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Muito já se foi falado sobre o capitalismo, o que seria, como surgiu e a constante
busca de uma definição exata para esse movimento econômico. Encontramos diversas
opiniões e teorias, muitas delas que foram surgindo e dando ideias a novos pensadores, para
então chegarmos a teoria que mais de adequa a esse fenômeno.
Ao longo do tempo, até ser denominado “capitalismo”, essa onde econômica sofreu
transformações tanto nas relações de trabalho entre senhores e camponeses, tanto quanto
comerciantes e as bases de trocas, mercado, moedas e produções. De fato, o capitalismo
surgiu para renovar todas essas ligações, e traçar um novo rumo para a economia como um
todo.
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1. CAPITALISMO E SUAS DEFINIÇÕES
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Em segundo lugar, encontramos um significado com maior frequência nos materiais
históricos referente a economia, que identifica o capitalismo como a organização de produção
para um mercado distante, no qual seria baseado num sistema de trocas, visando o lucro. Se
distingue por uma diferenciação da população em “proprietários e trabalhadores sem
propriedades”, tendo como principio orientador de uma atividade econômica buscando o lucro
irrestrito.
E por último, Marx nos introduz ao capitalismo não como em um espírito de empresa
nem no uso da moeda para financiar uma série de trocas com objetivo de lucro, mas como em
um determinado modo de produção. Ao usar “modo de produção, ele não se referia apenas no
estado da técnica, mas ao modo pela qual se definia a propriedade dos meios de produção e as
relações sociais entre os homens que resultavam de suas ligações com o processo de
produção.
Dessa maneira, o capitalismo não era apenas um sistema de produção para o mercado,
mas um sistema sob o qual a própria capacidade de trabalho se tornara uma mercadoria e era
comprada e vendida no mercado como qualquer outro objeto de troca. Sua base era a
concentração da propriedade, dos meios de produção nas mãos de uma pequena classe da
sociedade que dominava a então grande parte da sociedade que necessitava vender sua força
de trabalho a essa pequena classe detentora dos meios de produção, para a sua subsistência.
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então uma coalização destas com algum interesse em comum, constitui uma classe dominante
que se mostra em antagonismo contra as outras e demais classes.
O interesse comum que se estabelece entre determinada classe, não deriva de uma
semelhança quantitativa de rendas, mas sim as raízes que o grupo social possui numa
determinada sociedade, ou seja, a relação que o grupo mantém com o processo de produção e,
portanto, com os outros setores da sociedade.
Logo, em favor de uma índole puramente econômica e objetiva, gerando assim uma
base para essa forma peculiar pela qual uma classe dominante pode explorar o trabalho das
outras classes existentes, é que é a essência do sistema de produção ao qual podemos
denominar de “capitalismo”.
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significa basicamente expansão crescente da produção, ampliação do mercado e, como
resultado da articulação entre esses dois pressupostos, acumulação de capital.
Insiste na posição de considerar o oriente próximo como área não incluída dentro de
sua categoria de modo de produção feudal, e que o estabelecimento de relações comerciais
com esta área de desenvolvimento mercantil relativamente mais adiantado vai servir de
impulso para que a Europa feudal rompa com a sua estrutura econômica de produção de
valores de uso para atingir um sistema de produção de valores de troca. Este processo passa
pelo renascimento das cidades, crescimento da divisão de produtividade do trabalho, fuga de
camponeses, e o consequente rompimento dos laços servis no campo. Quando esses laços
servis são rompidos, instaura-se um novo sistema de produção e distribuição do produto
social que Sweezy chama de "produção pré-capitalista de mercadorias".
Para Dobb, Sweezy levanta de maneira clara e interessante várias questões, mas ao se
referir a um "sistema de produção", entra em contraste um sistema de produção a um modo de
produção no sentido de Marx. Dobb acredita nos termos das relações de produção
características do feudalismo, a saber, as relações entre o produtor e seu soberano, no qual o
produtor possui os meios de produção, na qualidade de unidade produtora individual, para
Dobb essa é uma característica crucial.
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2. SURGIMENTO E DESENVOLVIMENTO DO CAPITALISMO
“O conhecimento e juízo mais maduros de hoje indicam claramente que aquilo que a
Revolução Industrial representou foi a transição de um estágio inicial e ainda imaturo
do capitalismo, em que o modo de produção pré-capitalista fora penetrado pela
influencia do capital, subordinado ao mesmo, despido de sua independência como
forma economica, mas ainda não inteiramente transformado, para um estágio em que
o capitalismo, com base na transformação técnica, atingira seu próprio processo
especifico de produção apoiado na unidade de produção em grande escala e coletiva
de fábrica, efetuando assim um divórcio final do produtor quanto á participação de
que ainda dispunha nos meios de produção e estabelecendo uma relação simples e
direta entre capitalistas e assalariados.”
(DOBB, Maurice. A evolução do capitalismo, 1983, p. 28)
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Essa desintegração ficou marcada através das contradições presentes dentro do
feudalismo. Cada vez mais o senhor queria trabalho e produtos, e por outro lado também cada
vez mais o camponês resistia e batia de frente ao seu senhor, onde iniciou uma luta de classes
e em pouco tempo dissolveu o feudalismo. Para os senhores não saírem perdendo, eles
transformaram seus camponeses em trabalhadores assalariados, então a partir desse momento
os camponeses dependiam de seus senhores para conseguirem se sustentar.
“Para evitar o mal-entendido, talvez seja melhor declarar logo que a história do
capitalismo e os estágios de seu desenvolvimento não apresentam forçosamente as
mesmas datas para as diferentes partes do país ou indústrias diversas e, em certo
sentido, estaríamos certos em falar não de uma única história do capitalismo, e da
forma geral apresentada por ela, mas de uma coleção de histórias do capitalismo,
todas com uma semelhança geral de forma, mas cada qual separadamente datada no
que diz respeito aos seus estágios principais”.
(DOBB, Maurice. A evolução do capitalismo, 1983, p. 28)
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Essas transformações que marcaram a passagem da Idade Média para a Idade Moderna
incentivaram o nascimento do chamado capitalismo mercantil e das grandes navegações.
Nesse contexto, os Estados Nacionais incentivaram a descoberta e o domínio de novas áreas
de exploração econômica por meio do processo de colonização.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARAN, P.; SWEEZY, Paul. Capitalismo monopolista. Rio de Janeiro: Ed. Zahar, 1974.
DOBB & outros. A transição do feudalismo para o capitalismo: um debate. Rio de Janeiro:
Paz e Terra, 1977.
SWEEZY, Paul. Teoria do Desenvolvimento Capitalista. São Paulo: Abril Cultural, 1938.
SWEEZY & outros. A transição do feudalismo ao capitalismo. Rio de Janeiro: Paz e Terra,
1981.
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