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Projeto de Infraestruturas Viárias, Demolições, Sinalização,

Eletricidade e Telecomunicações

Peças escritas
Beneficiação da EM 598 Rines-Sanchequias
Freguesias de Santo André de Vagos, Pote de Vagos e Santa Catarina e Fonte de Angeão e Covão do
Lobo
Fase de Execução, Edição 1, Revisão 1 – Março de 2017

Município de Vagos
Rua da Saudade
Vagos

ID do documento: DP-0220-EXE-E01R01-VIA-DEM-SIN-ELE-TEL-Memória descritiva


Data: 15 de Março de 2017
Elaborado por: Eng.ª Clara Silva
Aprovado por: Eng.º Nuno França
Responsável: Eng.º Nuno França

Nuno França, Engenharia Civil Lda.


Aveiro, Portugal
geral@nunofranca.com
www.nunofranca.com
CONTEÚDO DO PROJETO

I. TERMO DE RESPONSABILIDADE

II. MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA

1. Introdução .................................................................................................................................................................... 5
2. Definições, legislação e bibliografia utilizada .......................................................................................................... 5
3. Descrição das soluções adotadas ............................................................................................................................... 5
3.1. Constituição dos pavimentos aplicados em obra .................................................................................................................... 5
3.1.1. Betão betuminoso: ................................................................................................................................................................. 5
3.1.2. Calçada à portuguesa (na rodovia): .................................................................................................................................. 6
3.1.3. Pavê de betão prefabricado (na rodovia): ....................................................................................................................... 6
3.1.4. Pavê de betão prefabricado (no passeio) ....................................................................................................................... 6
3.1.5. Pavê cerâmico (na rodovia) ................................................................................................................................................. 6
3.1.6. Pavê cerâmico (no passeio) ................................................................................................................................................. 6
3.1.7. Ciclovia ....................................................................................................................................................................................... 6
4. Dimensionamento ....................................................................................................................................................... 7
4.1. Pavimento flexível em betão betuminoso.................................................................................................................................. 7
4.2. Pavimento em calçada à portuguesa (cubo granito e cubo calcário ) .............................................................................. 7
4.3. Pavimento flexível em blocos de betão prefabricados (pavê)............................................................................................ 8

III. CADERNO DE ENCARGOS - ESPECIFICAÇÕES TÉNICAS

1. Execução do aterro e do leito dos pavimentos ........................................................................................................ 9


1.1. Materiais................................................................................................................................................................................................ 9
1.2. Execução ............................................................................................................................................................................................ 10
1.2.1. Preparação do Terreno Natural ....................................................................................................................................... 10
1.2.2. Transporte e Espalhamento dos Materiais .................................................................................................................. 10
1.2.3. Compactação e correção do teor em água ................................................................................................................. 10
2. Execução de pavimentos flexíveis em betão ..........................................................................................................11
2.1. Materiais............................................................................................................................................................................................. 11
2.1.1. Agregado britado de granulometria extensa em camada de base ..................................................................... 11
2.1.2. Betão betuminoso em camada de regularização – AC14 reg 50/70 (BB) .......................................................... 11
2.1.3. Betão betuminoso em camada de desgaste – AC14 surf 50/70 (BB) ................................................................ 12
2.2. Execução ............................................................................................................................................................................................ 13
2.2.1. Camada de base com materiais britados de granulometria extensa .................................................................. 13
2.2.2. Camadas com misturas betuminosas a quente ......................................................................................................... 15
3. Execução de pavimentos flexíveis em blocos de betão préfabricados (pavês) ..................................................17
3.1. Materiais............................................................................................................................................................................................. 17
3.1.1. Agregado britado de granulometria extensa em camada de base ..................................................................... 17
3.1.2. Areia em colchão de assentamento............................................................................................................................... 17
3.1.3. Blocos de betão prefabricados (pavês) ......................................................................................................................... 18
3.2. Execução ............................................................................................................................................................................................ 18
3.2.1. Camada de base em materiais britados de granulometria extensa .................................................................... 18
3.2.2. Execução dos bordos de confinamento ....................................................................................................................... 18
3.2.3. Colchão de areia de assentamento ................................................................................................................................ 18
3.2.4. Camada de desgaste em blocos de betão prefabricados (pavês) ....................................................................... 18
4. Execução de pavimentos em calçada à portuguesa ..............................................................................................19
4.1. Materiais............................................................................................................................................................................................. 19
4.1.1. Agregado britado de granulometria extensa em camada de base ..................................................................... 19
4.1.2. Areia em colchão de assentamento............................................................................................................................... 19

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4.1.3. Pedra para calçada .............................................................................................................................................................. 19
4.2. Execução ............................................................................................................................................................................................ 20
4.2.1. Execução dos trabalhos ..................................................................................................................................................... 20
5. Slurry Colorido ...........................................................................................................................................................21
5.1. Materiais............................................................................................................................................................................................. 21
5.2. Propriedades ..................................................................................................................................................................................... 21
5.3. Características................................................................................................................................................................................... 21
5.4. Método de aplicação ..................................................................................................................................................................... 21
5.5. Dotações ............................................................................................................................................................................................ 21
5.6. Acabamento em Slurry Colorido sobre Betão betuminoso............................................................................................... 21
5.7. Outras recomendações ................................................................................................................................................................. 22
6. Granulado de borracha tipo SBR .............................................................................................................................22
6.1. Materiais............................................................................................................................................................................................. 22
6.2. Método de aplicação e características ..................................................................................................................................... 22
6.2.1. Camada SBR........................................................................................................................................................................... 22
6.2.2. Camada EPDM ...................................................................................................................................................................... 22
7. Fresagem e aplicação da camada de desgaste em zonas pavimentadas ............................................................23
7.1. Materiais............................................................................................................................................................................................. 23
7.2. Execução ............................................................................................................................................................................................ 23
7.2.1. Fresagem de camadas de pavimento existente ......................................................................................................... 23
7.2.2. Camada de desgaste em mistura betuminosa a quente ........................................................................................ 23
8. Características dos materiais inerentes aos trabalhos da sinalização rodoviária ...............................................23
8.1. Materiais para execução de marcas rodoviárias ................................................................................................................... 23
8.1.1. Tintas para pré-marcação ................................................................................................................................................. 23
8.1.2. Materiais termoplásticos ................................................................................................................................................... 23
8.2. Sinalização vertical e equipamento de balizagem e de guiamento ............................................................................... 24
8.2.1. Placas ....................................................................................................................................................................................... 24
8.2.2. Postes....................................................................................................................................................................................... 24
8.2.3. Peças de ligação ................................................................................................................................................................... 25
8.2.4. Marcação dos sinais ............................................................................................................................................................ 25
8.2.5. Abecedários e numerários ................................................................................................................................................ 25
9. Trabalhos de execução inerentes à sinalização rodoviária ...................................................................................25
9.1. Marcas rodoviárias .......................................................................................................................................................................... 25
9.1.1. Material termoplástico de aplicação a quente ........................................................................................................... 25
9.1.2. Lotes, amostras e ensaios.................................................................................................................................................. 27
9.2. Sinalização vertical .......................................................................................................................................................................... 27
9.2.1. Armazenamento dos sinais ............................................................................................................................................... 27
9.2.2. Montagem dos sinais ......................................................................................................................................................... 27
9.2.3. Localização dos sinais ......................................................................................................................................................... 27
9.2.4. Implantação transversal dos sinais ................................................................................................................................. 27
9.2.5. Implantação vertical dos sinais ........................................................................................................................................ 27
9.2.6. Colocação ............................................................................................................................................................................... 27
9.2.7. Escavações para maciços de fundação de sinais ....................................................................................................... 28
10. Trabalhos não especificados ..................................................................................................................................28

IV. MAPA DE MOVIMENTO DE TERRAS

V. ELETRICIDADE E TELECOMUNICAÇÕES

1. INFRAESTRUTAS DE ELETRICIDADE ........................................................................................................................30


1.1. Tubagem de reserva ....................................................................................................................................................................... 30
1.2. Câmaras de visita pré-fabricadas ............................................................................................................................................... 30
2. INFRAESTRUTAS DE TELECOMUNICAÇÕES ............................................................................................................30
2.1. Generalidade..................................................................................................................................................................................... 30

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2.2. Materiais e Acessórios ................................................................................................................................................................... 31
2.3. Escavações ......................................................................................................................................................................................... 31
2.4. Condições de estabelecimento................................................................................................................................................... 31
2.5. Câmaras de visita ............................................................................................................................................................................ 31
2.6. Assentamento de tubagens ......................................................................................................................................................... 32
3. SINALIZAÇÃO DE PASSADEIRAS COM TECNOLOGIA AUTÓNOMA E SOLAR .....................................................32
3.1. Sinalização Vertical (H7) ................................................................................................................................................................ 32
3.2. Marcadores de via ........................................................................................................................................................................... 32

REVISÕES

Revisão nº Data Descrição

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I

TERMO DE RESPONSABILIDADE DO AUTOR DO


PROJETO DE INFRAESTRUTURAS VIÁRIAS

NUNO MIGUEL DE FRANÇA VIEIRA, Engenheiro Civil, nº de contribuinte pessoal 196368146, portador do cartão de cidadão n.º
09667622, inscrito na Ordem dos Engenheiros como Membro Sénior sob o nº 3975639756 e na qualidade de sócio-gerente da
empresa Nuno França, Engenharia Civil Lda., nº de contribuinte de pessoa coletiva 507265190, com sede na Rua Padre Manuel
Marques Ferreira, nº 24, Escritório 306-307, Esgueira, 3800-090 Aveiro, telefone nº 234 30 60 25, declara para os efeitos do
disposto no n.º 1 do artigo 10º do decreto-lei nº 555/99 de 16 de Dezembro, na redação que lhe foi conferida pelo decreto-lei
n.º 60/2007, de 4 De Setembro, pelo Decreto-Lei nº 26/2010 de 30 de Março e pelo Decreto-Lei nº 136/2014, de 9 de Setembro,
que o projeto de Infraestruturas Viárias, Sinalização, Eletricidade e Telecomunicações relativo à obra de Beneficiação da Estrada
M598 entre as povoações de Sanchequias e Rines do concelho de Vagos, localizada nas Freguesias de Santo André de Vagos,
Ponte de Vagos, Santa Catarina, Fonte de Angeão e Covão do Lobo, cujo requerente é o Município de Vagos, observa as normas
legais e regulamentares aplicáveis.

Aveiro, 15 de Março de 2017

O Engenheiro Civil,

(Nuno Miguel de França Vieira)

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II

MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA DO


PROJETO DE INFRAESTRUTURAS VIÁRIAS

1. Introdução
A presente memória descritiva refere-se ao projeto de infraestruturas viárias no âmbito da empreitada da Beneficiação da EM
598 ao longo de 8Km entre as povoações de Sanchequias e Rines do concelho de Vagos, situada em 3 freguesia: freguesia de
Santo André de Vagos, freguesia de Ponte de Vagos e Santa Catarina e freguesia de Fonte de Angeão e Covão do Lobo. Serve
também as povoações de Sanchequias, Ponte de Vagos, Parada de Cima, Fonte de Angeão e Rines e termina com a ligação ao
concelho de Cantanhede, na rua dos Emigrantes (N334) junto à povoação de Corticeiro de Cima.

A atual infraestrutura viária é de grande importância tanto como acesso principal às povoações, como polo de expansão urbana,
dado que grande parte das povoações se desenvolveu de forma linear, ao longo desta via. Com a futura construção da Zona
Industrial de Ponte de Vagos, prevê-se uma utilização acrescida desta via, fator que aumenta a necessidade da sua beneficiação.

O projeto em causa resulta da readaptação e estruturação dos acessos viários, pedonais e cicláveis, ao longo de toda a área de
intervenção, bem como, na beneficiação da camada de desgaste do betuminoso existente nos arruamentos associados aos
diversos pontos de descarga da rede de drenagem de águas pluviais.

Face à implementação de diversos perfis transversais tipo ao longo da área de intervenção, o projeto em causa consiste
basicamente no reperfilamento da via existente respeitando sempre as cotas das soleiras dos edifícios envolventes, com a
consequente definição de todas as cotas do limpo (rasante da via) e das cotas do leito do pavimento, resultantes da escavação
da caixa de pavimento associada aos diversos revestimentos a aplicar, designadamente, profundidades de 41cm nas zonas da
via em betuminoso, de 48cm nas zonas de acalmia de tráfego e de 33cm nas zonas de passeio e ciclovia.

2. Definições, legislação e bibliografia utilizada


Na presente verificação foram respeitadas as indicações feitas nos seguintes documentos:
 Disposições Normativas do INIR – Instituto de infraestruturas rodoviárias, IP
 Caderno de Encargos da JAE (2005)
 Caderno de Encargos das Estradas de Portugal (2009)
 Manual de Conceção de Pavimentos para a Rede rodoviária Nacional (JAE, 1995)
 Design Method for Lightly Trafficked and Pedestrian Pavements (Cook, 1996)
 Cálculo simplificado de secções de pavimentos em pavês (Presdouro, S. A.)

3. Descrição das soluções adotadas

3.1. Constituição dos pavimentos aplicados em obra


As soluções adotadas para cada tipo de pavimento serão, resumidamente, compostas pelas seguintes camadas:

3.1.1. Betão betuminoso:


o Camada de sub-base em agregado britado de granulometria extensa 0/40, compactado a 95% P.M - 15cm;
o Camada de base em agregado britado de granulometria extensa 0/40, compactado a 98% P.M – 15cm;
o Rega de impregnação com emulsão betuminosa catiónica de rotura lenta (ECL-1) à taxa de 1.0 Kg/m2;

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o Mistura betuminosa em camada de regularização AC 14 reg 50/70 (BB) – 6cm;
o Rega de colagem com emulsão betuminosa catiónica de rotura rápida (ECR-1) à taxa de 0.5 Kg/m2;
o Betão betuminoso em camada de desgaste AC14 surf 50/70 (BB) – 5cm;

3.1.2. Calçada à portuguesa (na rodovia):


o Camada de sub-base em agregado britado de granulometria extensa 0/40, compactado a 95% P.M - 15cm;
o Camada de base em agregado britado de granulometria extensa 0/40, compactado a 98% P.M – 17cm;
o Camada em geotêxtil (200 g/m2) para impedir a formação de raízes de ervas daninhas;
o Colchão de areia de assentamento com 5cm de espessura e traço seco de cimento a 25%;
o Cubo de granito de 11cm e cubo de calcário de 11cm.

3.1.3. Pavê de betão prefabricado (na rodovia):


o Camada de sub-base em agregado britado de granulometria extensa 0/40, compactado a 95% P.M - 15cm;
o Camada de base em agregado britado de granulometria extensa 0/40, compactado a 98% P.M – 18cm;
o Camada em geotêxtil (200 g/m2) para impedir a formação de raízes de ervas daninhas;
o Colchão de areia de assentamento com 5cm de espessura e traço seco de cimento a 25%;
o Pavê retangular tipo Presdouro 20x10x10cm, cor cinza;
o Pavê retangular tipo Presdouro 20x10x10cm, cor branco (marcação rodoviária, passadeiras e guias de
estacionamentos);
o Pavê retangular tipo Presdouro 20x10x10cm, cor vermelho (travessia da ciclovia);

3.1.4. Pavê de betão prefabricado (no passeio)


o Camada de base em agregado britado de granulometria extensa 0/40, compactado a 98% P.M – 20cm;
o Camada em geotêxtil (200 g/m2) para impedir a formação de raízes de ervas daninhas;
o Colchão de areia de assentamento com 5cm de espessura e traço seco de cimento a 25%;
o Pavê retangular tipo Presdouro 20x10x8cm, cor cinza;

3.1.5. Pavê cerâmico (na rodovia)


o Camada de sub-base em agregado britado de granulometria extensa 0/40, compactado a 95% P.M - 15cm;
o Camada de base em agregado britado de granulometria extensa 0/40, compactado a 98% P.M – 21cm;
o Camada em geotêxtil (200 g/m2) para impedir a formação de raízes de ervas daninhas;
o Colchão de areia de assentamento com 5cm de espessura e traço seco de cimento a 25%;
o Pavê cerâmico tipo Vale da Gandara 20x10x7cm, cor castanho mondego;

3.1.6. Pavê cerâmico (no passeio)


o Camada de base em agregado britado de granulometria extensa 0/40, compactado a 98% P.M – 20cm;
o Camada em geotêxtil (200 g/m2) para impedir a formação de raízes de ervas daninhas;
o Colchão de areia de assentamento com 5cm de espessura e traço seco de cimento a 25%;
o Pavê cerâmico tipo Vale da Gandara 20x10x5cm, cor castanho mondego;

3.1.7. Ciclovia
o Camada de base em agregado britado de granulometria extensa 0/40, compactado a 95% P.M – 20cm;
o Rega de impregnação com emulsão betuminosa catiónica de rotura lenta (ECL-1) à taxa de 1.0 Kg/m2;
o Betão betuminoso em camada de desgaste AC14 surf 50/70 (BB) – 5cm
o Duas camadas de slurry colorido vermelho escuro.

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4. Dimensionamento

4.1. Pavimento flexível em betão betuminoso


O dimensionamento do pavimento flexível foi efetuado seguindo as regras indicadas no Manual de Conceção de Pavimentos
para a Rede rodoviária Nacional (JAE, 1995).
As variáveis consideradas no dimensionamento foram:
 Tráfego – compreende o volume de tráfego, a sua composição e seu crescimento e o período de vida do projeto –
Classe T6 com um TMDAp entre 50 a 150 veículos;
 Condições de Fundação – conjunto de camadas onde está apoiado o pavimento, incluindo a camada de leito de
pavimento e os terrenos subjacentes até 1 m de profundidade – Classe de Fundação F2 com módulo da fundação Ef
entre 50 e 80 MPa;
 Materiais – agregado britado de granulometria extensa – Classe S4 com valores de CBR entre 20 e 40%;
 Condições Climáticas – precipitação e temperatura – foram consideradas as condições mais desfavoráveis.

De acordo com as estruturas de pavimento indicadas para a classe de tráfego T6 e fundação F2 (JAE, 2005), a constituição final
do pavimento a adotar será:

 Camada de sub-base com 0,15m de espessura, em agregado britado com granulometria extensa com as
características indicadas no Caderno de Encargos – Condições Técnicas Especiais no ponto 2.1.1
 Camada de base com 0,15m de espessura, em agregado britado com granulometria extensa com as características
indicadas no Caderno de Encargos – Condições Técnicas Especiais no ponto 2.1.1
 Camada de regularização com 0,06m de espessura em betão betuminoso com as características indicadas no Caderno
de Encargos – Condições Técnicas Especiais no ponto 2.1.2 – AC14 reg 50/70 (BB);
 Camada de desgaste com 0,05m de em betão betuminoso com as características indicadas no Caderno de Encargos –
Condições Técnicas Especiais no ponto 2.1.3 – AC14 surf 50/70 (BB).

4.2. Pavimento em calçada à portuguesa (cubo granito e cubo calcário )


O dimensionamento do pavimento flexível foi efetuado seguindo as regras indicadas no Design Method for Lightly Trafficked
and Pedestrian Pavements (Cook, 1996) .
As variáveis consideradas no dimensionamento foram:
• Tráfego – peões, veículos ligeiros e poucos veículos pesados;
• Condições de Fundação – conjunto de camadas onde está apoiado o pavimento, incluindo a camada de leito de
pavimento
• Eixos padrão até 13 kN.

A constituição final do pavimento a adotar será:

• Camada de base com 0,15m de espessura, em agregado britado com granulometria extensa com as características
indicadas no Caderno de Encargos – Condições Técnicas Especiais no ponto 2.1.1
• Camada de base com 0,17m de espessura, em agregado britado com granulometria extensa com as características
indicadas no Caderno de Encargos – Condições Técnicas Especiais no ponto 2.1.1
• Camada de geotêxtil 200g/m2;
• Colchão de areia com 0,05m de espessura com as características indicadas no Caderno de Encargos – Condições
Técnicas Especiais no ponto 3.1.2;
• Camada de desgaste com 0,11m de espessura (via rodoviária) em cubo granito e em cubo calcário com as
características indicadas no Caderno de Encargos – Condições Técnicas Especiais no ponto 4.1.3.

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4.3. Pavimento flexível em blocos de betão prefabricados (pavê)
O dimensionamento do pavimento flexível foi efetuado seguindo as regras indicadas no Design Method for Lightly Trafficked
and Pedestrian Pavements (Cook, 1996) e nas especificações do cálculo simplificado de secções de pavimentos em pavês da
Presdouro, S. A.
As variáveis consideradas no dimensionamento foram:
 Tráfego – peões, veículos ligeiros e poucos veículos pesados;
 Condições de Fundação – conjunto de camadas onde está apoiado o pavimento, incluindo a camada de leito de
pavimento e os terrenos subjacentes até 1 m de profundidade com valores de CBR entre 20 e 40%;
 Eixos padrão até 13 kN.

A constituição final do pavimento a adotar (na rodovia) será:

 Camada de sub-base com 0,15m de espessura, em agregado britado com granulometria extensa com as
características indicadas no Caderno de Encargos – Condições Técnicas Especiais no ponto 3.1.1;
 Camada de base com 0,18m de espessura, em agregado britado com granulometria extensa com as características
indicadas no Caderno de Encargos – Condições Técnicas Especiais no ponto 3.1.1;
 Camada de geotêxtil 200g/m2;
 Colchão de areia com 0,05m de espessura com as características indicadas no Caderno de Encargos –Condições
Técnicas Especiais no ponto 3.1.2;
 Camada de desgaste com 0,10m de espessura em blocos retangulares de betão prefabricado (pavês) com as
características indicadas no Caderno de Encargos – Condições Técnicas Especiais no ponto 3.1.3.

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III

CADERNO DE ENCARGOS – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

1. Execução do aterro e do leito dos pavimentos


1.1. Materiais
Este capítulo refere-se às características dos materiais a utilizar no aterro e no leito dos pavimentos (em betuminoso e em cubo
calcário).
É necessário proceder ao saneamento da terra vegetal em 70cm de profundidade e do pavimento existente em pelo menos
25cm de profundidade.
Os solos selecionados deverão ser constituídos por solos de boa qualidade, isentos de detritos, matéria orgânica ou quaisquer
outras substâncias nocivas, devendo obedecer às seguintes características:
 Dimensão máxima 75 mm
 Percentagem de material que passa no peneiro nº 200 ASTM, máxima 20%
 Limite de liquidez, máximo 25%
 Índice de plasticidade, máximo 6%
 Equivalente de areia, mínimo 30%
 Valor de azul de metileno (material de dim. inferior a 75 m), máximo 2,0
 CBR a 95% (Proctor Modificado), mínimo 10%
 Expansibilidade (ensaio CBR), máxima 1,5%
 Percentagem de matéria orgânica 0%
Se em sua substituição for utilizado material granular não britado, aluvionar ou outros resultantes das escavações em rocha, o
material, deverá obedecer às seguintes características:
A granulometria deve integrar-se no seguinte fuso:

Peneiro Percentagem acumulada do material que


ASTM passa
75,0 mm (3”) 100
63,0 mm (2 1/2”) 90 - 100
4,75 mm (nº 4) 35 - 70
0,075 mm (nº 200) 0 - 12

 Limite de liquidez, máximo 25%


 Índice de plasticidade, máximo 6%
 Equivalente de areia, mínimo 30% (*)
 Valor de azul de metileno (material de dim. inferior a 75 m), máximo 2,0
 Perda por desgaste na máquina de Los Angeles (Gran. A), máxima 45%

(*) Se o equivalente de areia for inferior a 30%, o valor de azul de metileno corrigido (VAc), deverá ser inferior a 35, sendo calculado
pela seguinte expressão:

% P #200
VAc  VA   100
% P #10

VA - Valor de azul de metileno obtido pelo método da mancha no material de dimensão inferior a 75 m (NF P 18-592)
Nota: Se a percentagem de material passado no peneiro de 0,075 mm (nº200 ASTM) for inferior ou igual a 5, a aceitação do
material passa unicamente pelo respeito do especificado para o valor de L.A., desde que FR<7 e ALT>20.

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O agregado britado de granulometria extensa a aplicar, deverá apresentar-se homogéneo e não devem conter matéria orgânica
ou quaisquer substâncias estranhas, tais como madeira, vidro e plástico que afetem as misturas. Deve ser pouco suscetível à
meteorização e apresentar-se são ou pouco alterado.
Deve, ainda, obedecer às seguintes prescrições:
 A sua composição granulométrica respeitará o seguinte fuso granulométrico:

Aberturas das malhas Percentagem acumulada


de peneiros (mm) do material que passa
40 100
31,5 80 - 99
16 63 - 77
8 43 - 60
4 30 - 52
2 23 - 40
1 14 - 35
0,5 10 - 13
0,063 2-7

 A curva granulométrica dentro dos limites especificados apresentará, ainda, uma forma regular.
 Forma das partículas FI35
 Percentagem de partículas esmagadas C90/3
 Resistência à fragmentação/esmagamento (coef. Los Angeles) (%) LA50 (granitos) e LA40 (restantes tipos
petrográficos)
 Resistência ao atrito (coef. Micro-Deval) (%) MDE50
 Teor em finos (%) f7

Nota: Se a percentagem de passados no peneiro de 0,063 mm for inferior a 3 % os finos podem ser considerados não prejudiciais.
Se o teor total de finos for superior a 3 %, então SE ≥ 35%. Caso SE < 35%, então MB ≤ 2,5

1.2. Execução
Este capítulo refere-se à execução as camadas de aterro e de leito de pavimentos executadas com materiais granulares britados.

1.2.1. Preparação do Terreno Natural


Antes de se iniciarem os trabalhos de execução do aterro deve ser retirada toda a terra vegetal.

1.2.2. Transporte e Espalhamento dos Materiais


O transporte deve ser realizado por camiões basculantes. Se o material se encontrar excessivamente seco, previamente ao
transporte, deve ser feita a correção do teor em água por rega da frente de carregamento.
O espalhamento deve ser feito regularmente e de modo a que toda a camada seja perfeitamente homogénea e que a sua
espessura, após compactação, seja a prevista no projeto.
Se durante o espalhamento se formarem rodeiras, vincos ou qualquer outro tipo de marca inconveniente que não possa ser
facilmente eliminada por cilindramento, deve proceder-se à escarificação e homogeneização da camada, e posterior
regularização da superfície.

1.2.3. Compactação e correção do teor em água


Se, antes de se iniciar a compactação, se verificar que os materiais utilizados não têm a humidade adequada, deve proceder-se à
sua correção. Para isso deve escarificar-se a camada e deixar ajustar o teor em água por secagem ou outro meio, no caso de ele
estar em excesso, ou, no caso contrário, proceder a uma distribuição uniforme de água, empregando-se carros tanques de

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pressão cujo jato deverá, quanto possível, cobrir a largura total da área a tratar. Esta distribuição de água deve organizar-se de
modo a fazer-se de forma rápida e contínua.
A compactação da camada será efetuada até se atingir uma baridade seca igual a 95% da que se obteria com uma energia
equivalente à do ensaio Proctor Modificado, no corpo do aterro e no leito do pavimento.

2. Execução de pavimentos flexíveis em betão

2.1. Materiais
Este capítulo refere-se às características dos materiais e das misturas a utilizar na base, camada de regularização e camada de
desgaste.

2.1.1. Agregado britado de granulometria extensa em camada de base


Os agregados a aplicar devem apresentar-se homogéneos e não devem conter matéria orgânica ou quaisquer substâncias
estranhas, tais como madeira, vidro e plástico que afetem as misturas. Devem ser pouco suscetíveis à meteorização e
apresentarem-se sãos ou pouco alterados.
Devem ainda, obedecer às seguintes prescrições:
 A sua composição granulométrica, obtida por produção direta, respeitará o seguinte fuso granulométrico:

Aberturas das malhas Percentagem acumulada


de peneiros (mm) do material que passa
40 100
31,5 80 - 99
16 63 - 77
8 43 - 60
4 30 - 52
2 23 - 40
1 14 - 35
0,5 10 - 13
0,063 2-7

 A curva granulométrica dentro dos limites especificados apresentará, ainda uma forma regular.
 Forma das partículas 30
 Percentagem de partículas esmagadas C90/3
 Resistência à fragmentação do agregado grosso (coef. Los Angeles) (%) LA40
 Resistência ao desgaste por atrito do agregado grosso (coef. Micro-Deval) (%) MDE25

Nota: Se a percentagem de passados no peneiro de 0,063 mm for inferior a 3 % os finos podem ser considerados não prejudiciais.
Se o teor total de finos for superior a 3 %, então SE ≥ 50. Caso SE < 50, então MB ≤ 2,0.

2.1.2. Betão betuminoso em camada de regularização – AC14 reg 50/70 (BB)


Os betumes de pavimentação, obtidos por processos de refinação do petróleo bruto, devem cumprir os requisitos da Norma
Europeia EN 12591 Bitumen and bituminous binders – Specifications for paving grade bitumens, a qual especifica as
propriedades e os respetivos métodos de ensaio adequados para a caracterização deste tipo de betumes. O betume a empregar
deve 50/70.
Os agregados naturais a aplicar nos diversos tipos de misturas, devem apresentar-se homogéneos e não devem conter matéria
orgânica ou quaisquer substâncias estranhas, tais como madeira, vidro e plástico que afetem as misturas. Devem ser pouco
suscetíveis à meteorização e apresentarem-se sãos ou pouco alterados.
A mistura de agregados para o fabrico deverá, ainda, obedecer às seguintes prescrições:

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 A sua composição granulométrica respeitará obrigatoriamente o seguinte fuso granulométrico:

Aberturas das malhas Percentagem acumulada


de peneiros (mm) do material que passa
20 100
14 90 - 100
10 67 - 77
4 40 - 52
2 25 - 40
0,5 11 - 19
0,125 6 - 10
0,063 5 - 8

 A curva granulométrica dentro dos limites especificados apresentará, ainda, uma forma regular.
 Forma do agregado grosso - Índice de achatamento Fl25
 Percentagens de superfícies esmagadas e partidas nos agregados grossos (%) C100/0
 Resistência à fragmentação do agregado grosso, coeficiente Los Angeles (%) 35
 Resistência ao desgaste por atrito do agregado grosso, coeficiente micro-Deval (%) MDE20
 Absorção de água máxima (%) 2
Os resultados dos ensaios sobre a mistura betuminosa, conduzidos pelo método Marshall, devem estar de acordo com os
valores a seguir indicados:
 Estabilidade, max (kN). Smax 15
 Estabilidade, mín.(kN) Smín 7,5
 Deformação, máx. (mm) F4
 Deformação, mín. (mm) F2
 Quociente Marshall (KN/mm) Qmin 2
 Vazios na mistura de agregados (VMA), mín.(%) VMAmin 14
 Porosidade, Vm (%) Vmin 3,0-Vmax 5
 Índice de Resistência Conservada (IRC) em ensaios de compressão Marshall, mín (%).
80
 Percentagem de ligante, mín. (%). Bmin 5,0 (*)

(*) Este valor corresponde à menor percentagem de betume a utilizar no fabrico da mistura betuminosa - a considerar para ponto
de partida do ensaio Marshall - a partir da qual serão fabricadas mais 4 misturas betuminosas, com cinco percentagens de betume,
com incrementos sucessivos de 0,5 % de betume.

2.1.3. Betão betuminoso em camada de desgaste – AC14 surf 50/70 (BB)


Os betumes de pavimentação, obtidos por processos de refinação do petróleo bruto, devem cumprir os requisitos da Norma
Europeia EN 12591 Bitumen and bituminous binders – Specifications for paving grade bitumens, a qual especifica as
propriedades e os respetivos métodos de ensaio adequados para a caracterização deste tipo de betumes. O betume a empregar
deve 50/70.
Os agregados naturais a aplicar nos diversos tipos de misturas, devem apresentar-se homogéneos e não devem conter matéria
orgânica ou quaisquer substâncias estranhas, tais como madeira, vidro e plástico que afetem as misturas. Devem ser pouco
suscetíveis à meteorização e apresentarem-se sãos ou pouco alterados.
 A mistura de agregados para o fabrico deverá, ainda, obedecer às seguintes prescrições:
 A sua composição granulométrica respeitará obrigatoriamente o seguinte fuso granulométrico:

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Aberturas das malhas Percentagem acumulada
de peneiros (mm) do material que passa
20 100
14 90 - 100
10 67 - 77
4 40 - 52
2 25 - 40
0,5 11 - 19
0,125 6 - 10
0,063 5 - 8

 A curva granulométrica dentro dos limites especificados apresentará, ainda, uma forma regular.
 Forma do agregado grosso - Índice de achatamento FL20
 Percentagens de superfícies esmagadas e partidas nos agregados grossos (%) C100/0
 Resistência à fragmentação do agregado grosso, coeficiente Los Angeles (%) LA20 (*)
 Resistência ao desgaste por atrito do agregado grosso, coeficiente micro-Deval (%) MDE15
 Resistência ao polimento do agregado grosso para camadas de desgaste (%) PSV50
 Absorção de água máxima (%) 1

Nota: (*)Para granitos (de acordo com nomenclatura indicada na descrição petrográfica simplificada): LA30.
Os resultados dos ensaios sobre a mistura betuminosa, conduzidos pelo método Marshall, devem estar de acordo com os
valores a seguir indicados:
 Estabilidade, max (kN). Smax 15
 Estabilidade, mín.(kN) Smín 7,5
 Deformação, máx. (mm) F4
 Deformação, mín. (mm) F2
 Quociente Marshall (KN/mm) Qmin 3
 Vazios na mistura de agregados (VMA), mín.(%) VMAmin 14
 Porosidade, Vm (%) Vmin 3,0-Vmax 5
 Índice de Resistência Conservada (IRC) em ensaios de compressão Marshall, mín (%) 80
 Percentagem de ligante, mín. (%). Bmin 4,0

2.2. Execução
Este capítulo refere-se à execução as camadas com características de base executadas com materiais com materiais granulares
britados e se à execução de camadas de regularização e desgaste com misturas betuminosas a quente.

2.2.1. Camada de base com materiais britados de granulometria extensa


2.2.1.1 Preparação da plataforma de apoio do pavimento
Antes de se iniciarem os trabalhos de pavimentação devem ser verificadas as condições em que se encontra a camada do leito
de pavimento e nomeadamente da sua superfície (plataforma de apoio do pavimento), designadamente o seu nivelamento e
sua capacidade de suporte, de modo a garantirem-se as condições imprescindíveis para uma boa construção da primeira
camada do pavimento.
O leito do pavimento deverá apresentar uma espessura constante definida no projeto e uma compactação relativa mínima de
95% quando referida ao ensaio Proctor Modificado.
A superfície de camada deve ser regular, com inclinações transversais de 2,5% em reta e a definida no projeto quando em curva.
Estas condições devem ser verificadas imediatamente antes da construção da camada sobrejacente.

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2.2.1.2 Transporte e espalhamento dos materiais
O transporte deve ser realizado por camiões basculantes. Se o material se encontrar excessivamente seco, previamente ao
transporte, deve ser feita a correção do teor em água por rega da frente de carregamento.
Devem utilizar-se, no espalhamento do material de base, motoniveladoras ou pavimentadoras adequadas, que permitam que a
superfície da camada se mantenha aproximadamente com a forma definitiva. O espalhamento deve ser feito regularmente e de
modo a que toda a camada seja perfeitamente homogénea e que a sua espessura, após compactação, seja a prevista no projeto.
Se durante o espalhamento se formarem rodeiras, vincos ou qualquer outro tipo de marca inconveniente que não possa ser
facilmente eliminada por cilindramento, deve proceder-se à escarificação e homogeneização da camada, e posterior
regularização da superfície.

2.2.1.3 Compactação e correção do teor em água


Se, antes de se iniciar a compactação, se verificar que os materiais utilizados não têm a humidade adequada, deve proceder-se à
sua correção. Para isso deve escarificar-se a camada e deixar ajustar o teor em água por secagem ou outro meio, no caso de ele
estar em excesso, ou, no caso contrário, proceder a uma distribuição uniforme de água, empregando-se carros tanques de
pressão cujo jato deverá, quanto possível, cobrir a largura total da área a tratar. Esta distribuição de água deve organizar-se de
modo a fazer-se de forma rápida e contínua.
A compactação da camada será efetuada até se atingir uma baridade seca igual a 95% da que se obteria com uma energia
equivalente à do ensaio Proctor Modificado.

2.2.1.4 Regularidade da superfície acabada


A superfície da camada deve ficar lisa, uniforme, isenta de fendas, ondulações ou material solto, não podendo, em qualquer
ponto, apresentar diferenças superiores a 3,0 cm, em relação aos perfis transversais e longitudinais estabelecidos, nem
apresentar irregularidades superiores a 2 cm quando medidas com a régua de 3 m.

2.2.1.5 Espessura da camada


A espessura da camada, depois de compactada, será a definida no projeto.
No caso de se obterem espessuras inferiores às fixadas, não será permitida a construção de camadas delgadas a fim de se obter
a espessura projetada. Proceder-se-á à escarificação total da camada e à adição do material necessário antes de ser
compactado.
No entanto, se a Fiscalização assim o entender, poderá aceitar que a compensação da espessura desta camada seja feita por
aumento equivalente de espessura na seguinte.

2.2.1.6 Controlo da qualidade


O controlo de qualidade será realizado de acordo com o tipo e frequência de ensaios definidos nos quadros seguintes.

Código do Designação do ensaio Norma


ensaio
CP Compactação pesada LNEC E 197
BS Baridade "in situ" com sonda nuclear ASTM2922
FL Índice de achatamento NP EN 933-4
C Percentagem de partículas esmagadas ou partidas e NP EN 933-5
de partículas totalmente roladas nos agregados
grossos
SE Valor de equivalente de areia NP EN 933-8
MB Valor do ensaio de azul de metileno NP EN 933-9
LA Resistência à fragmentação do agregado grosso, NP EN 1097-2
coeficiente Los Angeles
MDE Resistência ao desgaste por atrito do agregado NP EN 1097-1
grosso, coeficiente micro-Deval

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GR Granulometria NP EN 933-1

Código de nº. de Período ou quantidade


ensaio ensaios correspondente; critérios
GR 1 por cada 2.500m3
FL 1 por cada 10.000m3
C 1 por cada 10.000m3
SE 1 por cada 10.000m3
MB 1 por cada 10.000m3
LA 1 por cada 10.000m3
MDE 1 por cada 10.000m3
CP 1 por cada 10.000 m3
CBR 1 por cada 10.000 m3
BS 3 em cada 12,5 m

2.2.2. Camadas com misturas betuminosas a quente


2.2.2.1 Preparação da superfície subjacente
As misturas betuminosas não serão aplicadas sem que se verifique que a camada subjacente tem a grau de compactação e a
regularidade especificadas neste Caderno de Encargos, ou sem que haja terminado a cura da impregnação betuminosa quando
aplicadas sobre bases de granulometria extensa estabilizadas mecanicamente ou da rega de colagem quando se trate da ligação
entre camadas betuminosas.
A superfície a recobrir deve apresentar-se isenta de sujidades, detritos e poeiras, que devem ser retirados para local onde não
seja possível voltarem a depositar-se sobre ela. A última operação de limpeza, a realizar imediatamente antes da rega de
colagem, consistirá na utilização de jatos de ar comprimido para remover elementos finos eventualmente retidos naquela
superfície.
Deverá ser realizada nas condições expressas no projeto e neste Caderno de Encargos; porém, a taxa de rega poderá ser
ajustada em conformidade com as particularidades de cada caso e com o critério da Fiscalização sob condição de não se
exceder a ordem dos 0,5 kg/m2. Em circunstância alguma se poderá proceder à rega de colagem com uma emulsão diluída,
pelo que a boa dispersão do ligante dependerá somente do equipamento que deverá ser constituído por uma cisterna com
barra distribuidora e sistema de controlo semiautomático.

2.2.2.2 Transporte das misturas betuminosas


A mistura será transportada em viaturas basculantes de caixa aberta com fundo liso e perfeitamente limpo.
Caso as condições atmosféricas façam prever chuva ou em presença de temperaturas ambientes relativamente baixas deverá
recobrir-se, obrigatoriamente, o material transportado, com uma lona que tape toda a caixa da viatura.

2.2.2.3 Espalhamento das misturas betuminosas


O equipamento de espalhamento deverá ser constituído por pavimentadoras de rastos (preferencialmente) com mesas
flutuantes de extensão hidráulica ou fixas, capazes de repartir uniformemente as misturas betuminosas.
O espalhamento não deve ser precedido da aplicação manual de misturas betuminosas, procedimento correntemente
designado por ensaibramento.
O espalhamento da mistura betuminosa deverá aguardar a rotura da emulsão aplicada em rega de colagem.
O espalhamento deverá ser feito de maneira contínua e executado com tempo seco e de preferência com a temperatura
ambiente superior a 10 ºC.
No caso de rampas acentuadas com extensão significativa o espalhamento deve realizar-se, preferencialmente, no sentido
ascendente.

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Com exceção da camada de desgaste, o espalhamento poderá prosseguir sob chuvisco ou chuva fraca, sob condição de já se ter
verificado a rotura da rega de colagem entretanto feita; porém, esta rega deverá ser imediatamente interrompida até que cesse
a precipitação.

2.2.2.4 Compactação das misturas betuminosas


Os cilindros a utilizar na compactação das misturas serão obrigatoriamente auto-propulsionáveis e dos seguintes tipos:
 Rolo de rasto liso
 Pneus
 Combinados
Os cilindros disporão de sistema de rega adequado, e os cilindros de pneus serão equipados com "saias de proteção”.
As operações de compactação devem ser iniciadas quando a mistura atingir a temperatura referida nos boletins de
fornecimento de betumes e correspondentes a viscosidades de 280+30 cSt assim que os cilindros possam circular sem deixarem
deformações exageradas na mistura e devem ser efetuadas enquanto a temperatura no material betuminoso é superior à
temperatura mínima de compactação recomendada para cada tipo de betume e definidas no estudo de formulação.
O cilindramento deve ser efetuado até terem desaparecido as marcas dos rolos da superfície da camada e se ter atingido o grau
de compactação de 97% referido à baridade obtida sobre provetes Marshall moldados com a mistura produzida nesse dia.
Quando estes valores variarem +/- 0,05 t/m3 em relação à baridade do estudo de formulação este terá que ser respeitado.
A velocidade dos cilindros deverá ser contínua e regular para não provocar desagregação das misturas.
Os cilindros vibradores devem dispor de dispositivos automáticos de corte da vibração, um certo tempo antes de chegar ao
ponto de mudança de direção, início e fim do troço.
Alguns dispositivos existentes no pavimento, tais como caixas de visita, etc., podem ficar danificados pela passagem dos rolos
vibradores. Nestes casos é usual desligar a vibração 0,50 m antes desses dispositivos e empregar nestes locais rolos estáticos ou
mesmo compactação manual.
Nos troços construídos em sobrelevações, a compactação deve ser iniciada da berma mais baixa, devendo-se reduzir a
velocidade e a frequência de vibração do cilindro vibrador, quando utilizado.
Os cilindros só deverão proceder a mudanças de direção quando se encontrem em áreas já cilindradas com, pelo menos, duas
passagens.
Nas zonas com declive significativo, o cilindramento deve ser sempre realizado de baixo para cima e dos bordos para o centro.
Deverá ser dada especial atenção à compactação das juntas.
O trânsito nunca deverá ser estabelecido sobre a mistura betuminosa nas 2 horas posteriores ao fim do cilindramento, podendo,
no entanto, aquele prazo ser aumentado sempre que tal for possível.

2.2.2.5 Juntas de trabalho


É obrigatória a execução de juntas de trabalho transversais entre os troços executados em dias consecutivos e, no caso de se
proceder à aplicação por meias-faixas, de juntas longitudinais, umas e outras de modo a assegurar a ligação perfeita das
secções executadas em ocasiões diferentes.
As juntas de trabalho serão executadas por serragem da camada já terminada, por forma a que o seu bordo fique vertical.
Os topos, já cortados, do troço executado anteriormente, deverão ser limpos e pintados levemente com emulsão betuminosa,
iniciando-se depois o espalhamento das misturas betuminosas do novo troço. Igualmente deverão ser pintadas com emulsão
todas as superfícies de contacto da mistura com caixas de visita, lancis, etc..
Quando se execute uma sequência de várias camadas, deverá haver a preocupação de desfasar as juntas de trabalho.

2.2.2.6 Controlo da Qualidade


O controlo de qualidade será realizado de acordo com o tipo de ensaios e frequência definidos nos quadros seguintes:

Código do Designação do ensaio Norma


ensaio
GR Granulometria NP EN 933-1

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VMA Vazios na mistura de agregados EN 12697-8
FL Índice de achatamento NP EN 933-4
C Percentagem de partículas esmagadas ou partidas e NP EN 933-5
de partículas totalmente roladas nos agregados
grossos
LA Resistência à fragmentação do agregado grosso, NP EN 1097-2
coeficiente Los Angeles
MDE Resistência ao desgaste por atrito do agregado NP EN 1097-1
grosso, coeficiente micro-Deval
MVAA Massa volúmica e absorção de água NP EN 1097-6
PSV Resistência ao polimento do agregado grosso para NP EN 1097-8
camadas de desgaste
VMA Vazios na mistura de agregados EN 12697-8
Vm Porosidade EN 12697-8
M Características Marshall EN 12697-34

Código de nº. de Período ou quantidade


ensaio ensaios correspondente; critérios
GR 1 por semana de trabalho
VMA 1 por semana de trabalho
FL 1 por semana de trabalho
C 1 por semana de trabalho
LA 1 por semana de trabalho
MDE 1 por semana de trabalho
MVAA 1 por semana de trabalho
PSV 1 por semana de trabalho
VMA 1 por semana de trabalho
Vm 1 por semana de trabalho
M 1 por semana de trabalho

3. Execução de pavimentos flexíveis em blocos de betão préfabricados (pavês)

3.1. Materiais
Este capítulo refere-se às características do materiais a utilizar na camada de base, colchão de areia e camada de desgaste com
blocos de betão prefabricados (pavês).

3.1.1. Agregado britado de granulometria extensa em camada de base


Os agregados a aplicar devem apresentar-se homogéneos e não devem conter matéria orgânica ou quaisquer substâncias
estranhas, tais como madeira, vidro e plástico que afetem as misturas. Devem ser pouco suscetíveis à meteorização e
apresentarem-se sãos ou pouco alterados. Devem, ainda, obedecer às prescrições indicadas em 2.1.1.

3.1.2. Areia em colchão de assentamento


A areia a aplicar devem apresentar-se homogénea e não deve conter matéria orgânica ou quaisquer substâncias estranhas, tais
como madeira, vidro e plástico que afectem as misturas.
A sua composição granulométrica respeitará o seguinte fuso granulométrico:

Aberturas das malhas Percentagem acumulada


de peneiros (mm) do material que passa
9,5 100
4,75 90 - 100

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2,36 75 - 100
1,18 55 - 90
0,6 35 - 59
0,3 8 - 30
0,150 0 - 10
0,075 0-3

Deve também ser isenta de argila.

3.1.3. Blocos de betão prefabricados (pavês)

Os blocos de betão prefabricados (pavês) deverão ter uma espessura de 0,06m e obedecer às seguintes prescrições:

Requisito Limite aceitável


Absorção de água (%) <6
Resistência à tração por compressão Nenhum resultado individual < 3,6 MPa e carga de
rotura < 250 N/mm
Resistência ao escorregamento >45
Resistência ao desgaste por abrasão < 23 – Ensaio com disco metálico
< 20 cm3 /50 cm2 – Disco de Bohme
Aspeto visual – textura e cor Nenhum bloco deve apresentar fissuras, quebras ou
laminação

3.2. Execução
Este capítulo refere-se à execução da camada com características de base executada com materiais granulares britados, à
execução do colchão de assentamento em areia e da camada de desgaste com blocos de betão prefabricados.

3.2.1. Camada de base em materiais britados de granulometria extensa


A execução da camada de base em agregado britado de granulometria extensa deve ser efetuada de acordo com o prescrito em
2.2.1.

3.2.2. Execução dos bordos de confinamento


Os pavimentos de blocos de betão prefabricados necessitam de lancis de confinamento para evitar deslocamento das peças,
abertura das juntas e perda de travamento entre os blocos. Os lancis devem ser colocados antes da aplicação do colchão de
areia e dos blocos de betão prefabricados.
O lancil deve apoiar-se a um nível inferior aos dos blocos, para garantir uma boa fixação.

3.2.3. Colchão de areia de assentamento


Deve deposita-se a areia de forma a constituir uma camada uniforme utilizando uma régua mestra de nivelamento e guias
longitudinais ou meios mecânicos (pavimentadora).
Não se pode pisar a camada de areia já nivelada. A camada de areia deve ter 0,05m de espessura final, após o assentamento dos
blocos e a vibração do pavimento.

3.2.4. Camada de desgaste em blocos de betão prefabricados (pavês)


Os blocos são colocados sem nenhum tipo de ligante. As juntas são preenchidas posteriormente com areia e deve ficar com
uma espessura entre 2 a 3 mm.
Todos os blocos devem ficar nivelados, garantindo-se que não existam diferenças com mais de 1 cm quando se verifica a
superfície com uma régua de 3 m.

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O acerto entre os blocos e os lancis de confinamento faz-se com partes de blocos bem cortadas. Se a distância entre o bloco e a
linha de confinamento for menor que 4 cm, o remate é efetuado preenchendo o espaço com argamassa com três partes de
areia e uma parte de cimento.
Caso existirem no interior da área a pavimentar caixas de visita, sumidouros, etc., os acertos dos blocos fazem-se da mesma
forma.
Terminada a colocação dos blocos, efetua-se a compactação da superfície construída utilizando-se um vibrador de placa ou um
pilão. A compactação deve ser efetuada até que o bloco penetre cerca de 1 cm na camada de areia.
O preenchimento das juntas entre blocos é efetuado com areia fina e seca, após a compactação. Remove-se o excesso de areia
e é efetuada uma compactação final para assegurar o melhor preenchimento das juntas. O excesso de areia deve ser varrido e
não lavado com água.

4. Execução de pavimentos em calçada à portuguesa

4.1. Materiais
Este capítulo refere-se às características do materiais a utilizar na camada de base, colchão de areia e camada de desgaste com
blocos de betão prefabricados (pavês).

4.1.1. Agregado britado de granulometria extensa em camada de base


Os agregados a aplicar devem apresentar-se homogéneos e não devem conter matéria orgânica ou quaisquer substâncias
estranhas, tais como madeira, vidro e plástico que afetem as misturas. Devem ser pouco suscetíveis à meteorização e
apresentarem-se sãos ou pouco alterados. Devem, ainda, obedecer às prescrições indicadas em 2.1.1.

4.1.2. Areia em colchão de assentamento


A areia a aplicar devem apresentar-se homogénea e não deve conter matéria orgânica ou quaisquer substâncias estranhas, tais
como madeira, vidro e plástico que afetem as misturas.
A sua composição granulométrica respeitará o seguinte fuso granulométrico:

Aberturas das malhas Percentagem acumulada


de peneiros (mm) do material que passa
9,5 100
4,75 90 - 100
2,36 75 - 100
1,18 55 - 90
0,6 35 - 59
0,3 8 - 30
0,150 0 - 10
0,075 0-3

Deve também ser isenta de argila.

4.1.3. Pedra para calçada


A pedra para calçada deverá satisfazer as seguintes condições:
 Apresentar textura compacta e homogénea e ser sonora à pancada do martelo;
 No caso de calçada à fiada, a pedra deverá apresentar, depois de aparelhada, faces desempenadas e a forma
paralelepipédica com arestas de dimensões não inferiores a 5cm;
 Em cada troço, a pedra a empregar deverá ser toda ela da mesma qualidade e da mesma proveniência.

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4.2. Execução
Refere a todos os trabalhos e fornecimentos necessários à sua boa execução e aplicação, salientando-se os abaixo indicados:
 A abertura, regularização e compactação da caixa e todos os trabalhos acessórios;
 O fornecimento e colocação de bases de assentamento ao traço adequado;
 O fornecimento e assentamento das pedras de calçada;
 Os cortes e remates necessários;
 O apiloamento e compactação da calçada;
 A proteção e limpeza final da calçada.

4.2.1. Execução dos trabalhos


A etapa inicial dos trabalhos passa pelo arranque e remoção do pavimento existente, sendo do encargo do empreiteiro o
transporte a depósito provisório dos materiais arrancados e a sua conservação no estaleiro da obra, para posterior reutilização
na fase de calcetamento.
O leito de fundação deverá ser convenientemente preparado de modo a adaptar-se aos perfis longitudinal e transversal, dentro
das tolerâncias previstas no projeto e ainda de modo a satisfazer as condições exigidas para o tipo de base a ser pavimentado,
devendo estar completamente limpo de vegetação, de detritos orgânicos, de poeiras, de lamas, de rochas, de escombros e de
qualquer outra substância estranha.
O pavimento da via em calçada à portuguesa é constituído pelas seguintes partes:
 Sub-base: camada constituída por tout-venant a aplicar diretamente sobre o leito do pavimento, numa espessura de
0,15m após compactação, espalhada com o cuidado necessário de modo a evitar-se a segregação dos materiais, não
sendo de admitir bolsadas de material grosso ou fino;
 Base: camada constituída por tout-venant numa espessura de 0,17m após compactação, espalhada com o cuidado
necessário de modo a evitar-se a segregação dos materiais, não sendo de admitir bolsadas de material grosso ou fino
 Camada de regularização: camada com 0,05m de areia grossa aplicada sobre a base, que deverá ser abundantemente
regada. Não é admissível o uso de areias tipo “pico”;
 Camada de desgaste: a camada de desgaste é constituída por calçada à portuguesa realizada através de cubos de
calcário granito com dimensões aproximadas de 11x11cm, pedras assentadas sem sujeição de alinhamento, atacando-
se os intervalos com o mesmo material da base, não devendo as juntas ficar com mais de 15 mm.

Deverá iniciar-se o assentamento das pedras de calçada (cubos de granito), segundo as inclinações e alinhamentos
determinados em projeto, pelas mestras, bem firmes e guarnecidas com areia ou saibro nas juntas. A curvatura da calçada será
regularizada por meio de cérceas, segundo as indicações da Fiscalização.
O remate dos painéis ou faixas com outros pavimentos ou paredes será feito por uma fiada de guia.
À medida que se for construindo a calçada, todas as juntas deverão ser preenchidas com uma mistura de areia com 5% de
cimento, tendo a areia uma granulometria entre 0 a 4 mm, devendo bater-se a calçada com um maço de peso mínimo de 20Kg,
sendo a primeira passagem feita a seco e todas as outras precedidas de regas convenientes, até que não ceda sob pressão do
maço e apresente estabilidade, com uma superfície desempenada e resistente; devem ser substituídas todas as pedras que, por
efeito de recalque, se partam ou fendam, e reassentes todas as que prejudiquem a boa regularização e desempeno da
superfície.
No final, a calçada deverá apresentar-se devidamente apertada e consolidada, com alinhamento corretos, com superfícies
uniformes (sem covas), e com pendentes de modo a permitirem uma fácil drenagem das águas pluviais para as valetas ou
sarjetas, conforme as prescrições definidas em projeto.
Concluído o trabalho de compressão da calçada, proceder-se-á ao espalhamento de pó de cimento, por toda a superfície
pavimentada. Este espalhamento deverá ser homogéneo e muito bem distribuído, recorrendo a varredura manual.
Posteriormente proceder-se-á à rega, de todo o pavimento, por forma a que o pó de cimento assim “lavado”, se infiltre pelas
juntas, deixando a superfície das pedras perfeitamente limpa e sem quaisquer resíduos ou sujidades derivadas das caldas de
cimento inevitavelmente formadas.
A flecha no final do trabalho deve ser a que constar do projeto.

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5. Slurry Colorido
5.1. Materiais
Slurry colorido refere-se a uma argamassa acrílica composta principalmente por inertes selecionados de
granulometria controlada e resinas sintéticas. Utiliza-se geralmente como acabamento de pavimentos de betão hidráulico ou
mistura betuminosa, melhorando o seu aspeto estético.

5.2. Propriedades
• Consistência de argamassas
• Boa trabalhabilidade
• Cura lenta
• Boa resistência à abrasão
• Boa resistência aos hidrocarbonetes e lubrificantes

5.3. Características
Unidade Norma Resultados

Viscocidade Brookfield (5rpm, 25ºC) mPa.s NIE 008 mínimo máximo


Material não volátil % UNE-EN ISSO 3251 10.000
Tamanho do Inerte Mm UNE EN 933-1 70 1
2
Abrasão via húmida g/m NLT 320 500
Densidade relativa UNE 104281-3-5 1.4 1.6
Resistência ao fogo - UNE 23727 M1

5.4. Método de aplicação


O suporte sobre o qual se vai aplicar Slurry Colorido deverá apresentar-se limpo, isento de pó e de humidade, devendo a
aplicação do produto respeitar os pontos seguintes:
• Impregnar com Poliprimer ou APT® diluído em 50% de água (200-300 g/m2), deixando secar (12-18 horas aproximadamente).
Se a base for uma mistura betuminosa e tiver sido recentemente aplicada não é necessário qualquer impregnação.
• Homogeneizar o Slurry Colorido antes da aplicação extraindo o saco de plástico que contém o produto, do tambor de cartão
amassando-o ligeiramente sobre o solo antes de o abrir;
• Espalhar o produto em camadas uniformes utilizando um rodo de borracha, rolo, pistola pneumática ou qualquer outro
utensílio adequado, deixando secar completamente a camada (24 horas aproximadamente) antes de aplicar a seguinte. O tempo
de secagem depende do grau de humidade e da temperatura.
NUNCA acrescentar água ao Slurry Colorido dado que este perderá as suas propriedades coesivas.

5.5. Dotações
Na primeira camada de Slurry Colorido aplicada, a dotação por m2 poderá variar em função da textura da base, sendo
recomendável que se mantenha entre 0,7 e 1 kg/m2 para superfícies pouco rugosas e entre 1 e 2 kg/m2 para superfícies abertas
ou porosas. Nas camadas seguintes deverá oscilar entre 0,7 e 1,2 kg/m2.

5.6. Acabamento em Slurry Colorido sobre Betão betuminoso


Produto Nº de camadas Dotação final (Kg/m2)
Impregnação 1 (*) 0,2 – 0,4
Slurry Colorido 1 2 -4
*Se a mistura tiver sido aplicada recentemente não é necessário a impregnação

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No caso de se desejar uma maior protecção dos pavimentos com acabamento de Slurry, qualquer das soluções propostas
anteriormente pode ser finalizado com a aplicação da pintura APT® com uma dotação de 300 g/m2 numa (1) só camada, quando
aplicada sobre Slurry Colorido.

5.7. Outras recomendações


• É aconselhável aplicar e curar o produto com temperaturas superiores a 10º C e inferiores a 35º C;
• Quando o suporte a tratar for betão hidráulico este deverá ser analisado previamente para evitar incompatibilidades de
aderência;
• Os utensílios de trabalho podem limpar-se com água antes que o produto seque;
• Não deverá ser armazenado à intempérie nem a temperaturas inferiores a 5º C;
• Aplicar preferencialmente até nove (9) meses da data de fabrico.

6. Granulado de borracha tipo SBR


6.1. Materiais
O pavimento é essencialmente constituído por duas camadas sendo a inferior a que dá a capacidade de amortecimento so
impacto e a superior a que fornece a mais valia das características lúdicas do pavimento. A camada inferior pode ser em pacas
ou em granulado de borracha reciclada – camada SBR. A camada superior é constituída por grânulos de borracha virgem –
camada EPDM.

6.2. Método de aplicação e características


6.2.1. Camada SBR
O pavimento sintético é executado no local, sendo composto por camada inferior amortecedora de impacto em SBR com a
espessura necessária para o amortecimento de impacto, de acordo com os testes do fornecedor.
A camada SBR é constituída por uma mistura de 90% de granulado preto de 2-7mm Gezoflez e de 10% de ligante Qualipur
3912, de um componente, de poliuretano livre de solventes com densidade de 1,01-1,08 gr/cm3 e viscocidade 1600-2400 cPs
até 20ºC.

Espessura de SBR (mm) Altura máxima de queda (mm)


35 (+10mm de EPDM) 1.20
50 (+10mm de EPDM) 1.50
70 (+10mm de EPDM) 2.10
80 (+10mm de EPDM) 2.50
100 (+10mm de EPDM) 3.00

6.2.2. Camada EPDM


A camada de acabamento em EPDM com 10mm é constituída por uma mistura de 80% de grânulos coloridos EPDM de 1.4mm
Gezoflex, com densidade de 1.6gr/m3, resistência à tração superior a 6MPA e tração de alongamento à rutura superior a 700%,
com estabilidade de cor entre 5-4 à escala de cinzento, e de 20% de ligante Qualipur 3912, de um componente, de poliuretano
prepolimero livre de solvente com densidade de 1,01-1,08gr/cm3 e viscocidade 1600-2400 cPs até 20ºC.
No caso do uso de grânulos de quaisquer tonalidades de azul ou cinzento o ligante deverá ser Qualipur 3480, de um
componente, de poliuretano prepolimerico alifático, livre de solventes, com estabilizador de UV, densidade de 1,00-1,10g/cm3 e
viscosidade 3000-4000 cPs até 20ºC.
Tanto a camada SBR como a de EPDM são seladas a quente, em toda a sua extensão, através de passagem repetida de talocha
aquecida com maçarico, para uma semi-impermeabilizaçao da superfície e correta estabilidade de agregação e resistência do
pavimento.

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7. Fresagem e aplicação da camada de desgaste em zonas pavimentadas

7.1. Materiais
Os materiais a aplicar na camada de desgaste deverão estar de acordo com o definido no ponto 2.1.3.

7.2. Execução
Este capítulo refere-se à execução da fresagem e da camada de desgaste em betão betuminoso.

7.2.1. Fresagem de camadas de pavimento existente


O equipamento de fresagem deverá remoção da camada de desgaste (0,05m) por faixas e deverão ser dotados de um sistema
eletrónico de nivelamento automático.
À medida que a camada de desgaste for fresada, o material removido deverá ser carregado diretamente para um camião para
posterior reutilização ou transporte para vazadouro, de acordo com a regulamentação ambiental vigente.
A área de fresagem após a realização da fresagem deverá ser convenientemente limpa para a posterior aplicação da camada de
desgaste em betão betuminoso.

7.2.2. Camada de desgaste em mistura betuminosa a quente


A execução da camada de desgaste em mistura betuminosa a quente deve ser efetuada de acordo com o prescrito em 2.2.2.

8. Características dos materiais inerentes aos trabalhos da sinalização rodoviária

8.1. Materiais para execução de marcas rodoviárias

8.1.1. Tintas para pré-marcação


As tintas a utilizar na pré-marcação devem ser, de preferência, de cor branca (cor da marca), de secagem rápida, de resistência
ao desgaste compatível com o tempo de duração exigido pela data prevista para a marcação, tendo em consideração o volume
de tráfego em presença.

8.1.2. Materiais termoplásticos


Os agregados deverão ser constituídos por areia siliciosa, calcite, quartzo ou outros produtos similares.
As cargas deverão ser pós finos, que dão corpo ao material termoplástico, podendo utilizar-se, por exemplo, cré (carbonato de
cálcio) ou litopone.
As granulometrias dos agregados e das cargas deverão ser escolhidas de modo a permitir uma boa compacidade do material
termoplástico.
Para os termoplásticos brancos, o pigmento a utilizar deverá ser o dióxido de titânio (Ti O2).
Quanto ao ligante, o mesmo deverá ser constituído por um material resinoso termoplástico natural ou sintético, plastificado
com óleo mineral.
As pérolas deverão ser de vidro transparente ou de material equivalente que permita, por adição, tornar o material
termoplástico refletor. Deverão ser suficientemente incolores para não comunicar às marcas rodoviárias, sob a luz do dia,
nenhuma modificação apreciável da cor.
A percentagem de pérolas não esféricas, determinada segundo a especificação ASTM 1155-53, deve ser inferior a 30%.

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8.2. Sinalização vertical e equipamento de balizagem e de guiamento

8.2.1. Placas
As placas devem ser fabricadas em chapa de ferro polido, com a espessura mínima de 2,0 mm e o seu fabrico deverá obedecer
às seguintes operações fundamentais:
 Moldagem:
1.1 Corte da chapa;
1.2 Moldagem do sinal a frio (por estampagem), ficando os símbolos em relevo, com a profundidade de 2,5 a
4,0 mm (em função da espessura do molde e dos símbolos); no caso dos sinais de STOP, a profundidade
deverá ser a maior.
 Proteção anticorrosiva:
1.1 Lavagem e limpeza por processo mecânico ou químico de forma a que fique isento de quaisquer matérias
estranhas, produtos de corrosão, óleo ou ácido;
1.2 Secagem;
1.3 Zincagem por galvanização a frio (eletrolítica) com a espessura de 14μ (100g de zinco/m2).
 Acabamento:
1.1 Lavagem;
1.2 Secagem;
1.3 Pintura:
1.4 Aplicação de primário e aparelho anticorrosivo
1.5 Secagem em estufa
1.6 Pintura a cores
1.7 Secagem em estufa
1.8 Refletorização:
1.9 Aplicação de película retrorrefletora
1.10 Colagem daquela película em prensa de vácuo
1.11 Secagem por infravermelhos
Em alternativa e para os sinais de simples indicação e outros sinais (baias direcionais) poderá ser utilizado o sistema de
quinagem dos ângulos (em substituição do sistema de moldagem a frio), com todas as restantes operações de fabrico
semelhantes às já descritas.
A pintura deverá ser executada com tinta de esmalte, nas cores adotadas nos diversos sinais, sendo a parte posterior na cor
cinzenta, adotada pela EP (RAL 9018).
A refletorização deverá ser efetuada com tela possuindo esferas de vidro isentas de qualquer rugosidade, constituindo uma
superfície perfeitamente lisa e contínua para evitar a fixação de poeiras, facilitar a limpeza e garantir, assim, as necessárias
propriedades retrorrefletoras, numa distância nunca inferior a 400 m.
As diferentes cores adotadas, quer nas superfícies retrorrefletoras, quer pintadas, devem obedecer respetivamente às
coordenadas e referências RAL do Código Cromático, expresso nas normas da EP, tal como os fatores de luminância e os
coeficientes de retro reflexão.
As telas retrorrefletoras deverão possuir em marca de água o símbolo do fabricante com a indicação do período de durabilidade
devendo, quando isto não acontecer, ser apresentados os documentos de homologação ou resultados de ensaios laboratoriais
das suas características, nomeadamente óticas, cromáticas e de durabilidade.

8.2.2. Postes
Os postes deverão ser executados em chapa de aço laminado, de 2,0 ± 0,2 mm de espessura, de acordo com o desenho de
pormenor respetivo. Depois de devidamente limpos levarão, como acabamento, zincagem por galvanização a quente com a
espessura de 84 μ (deposição de 600 g por m2).

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8.2.3. Peças de ligação
As peças de ligação da placa ao poste, em chapa de aço com 3 mm de espessura (charneiras, parafusos, anilhas e porcas) são
normalizadas, devendo obedecer ao respetivo desenho de pormenor, e levarão como acabamento, depois de devidamente
limpas, zincagem por galvanização a frio (eletrolítica) com a espessura de 14 μ(100 g de zinco por m2).

8.2.4. Marcação dos sinais


Na parte posterior dos sinais deverá ser inscrito o logotipo da SIMRIA (4x4 cm2) encimando a respetiva data de fabrico, sem cor
de fundo, sob a forma de carimbo tecnicamente não removível.

8.2.5. Abecedários e numerários


As características das inscrições utilizadas nas mensagens da sinalização, são obtidas a partir dos abecedários e numerários tipo
(unitários) constantes das disposições normativas em vigor na EP.

9. Trabalhos de execução inerentes à sinalização rodoviária

9.1. Marcas rodoviárias

9.1.1. Material termoplástico de aplicação a quente


A pré-marcação é obrigatória, não sendo permitido o início da marcação sem que aquela tenha sido revista e aprovada pela
Fiscalização.
Sempre que seja possível apoiar mecanicamente a marcação de uma linha na pré-marcação de outra que lhe seja paralela, a
pré-marcação da primeira pode ser dispensada (caso da marcação de guias apoiadas na pré-marcação do eixo).
A pré-marcação pode ser executada pelos processos:
 Manual: Por meio de um cordel suficientemente esticado e ajustado ao desenvolvimento das respetivas marcas, ao
longo do qual, por intermédio de um pincel ou outro meio auxiliar apropriado, se executa a piquetagem por pontos,
por pequenos traços ou por linha contínua fina, ou recorrendo a pintura de referência ou contornos (quando há lugar
à utilização de moldes).
 Mecânica: Não dispensando a pré-marcação manual, sobre a qual ele se apoia, o processo mecânico é utilizado a
partir da máquina de marcação, mediante utilização de um braço com ponteiro de pintura que, à direita e à esquerda,
executa a piquetagem.

A pré-marcação deve prever, no pavimento a marcar, a definição de:


 Nas linhas longitudinais:
Piquetagem;
Indicação dos limites das zonas com diferentes relações traço/espaço;
Indicação dos limites das zonas de linhas contínuas.

 Nas marcas diversas:


Pintura de referência, para implantação dos moldes de execução.

A superfície que vai ser marcada deve apresentar-se seca e livre de sujidades, detritos e poeiras.
O Empreiteiro será responsável pelo insucesso das pinturas causado por deficiente preparação da superfície.
Se se tratar de um pavimento velho e polido, deverá ser utilizado um aparelho com características adesivas adequadas ao caso
em presença, a fim de se garantir uma aderência conveniente das marcas.
Para verificação da uniformidade da marcação das linhas longitudinais, quanto a dimensão, largura, homogeneidade de
aplicação do produto e das pérolas de vidro e ainda para se regular o equipamento de aplicação (velocidade de avanço, pressão

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de ar nos bicos e no compressor, temperatura) deverá ser feita uma marcação experimental, fora da zona da obra e em local a
definir pela Fiscalização, tanto quanto possível, com características semelhantes de superfície.
A passagem à marcação definitiva dependerá do parecer da Fiscalização em face dos resultados obtidos, quer em observação
diurna, quer noturna (retroflexão).
Para execução das marcas rodoviárias (marcação) devem ser utilizados, para aplicação de material termoplástico, os seguintes
processos:
 Manual (por moldagem), a utilizar na execução de:
i. Marcas transversais e barras em zonas mortas;
ii. Setas (de seleção, de desvio e outras);
iii. Símbolos (sinais e outros);
iv. Inscrições (números e letras).
As marcas rodoviárias serão executadas em sobre-espessura por colagem gravítica e espalhamento manual com emprego de
moldes. A espessura seca do material aplicado deve apresentar um valor entre 2,5 e 3,0 mm.
A temperatura de aplicação deve situar-se entre 165 ºC e 190 ºC e o tempo de secagem (ausência de pegajosidade resistente à
passagem de veículos) não deve ultrapassar 2 a 3 minutos.
As caldeiras de aquecimento devem estar munidas de dispositivos de agitação mecânica, para se evitar a segregação dos
diversos constituintes.
A utilização de sistemas de pré-aquecimento da superfície a marcar não é permitida, por princípio, a menos que a Fiscalização o
reconheça como indispensável.
 Mecânica (spray), a utilizar na execução de:
v. Marcas longitudinais;

Deve ser concretizado com o emprego de máquinas móveis com dispositivos manuais e automáticos de aplicação do material
termoplástico pulverizado (spray) e de projeção simultânea, sobre a superfície do material, de esferas de vidro.
A espessura seca do material aplicado deve apresentar um valor uniforme não inferior a 1,5 mm.
A temperatura de aplicação deve situar-se entre 200 ºC e 220 ºC e o tempo de secagem não deve ultrapassar os 40 segundos,
para as espessuras previstas.
A taxa de projeção de esferas de vidro deve estar compreendida entre 400 e 500 g/m2.
As marcas que não se apresentem nas condições exigidas (geométricas, de constituição ou de eficácia), serão rejeitadas e como
tal removidas, podendo, contudo, ser repetida a execução, se houver da parte do Empreiteiro a garantia de uma retificação
conveniente e suscetível de ser aceite pela Fiscalização.
A remoção deve ser efetuada no prazo de 3 dias a contar da data de notificação da rejeição, pelo que o Empreiteiro, se o não
fizer nesse prazo, ficará sujeito aos encargos resultantes da remoção que a Fiscalização mande executar por terceiros.
Na eventualidade de se ter que apagar marcas rodoviárias pré-existentes com o fim de se executar uma nova marcação, o
processo de eliminação a utilizar deverá ser escolhido de entre os seguintes:
 Decapagem por projeção de um abrasivo sob pressão, não podendo aquele abrasivo ser areia, exceto quando a
decapagem seja feita em presença da água;
 Decapagem mecânica, utilizando decapadores mecânicos ou máquinas de percussão próprias.
No caso de as marcas a eliminar serem de material termoplástico, obtêm-se melhores resultados com tempo frio, para ambos os
processos indicados.
Quando aplicado qualquer dos processos descritos, devem ser tomadas as seguintes precauções:
 Quando a circulação se mantém, deverá a zona restrita dos trabalhos ser convenientemente isolada a fim de que a
segurança da circulação de peões e veículos não seja afetada pelos materiais ou agentes envolvidos na obra;
 Após a decapagem, deverá ter-se o cuidado de remover, quer os detritos do material termoplástico, quer os abrasivos
utilizados.
Não será permitida, em caso algum, a utilização de processos de recobrimento como método de eliminação de marcas.

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9.1.2. Lotes, amostras e ensaios
Durante a execução dos trabalhos, e sempre que o entender, a Fiscalização reserva-se o direito de tomar amostras e mandar
proceder às análises e ensaios que julgar convenientes para verificação das características dos materiais utilizados. As amostras
serão, em geral, tomadas em triplicado, e levarão as indicações necessárias à sua identificação.
As análises e ensaios necessários poderão vir a ser executados pelas entidades que o Dono de Obra entender adequadas, por
conta do Adjudicatário.

9.2. Sinalização vertical

9.2.1. Armazenamento dos sinais

Todos os sinais e seus componentes deverão ser armazenados em local fechado, limpo e arejado.

9.2.2. Montagem dos sinais

Na montagem dos sinais devem ser seguidos os esquemas de montagem das normas das Estradas de Portugal.

9.2.3. Localização dos sinais

A localização dos sinais será a indicada nas peças desenhadas correspondentes. Serão permitidos ligeiros ajustes de
posicionamento para melhor adaptação a condicionalismos locais, não podendo, contudo, ser comprometidas as posições
relativas de sinais aplicados em interligação e cujo posicionamento esteja diretamente relacionado com as marcas rodoviárias
do pavimento adjacente.

9.2.4. Implantação transversal dos sinais


Os sinais são implantados, por norma, do lado direito, no sentido de tráfego a que respeitam, no limite exterior
da berma em secção corrente, salvo as situações identificadas nas peças desenhadas onde alguns sinais ocupam uma posição
diferente da aqui descrita.
Em ilhas, separadores materializados e passeios, os sinais são implantados com um afastamento mínimo de 0,50 m ao limite da
faixa de rodagem.
Sempre que for necessário utilizar sinais em duplicado terão que surgir forçosamente sinais do lado esquerdo da via, mas
sempre em complemento de um outro, colocado à direita.
Os sinais são implantados de molde que a sua superfície realize, com a linha limite da faixa de rodagem, um ângulo de 100º,
medido pelo tardoz dos mesmos quer se localizem do lado direito ou do lado esquerdo da faixa de rodagem.

9.2.5. Implantação vertical dos sinais


Deverão ser respeitados os esquemas de implantação indicados nos documentos normativos da EP, sobre sinalização vertical,
que estiverem em vigor; no caso da implantação dos sinais identificada nas peças desenhadas diferir do que o que está
preconizado pelas normas da EP, o Empreiteiro deverá obter uma prévia aprovação da Fiscalização para cumprir o que se
encontre estipulado nas peças desenhadas.
Deverá ainda ser tido em conta que todos os sinais denominados de código deverão ser colocados a 1,10 m de altura (do solo à
base do sinal) devendo este valor ser reduzido para 1,00 m, no caso de dois sinais colocados no mesmo poste.
Deverão estar colocados fora do limite da berma e, sempre que exista guarda de segurança, protegidos por esta.

9.2.6. Colocação
Sinais com uma placa num só poste: serão encastrados num maciço cúbico de betão C16/20 com 0,5 m de aresta, a uma
profundidade que permita um recobrimento na base do prumo de 0,10 m.
Sinais com duas placas num só poste: serão encastrados num maciço paralelepipédico de betão C16/20, com 0,5 por 0,9 m de
secção e 0,5 m de altura, a uma profundidade que permita um recobrimento na base do prumo de 0,10 m.

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Sinais com dois ou mais postes: serão encastrados em um ou mais maciços de betão C16/20, com as dimensões dos quadros
respetivos e a profundidade de 80cm.

9.2.7. Escavações para maciços de fundação de sinais


Os caboucos para os maciços de fundação serão, em princípio, levados até à profundidade indicada nos desenhos de execução,
podendo no entanto, de acordo com a Fiscalização, a fundação ser alterada de acordo com as condições reais reveladas.
A escavação será completada por um saneamento cuidado das soleiras e paredes dos caboucos, de modo a que no final estas
superfícies se apresentem completamente limpas e isentas de materiais soltos, não podendo iniciar-se a betonagem sem
autorização expressa da Fiscalização.
As escavações serão conduzidas para que fique salvaguardada a completa segurança do pessoal contra desmoronamentos ou
outros perigos e assegurada a correta execução das operações de betonagem, procedendo-se, para isso, às entivações e
escoramentos que a Fiscalização reconheça necessários.
Nos preços contratuais encontram-se incluídos todos os trabalhos relativos à sua completa execução, tais como: elevação,
remoção, carga, transporte a vazadouro, a depósito e vice-versa, entivações, esgotos, compactação, regularização e
percentagens de empolamento ou quaisquer outros trabalhos subsidiários necessários à segurança do pessoal e à correta
execução das operações de betonagem, ficando bem esclarecido que o Adjudicatário se inteirou no local, antes da elaboração
da sua proposta, de todas as particularidades do trabalho e que nenhum direito a indemnização lhe assiste no caso das
condições de execução se revelarem diferentes das que inicialmente previra.
Para efeitos de medição, o volume a considerar será obtido a partir dos perfis teóricos da escavação.

10. Trabalhos não especificados


Os trabalhos não especificados neste Caderno de Encargos que forem necessários para o cumprimento da presente empreitada
serão executados com perfeição e solidez, tendo em vista os Regulamentos, normas e demais legislação em vigor, as indicações
do projeto e as instruções da Fiscalização.
Quando não seja completamente definida a forma da sua inclusão no mapa referido no Artº 186º do Decreto-Lei nº 235/86 de
18 de Agosto, as edições consequentes serão feitas de comum acordo entre a Fiscalização e o Empreiteiro, seguindo-se as
normas habituais e consagradas em medições.

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IV

MAPAS DE MOVIMENTAÇÃO DE TERRAS

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V

ELETRICIDADE E TELECOMUNICAÇÕES

1. INFRAESTRUTAS DE ELETRICIDADE
1.1. Tubagem de reserva
Foi considerada a instalação de tubagens e caixas de visita, para possibilitar a instalação futura das redes subterrâneas de Baixa
Tensão e de IP, sinalizadas com rede e fita sinalizadora.
As tubagens a usar serão em PEAD, com diâmetro mínimo de ø125 e cumprir a DMA C68-010/N da EDP sobre materiais usados
para as canalizações elétricas principais para as valas ao longo do passeio, e travessias das faixas de rodagem.
As caixas de visita quando necessárias deverão ser feitas de acordo com as peças desenhadas e serão de uso exclusivo da EDP.
Para a rede de iluminação pública as tubagens a usar serão equivalentes às anteriormente descritas mas com diâmetro mínimo
ø63mm.
Os tubos usados serão deixados de reserva para posteriormente serem usados na remodelação das instalações elétricas das
zonas intervencionadas. Os tubos que vierem a constituir reserva para posterior utilização, deverão ser cuidadosamente
tamponados, nos extremos, com tampões apropriados ou improvisados feitos de desperdício de plástico ou papel e argamassa
fraca.
Deverão ser instalados nas condições regulamentares, em vala à profundidade de 0,8mt envolvidos por areia fina e sinalizados
por rede e fita plástica de cor vermelha, colocadas a 0,20mt dos tubos. Nas travessias os tubos serão enterrados à profundidade
mínima de 1,0mt.

1.2. Câmaras de visita pré-fabricadas


Nos locais assinalados serão usadas caixas de visita do tipo pré-fabricado circulares, constituídas por anéis circulares e um
tronco-cone, de diâmetro interior de 1,25m e espessura da parede de 0,1m, com profundidade do conjunto de cerca de 1,5 m e
possuem um aro e tampa circular em ferro fundido adaptada ao local onde será instalada.
A abertura das câmaras de visita só deverá ser efetuada com ganchos ou chaves próprias para levantamento e remoção das
mesmas.
De forma a permitir e facilitar a drenagem o seu fundo é assente sobre cascalho, levando por cima uma pequena camada de
areia fina. Os tubos que convergem para as câmaras devem ter uma inclinação, para evitar infiltrações de água para o interior
das canalizações.
Nas paredes laterais da câmara inferior serão feitas aberturas, para permitir o acesso das tubagens previstas. Na fase de
acabamento será feita a selagem com cimento dos rasgos que permitiram o acesso das tubagens.
Envolvendo os tubos na espessura das paredes, será aplicada uma fita hidro-expansível do tipo “ultra-seal” (20x10mm) ou
processo equivalente.
Nestes elementos da rede apenas poderão passar canalizações elétricas.

2. INFRAESTRUTAS DE TELECOMUNICAÇÕES
2.1. Generalidade
Propõe-se a construção de uma rede de condutas de reserva para posteriormente se proceder ao enfiamento dos cabos, sobre-
dimensionada para a eventualidade de ampliação, câmaras de acesso para a execução de juntas de cabos e câmaras de
passagem que facilitem o enfiamento e distribuição de cablagem para ligação de Telecomunicações.

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2.2. Materiais e Acessórios
Os materiais e acessórios específicos a utilizar nas instalações de telecomunicações do plano de pormenor deverão ter e
conservar, de forma durável, características mecânicas, físicas e químicas adequadas às condições a que podem estar
submetidas quando instaladas, não devendo provocar perturbações em outras instalações.
Para isso, deverão respeitar as especificações e normas de materiais dos operadores e outras normas e especificações nacionais
e internacionais aplicáveis.

2.3. Escavações
A rede de telecomunicações deve acompanhar sempre que possível a rede de distribuição de energia.
Assim proceder-se-á à realização de uma rede de condutas, do tipo subterrâneo, constituído no mínimo por 3 tubos de
110mm e 1 tritubos de 40mm, interligando um conjunto de câmaras de visita conforme o desenho em anexo.
Os tubos serão estabelecidos em vala aberta no solo, com a profundidade adequada para que bissetriz superior dos tubos na
formação fique a um profundidade de 0,8m ( ou no caso de travessias, a uma profundidade nunca inferior a 1m) e, mediante o
local de implantação da vala, poderão ser envolvidos em areia ou pó de pedra, ou então, em betão.
Os tubos da infraestrutura deverão ser sinalizados por meio de uma fita de sinalização de cor verde, 25cm acima do bloco da
formação.
Em ambos os casos, envolvimento em areia ou em betão, o aterro deve ser efetuado por camadas com cerca de 15cm de altura
regadas e batidas.
Os produtos resultantes das escavações em aberturas de valas ou câmaras, deverão ser arrumados por forma a delimitar a área
escavada, sem obstruir valetas ou prejudicar escoamentos de águas, devendo parte desses produtos ser removidos
temporariamente para local mais afastado, sempre que o volume o justifique.
Os materiais respeitantes aos pavimentos ou suas fundações serão arrumados separadamente das restantes terras a fim de
serem novamente utilizados.
Em terrenos de pouca consistência, as valas e câmaras, deverão ser devidamente enviadas, por forma a evitar desabamentos e
diminuição das condições de segurança dos trabalhos.
As camadas de areia deverão respeitar o previsto no regulamento em vigor e de acordo com os tipos de tubos a instalar.

2.4. Condições de estabelecimento


A rede de condutas comportará câmaras de visita. Para o tubo de 110mm e para o tritubo, deverá evitar-se o mais possível a
criação de uniões, no entanto, caso sejam necessárias, deverão fazer-se recorrendo a dois tipos: de abocardamento
macho/fêmea e de abraço exterior por meio de acessórios, devendo ser, em qualquer dos casos, garantida a estanquicidade da
uniões. No caso de serem usadas uniões de aperto mecânico, estas terão que ser em polietileno de alta densidade ou outro
material compatível, com características adequadas a tubos de classificação 4431 (EN50086) e resistência aos agentes químicos,
em que 2,5<PH<12,5.
Todos os tubos enquanto não forem utilizados serão tamponados de forma a garantir a sua estanquecidade.

2.5. Câmaras de visita


Câmara de visita é um compartimento que, consoante é instalado nos extremos de troço de condutas ou a fazer a interligação
de troços, podem aceder 1 a 4 ou mais troços da conduta. Numa câmara é possível instalar, retirar e ligar cabos, proceder a
trabalhos de manutenção e alojar juntas.
Têm que ser numeradas de acordo com a numeração a indicar pelo operador e inscrita da seguinte forma:
- Entrada da câmara de visita no lado oposto ao da colocação dos degraus.
- Gravada no reboco e pintada com tinta preta indelével.
Depois da câmara construída procede-se ao aterro e compactação do espaço livre entre as paredes e o terreno.
As câmaras depois de construídas devem ser pintadas interiormente de cor branca.
No interior da câmara em local visível aquando a abertura da tampa, deve ser inscrito o código/numeração que a identifica.

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Estas câmaras serão pré-fabricadas, utilizando-se, no mínimo, betão de classe C20/C25, no seu fabrico e espessura das paredes
compreendida entre 10 e 15cm .
Na ligação das tubagens às paredes de betão, deve ser usada fita “Ultra-Seal 20x10 mm” ou equivalente.

Estas câmaras utilizam-se na rede de condutas de distribuição, podendo ser utilizada como :
- Câmara de distribuição e de passagem de cabos.
- Câmara de acesso a armários de telecomunicações de maior dimensão, mas sempre do formato paralelepipédico.
O conjunto de tampa e aro metálico, em ferro fundido, deve respeitar a Norma Portuguesa NPEN 124, contendo a inscrição
“Telecomunicações”.
O acabamento interior das câmaras de visita, paredes e chão, é em reboco de cimento “queimado” para garantir a máxima
impermeabilização.
O chão deve ainda ser construída uma cavidade central com dimensões de 20 cm de diâmetro e 20 cm de profundidade, de
forma a poder fazer uma boa drenagem das águas que lá possam existir.

2.6. Assentamento de tubagens


O fundo das valas e das escavações para as câmaras de visita, devem ser regularizadas e removidos todos os detritos. Como se
trata genericamente de uma instalação de tubos sem envolvimento em betão o fundo da trincheira deve ser regularizado com a
utilização de pó de pedra, saibro ou terra cirandada, com pelo menos 5cm de espessura.

3. SINALIZAÇÃO DE PASSADEIRAS COM TECNOLOGIA AUTÓNOMA E SOLAR


3.1. Sinalização Vertical (H7)
Na sinalização das passadeiras localizadas na via principal e sempre que haja desnível de acalmia de transito, optou-se por
colocar um sistema de sinalização de passadeiras através do sinal H7 construído com tecnologia solar e leds de alto fluxo
luminoso.
As principais características desta solução são:
 Modo crepuscular (liga ao escurecer e apaga ao amanhecer);
 Alimentação por energia solar com painel solar integrado e bateria;
 Versão com 4 spots de maior dimensão nos vértices do sinal;
 Cada módulo de leds com abertura de 30º e 60.000 mcd – total 240.000 mcd (max.) por sinal;
 Intensidade luminosa ajustada automaticamente em função da luz ambiente para melhor visualização e elevado
conforto do olho humano;
 Leds na cor Branco;
 Caixa com 620 x 620 mm em alumínio;
 Funcionamento totalmente configurável via software (via folha de calculo Excel);
 Parâmetros configuráveis: fluxo luminoso diurno e noturno, frequência de intermitência, horários, etc.;
 Envio de configuração para sinal STS-H7 via software em SO Windows (incluído);
 Tela reflectora 3M nível III;
 Baterias e módulo eletrónico dentro do corpo do sinal – sem cabos ou módulos exteriores;
 Autonomia: 7 noites para os mesmos dias sem luz solar (para funcionamento em modo crepuscular);
O prumo a usar para a montagem do sistema deverá ser do mesmo tipo do usado para a colocação dos restantes sinais de
trânsito, e deverá garantir, no mínimo, uma distância de 2,20mt entre a base do sinal H7 e o solo.
Como marca de referência para a elaboração do estudo teremos a EUROSOLUTION, LDA, modelo STS-H7-620-L-S ou outro
de qualidade equivalente.

3.2. Marcadores de via


Antes da passadeira que se pretende sinalizar, serão montados embebidos no solo, os marcadores de via autónomos, de
tecnologia Led.

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Serão usados três unidades por faixa de rodagem e têm como principal função alertar os condutores da existência da passadeira
de peões, principalmente em dias com condições climatéricas adversas, para que estes tomem as devidas precauções sem a
necessidade de manobras bruscas.
As principais características destes equipamentos são:
 Autónomo e sem manutenção;
 Funcionamento do tipo intermitente;
 Ligado 24 horas;
 Fonte de luz unidirecional composta por três Led’s de 10mm de super alto brilho com lente frontal incorporada;
 Impacto máximo de 16 toneladas;
 Temperatura funcionamento -40 a +70º C;
 Índice de proteção IP68;
 Dimensões 107x103x50mm;
 Corpo em alumínio e Policarbonato;
 Tecnologia de armazenamento de energia por recurso a bateria ou condensador;
 Autonomia de 70 horas por dia de carga;

Como marca de referência para a elaboração do estudo teremos a EUROSOLUTION, LDA, modelo MV203 ou outro de qualidade
equivalente.

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