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PSICOLOGIA
Introdução
Essa reflexão foi produzida a partir do recorte teórico de duas pesquisas do mestrado
acadêmico em psicologia da Universidade Federal de Rondônia, que tiveram por
objetivo compreender os sentidos da educação do campo no ensino básico e superior.
Objetivo
Apoiando-se na perspectiva do construcionismo social, aqui é proposto um olhar que se
direcione para os contextos rurais e da decolonização através da educação do campo.
Desse modo, trazer essa discussão para a psicologia consiste em perspectivas de atuação
e produção científica que conduza para a valorização de todas as culturas, raça/etnias,
modos de saber e produção, para além de uma percepção eurocêntrica que desconsidera
processos de subjetivação de determinados povos e classes.
Resultados e Discussão
Caracteriza-se por uma educação voltada aos povos assentados de reforma agrária,
remanescentes de quilombos, comunidades ribeirinhas, povos da floresta, entre outros.
Tendo como objetivo principal a luta pela efetivação de um direito social básico, que é a
educação para todos, essa luta também marca a reivindicação de um processo educativo
específico para os povos que vivem e trabalham no campo, abrangendo os aspectos da
diversidade do cotidiano e territorial. Acerca disso, importantes políticas públicas foram
conquistadas, tais como os programas PRONERA e REUNI, que viabilizaram a criação
das escolas família agrícola e dos cursos de Licenciatura em Educação do Campo,
ampliando de tal modo o acesso de comunidades do campo a educação básica e de
ensino superior.
Considerações
Por fim, diante desse contexto e dos desmontes políticos recorrentes, a psicologia não
pode ficar alheia aos processos de dominação, violência, silenciamento e exclusão das
populações. Enquanto ciência e profissão, é significativo construir um recorte crítico
atento às mazelas sociais que afligem diferentes culturas, povos e identidades.