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GUIA DE ESTUDOS

CDH (2017)
Práticas tradicionais que ferem
os direitos das crianças

Beatriz Fontainha de Castro


Diretora
Isabela Natália Rabelo
Diretora Assistente
Julia Edmundo Moss
Diretora Assistente
Polyana Spínola de Almeida Freitas
Diretora Assistente
SUMÁRIO

1 APRESENTAÇÂO DA EQUIPE ......................................................................................... 3

2 APRESENTAÇÃO DO TEMA ............................................................................................ 5

2.1 Práticas que ferem os direitos das crianças ............................................................ 8

2.1.1 Práticas tradicionais ............................................................................................ 9

2.1.2 Práticas culturais ............................................................................................... 10

2.1.3 Práticas religiosas ............................................................................................. 10

2.2 Como o Conselho de Direitos Humanos aborda os direitos das crianças........... 11

2.3 O papel do Estado em garantir os direitos humanos ............................................ 12

3 APRESENTAÇÃO DO COMITÊ ....................................................................................... 13

4 POSIÇÕES DOS PRINCIPAIS ATORES ......................................................................... 14

4.1 Índia........................................................................................................................... 14

4.2 Brasil ......................................................................................................................... 14

4.3 Egito .......................................................................................................................... 14

5 QUESTÔES RELEVANTES PARA A DISCUSSÃO ......................................................... 15

REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 16

TABELA DE REPRESENTAÇÃO E DEMANDA DO COMITÊ ............................................ 20


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1 APRESENTAÇÂO DA EQUIPE

Beatriz Fontainha – Diretora do comitê

Sejam bem-vindos ao CDH 2017, senhores delegados e senhoras delegadas! Meu


nome é Beatriz Fontainha de Castro e sou diretora do comitê que simulará o Conselho de
Direitos Humanos das Nações Unidas (CDH) no 18º MINIONU. Durante a realização das
simulações, estarei cursando o 6º período da graduação em Relações Internacionais na
Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas). Minha atuação no MINIONU
começou em 2015, como voluntária de logística, quando tive uma ótima experiência – que
me fez voltar ao projeto no ano seguinte. Em 2016, fui Diretora Assistente do comitê sobre
direitos humanos, que tratava dos direitos das minorias. Minha participação me
proporcionou maior conhecimento sobre a área, além de crescimento pessoal e acadêmico.
As temáticas de direitos humanos sempre foram de meu interesse e tenho buscado, cada
vez mais, aprofundar minha compreensão sobre o assunto. Por isso, espero que simular o
CDH seja uma experiência engrandecedora para os senhores e que possam aproveitá-la ao
máximo. Estarei à disposição para quaisquer dúvidas e esclarecimentos, assim como toda a
equipe, através do nosso blog, e-mail1 do comitê e página do Facebook.

Isabela Rabelo – Diretora Assistente

Olá, senhores delegados, meu nome é Isabela Rabelo, sou estudante do 3° período
de Relações Internacionais e este é meu segundo MINIONU, primeiro como diretora
assistente. No ano passado, fui voluntária e adorei a experiência. Espero auxiliá-los da
melhor forma possível para que possamos aproveitar ao máximo.

Julia Edmundo – Diretora Assistente

Meu nome é Julia Edmundo Moss, tenho 19 anos e curso o 3º período de Relações
Internacionais na PUC Minas. Esta será minha segunda participação no MINIONU, sendo a
primeira como voluntária no comitê CDH 2017 e, agora, como Diretora Assistente também
no Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas 2017. Espero que essa experiência
seja válida e de grande importância para todos nós, assim como foi para mim no ano

1
E-mail: 18minionucdh2017@gmail.com
4

passado. Sinto-me extremamente grata por poder crescer dentro do evento e por ter a
oportunidade de simular. Fui feliz por estar numa equipe preparada e amiga, com delegados
engajados e competentes, enfrentando minha timidez e notando o quão determinados nós
jovens somos para lidar com as questões sociais, políticas e econômicas nos dias de hoje.
Que esse ano possamos ter mais um evento incrível, de muito aprendizado e amizades.

Polyana Freitas – Diretora Assistente

Olá, senhores delegados e senhoras delegadas. Meu nome é Polyana Freitas e vou
participar da 18ª edição do MINIONU como Diretora Assistente do comitê CDH 2017. Tenho
20 anos e estarei cursando o 4º período de Relações Internacionais durante esta edição do
projeto. Esta será minha segunda participação no MINIONU, sendo que a primeira ocorreu
ano passado, como voluntária da imprensa, e foi sensacional. Esse ano, decidi trabalhar na
parte de Relações Internacionais do projeto, para conhecer melhor regras e normas da
Organização das Nações Unidas, especialmente do Conselho de Direitos Humanos, além
de vivenciar esse debate maravilhoso. Espero que vocês possam sentir todo nosso amor e
esforço dedicado ao projeto. Sejam bem-vindos, senhores delegados, e até outubro!
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2 APRESENTAÇÃO DO TEMA

O tema que será abordado na simulação do Conselho de Direitos Humanos (CDH –


2017) será a questão de práticas tradicionais que ferem os direitos das crianças. Desde a
Carta das Nações Unidas, assinada em 1945, há uma necessidade em afirmar os direitos
fundamentais dos indivíduos. As crianças, muitas vezes são vítimas de práticas não
contestadas em várias sociedades. Em muitos países, por exemplo, crianças são forçadas
ao casamento, são vítimas da circuncisão e são impedidas de ter acesso à educação
(NAÇÕES UNIDAS, 2017). O Conselho de Direitos Humanos, através de suas pesquisas,
afirmam que ainda hoje, muitas crianças sofrem com práticas que ferem a sua dignidade.
Dessa forma, é necessário garantir a proteção de crianças em todo o mundo, bem como
assegurar seus direitos.
A Organização das Nações Unidas define os direitos humanos como um conjunto de
“direitos inerentes a todos os seres humanos, de qualquer nacionalidade, local de
residência, sexo, origem étnica ou nacional, cor, religião, língua ou qualquer outro status”
(HUMAN RIGHTS COUNCIL, 2017, tradução livre), fundados sobre o respeito pela
dignidade e o valor de cada pessoa. Os direitos humanos são informados pelo princípio da
universalidade, o que significa dizer que devem ser aplicados de forma igual a todas as
pessoas, independentemente da sociedade na qual estão inseridas. Este e outros princípios
foram delineados na Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH)2, proclamada pela
Assembleia Geral das Nações Unidas em 1948, e continuam a ser discutidos e
aperfeiçoados até hoje.
Desde a criação da Declaração Universal de Direitos Humanos pela ONU em 1948
(NAÇÕES UNIDAS, 2017), a temática dos direitos das crianças vem tomando um espaço
cada vez maior no cenário internacional. Suas disposições preveem direitos individuais ou
coletivos, de diversas naturezas como, por exemplo, a social. Os Estados, através de suas
respectivas Constituições (em âmbito doméstico) e tratados (na esfera internacional),
formulam leis e normas para a proteção dos direitos fundamentais delas (FERREIRA 2016).
Ultimamente, os países se mostram interessados em discutir temas relacionados aos
direitos humanos e direitos das crianças. No final da década de 1990, foi feita a Convenção
sobre os Direitos da Criança. Ao final, uma resolução foi redigida e 196 países a ratificou,

2
Documento criado em 1948, na Assembleia Geral das Nações Unidas, que estabelece os direitos
inalienáveis do indivíduo (ONU, 2017). Disponível para acesso em:
<http://www.ohchr.org/EN/UDHR/Documents/UDHR_Translations/por.pdf>
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com exceção dos Estados Unidos3. Neste documento, os Estados enfatizaram a importância
da cooperação internacional para que esses direitos fossem garantidos a elas. Dentre os
direitos fundamentais das crianças citados na resolução, podem ser citados o direito de
liberdade, proteção, de acesso à educação e saúde, entre outros (UNICEF, 2017). Com
esse interesse e disposição, e, principalmente através de tratados, os direitos humanos
passam a ser universalizados. Essa universalização interpreta os direitos inalienáveis como
normas atemporais e independentes de fatores culturais, religiosos e tradicionais
(FERREIRA, 2016).
No ano de 1993, em Viena, ocorreu a II Conferência de Direitos Humanos, que
consolidou o princípio da indivisibilidade dos direitos humanos, segundo o qual a violação de
um direito afeta o respeito por muitos outros, de modo que é insuficiente respeitar alguns
direitos e outros não. Dessa forma, direitos civis, políticos, econômicos, sociais e culturais
foram considerados inter-relacionados e interdependentes. Foi elaborada, por fim, a
Declaração de Viena, que afirmava o universalismo dos direitos de cada pessoa e negava a
possibilidade do relativismo cultural ser institucionalizado4. Porém, a indivisibilidade se opõe
a muitas tradições existentes em diversas sociedades.
Muitas práticas ainda ferem os direitos básicos das crianças. Em muitos lugares, as
crianças possuem seus direitos restringidos por práticas que estão incorporadas em
determinadas culturas - que serão exploradas nos próximos tópicos. Apesar de afirmarem a
necessidade das nações em promover e proteger os direitos humanos de forma universal,
as características singulares de cada Estado não podem ser ignoradas (FERREIRA, 2016).
Para entender sobre a dualidade existente, é necessário entender o debate sobre o
universalismo -explicado anteriormente- e o relativismo cultural.
A noção de relativismo cultural postula que, para defender os direitos inalienáveis
dos homens, fatores como a cultura e outras particularidades devem ser considerados. Essa
concepção afirma que valores universais não devem ser impostos, pois as práticas de cada
sociedade são dadas em momentos históricos distintos, e dependem da cultura de cada
povo. Dessa forma, suas particularidades devem ser respeitadas e, portanto, os direitos dos
indivíduos estão sujeitos à variações. Em outras palavras, a proteção dos direitos está
submetida à soberania dos Estados. Cabe ao Estado e seus poderes decidirem quais
práticas serão ou não aceitas (MARTINS, 2011).
Com esse pensamento em mente, é possível afirmar que, para o relativismo, cada
sociedade possui uma visão particular dos direitos humanos, e estes estão diretamente
relacionados ao sistema político, cultural e social ao qual eles estão inseridos (FERREIRA,

3
Apesar de não ter assinado o documento final da Convenção sobre os Direitos da Criança, os
Estados Unidos se mostraram, posteriormente, interessados em sua assinatura e ratificação.
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2016). Dada a importância do debate acima para os países, este tema será debatido através
das práticas tradicionais que ferem os direitos das crianças. Para exemplificar, pode ser
citada a mutilação genital feminina – um dos temas abordados no comitê-, em países
declarados islâmicos, como a Etiópia e o Egito (ONU, 2016). Essa prática tão tradicional
para as culturas etíope e egípcia viola os direitos das crianças. Para os Estados citados,
essa e outras mais são apenas práticas tradicionais realizadas em contexto interno, e, para
eles, devem ser respeitadas.
As tradições e valores tradicionais de cada sociedade são construídos por processos
históricos não contestados. Ocasionalmente, esses valores e tradições levam à
marginalização de diversos grupos, como as crianças, e a sua consequente segregação, de
contextos que envolvem a área econômica, política, e social. Como exemplo, podem ser
citadas as crianças do sexo feminino que, em muitas sociedades, são proibidas de
frequentar escolas simplesmente por seu gênero (ONU, 2015).
Por um lado, é importante preservar as características e particularidades de cada
povo, contudo, não é correto, para muitos, permitir que os direitos inalienáveis das crianças
sejam feridos. Muitos Estados justificam essas violações dos direitos humanos a partir dos
valores e tradições que orientam sua população, a sociedade acaba internalizando esses
elementos. (PAULA, 2010). No entanto, isso se choca com os princípios de Direitos
Humanos que visa proteger o indivíduo de práticas que possam prejudicar, violentar ou
discriminar as crianças e qualquer outro grupo, independentemente de suas tradições,
cultura ou contexto religioso na qual sua sociedade está inserida. Muitos instrumentos, para
lidar com os direitos das crianças foram criados. Percebe-se então, a pressão feita por
Organizações Internacionais para que os países realizem os compromissos firmados nas
reuniões. Além disso, o Conselho de Direitos Humanos (CDH), através de uma Resolução
sobre os Direitos das Crianças do ano de 2008, demonstrou empenho para, de maneira
conjunta com os países, garantir direitos de meninas e meninos, bem como auxiliar os
Estados para que adotem melhores práticas de respeito e integração à elas. Além disso, o
CDH promove muitas discussões sobre crianças e formas de garantir sua dignidade
(UNHRC, 2017).
Sendo assim, quando os valores tradicionais entram em conflito e minam os direitos
das crianças, os Estados julgam necessário intervir de maneira positiva - incentivando o
respeito à dignidade humana, erradicando estereótipos, valores, tradições e também
práticas prejudiciais. (OHCHR, 2017) Segundo os próprios Estados, cabem a eles “[...]
garantir o direito de cada nação, de cada cultura, de cada tradição religiosa, à diferença,
sem, no entanto, perder o caráter de universalidade reclamado pelos direitos humanos.”
(ARAÚJO, 2011).
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Dessa forma, o Estado deve promover e proteger as liberdades fundamentais – de


expressão, crença, pensamento, escolha, entre outros - a igualdade e dignidade humana em
seu território, independentemente de posições políticas, culturais e econômicas. (OHCHR,
2017). Em 1996, foi aberto, para assinatura e ratificações dos Estados membros da ONU, o
Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos. No artigo 5º está exposto que:

Não pode ser admitida nenhuma restrição ou derrogação aos direitos


fundamentais do homem reconhecidos ou em vigor em todo o Estado Parte
no presente Pacto em aplicação de leis, de convenções, de regulamentos
ou de costumes, sob pretexto de que o presente Pacto não os reconhece ou
reconhece-os em menor grau (PACTO INTERNACIONAL DOS DIREITOS
CIVIS E POLÍTICOS, apud CEDIN, 1992)

Diante disso, o papel do Conselho de Direitos Humanos (CDH) é auxiliar a criação


dos pactos e tratados – através de fóruns e debates - bem como fiscalizar o cumprimento
das normas estabelecidas e reportar as informações para os outros Estados e organizações.
Além disso, cabe também a identificação de casos de violação dos direitos das crianças.
Entretanto, o CDH não auxilia somente Estados, mas também outras entidades, como
organizações, cujo objetivo também seja proteger os direitos inalienáveis de cada indivíduo
(HUMAN RIGHTS COUNCIL, 2017).
O comitê se dedica a análise de práticas tradicionais que ferem os direitos das
crianças e o papel do Estado para tentar assegurá-los de modo mais eficiente. Quando
relacionado à proteção dos Direitos Humanos para crianças, essa questão é mais delicada.
O propósito deste comitê é, então, o debate acerca da situação das crianças, a fim de se
alcançar as melhores resoluções e propostas que atendam e respeitem os artigos presentes
na Carta da ONU, de maneira a garantir a todos o acesso aos direitos pré-estabelecidos.

2.1 Práticas que ferem os direitos das crianças

Os direitos humanos nos propõem um grande desafio ao enfatizarem que todas as


crianças são iguais, isto é, não são distintas em nenhuma natureza, seja de etnia, religião,
nacionalidade. Todavia, sabe-se que cada povo se desenvolveu de uma forma peculiar,
criando costumes e valores próprios. Sendo assim, como evitar choques entre direitos
inerentes e tradições? Como evitar que práticas culturais entrem em contradição com os
direitos humanos? E até que ponto essas práticas devem ser desencorajadas para que
nenhum povo perca suas marcas indenitárias? Tratar essas tradições culturais em relação
aos direitos humanos das crianças é ainda mais complexo, pois estas estão extremamente
vulneráveis à situações degradantes e forçadas, justificadas pelo valor cultural que
possuem.
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2.1.1 Práticas tradicionais

Tradição pode ser definida como “via pela qual os fatos ou os dogmas são
transmitidos de geração em geração sem mais prova autêntica da sua veracidade que essa
transmissão” (DICIONÁRIO AURÉLIO DA LÍNGUA PORTUGUESA ONLINE, 2008 – 2017).
Sendo assim, práticas tradicionais são aquelas que perpetuam num determinado grupo
social ao serem passadas como conhecimento dos mais velhos aos mais novos. Dessa
forma, são criados os traços peculiares de cada povo, isto é, suas próprias crenças e
costumes.
Um exemplo de tradição é a mutilação genital feminina, que será um dos temas
debatidos neste comitê. Trata-se de uma prática milenar que consiste em cortar partes dos
pequenos e grandes lábios vaginais e partes do clitóris. O corte pode ser feito à navalha,
com o uso de facas e também cacos de vidro, e não é usada nenhuma anestesia. Cerca de
100 a 140 milhões de meninas e mulheres já foram submetidas a esse processo, e
aproximadamente três milhões ainda podem sofrê-lo todo ano (OMS, 2009).

Figura 1 - Mapa da mutilação genital feminina

Fonte: FOLHA DE S. PAULO, 2015


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A mutilação genital feminina é uma marca identitária muito importante para as


meninas nos lugares onde é praticada, porque transmite um sentimento de orgulho, de
integração e de maturidade, além de indicar que as jovens estão "limpas", prontas para os
casamentos arranjados por suas famílias (OMS, 2009). Entretanto, essa prática viola
gravemente os Direitos da Criança, no sentido de que fere física e psicologicamente
meninas menores de 18 anos (UNICEF, 1989 - 2004). Além de também significar uma
violação do "...direito a estar livre de torturas, punição ou tratamento cruel, desumano ou
degradante..." previsto pela Declaração Universal dos Direitos Humanos (OMS, 2009).

2.1.2 Práticas culturais

Impossibilitar o acesso das meninas à educação é um exemplo desse tipo de prática,


- além de ser também uma prática religiosa e cultural em determinados casos - uma vez
que, em determinados países ou regiões, há a crença e o costume de que as mulheres não
devem ser educadas.
Um estudo da Organização das Nações Unidas,

[...] conduzido em 14 países, identificou tendências distintas entre homens


e mulheres, no que tange à qualificação e formação superior. Segundo a
pesquisa, as probabilidades de uma mulher obter um diploma de bacharel,
mestre e doutor em campos relacionados à ciência seriam de,
respectivamente, 18%, 8% e 2%. Para os estudantes homens, os valores
aumentariam, chegando a 37%, 18% e 6% (NAÇÕES UNIDAS, 2016).

Em algumas culturas, a educação feminina é proibida, como é o caso da lei islâmica


aplicada pelo talibã - movimento fundamentalista islâmico - nos países que lhe permitiram
influência, que são: Paquistão, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos. (BORBA,
FABRIS, ZOPPI, 2014, p.84) Acredita-se que não é necessário à mulher mais do que
conhecimento religioso e doméstico.
Contudo, de acordo com o Artigo 26 da Declaração Universal dos Direitos Humanos,
"todo ser humano tem direito à instrução", (NAÇÕES UNIDAS, 1948), portanto, impedir que
mulheres e meninas tenham acesso à educação é uma prática que, formalmente, deve ser
erradicada, mas persiste devido ao padrão cultural de comportamento de países como os
citados acima

2.1.3 Práticas religiosas


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Práticas religiosas são aquelas que manifestam respeitosamente o que é


considerado sagrado. Neste comitê, além dos temas já citados, também será debatido um
exemplo de prática religiosa, que também pode ser tradicional e/ou cultural em
determinadas localidades: o casamento infantil. O casamento de menores de 18 anos é
extremamente comum em vários países, como por exemplo, no Afeganistão, que está sob o
regime do talibã, - governo fundamentalista islâmico-, cujas leis permitem e reforçam o
casamento principalmente de meninas menores de idade, usando como justificativa mantê-
las afastadas do pecado. (SINCLAIR, 2017).
Em outros países, como a Nigéria, o casamento infantil forçado é visto como um
lucro econômico. As crianças, em especial as meninas, são forçadas a se casar em troca de
comida. Em outros casos ainda, o casamento infantil é a solução que os pais encontram
para "[...] proteger suas filhas quando os combates (entre grupos terroristas, como Boko
Haram) fecham as escolas e as famílias ficam mais pobres" (SINCLAIR, 2017). De acordo
com um relatório do Human Rights Watch, os países onde essa prática é corriqueira, são:
Afeganistão, Bangladesh, Malawi, Nepal, Sudão do Sul, Tanzânia, Iêmen e Zimbábue. Além
disso, de acordo com a instituição, 74% dos casos de HIV recentemente identificados são
em meninas africanas, a grande maioria casada. Entretanto, apesar de constituir uma
prática enraizada culturalmente nas sociedades onde é comum, o casamento infantil viola os
direitos previstos pela Convenção dos Direitos da Criança ao negar proteção física e mental,
e viabilizar o tratamento degradante, -maus tratos-, a exploração, e a violência sexual contra
crianças (NAÇÕES UNIDAS, 2017).

2.2 Como o Conselho de Direitos Humanos aborda os direitos das crianças

Algumas crianças são vítimas de práticas culturais que ferem seus direitos
fundamentais. Em países como o Quênia, por exemplo, a existência de casos de crianças
que são violentadas sexualmente pelos pais ou parentes possui justificativas culturais.
Existem também países que não se posicionam contra a prática da mutilação genital
feminina, por estar estabelecida em uma determinada tradição. (OHCHR, 2017).
O Comitê de Direitos das Crianças (CRC) monitora a implementação da Convenção
Sobre os Direitos das Crianças, criada em 1989, que enfatiza os direitos das crianças à
integridade física e pessoal e destaca a obrigação dos Estados signatários de protegê-las de
"todas as formas de violência física ou mental", incluindo as formas de exploração sexual e
outras, rapto, conflito armado e tratamento ou punição desumana ou degradante. Também
obriga o Estado a adotar medidas preventivas e assegurar que todas as crianças vítimas de
violência recebam o apoio e a assistência que necessitam. (OHCHR, 2017).
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De acordo com dados da ONU, cerca de 67% das mulheres e 63% dos homens
habitantes de Estados em que a prática da circuncisão feminina é presente, se posicionam a
favor da erradicação desta prática (ONU, 2016). Ao mesmo tempo, existem mulheres que
acreditam que a prática é fundamental para que elas possam ser aceitas na comunidade na
qual estão inseridas (ONU, 2016).
O Conselho de Direitos Humanos da ONU também possui uma agenda para tratar da
questão da crianças, muitas reuniões no âmbito do Conselho já foram realizadas. Além
disso, ao fim de cada reunião, são feitos relatórios, contendo os tópicos discutidos e
propostas feitas pelos próprios Estados (OHCHR, 2017).

2.3 O papel do Estado em garantir os direitos humanos

Sabendo-se que os Direitos Humanos dizem respeito aos Direitos Fundamentais e


aos Deveres Individuais e Coletivos, é obrigação do Estado elaborar políticas eficazes, reais
e legais para que esses sejam empregados e respeitados em seu território. Ou seja, ele
deve promover os direitos as crianças protegendo-as e assegurando para que esses direitos
não sejam ignorados (BALESTRERI, 2017).
Também cabe ao Estado promover políticas educativas e culturais a fim de
compartilhar e assegurar que os direitos inalienáveis do homem e das crianças sejam
conhecidos, entendidos e respeitados. Como exemplo, pode ser citada a tentativa para o
emprego da educação em Direitos Humanos, através do plano de ação “Programa Mundial
para a Educação em Direitos Humanos”. Este diz respeito à “[...] um conjunto de atividades
de educação, de capacitação e de difusão de informação, orientadas para criar uma cultura
universal de direitos humanos.” (ARBOUR; MATSUURA, 2006, p.1).
No que se refere à maneira de garantir esses direitos, a presença de políticas
públicas que asseguram uma boa qualidade de vida, educação, saúde, por exemplo, devem
ser colocadas em prática além de um sistema judiciário coerente e imparcial para os
ocasionais julgamentos sobre a violação de direitos das crianças (BALESTRERI, 2017). O
direito à liberdade de expressão é outro ponto importante que deve ser certificado pelo
Estado em âmbito doméstico. Considerando a enorme diversidade religiosa e cultural dentro
de cada sociedade, faz-se necessário a garantia desse direito e a supervisão de qualquer
atitude discriminatória.
Em relação aos deveres do Estado perante as crianças, é dever deste, assegurar,
juntamente com a família e a sociedade, direitos, dignidade e respeito aos menores, visto
serem estes vulneráveis, sendo de sua responsabilidade, também, a proteção contra
qualquer tipo de violência, exploração e abuso (NAÇÔES UNIDAS, 2017)
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3 APRESENTAÇÃO DO COMITÊ

Se durante a Grécia antiga poucos eram considerados cidadãos, e


consequentemente, poucos detinham direitos socialmente, hoje, o simples fato de existir,
independentemente de sua classe social, cor, ou etnia, garante respaldo dos Direitos
Humanos, ou deveria, segundo a Carta da ONU. Esses dizem respeito à garantia jurídica
universal de proteção a um indivíduo e/ou grupo perante ações e omissões de um governo
contra a dignidade humana (TAVARES, 2017).
Mesmo com tanto avanço na questão da proteção do indivíduo, haviam muitos
questionamentos sobre a atuação dos Estados. Foi assim que, em 2006, surgiu o Conselho
de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas, através da resolução 60/2515 da
AGNU, representando mais uma etapa para a questão da promoção dos Direitos Humanos.
O seu objetivo principal é promover o respeito aos direitos inalienáveis do homem, bem
como reportar casos de violação e fiscalizar os Estados membros quanto ao cumprimento
de seus tratados e resoluções (UNHRC, 2017).
O CDH está localizado em Genebra, na Suíça. Este é um órgão intergovernamental
composto de 47 países membros que se reúnem três vezes ao ano – nos meses de março,
junho e setembro -contando com a participação de organizações não governamentais e
membros observadores. Quando necessário e aprovado por pelo menos um terço dos
países membros pode ocorrer uma reunião para relatar violações ou problemas de urgência.
(UNRIC, 2017)
De acordo coma resolução 60/251 da Assembleia Geral, o CDH examina e reporta
as violações flagrantes e sistemáticas, guiada pelos princípios de universalidade,
imparcialidade, objetividade e não - seletividade (UNRIC, 2017). Os mandatos dos membros
possuem prazo de duração de três anos, não podendo haver reeleição após dois mandatos.
As votações ocorrem secretamente na Assembleia Geral e seus cargos podem ser
suspensos caso haja qualquer violação dos direitos. O Conselho possui caráter
recomendatório, podendo influenciar nas decisões dos demais órgãos para prevenir crises
humanitárias (UNRIC, 2017).
No que se refere às votações, é necessário haver maioria simples, ou seja, metade
do quórum mais um voto, para que alguma resolução seja aprovada. Além disso, o CDH é
submetido à fiscalizações de órgãos como a AGNU regularmente, com o objetivo de

5
Resolução sobre a oficialização do Conselho de Direitos Humanos, no âmbito da Assembleia Geral
das Nações Unidas (AGNU) (UNHRC, 2017)
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certificar as decisões em âmbito do conselho e a realização destas por parte do Estado


(NAÇÔES UNIDAS, 2016)

4 POSIÇÕES DOS PRINCIPAIS ATORES

4.1 Índia

De acordo com a ONU, a Índia ratificou a Convenção dos Direitos das Crianças
desde 1992. No entanto, muitas práticas tradicionais ainda ferem esses direitos. Um dos
problemas ainda recorrentes no país é o casamento infantil e forçado. Essa prática é
contrária aos princípios básicos dos direitos humanos (ONU, 2016). O Estado indiano, no
entanto, tenta, através de suas leis, acabar com o problema. As crianças, do sexo feminino,
principalmente, estão ganhando, ultimamente garantias constitucionais de igualdade e
dignidade (ONU, 2016)

4.2 Brasil

O Estado brasileiro defende a promoção de direitos entre todos os indivíduos. Esses


direitos estão expostos em suas leis. No entanto, muitas vezes esses direitos não são
assegurados. De acordo com a ONU, 36% de meninas no país já são casadas antes de
atingir a maioridade. Ademais, a legislação do país não prevê punições para aqueles que
praticam essa ação. (ONU, 2017). No que se refere ao direito à educação, há uma grande
inserção de crianças do sexo feminino. O Estado tenta incentivar a educação de todos os
cidadãos (ONU, 2016). Além disso, o Brasil é signatário da Convenção dos Direitos das
Crianças desde 1990.

4.3 Egito

O Estado do Egito luta para combater práticas que podem ferir os direitos das
crianças, como a mutilação genital feminina. O novo código penal do país prevê punições
para autores de práticas que possam ferir a dignidade humana (HUMAN RIGHTS WATCH,
2016). De acordo com a UNICEF, o acesso à educação é igualitário, para pessoas do sexo
feminino e masculino. No que se refere ao casamento infantil, o país possui índices baixos
(UNICEF, 2017).
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5 QUESTÔES RELEVANTES PARA A DISCUSSÃO

As questões abaixo tem como intenção ajudar os delegados a reflexão sobre os direitos das
crianças em seu Estado designado, bem como contribuir para a preparação, a fim de
proporcionar, nos dias de simulação, debates coerentes e proveitosos.

 Quais são os problemas encontrados pelos Estados no que se refere ao


asseguramento dos direitos das crianças?
 Quais ações por parte do Estado podem prejudicar a promoção dos Direitos das
crianças?
 Quais medidas o governo tem que tomar para garantir a liberdade cultural, e, ao
mesmo tempo se preocupar acerca da importância de garantir direitos para todos os
indivíduos?
 Como tornar os direitos humanos universais em culturas tradicionais?
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REFERÊNCIAS

AQUINO, Leonardo Gomes de. Tratados Internacionais (Teoria Geral). Disponível


em: <http://www.ambito-
juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=7652> [S.l]. Acesso
em: 06 fev. 2017.

AMBROSIO, Bianca de Souza. A marginalização da mulher na sociedade atual.


[S.l] Disponível em:
<http://www.cbg2014.agb.org.br/resources/anais/1/1404310564_ARQUIVO_EDPCBG-
Amarginalizacaodamulhernasociedadeatual.pdf>. Acesso em: 6. Fev. 2017

ARAÚJO, Giselle Marques de. OS direitos humanos sob a ótica das diferentes tradições
religiosas. [Rio de Janeiro]. Disponível em:
<http://seer.ucp.br/seer/index.php?journal=LexHumana&page=article&op=view&path%5B%5
D=116&path%5B%5D=105>

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20

TABELA DE REPRESENTAÇÃO E DEMANDA DO COMITÊ

Algumas delegações são mais demandadas do que outras, ou seja, conforme já dito
anteriormente, estas delegações repercutem direta e indiretamente no conflito. Contudo,
cabe a ressalva de que todas as delegações foram escolhidas devido sua importância
dentro das discussões. A tabela de representação, no entanto, classifica as delegações que
serão mais demandadas a se pronunciarem, sendo 1 uma demanda média, 2 uma demanda
alta, e 3 uma demanda alta e constante.

Legenda

Representações pontualmente demandadas


a tomar parte nas discussões.

Representações medianamente
demandadas a tomar parte nas discussões.

Representações frequentemente
demandadas a tomar parte nas discussões.

República da Albânia

República Popular do Bangladesh

Reino da Bélgica

Estado Plurinacional da Bolívia

República do Botswana

República Federativa do Brasil

República do Burundi
21

República Popular da China

República Democrática do Congo

República da Costa do Marfim

República da Croácia

República de Cuba

República do Equador

República Árabe do Egito

República de El Salvador

República Democrática Federal da


Etiópia

Geórgia

República Federal da Alemanha

República do Gana

Hungria

República da Índia

República da Indonésia
22

República do Iraque

Japão

República do Quênia

República do Quirguiz

República da Letônia

Mongólia

Reino dos Países Baixos

República Federal da Nigéria

República do Panamá

República do Paraguai

República das Filipinas

República Portuguesa

Esatdo do Catar

República da Coréia

República da Ruanda
23

Reino da Arábia Saudita

República da Eslovênia

República da África do Sul

Confederação Suíça

República Togolesa

República Tunisina

Emirados Árabes Unidos

Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda


do Norte

Estados Unidos da América

República Bolivariana da Venezuela


24

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