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Desde então, tais princípios inspiraram lutas pela elaboração de leis ou por profundas
mudanças sociais e políticas em diversas partes do mundo até nossos dias.
Em certo sentido, a palavra liberdade significava estar isento de qualquer opressão política,
estar livre de imposições por parte daqueles que detêm o poder dos governos. Significava
que o governo não deveria controlar a vida diária das pessoas comuns obrigando-as a
seguir normas e leis injustas, intimidando e prendendo sem qualquer direito de defesa
aqueles que se opusessem a ele, impedindo as pessoas de participarem das decisões que
afetariam a vida comum da população. Significava também que nenhum governante
poderia forçar valores a toda população, como impor uma determinada religião.
A igualdade era entendida no sentido de que todas as pessoas nascem iguais e deveriam
permanecer assim diante da lei. Mas a palavra inspirou movimentos mais radicais que
combateram qualquer diferença social.
A fraternidade era pensada no sentido de irmandade da humanidade. Todas as pessoas –
sejam crianças, idosos, mulheres, homens, ricos e pobres - fazem parte de uma única
família humana, compartilham uma centelha (o espírito humano) comum de humanidade,
que nos liga a todos.
O clero, a realeza e a nobreza (Primeiro e Segundo Estado): O alto clero, formado por
bispos, párocos e cônegos de origem nobre, amava o luxo e vivia na corte. Já o baixo
clero, em sua maioria formado por curas e vigários de aldeias, recrutados entre os grupos
mais humildes, partilhavam
em grande medida das aspirações populares, pois conheciam de perto os sofrimentos e as
mazelas dos pobres. Clero,
realeza e nobreza monopolizavam os privilégios e estavam isentos de impostos. A nobreza
gozava dos mais altos cargos do Estado e cobrava uma série de direitos feudais. Era
composta por
grupos diferentes; a grande nobreza da corte se contrapunha à pequena nobreza do campo
decadente. Acrescentamos
ainda os nobres da Espada (ou de Sangue) descendentes das antigas famílias feudais e os
nobres de Toga (ou de
serviços), burgueses que compraram títulos e antigas propriedades feudais.
A Revolução Francesa não deve ser considerada apenas como uma revolução burguesa.
Embora esta tenha sido a ideologia e a sua forma dominante, ela foi o produto da
confluência de quatro movimentos distintos:
uma revolução aristocrática (1787-1789),