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Caro(a) professor(a),
A Avaliação Diagnóstica é um instrumento de avaliação formativa que permite sondar as fragilidades dos alunos em
determinados saberes para que possamos investir em formas de como melhorar a aprendizagem.
Neste documento você encontrará comentários pedagógicos acerca dos 26 itens da Avaliação Diagnóstica de Língua
Portuguesa 2023.1. Ele está estruturado em ordem crescente por saberes e habilidades que foram ofertados no teste,
apresentando mais informações e detalhamentos sobre a temática de cada um deles.
Sumário
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S22 S22.H11 FÁCIL B 42
Item do Teste 13
Dizem que Anhã, irmão de Nhanderu, queria ter uma companheira e se interessou por uma das filhas de Nhanderu,
a linda Takuá. Anhã pediu ao seu irmão que a sobrinha o pudesse acompanhar pelo mundo. Nhanderu aprovou,
mas disse que ela jamais poderia entrar na água. Poderia até se molhar, mas nunca mergulhar. Anhã ficou muito
feliz e Takuá o acompanhava em todos os lugares. Teve um dia em que eles foram até uma cachoeira. Anhã
mergulhou na água e ela ficou olhando. Então ele a convidou para entrar, mas ela não quis por causa da
recomendação do pai. Porém, Anhã não acreditou que haveria problema e a puxou pelo braço. Ele disse que o
irmão implicava com tudo que é gostoso, por isso a havia proibido. Takuá pediu então que Anhã não a soltasse. Ela
estava gostando muito! Mas ele acabou soltando seu braço para que ela experimentasse mergulhar no rio. Não
vendo mais a moça, Anhã tentou puxá-la novamente pelo braço e tirou da água um cesto. Ele começou a gritar por
ela, mas só havia o cesto, que começou a se desfazer.
Depois, Anhã foi até o irmão com o cesto desfeito na mão. Disse que Takuá tinha desaparecido e ficou apenas
aquela palha. Nhanderu pediu a palha e trançou de novo o balaio. Fez balainho bem bonitinho de novo e encostou
de lado. Disse então a Anhã que agora Takuá não iria mais com ele, pois ela não lhe servia de companheira. Anhã
disse que não queria mais aquela mulher porque ela era de palha e era muito complicada. Então Nhanderu disse à
Takuá que ela ensinaria as mulheres como ser bela e fazer coisas bonitas. Takuá até hoje vive num lugar de
Nhanderu amba, a morada celestial. Chamam Takuá as mulheres de quem o nhe’e, o espírito, vem desse lugar.
Elas são muito vaidosas, Takuakypy’y, as irmãs mais novas de Takuá.
B) O aluno que marcou essa alternativa demonstra não conseguir localizar informações explícitas em textos
narrativos, pois, segundo o texto, foi um pedido de Anhã a seu irmão, Nhanderu, que Takuá o pudesse
acompanhar pelo mundo.
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C) O aluno que marcou essa alternativa demonstrou dificuldade na localização de informações explícitas em
textos narrativos, pois Nhanderu só disse que Takuá ensinaria às mulheres como ser bela e fazer coisas bonitas
apenas depois de ela e Anhã não terem seguido a recomendação dele sobre mas nunca mergulhar.
D) O aluno que marcou essa alternativa demonstrou dificuldade na localização de informações explícitas em textos
narrativos, pois o texto diz que “Takuá até hoje vive num lugar de Nhanderu amba, a morada celestial.”, esse é
um fato explícito no texto que aconteceu como consequência da quebra da recomendação de Nhanderu à
Takuá e Anhã.
E) GABARITO
Comentário - Item 13
Caro(a) professor(a),
A habilidade que pode ser avaliada por este item relaciona-se à localização pelo aluno de uma informação solicitada,
que pode estar expressa literalmente no texto ou pode vir manifesta por meio de uma paráfrase, isto é, dizer de outra
maneira o que se leu. Essa habilidade é avaliada por meio de uma notícia através da qual o aluno é orientado a
localizar as informações solicitadas seguindo as pistas fornecidas pelo próprio texto. Para chegar à resposta correta, o
aluno deve ser capaz de retomar o texto, localizando, dentre outras informações, aquela que foi solicitada.
A habilidade de localizar informações explícitas em textos faz parte dos saberes fundamentais relacionados à leitura e
interpretação de textos, por isso este é um saber fundante que precisa ser desenvolvido para que o aluno avance para
habilidades de leitura mais sofisticadas. Deixamos como sugestão dois materiais que podem auxiliá-lo na elaboração
das aulas referentes a este saber.
1. https://www.youtube.com/watch?v=hspjjYeFQvs
2. https://www.tudosaladeaula.com/2019/03/oficina-01-prova-brasil-9-ano-d1.html
Item do Teste 18
Flores - Titãs
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Há flores em tudo que eu vejo
A dor vai curar essas lástimas
O soro tem gosto de lágrimas
As flores têm cheiro de morte
A dor vai fechar esses cortes
Flores
Flores
As flores de plástico não morrem
(...)
B) O aluno que marcou essa alternativa baseou-se nos versos: “a dor vai curar essas lástimas”. Esse aluno pode
ter compreendido por esse verso que o eu-lírico acha que vai se curar, que o tempo vai passar e ele vai ficar
bem, entretanto, essa leitura não se confirma pela letra toda já que “as flores têm cheiro de morte.”
C) O aluno que marcou essa alternativa atentou apenas para os versos: “há flores cobrindo o telhado e embaixo do
meu travesseiro.” Esse aluno partiu do seu conhecimento de mundo para inferir que flores expressam alegria.
Entretanto, os outros versos dessa canção levam a outra isotopia das flores, como uma expressão de morte.
D) O aluno que marcou essa alternativa atentou apenas para os versos “ as flores de plástico não morrem”. Ele
pode ter entendido que flores de plástico são superficiais, descartáveis, imortais, mas não expressam a beleza,
a alegria, a delicadeza.
E) GABARITO.
Comentário - Item 18
Caro(a) Professor(a),
É muito importante que, além de o aluno extrair informações a partir da superficialidade dos textos, ele
consiga também fazer inferências a partir de tais informações. Inferir informações em um texto é entender o que está
implícito nele. Significa, pois, ler nas entrelinhas, deduzir, entender o que está implícito na mensagem.
O item pede para o aluno inferir sobre qual emoção está subjacente. Dessa forma, como um ato de
linguagem pode significar/despertar várias emoções.
Professor(a), é fundamental que você explique para o aluno que um ato de linguagem pode ser modificado
mediante o contexto que se encontra. Portanto, a partir da habilidade de inferir, você pode trabalhar a ideia de como o
contexto ou relação entre as partes do texto podem modificar totalmente o sentido de uma frase.
Além de tudo, você pode procurar outros textos como vídeos que circulam nas redes sociais dos nossos
alunos para pedir que eles façam inferências. Além de divertido, o aluno vai poder desenvolver a habilidade sendo
mais crítico em relação aos textos presentes no seu cotidiano.
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Saber S03 - Inferir o sentido de uma palavra ou expressão.
Habilidade S03.H04 - Inferir o significado de expressões idiomáticas, frases feitas, bordões ou ditados
populares, a partir de seus usos em textos multissemióticos, pertencentes a gêneros
simples e/ou de grande circulação social de qualquer sequência discursiva predominante
(ex.: placa, fotografia convencional, emoticon, e-mail, fotolegenda, cardápio, mensagem de
WhatsApp/Messenger, direct, meme, anúncio ou campanha publicitária, rótulo, embalagem,
catálogo, panfleto etc.).
Item do Teste 23
B) O aluno que marcou essa alternativa, atentou para o segundo e terceiro quadrinhos em que o menino que sujou
o outro diz: “só se for da onça parda…da pintada.” Esse aluno não observou o comando do item que diz
respeito ao primeiro quadrinho e, além de tudo, fez uma leitura bastante literal do quadrinho.
C) O aluno que marcou essa alternativa pode ter partido do seu conhecimento de mundo de que amigo da onça
tem o sentido de “brincadeira” em que os participantes dão presentes sarcásticos ou inúteis aos amigos.
D) O aluno que marcou essa alternativa fugiu completamente do sentido da palavra, pois percebe-se pela
expressão do personagem de que ele não gostou da brincadeira do amigo e que ele chama “amigo da onça”
não como agradecimento, mas para apontar que o “amigo” é falso.
E) O aluno que marcou essa alternativa ficou no literal do texto. Ele compreendeu que dada a situação quando o
personagem do primeiro quadrinho diz “amigo da onça” o dinho diz que sim que é amigo da onça. Esse aluno
não conseguiu fazer nenhuma inferência, apenas viu o que estava explícito no texto, sem levar em
consideração o significado da expressão.
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Comentário - Item 23
Caro(a) professor(a),
O item diz respeito ao Saber 03- Inferir o sentido de uma palavra ou expressão. O comando do item pede que o aluno
indique o sentido da utilização da expressão no trecho do texto. Para chegar ao gabarito, espera-se que o aluno
compreenda que a expressão “prato cheio” refere-se diretamente à publicação do vereador que teve uma repercussão
negativa e tornou-se um acontecimento propício a críticas por parte de seus opositores políticos. Espera-se que o
aluno que tenha essa habilidade consolidada consiga associar o sentido figurado de “prato cheio” ao fato de a
postagem do vereador ser um acontecimento importante que impulsiona as críticas de seus opositores políticos. Se o
aluno não tiver essa habilidade consolidada ou não atentar para o comando do item, ele poderá marcar alternativas
que apresentam sentidos semelhantes a outras apresentadas e que não condiz com o significado proposto pelo
contexto na utilização da expressão no texto. Para trabalhar essa habilidade, busque levar para suas aulas textos que
apresentam expressões de sentido conotativo e converse com os alunos sobre a utilização delas em situações de uso
diversificado. Discuta com os alunos se existe possibilidades de mudanças de efeito de sentidos e o que pode
provocá-las. Sempre proponha, nas atividades de interpretação de texto, questões relacionadas a expressões
idiomáticas para o desenvolvimento dessa habilidade. Abaixo segue o QR code de um material para trabalhar esse
conteúdo. Aproveite!
Link -
https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/105966/AS_EXPRESSOES_IDIOMATICAS_BRASILEIRAS.pdf
QR code -
Saber S04 - Interpretar textos não verbais e textos que articulam elementos verbais e não
verbais.
Item do Teste 02
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Disponível:https://br.pinterest.com/pin/678073287643494957/. Acesso em: 07 de set. de 2022.
B) O aluno que marcou essa alternativa pode ter visto apenas a expressão de miguelito e ter achado que era uma
forma de contemplação. Entretanto, para essa habilidade o aluno precisa relacionar o texto não verbal com o
verbal e por esse último nós vemos que o Miguelito está apenas esperando que algo aconteça e não está
admirado. Mafalda é a personagem que está reflexiva.
C) O aluno que marcou essa alternativa não leu o texto como um todo de sentido porque ao analisar o texto não
verbal e verbal ele teria que perceber que Miguelito está esperando algo e não está tendo atenção com a vida
nem com nada, apenas está esperando que algo aconteça sem fazer nada para tanto.
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D) O aluno que marcou essa alternativa teve dificuldade de interpretar o texto. Na verdade, Miguelito não está
preocupado se algo vai acontecer ou não. Ele está apenas sentado e esperando algo da vida.
E) GABARITO
Comentário - Item 02
Caro(a) professor(a),
O item diz respeito ao Saber 04- Interpretar textos não verbais e textos que articulam elementos verbais e não verbais.
A descrição do item faz referência a habilidade de identificar características psicológicas ou estados emocionais de
seres retratados, em textos não verbais ou multissemióticos, pertencentes a gêneros simples de qualquer sequência
discursiva. Nossos alunos geralmente estão lidando com textos não verbais ou multissemióticos nas duas mais
diversas redes sociais. Portanto, é muito importante que possamos trabalhar essa habilidade. Esse item traz um
suporte bastante interessante para isso: você pode trabalhar a sequência de quadrinhos, ações, falas e balões,
recursos da linguagem. Você pode levar para sala de aula (seja no ensino remoto ou presencial) diferentes textos que
mesclam esses elementos, como os cartuns, as charges, as histórias em quadrinhos (HQs), as propagandas, as
tirinhas etc. Você pode propor aos alunos pesquisas direcionadas no laboratório de informática da escola para que
analisem as características psicológicas e/ou estados emocionais que constroem os personagens. Para tanto,
sugerimos o site de alguns chargistas conhecidos:
https://blog.bbm.usp.br/2016/caricatura-dos-tempos-as-charges-de-belmonte/
http://ziraldoproducoes.com.br/blog/
https://laart.art.br/blog/cartunistas-brasileiros/
Item do Teste 10
Esse é um assunto simples, porém, muito polêmico em alguns ambientes de trabalho. Antes de começar
a falar do ambiente de trabalho, quero relatar uma cena que vi em uma famosa cafeteria de São Paulo.
Era um domingo cedo e após realizar alguns exames fui à essa cafeteria, comprei um café e fui me
acomodar no mezanino da loja. Ao sentar, percebi que ao meu redor estavam vários estudantes universitários nas
outras mesas, alguns sozinhos e outros em grupos. Em suas mesas laptops e apostilas empilhadas, todos focados
em seus estudos e muito concentrados no que estavam fazendo.
Foi quando eu vi que TODOS estavam com seus fones de ouvido conectados aos seus smartphones ou
laptop.
Com certeza estavam escutando a sua playlist favorita para estudo, guardem essa cena para depois.
Em algumas empresas está escrito em seus regulamentos internos que é expressamente proibido
trabalhar com fones de ouvidos e já ouvi falar em pessoas que foram advertidas por isso.
Acredito que estamos vivendo um problema de conflito de gerações, pois, as gerações mais antigas
foram educadas de que não podiam ouvir música ao trabalhar, pois isso tiraria a concentração nas atividades.
Porém, as novas gerações estão crescendo com o fone de ouvido praticamente embutido em seus
ouvidos para fazerem de tudo, comer, estudar, brincar, passear, etc...
Agora olhem as pessoas que correm nos parques, ali naquele momento só delas, a grande maioria está
com o seu fone de ouvido, escutando aquela playlist que motiva e dá força para o seu treino.
Opa!!! Que motiva e dá força no seu treino???
Será que essa playlist da motivação só funciona para o treino físico? Será que ela não pode ser utilizada
no treino mental? Será que ela não pode ser utilizada naquele relatório mega blaster que você precisa fazer
totalmente concentrado?
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Vou relatar uma experiência que tive no gerenciamento de uma equipe operacional e outra de Business
Intelligence. Ao assumir essas equipes, percebi que todos estavam com seus fones de ouvido nas mesas, afinal, eu
não tinha costume de utilizar os fones para trabalhar.
Fiquei curioso com esse cenário, porém, antes de falar alguma coisa, passei a prestar atenção nas
pessoas quando estavam utilizando os fones e quando não estavam. O ambiente de trabalho era muito amplo e
com aqueles layouts de mesão, com muito ruído e pessoas andando.
Percebi que quando não estavam com os fones, se distraiam e falavam mais entre si, desta forma,
exigindo um pouco mais de gestão para que o momento de distração não ultrapassasse o limite do bom, pois, eu
sou totalmente a favor de ter esses momentos de distração e relaxamento durante o dia.
Porém, quando estavam com os fones de ouvido, naquela playlist da motivação e força, ficavam focados
com a entrega, não se distraiam, conseguiam encontrar fórmulas e resolver problemas com muito mais rapidez e
com o mínimo de erros, desta forma, também exigindo um pouco mais de gestão para que as pessoas não
passassem do tempo e ficassem sem um momento de distração e relaxamento.
Um certo dia, precisava realizar um relatório e o ambiente estava com muito ruído, não tive dúvida,
peguei o meu fone de ouvido e coloquei numa música bem baixa, mas que era suficiente para isolar o ruído externo.
Resultado? Foi excelente, consegui me concentrar no relatório e elaborar da forma que eu desejava, a experiência
foi comprovada, o fone de ouvido é bom!!!
Guardaram aquele cenário do começo? Dos estudantes universitários? Então, eles são produtivos desta
forma, eles aprenderam a dividir o cérebro da música, do estudo e do trabalho. Provavelmente, muitos deles sem o
fone de ouvido, poderão ser improdutivos em suas atividades e consequentemente serem advertidos por baixos
resultados.
O que precisa tomar cuidado é que o relacionamento interpessoal no ambiente diminua, com as pessoas
se isolando em seus fones de ouvido.
Para vocês que podem fazer a diferença, tenho certeza de que podem conseguir flexibilizar o uso dos
fones nas empresas, é claro que sem exageros e que também o volume não chegue a incomodar a pessoa que está
ao lado. E também não liberar em atividades de risco. O que proponho aqui é para o pessoal interno, que fica ali em
suas estações de trabalho em atividades de concentração.
Espero que o post crie a possibilidade de análise, bom trabalho com ou sem o fone de ouvido!!!!
B) O aluno que marcou essa alternativa pode ter baseado-se em um dos exemplos dado pelo autor do texto que é
sobre os estudantes estarem estudando com notebooks e usando fones. Mas este é não é o assunto principal
do texto, mas serve como um subsídio importante para a autora desenvolver seu argumento.
C) O aluno que marcou essa alternativa pode ter baseado-se no fato de que o autor destaca que os estudantes
estão concentrados ouvindo suas playlists favoritas. No segundo exemplo dado pelo autor sobre o ambiente de
trabalho ele também destaca que com fones, ouvindo suas playlists as pessoas concentram-se mais em suas
atividades.
D) GABARITO
E) O aluno que marcou essa alternativa baseia-se em um único parágrafo do texto que chama atenção para o
problema de que se fones podem concentrar melhor as pessoas em suas atividades também podem
distanciá-las.
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Comentário - Item 10
Caro(a) professor(a),
Para que você possa trabalhar esse tipo de descritor em sala, é possível construir os chamados brainstorming
(tempestade de ideias) com o objetivo de enquadrar os tópicos selecionados na dinâmica sobre tema/assunto. Essa
estratégia pode ser utilizada também para auxiliar na elaboração de textos escritos, uma vez que a habilidade
estudada é fundamental para a elaboração de um texto dissertativo-argumentativo.
Item do Teste 24
Popó não tinha mais nada a provar para ninguém. Tetracampeão do mundo com um card de 41 vitórias
(34 nocautes) em 43 lutas, o baiano foi por muitos anos o maior nome da modalidade no Brasil. Tudo isso aconteceu
fora dos tempos áureos das redes sociais, terreno que seu adversário do duelo da noite deste domingo domina com
maestria.
E foi aí que Whindersson colocou Popó onde merece: no lugar de estrela. O ex-boxeador pôde ser visto
em inúmeros jornais, sites, na TV, nas redes sociais, e angariou com isso, postando publicidades para uma marca
de colchões, por exemplo. O marketing era perfeito: 'dormi uma noite de sono tranquila, estou pronto para lutar
contra o Whindersson Nunes'.
Acelino, que tinha cerca de 600 mil seguidores no Instagram, já bateu, até a tarde desta segunda-feira, 2,3
milhões - e contando.
Whindersson, que está entre os Youtubers mais seguidos do mundo e tem mais de 56 milhões de
seguidores só no Instagram, decidiu furar a própria bolha e se arriscar no boxe, esporte que o ajudou no tratamento
da depressão, com chances de passar vergonha mundial. E não passou. Foi guerreiro. Ao fim da luta disse não se
arrepender e no Twitter brincou que agora quer ser piloto da Fórmula 1. Vai que...
Já Popó furou também a própria bolha e pôde ser conhecido de perto por uma geração que não o viu lutar
e que é especialista em gerar engajamento via redes sociais. Um marketing perfeito para o boxeador que, como dito
acima, não precisava provar nada a ninguém, mas precisava e merecia ser lembrado.
Em uma sociedade em que o povo não tem o costume de exaltar e cuidar com carinho de suas referências
e exaltar seus feitos, Whindersson conseguiu, através de sua visibilidade, dar essa oportunidade de um ídolo do
esporte nacional ser homenageado como merece. Isso é muito mais do que esporte.
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A) GABARITO
B) O aluno que marcou essa alternativa não reconhece a diferença entre fato e opinião nesse texto. Já que as
informações presentes nessa alternativa mostram fatos, certezas da carreira de Popó.
C) O aluno que marcou essa alternativa não reconhece a diferença entre fato e opinião nesse texto. O verbo no
passado indica que todas essas situações realmente aconteceram e por isso estamos diante de um fato e não
de uma opinião.
D) O aluno que marcou essa alternativa não reconhece a diferença entre fato e opinião nesse texto. Essa
alternativa é muito precisa, e apesar de falar de arrependimento, a fala em si foi um fato.
E) O aluno que marcou essa alternativa não reconhece a diferença entre fato e opinião nesse texto. o verbo no
passado mostra que esse fato aconteceu, estamos lidando com uma realidade.
Comentário - Item 24
Caro(a) professor(a),
Você pode desenvolver práticas de leitura que possibilitem o reconhecimento dos elementos estruturadores
responsáveis pela diferenciação entre um posicionamento (opinião) e um fato (evidência). Ao realizar atividades com
essa finalidade pedagógica, é importante considerar o uso de textos com aspecto tipológico argumentativo e
desenvolver atividades orais e escritas para que os estudantes tenham a oportunidade de identificar, expor e
diferenciar um fato de opinião relativa ao fato. Ao realizar um debate regrado público, o docente possibilita aos
educandos momentos de discussão sobre um tema de interesse coletivo em que o processo de argumentação ocorra
espontaneamente. Nessa perspectiva, os estudantes vivenciam experiências em que podem opinar sobre diversos
assuntos e compreender os elementos que diferenciam fato de opinião relativa ao fato.
Item do Teste 15
A árvore que dá origem ao cacau é o cacaueiro que tem como nome científico Theobroma cacau, cujo nome
Theobroma significa bebida dos deuses. O cacaueiro é uma árvore nativa da América Central e do Sul, que
necessita de condições especiais para produzir. Só para exemplificar, as árvores produtoras de cacau são muito
sensíveis às variações climáticas e principalmente às doenças. Sua altura não costuma ultrapassar os 10 metros e
caso as condições sejam favoráveis, em apenas 5 anos se inicia sua produção, podendo viver até quase 50 anos. A
polinização de suas flores é realizada por morcegos!
O Brasil já foi um dos grandes produtores mundiais de cacau, contribuindo na época com mais de 30% da produção
mundial. Entretanto, problemas relacionados aos custos de produção local e à falta de organização dos produtores
cacaueiros contribuíram para a retração desse setor produtivo, representando hoje apenas 4% da produção
mundial.
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A história do cacau é muito antiga, visto que povos pré-colombianos já utilizavam suas sementes para fazer uma
bebida usada em rituais religiosos e alguns a empregavam como moeda. Cristóvão Colombo, em uma de suas
várias incursões pelo continente, foi o primeiro europeu a tomar conhecimento do chocolate, mas o sucesso do
chocolate na Europa só veio a ocorrer em anos posteriores. Inicialmente, a bebida, por ser amarga e oleosa, não
era adequada ao gosto europeu, somente com a substituição de alguns produtos, como a pimenta pelo açúcar, por
exemplo, foi que se permitiu uma maior aceitação da bebida."
Com a popularidade, logo outros países europeus começaram a produzir o cacau em suas colônias, contribuindo
para a diminuição dos preços, que eram altíssimos! Desta forma, a bebida que antes era exclusiva dos reis e
pessoas afortunadas, aos poucos foi se popularizando. A substituição da água por leite também contribuiu
significativamente para melhorar ainda mais o sabor da bebida. A partir do aumento do consumo e do
desenvolvimento de novas e modernas técnicas de produção e processamento, o chocolate passou a ser
consumido em tabletes e evoluiu até a forma que conhecemos atualmente.
Em relação aos efeitos do chocolate em nosso organismo, não existem estudos conclusivos sobre como as
substâncias presentes neste alimento agem em nosso sistema nervoso, entretanto, alguns estudos já realizados
conseguiram desmistificar a ideia que o chocolate estaria relacionado ao aparecimento da acne e de inflamações
cutâneas. Assim, o grande problema em relação ao consumo do chocolate se refere ao excesso de gordura
hidrogenada acrescentada durante sua fabricação, que é prejudicial.
FERREIRA, Fabricio Alves. "Chocolate faz bem para a saúde?" Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/curiosidades/chocolate.htm. Acesso em 07 de outubro de 2022.
A) o preço do chocolate.
B) a árvore que dá origem ao chocolate.
C) a produção de chocolate no Brasil.
D) a popularidade do chocolate na Europa.
E) a descrição sobre aspectos do chocolate.
B) O aluno que marcou essa alternativa atentou para o segundo parágrafo que fala sobre da árvore que dá origem
ao chocolate - o cacau. Entretanto, esse é um dos tópicos do texto, mas não é a ideia principal do texto.
C) O aluno que marcou essa alternativa baseou-se no terceiro parágrafo do texto, entretanto, essa não é a ideia
principal do texto, já que é apenas um tópico abordado dentro da história do chocolate.
D) O aluno que marcou essa alternativa baseou-se no quarto parágrafo do texto, entretanto, essa não é a ideia
principal do texto, pois apenas faz parte da história do chocolate.
E) GABARITO
Comentário - Item 15
Caro(a) professor(a),
O item aborda o Saber 07- Diferenciar a informação principal das secundárias em um texto, que dispõe sobre a
habilidade 07 - H07 - Identificar informação principal expressa pela relação de um agente e seus respectivos eventos
por ele desencadeados em textos verbais ou multissemióticos, pertencentes a gêneros simples e/ou de grande
circulação social de qualquer sequência discursiva predominante.
Para leitura desse texto, o aluno precisará mobilizar sua atenção para todas as informações que aparecem no texto,
mas selecionando dentre todas as informações apresentadas, aquela de maior relevância para o assunto tratado. Ou
seja, fazendo uma distinção entre as informações e acontecimentos que se desenrolam em torno dessa informação
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principal. O comando do item pede para que o aluno assinale a opção que corresponde à informação principal do
texto. Os distratores foram elaborados com base na associação das informações secundárias com a principal e nas
emoções expressas pela narradora. O texto possui uma linguagem simples e fácil de entender, mas o aluno precisará
fazer inferências sobre alguns fatos apresentados para chegar a resposta correta.
Para trabalhar o Saber 07, você pode levar diferentes textos para sala de aula e, junto com a turma, promover uma
roda de conversa em que possam, após a leitura coletiva, discutir as informações que constituem o texto. Vocês
podem fazer uma análise completa dos elementos que constituem o texto para facilitar a percepção dos estudantes
quando forem indagados acerca da informação principal e das secundárias. Outra dica é realizar uma dinâmica de
grupo em que a partir de uma informação principal apresentada por você, professor(a), os alunos possam ir
acrescentando outras, mas sem desvincularem-se do contexto e da informação principal inicialmente apresentada.
Assim, como na brincadeira do “telefone sem fio”, a história vai crescendo e outras informações são associadas à
principal. Isso também pode ser feito com textos multissemióticos, tanto de maneira oral e escrita como na forma de
desenhos. As possibilidades são diversas e acreditamos que, junto com a turma, essas e outras ideias serão de
grande valia ao desenvolvimento da habilidade e do saber em questão.
Item do Teste 01
A estrela de Natal
Era a noite de Natal. Os três andavam pela estrada vazia. O pai, a mãe e a filha. Caminhavam sem rumo,
de mãos dadas. [...] O pai punha a menina na garupa e a mãe cantava uma melodia antiga que falava sobre a
estrela de Natal. A menina quis a estrela como presente de Natal. O pai falou que ela podia pedir ao vento, já que
eram amigos. Ele sempre aparecia nessas andanças e a menina se distraía do cansaço das pernas conversando
com o vento, que respondia de pronto e animava a menina a continuar. — Sua casa fica logo ali, sua casa está logo
ali — soprava ele. Ou quem sabe pedir ao céu, continuou o pai. O céu tem muitas estrelas e pode lhe dar uma de
presente. Logo em frente viram um casebre simples. A chaminé soltava fumaça. Resolveram parar, quem sabe um
copo de água. — Sejam bem-vindos, sejam bem-vindos — exclamou a mulher da casa. O homem da casa ofereceu
um banco para os três e o bebê, que brincava no chão de terra batida, sorriu e estendeu os braços para a menina.
Ela abaixou-se e passou a mão na cabeça careca do bebê. Ele era lindo, tinha bochechas gordas e ria. A menina
acarinhou o bebê que se deitou no colo dela. Um tempinho só, mas tão confortante. Uma eternidade. Os três
cearam com os outros três. Comeram raízes brancas, frutos vermelhos, sementes marrons, pão quentinho, e
beberam chá de ervas perfumadas. Despediram-se desejando feliz Natal e tomaram a caminhar. Logo adiante, a
mãe lembrou-se de um bichinho de pano que fizera para a filha, quando tinha a idade do bebê. Carregava o objeto
na trouxa. Voltaram para entregar o presente à criança, mas a casa não estava mais lá. Nenhum vestígio do fogo,
nenhum vestígio dos três. No chão batido a menina reconheceu a marca da mãozinha do bebê e ao lado dela uma
estrela brilhante, a mais linda que ela já viu.
Esse texto é
B) Para que o estudante tenha marcado esta alternativa, é possível que ele não tenha consolidado seus
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conhecimentos acerca das principais características do gênero diário. Por esse motivo, a presença da narrativa
de uma situação específica que acontece com a personagem principal, uma das características do gênero
diário, pode ter induzido o estudante a marcar a alternativa B.
C) Assim como na alternativa B, uma biografia narra acontecimentos específicos que ocorrem com uma pessoa.
Assim, ao não ter consolidado as características principais do gênero biografia, esse aspecto pode ter motivado
a escolha desta alternativa.
D) Diferentemente dos outros distratores, o estudante que marcou a alternativa D mostrou que não reconhece os
principais traços de uma entrevista, visto que ela possui características bastante peculiares que representam o
gênero.
Comentário - Item 01
Caro(a) professor(a),
Você pode parar neste item e fazer um trabalho com o reconhecimento do gênero conto e também com o
reconhecimento dos outros gêneros citados nos distratores. A ideia seria: o que podemos fazer para que esse texto se
tornasse uma biografia? O que poderíamos fazer para que esse texto se tornasse um diário? O que poderíamos fazer
para que esse conto se tornasse uma entrevista? Dessa forma, você mobilizaria elementos que são típicos de cada
um desses gêneros e trabalharia a produção textual. Outra dica para você trabalhar a partir deste item é a estilística. O
texto é bem delicado e trata de um conto fantástico, narrativa curta que apresenta elementos inexplicáveis, como, por
exemplo: o vento falar com a menina ou a casa sumir no outro dia. Sobre a questão da estilística da frase em si, temos
a repetição “— Sua casa fica logo ali, sua casa está logo ali — soprava ele.”. Essa frase repetida pelo vento, denota
quão longe a casa da menina está, se nós a lemos, dedicadamente, vemos que até o ritmo que ela dá ao texto, é
diferente. Portanto, não há elementos que faltam para trabalhar com esse texto.
Item do Teste 26
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Disponível em: https://ccs2.ufpel.edu.br/wp/2016/01/29/ufpel-entra-na-campanha-contra-mosquito-da-zica-e-dengue/. Acesso em:
29/09/2022.
B) O aluno que marcou essa alternativa entende que há algumas informações nesse texto, mas não compreendeu
a função apelativa sobre esse texto. Além disso, é importante destacar que o anúncio publicitário apresenta
uma fotografia, mas o gênero em si não é esse.
C) O aluno que marcou essa alternativa entendeu que há um aviso sobre os dias da campanha de combate ao
mosquito transmissor da dengue. É provável que ele atentou para os dias da semana inscritos na campanha
publicitária, entretanto, não atentou para o fato de que esse não é apenas um aviso, dado que há outros
aspectos imagéticos, informações e apelos nesse texto.
D) O aluno que marcou essa alternativa demonstra uma fragilidade de reconhecer os gêneros textuais.
Subtende-se que o símbolo de um caderno de anotações sinaliza para a interpretação equivocada de que se
trata de um bilhete.
E) GABARITO
Comentário - Item 26
Caro(a) professor(a),
Os gêneros são formas de comunicação. Portanto, não há como comunicar algo sem ser por eles. Trabalhar
com gêneros é compreender que o aluno está inserido em um contexto sócio-histórico e cultural e os gêneros estão
perpassando a cultura de tais alunos. O texto suporte desse item traz uma temática valorosa para o conhecimento de
todos: um alerta contra a dengue. Espera-se que apenas pelo título o aluno já possa compreender que se trata de uma
campanha publicitária e que sua desconfiança seja confirmada com a leitura do texto. Professor, através desse texto
você pode trabalhar com elementos verbais e não verbais para que os alunos possam reconhecer suas
características. Vale a pena pegar ideias no youtube ou redes sociais de pessoas que também fazem campanhas.
Assim, o estudante pode ver outras formas de fazer campanha.
Além disso, veja as propostas de atividades sugeridas nas eletivas das EEMTI da rede estadual de ensino
para o estudo com os gêneros textuais. Essas sugestões são voltadas para os gêneros digitais, estando, dessa forma,
alinhadas com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Disponível em:
https://www.ced.seduc.ce.gov.br/apoio-aos-estudos-domiciliares/eemti/eletivas/generos-textuais/
16
Saber S10 - Identificar o propósito comunicativo em diferentes gêneros
Habilidade S10.H05 - Identificar o propósito comunicativo de gêneros simples que materializam textos
verbais, predominantemente instrucionais/injuntivos (ex.: receita médica, receita culinária,
regra de jogo etc.).
Item do Teste 25
B) GABARITO
17
C) O aluno que marcou essa alternativa baseou-se na lista que traz vários elementos pertinentes aos grupos de
whatsapp. Entretanto, esse aluno não compreende que essa lista diz respeito a um propósito maior que é
instruir pessoas sobre o uso de whatsapp.
D) O aluno que marcou essa alternativa baseou-se no tópico 05 da lista: “Sem discussão, sem opiniões
acaloradas, e sem notícias falsas. Verifique suas fontes antes de compartilhar.” Entretanto, este é um tópico do
texto a serviço de um propósito maior do texto.
E) O aluno que marcou essa alternativa pode ter observado apenas os tópicos 05 da lista: “Sem discussão, sem
opiniões acaloradas, e sem notícias falsas”; e o 10: “Evitar assuntos sobre política, religião e futebol.”.
Entretanto, esses são tópicos que servem a um propósito maior que não está sendo observado pelo aluno.
Comentário - Item 25
Caro(a) professor(a),
O item trata da habilidade de identificar o propósito comunicativo de gêneros simples que materializam textos verbais,
predominantemente instrucionais/injuntivos. No caso, temos um texto que traz uma lista de instruções sobre ações
pertinentes às principais regras referentes aos grupos de Whatsapp. Professor, essa rede social é muito usada por
seus alunos. Dessa forma, você pode trabalhar esse texto e propor que os alunos, a partir dele, criem outros textos
que tragam outras regras que eles acham importantes para o uso consciente e respeitoso desse aplicativo. Para dar
vida aos textos produzidos a partir desse suporte, você pode instruir seus alunos que façam uma campanha nas redes
sociais da escola sobre as regras e etiquetas para o uso do whatsapp. Isso pode fazer com que os alunos comecem a
refletir sobre o respeito e os direitos que cada membro de um grupo tem no uso das redes sociais.
Saber S11 - Reconhecer os elementos que compõem uma narrativa e o conflito gerador.
Habilidade S11.H06 - Identificar marcas linguísticas que evidenciam o discurso narrativo (direto,
indireto e indireto livre) em textos verbais, pertencentes a gêneros simples,
predominantemente narrativos (ex.: memória, contos de fada, fábula, piada, lenda etc.).
Item do Teste 21
Foi na França, durante a Segunda Grande Guerra. Um jovem tinha um cachorro que todos os dias,
pontualmente, ia esperá-lo voltar do trabalho. Postava-se na esquina, um pouco antes das seis da tarde. Assim que
via o dono, ia correndo ao seu encontro e, na maior alegria, acompanhava-o com seu passinho saltitante de volta a
casa.
A vila inteira já conhecia o cachorro e as pessoas que passavam faziam-lhe festinhas e ele correspondia,
chegava a correr todo animado atrás dos mais íntimos para logo voltar atento ao seu posto e ali ficar sentado até o
momento em que seu dono apontava lá longe.
Mas eu avisei que o tempo era de guerra, o jovem foi convocado. Pensa que o cachorro deixou de
esperá-lo? Continuou a ir diariamente até a esquina, fixo o olhar ansioso naquele único ponto, a orelha em pé,
atenta ao menor ruído que pudesse indicar a presença do dono bem amado. Assim que anoitecia, ele voltava para
casa e levava sua vida normal de cachorro até chegar o dia seguinte. Então, disciplinadamente, como se tivesse um
relógio preso à pata, voltava ao seu posto de espera.
O jovem morreu num bombardeio, mas no pequeno coração do cachorro não morreu a esperança.
Quiseram prendê-lo, distraí-lo. Tudo em vão. Quando ia chegando àquela hora ele disparava para o compromisso
assumido, todos os dias. Todos os dias.
Com o passar dos anos (a memória dos homens!) as pessoas foram se esquecendo do jovem soldado que
não voltou. Casou-se a noiva com um primo. Os familiares voltaram-se para outros familiares. Os amigos, para
outros amigos. Só o cachorro já velhíssimo (era jovem quando o jovem partiu) continuou a esperá-lo na sua
esquina, com o focinho sempre voltado para aquela direção.
18
O texto é narrado por
A) alguém que não participa da história, mas sabe de tudo que acontece.
B) um cachorro que participa da história de uma maneira secundária.
C) um jovem que participa da história de uma maneira protagonista.
D) alguém que não participa da história e nem tem acesso a todas as informações.
E) um jovem que participa da história de uma maneira secundária.
B) O aluno que marcou essa alternativa atentou para o fato de um cachorro participar da história, mas ele não
narra nenhum acontecimento. Além de que o cachorro é parte essencial do texto.
C) O aluno que marcou essa alternativa não atentou para o fato de que o jovem realmente é um protagonista da
história, no entanto não compreendeu que ele apenas participa da história e não narra.
D) O aluno que marcou essa alternativa atentou para o fato de que quem narra o texto é uma terceira pessoa, mas
não atentou-se ao fato de que em alguns momentos é perceptível que o narrador é onisciente, como em: “O
jovem morreu num bombardeio, mas no pequeno coração do cachorro não morreu a esperança.”
E) O aluno que marcou essa alternativa atentou para o fato do jovem participar da história, mas ele não narra
nenhum acontecimento. Além de que ele é parte essencial do texto.
Comentário - Item 21
Caro(a) professor(a),
Identificar o discurso narrativo no texto depende muito do aluno reconhecer as marcas que o narrador deixa
no texto e de como ele se coloca. Pode-se pensar na reflexão: de quem é o narrador? Quem é o personagem? Como
separar essas instâncias? É bom colocar para o aluno que o narrador se coloca em primeira ou terceira pessoa e
como isso se desdobra no texto. Dessa forma, o suporte apresentado por esse item carrega possibilidades para você
trabalhar esse conteúdo mostrando os processos disso no texto. A nossa sugestão é fazer a leitura de textos
narrativos e ir mostrando para os alunos quem é o narrador, o personagem e quais as marcas que cada um deixa no
texto. Partido para outra perspectiva, você pode propor um trabalho teatral (de uma telenovela, um vídeo ou um
podcast) nos quais os alunos poderiam se dividir para interpretarem uma dessas instâncias do texto.
Esse é um ótimo momento para aprofundar os conhecimentos de elementos literários que podem ser
analisados através de produções cinematográficas, sugerido pelas propostas didáticas das eletivas das EMTI.
Confiram a sequência didática em:
https://www.ced.seduc.ce.gov.br/lgg007-literatura-atraves-do-cinema/
Habilidade S12.H05 - Reconhecer ideias e opiniões semelhantes na comparação entre textos verbais,
pertencentes a gêneros iguais, simples e predominantemente expositivos, instrucionais ou
19
argumentativos (ex.: verbete de dicionário, curiosidade, nota explicativa, receita médica,
receita culinária, regra de jogo, horóscopo, carta de reclamação, carta do leitor, comentário
ou postagem opinativo/a em redes sociais etc.).
Item do Teste 06
Texto I
Assim como Guga no tênis, espero que atletas como Gabriel Medina e Arthur Zanetti, um dos grandes
ginastas brasileiros, recebam de nosso país pelo menos 1% da atenção que recebe um jogador de futebol. E que,
assim, sirvam de inspiração para que outras crianças deem continuidade ao esporte. Parabéns, Gabriel Medina!
Texto II
B) GABARITO
Comentário - Item 06
Caro(a) professor(a)
Com esse item você tem a oportunidade de trabalhar a habilidade do seu aluno de reconhecer opiniões semelhantes.
Nossa dica é para você levar revistas diferentes que façam referência a uma mesma época. Ao chegar em sala de
aula ou multimeios, você pode deixar os seus alunos escolherem e acharem o par da revista escolhida. Isso pode ser
20
feito através da capa ou de uma rápida lida. A partir de então, eles devem procurar notícias que falem do mesmo
tema. Em seguida, esses alunos devem identificar opiniões/ideias semelhantes/diferentes nos seus textos escolhidos.
Habilidade S12.H09 - Reconhecer ideias e opiniões semelhantes na comparação entre textos não
verbais ou multissemióticos, pertencentes a gêneros iguais, simples e/ou de grande
circulação social, de qualquer sequência discursiva predominante (ex.: placa, fotografia
convencional, emoticon, e-mail, fotolegenda, cardápio, mensagem de WhatsApp/Messenger,
direct, meme, anúncio ou campanha publicitária, rótulo, embalagem, catálogo, panfleto etc.).
Item do Teste 05
Texto I
Texto II
21
Disponível em: https://blogdoaftm.com.br/charge-apos-42-de-aumento-ministro-diz-que-conta-de-luz-ainda-pode-subir/ Acesso
em:09. Mai. 2020.
A) revelam que os aumentos exagerados da conta de luz são insignificantes para a vida do consumidor.
B) evidenciam que o aumento excessivo na conta de luz já é esperado pelo consumidor.
C) comparam o aumento abusivo da conta de luz a um constante assalto ao consumidor.
D) demonstram que os seguidos aumentos na conta de luz afetam a segurança do consumidor.
E) indicam que o aumento da conta de luz impacta financeiramente a vida do consumidor.
B) Essa alternativa constitui um distrator, porque no texto 1, a fala do personagem no balão: “de novo” e no texto 2,
o trecho da legenda: “[...] conta de luz ainda pode subir” não denotam que o povo espera os aumentos
abusivos. No texto 1, a expressão “de novo” significa uma reação de exaustão de quem não suporta mais a
situação vivenciada e a legenda do texto 2 denota o absurdo de outro aumento após um reajuste de 42%.
C) Essa alternativa constitui um distrator, porque apenas o texto 2 faz uma menção a assalto. No caso, a charge
traz uma associação implícita entre a conta de luz e um assalto, mas deixa transparecer que para o
personagem aquela significa algo pior que esse, uma vez que um assalto nessas circunstâncias, supostamente,
traria menos prejuízos financeiros ao personagem.
D) Essa alternativa constitui um distrator, porque embora o texto 1 apresente a queda do consumidor ao ser
atingido por uma lâmpada, metaforicamente não significa insegurança, mas sobrecarga de custos relacionados
ao uso da energia elétrica. Ademais, o assalto registrado no texto 2 ironiza o valor exorbitante da conta de luz e
não especificamente uma situação de violência urbana.
E) GABARITO
Comentário - Item 05
Caro(a) professor(a)
A habilidade que pode ser avaliada por este item refere-se ao reconhecimento pelo aluno de opiniões diferentes sobre
um mesmo fato ou tema. A construção desse saber está relacionada ao objetivo pedagógico de capacitar o aluno para
analisar criticamente os diferentes discursos, inclusive o próprio, desenvolvendo a capacidade de avaliação dos textos:
contrapondo sua interpretação da realidade a diferentes opiniões; inferindo as possíveis intenções do autor marcadas
no texto; identificando referências intertextuais presentes no texto; percebendo os processos de convencimento
utilizados para atuar sobre o interlocutor/leitor; identificando e repensando juízos de valor tanto sócio-ideológicos
(preconceituosos ou não) quanto histórico-culturais (inclusive estéticos) associados à linguagem e à língua; e
reafirmando sua identidade pessoal e social. O desenvolvimento dessa habilidade ajuda o aluno a perceber-se como
um ser autônomo, dotado da capacidade de se posicionar e transformar a realidade.
As atividades que envolvem a relação entre textos são essenciais para que o aluno construa a habilidade de analisar o
modo de tratamento do tema dado pelo autor e as condições de produção, recepção e circulação dos textos. Essas
atividades podem envolver a comparação de textos de diversos gêneros, como os produzidos pelos alunos, os textos
extraídos da Internet, de jornais, revistas, livros e textos publicitários, entre outros. Comparar é descobrir as relações
de semelhança ou de diferenças entre as situações do texto.
22
simples e predominantemente expositivos, instrucionais ou argumentativos (ex.: verbete de
dicionário, verbete de enciclopédia, curiosidades, receita médica, receita culinária, regra de
jogo, comentário/postagem opinativo(a) em redes sociais, carta do leitor, carta de
reclamação etc.).
Item do Teste 11
Texto I
Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
Texto II
23
ANO NOVO, ME SURPREENDA! - Martha Medeiros
As melhores coisas do ano sempre foram
aquelas que eu não previ.
Está anotando?
Espero que você esteja com ótimos planos para sua amiga aqui. Lançarei livro novo? Permita que eu seja
abusada: dois. Sendo que nenhuma coletânea de crônicas, nem romance. Me ajude a variar.
Que lugares conhecerei que ainda não conheço? Que pessoas entrarão na minha vida que, quando cruzo
com elas na rua, ainda não as identifico? Que boas notícias ouvirei das minhas filhas? Quantos shows terei o prazer
de assistir? Estou curiosa para saber o que você está aprontando para incrementar os meses que virão.
Prometo que estarei preparada para receber o abraço afetuoso de quem antes me esnobava, para a
frustração por tudo o que for cancelado, para voltar atrás nas minhas teimosias, para me dedicar a algo que nunca
fiz antes.
Estarei disposta a tirar de letra os espíritos de porco e assumir a responsabilidade pelas asneiras que eu
mesma cometer. E estarei pronta também para uma grande surpresa, ou até duas. Três, meu coração não aguenta.
Se a dor me alcançar, que me encontre com energia e sabedoria para enfrentá-la. Que eu não me torne
dura diante dos horrores, nem sentimentaloide diante das emoções. Ano Novo, os acontecimentos são da sua
alçada. Da minha, cabe recepcioná-los com categoria.
Quais são seus planos para mim, afinal? Talvez nem todos sejam do meu agrado, portanto, que eu não
tenha constrangimento em dizer “não, obrigada”, caso seja preciso. Mas que eu me sinta mais predisposta para o
sim.
Se estamos de acordo, pode vir.
B) O aluno que marcou essa alternativa atentou para o fato de que o texto II mostra uma narradora que fala sobre
suas expectativas e experiências com o ano novo realmente em forma de verso. Entretanto o texto I aconselha
seus leitores a como receber o ano novo em forma de prosa.
24
C) O aluno que marcou essa alternativa entendeu que os dois textos falam em listas de atividades que as pessoas
querem fazer no ano novo, mas não entendeu que eles não trazem uma série de instruções, apenas o texto I
traz essa lista.
D) O aluno que marcou essa alternativa não reconhece a diferença de estrofes e versos e parágrafos, já que o
texto I é organizado em estrofes e versos por tratar-se de um poema e o texto II é organizado em parágrafos
por tratar-se de uma crônica.
E) GABARITO
Comentário - Item 11
Caro(a) professor(a),
O item aborda a habilidade de reconhecer diferentes formas de tratar uma informação qualquer, na comparação de
textos verbais de um mesmo tema. No caso, nós temos dois textos sobre ano novo, mas ambos tratam do assunto a
partir de estruturas textuais diferentes. No texto I, temos um poema e no texto II uma prosa. O aluno deve ser capaz
de compreender que um conteúdo ou uma mensagem pode ser transmitido a partir de várias linguagens, a depender
do propósito comunicativo imbricado em cada produção. É interessante mostrar para o aluno que embora os textos
tratem da mesma temática, o juízo de valor apresentado nos textos possuem diferenças entre si e isso irá influenciar
no tratamento da informação nos textos ainda que sejam sobre o mesmo assunto.
Habilidade S14.H04 - Reconhecer relações entre partes de um texto estabelecidas pela retomada de
termos, expressões ou ideias mediante o uso de pronomes de tratamento em textos verbais
ou multissemióticos, pertencentes a gêneros simples e/ou de grande circulação social, de
qualquer sequência discursiva predominante.
Item do Teste 07
25
Operações Mentais - Item 07
A) O aluno que marcou essa alternativa mostra que o aluno não reconhece a função do pronome de tratamento e
que teve dificuldade em interpretar o texto, haja vista não haver um questionamento explícito no texto.
B) O aluno que marcou essa alternativa mostra que ele não reconhece a função de um pronome de tratamento,
pois a alternativa indica o contrário do que “senhor” sugere..
C) O aluno que marcou essa alternativa mostra que o aluno não reconhece a função de um pronome de tratamento
e o confundiu com um pronome possessivo.
D) GABARITO
E) O aluno que marcou essa alternativa mostra que ele pode ter se confundido uma vez que o “senhor” não
aparece completamente no texto. Logo ele pode ter relacionado essa indefinição com o aparecimento do
personagem no texto.
Comentário - Item 07
Caro(a) professor(a),
Você pode dinamizar as suas aulas através de aplicativos como quiz ou a extensão do Google Pear Deck. Com essa
extensão, professor, você poderá fazer leituras junto com os alunos, fazendo perguntas e interagindo online de forma
que eles poderão responder questões referentes a esse saber. Segue um tutorial de como usar essa extensão do
google:
https://www.youtube.com/watch?v=97KP1tJqgYQ .
Com certeza, será uma aula divertida e que o aluno poderá aprender a manipular os textos para desenvolver esse
saber com mais propriedade.
Item do Teste 22
26
Disponível em: http://www.juniao.com.br/chargecartum/. Acesso em: 03 de outubro de 2022.
B) O aluno que marcou essa alternativa observou apenas a expressão do menino de susto e a sua fala “Por que a
conta de luz subiu de novo?” Entretanto, há um todo de sentido que é construído nesse texto em que o aluno
precisa relacionar as mudanças climáticas ao desmatamento ao aumento da conta de luz.
C) O aluno que marcou essa alternativa leu o texto e relacionou inocência de não saber que o desmatamento e as
mudanças climáticas podem afetar a conta de luz. Entretanto, o texto não traz a ideia de só quem não sabe
disso tem um aumento na conta de luz, mas que esse aumento é geral. E o aluno não reconheceu isso.
D) O aluno que marcou essa alternativa não percebeu o todo do texto. Inocência está no susto da conta de luz
enquanto se continua a desmatar e a gerar mudanças climáticas. Nesse tópico está falando apenas sobre o
desmatamento.
E) O aluno que marcou essa alternativa entendeu atentou-se apenas ao fato de que existe uma conta de luz em
questão, mas o texto deixa evidências que seu argumento principal em defesa de um ponto de vista é que o
desmatamento e as mudanças climáticas precisam estar em pauta como forma de se verificar suas
consequências no mundo.
Comentário - Item 22
Caro(a) professor(a),
O item explora o saber de reconhecer a tese de um texto, ou seja, avalia a habilidade de o aluno reconhecer o ponto
de vista ou a ideia central defendida pelo autor. O uso desse gênero pode ser um fator que dificulta o item. Nos anos
finais do ensino fundamental, a BNCC prevê a habilidade de analisar as formas de composição dos gêneros levando
em consideração a defesa da tese e dos argumentos que a sustentam (EF69LP16) para no ensino médio ser possível
27
estabelecer relações entre as partes do texto, tanto na produção como na recepção, considerando as relações
lógico-discursivas envolvidas na construção da tese/argumentos (EM13LP02). Ou seja, ao longo dos anos, os
estudantes devem estar seguros não só de identificar, analisar uma tese, mas também poder estabelecer relações a
partir delas na construção do texto.
A tese é uma proposição teórica de intenção persuasiva, apoiada em argumentos contundentes sobre o assunto
abordado, ou seja, refere-se à ideia principal do texto, aquela que vai conduzir toda a argumentação e refletir o que vai
ser defendido nele. Para trabalhar os saberes e as habilidades relacionadas à esfera da argumentação,
recomendamos sequências didáticas que explorem os gêneros argumentativos, com foco na diferenciação entre tese,
argumentos e pontos de vista. Esperamos que as estratégias presentes nos seguintes planos de aula possam auxiliar
no desenvolvimento do seu trabalho com este Saber:
1. https://planosdeaula.novaescola.org.br/fundamental/8ano/lingua-portuguesa/como-identificar-o-ponto-de-vista-
em-um-artigo-de-opiniao/3265 . Nesta sequência o foco é construir o conceito de opinar, explorando os
aspectos subjetivos envolvidos neste conceito argumentativo.
Saber S16 - Estabelecer relação entre tese e os argumentos oferecidos para sustentá-la.
Habilidade S16.H03 - Identificar o trecho ou marcas linguísticas que evidenciam um argumento de
autoridade presente em textos verbais, pertencentes a gêneros simples, predominantemente
argumentativos (ex.: comentário/postagem opinativo(a) em redes sociais, carta do leitor,
carta de reclamação, artigo de opinião etc.).
Item do Teste 14
28
essa agenda ESG é uma agenda do setor privado, do setor público e de cada um de nós como cidadãos, que
precisam atuar em conjunto”, disse Luciana, no mesmo painel.
Operações em risco
Além dos efeitos sobre os indivíduos, o sistema de saúde é também fortemente afetado pelos eventos
climáticos extremos, o que gera ainda mais preocupação entre quem é responsável por cuidar da população.
“Quando ocorre uma chuva muito forte, com deslizamentos, ou com grandes enchentes, isso tem um impacto para o
sistema de saúde. Dificulta, por exemplo, o acesso dos pacientes e colaboradores à unidade de saúde, pode haver
corte de energia, desabastecimento. O oxigênio que eu preciso para operação dos hospitais pode não ser reposto”,
observou Schettino.
O médico lembrou que, em tempestades de grandes proporções, como o Katrina e o Sandy, nos Estados
Unidos, e o furacão Maria, em Porto Rico, a operação do sistema de saúde foi duramente afetada, o que deixou a
população sem atendimento justamente em um momento de grande necessidade. "Quando houve o Katrina, em
Nova Orleans, o sistema de saúde parou de funcionar", lembrou, ressaltando que, após esse tipo de evento, o
sistema fica desestruturado por um tempo prolongado.
A) “Quando ocorre uma chuva muito forte, com deslizamentos, ou com grandes enchentes, isso tem um impacto
para o sistema de saúde” (9º parágrafo).
B) “Uma das respostas é a adoção de práticas ESG (sigla em inglês para ambiente, social e governança) que
enderecem o "S" também como ‘saúde’” (3º parágrafo).
C) “No caso do Einstein,[...] a atuação junto ao Sistema Único de Saúde (SUS) permite contribuir com o acesso a
atendimento de saúde de qualidade” (6º parágrafo).
D) “... o sistema de saúde é também fortemente afetado pelos eventos climáticos extremos, o que gera ainda
mais preocupação entre quem é responsável por cuidar da população” (9º parágrafo).
E) “O cenário evidencia a urgência na mobilização de governos e empresas no combate às severas alterações
no clima como uma emergência sanitária” (3º parágrafo).
B) O aluno que marcou essa alternativa pode ter considerado que marcas como aspas e a sigla apresentada pela
alternativa sinalizaram para um argumento de autoridade.
C) O aluno que marcou essa alternativa pode ter considerado que marcas como aspas, colchetes e a sigla
apresentada pela alternativa sinalizaram para um argumento de autoridade.
D) No parágrafo que essa frase aparece, existe, de fato, um argumento de autoridade. No entanto, a parte em
destaque não faz parte da fala de ninguém, fora do próprio autor do texto.
E) O aluno que marcou essa alternativa pode ter levado em consideração palavras como “governo” e “empresas”,
interpretando como se fossem autoridades no assunto. Porém, é possível perceber que, na frase em destaque,
não há uma fala de nenhum deles.
Comentário - Item 14
Caro(a) professor(a),
O item diz respeito ao Saber S16 - Estabelecer relação entre tese e os argumentos oferecidos para
sustentá-la, mais precisamente a habilidade S16.H03 - Identificar o trecho ou marcas linguísticas que evidenciam um
argumento de autoridade presente em textos verbais, pertencentes a gêneros simples, predominantemente
argumentativos. Para trabalhar o Saber 16 com os estudantes que demonstraram dificuldade neste item, sugerimos a
realização de uma oficina que faz parte do projeto “Escrevendo o Futuro” da Olimpíada de Língua Portuguesa que
trabalha especificamente com as distinções dos argumentos, incluindo os por comparação, por evidência, por
29
explicação, dentre outros. Essa coletânea aborda várias oficinas que podem ajudar o estudante a desenvolver melhor
suas habilidades acerca dos textos que giram em torno da formação de pontos de vista. Acesse o link ou o QR Code a
seguir para ser direcionado a página da oficina de tipos de argumento.
Link: https://www.escrevendoofuturo.org.br/caderno_virtual/oficina/sustentacao-de-uma-tese/index.html
QR Code:
Item do Teste 03
30
Disponível em: https://portalamazonia.com/noticias/saude/em-manaus-333-casos-notificados-de-sarampo-22-confirmados.
Acesso em: 22 de set. de 2022.
No trecho “É uma doença viral transmitida de pessoa a pessoa, através de secreção do nariz e da boca (...)”, a palavra
destacada “e” tem o sentido de
B) O aluno que marcou essa alternativa não reconheceu o sentido que a conjunção “e dá ao enunciado. Ele está
com muita dificuldade em reconhecer o sentido das conjunções para entender o sentido de oposição entre
“nariz e boca” nesse enunciado.
C) GABARITO
D) O aluno que marcou essa alternativa não reconheceu o sentido que a conjunção “e” dá ao enunciado. Ele pode
ter entendido que ‘’nariz e boca” seria como uma conclusão sobre o que é dito no enunciado.
E) O aluno que marcou essa alternativa não reconheceu o sentido que a conjunção “e” dá ao enunciado. Ele pode
ter entendido que havia uma alternância entre nariz e boca e não um sentido de adição em que a secreção é do
nariz e da boca.
Comentário - Item 03
31
Caro(a) professor(a),
É essencial utilizar textos de gêneros variados, com o objetivo de se trabalhar as relações lógico-discursivas,
mostrando aos alunos a importância de reconhecer que todo texto se constrói a partir de múltiplas relações de sentido,
que se estabelecem entre os seus períodos a partir da conexão estabelecida entre os elementos coesivos, tais como
as conjunções, os pronomes e os advérbios. São exemplos de gêneros para este trabalho: notícias de jornais, textos
argumentativos e textos informativos, que podem ser trabalhados através da análise das relações semânticas
estabelecidas por esses elementos na construção de sentido da composição textual.
De acordo com as orientações do DCRC e da BNCC, é necessário trabalhar com os estudantes o uso de conectivos e
suas relações lógico-discursivas para que se possa compreender a coerência, a continuidade do texto, a progressão
temática e organização informações tanto na produção como na recepção de textos (EM13LP02).
O trabalho com as habilidades que envolvem os elementos que constituem a textualidade, ou seja, aqueles elementos
que constroem a articulação entre as diversas partes de um texto, é essencial para compreender a coerência e a
coesão. É importante considerar que, para existir coerência, é necessário que a ideia apresentada se relacione ao
todo textual dentro de uma progressão de ideias que devem estar bem interligadas por meio de conectivos
adequados, ou seja, com vocábulos que têm a finalidade de tornar o texto uma unidade discursiva em si. Assim, as
habilidades a serem desenvolvidas para este saber exigem que o leitor compreenda que o texto não é um simples
agrupamento de frases justapostas, mas que se forma a partir da harmonia entre forma e conteúdo. Deixamos como
sugestão de leitura um artigo da Nova Escola que discute o ensino dos elementos de coesão de forma
contextualizada, através da aplicabilidade destes em situações reais de comunicação. O artigo está disponível em:
https://novaescola.org.br/conteudo/2082/adverbios-e-outros-conectores-para-articular-ideias-com-as-palavras-certas
Além disso, segue o link da sequência didática Conexão é tudo disponível em: https://canal.cecierj.edu.br › anexos › .
Esta sequência tem como objetivo principal reconhecer a importância dos argumentos para a defesa e consistência
dos pontos de vista defendidos.
Saber S18 - Reconhecer o sentido do texto e suas partes sem a presença de marcas
coesivas.
Habilidade S18.H02 - Compreender o sentido do texto verbal e suas partes sem a presença de marcas
coesivas a partir da sequência de palavras ligadas pelo mesmo campo semântico em textos
verbais pertencentes a gêneros simples predominantemente narrativos, descritivos ou da
ordem do relatar (ex.: fábula, lenda, classificados, nota ou cupom fiscal, apresentação de
seres/lugares/objetos, notícia, diário íntimo, biografia etc.).
Item do Teste 17
O Toré
32
O Toré é um ritual sagrado dos povos indígenas. Cantando, dançando, batendo nosso pé no chão, sentimos a força
da mãe terra e a cura do nosso corpo e da alma. No Toré dançam homens, mulheres e crianças. A gente toca a
maraca e pode ter instrumento de sopro feito de bambu. A música do Toré tem algumas linhas cada uma se repete
várias vezes num determinado tempo, para depois cantar outra. Assim, o Toré é um momento da nossa
espiritualidade. Dançamos o Toré em roda. A roda do Toré. Nós dançamos desde o começo do mundo. Nesse
momento do Toré, cantamos para mostrar e receber força. Falamos com nosso pai Tupã e sentimos a natureza. Na
roda do Toré podemos também ouvir e falar com nossos antepassados.
Fonte: Ceará. Secretaria da Educação. Coordenadoria de Desenvolvimento da Escola. Célula de Aperfeiçoamento Pedagógico.
O livro da vida, v.3: Tapeba. — Fortaleza: Importec, 2007. Pag. 50
No trecho: “Cantando, dançando, batendo nosso pé no chão”, as palavras do texto expressam o significado de
B) GABARITO
C) O aluno que marcou essa alternativa pode ter compreendido que as palavras dão a entender o sentido de
“briga” principalmente devido ao batendo o nosso pé no chão.”. Entretanto, ele deve relacionar essas palavras
dentro de um contexto que não vai apontar para o sentido de briga.
D) O aluno que marcou essa alternativa pode ter baseado-se apenas no “batendo nosso pé no chão” que indica
força. Entretanto, não relacionou as palavras “cantando, dançando, batendo nosso pé no chão.” Além disso, no
texto podemos ver o trecho: “sentimos a força da mãe terra” que pode ter levado o aluno a apontar esse
gabarito, não relacionando o sentido das palavras.
E) O aluno que marcou essa alternativa o fez porque na primeira frase do texto tem a seguinte afirmação:
“Dançamos o Toré em roda. A roda do Toré. Nós dançamos desde o começo do mundo.”. É como se dançar em
roda fosse uma brincadeira, entretanto, é mais que isso. É um ritual, marcado por espiritualidade.
Comentário - Item 17
33
Caro(a) professor(a),
Esse item versa sobre a compreensão do valor semântico das palavras, de forma que o(a) estudante compreenda as
palavras que possuem significados voltados para um mesmo campo. Esse saber “Reconhecer o sentido do texto e
suas partes sem a presença de marcas coesivas” é uma habilidade que exige do aluno muita atenção, dado que os
conectivos constroem sentidos nos textos. Sem eles, espera-se que os alunos construam sentidos a partir das
relações semânticas dadas pelo contexto em que as palavras estão sendo usadas.
Item do Teste 20
Procrastinação
Escreve o texto agora. Calma. Eu vou escrever o texto agora. O prazo era quinta. E já é sábado.
Eu sei. Eu vou escrever agora. Então senta e escreve. Agora? Agora. Sobre o que? Escreve sobre isso:
essa mania de não fazer as coisas que você tem que fazer. Boa, cara. Eu não sei quem é você, mas você
me dá boas ideias. Só preciso de um café coado. Expresso não serve? Não. Enquanto eu me concentro
em coar o café, a ideia vem vindo. Café expresso não dá tempo da ideia chegar. O café coado é uma arte
que rende textos grandes, romances, até. Se Tolstói tivesse uma máquina de café expresso, ele nunca
teria escrito “Guerra e Paz”. Ele seria tuiteiro. Pronto. Já coou. Já bebeu. Só falta escrever. Puts, acho
que me concentrei demais no café. Mas se eu sentar na frente da tela, o texto vem. Cadê? Calma.
Também não é só sentar, tem que abrir o Word. Pronto. Calma aí, a fonte não tá boa. Esse texto eu quero
escrever em Helvetica. [...] Posso saber por que você tá mudando a fonte? [...] Ei! Por que você tá no
Facebook? Foi inconsciente, eu juro. [...] Sai antes que seja tarde. Espera. Os 23 pratos de comida mais
perfeitos do universo? Preciso ver isso. Pronto. Já é tarde. Biscoito empanado. Eu preciso comer isso
agora. Não precisa, não. Sabe o que você precisa? Precisa escrever o texto dessa semana. Olha só: os
30 fatos mais alegres de todos os tempos. Isso vai ser inspirador. Uau. Os dubladores do Mickey e a da
Minnie são casados na vida real. Sai daí agora. Nenhuma lista mais. Acabou. Calma aí. A Ellen
DeGeneres tem um texto bom sobre procrastinação1. Preciso assistir no YouTube antes de escrever o
meu texto, para eu não copiar involuntariamente. Tá bom. Vai lá. Puts. O texto dela é muito bom. Agora
não dá mais pra eu fazer o meu. Melhor desistir e fazer outro café. Não. Senta e faz o teu. E faz diferente
do dela. De repente põe dois personagens falando. Um que quer fazer o texto e o outro que não. Boa.
Vou fazer isso. Vai. Pode parar. O que é que você tá fazendo de novo no Facebook?
*Vocabulário:
1
procrastinação: ato de atrasar, deixar para depois.
DUVIVIER, Gregório. Procrastinação. In: Folha de São Paulo. 2014. Disponível em: <https://goo.gl/6qDMGB>. Acesso em: 5 mar.
2018. Fragmento.
Nesse texto, no trecho “Calma aí, a fonte não tá boa.”, a palavra destacada significa
34
B) O estudante que marcou essa alternativa possivelmente se deixou influenciar pela expressão “calma aí”.
C) A palavra fonte tem também o significado de origem, porém não é o caso do texto, ou seja, o estudante ainda
não conseguiu interpretar a palavra de acordo com o contexto.
D) A palavra fonte tem também o significado de pesquisa, porém não é o caso do texto, ou seja, o estudante ainda
não conseguiu interpretar a palavra de acordo com o contexto.
E) Antes dessa parte do texto, e por muitos outros momentos, o autor apresenta muitas sugestões de como ele
conseguiria finalmente começar a escrever. Possivelmente, o estudante associou outras partes do texto a esta
apresentada no item.
Comentário - Item 20
Caro(a) professor(a),
A linguagem apresenta elementos ricos para que possamos nos comunicar de forma eficiente. Dessa forma,
compreender o efeito de sentido decorrente da escolha de palavras polissêmicas trata-se da abordagem
semântica de como as palavras, a depender do contexto, podem ter significados diferentes. No caso, “Fonte” é uma
palavra polissêmica. Fora de um contexto pode indicar: origem, lugar onde brota água, caracteres de um mesmo tipo.
Por isso é importante mostrar para o aluno o sentido da palavra fora do contexto e dentro do contexto e verificar o que
ele reconhece de significado sobre aquela palavra em cada momento para então mostrar quais as dicas que o texto dá
para que ele compreenda determinado sentido.
Para além do conteúdo referente ao saber, Professor. Você pode também explorar o máximo o texto-suporte deste
item que pode ser explorado do ponto de vista temático, levando em consideração que os alunos algumas vezes
procrastinam bastante suas atividades; do ponto de vista do texto, trabalhando questões referentes ao gênero, relato
pessoal; gramatical, dando ênfase a pontuação do texto, que é muito decisiva para criar-lhe o sentido.
Habilidade S20.H04 - Detectar o efeito de sentido decorrente do emprego da reticência para expressar
continuidade, dúvida ou hesitação em textos verbais ou multissemióticos em geral de
qualquer sequência discursiva predominante.
Item do Teste 12
35
— Quero lasanha, papai. Não quero camarão.
— Vamos fazer uma coisa. Depois do camarão a gente traça uma lasanha. Que tal?
— Você come camarão e eu como lasanha.
O garçom aproximou-se, e ela foi logo instruindo:
— Quero uma lasanha.
O pai corrigiu: — Traga uma fritada de camarão pra dois. Caprichada. A coisinha amuou. Então não podia querer?
Queriam querer em nome dela? Por que é proibido comer lasanha? Essas 14 interrogações também se liam no seu
rosto, pois os lábios mantinham reserva. Quando o garçom voltou com os pratos e o serviço, ela atacou:
— Moço, tem lasanha?
— Perfeitamente, senhorita.
O pai, no contra-ataque:
— O senhor providenciou a fritada?
— Já, sim, doutor.
— De camarões bem grandes?
— Daqueles legais, doutor.
— Bem, então me vê um chinite, e pra ela… O que é que você quer, meu anjo?
— Uma lasanha.
— Traz um suco de laranja pra ela.
Com o chopinho e o suco de laranja, veio a famosa fritada de camarão, que, para surpresa do restaurante inteiro,
interessado no desenrolar dos acontecimentos, não foi recusada pela senhorita. Ao contrário, papou-a, e bem. A
silenciosa manducação atestava, ainda uma vez, no mundo, a vitória do mais forte.
— Estava uma coisa, hem? — comentou o pai, com um sorriso bem alimentado. — Sábado que vem, a gente
repete… Combinado?
— Agora a lasanha, não é, papai?
— Eu estou satisfeito. Uns camarões tão geniais! Mas você vai comer mesmo?
— Eu e você, tá?
— Meu amor, eu…
— Tem de me acompanhar, ouviu? Pede a lasanha.
O pai baixou a cabeça, chamou o garçom, pediu. Aí, um casal, na mesa vizinha, bateu palmas. O resto da sala
acompanhou. O pai não sabia onde se meter. A garotinha, impassível. Se, na conjuntura, o poder jovem cambaleia,
vem aí, com força total, o poder ultrajovem.
A) a dúvida do pai se irá pedir ou não a lasanha, pois ele já estava satisfeito.
B) a sinalização de uma ironia falada pelo pai da garota.
C) a insistência do pai em se negar a pedir a lasanha da filha.
D) a interrupção da fala do pai pela menina que mais uma vez pede lasanha.
E) o destaque da palavra “amor” que o autor quis dar ao texto.
B) O aluno que marcou essa alternativa pode ter entendido que depois de tanto pedir lasanha o pai utilizou-se da
ironia para realizar outra negativa, uma vez que, em alguns casos, as reticências, de fato, têm esse papel.
C) O aluno que marcou essa alternativa não compreendeu que nesse contexto o uso das reticências indicam uma
interrupção e não uma continuidade de ideia, tanto que depois de ser interrompido o pai pede a lasanha para a
menina.
D) GABARITO
E) O aluno que marcou essa alternativa não compreendeu que não há uma intenção em realçar nenhuma parte do
discurso do pai. No entanto, sabe-se que, em alguns casos, as reticências apresentam essa função.
36
Comentário - Item 12
Caro(a) professor(a),
O item aborda o efeito de sentido do uso das reticências em textos verbais. Importante, professor, que no texto suporte
há outras reticências que você pode explorar com seus alunos a partir desse item. Além de tudo, você pode levar o
seu aluno à reflexão sobre o uso das reticências no final do texto. É muito comum, professor, os nossos alunos
usarem reticência em seus textos nas redes sociais. É uma boa reflexão levá-los a pensar qual o motivo de fazerem
esse uso. Espera-se que com esse item o aluno possa atentar para o fato de que as reticências no trecho indicado no
comando é uma estratégia do autor desse texto para que o leitor imagine o desenrolar da ideia indicada. Aproveite
para explorar outros usos de reticências em outros textos. Uma estratégia para você trabalhar com os efeitos de
sentidos dos usos das reticências em textos, você pode trabalhar com seus alunos os diferentes usos das reticências
para, em seguida, dividir os alunos em grupos e pedir para que cada grupo produza um texto diferente em que fique
claro um uso das reticências. Uma atividade assim tanto irá fixar as funções das reticências como também levará o
aluno a refletir sobre a intenção do uso das reticências nos textos.
Habilidade S20.H09 - Reconhecer a função textual da utilização de travessões duplos, parênteses para
separar orações intercaladas ou colocar em evidência uma frase, expressão, palavra etc. em
textos verbais ou multissemióticos em geral, de qualquer sequência discursiva
predominante.
Item do Teste 09
A música escolhida
Então hoje poderia mostrar para todo mundo o seu talento, a sua voz.
Edineia passaria a infância inteira cantando e adorando música, em casa, nas festas da família, nas
reuniões de amigos, nos eventos da escola ‒ e para si mesma. Para si mesma, sempre: enquanto estudava, tomava
banho, quando andava pela rua, lendo um livro, às vezes em que tomava o ônibus; quando percebia, o passageiro
ao lado a estava olhando, entre surpreso e divertido, elogiando-a pela beleza da voz e da música que ela cantava
sem perceber [...]
Quando apareceu o concurso que se anunciava como a maior revelação de novos talentos da música
brasileira, ela tremeu e decidiu que ali estava a sua chance.
Escolhida a música, começaram os ensaios dias a fio e noite adentro, sem descanso e sem cansar,
abnegação apaixonada que pareceria loucura se não fosse tão bonita. Edineia acordava pensando na música que
cantaria, repassava no silêncio do café da manhã os acordes que julgava mais difíceis, domando em palavras toda
a melodia e assim ia até quando todas as vozes da casa, com ares de madrugada insone, lhe pedissem para dormir.
Ensaiava no sono, aferrada à chance, e tão logo o dia amanhecesse, começava a cantar ainda na cama. A música
foi se amoldando à voz de Edineia, feliz em sua emocionante beleza, pronta a que, no dia certo, todos descobrissem
o talento de quem a cantava. Edineia tinha a certeza: o concurso seria a sua porta. E se emocionava com isto.
Ela está ali, agora, em frente ao conjunto, enquanto o apresentador do concurso a anuncia como a
próxima concorrente da noite. Quando o homem lhe deseja boa sorte, [...] ela suspira, fecha os olhos, sente um
breve e indizível tremor [...]
Mas quando o conjunto começa a tocar os acordes iniciais da canção, uma névoa de pavor tisna os olhos
assustados de Edineia: como é mesmo a primeira frase da letra da música?
SCHNEIDER, Henrique. A música escolhida. Disponível em: <https://bit.ly/2wktaE5>. Acesso em: 7 jan. 2020.
Nesse texto, no trecho “... nos eventos da escola ‒ e para si mesma.” (2º parágrafo), o travessão foi usado para
A) apontar indecisão.
B) apresentar explicação.
37
C) enfatizar uma informação.
D) introduzir uma crítica.
E) marcar discurso direto.
B) Em muitos casos, o travessão serve como marcador de explicação, no entanto, mais que explicar nesse trecho,
ele enfatiza uma informação.
C) GABARITO
D) Em muitos casos, o travessão serve para marcar uma crítica, uma opinião contrária, no entanto, mais que isso nesse trecho,
ele enfatiza uma informação.
E) Um dos usos mais recorrentes do travessão é para marcar discurso direto em textos predominantemente
narrativos. Possivelmente por esse motivo o estudante marcou essa alternativa, por ainda não ter consolidado
as outras diversas funções que o travessão pode aferir em uma frase.
Comentário - Item 09
Caro(a) professor(a),
A grande pergunta que nós, professores, podemos fazer no tocante a pontuação é o que cria o sentido do
texto: a pontuação que o cria ou é o sentido do texto que cria a pontuação? Essa é a mesma questão de se perguntar
sobre quem nasceu primeiro o ovo ou a galinha. Entretanto, para que nosso aluno saiba pontuar e entender os
sentidos que surgem do texto é preciso que trabalhemos a pontuação, não como uma questão ortográfica, mas sim
como uma questão que gera sentido. Pontuar, mais que um sinal no texto, é produção de sentido. Você pode,
inclusive, retirar toda a pontuação desse texto e pedir para que seu aluno coloque a pontuação e provavelmente vai
perceber que ele cria os sentidos a partir do momento que ele pontua. Pode ser que no início, o estudante sinta
dificuldade, entretanto, dessa forma, ele vai compreendendo os sentidos que surgem do pontuar e isso, com certeza,
será bastante útil para esse aluno, em relação à leitura e à escrita.
O Material Estruturado de Língua Portuguesa referente a aula 20 mostra uma gama de possibilidades para o
trabalho com a pontuação. Você pode escolher os exercícios ou o trabalho com uma das seções para complementar
sua aula sobre esse saber.
Nesse contexto de ensino remoto, sugerimos uma aula direcionada para os estudantes na qual é feita uma
importante reflexão acerca do uso da pontuação em conversas pessoais nas redes sociais. Essa aula pode fomentar
um outro exercício, o de refletir sobre as conversas dos próprios estudantes com seus colegas. Com isso, estaríamos
fazendo uso de uma aprendizagem reflexiva e significativa.
Item do Teste 19
José
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E agora, José? Com a chave na mão
A festa acabou, quer abrir a porta,
a luz apagou, não existe porta;
o povo sumiu, quer morrer no mar,
a noite esfriou, mas o mar secou;
e agora, José? quer ir para Minas,
e agora, você? Minas não há mais.
você que é sem nome, José, e agora?
que zomba dos outros,
você que faz versos, Se você gritasse,
que ama, protesta? se você gemesse,
e agora, José? se você tocasse
a valsa vienense,
Está sem mulher, se você dormisse,
está sem discurso, se você cansasse,
está sem carinho, se você morresse...
já não pode beber, Mas você não morre,
já não pode fumar, você é duro, José!
cuspir já não pode,
a noite esfriou, Sozinho no escuro
o dia não veio, qual bicho-do-mato,
o bonde não veio, sem teogonia,
o riso não veio, sem parede nua
não veio a utopia para se encostar,
e tudo acabou sem cavalo preto
e tudo fugiu que fuja a galope,
e tudo mofou, você marcha, José!
e agora, José? José, para onde?.
E agora, José?
Sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio — e agora?
Carlos Drummond de Andrade. E agora, José? Disponível em:
https://www.culturagenial.com/poema-e-agora-jose-carlos-drummond-de-andrade/. Acesso em: 05 de setembro de 2022.
A repetição em cada estrofe do verso: “E agora, José?” no texto foi usada para
B) GABARITO
C) O aluno que marcou essa alternativa não compreendeu que a pergunta não é apenas o que faz a rima
39
acontecer e dar musicalidade ao poema, mas as palavras dentro de cada verso fazem esse efeito.
D) O aluno que marcou essa alternativa não entendeu que o objetivo da pergunta “E agora José” não faz um
contraste de situações em que José está inserido, mas mostra essas situações. Não há, em nenhum momento,
uma comparação entre tais situações.
E) O aluno que marcou essa alternativa entendeu superficialmente o texto. José é um nome comum em Língua
Portuguesa que pode representar qualquer brasileiro e não apenas um brasileiro.
Comentário - Item 19
Caro(a) professor(a),
O item diz respeito ao reconhecimento dos efeitos de sentido causados pelo emprego de recursos estilísticos. O
suporte do item foi pensado a partir do gênero poema, que por ser do campo artístico-literário geralmente apresenta
recursos desse tipo. O comando do item pede para que o aluno identifique a intencionalidade da repetição da
expressão “E agora, José?”. Para alcançar a resposta correta, é necessário que o aluno analise o texto para além da
materialidade linguística, realizando inferências que vão além das questões gramaticais relacionadas ao texto.
O uso de recursos expressivos possibilita uma leitura para além dos elementos superficiais do texto e auxilia o leitor
na construção de novos significados. Nesse sentido, o conhecimento de diferentes gêneros textuais proporciona ao
leitor o desenvolvimento de estratégias de antecipação de informações que o levam à construção de significados.
Recomendamos a leitura de artigo publicado em:
https://novaescola.org.br/conteudo/2634/prova-brasil-de-lingua-portuguesa-9-ano-relacoes-entre-recursos-expressivos
-e-efeitos-de-sentido, que reflete sobre o uso da repetição como recurso estilístico em textos literários.
Item do Teste 16
40
Disponível em: http://soudonordeste.com.br/horoscopo-nordestino/. Acesso em: 14 mar. 2020
B) No texto não encontramos registros que o estudante possa fazer referência quanto à origem cômica do site. Por
esse motivo, esse distrator mostra que o estudante ainda está distante de consolidar seu conhecimento nessa
habilidade.
C) O estudante pode ter inferido que esta era a resposta correta uma vez que a imagem de um bode pode ter
suscitado uma situação cômica. No entanto, fica claro que não podemos restringir que o humor do texto
aparece sobretudo por conta da imagem.
D) GABARITO
E) Essa inferência pode ter ocorrido por conta do nordeste ser reconhecido por ter humoristas famosos e por ter
um povo com bastante senso de humor. No entanto, essa informação não pode ser encontrada dentro do texto
em análise, o que inviabiliza ser o gabarito. É importante lembrar que, ao marcar esta alternativa, o estudante
mostra que ainda sente dificuldade em separar o que é uma opinião pessoal com o que está explícito no texto
Comentário - Item 16
41
Caro(a) professor(a),
Textos de humor chamam bastante a atenção dos alunos, são prazerosos, divertidos e podem ser bastante
interessantes para o ensino da língua Portuguesa. É fundamental, portanto, levar o aluno a refletir sobre o que está
subjacente ao humor nos textos ou a identificar a causa dele. Para tanto, pode-se questionar o que acontece no texto
que é fora do esperado que de repente quebra a lógica e leva ao riso ou se há algum recurso da linguagem que cause
esse efeito.
O humor manifesta-se em diferentes circunstâncias que podem ser retratadas na linguagem através do duplo
sentido, interpretação literal de algo que precisa ser entendido em sentido figurado ou ainda em representações
estereotipadas de variedades linguísticas estigmatizadas. No caso do item em análise, os estudantes deveriam
perceber que é através da intertextualidade que o humor é gerado. Para isso, incentive o trabalho em equipe
diversificando os gêneros, pois nada melhor do que poder discutir e se ter um público para a leitura de textos que
contenham humor.
Além disso, a aula 22 do Material Estruturado de Língua Portuguesa a partir de memes do cotidiano dos
alunos trabalha com o conceito de ironia levando o aluno através de reflexão e exercícios a conceituar ironia e
entender o sentido que esse recurso pode dar aos textos.
Item do Teste 08
Leia o texto.
Dostoiévski vira 'alvo' na Itália por invasão russa na Ucrânia
Morto há 141 anos, o escritor Fiódor Dostoiévski (1821-1881) virou alvo na Itália por causa da invasão da Ucrânia
pela Rússia.
Em meio à escalada do conflito, uma importante universidade de Milão cancelou um curso sobre um dos
principais nomes da literatura russa - e depois voltou atrás -, enquanto um teatro de Gênova desmarcou um festival
dedicado ao autor de "Crime e Castigo".
"O que está acontecendo na Ucrânia é horrível e sinto vontade de chorar só de pensar. Mas o que está
ocorrendo na Itália hoje é ridículo. Censurar um curso é ridículo", disse Nori. "Não apenas ser um russo vivo é
motivo de culpa na Itália, mas também ser um russo morto", acrescentou. A medida provocou críticas unânimes
contra a universidade, que depois recuou e confirmou a realização do curso. "Agora eu não sei se vou, preciso
pensar. Não sei se quero ir a uma universidade que pensou que Dostoiévski fosse algo que gera tensão", afirmou
Nori à ANSA.
Além disso, o Teatro Govi, de Gênova, cancelou um festival de música e literatura russa que estava
programado para os próximos dias e homenagearia Dostoiévski pelos 200 anos de seu nascimento. No entanto, a
instituição cultural alega que a decisão se deve ao fato de o Consulado da Rússia em Gênova patrocinar o evento.
"Sentimo-nos no dever de renunciar [ao evento] para marcar nossa posição. O Teatro Govi é um lugar de cultura,
paz e esperança e que não quer se abrir a quem prefere as bombas às palavras", diz um comunicado oficial.
Já o prefeito de Florença, Dario Nardella, disse ter recebido pedidos para derrubar uma estátua de
Dostoiévski na cidade. "Essa é a guerra louca de um ditador e seu governo, não de um povo contra outro. Ao invés
de apagar séculos de cultura russa, pensemos em como parar Putin rapidamente", declarou.
A escultura foi doada pela Embaixada da Rússia em Roma em dezembro passado, por ocasião dos 200
anos do nascimento do escritor. "O problema não são os encontros sobre Dostoiévski, mas sim a russofobia. Parece
que chegamos a um nível de histeria contra cidadãos russos que não têm nenhuma culpa de ter nascido na Rússia",
reforçou Nori à ANSA.
Disponível em
https://www.msn.com/pt-br/noticias/mundo/dostoi%C3%A9vski-vira-alvo-na-it%C3%A1lia-por-invas%C3%A3o-russa-na-ucr%C3
%A2nia/ar-AAUwqVB Acesso em 10 de mar. de 2022.
42
A) “Morto há 141 anos, o escritor Fiódor Dostoiévski (1821-1881) virou alvo na Itália por causa da invasão da
Ucrânia pela Rússia”.
B) "Não apenas ser um russo vivo é motivo de culpa na Itália, mas também ser um russo morto".
C) “Em meio à escalada do conflito, uma importante universidade de Milão cancelou um curso sobre um dos
principais nomes da literatura russa”.
D) “Já o prefeito de Florença, Dario Nardella, disse ter recebido pedidos para derrubar uma estátua de
Dostoiévski na cidade”.
E) "Essa é a guerra louca de um ditador e seu governo, não de um povo contra outro”.
B) GABARITO
C) O aluno pode ter interpretado como ironia uma importante universidade ser fechada, mas ao ler o texto é
possível perceber que a frase não apresenta uma ironia, apenas descreve fatos.
D) O aluno pode ter interpretado como ironia a derrubada de uma estátua, demonstrando sua fragilidade no
reconhecimento desse recurso.
E) A palavra loucura pode ter influenciado a escolha do estudante por essa alternativa, mas pelo contexto é
possível perceber que o trecho não representa uma ironia.
Comentário - Item 08
Caro(a) professor(a),
A construção do humor e ironia de um texto requer uma apropriação do autor bem como do leitor para
compreendê-la. Requer uma atenção especial à habilidade de reconhecer o humor no texto quando o estudante não
corrobora da comicidade proposta pelo autor. Itens que trabalham essa habilidade costumam apresentar obstáculos
para nossos estudantes nesse sentido, embora o que esteja sendo analisado seja a manipulação da linguagem ou um
truque linguístico adotado no texto, conforme indica Possenti (1998). Para tanto, não se pode negligenciar o
importante papel dos fatores psicológicos e sociológicos subjacentes à construção de textos humorísticos, uma vez
que eles são indispensáveis para o bom funcionamento da piada e precisam ser levados em consideração no
momento de compreender o humor do texto. A BNCC, por sua vez, prevê habilidades que colocam em evidência todos
esses fatores explicitados como a EM13LP01 (Relacionar o texto, tanto na produção como na leitura/escuta, com suas
condições de produção e seu contexto sócio-histórico de circulação (leitor/audiência previstos, objetivos, pontos de
vista e perspectivas, papel social do autor, época, gênero do discurso etc.), de forma a ampliar as possibilidades de
construção de sentidos e de análise crítica e produzir textos adequados a diferentes situações), a EM13LP08 (Analisar
elementos e aspectos da sintaxe do português, como a ordem dos constituintes da sentença (e os efeito que causam
sua inversão), a estrutura dos sintagmas, as categorias sintáticas, os processos de coordenação e subordinação (e os
efeitos de seus usos) e a sintaxe de concordância e de regência, de modo a potencializar os processos de
compreensão e produção de textos e a possibilitar escolhas adequadas à situação comunicativa). Em conformidade
com esses aspectos a serem trabalhados em sala de aula, também se faz necessário proporcionar ao estudante um
espaço para a manipulação e elaboração de gêneros de maneira a dar subsídios para consolidar os conhecimentos
adquiridos como prevê a habilidade EM13LP18 (Utilizar softwares de edição de textos, fotos, vídeos e áudio, além de
ferramentas e ambientes colaborativos para criar textos e produções multissemióticas com finalidades diversas,
explorando os recursos e efeitos disponíveis e apropriando-se de práticas colaborativas de escrita, de construção
coletiva do conhecimento e de desenvolvimento de projetos).
Conforme a habilidade EM13LP18 da Base Nacional Comum Curricular, propomos a utilização de plataformas
que possibilitem a construção de textos multissemióticos na qual os estudantes possam produzir textos humorísticos,
como a história em quadrinhos em questão. O link a seguir disponibiliza algumas delas com acesso gratuito para
professores e alunos:
Link - https://porvir.org/7-ferramentas-para-criar-historias-em-quadrinhos-os-alunos/
QR-Code -
43
Além dessas ferramentas, sugerimos a leitura do livro Os humores da língua de Sírio Possenti (1998) para
subsidiar teoricamente suas práticas de análise de textos humorísticos. O livro apresenta uma variedade de
observações acerca dos recursos que podem revestir uma piada. Esses recursos perpassam níveis de descrição
linguística, desde a segmentação de morfemas até sintaxe e a interpretação contextual dos didáticos. Assim, diante de
toda piada, teria a construção de um equívoco ou uma ambiguidade.
Saber S23 - Identificar os níveis de linguagem e/ou as marcas linguísticas que evidenciam
locutor e/ou interlocutor..
Item do Teste 04
44
Operações Mentais - Item 04
A) O aluno que marcou essa alternativa pode ter achado que essa linguagem é técnica porque é bastante
específica de uma região e provavelmente esse aluno não tem os conhecimentos consolidados sobre os tipos
de variação linguística.
B) O aluno que marcou essa alternativa mostra que não tem domínio sobre as variações linguísticas, pois o texto
não é formal de nenhuma maneira. Pelo contrário, Patativa do Assaré nesse poema destaca em sua escrita um
poema escrito com palavras regionais mais próximas do informal e da oralidade.
C) GABARITO
D) O aluno que marcou essa alternativa pode ter pensado que essa variação é histórica porque há palavras que
ele pode desconhecer ou de repente variantes que eles podem remeter a seus avós (dado o falar regional).
Entretanto, preciso explicar para esse aluno que Patativa do Assaré escreve poemas mais próximos da
oralidade tomando por base uma variação regional.
E) O aluno que marcou essa alternativa pode ter pensado que essa variação é situacional por achar que o eu-lírico
está numa situação típica do sertanejo e, por esse motivo, está falando assim.
Comentário - Item 04
Caro(a) professor(a),
O Saber 23 pode ser trabalhado em sala utilizando textos com gêneros diferentes, usando estratégias de
leitura que despertem nos alunos a percepção das variedades da língua com o objetivo de identificar as marcas
linguísticas que evidenciam um locutor e/ou interlocutor em cada texto de acordo a função social, cultural, histórica e
regional que pertencem. Sugestões de textos para esta atividade: poesia, tirinhas, charges, textos com gírias utilizadas
nos grupos de skatistas, surfistas, rappers, jargões que representem profissões diversas. É importante que os alunos
compreendam que as variantes de uma língua tem como objetivo promover a comunicação interativa e efetiva entre as
pessoas que pertencem a determinado grupo. Por esse motivo, você também pode reforçar os impactos negativos que
o preconceito linguístico traz para a sociedade, no entendimento que a escola é um espaço de construção de cidadãos
conscientes e críticos.
Para facilitar o processo de compreensão desse item, além de aulas orais sobre os níveis de linguagem,
invista em estudo interpretativo de textos regionais, de forma especial os textos de Patativa do Assaré.
45
Ficha técnica
Elmano de Freitas da Costa
Governador
Stella Cavalcante
Secretária Executiva de Planejamento e Gestão Interna
Helder Nogueira
Secretária Executiva do Ensino Médio e Profissional
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ORGANIZADORES
Ana Paula Pequeno Matos
Orientadora Coade
ELABORADORES
Lilian Kelly Alves Guedes
Assistente Técnico Coade
DIAGRAMAÇÃO
Ana Carmen Martiniano de Souza
Técnica Coade
Geanny de Holanda Oliveira do Nascimento
Técnica Coade
Sylvia Andrea Coelho Paiva
Técnica Coade
ARTE
Lindemberg Souza Correia
Designer Gráfico Coded/CED
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