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Contexto histórico das religiões afro-brasileiras

Durante a colonização, a expansão do negócio açucareiro no Brasil aumentou


consideravelmente a necessidade por mão de obra escrava. Com isso, o fluxo de africanos
escravizados começou a crescer rapidamente nas últimas décadas do século XVI. Nesse
sentido, por meio do tráfico negreiro, vieram para o Brasil cerca de 4 milhões de africanos,
durante mais de três séculos de escravidão. Atualmente, o Brasil tem uma população de
afrodescendentes maior que a de qualquer outro país no mundo. Dessa forma, os escravos
tentavam resistir contra a violência, além da resistência contra a escravidão por meio de
sabotagem nas fábricas, suicídio, aborto e entre outros, eles eram submetidos a leis e
constituições europeias que agiam que agiam em nome da conversão dos pagãos ao
cristianismo e uma das formas de resistência foi substituir os nomes das entidades por
santos católicos.

E uma das causas do sincretismo foi porque os traficantes de escravos costumavam


misturar as pessoas de diferentes regiões, para evitar que eles se unissem, evitando causar
revoltas. Quem trouxe o candomblé para o Brasil foram os negros que vieram como
escravos da África. Entre eles se destacavam dois grupos: os bantos (que vinham de
regiões como o Congo, Angola e Moçambique) e os sudaneses, que vinham da Nigéria e do
Benin (e que são os iorubas, ou nagôs, e os jejes)... Porém, a religião oficial no Brasil era o
catolicismo, trazido pelos brancos, de origem portuguesa. O candomblé - culto africano que
se tornou afro-brasileiro - era encarado como bruxaria. Por isso era proibido e sua prática
reprimida pelas autoridades policiais. Assim, os negros passaram a cultuar suas divindades
e seguir seus costumes religiosos secretamente. Para disfarçar, identificavam seus deuses
com os santos da religião católica. Por exemplo, quando rezavam em sua língua para Santa
Bárbara, estavam cultuando Iansã. Quando se dirigiam a Nossa Senhora da Conceição,
estavam falando com Iemanjá. Esse processo foi chamado de sincretismo religioso.

As religiões afro-brasileiras formaram-se em diferentes regiões e estados do Brasil e em


diferentes momentos da história. Por isso, elas adotam não só diferentes formas rituais e
diferentes versões mitológicas derivadas de tradições africanas diversificadas, como
também adotam nome próprio diferente.

formaram-se em diferentes áreas do Brasil, com diferentes ritos e nomes locais derivados
de tradições africanas diversas: candomblé na Bahia, xangô em Pernambuco e Alagoas,
tambor de mina no Maranhão e Pará, batuque no Rio Grande do Sul, macumba no Rio de
Janeiro. Na Bahia originou-se também o muito popular candomblé de caboclo e o menos
conhecido candomblé de egum.

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