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1. Factos
1.1 Circunstâncias do caso
Pedido, por Perinçek, contra a Confederação Suíça, com base no artigo 34 da CEDH .
Alega que a sentença de que foi alvo, devido a declarações públicas, viola o seu direito
à liberdade de expressão e o seu direito de não ser punido sem lei.
O tribunal reconhece que a negação da existência do massacre, por mais ampla que
seja, não é por si só abrangida pelo art. 261º do CPS.
Perinçek refere que a teleologia desse art. é referente ao genocídio nazi.
Refere também que um evento, para estar no escopo do artigo, tem necessariamente
de ser reconhecido pelo TIJ.
Refere que o reconhecimento do genocídio arménio não é universal, não sendo
reconhecido, à cabeça, pela Turquia e por vários historiadores.
A parte civil refere que o tribunal deve apurar o reconhecimento internacional desse
genocídio e não autodidaticamente investigar o evento.
As partes concordam em apenas um ponto - não é função do tribunal escrever história.
Uma das questões é saber se o art. 261º apenas se refere aos genocídios reconhecidos
pelo TIJ. Nada o indica. Nem sequer há referência apenas ao genocídio judeu.
De acordo com Diário Oficial do Conselho Nacional, os legisladores remeteram
explicitamente para a CPPCG, de 9/12/1948, sendo citado exemplificativamente o
genocídio dos curdos e dos arménios.
Por vários motivos, o tribunal considera que, de acordo com a opinião pública suíça, o
genocídio arménio é um facto histórico estabelecido.
Vários países reconhecem o genocídio - França.
O parlamento europeu e o conselho da europa reconhecem o genocídio.
Pode ser levantada a questão se Perinçek saberia que estaria a negar factos históricos
estabelecidos - ele reconheceu que sim. Ele nunca descreveria o evento como uma
"mentira internacional" se não soubesse que a maioria da comunidade internacional
reconhecia o genocídio.
O tribunal refere que é claro que os motivos de Perinçek são racistas e nacionalistas.
Descreve os arménios como agressores do povo turco.
É condenado (ver melhor).