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Nos anos 2000, estávamos perante uma expansão do mercado imobiliário através dos créditos
facilitados aos consumidores com pouca estabilidade financeira, da crise do mercado de ações
e das fraudes financeiras, onde os novos empréstimos eram para liquidar os anteriores
utilizando a mesma garantia.
Várias instituições financeiras foram forçadas a admitir perdas de bilhões de dólares, euros ou
Swiss franks, sendo estas suportadas pelos bancos centrais e pelo governo dos EUA e da
Europa.
A Grécia foi o país mais afetado da União Monetária, o que acabou por influenciar os outros
países participantes aos efeitos da crise
Mas foram os Bancos Europeus os responsáveis por um aumento dos problemas fiscais de
certos Países Europeus, como por exemplo na Irlanda, onde as dificuldades financeiras
resultaram dos custos das medidas de estabilização do sistema fiscal do país
CRISE EM PT
CRISE NA IRL
A Irlanda, era considerada um país modelo mas a partir de 2007 esta entrou
numa crise mais profunda que Portugal.
Esta crise foi provocada por dívidas privadas, onde a grande dependência deste
mercado, ativos imobiliários, alcançaram grandes desvalorizações.
Tentando superar esta fase, o governo decidiu obter mais ativos imobiliários aos
bancos pretendendo injetar liquidez, criando assim uma bolha imobiliária pela falta de
procura destes ativos.
Com a queda económica e com a diminuição do emprego, este país observou o
seu défice orçamental aumentar onde apenas para apoiar as suas instituições foi
necessário 45 mil milhões de euros.
Com o agravamento da sua situação associada à subida dos spreads das taxas de
juro das obrigações soberanas e à descida dos ratings dessas obrigações, a Irlanda teve
de procurar apoio financeiro externo à UE e ao FMI.
CRISE NA GRECIA
Com a adesão da Grécia à UEM, a sua economia cresceu bastante entre 2001 e
2006, gerando um aumento dos mercados financeiros com a diminuição das taxas de
juro que levaram a um fácil acesso ao crédito.
Sendo a Grécia um país importante na Zona Euro esta apresentou uma
insustentabilidade das suas finanças públicas com a crise financeira onde encontramos
um grande aumento do défice orçamental e da dívida publica em 2009.
Estes valores acresceram o equivalente a superar o máximo permitido pelo PEC.
Isto desencadeou uma crise nos mercados financeiros que resultou numa subida
dos spreads das taxas de juro das obrigações da sua dívida soberana e na descida dos
ratings dessas obrigações.
O governo ainda tentou realizar um plano de austeridade, tomando medidas para
a gestão dos gastos públicos e para a sua arrecadação, mas estas medidas
desencadearam apenas um novo aumento do défice publico. Assim sendo, o governo
decidiu então solicitar apoio financeiro externo à UE e ao FMI no início de 2010.