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INTRODUÇÃO
Ao longo dos anos, observa-se que a “guerra às drogas” não traz nenhuma
mudança significativa à realidade dos dependentes químicos e eventuais usuários,
que continuam a movimentar o mercado ilegal. Enquanto determinada quadrilha
de traficantes é desmantelada por forças policiais – combinadas à violência e ao
medo que afligem os moradores – em alguma periferia ou favela do país, esses
consumidores simplesmente buscavam outros fornecedores para suprir suas
necessidades.
Afinal, qual seria o objetivo final dessa verdadeira “guerra às drogas” empenhada
pelo Estado brasileiro? O fim das drogas? Ora, aquele que crê em tal possibilidade
está, certamente, fora do pleno exercício da razão. Essas substâncias não deixarão
de existir na natureza ou de serem criadas pelo homem; elas sempre existiram e
sempre foram consumidas, inclusive sem serem internacionalmente classificadas
como ilícitas até o recente século XX – inclusive no Brasil.
Mas o pior é que ignora-se que este é um Estado Democrático de Direito, baseado
em uma Constituição que prevê em seu artigo 5º certos direitos fundamentais
indispensáveis à vida digna em sociedade, como a liberdade individual, a
intimidade, a vida privada, a igualdade e a apreciação jurisdicional da lesividade,
os quais se vêem mortalmente feridos pela criminalização das condutas tipificadas
na Lei n. 11.343/2006 – norma esta infraconstitucional. Afinal, combinados esses
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direitos, garante-se, em suma, que todos os indivíduos possam gerir a própria vida
como desejar, desde que não prejudiquem o outro, cabendo à lei proibir tão
somente as ações lesivas à sociedade.
[...]
Artigo IV. A liberdade consiste em poder fazer qualquer coisa que não
prejudique aos outros. Assim, o exercício dos direitos naturais de cada
homem não tem limites senão aqueles que asseguram aos outros
membros da sociedade o gozo dos mesmos direitos. Estes limites só
podem ser determinados pela lei.
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Não. Adquirir, produzir, possuir e, por conseguinte, usar algum tipo de droga não
diz respeito à esfera de terceiros, mas tão somente ao indivíduo, que faz uso de sua
liberdade para conduzir a própria vida como bem entender. Além disso, fazer uso
de drogas é uma decisão e uma conduta particular, que não concerne a mais
ninguém, ainda que entendam que o indivíduo esteja prejudicando a si mesmo.
Afinal, faz parte da idéia de liberdade individual, intimidade e vida privada deixar
causar dano a si próprio, seja como for.
Assim sendo, mesmo que a sociedade em geral entenda que a livre produção,
aquisição, porte e uso de drogas sejam condutas inadequadas, práticas
condenáveis dentro de todo o âmbito social, um modo de viver que não é sábio e
reto, reprovável pela moral e pelos bons costumes, não cabe a ninguém tentar
impor conduta contrária, muito menos por meio da criminalização, que não deve
ser voltada à tutela da liberdade individual – quando seu exercício não aflige
terceiros –, da intimidade e da vida privada. Nesse sentido, são as palavras de
Rogério Greco:
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Basta ler o tipo penal em menção, que descreve, para a incidência da conduta que
pretende criminalizar, exclusivamente aquela de quem adquire, guarda, tem em
depósito, transporta ou porta, “para consumo pessoal”, drogas proibidas. O
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Com efeito, como assevera Maria Lúcia Karam, “é evidente que na conduta de uma
pessoa, que, destinando-a a seu próprio uso, adquire ou tem a posse de uma
substância, que causa ou pode causar mal à saúde, não há como identificar ofensa
à saúde pública, dada ausência daquela expansibilidade do perigo (...). Nesta linha
de raciocínio, não há como negar incompatibilidade entre a aquisição ou
posse de drogas para uso pessoal não importa em que quantidade – e a
ofensa à saúde pública, pois não há como negar que a expansibilidade
do perigo e a destinação individual são antagônicas. A destinação pessoal
não se compatibiliza com o perigo para interesses jurídicos alheios. São coisas
conceitualmente antagônicas; ter algo para difundir entre terceiros, sendo
totalmente fora de lógica sustentar que a proteção à saúde pública envolve a
punição da posse de drogas para uso pessoal”. [KARAM, Maria Lúcia. De crimes,
penas e fantasias. Rio de Janeiro: Luam, 1993. p. 126].
É por isso que Alexandre Morais da Rosa afirma que “no caso de porte de
substâncias tóxicas inexiste crime, porque, ao contrário do que se difunde, o bem
jurídico tutelado pelo artigo 16 da Lei n. 6368/76 é a integridade física e não a
incolumidade pública”. [ROSA, Alexandre Morais da. Direito infracional:
garantismo, psicanálise e movimento antiterror. Florianópolis: Habitus, 2005. p.
217].
[...]
[...]
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Como ensina Maria Lúcia Karam, “a simples posse de drogas para uso pessoal, ou
seu consumo em circunstâncias que não envolvam perigo concreto para terceiros,
são condutas que, situando-se na esfera individual, se inserem no campo da
intimidade e da vida privada, em cujo âmbito é vedado ao Estado – e, portanto, ao
Direito – penetrar. Assim, como não se pode criminalizar e punir, como,
de fato, não se pune a tentativa de suicídio e a autolesão; não se podem
criminalizar e punir condutas, que podem encerrar, no máximo, um
simples perigo de autolesão”. [KARAM, Maria Lúcia. Revisitando a sociologia
das drogas. In: ANDRADE, Vera Regina Pereira de (Org.). Verso e reverso do
controle penal. Florianópolis: Fundação Boiteux, 2002. p. 136].
E não se olvide, ainda, que a criminalização do porte de drogas para uso pessoal
afronta o respeito à diferença, corolário do princípio da dignidade, albergado pela
Constituição Federal e por inúmeros tratados internacionais de Direitos Humanos
ratificados pelo Brasil.
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concreto de dano a bem jurídico de terceiro tutelado pelo Direito Penal, não deve
ser criminalizada.
No entanto, não é isso que vem sendo observado pelo Estado ao determinar o seu
âmbito de atuação. Todas as características até agora evidenciadas da política
criminal de drogas no Brasil revelam não mais do que um verdadeiro “direito
penal contra o inimigo”, o qual se baseia em uma espécie de “criminalização
antecipada”, fundamentalmente reconduzível a:
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Tão logo esclarecido que é imprescindível que a lesividade seja utilizada para
pautar uma ordem jurídica de cunho garantista, convém destacar que o referido
princípio, segundo esclarece Nilo Batista[22], possui determinadas funções perante
o Direito Penal brasileiro.
Em segundo lugar, esse princípio visa proibir a incriminação de uma conduta que
não exceda o âmbito próprio do autor, como, por exemplo, a tentativa de suicídio e
a autolesão. Nota-se aqui o principal ponto de contato entre o princípio da
lesividade e o posicionamento deste estudo quanto à legalização das drogas. Já
desde uma das primeiras leis de combate às drogas no Brasil – Lei n. 6.368/1976
– debatia-se que a mencionada legislação incriminava o uso de drogas em clara
oposição ao princípio penal da lesividade e às mais recentes recomendações
político-criminais, conforme defendia Nilo Batista[24] em suas críticas.
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enquadrados pelo sistema penal como traficantes na quase totalidade dos casos, e
não como meros usuários. Sobre essa frágil questão, Maria Lúcia Karam lembra
muito bem que
Nesse diapasão, Carvalho e Bueno propõem que haja uma espécie de “retrocesso”
ao estado de natureza, em que cada indivíduo é juiz em causa própria[29], isto é,
decide pelo próprio modo de ser e de viver. Assim, veda-se que este Estado de
Direito constitucional[30] lance mão da tutela jurisdicional sobre qualidades do
ser, inclusive prevendo condutas criminosas considerando-se apenas o aspecto
moral.
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Basta ler o tipo penal em menção, que descreve, para a incidência da conduta que
pretende criminalizar, exclusivamente aquela de quem adquire, guarda, tem em
depósito, transporta ou porta, “para consumo pessoal”, drogas proibidas. O
elemento subjetivo do tipo, evidenciado pela expressão “para consumo
próprio”, delimita com exatidão o âmbito da lesividade e impede
qualquer interpretação expansionista que extrapasse os lindes da
autolesão.
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É por isso que Alexandre Morais da Rosa afirma que “no caso de porte de
substâncias tóxicas inexiste crime, porque, ao contrário do que se difunde, o bem
jurídico tutelado pelo artigo 16 da Lei n. 6368/76 é a integridade física e não a
incolumidade pública”. [ROSA, Alexandre Morais da. Direito infracional:
garantismo, psicanálise e movimento antiterror. Florianópolis: Habitus, 2005. p.
217].
Assim, transformar aquele que tem a droga apenas e tão-somente para uso
próprio em agente causador de perigo à incolumidade pública, como se fosse um
potencial traficante, implica frontal violação do princípio da ofensividade,
dogma garantista previsto no inciso XXXV do artigo 5º da Constituição
Federal.
[...]
[...]
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Ora, sem maiores dificuldades, entende-se que aqui se fala em tratar de forma
igual todas as pessoas iguais, pois os seres de uma mesma categoria essencial
(qual seja, humana) devem ser tratados da mesma forma. Isto é, “em essência,
como seres humanos, não se vê como deixar de reconhecer igualdade entre os
homens. Não fosse assim não seriam seres da mesma espécie. A igualdade aqui se
revela na própria identidade de essência dos membros da espécie”.[34]
Isto é, uma vez que a Lei n. 11.343/2006 determina que, para fins de
criminalização, drogas são substâncias entorpecentes, psicotrópicas, precursoras e
outras sob controle especial, capazes de causar dependência física ou psíquica –
nos termos do parágrafo único do artigo 1º combinado com o artigo 66 da referida
lei[35] –, como pode a tutela penal incidir somente sobre parte dessas substâncias?
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Dessa forma, os indivíduos iguais e as situações análogas nas quais estão inseridos
são arbitrariamente tratados de modo desigual pelo Estado, o que se materializada
no conteúdo da Lei n. 11.343/2006. É como se da ordem jurídica brasileira não
constasse do direito positivo o princípio da igualdade para limitar a atuação do
Estado, ficando “[...] o cidadão privado de proteção judiciária contra o arbítrio que
porventura se insinuasse na sociedade pelas dobras da própria lei, mediante uma
vontade formalmente intangível do legislador”.[38]
Não há que se falar aqui de tratar de forma desigual indivíduos que “merecem” a
tutela penal, para fins de proteção da incolumidade da saúde pública contra a
conduta daqueles, como argumentam os defensores do proibicionismo. Afinal, se
o objetivo é proteger a saúde pública, talvez o legislador tenha olvidado analisar os
dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre as consequências sanitárias
e sociais da presença de certas substâncias na vida do ser humano.
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Por sua vez, o álcool é responsável por 3.2% das mortes e por 4% das doenças.
Além dos efeitos diretos da intoxicação e dependência alcoólica, que resultam em
transtornos e distúrbios pelo consumo de álcool, estima-se que ele seja a causa de
até 30% de problemas de saúde crônica como câncer de esôfago, câncer de fígado,
cirrose e epilepsia. Em geral, existem relações causais entre volume médio de
consumo de álcool e mais de 60 tipos de doenças e ferimentos. Ainda, o álcool é
um mediador poderoso que leva a desfechos agudos, tais como homicídios,
acidentes automobilísticos, casos de violência doméstica, lesões intencionais ou
não, dentre outros problemas sociais.[42]
Por outro lado, o uso de drogas consideradas ilícitas está relacionado a apenas
0.4% das mortes e 0.8% das doenças, em nível global.[43] Sobre essa questão, a
pesquisadora do Programa de Ensino e Assistência ao Uso Indevido de Álcool e
Drogas da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Magda Vaissman, comenta: “É
óbvio que a maconha faz mal, mas quantas pessoas você conheceu que morreram
por uso abusivo de maconha? Mas casos de pessoas que morreram por beber ou
fumar cigarro de forma abusiva existem aos montes”.[44]
Assim, é nítido e inegável o fato de que a maior parte dos problemas de saúde no
mundo são mais devidos ao uso de substâncias consideradas lícitas do que ilícitas.
Inclusive, segundo as previsões da OMS para o ano de 2020, as substâncias
psicotrópicas continuarão a manter a sua elevada posição na lista de “fatores de
risco” à saúde.[45]
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Sendo assim, cabe aqui mais uma vez – e pela última – citar a decisão do Tribunal
de Justiça de São Paulo, que entendeu ser inconstitucional a criminalização das
drogas. Para melhor compreensão, destacam-se aqui os seguintes trechos do
ilustre voto do relator, dessa vez no que tange à violação do princípio da
igualdade:
[...]
CONCLUSÃO
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A criminalização das drogas opõe-se ao fato de que “toda a idéia de Justiça está
fundada na idéia de que os homens nascem livres e são livres para agir conforme
suas vontades”[49]. Logo, manter o proibicionismo, que estabelece um o
tratamento injustificavelmente diferenciado entre as pessoas, impede que
determinados indivíduos sejam felizes em escolher o seu próprio destino, sem que
isso interfira na esfera de terceiros.
REFERÊNCIAS
AQUINO, Ruth de. Hora de legalizar? Época, Rio de Janeiro, n. 561, p. 82-88, 16.
fev. 2009.
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BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de Direito Penal: parte geral. 16. ed.
São Paulo: Saraiva, 2010.
GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal: parte geral. 3. ed. Rio de Janeiro:
Impetus, 2003.
KARAM, Maria Lúcia. Guerra às drogas encarcera mais negros do que apartheid.
Brasil de Fato, São Paulo, 10 dez. 2010b. Disponível em:
<www.brasildefato.com.br>. Acesso em: 25 ago. 2011.
SAIBA mais sobre drogas. Portal Drogas, Jundiaí, 17 nov. 2009. Disponível em:
<www.drogas.org.br>. Acesso em: 2 jun. 2012.
https://jus.com.br/imprimir/23980/a-in-constitucionalidade-da-criminalizacao-das-drogas 19/24
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NOTAS
[1]Segue o texto original: “Article I. Les hommes naissent et demeurent libres et
égaux en droits. [...] Article IV. La liberté consiste à pouvoir faire tout ce qui ne
nuit pas à autrui. Ainsi l’exercice des droits naturels de chaque homme n’a de
bornes que celles qui assurent aux autres Membres de la Société, la jouissance de
ces mêmes droits. Ces bornes ne peuvent être déterminées que par la Loi. Article
V. La Loi n’a le droit de défendre que les actions nuisibles à la Société’’ . (In:
FRANCE. Déclaration des Droits de L’homme et du Citoyen. 1789.
Disponível em: <www.assemblee-nationale.fr>. Acesso em: 25 fev. 2012).
[2]SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional positivo. 34. ed.
rev. e atual. São Paulo: Malheiros, 2011. p. 233.
[3]SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional positivo. 34. ed.
rev. e atual. São Paulo: Malheiros, 2011. p. 231-232.
[4] Ibidem, p. 207-208.
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[10]
PEDROSO, Marcelo Batuíra Losso. O princípio fundamental da liberdade, sua
importância e hierarquia sobre os demais direitos humanos. Revista do
Advogado, São Paulo, ano XXIV, n. 78, p. 53-60, set. 2004. p. 59-60.
[11]
SILVA, José Afonso da. Comentário contextual à Constituição. 3. ed. São
Paulo: Malheiros, 2007. p. 39.
[12]
ALEXY, Robert. Teoria dos Direitos Fundamentais. Trad. Virgílio Afonso
da Silva. São Paulo: Malheiros, 2008. p. 356.
[13]
SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional positivo. 34. ed.
rev. e atual. São Paulo: Malheiros, 2011. p. 234.
[14]
CANOTILHO, José Joaquim Gomes. Estudos sobre Direitos
Fundamentais. 2. ed. Portugal: Coimbra Editora, 2008. p. 237, grifo nosso.
[15]
TJ/SP, Apelação Criminal n. 993.07.126537-3, 6ª Câmara de Direito Criminal,
Rel. José Henrique Rodrigues Torres, j. 31.03.2008.
[16]
TJ/SP, Apelação Criminal n. 993.07.126537-3, 6ª Câmara de Direito Criminal,
Rel. José Henrique Rodrigues Torres, j. 31.03.2008.
[17]SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional positivo. 34. ed.
rev. e atual. São Paulo: Malheiros, 2011. p. 432.
[18]
OLIVEIRA, Marco Aurélio Moreira de. Crimes de perigo abstrato. Revista de
Estudos Criminais, Sapucaia do Sul, ano IV, n. 15, p. 95-100, 2004. p. 99.
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[33]
Segue o texto original: “Article I. Les hommes naissent et demeurent libres et
égaux en droits. Les distinctions sociales ne peuvent être fondées que sur l’utilité
commune’’. (In: FRANCE. Déclaration des Droits de L’homme et du
Citoyen. 1789. Disponível em: <www.assemblee-nationale.fr>. Acesso em: 25 fev.
2012).
[34]
SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional positivo. 34. ed.
São Paulo: Malheiros, 2011. p. 212-213.
[35]
Art. 1º. [...]. Parágrafo único. Para fins desta lei, consideram-se como drogas as
substâncias ou os produtos capazes de causar dependência, assim especificados
em lei ou relacionados em listas atualizadas periodicamente pelo Poder Executivo
da União.
Art. 66. Para fins do disposto no parágrafo único do art. 1º desta Lei, até que seja
atualizada a terminologia da lista mencionada no preceito, denominam-se drogas
substâncias entorpecentes, psicotrópicas, precursoras e outras sob controle
especial, da Portaria SVS/MS n. 344, de 12 de maio de 1998.
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[36]
SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional positivo. 34. ed.
São Paulo: Malheiros, 2011. p. 215-216.
[37]
SAIBA mais sobre drogas. Portal Drogas, Jundiaí, 17 nov. 2009. Disponível
em: <www.drogas.org.br>. Acesso em: 2 jun. 2012.
[38]
BONAVIDES, Paulo. O princípio da igualdade como limitação à atuação do
Estado. Revista Brasileira de Direito Constitucional, São Paulo, Método, n.
2, p. 209-224, jul./dez. 2003. p. 217.
[39]
Ibidem, p. 222.
[40]
WORLD HEALTH ORGANIZATION. The World Health Report: reducing
risks, promoting healthy life. Geneva, 2002. Disponível em: <www.who.int>.
Acesso em: 2 jun. 2012. p. 9-10.
[41]
Segue o texto original: “Smoking causes substantially increased risk of
mortality from lung cancer, upper aerodigestive cancer, several other cancers,
heart disease, stroke, chronic respiratory disease and a range of other medical
causes. As a result, in populations where smoking has been common for many
decades, tobacco use accounts for a considerable proportion of mortality, as
illustrated by estimates of smoking-attributable deaths in industrialized countries
[…] Worldwide, it is estimated that tobacco causes about 8.8% of deaths (4.9
million) and 4.1% of DALY’s (59.1 million). Worldwide, the attributable fractions
for tobacco were about 12% for vascular disease, 66% for trachea bronchus and
lung cancers and 38% for chronic respiratory disease, although the pattern varies
by subregion”. (In: WORLD HEALTH ORGANIZATION. The World
Health Report: reducing risks, promoting healthy life. Geneva, 2002. Disponível
em: <www.who.int>. Acesso em: 2 jun. 2012. p. 76-77).
[42]
Segue o texto original: “Alcohol consumption has health and social
consequences via intoxication (drunkenness), dependence (habitual, compulsive,
long-term heavy drinking) and other biochemical effects. Intoxication is a
powerful mediator for acute outcomes, such as car crashes or domestic violence,
and can also cause chronic health and social problems. Alcohol dependence is a
disorder in itself. Overall, there are causal relationships between average volume
of alcohol consumption and more than 60 types of disease and injury. […]
Worldwide, alcohol causes 3.2% of deaths (1.8 million) and 4.0% of DALY’s (58.3
million). [...] Besides the direct effects of intoxication and addiction resulting in
alcohol use disorders, alcohol is estimated to cause about 20–30% of each of the
following worldwide: oesophageal cancer, liver cancer, cirrhosis of the liver,
homicide, epilepsy, and motor vehicle accidents”. (In: WORLD HEALTH
ORGANIZATION. The World Health Report: reducing risks, promoting
healthy life. Geneva, 2002. Disponível em: <www.who.int>. Acesso em: 2 jun.
2012. p. 77-78).
https://jus.com.br/imprimir/23980/a-in-constitucionalidade-da-criminalizacao-das-drogas 23/24
02/09/2019 Inconstitucionalidade da criminalização das drogas - Jus.com.br | Jus Navigandi
[43]Segue o texto original: “Globally, 0.4% of deaths (0.2 million) and 0.8% of
DALYs (11.2 million) are attributed to overall illicit drug use”. (In: WORLD
HEALTH ORGANIZATION. The World Health Report: reducing risks,
promoting healthy life. Geneva, 2002. Disponível em: <www.who.int>. Acesso
em: 2 jun. 2012. p. 79).
[44]
AQUINO, Ruth de. Hora de legalizar? Época, Rio de Janeiro, n. 561, p. 82-88,
16. fev. 2009. p. 87.
[45]
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Neurociências: consumo e
dependência de substâncias psicoativas. Genebra, 2004. Disponível em:
<www.who.int>. Acesso em: 2 jun. 2012. p. 11.
[46]
CARVALHO, Salo de. A política criminal de drogas no Brasil: estudo
criminológico e dogmático da Lei 11.343/06. 5. ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris,
2010. p. 270.
[47]
SANTOS, Lycurgo de Castro. Tóxicos: algumas considerações penais. Revista
Brasileira de Ciências Criminais, São Paulo, v. 2, n. 5, jan./mar. 1994. p. 123-
124.
[48]TJ/SP, Apelação Criminal n. 993.07.126537-3, 6ª Câmara de Direito Criminal,
Rel. José Henrique Rodrigues Torres, j. 31.03.2008.
[49]
PEDROSO, Marcelo Batuíra Losso. O princípio fundamental da liberdade, sua
importância e hierarquia sobre os demais direitos humanos. Revista do
Advogado, São Paulo, ano XXIV, n. 78, p. 53-60, set. 2004. p. 59-60.
Autor
Andressa Andressa Barboza Félix
Barboza Félix
Advogada e Bacharel em Direito pela Faculdade de Direito de
Vitória - FDV
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