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Química Orgânica I

Licenciatura em Química - (DCE27) - 2021/2022

Estereoquímica

meet.google.com/vbi-uboe-fxe

Prof. Dra. Paula Bueno


Aula 5
Professora Visitante
Departamento de Química Orgânica – IQ/UNIFAL
paula.bueno@unifal-mg.edu.br
Estereoquímica
Isômeros: substâncias diferentes com a mesma fórmula molecular.
• Interconversão exige quebra e formação de ligações covalentes. “Um isômero pode
ter vários
Confôrmeros: conformações diferentes da mesma substância.
confôrmeros”.
• Interconversão ocorre pela rotação de ligações simples (s) .
Estereoquímica

Isômeros constitucionais: Isômeros com diferenças na conectividade entre seus átomos.


Estereoquímica
Diastereoisômeros: estereoisômeros que NÃO são imagens especulares um do outro. Possuem a
mesma conectividade entre seus átomos, mas diferem no arranjo desses átomos no espaço.

Veja que as imagens especulares dos


isômeros cis e trans são sobreponíveis (basta
girar 180° uma para ver que ela é idêntica à
outra) e, portanto, ambas as fórmulas cis
representam a mesma molécula aquiral.
Estereoquímica
Enantiômeros: estereoisômeros que SÃO imagens especulares não sobreponíveis; possuem a
mesma conectividade entre seus átomos, mas diferem no arranjo desses átomos no espaço.
São são moléculas quirais, isto é, sua imagem especular não é sobreponível. Um objeto quiral é
aquele que não é sobreponível a sua imagem especular.

Mão esquerda Mão direita Não se


soprepõem
Estereoquímica

Enantiômeros: Quando são possíveis?

Quando houver na molécula um centro estereogênico sp3 (ou estereocentro ou centro quiral ou
centro assimétrico).

4 substituintes diferentes

2-butanol
Estereoquímica

Centro estereogênico:

Tetraédrico: carbono sp3 com quatro substituintes diferentes.


Relacionado à enantiomeria. *Centros de quiralidade são centros estereogênicos tetraédricos.

Plano trigonal: dois carbonos sp2 ligados, cada um com três substituintes diferentes.
Relacionado à estereoisômeros geométricos (cis/trans).
Porém não são centros de quiralidade e não geram uma imagem especular não sobreponível.
Estereoquímica

No entanto, a existência de um centro estereogênico sp3 não basta para a molécula ser quiral.

TESTES DE QUIRALIDADE: Planos de simetria

1.Sobreposição de modelos imagens especulares: se


não forem sobreponíveis, a molécula é quiral;

2. PLANO DE SIMETRIA: plano imaginário que


divide a molécula em duas metades, imagens
especulares uma da outra.

2-cloropropano 2-clorobutano
*Moléculas com plano de simetria são aquirais. (aquiral) (quiral)
Estereoquímica

Nomenclatura de enantiômeros: Sistema R-S


1
(Regras ou sistema de Cahn-Ingold-Prelog)

1 Atribuir prioridades ou preferências a, b, c, d aos quatro


1.
substituintes do estereocentro.

• Maior prioridade (a) é dada ao substituinte com átomo de maior


número atômico ligado ao C estereogênico;
• Menor prioridade (d) é dada ao substituinte com átomo de menor 2
número atômico ligado ao C estereogênico;

2
2. Quanto dois ou mais substituintes estão ligado ao C esterogênico
por átomos iguais, o desempate é feito considerando os átomos
ligados imediatamente a seguir nos substituintes, e assim
sucessivamente, até que alguma diferença seja encontrada;
Estereoquímica

Nomenclatura de enantiômeros: Sistema R-S


(Regras ou sistema de Cahn-Ingold-Prelog)

33. Girar a estrutura (modelo) de maneira que o substituinte de menor prioridade (d) fique para trás.

Projeção de
Fischer
Estereoquímica

Nomenclatura de enantiômeros: Sistema R-S


(Regras ou sistema de Cahn-Ingold-Prelog)

44. Configuração R: seqüência de prioridade a, b, c no sentido horário;


Configuração S: seqüência de prioridade a, b, c no sentido anti-horário;

b
R (R) rectus (direito)
a c
b (S) sinister (esquerdo)
S
c a

55. Quando os substituintes possuem ligações duplas ou triplas, os átomos envolvidos nessas ligações
são duplicados ou triplicados.

fica
fica fica
fica
Estereoquímica

Nomenclatura de enantiômeros: Sistema R-S


(Regras ou sistema de Cahn-Ingold-Prelog)

Exemplo: Assinale as configurações (R ou S) para as seguintes substâncias:

d a a d

c b c
b
=S =R
OBS: Depois de assinalar a ordem de OBS: seria S, por estar no sentido
prioridade, a sequência ficou no anti-horário, porém o H deve ser
sentido anti-horário. Verifique que o colocado para trás. Basta inverter o
grupo de menor prioridade (CH3) já sentido e, portanto, a configuração
estava para trás. correta é R.
Estereoquímica

Nomenclatura de enantiômeros: Sistema R-S


(Regras ou sistema de Cahn-Ingold-Prelog)

Exemplo: Assinale as configurações (R ou S) para as seguintes substâncias:


d c a
d

b b c
a
=S =S
OBS: Depois de assinalar a ordem de
OBS: O átomo de menor prioridade já para
prioridade, a sequência ficou no
trás. Basta definir a ordem de prioridade.
sentido anti-horário. Verifique que o
grupo de menor prioridade (H) já
estava para trás.
Estereoquímica

Nomenclatura de enantiômeros: Sistema R-S


(Regras ou sistema de Cahn-Ingold-Prelog)

Exercício:
Listar os substituintes de cada conjunto em ordem decrescente de prioridade.

a) –Cl, -OH, -SH, -H a) –Cl > -SH > -OH > -H


b) -CH3, -CH2Br, -CH2Cl, -CH2OH b) -CH2Br > -CH2Cl > -CH2OH > -CH3
c) -H, -OH, -CHO, -CH3 c) -OH > -CHO > -CH3 > -H
d) -CH(CH3)2, -C(CH3)3, -H, -CH=CH2 d) -C(CH3)3 > -CH=CH2 > -CH(CH3)2 > -H
e) -H, -N(CH3)2, -OCH3, -CH3 e) -OCH3 > -N(CH3)2 > -CH3 > -H
Estereoquímica

Nomenclatura de enantiômeros: Sistema R-S


(Regras ou sistema de Cahn-Ingold-Prelog)

Exercício:
Atribuir configuração R ou S aos centros estereogênicos das estruturas abaixo:

d d c
b a c a a b

c b d
s R s
Estereoquímica

Nomenclatura de enantiômeros: Sistema R-S


(Regras ou sistema de Cahn-Ingold-Prelog)

Exercício:
Em cada par, as estruturas representam enantiômeros ou são orientações diferentes da mesma estrutura?

Enantiômeros (1 troca)
Enantiômeros (3 trocas)

Iguais (2 trocas)
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Fórmulas de projeção de FISCHER.


Forma bidimensional de representar estereocentros.

Úteis para a
 representação de
estruturas com vários
estereocentros

(2R,3R)-2,3-dibromobutano (2R,3R)-2,3-dibromobutano
Fórmula 3D Fórmula 2D

Linhas verticais: ligações para trás do plano


Linhas horizontais: ligações para frente do plano
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Aminoácido (aa): treonina


CO2H CO2H CO2H CO2H

H C NH2 H2N C H H C NH2 H2N C H

H C OH HO C H HO C H H C OH

CH3 CH3 CH3 CH3

Projeção de Fischer
2R,3R 2S,3S 2R,3S 2S,3R

Enantiômeros Diasteroisômeros
2R,3R e 2S,3S 2R,3S e 2S,3R
2S,3R e 2R,3S 2R,3R e 2S,3S

Diastereoisômeros: configurações opostas em 1 ou + estereocentros


Enantiomêros: configurações opostas em todos os estereocentros 18
Estereoquímica

Propriedades dos Enantiômeros:


como diferenciá-los?
Ponto de fusão? NÃO
Ponto de ebulição? NÃO
Índice de refração? NÃO
Densidade? NÃO
Espectros de UV, IV, EM, RMN? NÃO
Solubilidade? NÃO
Reatividade? Em condições aquirais, NÃO.
Estereoquímica

Propriedades dos Enantiômeros:


como diferenciá-los?

1. Propriedades biológicas – interação com receptores.

LARANJA LIMÃO
CH3 CH3 CH3

H2C CH3 H2C CH3 H2C CH3

R-limoneno limoneno S-limoneno


Estereoquímica

Propriedades dos Enantiômeros:


como diferenciá-los?

2. Propriedades FARMACOLÓGICAS – interação com receptores.

O
O

N O
N O
N
N
O O H
O O H

(+) –Talidomida
1963 - Contra náusea (-) –Talidomida
matinal em gestantes Teratogênica

São interconvertidas em condições fisiológicas.


Estereoquímica

Propriedades dos Enantiômeros:


como diferenciá-los?
3. Atividade ótica
Os enantiômeros (isômeros óticos) tem a capacidade de girar o plano da luz polarizada. Portanto são
substâncias oticamente ativas.

Planos de
oscilação do ANA;LISADOR
OBSERVADOR
campo elétrico
da luz normal.
Campo
elétrico
Plano de ESCALA
Onda elétrica
oscilação do Luz polarizada
campo elétrico com o plano alterado

da luz TUBO DE
Campo polarizada. AMOSTRA
magnético Onda magnética
POLARIZADOR

LUZ

Polarímetro: equipamento que polariza a luz e mede o


Luz: fenômeno eletromagnético desvio no plano polarizado (rotação ótica), causado por
uma substância oticamente ativa.
Estereoquímica

Propriedades dos Enantiômeros:


como diferenciá-los?
3. Atividade ótica
Destrorotatória: substância que gira o plano da luz polarizada para a direita. Caracterizada por um sinal (+).

Levorotatória: substância que gira o plano da luz polarizada para a esquerda. Caracterizada por um sinal (-).

Rotação específica: Exemplo:

Temperatura

a: rotação observada no plano da luz polarizada


c: concentração (g/mL) para soluções ou densidade para líquidos puros Banda D do sódio (598,6 nm)
l: comprimento do tubo em dm (1 dm = 10 cm)
Uma solução 1g/mL da substância X gira
• depende do número de moléculas que se encontra dentro do tubo, que
3,12o para a direita (+) o plano da luz
depende do comprimento do tubo e da concentração do enantiômero.
polarizada de l=598,6 nm, a 25o C.
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Propriedades dos Enantiômeros:


como diferenciá-los?
R,S: configuração
3. Atividade ótica e nomenclatura R,S
(+), (-): sentido do desvio da luz

(R)-(+)-2-Metil-1-butanol (S)-(-)-2-Metil-1-butanol (R)-(-)-1-Cloro-2-metilbutano (S)-(+)-1-Cloro-2-metilbutano


[a]25D = + 5,756o [a]25D = - 5,756o [a]25D = - 1,64 [a]25D = + 1,64

R-(+) S-(-) R-(-) S-(+)


Estereoquímica

Propriedades dos Enantiômeros:


Excesso enantiomérico: ocorre quando a proporção dos enantiômeros em mistura é diferente de 1:1.

(R)-2-butanol (S)-2-butanol Excesso enantiomérico (EE)


[a]25D = -13,52o [a]25D = +13,52o
EE (%) = Moles (+) – Moles (-) x 100
total de Moles
15
100%
10
Como calcular EE usando rotação da luz polarizada?
5
[a]D

0
50% EE(%) = [a]tlmistura x 100
-5
50% [a]tlenant. puro
-10

-15

100%
Estereoquímica

Propriedades dos Enantiômeros:

Exercício
Uma amostra de 2-metil-1-butanol tem uma rotação específica igual a +1,151o.
EE(%) = [a]tlmistura x 100
a) Qual o excesso enantiomérico da amostra?
[a]tlenant. puro
b) Qual enantiômero está em excesso?
c) Qual a porcentagem de cada enantiômero na amostra?

Dado: (S)-(-)-2-Metil-1-butanol [a]25D = - 5,756o

Resposta:

a) EE(%) = [a]tlmistura x 100 = 1,151x100/5,756 = 20,0%


[a]tlenant. puro
b) A amostra contém 20,0% de excesso enantiomérico de (R)-(+)-2-Metil-1-butanol. Isto o enantiômero R é +.
Logo, se o excesso tem rotação óptica +, o excesso é do isômero R-(+).

c) % (+) = (100-20) + 20 = 60% Portanto, a amostra contém 60% de (R)-(+) e 40% de (S)-(-)
2 2-metil-1-butanol
Estereoquímica

Moléculas com mais de um centro estereogênico:


- Um centro estereogênico sp3 : dois enantiômeros: (+) e (-)
- Mais de um centro estereogênico: 2n estereoisômeros
No. de centros estereogênicos

No. máximo de estereoisômeros = 2n

(2S, 3R) (2R, 3S)


DIASTEREOISÔMEROS

1,2-dibromopentano

22=4
(2R, 3R) (2S, 3S)

ENANTIÔMEROS
Estereoquímica

Composto Meso
- Molécula aquiral que contém centros estereogênicos.
ENANTIÔMEROS

- Apesar de conter centros estereogênicos, não é quiral porquê ela


é sobreponível (e, portanto idêntica) à sua imagem especular.

- Não são opticamente ativos.

-Exemplo: 2,3-dibromobutano
DIASTEREOISÔMEROS (2R, 3R) (2S, 3S)

(2S, 3R) (2R, 3S)


Formas meso: aquirais
Plano de simetria
Estereoquímica

Composto Meso
Estereoisômeros de ciclopentanos dissubstituidos

1,2-dimetilciclopentano 1,3-dimetilciclopentano
ENANTIÔMEROS ENANTIÔMEROS

(1S, 3S) (1R, 2R)


DIASTEREOISÔMEROS
(1R, 2R) (1S, 2S)

Meso composto Meso composto


(1R, 2S) (1R, 2S)
Estereoquímica

Estereoisômeros de cicloexanos dissubstituidos

Composto Meso

A) Cicloexanos 1,4-dissubstituídos:
PLANO DE SIMETRIA

- Possuem 2 centros estereogênicos, porém


- Não contém centro de quiralidade
- Existem nas formas cis e trans (diastereoisômeros)
- As formas cis e trans contém plano de simetria
- São aquirais, portanto opticamente inativos

cis-1,4-dimetilcicloexano trans-1,4-dimetilcicloexano
Estereoquímica

Estereoisômeros de cicloexanos dissubstituidos

Composto Meso

A) Cicloexanos 1,3-dissubstituídos:

- Possuem 2 centros de quiralidade ((2n) PLANO DE SIMETRIA

- Porém contém 3 centros estereogênicos


*(eram esperados 4)
- O cis-1,3-dimetilcicloexano tem um plano de simetria
- O trans-1,3-dimetilcicloexano não tem plano de simetria

cis – aquiral

trans – quiral (2 enantiômeros)


cis-1,3-dimetilcicloexano trans-1,3-dimetilcicloexano
Estereoquímica

Estereoisômeros de cicloexanos dissubstituidos

Composto Meso

A) Cicloexanos 1,2-dissubstituídos:
- Possuem 2 centros de quiralidade (2n), no entanto:

- trans - 1,2-dimetilcicloexanos: existem como par de enantiômeros

- cis - 1,2-dimetilcicloexanos: tem eixo de simetria, portanto é AQUIRAL. Com a inversão do anel para a
conformação cadeira, percebe-se que estes compostos são estereoisômeros conformacionais.
Estereoquímica

Determinação da configuração
Uso de reações com retenção de configuração
Reações que não alteram a configuração de centros estereogênicos podem ser utilizadas para determinar a configuração
de uma substância em relação a outra.
EXEMPLOS de reações com retenção de configuração:

Retenção da configuração
Mesma designação (S)
(S)-(-)-2-Metil-1-butanol (S)-(+)-2-Metil-1-butanol Direção da rotação ótica alterada

Retenção da configuração
(R)-1-Bromo-2-butanol (S)-1-Bromo-2-butanol Designação alterada (S)(R)
Estereoquímica

Determinação da configuração
Configurações relativas e absolutas
Configuração relativa: Até 1951, nenhuma configuração absoluta era conhecida. Por exemplo, para o gliceraldeído, Não
era possível saber se (R) era (+) ou (-). No entanto, o gliceraldeído era utilizado como padrão para a determinação da
configuração relativa de outras substâncias:

Gliceraldeído
1 centro estereogênico .
2 enantiômeros

(+) ou D (-) ou L
(R)-Gliceraldeído (S)-Gliceraldeído dextro levo

Configuração absoluta: a configuração absoluta de um centro de quiralidade é a sua designação R ou S, que só pode ser
especificada pelo conhecimento da disposição espacial real dos grupos ligados ao centro quiral.

Em 1951, J.M. Bijvoet utiliza a difração de raios X para a determinação absoluta de do (+)-ácido tartárico.
Estereoquímica

Determinação da configuração
Separação de enantiômeros: Resolução

Resolução: separação de enantiômeros de uma mistura racêmica.

a) Método de Pasteur:
- 1848, Pasteur consegue separar enantiômeros de sais de ácido tartárico de
uma mistura racêmica
- Análise da estrutura cristalina de sais de amônio e sódio do ácido tartárico
- Separação de cristais e análise por polarimetria
- (+)-ácido tartárico = dextrorotatório
- (-)-ácido tartárico = levorotatório
- No entanto poucos compostos orgânicos formam cristais

b) Métodos Atuais
- Recristalização diastereoisomérica
- Resolução por enzimas
- Cromatografia quiral
Estereoquímica

• Mistura racêmica: mistura equimolar de enantiômeros


– Reação química entre composto aquiral (ou racêmico) e um reagente aquiral
– Racemização – enantiomêro é transformado em mistura racêmica (envolve quebra de ligação ->
energia requerida é grande)
• Resolução:
– Mistura racêmica + reagente quiral => diastereoisômeros => separação recristalização /
isolamento => regeneração (base forte/ácido forte)
– Método mais comum é a reação ácido-base => ácidos carboxílicos + amina => sal de amônio.
*um dos dois reagentes sendo quiral.
CO2H CO2- NH3
CO2- H3NCH3
(R)
CO2H
(R,R)
H H H CH3 H CH3
CH3 CH3 H
HO HO HO HO
CH3NH2 (R)-1-feniletilamina H3C

HO HO HO HO NH3
H
CH3
H
CH3
H
CH3
H
CH3
(S,R)
(S) CO2H CO2- H3NCH3 CO2H CO2-
H
H3C
36
Estereoquímica

BIBLIOGRAFIA DESTA AULA

1. **Solomons, T. W. G. and Fryhle, C.- Organic Chemistry, 10th. ed., John Wiley, 2009. – CAP 5:
Estereoquímica.

2. Bruice, P. Y. , Organic Chemistry, 5th. ed., Pearson Prentice Hall, 2006. - Cap 5: Estereoquímica.

3. **McMurry, J. - Organic Chemistry, 7th. ed., Thomson Brooks Cole Publishing Company, 2007 (2005). –
Cap 9: Estereoquímica.

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