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Feridas ............................................................................................................................. 4
Tipos de tecidos ............................................................................................................ 5
Cicatrização................................................................................................................... 6
Fatores que interferem na cicatrização ......................................................................... 7
Desbridamento .............................................................................................................. 7
Limpeza......................................................................................................................... 9
Coberturas e curativos................................................................................................... 9
Terapias Adjuvantes.................................................................................................... 12
Vamos Praticar? 20 questões de feridas ..................................................................... 13
Lesão Por Pressão ......................................................................................................... 21
Prevenção .................................................................................................................... 21
Estágios da LPP .......................................................................................................... 21
Escala de Braden ......................................................................................................... 22
Queimaduras ................................................................................................................. 23
Profundidade ............................................................................................................... 24
Extensão (Regra dos 9 + Fórmula de Parkland) ......................................................... 25

Nenhuma parte deste material poderá ser reproduzido por qualquer meio ou forma prévia, nem copiado e
vendido sem a prévia autorização da autora. A violação dos direitos autorais é um crime e está sujeito a
penalização estabelecido na Lei Federal nº 9.610 de 1988 e punido pelo Art. 184 do Código Penal

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Qualquer rompimento anormal que prejudique a integridade da


pele, de mucosas, ou de qualquer outra parte do corpo. Pode ser
causada por agentes físicos, químicos, mecânicos ou biológicos.

 Etiologia: Intencionais ou cirúrgicas (causadas por instrumentos cortantes),


lacerantes (margens irregulares), patológicas, perfurantes, iatrogênicas
(secundárias a procedimentos ou tratamentos, como a radioterapia), corto
contusas (bordas irregulares e contidas, causada por objetos não afiados mas fortes
como pedra e dente), contusas (bordas irregulares e macerados);
 Evolução: Agudas (decorrentes de acidentes ou cirurgias, se não tratadas no
tempo certo, podem se transformar em crônicas) e crônicas (processo de
cicatrização demorado e complicado decorrente de infecções ou patologias, como
diabetes);
 Espessura: Superficiais, profundas superficiais (epiderme, derme e tecido
subcutâneo) e profundas totais (tecido muscular, ossos, tendões);
 Complexidade: Simples e complexas (quando associadas a infecções ou
patologias);
 Contaminação: Limpas (sem contaminação e cicatriza sem complicações),
limpas-contaminadas (penetram o trato respiratório, gastrointestinal, urinário e
genital sem contaminação incomum), contaminadas (acidentais em traumas ou
cirurgias, e permanece aberta por mais de 6h), infectadas (agente infeccioso local)

OBS: De acordo com a Resolução 501/2005, são classificadas apenas em limpas,


contaminadas e infectadas.

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Tipos de tecidos

 NECROSE: Resultante da morte celular e tecidual com consequente perda da


função orgânica e do metabolismo celular. É irreversível, por isso deve ser
removido. Caracteriza-se pela coloração preta/marrom/acastanhada, que adere ao
leito ou as bordas e pode ser endurecida ou amolecida. Pode ser de:
coagulação/isquêmica/escara (devido a hipóxia/isquemia, sólida, opaca, turva,
seca e varia de amarela-pálida ao preto), de liquefação (devido a infecção,
mostrada no item seguinte), fibrinoide (aspecto róseo devido a doenças
autoimunes), gangrenosa (ocorre em membros sem suplementação sanguínea) ou
gordurosa (extravasamento de enzimas lipolíticas para o tecido adiposo, ocorre na
pancreatite aguda).

 ESFACELO/LIQUEFATIVO: Tecido fibrinoso ou mucinoso, de consistência


amolecido/semifluido, de coloração branco/amarelado/acinzentado, aderido ou
não a ferida. Composto por bactérias, leucócitos, fragmentos celulares,
exsudatos, fibrina, elastina e colágeno.

 GRANULAÇÃO: Tecido viável para a cicatrização, pois é composto por vasos


sanguíneos neoformados, indicando um progresso positivo da cicatrização.
Caracterizado pela coloração avermelhada.

 EPITELIZAÇÃO: Também é viável para a cicatrização, possui colágeno. É


caracterizado pela coloração róseo e/ou brilhante nas bordas ou superfície da
lesão.

 MACERADO: Tecido esbranquiçado que surge nas bordas da ferida quando há


excesso de umidade pelo aumento do exsudato.

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Cicatrização

Processo composto por 3 fases complexas, sequenciais, dependentes de energia e


controladas por fatores de crescimento, são elas:

0. HEMOSTASIA: Considerada apenas por alguns autores (totalizando 4 fases), é


responsável por ativar o sistema de coagulação.
1. FASE INFLAMATÓRIA/EXSUDATIVA: 0-3 dias. Caracterizada por edema,
eritema, calor e dor. Ativa o sistema de coagulação e promove o desbridamento
e a defesa da ferida contra patógenos. O sangramento é controlado pela
hemostasia, e os leucócitos granulocíticos migram para a região com o objetivo
de destruir os microorganismos;
2. FASE PROLIFERATIVA/FIBROBLÁSTICA: 3-24 dias. Resumida em 3
palavras: Neoangiogênese (formação de novos vasos sanguíneos para a
manutenção da cicatrização), fibroplasia (células mesenquimais atraídas para a
inflamação e transformadas em fibroblastos que promovem a síntese de colágeno
–responsável pela força tênsil da cicatriz- e o tecido de granulação) e epitelização
(migração das células epiteliais das margens para o centro, induzindo a contração
e a neoepitelização);
3. FASE DE MATURAÇÃO/REMODELAÇÃO: Começa na 3ª semana e dura
meses ou anos, dependendo do local e extensão. Ocorre a remodelação do tecido
a partir da contração, reduzindo o tamanho e aumentando a resistência.

OBS: Corticoides e quimioterápicos reduzem a cicatrização.

A cicatrização também pode ocorrer por 3 maneiras:

 1ª intenção: De forma asséptica, com destruição tecidual mínima, para aquelas


que estão com as bordas próximas, sem tecido de granulação visível e sem
infecção. Ex: operatória;

Incisão limpa / Sutura precoce / Cicatriz fina

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 2ª intenção: Quando a aproximação das bordas não é possível pela perda tecidual
significativa ou potencial de infecção. Ficam abertas e fecham pela epitelização
e contração;

Intervalo irregular / Granulação / Epitélio

 3ª intenção: Aproxima as margens da ferida infectadas ou que precisam de


dispositivos (como dreno) para tratar antes da aproximação das bordas de forma
cirúrgica com suturas.

Ferida / +Granulação / Sutura tardia

Hemorragia, infecção, evisceração (extração das vísceras), deiscência (abertura dos


pontos cirúrgicos/cicatriz), psicossociais (estresse, ansiedade), doenças crônicas (diabetes
mellitus, hipertensão arterial), tabagismo, edema, perfusão e oxigenação diminuídas ou
ausentes, estado imunológico, mobilidade do paciente, extensão e local da ferida, aporte
nutricional inadequado, entre outros.

Desbridamento

Ato de remover o tecido necrótico ou desvitalizado que impede o avanço do tecido


viável. É feito para evitar infecção, permitir a visualização completa do leito
(profundidade) e favorecer a cicatrização. São usados métodos:

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 AUTOLÍTICO: Permite a degradação seletiva dos tecidos desvitalizados por


meio de enzimas endógenas, em virtude de um meio úmido adequado. Realizado
por meio da aplicação de coberturas que permitam a hidratação da ferida para
favorecer as enzimas do próprio organismo, por exemplo, hidrocoloide em placa
e hidrogel (de preferência a base de água);
 ENZIMÁTICO/QUÍMICO: Mais rápido e barato. Consiste na aplicação tópica
de enzimas proteolíticas desbridantes diretamente no tecido desvitalizado para
degradá-lo quebrando as fibras de colágeno que unem o tecido
necrosado/esfacelado ao leito. Realizado geralmente com papaína a 10%;
 INSTRUMENTAL/MECÂNICO: Executado pelo profissional que possua
domínio técnico, como um enfermeiro capacitado. Realiza-se com o auxílio de
pinças, bisturis e atrito físico. Geralmente associado com o enzimático;
 CIRURGICO: Realizado pelo médico cirurgião vascular, com anestesia local ou
geral.

1º passo: Explicar ao paciente o procedimento, que pode ter sangue, para evitar
ansiedade e medo. Se mesmo assim o paciente relatar muito medo da dor e pedir
‘anestesia’, aplicar lidocaína para reduzir a ansiedade e insegurança do paciente.

2º passo: Avaliar a lesão: Tipos de tecidos presentes (granulação, esfacelos, necrose),


sinais de infecção (aumento da temperatura, dor, rubor), presença de exsudatos, situação
da borda da lesão (hiperqueratose –precisa desbridar-, epibore –cicatrizado-,
queratinosa).

OBS: Se a lesão estiver necrosada, realizar o SQUARE # para maior penetração das enzimas

3º passo: Escolher o tipo de desbridamento: Depende de fatores: seletividade da técnica


para não remover ou danificar tecidos viáveis, características do exsudato, presença de
infecção ou colonização, quantidade, profundidade e localização do tecido a ser
desbridado, além da capacitação do profissional.

4º passo: VERIFICAR O PULSO, para identificar se for lesão arterial e evitar perder
o membro

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5º passo: Realizar o desbridamento escolhido e informar o paciente sobre os efeitos


esperados, reações que podem acontecer, e a sequência do tratamento com a sua ferida.

Limpeza

Visa eliminar os fatores desfavoráveis presentes na ferida e promover rápida cicatrização,


intensifica o processo de autólise (desbridamento natural de uma ferida), contribui para
reduzir o odor, manter a umidade ideal, proteger a pele dos efeitos da maceração,
diminuir infecções cruzadas, preparar a ferida para receber a cobertura adequada e
proporcionar conforto e qualidade de vida ao paciente.

COMO FAZER? Lavar toda a região abundantemente com água corrente (se tiver em
boas condições) ou soro fisiológico, aplicar alguma substância, dependendo dos tecidos
presentes na ferida, e esfregar com gaze, depois enxaguar.

-Clorexidina: Só deve ser usada na pele íntegra, pois agride o tecido de granulação.

-PHMB: Não agride o tecido de granulação.

Único usado dentro da lesão.

NÃO PODE: Iodo (agride o tecido de granulação), pastas (difícil remover),


hipoclorito/vinagre, óleos (no leito da ferida macera as bordas, e no exsudato que é rico
em água não se mistura e resseca).

PODE: PHMB, soro, água, clorexidina 2% apenas na área perilesional (não pode ser
alcoólica).

COBERTURAS E CURATIVOS

Promove: Ferida limpa, impermeável e coberta, permite trocas gasosas mas impede o
contato do ambiente externo com o interno protegendo da contaminação, ajuda na
hemostasia, na cicatrização, previne traumas mecânicos, impede o contato visual do
paciente, promove o desbridamento, ambiente úmido adequado, isolamento térmico,
absorve e remove o excesso de exsudato, etc.

CORRELATO: Usado direto na lesão mas não fecha a ferida, apenas estimula a
neoangiogênese, a epitelização, o desbridamento químico/autolítico, e é antimicrobiano.

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~Desbridantes seletivos: Destroem a necrose e o esfacelo, e mantem o tecido de


granulação. Ex: Papaína e Hidrogel.

~Desbridantes não seletivos: Destroem todos os tecidos, viáveis e inviáveis.

~Antibióticos tópicos: Grande toxicidade para destruir as bactérias, usados em feridas


infectadas. Ex: Neomicina e bacitracina.

COBERTURA: Fecha a ferida, formando uma barreira física. É impermeável a água e


fluidos, alivia a dor; permite trocas gasosas, protege a lesão contra traumas, auxilia na
hemostasia; promove desbridamento, tem fácil aplicação e remoção e facilita as
atividades da vida diária do paciente.

 Alginato de Cálcio:

Promove o desbridamento autolítico pela boa aderência das suas fibras, é usado
comumente em traqueostomia ou coberturas oncológicas. Indicado para feridas com
moderada/alta exsudação, infectadas ou não (se tiver infectada recomenda-se a
associação com prata), sangrantes e que precisam de preenchimento de cavidades.
Pode ser em fita ou em placa.

Contraindicado: feridas secas/pouco exsudato, necrose seca, queimaduras de 3º grau,


exposição óssea e de tendões.

 Hidrocolóides:

Possuem bordas adesivas, é estéril, promovem um desbridamento autolítico, previne a


LPP, muda a coloração para marrom quando necessita de troca. Indicado: feridas abertas
superficiais não infectadas, com leve/moderada exsudação.

Contraindicado: feridas infectadas, alto exsudato, necrose seca e exposição óssea/tendão.

 Filme transparente:

Possui uma película de poliuretano, semipermeável. Usado em feridas com pouco


exsudato, prevenção de LPP e áreas doadoras de enxerto.

Contraindicado: Muito exsudato e infectadas.

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 Carvão ativado com prata:

Indicado para feridas com moderado/muito exsudato, com forte odor, superficiais ou
profundas, infectadas ou não, permanece 48-72 horas, a depender da saturação, e precisa
de cobertura secundária.

Contraindicado: feridas secas, sem odor ou infecção, baixo exsudato, queimaduras e


com exposição óssea/tendão.

 Ácido Graxo Essencial (AGE):

Usado na pele íntegra, para prevenir lesões, ou em feridas abertas superficiais sem
infecção e sem tecido desvitalizado que precisa aumentar a granulação e estimular a
epitelização.

Contraindicação: Feridas infectadas ou com muito exsudato.

 Colagenase:

Pomada lipofílica que realiza o desbridamento enzimático de feridas com tecido


necrótico bem aderido, degradando o colágeno da ferida. Indicada: feridas com necrose
seca ou viscosa aderida ao leito.

Contraindicada: feridas limpas e secas, ou hipersensibilidade aos componentes da


fórmula

 Espuma com prata:

Espuma de poliuretano impregnada com íons de prata. Usada em feridas infectadas, ou


com risco de infecção, com cicatrização retardada e moderado/alto exsudato. Pode ser
usada em queimaduras de 1º e 2º grau e pé diabético.

Contraindicado: lesões secas, limpas e em alérgicos aos componentes.

 Tela de acetato de celulose com petrolato:

Cobertura primária composta de malha de acetato de celulose, impregnada com emulsão


formulada a base de petrolato. Permite que o exsudato passe livremente para a
cobertura secundária, protege e previne a aderência da cobertura ao leito da ferida,
para minimizar a dor e o trauma durante a remoção. Indicada: Diversas feridas como
queimaduras 1 e 2º grau, lacerações, etc.

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 Hidrogel:

Indicado para feridas com pouca perda tecidual. Realiza o desbridamento autolítico de
feridas necróticas, mantém o meio úmido e estimula a produzir tecido de granulação.

Contraindicado: lesões com muito exsudato. Pode ser em formato de gel ou placa.

 Papaína:

Enzima proteolítica que atua como desbridante químico/enzimático em feridas com


necrose seca ou viscosa bem aderida por meio da digestão de restos teciduais, de fibrina
e de material genético das células mortas. Remove exsudatos inflamatórios e estimula
precocemente a cicatrização sem afetar o tecido íntegro perilesional. Pode ser em pó,
pomada ou gel de 2-10%: 2%: tecido de granulação, 4-6%: ação desbridante de necrose
de liquefação, 8-10%: necrose de coagulação (seca).

TERAPIAS ADJUVANTES

Usadas como um auxílio/reforço para acelerar a cicatrização.

Laserterapia: O laser aumenta o metabolismo celular, estimula o fotorreceptor que altera


os níveis de ATP, liberando fatores de crescimento –granulação-, ocorrendo a síntese de
colágeno e acelerando a microcirculação. Porém, o laser não ultrapassa necrose e nem
esfacelo, tendo que ser feito o desbridamento. Requer capacitação profissional.

Oxigenoterapia hiperbárica: O paciente fica em uma câmara isolada onde respira O² a


100% e a pressão é 2,5x maior que o nível do mar. Proporciona uma recuperação física
mais rápida (em atletas, por exemplo), combate a infecções, potencializa antibióticos,
avança a cicatrização, auxilia a regeneração óssea, etc.

Terapia a vácuo: Curativo isolado por película, drenagem por pressão negativa, reduz a
profundidade e extensão da ferida.

Ozonoterapia: Anti-inflamatória, antisséptica e vascular periférica (ajuda a circulação).


O membro deve ficar de 30 a 40 minutos na bolsa de Ozonoterapia.

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Vamos Praticar?

1. (NUCEPE/2019) A cicatrização das feridas envolve processos fisiológicos


integrados. Algumas complicações podem interferir nessa cicatrização. São elas,
exceto:
a) Hemorragia
b) Infecção
c) Evisceração
d) Hemostasia
e) Deiscência
2. (INES-RJ-AOCP-2012) O processo de cicatrização de feridas é composto de uma
série de estágios complexos, interdependentes e simultâneos, que são descritos em
fases. A fase em que ocorrem 2 eventos importantes, sendo eles a deposição, o
agrupamento e a remodelação do colágeno e a regressão endotelial é chamada de
fase:
a) Inflamatória
b) Proliferativa
c) De fibroplasia
d) De granulação
e) De maturação
3. (Prefeitura de Camaçari-BA/AOCP/2014) No tratamento de feridas, a fase de
cicatrização que envolve a atividade predominante de mitose celular e
desenvolvimento do tecido de granulação é denominada:
a) Inflamatória
b) Macrogágica
c) Reparadora
d) Proliferativa
e) Autolítica
4. (UFPR/COREMU/2016) Traumatismos superficiais são assim conceituados por
lesar a pele e tecido celular subcutâneo, podendo atingir aponeuroses e músculos.
O tratamento visa à cicatrização, devendo ser usada a cobertura de acordo com o
estágio da ferida. A respeito da ação principal de cada cobertura, numere a coluna
da direita com base na informação da coluna da esquerda.
I- Hidrocoloide

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II- AGE
III- Alginato de cálcio
IV- Sulfadiazina de prata

( ) Absorção de exsudato

( ) Quimiotaxia

( ) Ação bactericida imediata e ação bacteriostática residual

( ) Desbridamento autolítico

a) 2 – 1 – 4 – 3.
b) 3 – 2 – 4 – 1.
c) 1 – 3 – 2 – 4.
d) 1 – 2 – 3 – 4.
e) 3 – 1 – 4 – 2.
5. (IBFC/2019) Considere a técnica de remoção dos tecidos inviáveis por meio de
mecanismo autolítico, enzimático, mecânico ou cirúrgico e assinale a alternativa
correta:
a) Curativo
b) Enxerto
c) Fixação
d) Desbridamento
6. (HU-UFG/EBSERH/AOCP/2015) É/são considerado(s) tecido(s) viável(is) no
processo de cicatrização das feridas:
a) Granulação e epitelização
b) Esfacelo, necrose úmida, granulação e epitelização
c) Apenas granulação
d) Esfacelo, granulação e epitelização
e) Esfacelo e necrose úmida
7. (HU-UFES/EBSERH/AOCP/2014) Enfermeiro iniciou terapia com placa
composta por poliuretano na camada externa e gelatina, pectina e
carboximetilcelulose sódica na camada interna em ferida aberta não infectada,
com leve exsudação. O tipo de desbridamento conferido por este produto é:
a) Autolítico
b) Mecânico

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c) Enzimático
d) Térmico
e) Cirúrgico
8. As feridas podem ser classificadas em cirúrgicas, traumáticas ou ulcerativas. As
traumáticas são aquelas que são provocadas por agentes. Assinale a alternativa
correta quanto aos agentes:
a) Mecânicos: ácidos, soda cáustica
b) Físicos: prego, espinho, por pancada
c) Químicos: temperatura, pressão, eletricidade
d) Biológicos: contato com animais, penetração de parasitas
9. (HE-UFPel/EBSERH/AOCP/2015) Os curativos são realizados considerando a
necessidade de se proporcionar ao organismo as condições necessárias favoráveis
à promoção do processo de cicatrização. É objetivo dos curativos:
a) Permitir a invasão de microorganismos
b) Propiciar traumas mecânicos
c) Evitar as trocas gasosas
d) Garantir a homeostasia
e) Evitar o conforto e o bem estar do cliente
10. (HU-UFMG/EBSERH/AOCP/2014) Paciente acamado e internado na Clínica
Médica apresenta LPP não infectada, com tecido granuloso, com sangramento
ativo importante. O produto mais adequado para o curativo dessa ferida é o:
a) Alginato de cálcio
b) Curativo adesivo de hidropolímero
c) Carvão ativado
d) Ácido graxo essencial
e) Hidrocoloide
11. (Residência Multiprofissional/UFPI/COPESE/2016) Sobre as fases do processo
de cicatrização de feridas, marque a assertiva correta em relação à fase de
proliferação:
a) Nessa fase diminui a vascularização, o colágeno se reorganiza, o tecido de
cicatrização se remodela e fica igual ao normal.
b) As bordas da ferida deslocam-se para o centro e a ferida fica gradualmente
coberta de tecido epitelial.

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c) Nesta fase o organismo inicia a coagulação, limpa a ferida e protege-a da


infecção; os tecidos danificados e os germes são removidos (fagocitose).
d) É o processo que ocorre no organismo como defesa à lesão tecidual que
envolve reações neurológicas, vasculares e celulares que destroem ou barram
o agente lesivo e substituem as células mortas ou danificadas, por células
sadias.
e) Fibroblastos penetram na ferida em grandes quantidades, inicia-se a síntese do
colágeno e os capilares movem-se para o centro da ferida.
12. (HU-UFGD/EBSERH/AOCP/2014) Mulher, 57 anos, diabética que evoluiu com
gangrena e necessidade de amputação de membro inferior esquerdo, encontra-se
internada e apresenta ferida em coto do membro amputado. À avaliação inicial da
ferida mencionada pelo enfermeiro do setor, foi observado diâmetro de
aproximadamente 22cm, bordas irregulares, cerca de 2,3cm de profundidade,
tecido predominante em 60% do leito da ferida com fibrina e 40% com
granulação, grande exsudação de odor fétido. Dentre as alternativas, o curativo
mais adequado para o tratamento desta ferida é:
a) Ácido graxo essencial
b) Colagenase
c) Espuma polimérica
d) Tela de acetato de celulose com petrolato
e) Carvão ativado com alginato de cálcio e sódio
13. (HUJB-UFCG/EBSERH/AOCP/2017) Trata-se de uma mistura complexa de
enzimas proteolíticas e peroxidases, extraída do látex de um vegetal, que causa a
proteólise (degradação de proteínas em aminoácidos) do tecido desvitalizado e da
necrose, sem alterar o tecido sadio. O enunciado refere-se:
a) Ao gel de papaína
b) À colagenase
c) Ao gel de própolis
d) Aos ácidos graxos essenciais
e) Ao hidrocoloide
14. (Residência Profissional em saúde/UPE/2016) Conhecer o processo de
cicatrização das feridas é fundamental para a definição da terapêutica a ser
estabelecida pelo enfermeiro. Quanto à fase proliferativa do processo de
cicatrização, é correto afirmar que:

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a) Se manifesta clinicamente pelo aparecimento de edema, hipertermia, calor e


dor
b) A fase granulocítica, subfase da fase de granulação, é responsável pela
liberação de enzimas proteolíticas mediadoras (colagenases, elastases e
hidrolases ácidas) que auxiliam o aumento do fluxo sanguíneo com
vasodilatação para a área lesada, ajudando, assim, os neutrófilos e macrófagos
na digestão das bactérias e restos celulares.
c) Nessa fase, ocorre o início da reparação em que os macrófagos secretam
proteases, fatores de crescimento e substâncias vasoativas que dão
continuidade ao processo de desbridamento e reparação da ferida.
d) Essa fase depende de dois fatores importantes, angiogênese e fibroplasia,
sendo caracterizada pelos seguintes fenômenos: processo de deposição do
colágeno (fibroplasia), angiogênese, formação do tecido de granulação,
contração da ferida.
e) Nessa fase, acontece a deposição de colágeno na ferida, e para sua síntese, os
fibroblastos dependem única e exclusivamente de uma boa demanda de
oxigênio para a região.
15. (Hospital Sarah/TE/2016) Segundo o manual “Cirurgias seguras salvam vidas”, a
maioria das feridas cirúrgicas é contamina por bactérias mas apenas uma minoria
progride para infecção clínica. Em relação ao conceito de ferida pré-operatória,
associe as colunas e assinale a alternativa com a sequência correta:
A) Limpas
B) Limpas-Contaminadas
C) Contaminadas
D) Infectadas

( ) Feridas operatórias nas quais os tratos respiratório, alimentar, genital ou urinário são
penetrados sob condições controladas e sem contaminação incomum. Especificamente,
cirurgias envolvendo o trato biliar, apêndice, vagina e orofaringe são incluídas nesta
categoria, contanto que nenhuma evidência de infecção ou de quebra importante na
técnica seja encontrada.

( ) Incluem feridas traumáticas antigas com tecido desvitalizado ou aprisionado e as


envolvem infecção clínica existente ou vísceras perfuradas. Esta definição sugere que os

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microrganismos causadores de infecção pós-operatória estavam presentes no campo


operatório antes da cirurgia.

( ) Incluem feridas abertas, recentes, acidentais. Além disso, cirurgias com quebras
importantes na técnica estéril (por exemplo: massagem cardíaca aberta) ou exposição
grosseira do trato gastrointestinal e incisões com inflamação aguda não purulenta

( ) Uma ferida operatória não infectada na qual nenhuma inflamação é encontrada e os


tratos respiratório, alimentar, genital ou urinário não infectado não são penetrados. São
feridas fechadas por primeira infecção e, se necessário drenadas por drenagem fechada.
E as feridas incisas operatórias que são consequência de trauma não penetrante.

a) B, D, C, A
b) B, C, D, A
c) A, D, C, B
d) A, C, D, B
16. (Residência Multiprofissional e Uniprofissional/UPE/2017) O processo cicatricial
é composto por diversas fases didaticamente estabelecidas. Cada uma delas tem
sua importância no remodelamento da ferida. O enfermeiro para garantir o
tratamento adequado e a recuperação precoce deve ter conhecimento dos
principais eventos de cada uma das fases. Quanto a esses eventos, é correto
afirmar que:
a) Na fase proliferativa, as bordas da ferida tendem a se afastar, para dar lugar
ao crescimento de tecido jovem. A epitelização não pode se iniciar por não
haver tecido vascular viável. Dessa forma, não há formação da cicatriz nessa
fase.
b) A fase inflamatória é extremamente prejudicial à cicatrização da ferida, pois
a hemostasia que nela ocorre impede o fluxo sanguíneo na região,
prejudicando a migração dos macrófagos.
c) A fase proliferativa dura de 4 a 24 dias quando começa a surgir o tecido de
granulação composto, principalmente, de fibroblastos, nenhuma fibra de
colágeno e pequena vascularização.
d) A fase inflamatória é caracterizada por edema, eritema, calor e dor. Nessa fase,
o sangramento é controlado pela hemostasia, e os leucócitos granulocíticos
migram para a região com o objetivo de destruir os microorganismos.

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e) A fase de maturação pode durar até dois anos e resulta no adelgaçamento das
fibras de colágeno que se apresentam imaturas, o que favorece a força de
tensão, importante na remodelação do tecido
17. (Residência Multiprofissional/UFSC/FEPESE/2017) Em todos os níveis de
atenção é comum o enfermeiro se deparar com a necessidade de avaliação e
implementação de cuidados com pacientes com diversos tipos de feridas. O
aspecto do tecido apresentado no leito da ferida é o grande orientador para a
definição dos cuidados de enfermagem. Assim, é correto afirmar:
a) O tecido necrosado apresenta cor exclusivamente preta e é resultante da falta de
suprimento sanguíneo no tecido.
b) A umidade excessiva dificulta o surgimento do tecido de granulação e o
ressecamento da ferida auxilia no processo de epitelização.
c) O tecido de granulação apresenta cor vermelha brilhante. Caso exista infecção
associada à coloração pode manifestar-se por rosa-pálido ou vermelho-escuro.
d) O esfacelo é um tecido que apresenta cor esverdeada, que associa necrose e
processo infeccioso do leito da ferida.
e) A maceração apresenta cor avermelhada e é resultante da compressão mecânica
dos tecidos.
18. (Residência Multiprofissional em saúde/UFJF/2017) No hospital existem muitos
pacientes para realização de curativos. Na limpeza das feridas, o único agente
completamente seguro que pode ser utilizado em qualquer tipo de lesão é:
a) Hipoclorito de sódio a 1%.
b) Permanganato de potássio a 0,01%.
c) Peróxido de hidrogênio 10%.
d) Solução fisiológica a 0,9%.
e) Cetrimida.
19. (Prefeitura do RJ/2016) O tipo de cobertura utilizado nos curativos, que
proporciona um ambiente úmido oclusivo, favorável ao processo de cicatrização,
evitando o ressecamento do leito da ferida e aliviando a dor, sendo indicado,
também, para uso em feridas limpas e não-infectadas, possuindo poder de
desbridamento nas áreas de necrose, é chamado:
a) Carvão ativado
b) Hidrogel
c) Hidrocoloide

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d) Alginato
20. (UFCG/2016) Com relação à limpeza de feridas é correto adotar os procedimentos
a seguir, EXCETO:
a) A ferida não deve receber limpeza rigorosa no seu leito
b) A ferida deve receber limpeza rigorosa no seu leito
c) A ferida deve ser irrigada com SF de leve pressão
d) A ferida irrigada exige o uso de agulha calibre 12 e seringa de 20ml
e) A referida submetida a limpeza tem as fontes de contaminação removida

1. D 11. E
2. E 12. E
3. D
13. A
4. B
14. D
5. D
15. A
6. A
16. D
7. A
17. C
8. B
18. D
9. D
19. B
10. A
20. A

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2016 Nome alterado de Úlcera Lesão, pois a úlcera é uma ferida aberta, e a LPP
estágio 1 não é aberta, portanto, não pode ser chamada de úlcera.

Dano localizado na pele e/ou tecidos moles subjacentes, geralmente sobre uma
proeminência óssea ou relacionada ao uso de dispositivos/objetos, causado por um
aumento de pressão em uma área que compromete a circulação local, não ofertando o
aporte nutritivo necessário, gerando hipóxia. Não patológica.

Em idosos, é reduzida a capacidade de redistribuir a pressão, pela redução do colágeno,


da força mecânica e o aumento da rigidez, por isso são mais atingidos pela LPP.

Prevenção

Padrão Ouro: Mudança de decúbito a cada 2 horas e apoio para regiões

comuns mais acometidas como a occipital, escapular, cotovelo, sacro e calcâneo.

Estágios da LPP

 Estágio 1: Pele íntegra com eritema que não embranquece

--Remover causador (assim como em todos os estágios), limpar a lesão com PHMB,
utilizar protetores cutâneos (spray) e hidrocolóides (preventivo).

 Estágio 2: Perda da pele em sua espessura parcial e exposição da derme.


Apresenta coloração rosa ou vermelha, é úmida e pode apresentar bolhas,
intactos ou rompidos, com conteúdo seroso

--Esvaziar flictenas, avaliar necessidade de exames de cultura, limpar a lesão.

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 Estágio 3: Perda da pele em sua espessura total e exposição do tecido adiposo

--Realizar limpeza, remover tecidos desvitalizados, cuidar da pele perilesional

 Estágio 4: Perda da pele em sua espessura total e perda tissular: exposição da


estrutura óssea, tendões e músculos

--Avaliar tipo de desbridamento e correlatos necessários, absorver exsudatos

 Não classificável: Profundidade não visível pela camada de necrose/esfacelo no


leito da ferida

--Remover necrose/esfacelo através dos tipos de desbridamento

ESCALA DE BRADEN

Usada, na admissão, para avaliar o risco dos pacientes de desenvolver LPP. A pontuação
varia de 6 a 23, e quanto menor for, maior o risco, sendo:

Menor ou igual a 11: Risco severo, necessita de avaliação diária da pele


Entre 12 e 14: Risco moderado
Maior ou igual a 16: Risco brando

OBS: Deve ser avaliado as LPP já existentes também na admissão.

Variáveis 1 2 3 4
Percepção Totalmente Muito Pouco limitado Nenhuma
Sensorial limitado limitado limitação
Umidade Completamente Muito Ocasionalmente Raramente
molhado molhado molhado molhado
Atividade Acamado Confinado a Caminha Caminha
cadeira ocasionalmente frequentemente
Mobilidade Totalmente Muito Pouco limitado Sem limitações
imóvel limitado
Nutrição Muito pobre Inadequada Adequada Excelente
Fricção e Problema Problema Sem problema -
cisalhamento potencial

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O QUE FAZER: Usar hidratantes nas áreas ressecadas, principalmente após o banho,
pelo menos 1x ao dia; atentar para suor e exsudatos pois são irritantes para a lesão;
proteger a pele da umidade excessiva com produtos de barreira e manter lençóis secos;
realizar mudança de decúbito; utilizar suporte para alívio da pressão; na admissão,
avaliar o paciente pela Escala de Braden; fornecer líquidos, proteínas e ingesta calórica
para um estado nutricional adequado; etc.

O QUE NÃO FAZER: Massagear áreas hiperemiadas para estimular circulação; limpar
apenas quando tiver sujo; não realizar curativo adequado; manter decúbito elevado
acima de 30º; evitar mobilização e mudança de decúbito do paciente; etc.

Ferida traumática causada por agentes que causam destruição parcial/total da pele e anexos

AGENTE TÉRMICO: Pode ser frio ou quente

AGENTE QUÍMICO: Como ácidos e bases. Bases tem maior poder de penetração.

AGENTE ELÉTRICO: Mais perigoso e agressivo. Pode causar Rabdomiólise


Traumática e a Síndrome Compartimental.

AGENTE RADIOATIVO: Causa a Síndrome da Radiação Aguda, que tem como


sintomas náuseas, diarreia, vômitos, cefaleia e febre.

o Rabdomiólise Traumática: Degradação do tecido muscular que libera a


mioglobina no sangue, que é nefrotóxica, causando mioglobinúria. Também
causa hipercalemia (+K), principal desencadeador de arritmias e PCR.
o Síndrome Compartimental: Ocorre quando a fáscia do músculo pressiona os vasos
sanguíneos causando dor, paralisia, parestesia, palidez e ausência de pulso.
Sendo necessário realizar a fasciotomia, onde a fáscia do músculo é cortada para
aliviar a pressão nas veias.
OBS: Diferente da escarotomia, que remove tecidos duros de queimaduras graves.

O QUE FAZER? O primeiro passo é ‘remover/afastar’ esses agentes para evitar a


propagação da queimadura. Isso pode ser feito retirando a vítima do local, retirando
roupas e adornos que não estejam aderidos, lavar o local com água fria, evitar

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hipotermia (efeito sistêmico das queimaduras), encaminhar ao serviço de referência na


cidade, inserir sonda vesical de demora para queimaduras +20% de extensão em adultos
e 10% em crianças.

Gravidade: Depende da extensão, profundidade, faixa etária, cormobidades presentes,


traumas, órgãos atingidos, tipo de agente causador e se foi circunferencial.

PROFUNDIDADE

Só pode ser avaliada no ambiente intrahospitalar após 48 horas.


1º GRAU/SUPERFICIAL: Só atinge epiderme. Causa dor, hiperemia e um pequeno
edema. Some de 4 a 6 dias. Ex: Insolação.

Queimadura do sol ≠ Intermação

Queimadura por causa do suor na prática de exercícios físicos

2º GRAU/ESPESSURA PARCIAL: Atinge epiderme e derme. Causa muita dor (em


virtude das terminações nervosas) e bolhas/flictenas. Some entre 7 e 21 dias.

Bolhas: Rompimento dos hemidesmossomos > Acúmulo de albumina. Se forem


superficiais serão bolhas rosadas, se forem profundas, bolhas amareladas.

Hemidesmossomos: Conectam a
membrana plasmática das células
epiteliais à lâmina basal adjacente.

3º GRAU/ESPESSURA TOTAL: Atinge epiderme, derme e hipoderme. Indolor


local, apenas nas terminações nervosas circunjacentes. Causa um espesso seco,
esbranquiçado, não muda a perfusão periférica.

4º GRAU/SUBDÉRMICA: Atinge epiderme, derme, hipoderme, tendão, ossos,


músculos, órgãos, etc. Indolor. Geralmente associada a carbonização.

Obs: Algumas literaturas só classificam até 3 graus. Mas, o mais usado hoje é até 4 graus.

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EXTENSÃO

Usada para calcular a extensão e


REGRA DOS 9/REGRA DE WALLACE a reposição volêmica.

Cabeça e Pescoço: 9%
Cabeça e Pescoço: 18%
MMSS: 9% cada
MMSS: 9% cada

Tórax: 36% (18% Tórax: 36% (18%


ant. e 18% post.) ant. e 18% post.)

Genitália: 1%
Genitália: 1%

MMII: 13,5% cada


MMII: 18% cada

Fórmula de Parkland: Calcula a reposição volêmica em 24 horas. O resultado dividido


por 2 = 1 parte nas primeiras 8 horas e 2 parte nas outras 16 horas.

V = 2 - 4ml x KG do paciente x ACQ% (Área Corpórea Queimada: Regra dos 9)

 Adulto ou +14 anos: 2 ml. Débito urinário de 0,5ml/kg/hora


 Menor de 14 anos ou -30kg: 3 ml. Débito urinário de 1ml/kg/hora
 Queimadura elétrica: 4 ml. Débito urinário de 1,5ml/kg/hora

NÃO FAZER NA QUEIMADURA: Retirar roupas e adornos aderidos, lavar com agua
gelada, colocar gelo, passar pasta de dente/pó de café/manteiga e outros produtos
caseiros, passar pomada no ambiente pré-hospitalar, administrar oxigênio em baixo
fluxo, etc.

Curativos: Quanto menos trocas, melhor! Semi compressivos.

 Substitutos de pele: Membranas regeneradas, celulose bacteriana,


hemicelulose, pele de tilápia, etc.
 Prata: Antimicrobiana, +cicatrização. Ex: Hidroalginatos, hidrofibras.
 Gaze: Não aderentes/vazenada/com petrolatum (óleo)/com phmb

OBS 1: Observar sinais de infecção: Mudança na coloração, edema de bordas e das


feridas, aprofundamento da lesão, mudança no odor, descolamento precoce da escara

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seca transformando-se em úmida, coloração hemorrágica sob a escara, celulite ao redor


da lesão e vasculite no interior da lesão (pontos avermelhados), etc.

OBS 2: Em queimaduras de 3º grau ou 2º grau profundo é indicado procedimento


cirúrgico (+enxertia de pele) para remoção do tecido desvitalizado e cobertura da área
ulcerada. Além de evitar a hipertrofia cicatricial e revestimento epitelial ruim.

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