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Resenha Crítica
O Nome da Rosa
Filme: O Nome da Rosa (1986) Gênero: Mistério/Suspense Duração: 130 minutos
Diretor: Jean Jacques Annaud
Com o andar das investigações, aparecem novas pistas, como a tinta que está
presente no livro contendo veneno e assim causando a morte daqueles que tocarem
e lerem o livro, e conversando com os outros monges, descobre também que os
assassinados gostavam de frequentar a biblioteca. Porém, com o aumento das
mortes, os monges resolvem chamar a inquisição para investigar o caso, pois não
gostam da forma como o franciscano está levando a investigação com base nas
evidencias e nos fatos, eles discordam que alguém esteja causando os assassinatos
no mosteiro pois são todos “santos”, o que só pode significar ser obra do demônio e
ele acaba sendo afastado das investigações.
Com a chegada da inquisição no mosteiro, tem-se a formação de alguns
suspeitos, como homens hereges, confessos de alguns pecados e uma mulher
camponesa encontrada com galinha preta e um gato preto, logo ela deveria ser uma
bruxa que estaria fazendo algum tipo de ritual, sem nenhuma prova concreta, porém
como sabemos, para a igreja isso é o suficiente para acusa-los e condena-los por tais
assassinatos, pois não poderia haver outro senão aqueles que são pecadores.
Durante esse tempo, apesar de ter sido afastado, William continua sua investigação,
mesmo sem permissão, encontrando assim o tal livro de Aristóteles, com um dos
monges (o culpado pelos assassinatos, inclusive).
O maior obstáculo encontrado por Willian é a sua crença na ciência como
caminho que leva à verdade, e tem que lidar com os fanáticos religioso. E durante
suas investigações William e Adso descobrem que as mortes estão relacionadas com
o livro desaparecido de Aristóteles, que aborda o riso como instrumento da verdade,
referindo-se talvez ao fato de o Livro do Riso, de Aristóteles, não ter existido
realmente, ou apenas ao fato de, ficcionalmente, ter deixado de existir, deixando
apenas o seu nome. Pode-se observar que a igreja católica impedia a divulgação do
conhecimento, escondendo os livros, pelo receio de que isso provocasse uma perda
no seu poder.
"O Nome da Rosa" é uma obra visualmente impactante, que oferece um retrato
minucioso e detalhado da época medieval. A atmosfera opressiva e o clima de
suspense são intensificados pela fotografia sombria e pela trilha sonora épica. O filme
retrata uma época em que uma nova metodologia, diferente daquela subordinada a
teológica, começava a surgir. Trata-se do começo do estruturalismo, corrente de
pensamentos que deu origem ao positivismo, que aliado as contribuições de
Descartes no século XVI originou tal aclamada metodologia cientifica.
No geral, "O Nome da Rosa" é uma obra ambiciosa e bem realizada, que
oferece uma visão única e interessante da época medieval e da cultura da igreja
católica. Se você é fã de dramas históricos, suspense e mistérios, definitivamente vale
a pena assistir a este filme.
Jean-Jacques Annaud é um diretor, roteirista e produtor francês nascido em 1
de outubro de 1943, conhecido por seu trabalho em “O Nome da Rosa (1986)”,
“Círculo de Fogo (2001)” e “Espírito de Lobo (2015)”. No seu portfolio já possui um
total de 29 indicações e 22 vitorias em prêmios por suas diversas obras.
Referencias
O NOME da ROSA; Direção: Jean Jacques Annaud. Produtor: Bernd Eichinger.
França: 20th Century Fox Film Corporation. 1986. (130 min.)