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AGRADECIMENTOS
M
EU MUITO OBRIGADO DO FUNDO DO CORAÇÃO A TODA A EQUIPE que me ajudou a entregar o
melhor E-Book: Manual Definitivo de Alongamento e Flexibilidade Vol. I (10 de outubro de 2019) e
Vol. II (09 de março de 2021) para todos vocês.
Conteúdo:
Abel Roberto Colognese (vol. I e vol. II)
Equipe de Marketing:
Júlio Santa Rosa (vol. I)
Victor dos Anjos Pereira (vol. II)
Vinícius Vasconcelos Gritti Silveira (vol. II)
Espaço:
Academia R1 Arena Fitness (vol. I e vol. II)
Fotografia:
Lucas Dal Pizzol (vol. I e vol. II)
Modelo:
Abel Roberto Colognese (vol. I e vol. II)
Graziela Susin Sachet (vol. I e vol. II)
Revisão técnica:
Fernando Strapasson (vol. I e vol. II)
Ray Milet ( vol. I)
Revisão ortográfica:
Graziela Susin Sachet (vol. I e vol. II)
Sídia Maria Andreola (vol. I e vol. II)
INFORMAÇÕES PERTINENTES
E SSE E-BOOK NÃO EXCLUI a necessidade de uma avaliação minuciosa feita por um profissional de
Educação Física. Procure um profissional capacitado para avaliar e prescrever seu treinamento. Exer-
cício ilegal de profissão é crime previsto em lei (Artigo 47 do Decreto lei nº 3.688 de 03 de outubro de 1941).
Não apresento aqui a única forma de correção de desvios posturais, muito menos os únicos desvios
posturais existentes, peço que tenha bom senso ao ler, aplicar e repassar o conteúdo aqui descrito.
Nada aqui é regra, aplicações e restrições serão ditas por uma avalição completa, individual e inteli-
gente feita em seu cliente.
M EU NOME É ABEL ROBERTO COLOGNESE, sempre gostei de esportes, atleta frustrado de duas mo-
dalidades, futebol (onde tive minha primeira lesão aos 14 anos e foi aí que começou meu interesse por
saber o porquê das lesões e como tratar) e vôlei.
Aos 16 anos entrei para a faculdade de Educação Física e no mesmo semestre já estava trabalhando
com musculação em uma academia local. Nunca trabalhei em outra área a não ser musculação e foi a minha
primeira remuneração. Por ter contato com um número maior de pessoas, percebi o quanto se queixavam
de dores, tinham desvios posturais e até mesmo lesões que não eram tratadas pela falta de conhecimento do
cliente.
Com o passar do tempo comecei a ter um olhar mais crítico com a forma de prescrição de treinos e o
treinamento em si, o que gerou curiosidade e interesse em me aprofundar mais nessa área de desvios postu-
rais e dores.
Ao longo da graduação fiz diversos cursos sobre treinamento, nutrição, recursos ergogênicos, pales-
tras com atletas renomados, treinamento funcional, etc. Porém, o que mais desperta minha curiosidade e
não torna o estudo maçante são os desvios posturais e as dores causadas por eles.
Nunca fui pressionado pelos meus familiares sobre a questão acadêmica, lembro inclusive de duas fra-
ses da minha mãe: “vestibular tem todo semestre”, ou então “todo semestre tem essa cadeira”, palavras para
me acalmar quando eu ficava aflito com notas ou metas, nunca fui um aluno exemplar, minhas notas eram
o necessário para não repetir a disciplina, era algo próximo ao fazer apenas o necessário para aquele mo-
mento, o que, hoje, me arrependo muito em não ter aproveitado mais a graduação, pois tive que recuperar
o tempo perdido, no entanto, o assunto de desvios posturais é pouco aprofundado na universidade, todo o
conhecimento que tenho hoje e venho através desse e-book repassar foi feito através de estudos particulares
de livros e artigos específicos da área, posso afirmar que sou autodidata.
Aos 21 anos me formei e nesse mesmo ano iniciei a minha especialização em Treinamento Neuro-
muscular concluindo-a aos 23 anos. Infelizmente não atingiu minhas expectativas, você não precisa ter uma
pós graduação, um mestrado ou doutorado para ser o melhor no seu ramo, basta esforço e dedicação. Hoje
mantenho-me atualizado com debates com colegas a quem admiro, artigos e livros.
Hoje, com 28 anos, atendo apenas consultoria on-line em cinco continentes. Daqui para frente, pre-
tendo poder ajudar ainda mais as pessoas que passam ou já passaram pelas mesmas dores que eu passei, as
que estão em busca de conhecimento e de uma vida melhor.
D EDICO ESSE E-BOOK A MINHA MÃE Sídia Maria Andreola, a qual não mediu esforços para me aju-
dar a chegar onde estou e sempre foi e sempre será meu porto seguro - a ponto de ter me deixado
mimado, minha irmã Samantha que nunca deixou de me apoiar ou me dar cascudos quando necessitava, e,
principalmente ao meu pai Roberto Luis Colognese que, da forma dele, me fez ser quem sou hoje. Eu amo
vocês.
In memoriam de Ricardio Custódio, que fez com que eu entrasse a primeira vez em uma academia em
busca de saúde e me motivava quanto a isso. Sinto tua falta. Estará para sempre em meu coração.
Não posso deixar de agradecer a minha noiva, Graziela Susin Sachet, que tem me apoiado desde o iní-
cio desse e-book e consegue extrair o melhor de mim. Eu te amo e espero poder realizar muito mais contigo.
Aos meus alunos que me deram a oportunidade de aprender e melhorar o meu entendimento do que é
o corpo humano, a quem gosta do meu trabalho, acompanha, interage e troca informações (não esquecendo
dos haters que sempre fazem com que eu me esforce mais).
Aos que adquiriram esse e-book, fico extremamente contente que confie em meu trabalho para isso.
03 de setembro de 2019
Abel Roberto Colognese
Q UANDO ESCREVI A DEDICATÓRIA DO volume I eu não poderia imaginar que estaria escrevendo
essa dedicatória para agradecer aos 270 compradores do volume I, é imensurável o tamanho da ale-
gria que eu tenho quanto a isso, agradeço do fundo do coração a confiança em meu trabalho, espero poder
ajudá-los ainda mais!
Nada mudou quanto a dedicatória do volume I, apenas afirmei que estou junto das pessoas certas!
Minha mãe Sídia Maria Andreola, minha irmã Samantha Andreola Colognese, minha noiva Graziela Susin
Sachet, me apoiaram desde o início de tudo e tenho total convicção que sempre será assim. Dedico também
ao meu pai Roberto Luís Colognese que em 2020 tivemos uma relação mais próxima.
In memoriam de Ricardo Custódio, quantas vezes me peguei pensando nesse período de 2019 para
2021 em como seria dividir minhas alegrias profissionais contigo, como seriam os encontros e nossos trei-
nos. Eternamente em minhas lembranças.
Dedico a todos os compradores do volume I e aos novos compradores do volume II, vocês fazem parte
de tudo isso, fazem meu trabalho crescer!
Como já falado:
Escrevo aqui, mas não paro por aqui!
07 de março de 2021
Abel Roberto Colognese
CONCEITOS BÁSICOS 10
FORMAS DE TREINAR ALONGAMENTO E FLEXIBILIDADE 10
INTENSIDADE DOS ALONGAMENTOS 11
MÚSCULOS E SUAS CARACTERÍSTICAS 12
PERDA DE FORÇA COM ALONGAMENTO PRÉVIO A SESSÃO DE MUSCULAÇÃO? 13
QUANDO ALONGAR ANTES DO TREINO? 14
COMO ALONGAR ANTES DO TREINO? 15
QUANDO ALONGAR ENTRE AS SÉRIES? 16
COMO ALONGAR ENTRE AS SÉRIES? 17
ALONGAR ANTES DO TREINO OU ENTRE AS SÉRIES, O QUE É MELHOR? 18
QUANDO ALONGAR APÓS O TREINO? 19
COMO ALONGAR APÓS O TREINO? 20
EXERCÍCIOS DE ALONGAMENTO 21
BÔNUS SECRETO 22
SESSÃO 1: PERNAS 23
1.1 Panturrilhas em pé 23
1.2 Panturrilhas bilateral degrau ou espaldar 24
1.3 Panturrilhas unilateral degrau ou espaldar 24
1.4 Panturrilhas com anilha 25
1.5 Panturrilha parede 25
1.6 Sóleo em pé 26
1.7 Sóleo com anilha 26
1.8 Sóleo em pé parede 27
1.9 Sóleo espaldar 27
1.10 Extensores plantares 28
1.11 Supinadores do pé 28
1.12 Pronadores de pé 29
SESSÃO 2: QUADRIL E COXAS 30
2.1 Iliopsoas deitado 30
2.2 Iliopsoas em pé no espaldar 31
2.3 Iliopsoas ajoelhado 31
2.4 Iliopsoas e reto femoral 32
2.5 Reto femoral em pé 32
2.6 Reto femoral espaldar 33
2.7 Quadríceps deitado 33
2.8 Quadríceps ajoelhado 34
2.9 Ísquios unilateral flexionado 34
Licenciado para - Felipre Ramos - 47431461860 - Protegido por Eduzz.com
2.10 Ísquios unilateral estendido 35
2.11 Ísquios bilateral deitado 35
2.12 Ísquios em pé espaldar 36
2.13 Ísquios sentado unilateral 36
2.14 Ísquios em pé 37
2.15 Ísquios ajoelhado 37
2.16 Ísquios bilateral sentado 38
2.17 Ísquios bilateral parede 38
2.18 Banda iliotibial deitada 39
2.19 Banda iliotibial em pé 39
2.20 Adutores borboleta deitado 40
2.21 Adutores borboleta sentado 40
2.22 Adutores unilateral 41
2.23 Adutores sentado step 41
2.24 Adutores sentado espaldar 42
2.25 Adutores sentado 42
2.26 Adutores em pé 43
2.27 Adutores ajoelhado 43
2.28 Adutores parede 44
2.29 Glúteo sentado banco 44
2.30 Glúteo sentado 45
2.31 Glúteo deitado 45
2.32 Glúteo em pé 46
2.33 Glúteo espaldar 46
2.34 Glúteo sentado flexionado 47
2.35 Glúteo estendido solo 48
SESSÃO 3: TRONCO 49
3.1 Quadril flexionado bilateral 90° 49
3.2 Quadril flexionado bilateral 45° 50
3.3 Quadril flexionado unilateral 50
3.4 Quadril estendido 51
3.5 Cruzado sentado 51
3.6 Paravertebrais ajoelhado 52
3.7 Compensação lombar 52
3.8 Paravertebrais deitado 53
3.9 Paravertebrais deitado + cervical 53
3.10 Paravertebrais sentado 54
3.11 Gato isométrico 54
3.12 Paravertebrais parede 55
3.13 Paravertebrais caracol 55
3.14 Flexão lateral 56
3.15 Quadrado lombar ajoelhado 56
3.16 Quadrado lombar sentado flexionado 57
3.17 Quadrado lombar sentado estendido 57
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3.18 Dorsal espaldar pronada 58
3.19 Dorsal espaldar supinada 58
3.20 Dorsal unilateral 59
3.21 Compensação lateral 59
3.22 Sentado cruzado 60
3.23 Torácica deitado 60
3.24 Mobilidade torácica caixote 61
3.25 Mobilidade torácica cruzada 61
3.26 Mobilidade torácica estendida 62
3.27 Torácica ajoelhado 62
3.28 Compensação abdominal 63
3.29 Abdominal deitado 63
3.30 Abdominal paraquedas 64
SESSÃO 4: CINTURA ESCAPULAR 65
4.1 Rombóides abraçado 65
4.2 Rombóides em rotação interna 66
4.3 Rombóides em rotação externa 66
4.4 Deltóide posterior 67
4.5 Serrátil 67
4.6 Rotadores internos deitado 68
4.7 Rotadores internos espaldar 68
4.8 Rotadores internos bastão 69
4.9 Suspensão parcial 69
4.10 Rotadores externos deitado 70
4.11 Peitoral unilateral 70
4.12 Peitoral deitado 71
4.13 Peitoral bilateral 71
4.14 Ombros com bastão 72
SESSÃO 5: CERVICAL 73
5.1 Cervical em pé 73
5.2 Flexores da cervical 74
5.3 Trapézio superior 74
5.4 Trapézio diagonal 75
5.5 Elevador de escápula 76
SESSÃO 6: BRAÇOS 77
6.1 Bíceps unilateral 77
6.2 Bíceps bilateral 78
6.3 Tríceps em pé 78
6.4 Flexores do punho 79
6.5 Extensores do punho 80
REFERÊNCIAS 81
A NTES DE CHEGARMOS NOS EXERCÍCIOS, precisamos saber alguns conceitos como: Qual a dife-
rença entre mobilidade articular, alongamento e treinamento de flexibilidade?
Alongamento: grau de amplitude de uma determinada musculatura, treino que visa a recuperação do
comprimento normal do músculo.
Mobilidade articular: geralmente é prescrita de forma dinâmica, isto é, fazendo movimentos da mes-
ma forma que um exercício de musculação, onde se prescreve o número de séries, repetições, intervalos e
intensidade.
D ENTRE DIVERSOS MÉTODOS para se treinar alongamento e flexibilidade muscular, os que eu mais
utilizo nas minhas prescrições são:
Porém, sabe-se que para alguém que nunca fez alongamentos, deve-se iniciar uma progressão de in-
tensidade e volume, portanto isso não é regra.
E XISTEM DOIS TIPOS DE MUSCULATURAS pré definindas por Janda (1967), que brigam entre si:
Tônicos: com tendência ao encurtamento e hiperativação;
Fásicos: com tendência ao excesso de alongamento e inibição.
Os músculos tônicos são mais fortes, em maior número e maiores em cm³ se comparados aos fásicos,
então já conseguimos saber o tamanho do problema que podem causar, visto que roubam tensão muito fa-
cilmente se hiperativos, por isso, a importância de um bom planejamento de alongamento e mobilização.
Abaixo a tabela definida por Janda (1967) contendo os músculos tônicos e fásicos:
*isso não é regra, é importante saber que no corpo humano não há regras, isso é apenas uma tabela
que mostra a TENDÊNCIA de cada musculatura.
Algo que se deve analisar também é como esses alongamentos são prescritos, e nessa pesquisa a me-
todologia foi de 30 minutos de alongamentos. Alguns artigos mostram volume superiores a 14 series de 2
minutos cada para O MESMO GRUPAMENTO MUSCULAR na sessão!
Outro ponto importante ao se analisar seria o ganho de amplitude, que muitas das pesquisas que rela-
tam a perda de força não fazem. Não que mais amplitude estará diretamente relacionada a hipertrofia, mas
sim em um bom alinhamento da musculatura, uma técnica adequada e por consequência uma adesão maior
aos treinos.
Vamos a um exemplo prático: Se você faz rosca direta com halteres com 5kg em cada mão essa perda
são de incríveis 250g, ou então em um leg press com 100kg essa perda são de incríveis 5kg, sem relacionar o
aumento da amplitude como mencionado anteriormente.
Para que não se precise treinar alongamentos por grandes períodos, é importante equalizar o volume
de alongamentos de forma semanal, assim como se faz no treinamento de força. 2 séries de um alongamento
por dia darão 12 séries ao final da semana (treinando 6x por semana), e não trarão influência negativa na
força, muito pelo contrário.
Um fator importante a salientar também é que entre os alongamentos e o treino é bom prescrever
uma transição disso, alguns alongamentos dinâmicos com pré-ativações auxiliarão no resultado final do teu
cliente.
Cabe ressaltar que a grande maioria sequer chega perto de treinar com cargas máximas, ou então, que
deveriam treinar força pura para essa diminuição ser levada em consideração porque não se treina força má-
xima com encurtamentos severos, deve-se passar por um treino de base antes disso, a chamada periodização.
Infelizmente, muitas pessoas não conseguem ter senso crítico ao analisar artigos e dados, muito me-
nos entender a necessidade de cada um, que vai te dizer que alongamento antes do treino faz perder força.
Q UE NÃO EXISTE PERDA DE FORÇA com alongamento prévio ao treino eu já expliquei, agora vou
te explicar com exemplos quando se deve alongar antes do treino.
A maioria dos homens treina com muito mais vigor, intensidade e volume, nos treinos de peitoral
comparado a costas, certo?
Da mesma forma que a maioria das mulheres treinam com muito mais ímpeto os músculos glúteos,
comparado aos de abdômen, certo?
Juntando isso, mais técnica inadequada, não manutenção da postura diária que aparecem os desequi-
líbrios, encurtamentos severos e moderados, que ajudam na piora desses problemas.
Longe de mim dizer que treinar com carga é ruim, a carga é o que justamente resolve muito dos pro-
blemas relacionados a postura, mas de forma inteligente.
Os alongamentos pré treino servem para melhorar encurtamentos de forma aguda, então durante teu
treino tu perceberá que tua musculatura não está tão rígida e no caso dos homens que treinam mais peito do
que costas, não gerarão tantas compensações no treino de costas, exemplo: remada baixa, slide anterior da
cabeça do úmero, se tu alongares antes do treinos os músculos que geram esse slide anterior, muito prova-
velmente que esses músculos não forcem tanto o slide anterior do úmero.
S ABE-SE QUE PARA OS ALONGAMENTOS também deve ter técnica, nos próximos capítulos eu ex
plicarei direitinho a técnica de 101 alongamentos. Agora eu vou falar como alongar, que intensidade
manter e como equalizar o volume desses alongamentos.
E como todo exercício existe o jeito adequado e o jeito não tão adequado assim para se treinar, cabe
ressaltar que os músculos que devem ser alongados pré treino são aqueles músculos que estão encurtados e/
ou podem aumentar a eficiência de ativação de outras musculaturas.
O volume do treino de alongamento deve ser equalizado durante a semana, como já mencionado,
então vale lembrar que se fizeres 8 séries de um alongamento em 1 dia isso pode gerar dano tecidual e con-
sequentemente DMIT (dor muscular de início tardio), então para que isso não interfira na musculação é in-
teligente que divida essas séries em mais dias na semana, lembrando, que quanto mais encurtado, mais um
músculo deve ser alongado, obviamente que respeitando uma sequência gradual de intensidade e volume
para que não ocorram lesões.
O tempo sob alongamento também é algo decisivo na prescrição, assim como as repetições na muscu-
lação. Um bom tempo sob alongamento é em torno de 20-40s após estabilização da postural ideal, nada de
começar a contar quando entrar na academia.
Vale ressaltar que para um músculo muito encurtado e que nunca teve estímulo de alongamento 1
série por dia já é o suficiente, visto que ele partiu de 0 (zero) para 6 séries semanais contando que treinem
6x na semana.
Os momentos que eu gosto de utilizar o alongamento entre as séries (não é intra porque não é dentro
da série) são três:
2- Transição de algum exercício, por exemplo, no meso anterior tinha cadeira flexora e nesse meso
atual tem mesa flexora, onde eu imagino que ela possa ter alguma compensação que são só casos das hiper-
lordóticas com anteversão pélvica que acabam elevando o glúteo do banco. Nesse caso eu prescreveria já de
início um alongamento de reto femoral ou paravertebrais para que esse exercício flua de maneira mais ade-
quada, sem compensações, caso não ocorra ou o problema for corrigido não há necessidade de mantê-los.
3- Para aumentar a eficiência e ativação do músculo alvo, por exemplo, em um agachamento eu quero
que a pessoa desça mais, e eu percebo que o problema é o sóleo dela, então alonga-se o sóleo para que ela
consiga descer mais, tendo mais eficiência no agachamento.
Percebam que em alguns momentos eu alongo o antagonista ou um acessório que possa estar encur-
tado atrapalhando, e não o músculo alvo como feito no FST-7 que é técnica de treino avançada que prevê o
aumento do TUT, time under tension, ou tempo sob tensão (alongando o agonista trabalhado, por exemplo
alonga-se peito no intervalo de um supino). O que eu quero falar aqui é sobre o aumento da eficiência de
contração muscular e melhora das compensações posturais durante um determinado exercício.
A GORA QUE VOCÊ JÁ SABE QUE EU NÃO estou falando de FST-7 eu vou te ensinar como fazer
alongamento entre as séries.
Os alongamentos entre as séries devem ter os mesmos cuidados que os alongamentos pré treino, vo-
lume e intensidades controlados.
Para um problema que perpetua da primeira série a última do exercício pode-se utilizar entre todas
as séries os alongamentos com uma intensidade moderada a forte, ou então se o problema for sanado já de
uma série para outra com o alongamento entre elas e tu não vê necessidade de refazê-lo não tem problema
nenhum, se persistir, volte a fazer.
Caso tu tenhas optado por alongar entre as séries para a melhora na ativação, sugiro utilizar uma in-
tensidade mais baixa de alongamento, sendo no máximo moderada.
O tempo de alongamento deve ser semelhante ao pré treino também, 20-40 segundos dependendo da
compensação, sendo grave ou não.
Vamos ao exemplo? Na remada, o aluno faz uma protusão e slide anterior da cabeça do úmero, não
conseguindo fechar bem as escápulas durante o movimento, eu percebo que é o peitoral que está atrapalhan-
do, vou lá, no intervalo alongo 30s do peitoral com uma intensidade moderada, voltei para o exercício e vi
que o cliente melhorou a postura, mas ainda pode melhorar mais, eu repito o alongamento no próximo in-
tervalo e peço para que suba a intensidade. Caso corrija por completo posso diminuir a intensidade/ volume
ou retirar o alongamento entre as séries.
B OM, SE FOSSE PARA ESCOLHER UM DOS DOIS, eu escolheria antes, até por ter maior frequência
semanal (quando full body)sendo assim aumentaria o volume de alongamento também.
Mas e se o cliente mostra alguma compensação somente em um treino, será que não vale essa flexibi-
lização da periodização?
Vale. Eu usaria sem problema.
Para variar, falando em musculação, alongamentos e corpo humano a palavra que responde certei-
ramente é depende, depende das circunstâncias. Eu criei duas, exemplifiquei e espero que tenha ficado um
pouco mais claro qual é o melhor dos dois. Para ti, pode ser melhor antes, mas para mim, pode ser melhor
durante. Então o melhor depende. Entenda a necessidade do teu cliente e veja o que cada um tem a oferecer,
não é feio voltar atrás de uma decisão, feio é continuar errando.
E NTENDA QUE ALONGAR AO FINAL DO TREINO nada mais é do que relaxamento, tirar tensão,
como se fosse aquele happy hour de sexta-feira, para dar aquela soltada.
Como o corpo vem de um treino e está com aquecimento acima da média não é interessante levar a
grandes amplitudes ou a grandes intensidades pelo alto risco de lesão.
Intensidade que eu falo é alta ou muito alta, moderada para baixa não te trarão malefícios.
Importante ressaltar que uma periodização bem elaborada pode tirar tensão dos músculos que talvez
não queremos que levem tensão do treino, por exemplo, treino de ombros e eu não quero de jeito nenhum
que meu trapézio superior tome tensão, então lá no final do treino eu posso fazer um alongamento dessa
musculatura para tirar tensão dela, o dito relaxamento, pode ser até parte da volta a calma após o treino.
E sou incisivo em afirmar que alongamento após o treino prescrito de forma inadequada é mais malé-
fico do que alongamento prescrito de forma inadequada pré treino.
A LONGAR AO FINAL DO TREINO deve ser algo relaxante, uma espécie de volta a calma como já
mencionado, nada com o objetivo de intensidade ou aumento de amplitude de músculo e portanto,
nada de intensidades maiores que leves, manter entre 0 e 1, alongar levemente é algo de mal sentir a muscu-
latura em estiramento.
Geralmente prescrito de forma fullbody (e acredito ser a melhor) para que teu corpo sinta essa baixa
de intensidade e perceba que é hora de desacelerar e voltar ao normal, fora do horário de treino.
Falando em tempo total de séries de alongamento eu raramente uso mais que 10-15 segundos para
isso, até porque não tem objetivo nenhum de melhora do tamanho dos músculos.
É importante salientar que já que o corpo vem de um aquecimento acima do normal é legal que deixe
a musculatura treinada por último, para que ela volte a temperatura normal para que não corra riscos, então
ai vai um exemplo, treinou peitoral? Vai lá, começa da panturrilha, vai subindo e deixa o peitoral por último,
fácil de entender né?
MANOBRA DE BRACING
Forma de execução: deitado de costas para o chão, pés apoiados no chão e da largura do quadril,
palma das mãos viradas para cima, queixo para dentro e escápulas neutras. Inspirar todo o ar e em seguida
expirá-lo com força pela boca, fazendo assim o fechamento de suas costelas. Mantenha-as fechadas e con-
traia seu abdômen sugando seu umbigo para dentro como se quisesse encostá-lo na sua coluna. Manter a
respiração normal.
Indicado para: ativação de músculos internos para estabilização do tronco nos exercícios.
Licenciado
23 para - Felipre Ramos - 47431461860 - Protegido por Eduzz.com
1.1 PANTURRILHAS EM PÉ
1.6 SÓLEO EM PÉ
1.12 PRONADORES DE PÉ
2.14 ÍSQUIOS EM PÉ
2.26 ADUTORES EM PÉ
Grupo muscular: adutores.
2.32 GLÚTEO EM PÉ
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4.1 ROMBÓIDES ABRAÇADO
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5.1 CERVICAL EM PÉ
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6.1 BÍCEPS UNILATERAL
ACHOUR, Abdallah. Exercícios de alongamento: anatomia e fisiologia. 3. ed. Barueri, SP: Manole,
2010.
KENDALL, Florence et al. Músculos: provas e funções. 5. e.d. Barueri, SP: Manole, 2007.
RASO, Vagner; GREVE, Julia Maria D’Andrea; POLITO, Marcos Doederleim. Pollock: fisiologia clíni-
ca do exercício. [S.l: s.n.], 2013.