicar e promover os conceitos de QVT aos
profissionais sob sua responsabilidade? Para realizar a
correta promoção, o planejamento é a peça primordial
para o sucesso. Políticas de qualidade de vida mal
estruturadas ou inadequadas ao ambiente em que estão
sendo realizadas, por vezes, trazem resultados contrários
aos esperados, podendo, inclusive, comprometer o
ambiente de trabalho.

Mais uma vez, a etapa de estudos, pesquisa e observação


auxilia o sucesso de implementação da QVT e a superação dos diversos desafios que
serão encontrados nesse caminho; por isso, dedique-se!

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Experimente sair de sua zona de conforto profissional ao tornar-

hh
se responsável pela realização de um projeto de QVT para sua
própria vida ou, então, para sua empresa. Observe a realidade
das pessoas com as quais você trabalha ou já trabalhou e
questione-se: quais são as demandas existentes? Quais os
descontentamentos com a empresa? Existem ineficiências?

Esses questionamentos devem ser realizados em prol da solução de problemas


pendentes na dinâmica da empresa e da melhoria de seu funcionamento. Com o
objetivo de auxiliar a promoção de qualidade de vida à sua realidade, confira o passo
a passo das principais etapas de implementação de QVT em ambientes profissionais.

i) Identifique as Demandas e Pontos Fracos

Ao iniciar o projeto, identifique as características da empresa que deverão ser


trabalhadas para se alcançar certo nível de melhoria. Eleja os pontos que talvez estejam
atrapalhando a dinâmica ou o desenvolvimento profissional e pessoal dos funcionários.
Tente listá-los levando em consideração a importância de cada um deles.

ii) Planeje uma Abordagem Eficiente

Após definir com clareza os pontos que demandam melhorias dentro da empresa,
grupo ou setor de trabalho, a próxima etapa é definir a forma de abordagem a fim de
resolver estes problemas. A QVT possui inúmeras abordagens direcionadas a pontos
específicos, tais como: o combate ao estresse, aconselhamento profissional, apoio
psicológico, entre outros. Acompanhe a seguir alguns desses procedimentos e suas
formas de aplicação.

11
Tabela 2: Tipos de Abordagem

Abordagem Benefícios / Resultados

Adaptação do ambiente de trabalho para os


funcionários. Reestruturação de móveis e
equipamentos, respeitando a postura correta e
Ergonomia
os limites físicos dos funcionários. Gera maior
segurança no trabalho (em âmbito geral) e maior
conforto para os trabalhadores.

Exercício realizado dentro do ambiente de trabalho.


Auxilia na redução do estresse, contribui para um
Ginástica laboral maior rendimento ao longo do dia, para a diminuição
de fadiga muscular e para a integração entre os
funcionários.

Cursos oferecidos pelo empregador. Promove a


Programas de
capacitação dos funcionários e qualificam a mão de
Treinamento
obra disponível na empresa.

Apoio médico relacionado à alimentação. Combate


Orientações
doenças crônicas, obesidade e aumenta a
nutricionais
produtividade e capacidade física do empregado.

Relatório e reflexão sobre a atividade profissional


Avaliações de
do trabalhador. Aumenta a sensação de satisfação e
desempenho
produtividade.

Combate às relações nocivas presentes na dinâmica


Combate ao assédio de trabalho. Evita atritos, diminui o estresse
moral e melhora os canais de comunicação entre os
funcionários.

Programas de prevenção de acidentes e


Prevenção e
conscientização. Reduz riscos aos empregados,
segurança no
aumenta a segurança e evita gastos com médicos ou
trabalho
com ressarcimentos.

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Benefícios diversos, tais como plano de saúde
e horário flexível. Aumenta a produtividade,
Benefícios concedidos
melhorando a sensação de estar sendo bem
remunerado, e aumenta a qualidade de vida.

Consultoria profissional, ajuda o funcionário a optar


Planejamento
pela melhor forma de construir sua carreira e atingir
de carreira e
seus objetivos. Aumenta a produtividade, o bem-
aposentadoria
estar e a segurança do funcionário.

Política de controle e conscientização quanto a


Controle de ilícitos
substâncias não permitidas em ambiente de trabalho.
em ambiente de
Melhora a segurança, diminui os acidentes de
trabalho
trabalho e colabora para a ampliação da autoestima.

Encontros sociais entre sessões ou grupos de


Encontros entre trabalho diferentes. Melhora o relacionamento
seções entre departamentos, diminui a competição e a
rivalidade, além de melhorar a comunicação.

Recompensas estipuladas ao se alcançar as metas


Recompensas por traçadas. Aumentam a produtividade e a autoestima,
metas oferecem espaço para o desenvolvimento
profissional e constroem o bem-estar profissional.

Eventos internos da empresa. Aumentam a


Confraternizações produtividade, melhoram as relações profissionais e
combatem o estresse.

iii) Trabalhe para Manter a Motivação e o Comprometimento

Seja qual for a abordagem escolhida, o sucesso do programa irá demandar


comprometimento do responsável. Estimule a dedicação, trabalhe com abordagens
periódicas (por exemplo, um dia específico da semana) e estipule prazos para as várias
etapas que compõem a promoção em QVT.

aa
Quando o responsável pelo programa demonstra seriedade, os
funcionários ficam mais interessados e passam a adotá-lo como
rotina.

13
iv) Acompanhe e Interprete os Resultados (Manutenção)

Observe sempre os resultados e


interprete-os. Pesquise opiniões de
participantes do seu programa. Uma boa
opção para se colher as considerações
dos funcionários é a abordagem com
questionários. Você pode preparar
uma pesquisa com o objetivo de medir
a satisfação dos trabalhadores ao
participarem de seus programas.

Após colher as opiniões, interprete os


índices de satisfação e outros pontos importantes, tais como as melhorias observadas
pelos funcionários da empresa. Esse feedback deve ser sempre considerado, pois,
de uma maneira geral, a QVT se dedica a influenciar de forma positiva o quadro da
empresa. Uma vez que esse objetivo não esteja sendo cumprido, não há sentido em
dedicar recursos e esforços para um programa de QVT que não esteja sendo realizado
de maneira satisfatória. Em caso de retorno positivo de sua abordagem, procure
formas de manter estes níveis de satisfação altos. Sempre atualize seus programas e
acompanhe as tendências da área.

bb
Caso queira maiores informações sobre a implementação de
programas de QVT no ambiente profissional, leia este texto, no
portal Catho, disponível no link:

http://www.catho.com.br/cursos/index.php?p=artigo&id_
artigo=421&acao=exibir

14
1.4 Algumas Vantagens da Promoção em QVT

A aplicação da QVT em empresas, de forma geral,


acaba por ser bastante positiva. Programas que
estimulam a melhoria na qualidade de vida
no trabalho incentivam melhorias pessoais,
que quase sempre se refletem no grupo em
que esse funcionário se encontra, além de,
posteriormente, melhorarem os resultados da
empresa como um todo. Vários são os benefícios
alcançados ao se implementar a QVT. Podemos
utilizar como exemplo a redução dos custos
com a saúde dos trabalhadores, uma vez que as
doenças e os níveis de estresse tendem a diminuir com a correta promoção da QVT.

hh
Trabalhadores saudáveis estarão mais bem alinhados com as
suas funções, e isso reflete principalmente na produtividade.

Finalmente, não esqueça que a QVT, apesar de hoje ser considerada quase indispensável
para o funcionamento das empresas, ainda é uma forma de abordagem bastante
recente, sendo a sua inserção no ambiente de trabalho muitas vezes uma novidade
para a gestão e, principalmente, para os funcionários. Apesar disso, alguns conceitos
– como o respeito coletivo e a valorização do indivíduo – estão se tornando vitais para
a atividade empresarial. Essa aceitação pode abrir várias portas para a promoção da
QVT.

15
1.5 Desafios da Promoção da QVT

Os profissionais responsáveis pela


promoção da QVT nas empresas
enfrentam diversos desafios, mesmo que
seus benefícios sejam vários. O principal
desses desafios pode ser considerado
a falta de investimentos (financeiros e
de pessoal) destinados ao setor ou à
equipe responsável pela qualidade de
vida. Algumas vezes esses investimentos
até existem, mas acontecem de maneira
irregular, o que impede o profissional
responsável pela promoção da QVT de planejar a duração e aplicação de seus
programas. Cabe então aos profissionais da área trabalharem para realizar a integração
da QVT com as propostas da gestão empresarial, garantindo assim que os programas
aplicados tenham medidas constantes e adequadas à realidade, e não somente ações
casuais ou realizadas somente quando for possível.

Em 2009, a revista Época noticiou o desinteresse das empresas

hh
em aplicar a QVT à sua dinâmica de trabalho. Será que hoje esse
cenário é diferente? Para refletir sobre isso, confira a notícia
disponível no link:

http://epocanegocios.globo.com/Revista/
Common/0,,EMI97257-16349,00-PROGRAMAS+DE+QUALIDAD
E+DE+VIDA+AINDA+SAO+DESAFIO+PARA+EMPRESAS.html

Agora é com você!

Que tal conhecer um pouco mais sobre QVT no dia a dia de uma organização?
No vídeo do “Canal da Indústria”, no YouTube, disponível no link http://
tinyurl.com/zompwdl, você tem a chance de observar a aplicação da QVT à
rotina de uma indústria. Assista ao vídeo e aproveite para tomar notas, em
uma folha, sobre as abordagens mostradas na reportagem e os seus efeitos.

16
Você acaba de concluir o conteúdo desta unidade. Agora, você pode
prosseguir para testar o que já aprendeu até este momento e, na
sequência, avançar em seus estudos até finalizar os tópicos deste curso.
Mãos à obra!

Glossário

Fatores objetivos: indicadores palpáveis (mais próximos da realidade).

Fatores subjetivos: aqueles elementos que contribuem para nossa qualidade de vida,
mas não são palpáveis.

QVT: um conjunto de ações realizadas pelo setor responsável (RH, gestão, chefe etc.)
que tem como objetivo principal a melhoria dos níveis de satisfação dos empregados e
dos grupos profissionais em que estes se encaixam.

Recursos humanos: funcionários e colaboradores de uma organização.

17
Atividades

1) Uma ação que busque qualidade de vida no trabalho só faz

dd
sentido quando____________. Assinale a opção que completa
corretamente a lacuna.

a. ( ) tiver o melhor custo/benefício.

b. ( ) For aplicada e der resultados de fato.

c. ( ) For aplicada pelo melhor time da empresa.

d. ( ) For a solução mais barata.

2) Sobre a qualidade de vida no trabalho (QVT), assinale a


alternativa correta.

a. ( ) A qualidade de vida no trabalho se resume à manutenção


da sensação de felicidade dos funcionários.

b. ( ) A QVT é um conceito relativamente novo, só tendo


aplicação prática no mercado nos últimos cinco anos.

c. ( ) A aplicação da QVT em uma empresa normalmente eleva


o rendimento, a comunicação e a eficiência dos funcionários.

d. ( ) A QVT é uma ferramenta tão importante que, sem ela,


qualquer empresa se torna incapaz de produzir.

3) Qualidade de vida pode ser definida como uma combinação


de fatores ________________. Assinale a opção que completa
corretamente a lacuna.

a. ( ) Financeiros e objetivos

b. ( ) Financeiros e de saúde

c. ( ) Subjetivos e de saúde

d. ( ) Subjetivos e objetivos

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Referências

ALVES E. F. Programas e ações em qualidade de vida no trabalho. InterfacEHS, Revista


de saúde, meio ambiente e sustentabilidade, v. 6, n. 1, p. 60-78, 2011.

FERREIRA, M. C. Qualidade de Vida no Trabalho. Brasília: Editora Paralelo, 2012.

LIMONGI-FRANÇA A. C. Qualidade de vida no trabalho – QVT. São Paulo: Editora


Atlas, 2004.

MINAYO, M; HARTZ, Z; BUSS, P. Qualidade de vida e saúde: um debate necessário.


Ciência e saúde coletiva, v. 5, n. 1, p. 7-18, 2000.

OLIVEIRA, A. M. S. Qualidade de vida no trabalho compromisso ético das organizações


na gestão de pessoas. Salvador: Fundação Visconde de Cairu, [S.d.].

ROSSI et al. Stress e qualidade de vida no trabalho. São Paulo: Editora Atlas, 2009.

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UNIDADE 2 | BEM-ESTAR E MAL-
ESTAR NO TRABALHO

20
1. Bem-Estar e Mal-Estar no Trabalho

Para a realização de suas atividades,


os trabalhadores devem ter suas boas
condições de trabalho respeitadas.
Isso quer dizer que um funcionário que
enfrenta dificuldades diárias e que se
repetem pode, muitas vezes, estar em um
ambiente profissional desfavorável ou
de má qualidade. Ao mesmo tempo, um
funcionário que trabalha em um espaço
que permita seu crescimento pessoal e
profissional contribui de forma positiva
para as atividades da empresa. Basicamente, o ambiente de trabalho e as relações
profissionais são os principais responsáveis pelo bem-estar ou mal-estar no trabalho.

Ao aplicarmos esses dois conceitos ao universo profissional, passamos a entender


melhor os elementos presentes em um ambiente de trabalho positivo e estimulante
para os profissionais. Algumas das fontes de bem-estar presentes no trabalho e
estimuladas pela QVT são:

• Prazer ao realizar suas atividades: o trabalhador gostar e se identificar com a


atividade que está desenvolvendo. Sentir que a sua atribuição é importante para
a empresa e para a sociedade.

• Reconhecimento: ser reconhecido e respeitado profissionalmente por seus


superiores e pela gestão da empresa. Receber o devido crédito por suas
atividades.

• Padrões mínimos de qualidade no ambiente de trabalho: ter à disposição os


recursos necessários para sua atividade. Isso inclui elementos básicos, como uma
boa iluminação, ferramentas em bom estado, móveis adequados, temperatura
agradável, entre outros.

• Crescimento profissional: conceder ao trabalhador espaço para que ele se


desenvolva como profissional, qualifique-se e apresente inovações e sugestões
para a empresa.

21
• Boas relações profissionais: possuir um bom relacionamento com colegas e
superiores, possuir espaço para se expressar e trabalhar em um ambiente que
preza o grupo (equipe de trabalho).

Da mesma forma como existem fontes de bem-estar no ambiente profissional, também


existem fontes de mal-estar que atingem os empregados em sua rotina profissional.
É importante entender que, uma vez que situações de mal-estar estejam presentes
no ambiente de trabalho, a QVT, caso seja aplicada, pode ter a sua eficiência bastante
prejudicada.

Em casos assim é necessário um trabalho em conjunto da gestão

ee
e do setor responsável pelos recursos humanos, uma vez que
aplicar a QVT em um espaço profissional já comprometido pode
não ser a melhor escolha.

Conheça algumas fontes de mal-estar presentes em um ambiente de trabalho


desfavorável:

• Tratamento desigual por parte de chefes: conceder benefícios melhores a certos


empregados sem razões profissionais ou tratar de forma desigual um funcionário.

• Espaço físico profissional comprometido: ambiente de trabalho precário,


desconforto térmico, poluição sonora, ferramentas velhas ou inadequadas.

• Falta de reconhecimento e oportunidades de crescimento: gestão com problemas,


empresa sem incentivos para os trabalhadores melhorarem seus conhecimentos
profissionais, falta de retribuição aos profissionais (estímulos profissionais, boa
remuneração, apoio psicológico etc.)

• Relações profissionais prejudicadas: falta de comunicação entre funcionários,


conflitos e atritos desnecessários, indiferença dos superiores, disputas de
interesse por cargos e por melhor posicionamento.

22
As principais fontes de reclamação e motivo de processos

ee
trabalhistas são as horas extras em excesso, danos morais e não
recolhimento do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).
Leia mais sobre esse assunto no texto disponível no

link http://tinyurl.com/z8a3adt

1.1 Formas de Combate ao Mal-Estar no Trabalho

A maioria das fontes de mal-estar


presentes no ambiente de trabalho parte
de situações em que o empregado não
tem controle sobre os acontecimentos.
Algumas vezes, o funcionário se vê em
uma situação complicada e geralmente
não tem forças suficientes para realizar
mudanças ou corrigir o que o desagrada
como profissional.

Sentindo-se incapaz e tendo que gastar suas energias diariamente para enfrentar as
várias fontes de mal-estar dentro da empresa, esse profissional já não realiza as suas
funções como deveria, o que irá influenciar diretamente seu rendimento profissional
e seu interesse em continuar integrando o quadro de funcionários da empresa. A
presença de fatores de mal-estar no ambiente de trabalho pode ter como resultado
pedidos de demissão e o comprometimento dos recursos humanos.

Os danos causados às empresas por fatores de mal-estar são um problema cotidiano e


persistente. Suas principais formas de combate podem partir dos próprios funcionários
ou da gestão da empresa. A seguir, confira algumas das ações de combate ao mal-estar
no trabalho.

Como Combater o Mal-Estar no Ambiente de Trabalho

23
Ações de Iniciativa dos Trabalhadores

• Organizar um grupo que representará os funcionários e será responsável por


exigir melhorias nas condições de trabalho.

• Recorrer e pedir o auxílio de seu sindicato.

Ações de Iniciativa da Empresa

• Realizar um estudo da situação e identificar os maiores pontos de mal-estar para


seus funcionários.

• Aplicar políticas de combate ao mal-estar com uma abordagem dedicada aos


funcionários que não estão se adequando à equipe e gerando problemas.

1.2 Razões para não se Aplicar a QVT em um Ambiente de


Trabalho Prejudicado

A QVT precisa de uma base para sua aplicação. As políticas adotadas, na maioria das
vezes, possuem uma abordagem de melhora e prevenção e não de solução de todos
os problemas da empresa (afinal, a QVT não pode fazer milagres). Ao se aplicar a
QVT em um ambiente prejudicado, os níveis de aceitação tendem a ser baixos, o que
pode frustrar os profissionais responsáveis pelo programa e fazer recair sobre esses
profissionais a culpa por problemas de responsabilidade da gestão da empresa.

É importante ter sempre em mente que a QVT tem o papel de auxiliar a empresa em
momentos favoráveis a esta ajuda. Não é recomendado utilizar a QVT e seus conceitos
como “paliativos”, ou seja, como uma solução temporária para problemas conhecidos da
empresa. A abordagem em QVT ideal será sempre trabalhar com a gestão, tendo como
função principal a melhoria e manutenção das esferas social, pessoal e profissional de
seus empregados.

24
bb
Caso queira aprender mais sobre as razões que levam um
programa de qualidade de vida aplicado a tornar-se ineficaz,
acesse o link:

http://www.unb.br/noticias/unbagencia/artigo.php?id=581

Agora é com você!

Que tal conhecer mais sobre o bem-estar no trabalho? Se você quiser


ampliar seus conhecimentos sobre o tema, acesse a reportagem da revista
Exame que pode ajudá-lo a encontrar os “segredos” do bem-estar no
ambiente de trabalho. Acesse-a no link: http://tinyurl.com/gvpmflp. Após
esta leitura, procure anotar esses segredos e redigir uma lista mostrando
de que forma você poderia aplicar cada uma dessas recomendações ao
ambiente de trabalho de sua empresa.

Ótimo, você acaba de finalizar sua unidade e está apto a testar seus
conhecimentos nas questões referentes a ela. Prossiga em seus estudos
para concluir o restante de seu curso.

Glossário

Fontes de bem-estar: são os elementos que tornam um ambiente de trabalho positivo


e estimulante para os profissionais.

Fontes de mal-estar: são os elementos que atingem os empregados em sua rotina


profissional, prejudicando sua eficiência.

25
Atividades

1) Ao obter _____________, o trabalhador passa a gostar e se

dd
identifica com a atividade realizada, sentindo que seu
trabalho é importante para a empresa e para a sociedade.
Assinale a opção que completa corretamente a lacuna.

a. ( ) reconhecimento

b. ( ) crescimento profissional

c. ( ) prazer ao realizar suas atividades

d. ( ) boas relações profissionais

2) Sobre as formas de combate ao mal-estar no trabalho,


assinale a alternativa correta.

a. ( ) A presença de fatores de mal-estar no ambiente de


trabalho sempre tem como resultado pedidos de demissão e o
comprometimento dos recursos humanos.

b. ( ) Grupos organizados de funcionários dificilmente obtêm


sucesso ao exigir melhorias nas condições de trabalho e, por
isso, devem ser evitados.

c. ( ) Depois de instaladas, as fontes de mal-estar em uma


empresa não podem ser neutralizadas e, por isso, a melhor ação
é ignorá-las.

d. ( ) Realizar um estudo da situação e identificar os maiores


pontos de mal-estar para seus funcionários é uma boa ação que
a empresa pode tomar para combater o mal-estar no ambiente
de trabalho.

26
3) Sobre bem-estar e mal-estar no ambiente de trabalho,
assinale a alternativa correta.

a. ( ) Ter boas relações de trabalho é uma fonte de mal-estar, já


que funcionários que se conhecem tendem a conversar mais e
trabalhar menos.

b. ( ) A QVT é melhor aproveitada quando aplicada a ambientes


de trabalho prejudicados com várias fontes de mal-estar.

c. ( ) Conceder aos trabalhadores espaço para que eles se


desenvolvam como profissionais ajuda a melhorar o ambiente
de trabalho.

d. ( ) Ter o espaço físico profissional comprometido não afeta a


capacidade de produção da empresa.

27
Referências

ALVES E. F. Programas e ações em qualidade de vida no trabalho. InterfacEHS, Revista


de saúde, meio ambiente e sustentabilidade, v. 6, n. 1, p. 60-78, 2011.

FERREIRA, M. C. Qualidade de Vida no Trabalho. Brasília: Editora Paralelo, 2012.

LIMONGI-FRANÇA A. C. Qualidade de vida no trabalho – QVT. São Paulo: Editora


Atlas, 2004.

MINAYO, M; HARTZ, Z; BUSS, P. Qualidade de vida e saúde: um debate necessário.


Ciência e saúde coletiva, v. 5, n. 1, p. 7-18, 2000.

OLIVEIRA, A. M. S. Qualidade de vida no trabalho compromisso ético das organizações


na gestão de pessoas. Salvador: Fundação Visconde de Cairu, [S.d.].

ROSSI et al. Stress e qualidade de vida no trabalho. São Paulo: Editora Atlas, 2009.

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UNIDADE 3 | QUALIDADE DE VIDA NO
TRABALHO E PRODUTIVIDADE

1. Qualidade de Vida no Trabalho e Produtividade

Nesta unidade, seguiremos estudando a relação entre a qualidade de vida no trabalho


e a produtividade. Do ponto de vista do gestor, bons índices de produtividade podem
ser considerados como um dos fatores principais para o sucesso da empresa.

Conforme vimos, a QVT enfrenta alguns


desafios. Entre os seus vários obstáculos,
encontramos a dificuldade em criar
modelos de atividade que possam ser
adaptados a ambientes de trabalho sem
que estes abram mão da competitividade,
característica bastante importante
para a empresa. A principal dificuldade
encontrada nessa situação é justamente
a necessidade de união desses dois
universos tão diferentes, uma vez que o
bem-estar e os conceitos de qualidade de vida não podem ser colocados de lado para
se alcançar melhores resultados.

Com longas jornadas de trabalho e a redução de políticas de bem-estar profissional,


também é possível alcançar altos índices de produtividade. Porém, essa forma de
atuação, além de ser bastante arriscada para a empresa e não valorizar o quadro
de funcionários, abre mão da figura humana e do espaço pessoal dos funcionários,
atitudes que não são bem aceitas pela sociedade. Portanto, é recomendável que o
gestor enxergue as políticas de QVT, o bem-estar e a figura humana como aliados da
produtividade.

29
aa
Para alguns perfis de empresa, essa abordagem nem sempre é
bem aceita, pois os grandes volumes de produção e a demanda
por mão de obra menos qualificada acabam alimentando
de0cisões que, de certa forma, abandonam os valores
humanitários.

Quanto à abordagem de produção, a melhor saída é sempre valorizar a figura humana,


respeitar e desenvolver as características únicas encontradas em cada trabalhador.
Esse processo tem como resultado a melhoria de produtividade e não abre mão de
processos importantes para os funcionários. Além disso, os índices de produtividade
alcançados tendem a se manter com o auxílio da QVT, uma vez que trabalhadores com
bons níveis de satisfação, integrados ao objetivo da empresa, são capazes de manter
praticamente estáveis os índices de produtividade.

1.1 As Metas Empresariais e o Dinamismo Profissional

Outro fator bastante valorizado pelas empresas são as metas. Muitas vezes
interpretadas de maneira errada pelos funcionários, as metas devem servir de incentivo
e ser uma razão para a qualificação e o crescimento profissional. Ao se prepararem para
perseguir os objetivos propostos, os funcionários tendem a ter menos dificuldades para
alcançar os resultados esperados por sua empresa, evitando, assim, as consequências
de se trabalhar sob pressão, como o estresse, a fadiga física e mental e a sensação de
insegurança.

Ao traçar os objetivos da empresa, o gestor deve se posicionar no mesmo nível de seus


funcionários e construir uma visão ampla, pois metas inalcançáveis ou sem sentido
podem frustrar os profissionais e trazer uma sensação de incapacidade. Definir metas
desafiadoras e ao mesmo tempo saudáveis não é uma tarefa simples, mas, sem dúvidas,
pode ser auxiliada pelas políticas de QVT.

30
bb
Aprenda mais sobre metas e planejamento estratégico
disponíveis no link:

http://blog.luz.vc/como-fazer/como-fazer-seu-planejamento-
estrategico/

1.2 Produtividade Individual e Coletiva

Ao se aplicar alguns conceitos de


produtividade no âmbito coletivo,
é necessário realizar um processo
de adaptação nas políticas de QVT e
na própria gestão. O trabalhador, na
qualidade de indivíduo, tem em si várias
demandas pessoais e uma visão própria,
que é construída por seus conhecimentos
e experiências. Ao se tornar integrante
de um grupo, esse trabalhador irá
abandonar alguns de seus conceitos para
se encaixar em um projeto maior, no qual os funcionários possuem um objetivo em
comum, que deve superar as diferenças pessoais. Nessa situação, tanto a produtividade
quanto as abordagens de QVT devem ser encaradas de forma diferente.

O primeiro passo para o sucesso de uma abordagem de QVT é a sua adaptação.


Auxiliar e incentivar a produtividade de um grupo ou equipe de trabalho é um processo
bastante diferenciado. Assim, a QVT deve ser planejada, aplicada e desenvolvida
sob o âmbito coletivo. Geralmente, isso nos leva a dar preferência aos processos de
natureza coletiva (de abordagem em grupo), ainda que isto não seja uma regra, pois
o número de indivíduos num projeto ou grupo influenciará todo o processo. Cabe
ao profissional responsável pelo projeto de QVT e sua equipe decidirem quanto às
diversas condições de abordagem, caso a caso. O projeto deverá ser definido de acordo
com a personalidade dos indivíduos que estão compondo o grupo de trabalho, seus
objetivos, ritmo, jornada de trabalho, bem como os pontos de melhoria evidenciados à
medida que o projeto progride.

31
1.3 Os Benefícios da QVT em Longo Prazo para a
Produtividade

Conforme vimos na unidade 1, medir as vantagens alcançadas por meio da QVT não é
uma tarefa simples. Muitos de seus benefícios são percebidos apenas em longo prazo
(ou seja, depois de vários anos de aplicação). Ao longo de nosso estudo, vimos os
processos de QVT direcionados ao auxílio profissional, e, de fato, este é um de seus
atributos principais.

O problema é que essa visão diminui as


vantagens que a valorização do bem-
estar e da figura humana traz para a
empresa. A verdade é que muitas dessas
vantagens não podem ser medidas,
calculadas ou traduzidas para contas,
indicadores ou índices matemáticos. De
forma geral, sua relação próxima com a
produtividade do indivíduo só pode ser
analisada com o passar dos anos. Alguns
estudos defendem que a QVT ajuda a
“estabilizar” os índices de produtividade da empresa, pois com ela a fluidez e a troca
de conhecimento entre os funcionários se torna mais dinâmica e natural. O processo
de adaptação de novos empregados também se torna mais fácil com os conceitos de
QVT aplicados.

Ao reduzir o tempo de adaptação, esse processo se torna menos

hh
complicado para a empresa, que terá, no fim das contas, um
profissional preparado e apto a realizar suas tarefas em menor
tempo, reduzindo as perdas e mantendo os níveis de qualidade
da equipe.

32
Agora é com você!

Que tal aplicar alguns conceitos de produtividade à sua vida pessoal?


Confira esta lista preparada pelo portal “TecMundo”, com dez aplicativos
de celular para melhorar e organizar sua rotina. O acesso pode ser realizado
no link: http://tinyurl.com/gpugyel. Acesse a lista e escolha dois aplicativos
para testar. Depois, aplique-os às suas atividades, observe e relate as
mudanças. Vários desses aplicativos também podem ser usados em sua
empresa ou grupo de trabalho.

Muito bem, você concluiu o conteúdo desta unidade. Agora, você está
apto para testar seus conhecimentos na bateria de questões sobre esta
unidade de seu curso. Ao finalizar essa etapa, prossiga em seus estudos.

Glossário

Meta: Objetivo, alvo; aquilo que se pretende alcançar.

Produtividade: Qualidade, característica ou capacidade do que ou de quem é produtivo;


capacidade de produzir.

33
Atividades

1) Entre os seus vários obstáculos, a QVT encontra dificuldade

dd
em criar modelos de atividade que possam ser adaptados a
ambientes de trabalho sem que estes abram mão da _________.
Assinale a opção que completa corretamente a lacuna.

a. ( ) sensação de bem-estar

b. ( ) produtividade

c. ( ) competitividade

d. ( ) relação entre equipes

2) Sobre as metas empresariais e o dinamismo profissional,


assinale a alternativa correta.

a. ( ) As metas têm por objetivo incentivar a competição entre


funcionários.

b. ( ) Definir metas desafiadoras e ao mesmo tempo saudáveis


é uma tarefa irrelevante para as políticas de QVT.

c. ( ) Ao traçar os objetivos da empresa, o gestor deve se


posicionar no mesmo nível de seus funcionários e construir uma
visão ampla, pois metas inalcançáveis ou sem sentido podem
frustrar os profissionais.

d. ( ) Ao se prepararem com antecedência para perseguir os


objetivos propostos, os funcionários tendem a ter mais
dificuldades para alcançar os resultados esperados.

34
3) Sobre as metas empresariais e o dinamismo profissional,
assinale a alternativa correta.

a. ( ) As metas têm por objetivo incentivar a competição entre


funcionários.

b. ( ) Definir metas desafiadoras e ao mesmo tempo saudáveis


é uma tarefa irrelevante para as políticas de QVT.

c. ( ) Ao traçar os objetivos da empresa, o gestor deve se


posicionar no mesmo nível de seus funcionários e construir uma
visão ampla, pois metas inalcançáveis ou sem sentido podem
frustrar os profissionais.

d. ( ) Ao se prepararem com antecedência para perseguir os


objetivos propostos, os funcionários tendem a ter mais
dificuldades para alcançar os resultados esperados.

4) O primeiro passo para o sucesso de uma abordagem de


QVT é a sua ______________. Assinale a opção que completa
corretamente a lacuna.

a. ( ) finalidade

b. ( ) capacidade de demissão

c. ( ) adaptação

d. ( ) quantidade de relatórios

35
Referências

ALVES E. F. Programas e ações em qualidade de vida no trabalho. InterfacEHS, Revista


de saúde, meio ambiente e sustentabilidade, v. 6, n. 1, p. 60-78, 2011.

FERREIRA, M. C. Qualidade de Vida no Trabalho. Brasília: Editora Paralelo, 2012.

LIMONGI-FRANÇA A. C. Qualidade de vida no trabalho – QVT. São Paulo: Editora


Atlas, 2004.

MINAYO, M; HARTZ, Z; BUSS, P. Qualidade de vida e saúde: um debate necessário.


Ciência e saúde coletiva, v. 5, n. 1, p. 7-18, 2000.

OLIVEIRA, A. M. S. Qualidade de vida no trabalho compromisso ético das organizações


na gestão de pessoas. Salvador: Fundação Visconde de Cairu, [S.d.].

ROSSI et al. Stress e qualidade de vida no trabalho. São Paulo: Editora Atlas, 2009.

36
UNIDADE 4 | A ÉTICA E A
PROMOÇÃO DA QUALIDADE DE
VIDA NO TRABALHO

37
1. A Ética e a Promoção da Qualidade de Vida no Trabalho

Imagine que você seja o responsável por


uma equipe de transporte (motoristas,
carregadores, estoquistas etc.), a qual
está trabalhando em um serviço de frete
especial. Esse frete é realizado uma vez
por ano e visa transportar produtos de
alto valor, fabricados sob encomenda.
Esse serviço é tão importante para a
sua empresa que todos os integrantes
da equipe recebem um bônus caso a
entrega seja realizada antes do tempo
previsto. A entrega é finalizada com uma semana de antecedência e o valor do bônus
lhe é repassado em dinheiro, cabendo a você entregar o valor respectivo a cada um dos
funcionários. Caso os integrantes da equipe não soubessem sobre o bônus, seria justo
você ficar com o total desse valor e não distribuir o dinheiro?

Muito provavelmente e sem perceber, você, ao responder à questão acima, recorreu


a seus princípios éticos. Mas o que podemos chamar de ética? Basicamente, a ética
é formada por seus valores. Esses valores constroem as noções que você possui de
honestidade, de “certo” e de “errado” e de preocupações com o próximo. Os valores
são adquiridos ao longo de nossa vida e repassados a nós por familiares, pela escola,
pela sociedade e por experiências vividas. Diante da situação acima, do ponto de
vista ético, não seria justo se apossar do valor referente ao bônus da equipe, uma vez
que toda ela se dedicou para realizar a tarefa. Essa resposta é baseada nos valores
presentes em nossa sociedade e grupos sociais diferentes, os quais frequentamos e
ajudamos a construir. Cada um desses grupos (profissional, familiar, didático) pode ter
uma conduta ética diferente.

38
1.1 Ética Aplicada ao Ambiente de Trabalho

O ambiente de trabalho é um cenário complexo, formado pelo conjunto de funcionários,


pela empresa e pela atividade a ser realizada. Devido a isso, a ética, ao ser aplicada no
ambiente de trabalho, tem como objetivos principais melhorar o convívio e as relações
profissionais, além de definir alguns limites a serem respeitados.

Para o bom funcionamento da empresa,


tanto a ética da sociedade quanto a ética e
o regimento da empresa são necessários.
Isso quer dizer que o profissional, além
de basear suas decisões e atitudes na
ética comum (direcionada a todos os
cidadãos), deve também respeitar os
valores presentes em seu ambiente de
trabalho. Ao se adotar essa postura, o
respeito e as relações entre colegas de
trabalho são preservadas e tendem a se
desenvolver melhor. A postura ética do trabalhador deve se dar em conformidade com
alguns aspectos. Veja alguns deles:

• Respeito às regras e normas internas da empresa

As regras existem para que sejam respeitadas por todos. Uma vez que um funcionário
não respeita as regras ou elas não são aplicadas da maneira correta, a ética de toda a
empresa pode ser comprometida. Caso esse problema exista, ele deve ser resolvido
em conjunto pela gestão e pelos funcionários. Espera-se que todos os profissionais,
durante sua rotina, tenham a atuação pautada pelas regras e pela proposta da empresa.

• Respeito à hierarquia

Respeitar a hierarquia significa construir uma noção de que existem funcionários


acima e abaixo do cargo que o trabalhador estiver ocupando, além da consciência de
que isso é necessário para o funcionamento da empresa. Não confunda o respeito
à hierarquia com relações de trabalho nocivas ou com subordinação em excesso. O
abuso de relações entre profissionais de níveis diferentes prejudica a ética de toda

39
a empresa e deve ser combatido pela gestão e pelo RH. Caso o funcionário esteja
em uma situação que lhe cause desconforto e seja relacionada à hierarquia, ele deve
denunciar o problema diretamente ao setor responsável.

• Flexibilidade

Antes de sermos funcionários, chefes ou representantes de empresas, somos


humanos. Numa empresa, deve-se sempre respeitar a figura individual de cada um dos
colegas de trabalho, além de, individualmente, procurar ser compreensivo (paciente)
com possíveis erros e deslizes. O trabalhador deve ser capaz de assumir seus erros
e responsabilidades por seus atos. Essa capacidade diminui futuros problemas que
possam vir a acontecer diante de deslizes cometidos.

• Integridade e responsabilidade

Espera-se que, ao realizar sua atividade, o trabalhador seja responsável e íntegro


(honesto). A integridade diz respeito à transparência nas atividades realizadas, à
honestidade com seu gestor e funcionários e a contribuição e influência positiva no
projeto no qual esteja atuando.

• Humildade, respeito e comprometimento

Independentemente do cargo que ocupe, todo funcionário deve possuir esses três
valores. A humildade deve ser valorizada e estar presente em momentos de dificuldades
e de decisões que possam mudar a direção da empresa. O respeito ajuda a manter as
relações profissionais saudáveis e o comprometimento do funcionário traz melhores
resultados para a sua equipe (ou setor de trabalho) e para a empresa.

bb
Descomplique a ética! Caso queira aprender ainda mais sobre as
principais condutas éticas presentes no ambiente de trabalho,
acesse este breve artigo sobre o tema no “Portal Educação”,
disponível no link:

h t t p s : / / w w w. p o r t a l e d u c a c a o . co m . b r/ a d m i n i s t r a c a o/
artigos/35027/a-conduta-etica-no-trabalho#!1

40
1.2 A Ética Profissional em Situações de Atrito

A trajetória de uma empresa é marcada por acontecimentos positivos, que contribuem


para as atividades, e por fatores negativos, que precisarão de atenção e recursos da
empresa para serem resolvidos. E m algum momento durante o percurso, a gestão ou
a equipe responsável terá que enfrentar situações de atrito interno.

O atrito interno desgasta as relações e a


dinâmica da empresa, além de precisar
de soluções quase sempre imediatas.
Temos como exemplos de atritos: brigas
e desentendimentos entre funcionários,
competição desnecessária entre
equipes ou setores diferentes, falta de
responsabilidade diante de problemas
em que o funcionário está envolvido.
Observe que todas as situações citadas
podem ser encaixadas na explicação
inicial de atrito interno e, uma vez que sejam ignoradas, tendem a gerar problemas
ainda maiores para a empresa.

E a Competição?

A competição nem sempre é algo ruim ou prejudicial à empresa. Existem dois tipos
principais de competição: a competição interna e a competição externa.

A competição externa é a competição entre empresas. Essa disputa por uma maior fatia
no mercado é o que justifica grande parte das atividades empresariais. Ao enfrentar os
concorrentes e oferecer melhores produtos e serviços, a empresa aumenta o seu lucro
e evolui, superando dificuldades.

Já a competição interna é ruim para o andamento das atividades. Ela gera conflitos e
deve ser evitada com políticas e ferramentas próprias que façam os funcionários se
sentirem parte de uma única equipe num ambiente de respeito mútuo.

41
1.3 A Abordagem de Conflitos

Ao identificar o atrito interno, o gestor ou responsável deve escolher a melhor


abordagem para a situação, respeitando os princípios éticos e tratando as partes
envolvidas de maneira igual. Alguns passos para a solução de conflitos internos podem
ser conferidos logo a seguir.

1. Entenda o que originou o conflito: o que está motivando o conflito entre as


partes envolvidas? Será que o motivo do atrito pode ser trabalhado em conjunto
com as partes?

2. Escute e compreenda os envolvidos: tenha paciência! Seja compreensivo ao


ouvir e analisar as pessoas envolvidas no conflito. Nem sempre existe apenas
um lado certo em um atrito interno, muitas vezes todos têm um pouco de
responsabilidade (inclusive a gestão). Construa a sua decisão a partir dos relatos
que lhe forem repassados.

3. Tome uma decisão justa e transparente: ao ter acesso aos relatos das partes
que estão em conflito, procure modos de confirmar os fatos e tome sua decisão
visando ao menor impacto possível nas atividades. Esta não é uma tarefa simples,
mas tenha em mente que, para se encerrar um conflito, muitas vezes ambos os
lados terão que abrir mão de fatores para um bem maior (no caso, as atividades
das empresas). Ao comunicar sua forma de solução do conflito, seja transparente
e realize uma abordagem baseada na figura de equipe da empresa – um time com
um objetivo em comum.

4. Acompanhe os resultados da sua decisão: será que a solução que você aplicou
resolveu mesmo o conflito? Muito provavelmente a sua decisão precisará de
tempo para ser aceita e cabe a você explicá-la melhor caso haja dúvidas ou
desconfianças. Acompanhe as relações entre os profissionais envolvidos, analise
a produtividade e, caso ainda existam desentendimentos, realize uma abordagem
diferente.

42
Por fim, é válido registrar que os conflitos fazem parte da

hh
caminhada empresarial. Todos são diferentes e a visão de cada
um dos empregados é o que constrói a figura da empresa, além
de torná-la única! Por isso, tenha sempre à sua disposição meios
de lidar com divergências que possam atrapalhar o grupo de
funcionários e serem transmitidas para outras áreas. Lembre-se
de que as diferenças são comuns e benéficas à rotina das
atividades!

Agora é com você!

Agora, você tem a chance de refletir sobre a relação entre a ética e o


comportamento do trabalhador em seu ambiente de trabalho. Para ajudá-
lo, recomendamos que você acesse um resumo disponível no portal RH,
link a seguir:http://tinyurl.com/zadgr9u. Embora esta não seja uma
atividade obrigatória, ela certamente pode ajudá-lo a ampliar seus
conhecimentos sobre o comportamento humano no trabalho. Após estudar
o resumo, procure analisar a influência da ética sobre o comportamento
dos empregados e explique seus principais efeitos na realidade de sua
empresa em um pequeno parágrafo.

Você acaba de concluir o conteúdo desta unidade. Agora, você pode


prosseguir para testar o que já aprendeu até este momento e, na
sequência, avançar em seus estudos até finalizar os tópicos deste curso.
Mãos à obra!

Glossário

Conduta ética: estuda e indica o melhor modo de viver no cotidiano e na sociedade.

Nocivo: Que causa malefício, dano; prejudicial.

43
Atividades

1) Sobre situações de atrito e competição, assinale a

dd
alternativa correta.

a. ( ) A melhor forma de evitar conflitos internos é anulando as


diferenças de pensamento entre os funcionários.

b. ( ) Ao ter acesso aos relatos das partes que estão em conflito,


é importante tomar a decisão visando beneficiar o funcionário
que tem melhor desempenho na empresa.

c. ( ) Ser compreensivo ao ouvir e analisar as pessoas envolvidas


no conflito é muito importante para resolvê-lo, já que nem
sempre existe apenas um lado certo em um atrito interno.

d. ( ) A melhor forma de resolver conflitos internos é não


interferir, deixando que as duas partes cheguem a um acordo
sozinhas.

2) Respeitar ___________ significa construir uma noção de


que existem funcionários acima e abaixo do cargo que o
trabalhador estiver ocupando. Assinale a opção que completa
corretamente a lacuna.

a. ( ) a empresa

b. ( ) os clientes

c. ( ) a hierarquia

d. ( ) as regras

44
3) A _______, ao ser aplicada no ambiente de trabalho, tem
como objetivos melhorar o convívio e as relações profissionais,
além de definir alguns limites a serem respeitados. Assinale
a opção que completa corretamente a lacuna.

a. ( ) demissão

b. ( ) tabela de punições

c. ( ) ética

d. ( ) integração

45
Referências

ALVES E. F. Programas e ações em qualidade de vida no trabalho. InterfacEHS, Revista


de saúde, meio ambiente e sustentabilidade, v. 6, n. 1, p. 60-78, 2011.

FERREIRA, M. C. Qualidade de Vida no Trabalho. Brasília: Editora Paralelo, 2012.

LIMONGI-FRANÇA A. C. Qualidade de vida no trabalho – QVT. São Paulo: Editora


Atlas, 2004.

MINAYO, M; HARTZ, Z; BUSS, P. Qualidade de vida e saúde: um debate necessário.


Ciência e saúde coletiva, v. 5, n. 1, p. 7-18, 2000.

OLIVEIRA, A. M. S. Qualidade de vida no trabalho compromisso ético das organizações


na gestão de pessoas. Salvador: Fundação Visconde de Cairu, [S.d.].

ROSSI et al. Stress e qualidade de vida no trabalho. São Paulo: Editora Atlas, 2009.

46
UNIDADE 5 | A POLÍTICA DE
QUALIDADE DE VIDA NO
TRABALHO

47
1. A Política de Qualidade de Vida no Trabalho

Para superar as dificuldades encontradas ao


aplicar a qualidade de vida no ambiente de
trabalho, muitos gestores preferem agrupar
seus programas e abordagens, construindo o
que chamamos de política de qualidade de vida
no trabalho. A política de QVT é o conjunto de
programas, abordagens, sugestões e atitudes
que tenham um mesmo objetivo final. A política
de QVT também engloba os valores éticos
encontrados na relação entre o trabalhador,
seu ambiente de trabalho e a empresa. A
forma de se aplicar e construir a política de QVT é definida conforme seus objetivos.
De forma direta, podemos classificar as políticas de acordo com suas finalidades:

• Assistencialista: são as políticas de QVT relacionadas à melhoria das condições


de trabalho e da manutenção do bem-estar durante a jornada de trabalho. Aqui
o foco é combater um problema ou dificuldade que já exista, além de oferecer
várias alternativas e soluções.

• Preventiva: neste grupo estão as políticas de prevenção. Elas se concentram em


conscientizar sobre as condições que podem dificultar o bem-estar do trabalhador
e evitar que os empregados venham a ser prejudicados por problemas futuros.
As medidas preventivas visam diminuir o número de doenças relacionadas ao
trabalho, as lesões e acidentes de trabalho, o desgaste psicológico do empregado,
dentre outros.

• Híbrida: política de QVT que mistura ações dos dois grupos anteriores, atuando
ao mesmo tempo na prevenção e no combate de situações que sejam prejudiciais
aos empregados.

48
1.1 Formulação de uma Política de Qualidade de Vida

Para se construir uma política de QVT própria, devemos preencher alguns requisitos
básicos. O processo de criação tem início com a redação da QVT. A redação é o
documento que registra a política de QVT. Ele deve conter as principais características
do programa, o princípio e a ética de sua aplicação, seus objetivos, as formas de
implementação, os fundamentos e estudos nos quais a QVT está sendo baseada etc.
Além de apresentar a política a ser implementada, ele também traz aos gestores os
fundamentos teóricos (estudos anteriores). Isso é muito importante para se ganhar a
confiança e apoio dos gestores, pois, conforme vimos, os benefícios da QVT, ainda que
presentes, não podem ser mensurados por meio de métodos comuns.

Após a apresentação e aprovação da redação, temos a implementação inicial. Essa


etapa tem como objetivo inserir a QVT na realidade da empresa, além de receber a
aprovação da gestão. A aprovação é muito importante, pois a QVT geralmente atua
com abordagens de longo prazo – e a interrupção dos processos por falta de confiança
pode prejudicar seus resultados. Ao adotar a política de qualidade de vida como um
de seus programas fundamentais, a empresa garante a manutenção do bem-estar de
seus empregados independentemente de alterações na gestão ou em seus objetivos.
A implementação inicial também compreende a apresentação e a divulgação (com
fôlderes, cartazes etc.) dos programas aos funcionários e a coleta de suas necessidades
e opiniões.

aa
Esse processo pode ser realizado, por exemplo, por intermédio
de oficinas práticas, com a aplicação de abordagens em QVT
com alguns dos funcionários. Com esse feedback, os ajustes
finais são realizados e os programas podem ser implementados.

Durante a implementação da política de QVT da empresa, é necessário também definir


os pontos de referência para os profissionais responsáveis por ela. De acordo com a
realidade da empresa, quais fatores podem ser usados como indicadores de melhoria
e eficiência dos programas de QVT? Os principais são os indicadores epidemiológicos,
comportamentais e apreciativos. Veja:

49
• Indicadores epidemiológicos: são os fatores relacionados à saúde dos
trabalhadores. Estes são observados por meio dos relatos dos funcionários sobre
problemas de saúde, reclamações, indicadores de doenças crônicas, etc. Tais
relatos devem ser observados e o aumento ou a diminuição das queixas pode
estar diretamente relacionado à eficiência das abordagens de QVT.

• Indicadores comportamentais: são os indicadores relacionados ao


comportamento dos funcionários. Comportamentos fora dos padrões de bem-
estar, tais como sonolência, irritação, dificuldade em se relacionar com colegas
de trabalho etc., devem ser observados e relatados.

• Indicadores apreciativos: neste grupo estão as opiniões dos trabalhadores


sobre a QVT como um todo. Geralmente essas opiniões são colhidas por meio de
questionários que abordem a satisfação do funcionário com a QVT, as diferenças
sentidas ou, ainda, as sugestões do funcionário para a implementação da política
de QVT.

Prestar a manutenção e a atualização da política de QVT ao

hh
longo dos anos também é vital para a correta implementação.
Esse processo também é realizado em conjunto com a gestão e
os profissionais de QVT. A demonstração de resultados deve ser
realizada para que a gestão saiba dos avanços e melhorias
realizados pelas abordagens de QVT, além de sugerir possíveis
ajustes.

Agora é com você!

O Canal Futura realizou uma reportagem sobre uma política de QVT


bastante diferente, destinada à população idosa e de baixa renda (esta
reportagem pode ser assistida no link: http://tinyurl.com/hgpuyx2). Você
consegue identificar princípios e valores similares nas políticas
implementadas ao ambiente de trabalho e nesta da reportagem? Afinal, a
terceira idade está sendo notada pelo mercado de trabalho? Produza um
pequeno texto com a sua opinião.

50
Parabéns! Você concluiu todo o conteúdo deste curso. Você está pronto
para finalizar seus estudos testando seu conhecimento na bateria final
de questões sobre o conteúdo estudado neste curso. Siga em frente!

Glossário

Indicadores apreciativos: neste grupo estão as opiniões dos trabalhadores sobre a


QVT como um todo.

Indicadores comportamentais: são os indicadores relacionados ao comportamento


dos funcionários.

Indicadores epidemiológicos: são os fatores relacionados à saúde dos trabalhadores.

Políticas de QVT assistencialistas: são as políticas de QVT relacionadas à melhoria das


condições de trabalho e da manutenção do bem-estar durante a jornada de trabalho.

Políticas de QVT preventivas: as políticas de prevenção. Elas se concentram em


conscientizar sobre as condições que podem dificultar o bem-estar do trabalhador e
evitar que os empregados venham a ser prejudicados por problemas futuros.

51
Atividades

1) Sobre os indicadores de melhoria e eficiência dos

dd
programas de QVT, assinale a alternativa correta.

a. ( ) Indicadores epidemiológicos são os indicadores


relacionados ao comportamento dos funcionários.

b. ( ) Indicadores apreciativos são os fatores relacionados à


saúde dos trabalhadores.

c. ( ) Indicadores apreciativos são os indicadores relacionados


ao comportamento dos funcionários.

d. ( ) Indicadores epidemiológicos são os fatores relacionados


à saúde dos trabalhadores.

2) As políticas de QVT que visam conscientizar o trabalhador


sobre as condições que podem prejudicar o seu bem-estar no
futuro são chamadas de _______. Assinale a opção que
completa corretamente a lacuna.

a. ( ) híbridas

b. ( ) assistencialistas

c. ( ) preventivas

d. ( ) agressivas

52
3) As políticas de QVT relacionadas à melhoria das condições
de trabalho e à manutenção do bem-estar durante a jornada
de trabalho são chamadas de ________. Assinale a opção que
completa corretamente a lacuna.

a. ( ) Assistencialistas

b. ( ) Híbridas

c. ( ) Preventivas

d. ( ) Agressivas

53
Referências

ALVES E. F. Programas e ações em qualidade de vida no trabalho. InterfacEHS, Revista


de saúde, meio ambiente e sustentabilidade, v. 6, n. 1, p. 60-78, 2011.

FERREIRA, M. C. Qualidade de Vida no Trabalho. Brasília: Editora Paralelo, 2012.

LIMONGI-FRANÇA A. C. Qualidade de vida no trabalho – QVT. São Paulo: Editora


Atlas, 2004.

MINAYO, M; HARTZ, Z; BUSS, P. Qualidade de vida e saúde: um debate necessário.


Ciência e saúde coletiva, v. 5, n. 1, p. 7-18, 2000.

OLIVEIRA, A. M. S. Qualidade de vida no trabalho compromisso ético das organizações


na gestão de pessoas. Salvador: Fundação Visconde de Cairu, [S.d.].

ROSSI et al. Stress e qualidade de vida no trabalho. São Paulo: Editora Atlas, 2009.

54
Gabarito

Questão 1 Questão 2 Questão 3

Unidade 1 B C C

Unidade 2 C D C

Unidade 3 C C C

Unidade 4 C C C

Unidade 5 D C A

55

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